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AVALIAÇÃO DE DOENÇA NA SOJA.

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E 
TECNOLOGIA DE MATO GROSSO 
 CAMPUS CONFRESA 
 CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação de doença na soja: Ferrugem Asiática, Crestamento Foliar 
de Cercospora e Antracnose 
 
 
 
 
Paloma Lacerda Araújo 
 
 
 
 
 
 
 
Confresa-MT 
Abril/2018 
Paloma Lacerda Araújo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação de doença na soja: Ferrugem Asiática, Crestamento Foliar 
de Cercospora e Antracnose 
 
Relatório Final apresentado ao Instituto 
Federal de Educação, Ciência e 
Tecnologia do Mato Grosso – Campus 
Confresa, como parte dos requisitos de 
avaliação do Estágio Supervisionado para 
obtenção do título de Técnico em 
Agropecuária. O estágio foi no 
Laboratório agronômico Xingu Pesquisa 
e Consultoria Agronômica LTDA. 
Orientador: Prof. Esp. Elienai Resende 
Nunes Rodrigues. 
 
 
 
 
 
Confresa-MT 
Abril/2018 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente a Deus, e a Instituição pela oportunidade de estudar durante 
estes três anos, e conseguir concluir o ensino médio, com um curso técnico. Onde foi possível 
expandir o nível de conhecimento em diversas áreas, aderindo assim maior prestígio no fator 
profissional e pessoal durante a realização do curso. 
A minha família pela colaboração de todos, apoio e incentivo nos momentos difíceis. 
Aos meus amigos da Instituição, tendo destaque para Mateus Costa de Araujo. 
A minha orientadora Elienai Rezende Nunes Rodrigues e a e aos demais professores 
que de certa forma são responsáveis pelo que me tornei. 
Ao meu namorado Felipe Fonseca pela compreensão e apoio. 
Ao meu grupo de amigas, conhecidas como “Paniquetes”. 
Ao meus irmãos Markondes Lacerda e Talmo Aquiles pelas brincadeiras e ajuda em 
trabalhos. 
E por último, mas não menos importante, aos professores que aceitaram participar da 
minha apresentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Terei toda a aparência de quem falhou, e só eu 
saberei se foi a falha necessária”. 
 
(Clarice Lispector) 
SUMÁRIO 
 
1. Introdução ............................................................................................................................. 6 
2. Revisão de Literatura ........................................................................................................... 7 
 2.1 Ferrugem Asiática ......................................................................................................... 8 
 2.1.1. Sintomas .................................................................................................................. 8 
 2.1.2. Perdas na Lavoura ................................................................................................. 10 
 2.1.3. Formas de Controle ............................................................................................... 10 
 2.2. Crestamento Foliar de Cercospora ......................................................................... 11 
 2.2.1. Sintomas ................................................................................................................ 11 
 2.2.2. Perdas na Lavoura ................................................................................................. 12 
 2.2.3. Formas de Controle ............................................................................................... 12 
 2.3. Antracnose .................................................................................................................. 13 
 2.3.1. Sintomas ................................................................................................................ 13 
 2.3.2. Perdas na Lavoura ................................................................................................. 14 
 2.3.3 Formas de Controle ................................................................................................ 14 
3. Atividades desenvolvidas durante o estágio ..................................................................... 15 
 3.1. Caracterização da empresa ...................................................................................... 15 
 3.2. Atividades acompanhadas ........................................................................................ 15 
 3.2.1. Aplicação de fungicida ......................................................................................... 15 
 3.2.2. Contagem de vagens .............................................................................................. 16 
 3.2.3. Coleta das folhas .................................................................................................... 17 
 3.2.4. Avaliação de doenças ............................................................................................ 18 
 3.2.5. Doenças encontradas na lavoura............................................................................ 19 
 3.2.6. Avaliação de “Stand” ............................................................................................ 21 
4. Considerações Finais .......................................................................................................... 23 
5. Referências Bibliográficas ................................................................................................. 24 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1. Introdução 
 
Todo o estágio teve duração de 180 (cento e oitenta) horas, sendo realizado no 
Laboratório Agronômico Xingu Pesquisa e Consultoria Agronômica LTDA, localizada da Br. 
158, sentido Porto Alegre do Norte, proprietário Dr. Dênis Tomás Ramos. No local foi possível 
acompanhar diversas atividades, como: avaliação de doenças, contagem de vagens, 
acompanhamento na aplicação de fungicida e medição de “stand”. 
O laboratório no qual o estágio foi realizado, tem por objetivo, melhorar a produção de 
determinada cultura e identificar e combater doenças, através de pesquisas, usando como 
“slogan”: Com pesquisa você produz mais. 
Conforme (A HISTÓRIA..., 2018) 
A rápida expansão do cultivo da soja teve sempre associada com o desenvolvimento de 
novas tecnologias, focadas preferencialmente na demanda externa, ou seja, no exterior. Um dos 
grandes responsáveis pela expansão em massa do seu cultivo é a Embrapa, que investe em 
tecnologia para produzir cultivares adaptadas as condições climáticas de cada região produtora, 
tendo como principal objetivo a manipulação de sementes que sejam resistentes a pragas e 
doenças. Tendo em vista que as doenças que atacam a cultura da soja é o principal responsável 
pelas enormes perdas. 
A cultura da soja pode ser afetada por diversas doenças, causando perdas 
econômicas ao agricultor. As doenças que ocorrem na raiz, ou radiculares, são 
geralmente de difícil controle e podem causar danos importantes na cultura. 
Entre estas doenças estão as causadas pelos microorganismos Rhizoctonia 
solani, Pythium spp. e Phytophthora sojae. A manifestação das doenças 
causada por eles, está intimamente associada com excesso de umidade no solo 
(SOARES, 2011). 
Assim como a Embrapa, o Laboratório Agronômico Xingu Pesquisa e Consultoria 
agronômica LTDA, desenvolve o mesmo segmento, noqual utiliza diversos mecanismos para 
que as perdas sejam menores, testando novos fungicidas que ainda não foram disponibilizados 
ao mercado, dessa forma avaliando se o mesmo é eficaz ou não, e em quais cultivares diferentes 
a incidência de doenças foi maior, menor ou nula. 
O trabalho aborda as atividades relacionadas a avaliação de doenças que atacam a soja, 
as formas de avaliação, o índice de surgimento e produtividade (qual o abalo financeiro gerado 
por determinada doença), considerando a eficiência de determinado fungicida. 
 
7 
 
2. Revisão de Literatura 
 
A soja é caracterizada como o principal produto do agronegócio brasileiro. Tendo seu 
surgimento na região denominada de Manchúria, localizada no nordeste da China. Incialmente 
quando trazida ao Brasil em um período conhecido como o das grandes navegações, ficou 
restrita apenas em jardins botânicos, sendo utilizado apenas para apreciação. (MANDARINO, 
2017). 
 Conforme Jardine e Barros (2018), a soja é originária da China, tendo como nome 
científico Glycine max L. Pertencente a família das Fabaceae, conhecidas popularmente como 
leguminosa, sendo um grão consumido por todos devido ao seu rico valor em carboidratos. 
“Atualmente, 80% de toda a soja cultivada para o mercado comercial é transgênica. A 
soja chegou ao Ocidente no século XVIII. Ao Brasil, no fim do século XIX” (LOPES, 2018). 
Atualmente, parte da soja produzida é modificada geneticamente 
(transgênica), pois assim requer menor quantidade de herbicidas e, 
consequentemente, diminui consideravelmente o custo de produção. Reduz 
também a quantidade de impurezas e de umidade nos grãos colhidos. Devido 
a estes fatores, o cultivo da soja transgênica tem se expandido mais do que o 
da soja convencional (JARDINE & BARROS, 2018). 
“A soja possui diversas variações, a mais famosa e cultivada é a amarela. Há outras duas 
versões que também são conhecidas e proporcionam benefícios para a saúde. São elas: 
edamame e soja preta” (STUPPIELLO, 2018). 
Terror dos sojicultores, as doenças da soja estão entre os fatores que mais 
reduzem a produtividade da cultura e contribuem para o aumento dos custos 
de produção. Cerca de 15 a 20% das reduções anuais de produção da cultura 
tem as doenças como origem. Várias doenças da soja já foram identificadas 
no Brasil, entre elas estão as causadas por fungos, bactérias, nematóides e 
vírus. A importância econômica de cada doença varia de ano para ano e de 
região para região, dependendo das condições ambientais de cada safra 
(DOENÇA.., 2016). 
Tessaro (2011), afirma que a doença que atinge a soja delimita bastante sua produção, 
em média existem 40 (quarenta) tipos de doenças identificadas, sendo elas causadas por 
bactérias, vírus, nematoides e/ou fungos. A doença sofre influência do meio, onde fatores 
climáticos, cultivo e época de plantio são essenciais para seu aparecimento ou não. 
Dentre as doenças existentes iremos destacar algumas. 
 
8 
 
2.1 Ferrugem Asiática 
 
Tessaro (2011), afirma que a Ferrugem Asiática (Phakopsora pachyrhizi), é a doença 
mais comum da soja, foi registrada na safra 2001/2002, deixando de lado algumas doenças 
como a de final de ciclo, porém, nos últimos anos, doenças como: Antracnose (Colletotrichum 
truncatum), e a Mancha Alvo (Corynespora cassiicola), vêm se destacando em grande parte 
das lavouras. 
(FERRUGEM..., 2018) afirma que: 
A Ferrugem Asiática foi registrada no Brasil inicialmente em 1947, em Minas Gerais, 
porém, seu aparecimento é datada no Japão em 1902. É uma doença causada por fungos da 
espécie Phakopsora: Phakopsora meibomiae. E inicialmente em sua descoberta, ficava restrita 
a pequenas áreas, porém, em 1998, tornou-se uma epidemia, provocando perdas de 60% a 80% 
na produção. 
A doença é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, sendo, hoje, uma das 
doenças que mais têm preocupado os produtores de soja. O seu principal dano 
é a desfolha precoce, impedindo a completa formação dos grãos, com 
conseqüente redução da produtividade. O nível de dano que a doença pode 
ocasionar depende do momento em que ela incide na cultura, das condições 
climáticas favoráveis à sua multiplicação. Os danos podem chegar a cerca de 
70%. A doença foi diagnosticada pela primeira vez no Brasil em 2001. 
Devido à facilidade de disseminação do fungo pelo vento, a doença ocorre em 
praticamente todas as regiões produtoras de soja do país (FERRUGEM..., 
2018). 
O vento é o agente transmissor principal da Ferrugem, provocando a movimentação dos 
uredósporos, que podem atingir uma distância de 96 km semanalmente, levando a doença a uma 
área de contaminação de 3 metros por dia. Por tal motivo a doença pode espalha-se rapidamente 
ou lentamente, dependendo da velocidade do vento, época de plantio e região da plantação 
(NUNES, 2016). 
 
 2.1.1 Sintomas 
 
Nunes (2016), nos ensina que: 
Os primeiros sinais da Ferrugem Asiática são observados nas folhas inferiores através 
de pontos com coloração diferente com diâmetros de 1 a 2 mm (Figura 1). 
9 
 
Figura 1: Sintomas iniciais da Ferrugem Asiática na face abaxial da folha de soja 
 
Fonte: Nunes (2016). 
 
As lesões depois de um estágio mais avançado apresentam pequenas saliências e 
atingem diâmetros de 2 a 5 mm, aparecendo nos pecíolos, caule e vagens, adquirindo coloração 
que variam de castanho-claro a castanho escuro (Figura 2) (NUNES, 2016). 
 
Figura 2 – Lesões com coloração castanho a castanho escuro 
 
 
 
 
 
 
Fonte: FERRUGEM..., (2018). 
 
“Á medida que os tecidos infectados morrem, as manchas aumentam de tamanho, 
podendo chegar a 4 mm e adquirem a cor castanho avermelhada” (Figura 3) (CASTILLO, 
2018). 
 
Figura 3: Partes mortas das folhas provocada pela Ferrugem Asiática 
 
 
 
 
 
 Fonte: Castillo (2018). 
10 
 
2.1.2. Perdas na Lavoura 
 
(CASTILLO, 2018), ensina: 
Os principais prejuízos causados pela infecção por esse fungo é o rápido 
amarelecimento e queda prematura das folhas. Consequentemente, quanto 
mais precoce ocorrer a desfolha, menor será o tamanho final dos grãos, 
gerando grandes perdas no rendimento e qualidade final da produção. Quando 
a doença atinge a cultura na fase de formação das vagens ou no período inicial 
de granação poderá causar o aborto e queda destas, resultando em perdas 
quase totais da produção. 
(FERRUGEM..., 2018), afirma que as lesões provocam uma perda enorme no número 
de vagens, no peso e número dos grãos, em decorrência da desfolha. Em lugares pelo mundo 
as perdas variam de 10%, chegando até mesmo a 100%. Já no Brasil as perdas também são 
alarmantes, e por se tratar de uma doença considerada nova não se tem muitos estudos sobre o 
impactado na produção. 
 
Figura 4: Ferrugem Asiática na lavoura 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Santiago (2017). 
 
2.1.3. Formas de Controle 
 
(FERRUGEM..., 2016), afirma que: 
A ferrugem-asiática da soja é a doença mais severa da cultura da soja e a que 
demanda maior investimento dos produtores. Os fungicidas são atualmente 
uma das grandes ferramentas para o controle da doença, o problema, no 
entanto, é que a rede do Consórcio Antiferrugem, que avalia anualmente a 
11 
 
eficiência dos fungicidas, tem identificado reduções na eficiência desses 
produtos. 
De acordo com a Empresa Brasileira de Agropecuária (2014), existem 3 grupos de 
fungicidas que combatem a Ferrugem. São eles: “os Inibidores de desmetilação (IDM, 
"triazóis"), os Inibidores da Quinona externa (IQe, "estrobilurinas") e os Inibidores da 
Succinato Desidrogenase (ISDH, "carboxamidas")”.O fungo causador da Ferrugem, sobrevive apenas cinquenta e cinco dias em restos 
culturais, proliferando-se apenas em um hospedeiro vivo, por tais motivos recomenda-se, a 
rotação de cultura em plantas que não se encaixam no requisito hospedeiro, que ajudam a 
combater a proliferação do fungo, um exemplo dessa planta é o milho (BARROS, 2016). 
 
2.2. Crestamento Foliar de Cercospora 
 
Conforme Henning et al. (2005), o Crestamento Foliar de Cercospora (Cercospora 
kikuchii), está disseminada por todo país, diferente de algumas doenças que restringe-se apenas 
a determinada área. Apesar de se encontrar em todo país é mais incidente na região do cerrado, 
pela grande variação de períodos de secas e chuvas. 
 
2.2.1. Sintomas 
 
Todas as informações contidas nesse tópico, provém de Henning et al. (2005). 
A doença ataca todas as partes da cultura da soja. Nas folhas os sintomas são mais 
visíveis, caracterizados por pontos escuros, aderindo uma coloração de castanho-avermelhado, 
uma vez que agrupados provocam a morte progressiva da folha e desfolha (Figura 5). 
 
Figura 5: Sintomas da doença na folha 
 
Fonte: Arquivo pessoal. 
12 
 
Nas vagens os pontos são vermelhos, evoluindo para o mesmo tom dos sintomas nas 
folhas, através disso o fungo pode atingir a semente causando manchas púrpuras. Já na haste 
da soja, a coloração da mancha é avermelhada (Figura 6) 
Figura 6: Sintomas da doença na semente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Henning et al. (2005). 
 
2.2.2. Perdas na Lavoura 
 
A mancha parda, o crestamento foliar de cercóspora e a mancha púrpura da 
semente (causadas respectivamente pelos fungos Septoria glycines e 
Cercospora kikuchii) podem causar reduções de rendimento em mais de 20%. 
Ambas doenças ocorrem na mesma época e, devido às dificuldades para 
avaliá-las individualmente, são consideradas como o “complexo de doenças 
de final de ciclo” (DOENÇA..., 2009). 
 
2.2.3. Formas de Controle 
 
De acordo com (MANCHAS..., 2018), a incidência dessa doença pode ser reduzida 
através da integração do tratamento químico das sementes com a incorporação dos restos 
culturais e ainda a rotação do plantio da soja com espécies não suscetíveis a doença, como o 
milho e a sucessão com o milheto. O mesmo autor nos diz ainda que: 
Desequilíbrios nutricionais e baixa fertilidade do solo tornam as plantas mais 
susceptíveis, podendo ocorrer severa desfolha antes mesmo de a soja atingir a 
meia grana (estádio de desenvolvimento R5.4). A aplicação de fungicidas 
deve ser feita entre os estádios R5.1 e R5.5 se as condições climáticas 
estiverem favoráveis a ocorrência das doenças, isto é, chuvas frequentes e 
13 
 
temperaturas variando de 22ºC a 30ºC. A ocorrência de veranico durante o 
ciclo da cultura reduz a incidência, tornando desnecessária a aplicação de 
fungicidas. 
 
2.3. Antracnose 
 
A Antracnose (Colletotrichum dematium var. truncata), afeta diretamente a 
produtividade do agricultor, pois, é considerada uma doença silenciosa, que ataca os órgãos 
reprodutores da planta, fazendo com que surja vagens sem grãos, caimento do mesmo e das 
flores, cujo fungo causador é o Colletotrichum, podendo manifestar diferentes sintomas 
dependendo da região (ANTRACNOSE..., 2017). 
 
2.3.1. Sintomas 
 
Henning et al. (2005), afirma que: 
A Antraquinose pode causar morte de plântula, necrose dos pecíolos e manchas nas 
folhas, haste e vagens. Pode haver queda total das vagens ou deterioração das sementes quando 
a atraso na colheita (Figura 7 e 8). As vagens quando infectadas adquirem uma coloração negra 
ou castanho-escuro distribuídas em pontos. 
 
Figura 7: necrose nas vagens Figura 8: necrose na haste 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Henning et al. (2005). Fonte: Henning et al. (2005) 
 
 
14 
 
2.3.2. Perdas na Lavoura 
 
Sousa (2016), nos afirma que determinada doença é uma das principais causas que 
limitam a obtenção de grandes lucros ou rendimentos. Como as demais doenças, também é mais 
incidente em determinadas partes do ano, considerando a região produtora e as condições 
climáticas. As perdas são bastante variáveis, estimadas em torno de 15% a 20%, porém, em 
casos mais graves esses danos podem chegar a quase 100%. 
 
2.3.3. Formas de Controle 
 
Como funciona para as demais doenças, a rotação de cultura seria o mais recomendado, 
utilizando um espaçamento adequado que varia de 50 à 55 cm, sementes sadias, retiradas das 
plantas invasoras, uma boa adubação, armazenamento em condição ambiente e tratamento de 
sementes com fungicidas (ANTRACNOSE..., 2017). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
3. Atividades desenvolvidas durante o estágio 
 
O estágio supervisionado teve duração de 180 (cento e oitenta) horas e ocorreu durante 
o ano de 2017, nos mesês de Fevereiro, Março e Abril, no laboratório agronômico Xingu 
Pesquisa e Consultoria Agronômica LTDA. Na propriedade são realizadas inúmeras atividades, 
tais como: acompanhamento de aplicação de herbicida, avaliação de doenças, contagem de 
vagens, medição de “stand” e plantas por metros, contudo, o estágio foi voltado a analisar o 
efeito de algumas doenças na soja em diferentes variedades e que receberam aplicação de 
herbicida, considerando se o mesmo funcionou ou não e qual foi de maior e menor incidência 
em relação ao surgimento da doença. 
Todo o estágio foi realizado no mesmo local, completando assim às 180 horas, 
distribuídas em 8 horas diárias, durando cerca de 23 dias, sendo possível acompanhar quase 
todas as atividades que envolviam o cultivo da soja. 
 
3.1. Caracterização da empresa 
 
O laboratório agronômico Xingu Pesquisa e Consultoria Agronômica LTDA, 
localizada-se na Br. 158, sentido Porto Alegre do Norte, tendo como proprietário Dr. Dênis 
Tomás Ramos. A empresa tem por objetivo, avaliar as doenças que surgem em diversas 
culturas, como o algodão, milho, soja e entre outras. 
 
3.2. Atividades acompanhadas 
 
Todas as atividades eram supervisionadas ou direcionadas por um Agrônomo, 
geralmente realizada em grupo, com os demais estagiários. 
 
3.2.1. Aplicação de fungicida 
 
No início do ciclo da soja, foi aplicado um fungicida não revelado pela empresa, tendo 
como objetivo testar a eficiência do produto, no qual seria avaliado com o surgimento de 
determinada doença, ou não. O processo pôde ser acompanhado, porém, de longe (Figura 9). 
16 
 
Figura 9: Aplicação de fungicida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: arquivo pessoal. 
 
3.2.2. Contagem de vagens 
 
Inicialmente eram retiradas algumas plantas para realização da contagem de vagens, 
separadas em pequenos sacos de papéis dependendo da quantidade de grãos (Figuras 10, 11 e 
12). 
 
Figura 10: Plantas selecionadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: arquivo pessoal. 
 
 
 
17 
 
Figura 11: contagem de grãos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: arquivo pessoal. 
 
Figura 12: vagens separadas em sacos de papel 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: arquivo pessoal. 
 
Todas as vagens que continham sinais de Antracnose eram anotadas com o objetivo de 
avaliar se o fungicida usado, foi satisfatório ou não. 
 
3.2.3. Coleta das folhas 
 
As folhas eram coletadas geralmente 10 (dez) em cada bloco, (cada um contendo 
tratamentos distintos), com o intuito de avaliar se a mesma continha determinada doença. Eram 
colocadas em sacos plásticos, enroladas com fita para suaidentificação (Figuras 13 e 14). 
 
 
 
18 
 
Figura 13: Blocos distintos de variedade de soja e tratamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: arquivo pessoal. 
 
Figura 14: Folhas coletadas e colocadas em saco plástico 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: arquivo pessoal. 
 
3.2.4. Avaliação de doença 
 
Depois das folhas já selecionadas e coletadas as mesmas passavam pelo microscópio, 
folha por folha, para determinar o estágio da doença. Determinado trabalho exigia grande 
atenção do funcionário, pois, se torna uma atividade demorada e repetitiva, fazendo com que o 
trabalhador perca o interesse (Figura 15). 
 
 
 
 
 
 
19 
 
Figura 15: Avaliação de doença no microscópio 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: arquivo pessoal. 
 
Outro método mais simples utilizado consistia em avaliar a doença presente na folha da 
soja através de um guia específico para cada doença. Sendo possível identificar o estágio da 
Ferrugem Asiática, Crestamento Foliar de Cercospora e Antracnose (Figura 16). 
 
Figura 16: Guia de avaliação 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: arquivo pessoal. 
 
3.2.5. Doenças encontradas na lavoura 
 
Todas as doenças que surgiam na plantação eram avaliadas, determinada seu estágio e 
relatadas. Tendo seu manual de identificação, como descrito no tópico anterior (Figuras 17, 
18, 19 e 20). 
 
20 
 
Figura 17: Estágio inicial da Ferrugem Asiática 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: arquivo pessoal. 
 
Figura 18: Planilha de avaliação da Ferrugem Asiática 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: arquivo pessoal. 
 
O Crestamento Foliar de Cercospora foi a de maior incidência na propriedade, atingindo 
estágios bem avançados de anomalias. 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
Figura 19: Cercospora na folha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: arquivo pessoal. 
 
A antracnose apresentou seus sintomas principalmente nas vagens, no qual trouxeram 
grandes prejuízos a lavoura, pois, a parte de interesse comercial da soja são os grãos, no qual 
também foram afetados. 
 
Figura 20: Antracnose nas vagens 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: arquivo pessoal. 
 
Depois de avaliadas todas as doenças, os resultados eram passados para o responsável, 
que montava os relatórios para as empresas contratante dos serviços. 
 
3.2.6. Avaliação de “Stand” 
 
De maneira simples podemos dizer que determinado termo significa a população de 
planta por metro linear de uma área (Figura 22). Para a realização dessa atividade foi necessário 
22 
 
o uso de uma régua em forma de bastão e fita métrica, onde eram retiradas em 3 (três) medidas 
de pontos aleatórios em cada bloco de plantação. Ao final era retirado uma média dos valores, 
para chegar a um resultado (Figura 21). 
 
Figura 21: medição da altura das plantas Figura 22: Contagem de plantas por metro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: arquivo pessoal. 
 
 
 Fonte: arquivo pessoal. 
 
A empresa não detém dos equipamentos necessários para o plantio das culturas, por isso 
em épocas de safras, alugam-se os materiais necessários. Contudo, tal empecilho não impede 
que a empresa produza com qualidade. Depois da análise das doenças que ocorreram durante o 
ciclo da soja, as que estão em perfeito estado de sanidade são comercializadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
4. Considerações finais 
 
A Empresa do estágio supervisionado é um grande exemplo de responsabilidade e 
compromisso, realizando pesquisa com fungicidas, para combater ou até mesmo prevenir 
doenças na soja, cultura de grande importância econômica para nosso estado e país. 
Dada a importância que a doença acarreta, torna-se necessário o desenvolvimento de 
formas de identificação mais precoce e combate eficaz, objetivo no qual é o principal da 
empresa. Disponibilizando tais recursos alcançados para as empresas contratantes dos serviços 
que sofrem grande perda em relação à doença. Recurso no qual será mais tarde vendidos a 
agricultores que sofrem com tais problemas. 
O estágio teve grande importância na formação do curso Técnico em Agropecuária, 
servindo como outro meio de aprendizado, levando como base as experiências adquiridas em 
sala de aula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. Referências bibliográficas 
 
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