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(4) Anatomia funcional e taxonomia de fungos

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Aula 4: Anatomia funcional e taxonomia de fungos
Visão geral: 100 mil espécies descritas, das quais apenas 200 são patogênicas; eucariotos: bolores, 
leveduras e cogumelos; maioria terrestre, unicelulares ou multicelulares; importância: decompositores 
(celulose), alimentos (cogumelos), bebidas, antibióticos (penicilina), doenças (histoplasmose); sem 
fotossíntese, maioria sem celulose (até 1969, eram considerados vegetais).
Célula eucarionte:
 Parede celular:
Composição: quitina (polímero de N-acetilglicosamina, NAG); mananas, glucanas (polímeros de 
glicose); proteínas, lipídeos, polifosfatos.
 Membrana plasmática: 
Composição (bicamada): lipídeos complexos: esteróis (ergosterol); carboidratos, proteínas 
(glicoproteínas, glicolipídeos).
 Citoplasma: microfilamentos, filamentos intermediários e microtúbulos; suporte da célula e 
transporte de substâncias.
 Núcleo: DNA + histonas (cromatina/cromossomos); envelope nuclear (membrana); nucléolo 
(síntese de RNA ribossomal).
 Retículo endoplasmático: liso: síntese de fosfolipídeos e esteróides, rugoso: produção de 
glicoproteínas e fosfolipídeos.
 Complexo de golgi: modificações pós-traducionais de proteínas – glicoproteínas, lipoproteínas.
 Mitocôndrias: respiração e fosforilação oxidativa (síntese de ATP).
 Vacúolos: armazenamento de proteínas, açúcares, ácidos graxos.
 Lisossomos: hidrólise de macromoléculas (enzimas digestivas).
 Peroxissomos: oxidação de alcoóis, ácidos graxos, compostos tóxicos.
 Ribossomos: síntese proteica (80S: 60S + 40S); nas mitocôndrias: 70S.
Morfofisiologia:
 Colônias filamentosas multicelulares: bolores e cogumelos
Hifas: filamentos longos de células conectadas. O crescimento dos filamentos se da por alongamento das 
extremidades (apical).
Septadas: hifas divididas por septos transversais (poros) em unidades celulares uninucleares (maioria dos 
bolores).
Cenocíticas: hifas sem septos (células longas e contínuas com muitos núcleos).
Hifas vegetativas: obtenção de nutrientes (crescem junto à superfície).
Hifas reprodutiva ou aérea: projeção acima da superfície (contém os esporos reprodutivos).
Esporos assexuais (conídios); pigmentados (pretos, vermelhos, amarelos, marrons); resistentes ao 
dessecamento; aspecto pulverulento o micélio.
Micélio: conjunto de hifas.
Cogumelos: corpos de frutificação (estruturas reprodutivas macroscópicas) responsáveis pela 
liberação de milhões de esporos.
Aspergillus: identificação das espécies: aparência colonial e no arranjo dos conídios. 
Cabeças aspergilares coradas com lactofenol-azul de algodão; tamanho e forma das vesículas; 
tamanho e posição das fiálides; forma e cor dos conídios; colônias de até 5cm (5 dias): reverso é amarelo-
claro a castanho-claro, a cor do anverso é dada pela pigmentação dos conídios.
A. fumigatus aveludadas ou granulares, verde-
azuladas com periferia branca
A. niger pretas e granulares
A. flavus amarelo-esverdeadas com textura
felpuda
A. terrus marrom-avermelhadas com
textura granular.
 Células únicas: leveduras
Unicelulares, não-filamentosos, esféricos ou ovais.
Leveduras de brotamento: formação de células desiguais (mais de 20 células-filhas). Ex: Saccharomyces sp.
Brotos que permanecem juntos: pseudo-hifas. Ex: Candida albicans.
Leveduras de fissão: células-filhas iguais. Ex: Schizosccharomyces sp.
Candida albicans:
Colônias de células ovais, blastoconídios, aeróbias, crescem em grande variedade de meios (ágar 
dextrose Sabouraud), variados pHs e temperaturas (ideal: 35-37oC).
Tecidos animais: pseudo-hifas e hifas; alguns meios: clamidoconídios (células de repouso com 
parede espessa).
Reservatórios: áreas mucocutâneas (tratos digestivo e urogenital) de mamíferos e aves.
 Dimórficos: crescem tanto como filamentos, como leveduras.
Filamentos:
Leveduras:
Várias espécies patogênicas (dependendo da temperatura): a 37oC levedura, a 25oC fungo 
filamentoso.
Outros, o dimorfismo é baseado na concentração de CO2: baixa (leveduras), alta (filamentoso).
Mucor rouxii
Sporothrix schenckii
Diagnóstico:
Diferenciação de espécies fúngicas: arranjos dos conídios, tipo e morfologia dos esporos; características das 
hifas vegetativas: presença ou ausência de septo, hialinas (incolores) ou dematiáceas (pigmentadas), 
estrutura específica das hifas (forma espiral, raquete); características coloniais: tamanho e aparência após 
tempo de incubação, cor do anverso/verso e do reverso, superfície com elevação ou depressão; leveduras: 
aparência colonial, tamanho e forma das células, fungos dimórficos: bolores em ágar dextrose Sabouraud a 
25oC, leveduras em meios enriquecidos a 37oC, testes imunológicos (antígenos solúveis).
Diagnóstico laboratorial
Amostras: pelos, raspados de pele, fragmentos de tecidos.
Microscopia: clarificação com gotas de KOH a 40%, nanquim, lactofenol-azul de algodão, azul de metileno 
ou Gram (leveduras), cultura em lâmina.
Isolamento: ágar de dextrose Sabouraud (pH 5,5) → cloranfenicol + cicloheximida nibe fungos 
contaminantes de crescimento rápido (zigomicetos).
Leveduras de fungos dimórficos: meios enriquecidos (ex.: ágar BHI + 5% sangue) a 37oC.
Histopatologia:
Dermatófitos: fungos com afinidade por estruturas superficiais queratinizadas: pele, pelos, cascos, penas, 
chifres, unhas; lesões características conhecidas por tinhas; Deutomicetos (maioria) com 3 gêneros: 
Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton. Alguns ascomicetos (gênero Arthroderma).
Morfologia: 
Fase não parasitária (isolados)
Micélio: hifas septadas.
Reprodução assexuada: macroconídios (pluricelular) ou microconídios (esferas unicelulares).
Pigmentação (uso na diferenciação de dermatófitos).
Fase parasitária: hifas + artroconídios.
Microconídios Macroconídios Artroconídios
Micotoxinas: termoestáveis (237 a 306oC) de baixo peso molecular, não induzem resposta imunológica 
protetora, acúmulo em tecidos animais, leite, podem provocar doença em humanos, excesso de umidade 
no campo e na estocagem (>15%) e temperaturas altas (30oC) contribuem para a contaminção.
Efeito tóxicos: imunossupressão, mutagênese, teratogênese e carcinogênese.
Diagnóstico: sinais clínicos (inespecíficos); dados anátomo-patológicos; histórico de introdução de novas 
fontes de alimento; análise laboratorial dos alimentos/amostra tecidual suspeito (qualitativa, quantitativa e 
cromatográfica/ELISA).
Reprodução: assexuada (crescimento e disseminação de filamentos de hifas, esporos, brotamento), sexuada
(esporos fúngicos, que conferem resistência à temperatura). 
Esporos fúngicos ≠ endosporos bacterianos (estes não fazem reprodução)!
Esporos assexuais: produzidos por mitose; dois tipos: armazenado em “bolsa” ou não; conidiósporo ou 
conídio: unicelular ou multicelular, produzido em cadeira na extremidade do conidióforo; Aspergillus spp.
Artroconídio: fragmentação de hifa septada em células únicas, pequenas e espessas; Cocciddioides 
immitis.
Blastoconídio: brotamento originado de célula parental; Candida albicans e Cryptococcus sp.
Clamidoconídio: paredes espessas, formado por arredondamento ou alargamento no interior de 
segmento de hifas; C. albicans.
Outro tipo de esporo assexual: esporangiósporo: formado no interior do esporângio ou bolsa, 
extremidade de hifa aérea chamada esporangióforo; Rhizopus sp.
Esporos sexuais: reprodução sexuada em 3 etapas:
Plasmogamia:
Cariogamia: núcleos (+) e (-) se fundem para formar núcleo zigoto diplóide (zigósporo = esporo 
sexual).
Meiose: origina núcleos haplóides (esporos assexuais).

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