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FRATURAS E OSTEOSSÍNTESE

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Clínica de Pequenos Animais IV 
ORTOPEDIA 
FRATURAS E OSTEOSSÍNTESE 
Mucosas pálidas em emergência = hemorragia ou dor (vasoconstrição periférica = hiperalgesia) 
Avaliação de hemorragia em um animal que teve trauma ➔ US (T-fast) e paracentese (diferencial) 
Hemograma → Ht logo após o trauma pode estar normal, mas as hemácias estarão alteradas. 
 
Suporte à vida 
• ABC do trauma: inspecionar vias aéreas superiores (passagem de ar), pulmão (trocas gasosas) e circulação 
(sangue circulante, pressão arterial [pode estar alterada por dor] e funcionamento cardíaco). 
• Trauma neurológico 
• Trauma Abdominal 
• Trauma urinário = ruptura de vértebra ou bexiga → alterações lentas 
• Trauma ortopédico → última coisa a ser avaliada 
 
Exame ortopédico: 
• Pacientes que sofreram um trauma se apresentam claudicando 
• História 
• Anamnese 
• Observação 
• Palpação 
• Flexão, extensão e estresse 
• Exames específicos 
• Exames complementares 
Histórico: 
• Quando aconteceu? 
• Quanto tempo? 
• Trauma: tossiu, teve catarro, comeu e bebeu após o trauma? 
• Se algo antigo: quais medicamentos já tomou? Como foi a resposta aos medicamentos? Já foi feito cirurgia? 
Observação: 
• Avaliar deformidade óssea➔ Varo (para fora) ou valgo (para dentro)➔ Problema pode ser articular (ruptura 
de ligamento) ou ósseo (trauma); 
• Estação x Tempo; 
• Marcha; 
• Claudicação x Ataxia; 
• Observação do membro afetado; 
• Sentar / Levantar; 
• Subir / Descer; 
• Estado corporal. 
Quando o animal senta com as pernas para frente ele pode ter alguma lesão tóraco lombar ou neurológica. 
Palpação: 
• Palpar todos os dígitos; 
• Iniciar de distal para proximal (cada falange de cada dedo até a articulação mais proximal); 
• Avaliar dor; 
• Avaliar aumento de volume; 
• Temperatura 
• Flexão/Extensão/Lateralização; 
└ Crepitação 
└ Dor 
└ Instabilidade; 
• Assimetria muscular; 
• *Começar pelo membro bom e depois ir para o membro ruim = Comparação contralateral. 
• Exames Complementares: 
• Sempre pedir Rx em duas projeções. 
Forças que atuam nas fraturas: 
➢ Flexão 
➢ Torção 
➢ Axial 
▪ Compressão 
▪ Distração 
Fissura e Galho Verde ➔ Fratura incompleta 
A = fratura exposta 
B = Galho verde (estável) 
C = Fissura (estável) 
D = Transversa (estável) 
E = Oblíqua longa (instável) 
F = Espiral (dá para ver canal medular) (instável) 
G = Múltipla (instável) 
H = Cominutiva (instável) 
I = Segmentada = padrão ósseo preservado (eixo 
preservado) (instável) 
FRATURAS DE SALTER – HARRIS 
• São fraturas que tem envolvimento com as linhas metafisárias, linhas de crescimento. 
• As fraturas tipo 1,3 e 4 são as mais comuns de ser ver. 
• A tipo 1 ocorre normalmente distal de fêmur e distal de rádio e ulna. 
• A 3 e a 4 mais comum ocorrer em porção distal de úmero. 
 
 
Classificação as fraturas: 
• Redutível e não redutível. 
└ Redutível: quando eu consigo alinhar e reduzir anatomicamente os fragmentos. 
└ Não redutível: quando não se consegue reduzir os fragmentos, encaixa-los de forma anatômica, 
fratura cominutiva. 
• Estável ou não instável. 
└ Estável: mais difícil de sair do próprio eixo, consegue se manter mais alinhada. 
└ Instável: mesmo você posicionando o osso ele desalinha só de você soltar ele. 
 
Objetivo do tratamento de fraturas: 
• Restaurar a função óssea e dos tecidos adjacentes; 
• Neutralizar as forças que agem na fratura; 
• Estimular e promover a cicatrização óssea; 
• Minimizar as dores vasculares. 
Cicatrização óssea: 
• Cicatrização clássica: formação de calo ósseo. O hematoma se reorganiza, junto com o fragmento ósseo vai 
começar a formar uma cartilagem, essa cartilagem vai ser substituída por osso, vai ocorrer a formação de 
novos vasos vascularizando esse segmento ósseo, e por consequente vai ocorrer o remodelamento ósseo, 
reorganização desse osso. 
 
• Cicatrização primária: cicatrização endosteal (por dentro do osso, não forma calo ósseo) 
Fatores que vão interferir na cicatrização do osso: 
• Fatores biológicos: suporte sanguíneo, lesão de tecidos moles, 
• Fatores mecânicos: falta de estabilidade 
Redução: realinhamento anatômico do osso 
• Redução fechada: com o paciente anestesiado. 
➢ Eu não abro o foco de fratura, desta forma não temos exposição óssea, temos maior preservação de tecidos 
moles, pois não faremos incisão então traumatizaremos menos os tecidos moles, porem teremos maior 
dificuldade em realizar um alinhamento perfeito, isto porque as vezes temos um tendão, um pedaço de 
musculo no meio do caminho que fica atrapalhando que o encaixe seja perfeito. 
➢ Indicações: Fraturas quase alinhadas, fraturas em galho verde, então você tenta realinhar o osso, que seria 
uma fratura incompleta. 
➢ Não indicada em: fraturas abaixo de cotovelo e joelho, se for fêmur e úmero esquece, não conseguiremos 
nunca, tem que ser foco aberto. 
 
➢ Redução aberta: Cirúrgica 
➢ Indicada para fraturas articulares, anatomicamente redutíveis, fraturas cominutivas (Dont Touch). 
➢ Aplicação direta de implantes, trauma vascular, aumenta a chance de infecção, etc 
 
➢ Fraturas “Dont Touch” → Podemos fazer uma redução aberta “não me toque”, 
ou uma redução fechada através da gravidade tracionando o membro do paciente 
anestesiado (deixa por uns 20 minutos). O Membro é amarrado em um gancho 
no teto, ou tripé, vamos abaixando a mesa, então com o próprio peso do paciente, 
ele vai gerando distração do fragmento, ele vai alinhando sozinho somente pela 
tração do fragmento, esse procedimento é feito também em humano. Através da 
gravidade (deixa por uns 20 minutos). 
 
 
➢ Nas fraturas cominutivas não mexer no foco de fratura, apenas alinhar o osso → Não retirar os coágulos 
(auxiliam no processo de cicatrização óssea = mediadores) 
Métodos de fixação: 
➢ Imobilização do membro - Coaptação (método por aproximação) / bandagem/ tala 
➢ Imobilização óssea – osteossíntese 
└ Pino 
└ Fixador externo 
└ Placa 
• Compressão 
└ Cerclagem 
└ Parafuso 
Coaptação externa: sempre imobilizar (impedir o movimento) a articulação proximal e distal (no mínimo duas 
articulações), sempre deve estar abaixo do cotovelo e do joelho, de preferência em pacientes jovens e que a fratura 
seja estável. 
➢ Indicações: fraturas redutíveis e estáveis, abaixo do cotovelo e joelho, fraturas de consolidação rápida (jovens, 
incompleta ou por compactação) e fratura em único osso de conjunto (tíbia-fíbula, radio-ulna). 
➢ Em ossos compostos, por exemplo rádio e ulna, o rádio fraturou, mas a ulna esta inteira. Pode-se colocar uma 
bandagem, pois a ulna vai dar eixo e alinhamento. Porém, deve-se tomar cuidado, pois as vezes fraturou muito 
em baixo, a ulna é fina e o paciente é um Dog Alemão de 80 kg, ela vai quebrar, sendo melhor realizar a 
cirurgia. 
➢ Em fratura de tarso ou metatarso onde se fraturou os 4, a cirurgia é obrigatória. Da mesma forma se houver 
fratura dos 2 ossos centrais, pois são os mais longos e responsáveis pela sustentação do peso, por mais que 
se tenha um alinhamento ao lado, talvez haja um comprometimento no apoio. 
➢ Se fratura em rádio sem que haja fratura da ulna também pode-se realizar a bandagem externa. Se for na 
região de diáfise, dá certo, se for na porção muito distal, não dá, pois ela é muito fina e vai quebrar. Sempre 
verificar o peso do paciente antes. 
➢ Em pacientes filhotes abaixo de 4 meses devemos trocar a cada 5 dias, acima de 6 meses pode ser a cada 7 
dias, pois ele está crescendo, acaba garroteando e necrosando. 
➢ Remoção da coaptação externa: depende da cicatrização. Quando tivermos calo ósseo, sem linha de fratura 
presente na radiografia. Em filhotes aproximadamente 15 dias, em adultos 30 dias. 
➢ Sempre avaliar radiograficamente.└ Este é um diagrama que ajuda a entender algumas coisas, imagina que eu tenho uma fratura em carpo e 
metacarpo ou falanges, eu tenho que fazer uma imobilização que vai desde o cotovelo até o chão, ou seja eu 
não quero que o paciente toque os dedos no chão, então eu vou colocar uma superfície, uma haste de ferro 
ou pvc para que ele toque o chão utilizando aquilo, para ele não descarregar o peso em cima dos dígitos, para 
evitar desvio dos eixos ósseos. 
└ Se eu tiver uma fratura de rádio e ulna eu tenho que imobilizar da diáfise do úmero proximal média, até a 
metade do metacarpo pelo menos. 
└ Se for metatarso, tarso, falanges, é a mesma coisa da metade do joelho, até o chão, ele não apoia os membros 
no chão. 
└ Se for uma fratura de tíbia ou fíbula, eu vou imobilizar da diáfise do fêmur para cima, até a metade dos 
metatarsos. 
└ Se eu tiver uma fratura no fêmur eu coloco bandagem? Não. 
Colocação da Bandagem: 
➢ 1ª Camada → algodão ortopédico (algodão hidrofílico, não absorve água). Se for uma bandagem de 
acolchoamento, para edema, para preparo até a cirurgia, vamos colocar bastante algodão. Se a bandagem for 
a forma de tratamento, como na Robert Jones modificada, eu vou por pouco algodão, senão fica muito fofo e 
ele acaba escorregando. 
➢ 2ª Camada = Faixa 
➢ 3ª Camada = Esparadrapo 
➢ 4ª Camada = colocar a estrutura rígida (tala) de acordo com as forças que atuam sobre a fratura → geralmente 
na lateral e na caudal do membro. 
➢ 5ª Camada = Esparadrapo 
➢ Em gatos é importante passar a bandagem pelo tórax ou abdômen para evitar ceder. 
Métodos de Osteossíntese: 
• Tipos: 
➢ Anatômica = redução dos fragmentos e aumento do trauma vascular → antigamente 
└ Indicada em fraturas redutíveis. 
➢ Biológica = não redução dos fragmentos, manter comprimento e eixo ósseo (que é o necessário para o 
paciente andar) e não tocar no foco da fratura. Em fraturas com muitos fragmentos, pegar os extremos, o que 
dá para fixar e manter o comprimento desse osso e o alinhamento dele para que se sustente formando um 
calo ósseo naquelas partículas que estão quebradas. 
Acesso cirúrgico: 
• É necessário que se tenha conhecimento do acesso cirúrgico numa cirurgia ortopédica para minimizar danos 
iatrogênicos vasculares e nervosos. Para isso o conhecimento da anatomia do paciente é essencial. 
• Existem algumas abordagens que são clássicas. Por exemplo, o fêmur a gente acessa lateralmente. O rádio e 
a ulna a gente acessam cranialmente ou crânio-medialmente. A tíbia, medialmente. Algumas coisas são meio 
óbvias. Eu quero acessar uma fratura da tíbia. 
• É mais fácil acessar a tíbia medialmente ou lateralmente? Lembrando que medialmente estou expondo direto 
a tíbia, e lateralmente eu tenho a fíbula e depois eu vou ter a tíbia. Então o que fica mais fácil? A gente tem 
que ter um pouco disso. 
• Quando eu penso em acessar o cotovelo distalmente, normalmente eu tenho um plexo nervoso e arterial 
passando nessa parte lateralmente. Então se eu quero fugir dele, é mais fácil o acesso medial. Na porção 
proximal, ele é mais medianizado, então é melhor minha abordagem pela face lateral. Eu vou fugir dos pontos 
críticos. 
 
Pinos Intramedulares = No interior do canal medular 
➢ Vantagens: custo, equipamento, diminui a exposição, diminui trauma vascular. 
➢ Desvantagens: Estabilidade mecânica e associação de técnicas → somente serve 
para diminuir a força de flexão. 
➢ Se eu colocar um pino intramedular eu vou conseguir neutralizar a flexão? Sim, se 
eu tentar dobrar, ele não vai dobrar. Eu vou conseguir torcer o osso? Sim. Vou 
conseguir separar? Sim. Vou conseguir comprimir? Sim. Ou seja, ele não neutraliza 
todos os pontos/forças. Então não é um bom implante. Sempre será necessário a 
associação do pino intramedular a um outro método de fixação. Não se pode utilizá-lo como método único. 
 
➢ Pino de Steinmann e Pino de Kirschner → mesma coisa, porém com tamanhos diferentes. Também servem 
para fixar fratura 
➢ Haste Bloqueada ➔ É um pino intramedular, um pouco mais 
grosso do que 75%, só que ele tem dois furinhos embaixo e dois 
furinhos em cima. Eu vou prender com parafusos proximais e 
distais. Então eu ponho a haste, que é um pino grosso com esses 
dois furos em cima e em baixo. Essa haste vai estar preso num 
guia, que depois que eu acabar de fixar eu solto esse guia. Então 
ele tem esse guia que a gente fala que é um gabarito que eu vou 
saber onde está à altura dos furos. Aí eu ponho o guia e eu furo o 
osso sem está vendo onde está o furo. Mas teoricamente esse 
furo do guia bate com o furo que está lá dentro. Então você tem 
como medir. Então você atravessa sem estar olhando. E eu 
atravesso com o parafuso. Se eu ponho dois parafusos em cima, 
eu ponho dois parafusos em baixo. Estou impedindo força de 
compressão? Sim. Estou impedindo força de distração? Sim. E de 
rotação? Sim. Ou seja, virou um implante bom. Então é a haste 
bloqueada ou interlock nail. Então você pode usar em fêmur, 
você pode usar em úmero, você pode usar em tíbia. É um pouco 
mais caro, mas é uma opção. 
 
➢ Aplicação: 
└ Furadeira (150rpm) x Manual = pino tem que entrar sem gerar necrose; 
└ Sepultamento = enterrar o pino na epífise. O que acontece? Quando eu introduzo um pino eu vou introduzir 
ele pela região na epífise que tem osso esponjoso. Ele vai passar pela diáfise que é um osso cortical, então eu 
tenho cortical e medula. E eu tenho que enterrar, sepultar ele na epífise distal. Ou ao contrário, entrando de 
baixo para cima. Se entrar com o pino e não sepultar, ele vai ficar dentro do canal medular e quando o paciente 
começar a andar, vai vibrando e ele vai saindo. Então é importante sepultar o pino, passando-o da porção 
proximal para a distal ou da distal para a proximal. Precisa ficar bem preso. 
└ 60 a 75% do canal medular (para não causar danos medulares), diáfise, etc. 
└ Corredores: pontos onde se pode colocar o pino sem afetar a articulação. 
└ Importante: Não colocar pino no rádio. O canal medular é menor e tem um aspecto ovalado. Porém o motivo 
mais importante é que para introduzir um pino no rádio, sempre será necessário entrar com o pino pela 
articulação o que a danificaria. 
 
└ Normógrada x Retrógrada ➔ ➔ ➔ 
Normógrada = mais precisa. Entra com o pino pela diáfise. 
Retrógrada = entra com o pino pelo foco da fratura em direção a 
diáfise. 
Obs.: Na normógrada, consegue-se fazer uma redução fechada. A 
retrógrada obrigatoriamente tem que ser uma redução aberta. 
➔O que é isso? 
Fratura distal do fêmur. Que tipo de fratura é essa que 
vocês podem chamar por outro nome? Salter-Harris. 
Tipo 1, é uma fratura na linha de crescimento. 
Transversalmente à linha de crescimento. 
Eu posso usar os pinos de Steinmann ou de Kirschner 
para corrigir uma fratura distal de fêmur. Mas não 
usando intramedular. Eu vou usar os pinos para fixar os 
fragmentos, mas não de forma intramedular. Eu não vou 
passar pelo canal medular, colocando da epífise até a 
outra. Eu vou fixar da epífise na cortical. 
Então eu tenho uma fratura de Salter-Harris, vocês veem a 
linha de fratura e o fragmento abriu. Eu vou realizar a redução 
desse fragmento. Eu vou introduzir meu pino, não na parte 
troclear, porque se eu puser na tróclea a patela vai raspar no 
pino. Então eu vou na parte lateral da patela, fora da crista 
troclear. E eu vou passar o pino nesse sentido, ele vai entrar na 
epífise e vai sair aqui na cortical. Vou entrar com outro pino 
daqui para sair na cortical. 
Viu como ficou o alinhamento aqui? ➔➔➔ 
Percebe que mudou, encaixou, captou de forma correta? 
Por que dois? Porque nessa posição eu impeço que o fragmento rode. Se eu colocar só um ele ainda pode girar 
 
➔ Fratura de colo femoral 
Usando um pino de Kirschner para uma 
fratura de fêmur em colo femoral. Então 
olha como foi a fratura,depois da redução e 
fixação com os pinos. Você consegue o 
alinhamento. 
 
 
➢ Cerclagens: 
➢ Cerclagem é um fio de aço que serve para envolver o tecido ósseo. E gerar compressão entre os fragmentos 
ósseos. 
➢ Compressão Inter fragmentar (comprimir fragmentos) 
➢ Nunca utilizar essa técnica sozinha em fraturas de ossos longos 
➢ Usar em fraturas simples, oblíqua longa ou espiral. 
➢ Usar em conjunto com pino, fixador externo ou com outras técnicas. Existe uma exceção para utilizá-la 
sozinha: em sínfise de mandíbula. Não se coloca pino, somente abraçar as duas sínfises para causar 
compressão entre esses fragmentos, e depois de um tempo remover esse fio de aço da região da mandíbula. 
➢ Seu uso pode ser definitivo (ex: ossos longos) ou temporário (ex: sínfises) 
➔A Cerclagem ela tem uma função que é mais ou menos a 
seguinte, todo mundo já viu barril do chaves. E aí ele tem aquele 
anel de aço com um monte de tábua dentro. Por que aquilo fica 
preso? Porque elas estão presas por pressão, então esse anel 
comprime. Se você tiver uma madeira que soltou, todas as outras 
vão ficar soltas. Então eu só consigo usar a Cerclagem quando eu 
tenho redução anatômica perfeita. Se tiver mais fragmentos, a 
Cerclagem não vai funcionar. Então o que eu indico Cerclagem? 
Fratura oblíqua longa, em espiral e simples. Se tiver mais um 
fragmento, pedacinho, ou múltipla, esquece, ignora Cerclagem. É 
uma técnica que vocês não vão trabalhar. 
 
➢ E tem uma muito importante, para colocar a cerclagem eu tenho que ter o 
comprimento da linha de fratura tem que ser maior ou pelo menos o dobro do que 
o diâmetro do osso. Ou seja, se eu tenho aqui o diâmetro do osso é esse D aqui, 
está bom? Então a minha linha de fratura ela tem que ser o dobro ou maior do que 
isso para eu colocar a cerclagem. Se ela for menor, olha o diâmetro, a cerclagem 
não vai funcionar. É uma regra boba, mas é para funcionar. E eu nunca vou usar 
sozinha, sempre eu vou usar duas, três, porque isso que vai dar estabilidade. 
 
➢ Aplicação: 
└ Envolver o fragmento com fio de aço (> 20Kg = 1,2mm, <20kg = 1,0mm) 
└ Tracionar e torcer o fio 
 
 
 
 
 
 
 
➔Então um exemplo de uma colocação de cerclagem, uma fratura espiral longa 
com quatro cerclagens. O importante é que tem que ser um aperto adequado. 
 
 
Existem várias formas de por cerclagem, em torção, anel simples, anel duplo, eu vou explicar o método mais 
simples que é o torcido. 
 
Existe um passador de fio. Qual a função das cerclagens? Comprimir fragmento, 
então imagina que aqui tem uma fratura e eu quero comprimir esse fragmento para 
que eu tenha o cilindro formado novamente. Então vou usar um passador de fio, é 
um instrumento que ele tem um buraquinho e você passa em volta do osso, você 
enfia o fio e ele sai aqui do outro lado. Você tira o instrumento e está o fio passado. 
Por quê? Para você não enfiar o fio e pegar o nervo, pegar o vaso e abraçar eles 
junto. Então é um instrumento. Eu mesmo não tenho esse instrumento, não acho 
ele tão importante, mas é importante ensinar vocês. 
 Eu vou torcer o fio em forma de espiral, ele trançando em volta dele mesmo. Gente, fazer a técnica de 
cerclagem não é a mesma coisa que amarrar o “araminho” do pão pullman, é diferente. Então, eu corto o excesso, e 
aí vou por um alicate e uma pinça para a cerclagem, eu vou segurar esse fio e eu vou tracionar o fio. Eu empurro o 
osso pra baixo, traciono o fio e torço. Se eu só torcer eu não vou causar compressão. 
 
 E outra coisa, se eu não tracionar vai acontecer isso aqui ó, o fio vai um ficar parado e 
o outro vai enrolar em volta dele, uma ponta vai ficar parada e a outra vai enrolar em volta 
dele. Qual que é o problema disso? Na hora que puxar, ele sai facilmente, se ele está 
translançado, se tracionar ele não tem como escapar, por isso que é importante puxar e 
torcer. 
Então aí vou dobrar a pontinha para não ficar cutucando o músculo, que vocês se preocuparam com o pino, corto o 
excesso e amassa para ficar desse jeito. 
 
 
 
 
 
➔E aí gente, o que temos aí? Que espécie é esse paciente? Coxal retilíneo, tíbia 
retilínea, fêmur bem retilíneo. Gato. Que tipo de fratura é essa? Simples ou 
cominutiva? Simples. Aqui tem uma “rachadurinha” que dá para ver. Oblíqua ou 
espiral? Fácil de expor esse osso? Sim. É uma fratura estável ou instável? Instável. 
Redutível ou não redutível? Redutível, cirurgia, aberta. Redução aberta. Que técnica 
eu vou usar para tratar essa fratura? Vou dar um exemplo e uma ajuda: vocês 
aprenderam cerclagem e pino intramedular, não pode usar as duas sozinhas. O que 
eu vou usar? As duas!! 
 
 
Então tem uns pacientes que vem perfeitos, então você vai passar o 
pino e colocar três cerclagens para ter o alinhamento ósseo. ➔➔➔ 
 
 
 
 
➢ Falhas: 
 
└ Aperto inadequado - você não aperta o fio de forma correta. Então é uma das causas de ter comprometimento 
da cerclagem. 
└ Espessura inadequada - eu uso um fio muito fino, ele vai quebrar na hora que for tensionado, se eu uso um 
fio muito grosso, eu vou lesionar o periósteo. Então normalmente a gente usa um fio de 1.2mm para cães 
acima de 20kg, e fios abaixo de 1.2mm para cães abaixo de 20kg. Fios de 0.8/1mm mais ou menos. 
└ Quantidade inadequada - exemplo: eu coloquei uma cerclagem, não vai dar certo. Era uma fratura longa, era 
para colocar três eu coloquei duas, isso também favorece. Mas também às vezes tem uns colocas que parece 
que usou o osso do cachorro para enrolar pipa, porque tem um fio de aço quase que enrolado em volta do 
osso, também não é para fazer isso. 
└ Material inadequado - tem gente que usa braçadeira de nylon, “enforca gato” como cerclagem, tem que ser 
o fio de aço, não adianta tentar adaptar. 
└ Mais de 2 fragmentos - quando se usa para mais de dois fragmentos? Lembra que eu falei que tem que ser 
redutível? Quando tem mais de um fragmento eu não vou ter uma redução adequada, é a mesma coisa que 
eu pegar um monte de galho no chão e passar um fio de aço. Eles vão ficar encaixados direito? Não, se eu 
pegar um osso que tem mais do que dois fragmentos na hora que eu tentar encaixar, ele vai ficar frouxo, então 
usem em fraturas que não sejam simples. 
└ Redução inadequada - você faz a redução anatômica, mas não ela ficou anatômica e você quer apertar a 
cerclagem desse jeito, vai escapar a cerclagem, é fato 
 
 
➢ Banda de tensão: 
 
➢ Usada somente em fraturas por avulsão e na correção de 
osteotomias de acesso cirúrgico 
➢ Fratura por distração → fratura de origem de inserção de 
ligamento ou músculo. A tensão dos ligamentos separa os 
fragmentos. Então tenta-se anular a força de distração através 
da força de compressão. 
➢ Locais comuns de ter esse tipo de fratura: trocânter maior, 
tuberosidade da tíbia, maléolo tibial, calcâneo, acrômio na 
escápula, tubérculo maior. Então são pontos que eu tenho 
inserção de ligamento que podem gerar fraturas por avulsão. 
 
 
 
 
 
➔O que ocorre na fratura por avulsão? Eu tenho tendão ou ligamento 
tracionando o fragmento causando separação. O que vou fazer na Banda de 
Tensão? Vou usar um pino para fixar o fragmento e usar um fio de aço no sentido 
oposto do ligamento ou do tendão puxando no sentido oposto para gerar um 
equilíbrio. 
 
 
 
➢ Fixadores externos: 
 
➢ Usado para fraturas de ossos longos, fraturas expostas, osteotomias corretivas, redução fechada de fraturas 
cominutivas, artrodeses (fixação da articulação) temporárias e não união óssea ou união retardada. 
➢ Barato e eficiente 
➢ Muito usado em fratura exposta pois já tem infecção = Osteomielite e com isso se retira por ser foco de 
infecção, sendo mais fácil de retirar do que uma placa por exemplo 
➢ Possui característica de formar calo ósseo 
 
➢ Tipos de fixadores: 
└ Tipo IA = Uniplanar 
└ Tipo IB = Biplanar└ Tipo II = Uniplanar bilateral 
└ Tipo III = Junção do tipo II com o tipo IA 
 
➢ No mínimo dois pinos em cada região 
 
➢ Como é que eu aumento a resistência do fixador externo? Se eu coloco uma barra longe do osso, eu tenho 
menos resistência. Se eu coloco a barra mais próxima ao osso, eu aumento a resistência. Só que entenda, do 
osso até a barra tem músculo, tendão, subcutâneo, pele, então eu vou sempre ter esse afastamento, eu não 
vou estar ali muito próximo. Por esse motivo da barra que é o que dá sustentação para os pinos ficarem 
distantes do osso, por isso que eu tenho sempre a formação do calo ósseo. Por que forma o calo ósseo? Porque 
eu tenho micro movimentos e isso favorece a formação do calo. Se eu quiser aumentar ainda mais ainda a 
resistência, eu vou por duas barras para deixar mais rígida, então eu aumento ainda mais ainda a resistência 
mecânica 
 
 
↑Pinos=Resistência mecânica ↑ = ↓ vibração 
↓ Pinos = Resistência mecânica ↓ = ↑ vibração 
 
 
• Fixadores externos circulares 
 
 
➢ Existem os fixadores que são circulares, todo mundo já viu isso também na rua às vezes. O pessoal fala que é 
uma gaiola. Então tem o membro e tem o círculo com esses anéis, com esses pinos. Isso aqui que prende no 
osso não são pinos, são fios de aço bem finos, só que eles são tensionados e aí ele fica bem rígido. Por que eu 
vou usar esse sistema em vez de usar o fixador normal? Se eu tenho uma fratura muito distal, uma fratura que 
eu tenho um pequeno fragmento, eu não consigo por dois pinos nesse sentido ou nesse sentido, com o fio de 
aço eu vou colocar ele em dois planos, então eu estou usando uma estrutura bem fina, fixando em dois pontos 
do meu osso que tem uma resistência mecânica boa, eu consigo dar estabilidade no fragmento. 
➢ Estabilizar fraturas 
➢ Distração e compressão 
➢ Transporte de fragmento ósseo (1mm/dia) 
➢ Corrigir deformidades angulares e comprimento. 
 
✓ Remoção do fixador externo = cicatrização óssea (formação de calo ósseo bom não visualização da linha de 
fratura na radiografia), anestesia geral (Propofol por ser um procedimento rápido), soltar clamp e remover os 
pinos. 
 
• Placas e Parafusos 
➢ É a melhor técnica e tem o melhor resultado, porque é um implante que resiste as forças de compressão, 
distração, flexão e torção, ou seja, ele neutraliza todas as forças, é o implante perfeito se você souber usar. 
➢ Permite consolidação primária e é o método de fixação mais estável. 
➢ Permite consolidação primária, ou seja, consolidações que não formam calo, pois temos uma estabilização 
muito rígida. Só vai ocorrer em fraturas simples que não tenham uma abertura maior que 1 mm, a linha de 
fratura não pode exceder 1 mm. 
 
➢ Parafusos 
└ Indicação: Podemos usar um parafuso para gerar compressão entre os fragmentos e podemos utilizar o 
parafuso somente para fixar a placa. 
 
➢ Placas ósseas 
└ Indicação: fraturas múltiplas, complexas ou de ossos longos 
 
➢ Função da placa: 
 
 ➔ Placa de Compressão = Apenas em fraturas transversas = gerar 
compressão entre os fragmentos. Formação de calo ósseo primário. 
A placa vai gerar compressão entre os fragmentos, só utilizamos ela em um tipo de fratura, a fratura transversa, 
quando apertamos o parafuso vai gerar uma compressão entre os fragmentos onde vai segurar eles comprimindo. 
A vantagem de gerar compressão entre os fragmentos é que além da aproximação, vamos favorecer a cicatrização 
primária, então, não vai ter a fase de formar calo ósseo, vai ser mais rápido. 
Uma consolidação primária demora uma média de 30 a 45 dias para cicatrização, isso em um adulto. Numa 
consolidação clássica, para consolidar um remodelamento, vai ser uma média de 45 dias até 90 dias para cicatrizar o 
osso, então encurtamos quase 1 mês no tratamento desse paciente, por isso é importante saber utilizar o material 
 
 ➔ Placa de Neutralização = Apenas para fixar o osso, oblíquo, rotação, múltipla. 
Fraturas múltiplas ou cominutivas redutíveis, redução de fragmentos com parafusos ou 
cerclagem. 
 Temos uma fratura múltipla, temos 3 fragmentos, vamos fixar os fragmentos com 
parafuso para eles ficarem posicionados na forma que queremos e vamos colocar uma 
placa de neutralização, para que não tenha forças agindo no foco da fratura, para 
estabilizar o foco de fratura. 
 
 
 ➔ Placa em ponte/apoio = Manter o eixo e comprimento sem redução dos fragmentos. 
Fragmentos não redutíveis, associação com enxerto. 
 Isso é uma osteossíntese biológica, onde estamos mantendo apenas alinhamento e 
comprimento e aqui temos uma osteossíntese anatômica, onde precisamos de uma 
redução perfeita para que o processo de consolidação aconteça. Aqui já não precisamos 
ter uma aproximação do osso de forma muito perfeita para ter a consolidação do osso, 
ela vai acontecer, onde vai formar um calo e vai remodelar ficando estável. 
 
Quando apertamos o parafuso contra a placa, vamos estar causando a compressão da placa contra o osso e isso 
consequentemente vai causar um certo dano no periósteo, quando a placa é toda lisa embaixo, pode causar uma 
alteração na vascularização do periósteo, então acabaram desenvolvendo placas que tem o mínimo contato, então, 
elas diminuem o dano de perfusão e vascularização do periósteo. 
Se temos uma irrigação pobre, vamos ter um retardo no processo cicatricial, agora se temos uma irrigação 
favorável, o processo de cicatrização é mais rápido. 
Há uns 15 anos desenvolveram o que chamamos de placa bloqueada. A placa convencional é a que o parafuso 
aperta a placa contra o osso e fixa a placa, o bloqueado é um parafuso que tem uma rosca que vai prender no osso e 
outra na placa tendo uma rigidez muito maior, sua vantagem é que ele pode ficar afastado do osso sem causar 
alteração no periósteo. 
Esse tipo de placa foi desenvolvido para mulheres que tem osteoporose, por ter uma fixação muito mais rígida. 
Funciona mais ou menos como um fixador interno. 
Desenvolveram uma placa que é bloqueada, neutra e compressão, ou seja, em uma mesma placa conseguimos 
ter um furo híbrido, onde conseguimos utilizar todas as funções nela, então diminui o custo, já que não precisamos de 
um monte de material. É mais cara, porém, melhor. 
 
 
➢ Tipos de placa: 
 
 
➔ Placa bloqueada = parafuso é rosqueado na placa, sem contato com o osso. Promove menor 
agressão ao periósteo. 
 
 
 
 
 
➔ Placa reconstrutiva = placas moldáveis, menos resistentes, parafuso cortical ou 
bloqueado. São as placas que não tem resistência mecânica para ossos longos, boas 
para fraturas de mandíbula, maxila, crânio, escapula, acetábulo. Não usamos em 
locais que tem carga importante de apoio, se não ela entorta por ser uma placa mais fina, mais moldável. Ela serve 
para reconstrução facial e de tecidos ósseos. 
 
 
➔ Rod -Plate = placa + pino. Podemos associar a placa a um pino intramedular 
para aumentar a resistência da placa.

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