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Disiciplina Planjemento Estratégico

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RECURSOS HUMANOS 
 
 
Professor Jose Saraiva dos Santos 
 
 
 
 
 
 
Planejamento 
Estratégico 
OLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EMENTA: Planejamento estratégico: histórico, importância, principais conceitos. Principais 
escolas. Gestão Estratégica – Planejamento estratégico, cenários prospectivos e Inteligência 
Competitiva. Metodologias e etapas do planejamento estratégico. Formulação de um plano 
estratégico. Análise de cenários, modelo SWOT. 
 
 
 
 
 
OBJETIVOS: Apresentar o histórico, os principais conceitos e as metodologias de planejamento 
estratégico; - Discutir as experiências do grupo no assunto: - Conhecer o conceito de Gestão 
Estratégica, entendendo os seus principais pilares: planejamento estratégico, cenários prospectivos 
e inteligência competitiva. - Conhecer ferramentas informatizadas de Gestão Estratégica. 
 
 
DEFINIÇÃO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
 
 
“O Planejamento é a mais relevante e cerebral atividade do homem. 
 
A capacidade de planejar torna o homem único no reino animal”. 
 
(Jack Bologna) 
Conceito da Palavra Planejamento 
 
Segundo o Dicionário Aurélio, Planejamento é: 
 
 O ato ou efeito de planejar (fazer o plano ou planta; traçar);
 Trabalho de preparação para qualquer empreendimento, segundo roteiro e 
métodos determinados;


 Elaboração por etapas, com bases técnicas, de planos e programas com objetivos 
definidos.

 
 Conceito de Estratégia 
 
Estratégia é uma palavra que vem do grego estrategos e significa “a arte do 
general”. Segundo o dicionário Aurélio, Estratégia é “a arte de aplicar os meios 
disponíveis ou explorar condições favoráveis com vista a objetivos específicos”. 
 
Para Peter Drucker o qualificativo estratégico originado da palavra, estrategos, tem 
uma conotação militar. O verbo estrategein significa elaborar um plano, com referência 
ao exército. A linguagem científica tomou este vocábulo para aplicá-lo à Teoria dos Jogos, 
aos modelos matemáticos e finalmente à organização. 
 
Conceito de Planejamento Estratégico 
. 
 
 
Para Peter Drucker, no seu livro Introdução à Administração 
“Planejamento Estratégico é um processo contínuo de, 
sistematicamente e com o maior conhecimento possível do futuro 
contido, tomar decisões atuais que envolvam riscos; organizar 
sistematicamente as atividades necessárias à execução destas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS 
– EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS 
 
decisões e, através de uma retroalimentação organizada e 
sistemática, medir o resultado dessas decisões em confronto com as 
expectativas alimentadas”. 
 
Sintetizando, o Planejamento Estratégico consiste em elaborar, com base na 
missão e no negócio da empresa, um Plano de Ação e de Metas com objetivo de garantir a 
qualidade, o lucro, e a marca da empresa, oferecendo uma visão de futuro, independente 
do porte da organização. 
 
Com o atual cenário econômico mundial globalizado em que a competitividade, as 
constantes instabilidades políticas e econômicas, além de inúmeras adversidades 
ambientais estão fortemente presentes, várias empresas agem de maneira mais instintiva 
do que através de um consciente Planejamento Estratégico. O Planejamento Estratégico 
torna-se muitas vezes um item secundário em épocas de crise. Mas, sem um bom 
Planejamento e uma Estratégia bem fundamentada na Administração Científica, as 
empresas colocam em risco a própria sobrevivência em um mercado competitivo. 
 
Nesse sentido, o Planejamento Estratégico significa o ponto de partida na 
administração estratégica das organizações, independentemente de seus tamanhos e 
tipos. Esse planejamento tem como propósito adotar medidas decisivas e resultados na 
condução de atitudes pró-ativas na gestão das organizações. (MINTZBERG, 1994; 
GOMES, 2003). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Principais Aspectos do Planejamento Estratégico (PE) 
 
 
Para Peter Drucker, no seu livro Introdução à Administração “Planejamento 
Estratégico” não é: 
 
 
 
 
 
- Planejamento estratégico não é uma caixa de mágicas nem 
um amontoado de técnicas – quantificar não é planejar; 
- Não é previsão – ele se faz necessário por não se ter a 
capacidade de prever; 
- Não opera com decisões futuras. Ele opera com o que há de 
futuro nas decisões presentes. Ou seja, Planejamento não diz respeito 
a decisões futuras, mas às implicações futuras de decisões 
presentes. 
- Planejamento não é um ato isolado. 
- O processo de planejamento não deve ser desenvolvido para 
a empresa. Mas deve ser desenvolvido pela empresa, porque busca 
resultados práticos. 
- Ele não é uma tentativa de eliminar o risco. Mas, são 
fundamentaais que os riscos assumidos sejam os riscos certos. 
 
 
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QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS 
– EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS 
Vantagens do PE 
 
Quando as empresas pequenas operam sem 
planos formais elas dão os seguintes motivos: 
 

 Estruturas pequenas mantêm os administradores 
muito ocupados. 
 
 Fazer Planejamento Estratégico é privilégio de 
grandes empresas.

 
Quando as empresas grandes operam sem planos formais, normalmente justificam 
das seguintes formas: 
 Administradores argumentam que sempre se deram bem sem planejamento.
 Consideram perda de tempo elaborar um plano escrito em função do ritmo das 
mudanças.


Mas o que todas elas – empresas grandes ou pequenas – não percebem é que a 
 
falta de planejamento normalmente gera desperdício, principalmente de tempo, fator que 
aparece nas justificativas anteriores. As ações tomadas sem critério podem ser ineficazes 
ou até prejudiciais, causando até mesmo desperdício de dinheiro. 
 
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Algumas vantagens do Planejamento Estratégico 
 Agilidade nas tomadas de decisões, pois os objetivos da empresa são claros.
 Melhor conhecimento dos seus concorrentes, visto que o PE exige isso na sua 
elaboração.

 Melhor comunicação entre os funcionários, pois todos falam a “língua” da empresa – 
Cultura Organizacional.


 Maior capacitação gerencial, até dos funcionários de níveis inferiores, já que a 
empresa identifica o tipo de profissional que quer para seu quadro mais facilmente.

 
 
 
QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS 
– EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS 
 
 Orientação maior nos comportamentos de funcionários, pois todos sabem onde devem 
chegar e por que.


 Consciência coletiva, motivação e comprometimento dos envolvidos, já que todos os 
funcionários conhecem a importância do seu trabalho para o atingimento das metas.

 Melhor conhecimento do ambiente em que os funcionários trabalham.
 Melhor relacionamento entre empresa-ambiente, pois há um estudo constante dos 
cenários em que a empresa atua.

 Maior capacidade e rapidez de adaptação dentro da empresa.
 Visão de conjunto. 
 
 
Um PE deve ser flexível a ponto de aceitar adaptações no transcorrer do tempo. 
 
Este tema será melhor trabalhado no decorrer do estudo. 
 
TIPOS DE PLANEJAMENTO 
 
 
Na consideração dos grandes níveis hierárquicos, podem-se distinguir três tipos de 
planejamento: 
 Planejamento Estratégico
 Planejamento Tático
 Planejamento Operacional
 
 
Podem-se relacionar os tipos de planejamento aos níveis de decisão numa Pirâmide 
organizacional: 
 
Esquema 1 - Níveis PE 
 
Nível 
 
 Decisões Planejamento 
Estratégico 
Estratégicas 
 
Estratégico 
 
 
 
 
 Decisões Planejamento 
Nível Tático Táticas Tático 
 
 
 
 
Decisões 
 
Planejamento 
 
 
Nível Operacional Operacionais Operacional 
 
 
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 Esquema 2 – Detalhamento dos Níveis PE 
 
 
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 Planejamento Tático relaciona-se com objetivos de mais curto prazo 
 Resumo 
 Planejamento Estratégico relaciona-se com objetivos de longo 
 prazo, com maneiras e ações que afetam toda a empresa. 
 e com maneiras e ações que, geralmente afetam somente parte da 
 empresa. 
 Planejamento Operacional relaciona-se com as rotinas 
 
 
 operacionais da empresa e afetam somente as unidades setoriais. 
 
 Quadro 1 - Tipos e Níveis de Planejamento nas Empresas 
 
 Planejamento Planejamento Planejamento da Planejamento de Planejamento 
 Mercadológico Financeiro Produção Recursos Humanos Organizacional 
 Plano de Preços e 
Plano de Despesas 
Plano da capacidade Plano de recrutamento Plano diretor de 
 
produtos de produção e seleção 
 
sistema
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Plano de Plano de controle de 
 
Plano 
de 
 
Plano de promoção Plano de treinamento 
 
estrutur
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 investimento qualidade 
Organizacional 
 
 
 
Plano de vendas Plano de compras Plano de estoques 
Plano de cargos e Plano de rotinas 
 
salários administrativas 
 
 
 
Plano de fluxo de Plano de utilização de 
 
Plano 
de 
 
Plano de distribuição Plano de promoções informações 
 
 caixa mão de obra 
gerenciais 
 
 
 Plano de pesquisa de Plano Plano de expedição de Plano de capacitação 
Plano 
de 
 mercado orçamentário produtos interna comunicações 
 
Verifica-se que o planejamento estratégico considera a empresa como um todo. 
 
Este aspecto é importante para o entendimento das fases do planejamento estratégico. 
 
Na figura a seguir apresenta-se o ciclo básico dos três tipos de planejamento: 
 
 
 
 
 
 
 
QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS 
– EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 - Ciclo Básico do Planejamento Integrado 
 
 
O Planejamento Integrado entre os vários escalões é importante para que a 
atividade conjunta garanta a realização dos objetivos propostos para o desenvolvimento e 
crescimento da empresa. 
 
Planejamento Estratégico 
 
É o processo administrativo que 
proporciona sustentação metodológica para 
se estabelecer a melhor direção a ser seguida 
pela empresa, visando ao otimizado grau de 
interação com o ambiente e atuando de forma 
inovadora e diferenciada. 
 
 
O planejamento estratégico é, normalmente, de responsabilidade dos níveis mais 
altos da empresa e diz respeito tanto à formulação de objetivos quanto à seleção dos 
cursos de ação a serem seguidos para sua consecução, levando em conta as condições 
externas à empresa e sua evolução esperada. 
 
Planejamento Tático 
 
Tem por objetivo otimizar determinada área de resultado e não a empresa como 
um todo. Portanto, trabalha com decomposição dos objetivos, estratégias e políticas 
estabelecidas no planejamento estratégico. Na figura a seguir, apresenta-se uma 
sistemática de desenvolvimento dos planejamentos básicos: 
 
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QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS 
– EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 - Sistema de Desenvolvimento dos Planejamentos 
 
O Planejamento Tático é desenvolvido em níveis organizacionais inferiores tendo 
como principal finalidade a utilização eficiente dos recursos disponíveis para a 
consecução de objetivos previamente fixados. 
 
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Planejamento Operacional 
 
Pode ser considerado como a formalização, principalmente através de documentos 
escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas. Portanto, 
nesta situação se tem, basicamente, os planos de ação ou planos operacionais. Os 
Planejamentos Operacionais correspondem a um conjunto de partes homogêneas do 
planejamento tático. Cada um dos planejamentos operacionais deve conter com detalhes: 
 Os recursos necessários para seu desenvolvimento e implantação;
 Os procedimentos básicos a serem adotados;
 Os resultados finais esperados;
 Os prazos estabelecidos;
 Os responsáveis por sua execução e implantação. 
 
RESUMO 
 A capacidade de planejar o futuro é uma virtude do ser humano 
que nenhum outro animal possui. 
 O Planejamento Estratégico (PE) permite às empresas traçar 
metas para alcançar objetivos importantes e lucrativos. 
 O PE não pensa somente no amanhã. Ele projeta como a empresa 
será nos próximos anos. 
 O PE traz muitas vantagens para uma organização, das quais podemos 
destacar a capacidade de tomar decisões mais precisas

 
 
QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS 
– EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS 
 
e ágeis e também o comprometimento de todos os envolvidos no 
sucesso da empresa, pois todos sabem o que buscar. 
 O PE vem acompanhado posteriormente do Planejamento Tático e do 
Planejamento Operacional.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 - Charge sobre Planejamento 
 
 
Quadro 2 - Diferenças entre os tipos de Planejamento 
 
Diferenças entre Planejamento Estratégico e Planejamento Tático 
 
 
DISCRIMINAÇÃO 
 PLANEJAMENTO PLANEJAMENTO 
 
 
ESTRATÉGICO 
 
TÁTICO 
 
 
 
 
 
 
 Quanto ao prazo Mais Longo Mais Curto 
 
 Quanto à amplitude Mais AmploMais Restrito 
 
 Quanto aos riscos Maiores Maiores 
 
 Quanto às atividades Fins e Meios Meios 
 
 Quanto à flexibilidade Menor Maior 
 
 Diferenças entre Planejamento Tático e Planejamento Operacional 
 
 PLANEJAMENTO PLANEJAMENTO 
 
DISCRIMINAÇÃO 
 
 
ESTRATÉGICO 
 
TÁTICO 
 
 
 
 
 Quanto ao prazo Mais Longo Mais Curto 
 
 Quanto à amplitude Mais Amplo Mais Restrito 
 
 Quanto aos riscos Maiores Menores 
 
 Quanto às atividades Meios Meios 
 
 Quanto à flexibilidade Menor Maior 
 
 
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QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS 
– EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS 
 
 
NORTEADORES ESTRATÉGICOS 
 
 
Os norteadores estratégicos representam uma identidade 
organizacional. Criam um senso comum de mesma direção em 
todos os colaboradores da empresa, desenvolvendo uma cultura 
organizacional. 
 
 
Negócio 
 
 
Não me ofereça coisas 
 
“Não me ofereça sapatos. 
Ofereça-me a comodidade para meus pés e o prazer de caminhar. 
Não me ofereça casa. 
Ofereça-me segurança, conforto e um lugar que prime pela limpeza e 
felicidade. 
Não me ofereça livros. 
Ofereça-me horas de prazer e o benefício do conhecimento. 
Não me ofereça discos. 
Ofereça-me lazer e a sonoridade da música. 
Não me ofereça ferramentas. 
Ofereça-me o benefício e o prazer de fazer coisas bonitas. 
Não me ofereça móveis. 
Ofereça-me conforto e tranquilidade de um ambiente aconchegante. 
Não me ofereça coisas. 
Ofereça-me ideias, emoções, ambiência, sentimentos e benefícios. 
Por favor, não me ofereça coisas". 
Autor desconhecido 
 
Definição de Negócio 
 
Peter Drucker faz uma importante menção à questão da definição do Negócio de 
uma empresa: 
 
 
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"A questão é que tão raramente perguntamos de forma clara e direta 
e tão raramente dedicamos tempo a uma reflexão sobre o assunto, 
que esta talvez seja a mais importante causa do fracasso das 
empresas." 
 
 
O negócio de uma empresa é a razão pela qual ela foi criada, ou seja, o seu motivo 
de existência. Atente para o fato de que o negócio não deve responder somente o que a 
empresa fabrica ou vende. Ele deve corresponder às necessidades e expectativas mais 
amplas dos clientes da organização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO 
GESTÃO E NEGÓCIOS 
 
 
CONCEITOS: MISSÃO, VISÃO E VALORES 
 
 
Para Porto (2008), qualquer organização seja pública 
ou privada, seja grande ou pequena, necessita compreender 
sua missão no mercado e a partir disso estabelecer sua 
visão para dentro de seus padrões. É importantíssimo 
respeitar suas características, pois assim poderá encontrar 
soluções que ajudam a desenvolver e reforçar a sua 
qualidade organizacional e de seus produtos. 
 
 
Os produtos e serviços são os caminhos pelo qual a organização leva para a 
sociedade a sua missão e a sua visão que orienta o processo de criação deste caminho, 
estimulando o rompimento com a situação atual e o estado futuro desejado. 
 
Porto (2008), ainda define que é de fundamental importância monitorar e 
compreender as necessidades de mudanças comportamentais da sociedade. O Conjunto 
formado pela Missão, Visão e Valores representa uma IDENTIDADE ORGANIZACIONAL. 
 
Missão 
 
Missão refere-se ao propósito da empresa. É uma descrição precisa do que a 
organização faz e o negócio na qual está inserida. É a finalidade da existência de uma 
organização. É aquilo que define o significado a essa existência. 
 
A Missão da organização liga-se diretamente aos seus objetivos institucionais, e 
aos motivos pelos quais foi criada, e representa a sua razão se ser. 
 
A Missão deve responder ao “porquê” da organização existir de forma clara, sintética 
e compreensiva. Cada colaborador da empresa deve ser capaz de verbalizar a missão da 
empresa sem hesitar. 
 
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Como elaborar a missão da empresa 
 
 
 A missão de uma empresa está intimamente ligada não somente ao lucro, mas ao 
seu objetivo social. Toda missão dever nortear os objetivos financeiros, humanos e 
sociais da organização. 
 A missão de uma organização deve ser definida para satisfazer alguma necessidade 
do ambiente externo e não simplesmente em oferecer um serviço ou produto. Portanto, 
para definir a missão de uma organização algumas perguntas devem ser respondidas 
como: E
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 Dicas de como elaborar a Missão de uma empresa 
  Evite frases muito longas com palavras difíceis. 
  Economize gerúndios. Ex.: fazendo, disponibilizando, etc. 
  Seja simples e conciso. Ex: a missão da Disney é “alegrar as 
 
 
 
 
 Exemplos de Missão 
 
 
 
 “Desenvolver, produzir e comercializar carros e serviços que 
 as pessoas prefiram comprar e tenham orgulho de possuir, 
 garantindo a criação de valor e a sustentabilidade do 
 negócio.” 
 “Solucionar problemas não solucionados de maneira 
 inovadora” 
 “Nossa razão de ser é criar e comercializar produtos e 
 serviços que promovam o Bem Estar/Estar Bem”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS 
– EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS 
 
Visão 
 
É o objetivo da organização. É aquilo que se espera ser em um determinado 
espaço de tempo. A visão é um plano, uma ideia mental que descreve o que a 
organização quer realizar objetivamente nos próximos anos de sua existência. 
Normalmente é um prazo longo, de pelo menos 5 anos. 
 
Jamais confundir Missão e Visão: a Missão é algo perene, sustentável enquanto a 
Visão é mutável por natureza, de acordo com a necessidade da empresa, porém deve ser 
algo concreto e possível de ser alcançado. 
 
A Visão deve ser inspiradora, clara e concisa, de modo que todos a 
sintam. 
 
Como elaborar a visão da empresa 
 
A Visão deve apontar para o futuro da empresa. A visão da empresa deve manter-se 
curta e compreensiva para que todos se lembrem. A visão deve: 
 Projetar oportunidades futuras

 Responder a pergunta: Aonde a empresa quer chegar?

 Delimitar um prazo para o objetivo ser atingido

 Ser revista periodicamente 
 
 
Exemplos de Visão 
“Ser a empresa que melhor entende e satisfaz 
globalmente as necessidades de produto, serviço 
e autorrealização da mulher”. 
 
“Criar uma empresa líder onde as pessoas tenham 
orgulho e prazer de trabalhar”. 
 
 
“Ser uma empresa brasileira com atuação global, 
posicionada entre as três maiores empresas de 
mineração diversificada do mundo e, até 2010, 
atingir a excelência em pesquisa, desenvolvimento, 
implantação de projetos e operação de seus 
negócios.” 
 
Perceba que essa era a Visão da Vale do Rio Doce até 2010. Depois 
disso ela foi revista e hoje há uma nova Visão. 
 
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– EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS 
 
 
“Ser a empresa de recursos naturais global número 
um em criação de valor de longo prazo, comexcelência, paixão pelas pessoas e pelo planeta.” 
 
 
 
 
ATENÇÃO! 
Assuma que sua visão deve permanecer inalterada 
por uma década. No entanto, isso não significa que a 
visão nunca deva ser mudada, ou refinada. As 
condições de negócio ultimamente estão exigindo das 
empresas constantes adaptações. Numa situação 
onde uma mudança de ambiente exige uma mudança 
fundamental. Mude sua Visão! 
 
 
Assim como as empresas, você também pode ser uma marca e ter 
Missão, Visão e Valores. 
 
Valores 
 
Valores são princípios, ou crenças, que servem de guia, ou critério, para os 
comportamentos, atitudes e decisões de todas e quaisquer pessoas, que no 
exercício das suas responsabilidades, e na busca dos seus objetivos, estejam 
executando a Missão, na direção da Visão. 
 
Representam os princípios éticos que norteiam todas as suas ações. 
Normalmente, os valores são compostos de regras morais que simbolizam os 
atos de seus administradores, fundadores, e colaboradores em geral.O 
GESTÃO E NEGÓCIOS 
 
 Definem e facilitam a participação das pessoas no desenvolvimento da Missão, 
Visão e dos próprios Valores;

 Definem e facilitam a articulação da Missão e da Visão;
 Facilitam o comprometimento dos empregados entre si;
 Facilitam o comprometimento dos empregados com o mercado;
 Facilitam o comprometimento dos empregados com a comunidade e a sociedade.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 de cada valor deve ser curto. Os valores são inegociáveis, e os mais perenes de uma 
empresa. 
 
O conjunto de valores deve definir a regra do jogo, em termos de comportamentos e 
atitudes, devendo conter um subconjunto das respostas às perguntas abaixo: 
 Como os empregados devem se portar, individualmente?
 Como os empregados se relacionam entre si?
 Como os empregados se relacionam com os clientes?
 Como a empresa trata seus clientes?
 Como a empresa faz negócios?
 Como a empresa se relaciona com a comunidade?
 Qual a responsabilidade da empresa frente à sociedade?
 Que valores, crenças ou princípios são importantes para a empresa? 
 
 
 
Valores são úteis se a prática do dia a dia, do presidente ao porteiro, mostra e demonstra 
ser esse o conjunto de regras que regem a conduta do pessoal da sua empresa. 
 
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Dicas para estabelecer os valores da empresa: 
 Defina as posturas e atitudes das pessoas (linhas de conduta);
 Utilize no máximo cinco valores;
 Devem resistir ao tempo;
 Devem ser independentes do ramo de atividade;
 Devem ser coerentes com a identidade da empresa.
 
Valores e Competências 
 
A adequada definição dos Valores da organização possibilita também outro aspecto interessante: a 
adequação do colaborador à realidade e às necessidades da empresa em que ele trabalha.
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– EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS 
 
No momento em que um colaborador conhece os valores éticos, morais, 
profissionais e tecnológicos da organização ele acaba sabendo quais das suas 
competências estão de acordo com esse quadro ou quais ainda devem ser desenvolvidas 
para que ele esteja alinhado aos anseios da empresa em que trabalha. 
 
 
 
Resumo 
 
 O Negócio de uma empresa é aquilo que ela quer proporcionar aos 
seus clientes respondendo às suas (dos clientes) expectativas 
mais amplas. 
 A importância do estabelecimento de metas e objetivos como a 
missão e a visão de uma organização, vai além de simplesmente 
escrever algumas linhas e colocá-las no site ou mural da empresa.
 A criação da missão e visão da organização tem que ser definida 
de forma que todos os envolvidos no processo, funcionários, 
acionistas, fornecedores e sociedade, compreendam a sua 
importância e coloquem em prática sua filosofia. 
 É dever do gestor cobrar para que essas metas e objetivos sejam 
alcançados. Caso contrário, é pura perda de tempo, pois o que se 
diz e o que se prega, é diferente do que se faz; a Missão, a Visão e 
os Valores tornam-se somente um apanhado de letras, caindo no 
vazio da rotina. 
 Os valores ajudam os colaboradores a determinar quais suas 
competências devem ser aprimoradas ou ainda mesmo 
valorizadas. 
 Por fim, o conjunto Missão, Visão e Valores serve também para 
facilitar e promover a convergência dos esforços humanos, 
materiais e financeiros.
 
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 ANÁLISE AMBIENTAL 
 
 Introdução à Análise Ambiental 
 A análise ambiental centra-se na análise SWOT, onde a organização dimensiona 
 suas forças e fraquezas, no ambiente interno e ameaças e oportunidades no ambiente 
 externo. 
 A importância da análise ambiental reside no fato de a empresa situar-se quanto às 
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 suas potencialidades e seus pontos a desenvolver no negócio que ela oferece ao mercado 
 frente ao ambiente externo onde ela identificará oportunidades que podem não estar 
 sendo aproveitadas pela concorrência e ameaças advindas tanto da concorrência quanto 
 da conjuntura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: www.espacoadministrativo.com.br/ 
 
Figura 4 - Esquema da Relação Ambiente Interno e Externo 
 
Assim a análise ambiental posicionará a organização quanto ao seu potencial de 
crescimento no mercado identificando os pontos tanto internos quanto externos, para 
onde ela deverá direcionar suas energias a fim de obter o melhor resultado de acordo 
com os objetivos traçados e com sua visão de futuro. 
 
 
 
“O futuro não é predeterminado. É, pelo menos em parte, sujeito à 
nossa influência. O nosso interesse deve ser, pois, focalizar futuros 
previsíveis tanto os que são possíveis e prováveis.” 
Alvin Toffler 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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– EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS 
 
 Ambiente Externo 
 
A análise de cenários externos é uma tarefa tão importante que deve ser rotineira, 
ou seja, deve estar incorporada ao dia a dia das empresas que pretendem administrar 
estrategicamente o seu negócio. 
 
 
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Figura 5- Esquema Ambiente Externo 
 
 
As forças ambientais tornam-se incontroláveis quando elas não são previstas com 
certa antecedência. Portanto, é preciso conviver com as turbulências, sabendo 
neutralizar seu impacto. 
 
Mas afinal, o que deve ser considerado quando se realiza uma análise do Ambiente 
Externo? 
 
Abaixo citamos alguns aspectos e objetos, mas pode modificar-se de acordo com o 
cenário e o mercado de atuação da empresa. 
 
Quadro 3 - Aspectos e Objetos de Análise do Ambiente Externo 
 
 ASPECTOS OBJETOS DE ANÁLISE 
 
 
Governo 
 Analisar os planos governamentais e seus objetivos; a identificação 
 
e análise dos órgãos que legitimam e qual a legislação pertinente. 
 
 
 
 Sistemas Analisar quais os tipos de instituições financeiras e quais as 
 financeiros condições das operações (prazos, taxas de juros). 
 
 Sindicatos Considerar os objetivos e a estrutura dos mesmos. 
 
 Comunidade Considerar a população, osvalores sociais e a infraestrutura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 existente. 
 
 
Consumidores 
 Quem são; onde estão localizados; quais sua tendências e quais 
 
são os seus padrões de qualidade. 
 
 
 
 Qual a competição existente por outros produtos; qual a 
 
Mercado 
 
segmentação de mercado e qual a velocidade de mudança no 
 
 
 produto e de onde se origina. 
 
 
Fornecedores 
 Quem são; onde estão localizados; seus preços de venda; seus 
 
prazos de venda e de entrega e a qualidade dos seus produtos. 
 
 
 
 Quanto aos concorrentes: quantos e quais são; qual a tecnologia 
 
 Concorrentes básica que cada concorrente utiliza e qual a participação de cada 
 um no mercado. 
 
 
Nesse momento, cabe bem o conhecimento de um termo que está em voga na 
Administração: STAKEHOLDERS! 
 
 
Stakeholder significa público estratégico. É uma palavra em inglês 
muito utilizada nas áreas da comunicação, administração e 
tecnologia da informação com o objetivo de designar as pessoas e 
grupos mais importantes para um planejamento estratégico ou plano 
de negócios, ou seja, as partes interessadas. 
O stakeholder é uma pessoa ou um grupo que legitima as ações de 
uma organização. É formado pelos funcionários da empresa, 
gestores, gerentes, proprietários, fornecedores, clientes, o Estado, 
credores, sindicatos e diversas outras pessoas ou empresas que 
estejam relacionadas com uma determinada ação ou projeto. 
 
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Ambiente Interno 
 
A análise interna tem por finalidade colocar em evidência as deficiências e 
qualidades da empresa que está sendo analisada, ou seja, os pontos fortes e fracos da 
empresa deverão ser determinados diante de sua atual posição, produtos versus 
mercados. 
 
Para o estabelecimento dos pontos fortes e neutros da empresa, o executivo deverá 
analisar uma série de aspectos, entre os quais podem ser citados: 
 
1. Funções a serem analisadas; 
 
2. Aspectos organizacionais; 
 
3. Abrangência dos processos; 
 
4. Níveis de controle e avaliação; 
 
5. Critérios de avaliação; 
 
6. Obtenção das informações. 
 
 
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– EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS 
 
Esquema 3 - Macro Funções da Empresa 
 
 
 
Recursos 
Tecnológicos 
 
 
 
 
 
Recursos Empresa Recursos 
Financeiros Humanos 
 
 
 
 
 
Recursos 
Materiais 
 
 
 
 
Funções a serem analisadas 
 
Refere-se à análise das macro funções de uma empresa, ou seja, marketing, 
finanças, produção e recursos humanos. 
 
Na área de marketing deve-se diagnosticar o desempenho do sistema de 
distribuição, desenvolvimento de novos produtos, marca, força de vendas, promoção e 
propaganda, políticas de preços e organização do departamento de marketing. 
 
Ainda há grande importância quanto à pesquisa de mercado, por ser relevante ao 
processo decisório. 
 
A função financeira pode ser subdividida em: 
 
 Análise dos índices financeiros (índices de: lucratividade, liquidez, 
alavancagem, giro e períodos de cobrança)


 Análise do sistema do planejamento e controle financeiro/contábil 
(estrutura da área financeira, relatórios contábeis / financeiros, fluxo de caixa, 
decisões e ações financeiras, controles e orçamentos, etc.).

 
Na área de produção devemos analisar a eficiência da sua capacidade produtiva, 
considerando aspectos como: a instalação industrial, processo produtivo, programação e 
controle da produção, qualidade, sistema de custos, pesquisa e desenvolvimento, cadeia 
de suprimentos e processo produtivo. 
 
A última função a ser analisada internamente é a área de recursos humanos. Deve-
se considerar as atitudes da alta administração quanto ao fator humano da empresa, 
quanto à rotatividade dos empregados, ao índice de absenteísmo, à eficácia dos 
programas de recrutamento, seleção, treinamento e desenvolvimento. 
 
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ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – 
EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS 
 
Aspectos organizacionais 
 
Em relação aos aspectos organizacionais podemos salientar, por exemplo: 
 Estrutura organizacional
 Sistemas de informações operacionais e gerenciais
 Sistema de planejamento (estratégico, tático e operacional)
 Capacitação, atitudes e comportamentos da alta administração e chefias.
 Capacitação e habilidade dos empregados
 Controle de qualidade
 Domínio do mercado consumidor.
 
Abrangência dos processos 
 
Em relação abrangência dos processos podemos examinar, por exemplo: 
 Empresa considerada como sistema
 Áreas funcionais da empresa
 Unidades organizacionais
 Grupos de indivíduos
 Os indivíduos.
 
Níveis de controle e avaliação do sistema 
 
É necessário verificar se o controle efetuado está em um dos seguintes níveis: 
 Controla a eficiência?
 Controla a eficácia? e/ou
 Controla a efetividade?
 
Critérios de avaliação dos pontos fracos e fortes 
 
Podemos considerar alguns aspectos como: 
 Histórico da empresa
 Opiniões pessoais de consultores e executivos da empresa
 Análise em literatura e análise orçamentária.
 
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Obtenção das informações necessárias à alta administração 
 
Nesse caso o executivo poderá utilizar, entre outros aspectos: 
 Observação pessoal
 Conversas pessoais
 Questionários
 Experiência e prática
 Reuniões
 
 
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– EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS 
 Documentos publicados, periódicos, livros e revistas
 Indicadores econômicos e financeiros.
 
 ANÁLISE S.W.O.T 
 
 
A análise SWOT (ou análise FOFA em português) é uma ferramenta estrutural 
utilizada para análise do ambiente e para formulação de estratégias. Permite identificar 
Forças e Fraquezas da empresa, extrapolando Oportunidades e Ameaças externas para a 
mesma. É de extrema importância conhecer mais profundamente os vários aspectos 
internos e externos da empresa de forma a dar resposta a eventuais problemas 
detectados ou atacar os concorrentes nas fragilidades encontradas. Depois de 
estruturados e analisados todos os fatores é só tirar as suas conclusões. Não se esqueça 
que as ameaças dos outros podem ser as suas oportunidades e as suas ameaças são 
oportunidades para os concorrentes. 
 
 
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Figura 6 - Representação Análise SWOT 
 
O termo SWOT é uma sigla oriunda do inglês, traduzindo: Forças (Strengths), 
Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats). 
 
As ameaças e as oportunidades estão ligadas ao mercado enquanto os pontos 
fracos e pontos fortes estão ligados à empresa. 
 
6.1 Oportunidades 
 
Qualquer setor do mercado onde a empresa pode conseguir vantagem competitiva. 
 
 Mercado em expansão;

 Novo mercado internacional;

 Novo segmento no mercado, com alta rentabilidade;

 Alianças estratégicas.
 
 
 
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– EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS 
 
 Ameaças 
 
Quando o ambiente exterior apresenta desafios criados por uma tendência ou 
evolução desfavorável. Novos concorrentes;

 Guerras de preços de produtos;

 Introdução de novas tecnologias.
 
6.3 Forças ou pontos fortes da empresa 
 
6.3.1 Forças Organizacionais 
 
 Visão de liderança;

 Competência de gestão;

 Orientação empresarial.
 
6.3.2 Forças de Marketing 
 
 Imagem de marca;

 Participação de mercado;

 Reputação dos produtos/serviços;

 Flexibilidade e adaptabilidade.
 
6.3.3 Forças em Produção 
 
 Bons equipamentos;

 Economias de escala;

 Capacidade de inovação.
 
6.3.4 Forças em Finanças 
 
 Custo baixo de capital;

 Alta liquidez;

 Alta lucrativididade;

 Estabilidade financeira.
 
6.3.5 Fraquezas ou pontos fracos 
 
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 Falta de experiência (empresa nova no Mercado);

 Falta de fatores de diferenciação;

 Má qualidade na informação de mercado;

 Fraca visibilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS 
 
OS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS 
 
 
 TOMADA DE DECISÕES 
 
 
“Se não consegue tomá-las não se pode fazer um administrador eficaz.” 
 
Batleman, Snel (1998). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8 - Charge Calvin - A Democracia na Tomada de Decisão 
 
A tomada de decisão é um processo multifacetado e onipresente nas organizações, 
nos níveis: individual, grupal e organizacional. Envolve aspectos racionais, mas também 
a intuição, a emoção, a improvisação e o acaso. 
 
Na Administração, estuda-se o processo de Tomada de Decisão com o intuito de 
minimizar perdas e conflitos, otimizando assim os resultados das organizações. 
 
Todas as funções administrativas condizem à tomada de decisões e delas provém. 
Decisão é escolher uma alternativa, entre duas ou mais, para determinar uma opinião 
ou o curso de uma ação. Também é o ato psíquico e criativo, no qual o pensamento, a 
sensibilidade e o conhecimento associam-se para empreender uma ação. 
 
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Problema 
 
Para que haja necessidade de uma tomada de decisão necessariamente deve haver 
um problema. No transcorrer de um PE diversos problemas podem surgir. 
 
 
Problema definido > Questões a serem respondidas 
 
 É um problema fácil de ser enfrentado? 
 O problema poderia ser resolvido sozinho? 
 Esta decisão deve ser tomada por mim?


 Questões rotineiras ou com menos importância podem ser resolvidas através 
de um procedimento.

 Problemas diferentes requerem diferentes tipos de tomada de decisão.
 
 
 
 
 
O Modelo de Decisão Racional contém seis pressupostos. 
 
1. Clareza do problema: significa que o problema é claro e inequívoco. 
 
2. Opções conhecidas: significam que todos os critérios pertinentes e alternativas 
viáveis podem ser identificados. 
 
3. Preferências claras: significam que os critérios e alternativas foram classificados 
e ponderados. 
 
4. Preferências constantes: refletem constância nos critérios e estabilidade nos 
pesos no curso do tempo. 
 
5. Nenhuma restrição de tempo ou custo: permite obter informações completas 
sobre os critérios e alternativas. 
 
6. Máxima compensação: significa que o tomador de decisão escolherá a 
alternativa que propiciar o mais alto valor percebido. 
 
Processo Intuitivo de Tomada de Decisão 
 
É quase impossível conseguir que todas nossas decisões sejam racionais. O ideal 
seria que sim, no entanto necessitaremos usar da nossa intuição de vez em quando. As 
informações, bem como as alternativas, estão disponibilizadas de maneira limitada, 
sendo que as soluções são escolhidas através do processo de estabelecimento de regras, 
conforme os interesses e objetivos dos envolvidos nesse processo. 
 
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– EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS 
 
A intuição é uma função que transmite percepções de uma forma inconsciente. A 
experiência e o julgamento prevalecem em desfavor da lógica sequencial ou pesagem das 
alternativas. Este processo inconsciente se baseia na experiência e complementa a 
análise racional. 
 
 
As decisões são mais rápidas e os melhores decisores são normalmente descritos 
como intuitivos. No entanto, os maiores desastres empresariais constantemente advém 
de decisões intuitivas, de impulso. 
 
Modelo Improvisacional 
 
Dos três é o menos defendido. Não avalia situações nem faz julgamentos com base 
na experiência. A improvisação normalmente também não busca alocação de recursos, 
usa-se o que há no momento. 
 
Decisões triviais, de pouco ou nenhum impacto organizacional podem até usar da 
improvisação, mas decisões estratégicas devem evitar ao máximo tal abordagem. No 
entanto sabemos que no mundo coorporativo muitas decisões improvisadas sustentam 
organizações por décadas. 
 
Esquema 5 - Diferenças básicas entre os Modelos de Tomada de Decisão 
 
 
Modelo 
•Pensar primeiro 
Racional 
 
 
 
Modelo Intuitivo •Ver primeiro 
 
 
 
Modelo 
•Fazer primeiro 
Improviacional 
 
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Quem Deve Tomar as Decisões 
 
Enfocados na decisão organizacional, é importante comparar as decisões tomadas 
por indivíduos e por grupos. E também avaliar quais os níveis apropriados para a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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– EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS 
 
tomada de decisões dentro da organização. Nem sempre as decisões tomadas em grupo 
são superiores às tomadas por indivíduos. 
 
Analisam-se a seguir as vantagens de cada uma. 
 
Vantagens da Tomada de Decisão Individual. 
 
Desde que um indivíduo não tenha de realizar uma reunião para discutir as 
alternativas, uma das principais vantagens da decisão individual é a rapidez. As 
decisões individuais também possuem responsabilização clara e tendem a transmitir 
valores consistentes. 
 
Vantagens da Tomada de Decisão em Grupo. 
 
Os grupos podem gerar informações e conhecimento mais completos e oferecer maior 
diversidade de opiniões. Um grupo quase sempre supera o indivíduo, gerando decisões 
de melhor qualidade. E uma vez que seus membros tenham participado na tomada de 
uma decisão, os grupos levam à maior aceitação de uma solução. 
 
Equilibrando Prós e Contras. 
 
Para determinar se a decisão deve ser tomada pelos indivíduos ou pelo grupo, é 
preciso fazer uma ponderação entre eficácia e eficiência. Os grupos são mais eficazes 
porque geram mais alternativas e produzem decisões de melhor qualidade. Mas os 
indivíduos são mais eficientes e consomem menos tempo e recursos para tomar uma 
decisão. 
 
O Nível da Tomada de Decisão 
 
Os quatro níveis organizacionais são: 
 
 A alta gerência ou cúpula;
 A gerência de nível médio;
 Os supervisores;
 E os funcionários operacionais.
 
Em qual desses níveis as decisões devem ser tomadas? 
 
Decisões recorrentes e rotineiras, as decisões programadas, devem ser tomadas por 
níveis inferiores da administração: por exemplo, os gerentes de nível médio tomam 
decisões de coordenação com consequências de curto prazo e os gerentes de primeira 
linha tomam decisões departamentais rotineiras para determinar o que precisa ser feito. 
 
Decisões não muito frequentes ou únicas, as decisões não programadas, devem ser 
tomadas pela alta administração. Os funcionários operacionais tomam decisões relativas 
ao trabalho para determinar como ele deve ser feito.P
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QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO 
GESTÃO E NEGÓCIOS 
 
 
 Estilos de Tomada de Decisão 
 
DES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E 
NEGÓCIOS 
 
 O processo de Tomada de Decisão é parte central do PE e praticamente de todas 
as atividades de um administrador.


 Problemas, por sua vez, são o ponto de partida da Tomada de Decisão e são 
rotineiros na vida do administrador.


 É comum iniciar um PE com uma perspectiva de problemas e surgirem muitos 
outros no decorrer do processo.


 Dentre os três modelos macro de Tomada de Decisão, o modelo Racional parece 
ser o mais adequado, mas nem sempre é possível prevalecer, devido à brevidade 
de algumas ações as restrições financeiras.


 O modelo Intuitivo é rápido, mas pode trazer consequências negativas se adotado 
para todas as circunstâncias.

 E o modelo Improvisacional deve ser evitado.
 
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 METODOLOGIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
 
 
 Introdução à Metodologia 
 
A realidade brasileira vem sofrendo intensas e frequentes transformações oriundas 
da globalização na esfera política, econômica, social, cultural e científico–tecnológica, 
com reflexos diretos em todas as organizações da sociedade, sejam elas governamentais, 
empresariais ou sem fins lucrativos. 
 
Muitas metodologias de implantação do PE são importadas, mas adaptadas à 
realidade de outros países. Isso prejudica um pouco o dinamismo das empresas 
brasileiras. Uma dessas metodologias de planejamento estratégico é proposta por 
Vasconcellos Filho (1984). O autor comenta que a experiência brasileira tem mostrado 
que a adequação dessa metodologia às características da organização é um dos fatores 
que condicionam os resultados do processo. Organizações que optaram por modelos 
prontos, contrariando sua cultura, viram-se obrigadas a recomeçar toda a implantação 
do planejamento, e com dificuldades maiores devido às resistências causadas pela 
imposição ao pessoal interno. 
 
Aqui vamos estudar um modelo simplificado, mas ao mesmo tempo bastante flexível 
onde cabem todas as adaptações necessárias à realidade de cada empresa. 
 
Esquema 6 - Modelo Simplificado de Metodologia do PE 
 
Definição/Revisão da Identidade 
Visão/Missão 
 
 
Análise Interna Análise Externa 
R
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Definição das Metas e Objetivos 
 
Formulação das Estratégias e Políticas 
Desdobramento de Projetos e Operações 
Execução Controle 
 
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 ETAPAS DA METODOLOGIA 
 
 
Etapa 1 - Análise Estratégica 
 
 As duas primeiras fases já foram bem detalhadas nas aulas anteriores devido a 
suas importâncias.

 Definição da identidade do negócio a partir da Missão, Visão e Valores e a 
Avaliação do ambiente interno e externo (contexto de mercado), atual e potencial.

 Análise do macro e microambiente (utilizando ferramentas como análise SWOT, 
análise das forças competitivas e cenários).

 Consideração de inputs (informações) advindos de pesquisas de mercado e outros 
estudos que a empresa possua.
 
Etapa 2 – Definição de Metas e Objetivos 
 
A palavra objetivo deriva do latim "objectivu", que significa aquilo que se pretende 
alcançar, fim, propósito; alvo. Objetivo é algo detalhado e concreto, que define o que o 
projeto almeja atingir para a organização. Os objetivos do projeto identificam a situação 
que se deseja alcançar, uma visão da organização para o futuro. 
 
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A definição dos objetivos requer um planeamento (plano) e a participação e 
compromisso de todos os stakeholders. 
 
Funções dos objetivos: 
 
 Definem uma situação futura e servem de guia para os planos de ações a serem 
efetuados;

 Justificam todas as atividades de todos os team members;

 Servem para avaliar as ações, a eficiência e a produtividade da equipe que está a 
cargo do projeto;

 São de algum modo, uma medida de eficiência e produtividade da própria 
organização.
 
Os objetivos de projeto devem reunir certas características de modo a terem uma 
utilidade para o projeto. É normal utilizar a sigla SMART para defini-los. 
 
 Objetivos S.M.A.R.T 
 
 
 
 
 
1. ESPECÍFICO: 
Devem ser formulados de forma específica e precisa. 
Não serem vagos, definidos em pormenor. 
Os objetivos generalistas tendem a ser menos eficazes. 
2. MENSURÁVEL: 
Definidos de forma a serem medidos e analisados em termos de valores ou 
 volumes. 
Refletem os vários aspectos mensuráveis. 
Devem ser quantificados (Como irá saber se o atingiu ou não ?) 
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3. ATINGÍVEL: 
Possibilidade de concretização dos objetivos deve estar presente. 
Devem ser alcançáveis. 
Devem estar em consonância com os objetivos de todos os envolvidos para que 
 esses sintam-se motivados. 
Devem ser "Agreed Upon", ou seja, que haja um consentimento ou acordo de todos 
 
os stakeholders relativamente aos objetivos do projeto. 
 
 
4. REALISTA: 
 
 
 Não pretendem alcançar metas muito além do que os meios permitem, mas sim estão 
de acordo com a disponibilidade de recursos do projeto.

 Torne o projeto exequível e real.
5. TEMPORIZÁVEL: 
 Devem ser bem definidos em termos de duração/prazos.
 Devem indicar um intervalo de tempo para cada objetivo - Quando o vai atingir. 
 
 
 
Exemplos de Objetivos 
 
 Aumentar uma quota de mercado em 10%, na gama de produtos 
cosméticos vendidos nos hipermercados para mulheres entre os 
30 e os 45 anos, durante o 3º trimestre do ano. 
 Diminuir em 50% os desperdícios resultantes de um método de 
fabricação através da aquisição de tecnologias de reciclagem para 
o ano seguinte. 
 Um último exemplo (de forma mais pessoal, e mais realista e
comum): 
Perder 5 kg num mês realizando uma caminhada e fazendo uma 
alimentação equilibrada. Não adianta querer perder 30 kg em um 
mês, pois se pode incorrer mais riscos que proveitos. 
 
Etapa 3 – Formulação de Estratégias e Políticas 
 
Formulação de Estratégias: As estratégias indicarão como cada área funcional da 
 
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organização participará do esforço total para atingir os objetivos, respeitando o que foi 
definido nas etapas anteriores. 
 
Definição das Políticas: Ansoff (1983) conceitua Política como uma resposta 
específica para situações repetitivas. 
 
São necessárias políticas de caráter geral e específico. Geral, para direcionar o 
comportamento da organização na sua totalidade; e específico, no sentido de orientar a 
atuação de cada uma das áreas funcionais. 
 
Um bom exemplo de formulação de estratégias e políticas é a análise do Marketing 
Mix atual da empresa e de como este pode evoluir e se aprimorar. Detalham-se então 
suas variáveis, indo muito além dos tradicionais “4 Ps”: 
 
 
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Figura 9 -Exemplo de Marketing MIX 
 
 Etapa 4 – Desdobramento de Projetos e Operações (Plano de Ação) 
 
Para alcançar os objetivos delineados dentro das estratégias, a organização deve 
escolher vários planos de ação, relativos a diferentes áreas funcionais como Marketing, 
Finanças, RH e Tecnologias. 
 
A intenção é que cada uma das áreas funcionais (que terão pesos diferentes, de 
acordo com cada organização), fique responsável pela implementação dos planos de ação 
que resultarão no alcance dos objetivos. 
 
 
Plano de ação é o planejamento de todas as ações necessárias para 
atingir um resultado desejado. 
O principal, sem dúvida, é saber o que fazer – identificar e 
relacionar as atividades. 
 
 
 
 
 
 
 
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Quadro 4 - Exemplo de Plano de Ação Complexo 
 
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Etapa 5 – Execução 
 
Também chamada de fase de implementação envolve 
vários aspectos dentre eles a divulgação de todo o trabalho feito 
até aqui para todos os funcionários da empresa. Por essa ser 
uma atividade bastante importante, na continuidade dos 
estudos veremos mais especificamente os fatores de motivação 
e comunicação que a envolvem. 
 
Nessa fase, começa a parte prática do PE. Tudo que foi feito até aqui, estudos, 
discussões, análises, devem sair do papel e da mente dos gestores e se tornarem ações 
práticas em busca dos resultados. 
 
Deve especial atenção a dois fatores. 
 
 Esclarecimento de dúvidas: nesse momento poderão surgir dúvidas por parte dos 
funcionários que não foram envolvidos nos processos até o momento, por isso os 
gestores devem estar perto auxiliando nesse sentido.

 Auxílio na execução: as primeiras práticas também devem ser acompanhadas de 
perto para que se garanta a compreensão de todas as metas.
 
 
 
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 Etapa 6 – Controle 
 
O que não é medido não pode ser gerenciado. Embora muitas vezes esta etapa não 
seja levada em consideração, a etapa do monitoramento e controle é essencial. Segundo 
Maximiano (2006), o monitoramento "consiste em acompanhar e avaliar a execução da 
estratégia". O monitoramento deve ser realizado com base nos mesmos indicadores 
utilizados na hora de se elaborar o planejamento estratégico. 
 
Muitas vezes, apenas na etapa de controle é que os administradores descobrem 
que as coisas não estão ocorrendo de acordo com o que foi planejado. A função do 
controle estratégico é assegurar que objetivos sejam atingidos, buscando responder à 
questão: "Nossos resultados estão consistentes com nossos objetivos?" (BATEMAN, 
2000). Bateman (2000) define também as atividades específicas de controle, que incluem: 
 
 Estabelecer padrões de desempenho que indiquem o progresso rumo aos objetivos 
de longo prazo.


 Monitorar o desempenho de pessoas e unidades pela coleta de dados de seu 
desempenho.

 Fornecer feedback às pessoas, sobre seu progresso e desempenho.
 Identificar problemas através da comparação entre dados de desempenho e os 
padrões estabelecidos.

 executar ações para corrigir problemas.
 
Etapa 7 – Retroalimentação 
 
Trata-se de revisões, ajustes e replanejamento. 
 
Por exemplo, fez-se todo o planejamento com base em um cenário econômico que 
se modificou rapidamente, fora do esperado, como na época da crise financeira 
americana de 2008 (aquela da “marola”). 
 
Nessa fase é comum utilizar processos de coaching e mentoring. 
 
 São feitos ajustes e correções.

 E há realização periódica de replanejamento. 
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MOTIVAÇÃO X PLANEJAMENTO 
 
 
Motivação e Envolvimento de toda a Empresa no Planejamento Estratégico 
 
 
A gestão eficiente do capital humano é a chave do sucesso para qualquer 
organização, independente de tamanho e segmento de atuação. É fato que o 
Planejamento Estratégico auxilia as organizações na descoberta de suas forças e 
fraquezas e que deve ser construído com base nas necessidades da empresa, em todos 
seus níveis e envolvendo todos os colaboradores, fazendo com que estes participem 
ativamente tanto da construção como da implementação e sintam-se parte do projeto. 
 
Ainda, os resultados da avaliação dos índices de motivação, satisfação e 
comprometimento dos colaboradores, com base nas diretrizes estabelecidas no PE, 
servem como ferramenta complementar ao plano de desenvolvimento da empresa. 
 
Mas a grande questão é: como fazer com que todos os funcionários aceitem e 
“comprem” as diretrizes propostas pelo PE? 
 
Para conseguirmos responder essa pergunta, vamos primeiro a alguns aspectos 
teóricos sobre Motivação. 
 
Motivação 
 
Motivação é a disposição de exercer um nível elevado e permanente de esforço em 
favor das metas da organização, sob a condição de que o esforço seja capaz de satisfazer 
alguma necessidade individual. 
 
Os elementos fundamentais desta definição são: 
 A intensidade do esforço;
 A persistência;
 A orientação em direção às metas organizacionais e;
 As necessidades.
 
Um trabalhador motivado trabalha com dedicação e persistência. Entretanto, 
esforço e persistência não compensarão a menos que sejam canalizados numa direção 
benéfica à organização. Finalmente, a motivação é um processo de satisfação de 
necessidades. 
 
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O segredo das empresas de alta produtividade está relacionado aos elementos que 
fazem um ser humano genuinamente contribuir com seu esforço pessoal para a 
concretização de objetivos seja numa empresa, numa equipe esportiva ou num grupo 
qualquer. Estes elementos são: 
 
 Clareza
 Sinceridade
 Abertura
 Comunicação
 Respeito
 Desafios
 Recursos
 Envolvimento
 
 
 
 
 
Independente de suas motivações pessoais, qualquer um gosta de sentir-se parte da 
conquista de objetivos grupais, faz parte da natureza humana. 
 
É preciso clareza quanto a quais são estes objetivos, qual o caminho para se chegar 
lá e disponibilizar os recursos. Também é necessário que a comunicação vertical e 
horizontal seja límpida, sem segredos e portas fechadas. 
 
Esta frase elucida tudo que viemos estudando, de Eugen Emil Pfister Jr:
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“Uma centena de indivíduos apenas motivados não move montanhas. 
Centenas de pessoas organizadas, com planos, conhecimentos 
técnicos e funções definidas, equipadas com tratores, explosivos, 
enxadas, picaretas, pás e tempo necessário darão conta do recado, 
mesmo que muitos, ao acordar, prefiram estar se bronzeando na 
praia a remover montanhas.” 
 
 
Então, para que o PE de uma empresa obtenha o comprometimento dos 
funcionários, vamos selecionar algumas importantes atitudes/posturas que a 
organização deve se empenhar em ter: 
 
 Proporcionar um ambiente ideal para a conquista dos objetivos com bom clima e 
sem demasiada pressão – de nada adianta pressionar as pessoas nem enchê-las de 
informações de uma só vez. É muito comum que empresas que nunca fizeram nada 
tenham ansiedade de mudar logo, no entanto isso só gera nervosismoe tensão.


 Dispor de todos os recursos necessários para o alcance das metas – equipamentos 
e máquinas também são importantes nesse processo. Bem como as instalações da 
empresa. Mudanças requerem modificações inclusive nesse sentido. Se esses forem 
pontos fracos da empresa, eles devem ser considerados no PE.


 Respeito – um funcionário que tem acesso às informações da empresa e que pode 
inclusive opinar em atividades sente-se respeitado e consequentemente motivado.


 Manter uma comunicação clara e límpida – cuidado com jargões e palavreados 
muito técnicos. Seja simples e direto nas comunicações.


 Demonstrar ao funcionário que ele é parte indispensável das realizações é o 
segredo do sucesso. Qualquer pessoa se sente bem fazendo parte de um grupo de 
sucesso.

 
 
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Resumo 
 
De nada adianta uma empresa implementar um Planejamento 
Estratégico se todos os colaboradores não aceitarem a proposta nem 
se engajarem no processo, ou não “comprarem” a ideia. 
Não existe diferença na motivação de funcionários de grandes 
e pequenas empresas. O que existe são empresas que encaram as 
necessidades de seus colaboradores de formas diferentes: umas 
prestam a atenção nessas necessidades e outras desprezam. 
Um funcionário se sentirá mais motivado a realizar uma tarefa 
se ele acreditar que isso lhe trará a satisfação de uma necessidade 
particular. 
O segredo de motivação das empresas está na sua capacidade 
de respeitar seus colaboradores de forma individual, perceber que ele 
é parte importante do processo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS 
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 REFERÊNCIAS 
 
 
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Balanced Scorecard na Indústria do Setor Siderúrgico. 
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BATEMAN, Thomas S., SNELL, Scott A. Administração: construindo vantagem 
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