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PRÁTICA I CASO 3

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AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CÍVEL DA COMARCA DE VITÓRIA/ES.
		GERSON, brasileiro, solteiro, médico, inscrito no registro geral nº..., expedido pelo..., inscrito no CPF sob nº..., endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua..., Vitória/ES, vem, através de seu advogado devidamente qualificado, propor, pelo rito comum,
			AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO
		Em face de BERNARDO, brasileiro, viúvo, profissão, inscrito no registro geral nº..., expedido pelo..., inscrito no CPF sob nº..., endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua..., Salvador/BA, pelos motivos que passa a expor:
I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
		Requer o Autor, nos ermos da lei nº 1060/50, que lhe seja deferido os benefícios da Justiça Gratuita, tendo em vista em que o mesmo não pode arcar com as custas processuais e com os honorários advocatícios sem o prejuízo do sustento próprio.
II - DOS FATOS
		Ocorre que o Autor, é legítimo credor quirografário de Bernardo, conforme se extrai da nota promissória emitida em favor do mesmo no valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), vencida em 10 de outubro de 2016, acostada aos autos. O cerne da ação estáno fato de que Bernardo, dias após o vencimento da dívida e o não pagamento da mesma, fizera uma doação, de seus dois imóveis, um localizado na cidade de Aracruz e o outro localizado em Linhares, ambos no Espírito Santo, no valor de R$ 300.000,00, para sua filha Janaina, menor impúbere, residente em Macaé/RJ, com sua genitora, com estabelecimento de cláusula de usufruto vitalício em favor do próprio Executado, além da cláusula de incomunicabilidade, conforme Certidão de Ônus Reais, cumpre ressaltar que as dívidas de Bernardo já ultrapassaram a soma de R$ 400.000,00, e o imóvel doado para sua filha encontra-se alugado para terceiros.
III - DO MÉRITO
III..I - DA INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
		Excelência, o negócio jurídico do caso ora sob análise, não deixa dúvidas sobre passividade de anulação, visto tratar-se de patente meio ilícito utilizado pelo devedor com o fito de resguardar os imóveis de uma possível execução judicial, proveniente, pois, das inúmeras dívidas que o Réu possui. Tanto é que as doações se deram, de modo impudico, acrescente-se, logo após o vencimento da dívida contraída, tornando-se insolvente. Restando em nítida fraude contra os credores, sujeitando-se, assim, a anulação das transações, em consonância ao que dita o artigo 158 do código civil pátrio. Nesse sentido:
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se ao praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quanto o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos. (CC)
		Cumpre ressaltar

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