Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Página | 1 DIREITO ADMINISTRATIVO Aula Data Tema Professor Obs.: 01 01.02.2011 Bens Públicos Fernanda Marinela 02 03.02.2011 Bens Públicos ‘’ 03 15.02.2011 Continuação das modalidades de intervenção na propriedade ‘’ Aula da Iris 04 16.02.2011 Continuação Desapropriação ‘’ Aula da Iris 05 01.03.2011 Controle da Administração ‘’ Aula da Iris 06 11.03.2011 Processo Administrativo ‘’ 07 29.03.2011 Responsabilidade Civil do Estado ‘’ 08 07.04.2011 Improbidade Administrativa ‘’ 09 16.06.2011 Cont. Improbidade Administrativa e Consórcios Públicos ‘’ 10 01.07.2011 Lei 8.112/90 ‘’ 11 11.07.2011 Lei 8.112/90 II ‘’ 12 15.08.2011 Consórcios Públicos II (parte restante) ‘’ Aula on line 13 14 15 16 17 18 19 20 Página | 2 ÍNDICE 1 PROGRAMA DIREITO ADMINISTRATIVO INTENSIVO II ................................................... 9 2 BENS PÚBLICOS .................................................................................................................. 9 2.1 DOMÍNIO PÚBLICO ................................................................................................................................. 9 2.1.1 Domínio Público no Sentido Amplo: ............................................................................................................ 9 2.1.2 Domínio público no sentido estrito: .......................................................................................................... 10 2.2 CONCEITO DE BEM PÚBLICO ................................................................................................................. 10 2.3 CLASSIFICAÇÃO DE BEM PÚBLICO ......................................................................................................... 11 2.3.1 Quanto a Titularidade dos Bens Públicos ................................................................................................... 11 2.3.1.1 Bens Federais (art. 20 CF) ................................................................................................................... 12 2.3.1.2 Bens Estaduais (art. 26 CF) ................................................................................................................. 12 2.3.1.3 Bens Distritais (art. 26 CF) .................................................................................................................. 12 2.3.1.4 Bem Municipais .................................................................................................................................. 12 2.3.2 Quanto a Destinação dos Bens Públicos .................................................................................................... 12 2.3.2.1 Bem de Uso Comum do Povo ............................................................................................................. 12 2.3.2.2 Bem Especial ....................................................................................................................................... 13 2.3.2.3 Bem Dominical.................................................................................................................................... 14 2.4 REGIME JURÍDICO DE BEM PÚBLICO ..................................................................................................... 14 2.4.1 Afetação e Desafetação de Bem Público ................................................................................................... 14 2.4.2 Condições para Alienação do Bem Público ................................................................................................ 16 2.4.2.1 Requisitos para Alienação de Imóvel .................................................................................................. 16 2.4.2.2 ................................................................................................................................................................ 17 2.4.2.3 Requisitos para Alienação de Móvel .................................................................................................. 17 2.4.2.4 Penhora de Bens Públicos .................................................................................................................. 17 2.4.3 Formas de Aquisição de Bens pelo Estado ................................................................................................. 19 2.5 GESTÃO DE BENS PÚBLICOS .................................................................................................................. 21 2.5.1 Generalidade .............................................................................................................................................. 21 2.5.1.1 ................................................................................................................................................................ 21 2.5.1.2 Utilização Comum ............................................................................................................................... 21 2.5.1.3 Utilização Especial .............................................................................................................................. 21 2.5.1.3.1 Utilização Remunerada ............................................................................................................... 21 2.5.1.3.2 Utilização Privativa ..................................................................................................................... 22 Ð Autorização de Uso de Bem Público ................................................................................................... 22 Ð Permissão de Uso de Bem Público ..................................................................................................... 22 Ð Concessão de Uso ............................................................................................................................... 22 2.5.1.4 Utilização Compartilhada de Bens ...................................................................................................... 23 2.6 BENS PERTENCENTES A UNIÃO ............................................................................................................. 23 3 INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE ........................................................... 26 3.1 CONCEITOS ........................................................................................................................................... 27 3.2 FUNDAMENTOS PARA A INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE.................................................................... 28 Página | 3 3.2.1 Supremacia do Interesse Público ............................................................................................................... 28 3.2.2 Prática de uma Ilegalidade ......................................................................................................................... 28 3.3 MODALIDADES DE INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE ............................................................................ 28 3.3.1 LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA .................................................................................................................... 28 3.3.2 SERVIDÃO ADMINISTRATIVA ...................................................................................................................... 29 3.3.3 REQUISIÇÃO ............................................................................................................................................... 31 3.3.4 OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA .......................................................................................................................... 33 3.3.5 TOMBAMENTO ...........................................................................................................................................33 3.3.5.1 OBRIGAÇÕES INSTITUÍDAS PELO TOMBAMENTO .............................................................................. 34 3.3.5.1.1 Preservação/conservação ........................................................................................................... 34 3.3.5.1.2 Bem público tombado se torna inalienável ................................................................................ 35 3.3.5.1.3 Direito de preferência ................................................................................................................. 35 3.3.5.1.4 O patrimônio tombado não pode ser retirado do país, salvo por curto espaço de tempo. ....... 35 3.3.5.1.5 Não pode ser exportado ............................................................................................................. 35 3.3.5.1.6 Obrigação de suportar a fiscalização .......................................................................................... 35 3.3.5.1.7 Não pode prejudicar a visibilidade ............................................................................................. 36 3.3.5.2 MODALIDADES DE TOMBAMENTO .................................................................................................... 36 3.3.5.2.1 Eficácia ........................................................................................................................................ 36 3.3.5.2.2 Constituição ................................................................................................................................ 36 3.3.5.2.3 Destinatários ............................................................................................................................... 36 3.3.5.2.4 Bens ............................................................................................................................................ 36 3.3.6 DESAPROPRIAÇÃO ...................................................................................................................................... 37 3.3.6.1 COMPETÊNCIA PARA DESAPROPRIAÇÃO ........................................................................................... 37 3.3.6.1.1 Competência Legislativa ............................................................................................................. 37 3.3.6.1.2 Competência Material ................................................................................................................ 37 3.3.6.2 ELEMENTOS DEFINIDORES DAS MODALIDADES DE DESAPROPRIAÇÃO ............................................. 38 3.3.6.2.1 OBJETO ....................................................................................................................................... 38 3.3.6.3 MODALIDADES DE DESAPROPRIAÇÃO ............................................................................................... 39 3.3.6.3.1 Desapropriação Comum, Geral ou Ordinária ............................................................................. 39 a) Necessidade ou Utilidade pública ..................................................................................................... 39 b) Interesse Social ................................................................................................................................. 39 3.3.6.3.2 Desapropriação Extraordinária ................................................................................................... 40 c) Descumprimento da Função Social da Propriedade ......................................................................... 40 d) Tráfico Ilícito de Entorpecentes ........................................................................................................ 42 3.3.6.3.3 Desapropriação Indireta ............................................................................................................. 43 e) Observações quanto ao prazo prescricional da ação de desapropriação indireta: .......................... 44 3.3.6.4 PROCEDIMENTO DA DESAPROPRIAÇÃO ............................................................................................. 45 3.3.6.4.1 Procedimento Administrativo da Desapropriação ..................................................................... 45 f) Fase Declaratória ............................................................................................................................... 45 g) Fase Executiva ................................................................................................................................... 46 3.3.6.5 INDENIZAÇÃO NA DESAPROPRIAÇÃO ................................................................................................. 47 3.3.6.6 JUROS COMPENSATÓRIOS .................................................................................................................. 47 3.3.6.7 JUROS MORATÓRIOS .......................................................................................................................... 48 3.3.6.8 DIREITO DE EXTENSÃO ....................................................................................................................... 49 3.3.6.9 TREDESTINAÇÃO ................................................................................................................................. 49 3.3.6.10 RETROCESSÃO .................................................................................................................................. 49 4 CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO ................................................................................... 51 4.1 CONCEITO ............................................................................................................................................ 51 Página | 4 4.2 EVOLUÇÃO ........................................................................................................................................... 51 4.3 CONTROLE POLÍTICO ............................................................................................................................ 51 4.4 CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO .......................................................................................................... 52 4.4.1 Face ao Princípio da Legalidade ................................................................................................................. 52 Legalidade 4.4.2 Controle de Políticas Públicas .................................................................................................................... 52 Políticas Públicas 4.5 CLASSIFICAÇÃO DO CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA .............................................................. 52 4.5.1 QUANTO AO ÓRGÃO CONTROLADOR ........................................................................................................ 52 4.5.1.1 Controle Legislativo ............................................................................................................................ 53 4.5.1.2 Controle Judicial ................................................................................................................................. 55 4.5.1.2.1 Silêncio Administrativo: .............................................................................................................. 55 4.5.1.3 Controle Administrativo ..................................................................................................................... 56 4.5.2 QUANTO À EXTENSÃO DO CONTROLE ....................................................................................................... 56 4.5.2.1 Controle Interno ................................................................................................................................. 56 4.5.2.2 Controle Externo ................................................................................................................................ 574.5.2.3 Controle externo popular ................................................................................................................... 57 4.5.3 QUANTO À NATUREZA DO CONTROLE ....................................................................................................... 57 4.5.3.1 Controle de Legalidade ....................................................................................................................... 57 4.5.3.2 Controle de Mérito ............................................................................................................................. 57 4.5.3.2.1 Teoria da Estailização dos Efeitos do Ato Administrativo: .......................................................... 58 4.5.4 QUANTO À OPORTUNIDADE, OU QUANTO AO MODO OU MOMENTO .................................................... 58 4.5.4.1 Controle Prévio ou Preventivo ........................................................................................................... 58 4.5.4.2 Controle Concomitante ...................................................................................................................... 58 4.5.4.3 Controle Corretivo, Subseqüente ou Posterior .................................................................................. 58 4.5.5 QUANTO À HIERARQUIA ............................................................................................................................ 58 4.5.5.1 Controle Hierárquico .......................................................................................................................... 58 4.5.5.2 Controle Finalístico ............................................................................................................................. 59 5 PROCESSO ADMINISTRATIVO ......................................................................................... 60 5.1 PROCESSO E PROCEDIMENTO ............................................................................................................... 60 5.2 OBJETIVOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO ........................................................................................ 60 5.2.1 DOCUMENTAR ........................................................................................................................................... 60 5.2.2 CONDIÇÃO DE FORMA DOS ATOS ADMINISTRATIVOS .............................................................................. 61 5.2.3 LEGITIMAR A CONDUTA DO ADMINISTRADOR .......................................................................................... 61 5.2.4 DAR TRANSPARÊNCIA ÀS CONDUTAS ADMINISTRATIVAS ......................................................................... 61 5.2.5 MECANISMO DE DEFESA ............................................................................................................................ 61 5.3 PRINCÍPIOS PRÓPRIOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO ....................................................................... 61 5.3.1 PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL .................................................................................................. 61 5.3.2 CONTRADITÓRIO E À AMPLA DEFESA ........................................................................................................ 62 5.3.2.1 Contraditório: ..................................................................................................................................... 62 5.3.2.2 Ampla Defesa: .................................................................................................................................... 62 5.3.2.2.1 Exigências: .................................................................................................................................. 63 5.3.3 PRINCÍPIO DA VERDADE REAL .................................................................................................................... 67 5.3.4 PRINCÍPIO DA OFICIALIDADE ...................................................................................................................... 67 5.3.5 PRINCÍPIO DA CELERIDADE ........................................................................................................................ 67 5.4 PRINCIPAIS ASPECTOS SOBRE A LEI Nº 9.784/99 ................................................................................... 68 5.4.1 CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO ................................................................................. 68 Página | 5 5.4.1.1 Publicidade ......................................................................................................................................... 68 5.4.1.2 Vedação de cobrança de despesas processuais ................................................................................. 68 5.4.1.3 Proibição de Provas produzidas de forma ilícitas ............................................................................... 68 5.4.1.4 Contagem dos Prazos ......................................................................................................................... 69 5.4.1.5 Atos dentro do Processo Administrativo ............................................................................................ 69 5.4.1.5.1 Sequência dos Atos no Processo Administrativo ........................................................................ 69 a) Instauração ....................................................................................................................................... 69 b) Instrução ........................................................................................................................................... 70 c) Defesa ............................................................................................................................................... 70 d) Relatório ........................................................................................................................................... 70 e) Julgamento ....................................................................................................................................... 70 f) Recurso .............................................................................................................................................. 70 6 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO ........................................................................ 72 6.1 ASPECTOS GERAIS ................................................................................................................................ 72 6.2 PRINCÍPIOS QUE FUNDAMENTAM A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO .......................................... 72 6.2.1 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ........................................................................................................................ 72 6.2.2 PRINCÍPIO DA ISONOMIA ........................................................................................................................... 72 6.3 EVOLUÇÃO ........................................................................................................................................... 73 6.3.1 1º FASE – TEORIA DA IRRESPONSABILIDADE ............................................................................................. 73 6.3.2 2º FASE – ESTADO SUJEITO RESPONSÁVEL ................................................................................................ 73 6.3.2.1 RESPONSABILIDADE NA TEORIA SUBJETIVA ....................................................................................... 74 6.3.2.1.1 Responsabilidade Subjetiva baseada na Culpa do Agente ......................................................... 74 6.3.2.1.2 Responsabilidade Subjetiva baseada na Culpa do Serviço ......................................................... 74 6.3.2.1.3 Excludente da ResponsabilidadeSubjetiva ................................................................................ 75 6.3.2.2 RESPONSABILIDADE NA TEORIA OBJETIVA ......................................................................................... 75 6.4 TIPOS DE RESPONSABILIDADE ............................................................................................................... 76 6.4.1 Independência das Instâncias .................................................................................................................... 76 6.4.1.1 Exceções: Comunicação nas Decisões das 3 instâncias ...................................................................... 76 6.5 RESPONSABILIDADE CIVIL NO BRASIL .................................................................................................... 77 6.5.1 ELEMENTOS DEFINIDORES DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA .................................................................. 77 6.5.1.1 Sujeito da Responsabilidade Civil do Estado ...................................................................................... 77 6.5.1.1.1 Pessoa Jurídica de Direito Público .............................................................................................. 78 6.5.1.1.2 Pessoa Jurídica de Direito Privado Prestadora de Serviço Público ............................................. 78 Ð Responsabilidade das Concessionárias de Serviço Público ........................................................... 78 Ð Responsabilidade de Acordo com o Sujeito: Primária e Secundária ............................................. 78 6.5.1.1.3 Condutas que Geram Responsabilidade Civil do Estado ............................................................ 79 Ð Conduta Comissiva: ...................................................................................................................... 79 Ð Conduta Omissiva: ........................................................................................................................ 79 Ð Condutas de Risco: ........................................................................................................................ 80 6.5.1.1.4 Dano que gera a Responsabilidade Civil do Estado .................................................................... 80 6.6 AÇÃO ................................................................................................................................................... 81 6.7 PRESCRIÇÃO ......................................................................................................................................... 82 7 IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA .................................................................................... 84 Página | 6 7.1 PROBIDADE ADMINISTRATIVA .............................................................................................................. 84 7.2 IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA ......................................................................................................... 84 7.3 CONDUTAS QUE GERAM IMPROBIDADE ............................................................................................... 84 7.3.1 Aquisição de vantagens patrimoniais indevidas ........................................................................................ 84 7.3.2 Exercício nocivo de Função Pública ............................................................................................................ 84 7.3.3 Trafico de Influência ................................................................................................................................... 84 7.3.4 Desfavorecimento da Maioria em nome de uma Minoria ......................................................................... 85 7.4 FONTE CONSTITUCIONAL DA IMPROBIDADE ......................................................................................... 85 7.4.1 Improbidade em Período Eleitoral ‐ Art. 14 §9 CF ..................................................................................... 85 7.4.2 Suspensão dos Direitos Políticos em razão de Ato de Improbidade ‐ Art. 15, XV CF ................................ 85 7.4.3 Improbidade como Crime de Responsabilidade do Presidente da República ‐ Art.85, V CF ..................... 85 7.4.4 Medidas de Improbidade Administrativa ‐ Art. 37 §4º CF ......................................................................... 85 7.4.4.1 Ressarcimento .................................................................................................................................... 86 7.4.4.2 Indisponibilidade de Bens ................................................................................................................... 86 7.4.4.3 Perda da Função Pública .................................................................................................................... 86 7.4.4.4 Suspensão dos Direitos Políticos ........................................................................................................ 86 7.4.4.5 “além das medidas penais cabíveis” .................................................................................................. 86 7.5 COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR SOBRE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA .............................................. 86 7.6 NATUREZA JURÍDICA DO ATO DE IMPROBIDADE ................................................................................... 87 7.7 ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DE IMPROBIDADE ................................................................................... 88 7.7.1 SUJEITO PASSIVO ........................................................................................................................................ 88 7.7.2 Pessoas Jurídicas da administração Direta ................................................................................................. 89 7.7.3 Pessoas Jurídicas da administração Indireta .............................................................................................. 89 7.7.4 Territórios .................................................................................................................................................. 89 7.7.5 Entidades (pessoas jurídicas de direito privado) cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual .............................................................. 89 7.7.6 Pessoas jurídicas de direito privado que o erário haja concorrido ou concorra na criação, manutenção ou custeio com menos de 50% ............................................................................................................................................... 90 7.7.7 Pessoas jurídicas de direito privado que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público ................................................................................................................................................................ 90 7.7.8 SUJEITO ATIVO ........................................................................................................................................... 91 7.7.9 Agente Público ........................................................................................................................................... 91 7.7.10 Terceiros que induzam, concorram ou se beneficiem com a prática do ato ........................................ 91 7.8 ATO DE IMPROBIDADE ......................................................................................................................... 94 7.8.1 MODALIDADES DE ATOS DE IMPROBIDADE ............................................................................................... 94 7.8.1.1 ENRIQUECIMENTO ILÍCITO .................................................................................................................94 7.8.2 PREJUÍZO AO ERÁRIO ................................................................................................................................. 95 7.8.3 VIOLAÇÃO À PRINCÍPIO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ............................................................................. 96 7.8.3.1 SANÇÕES À ATOS DE IMPROBIDADE .................................................................................................. 99 7.9 AÇÃO JUDICIAL DE IMPROBIDADE ...................................................................................................... 101 7.9.1 LEGITIMIDADE: ......................................................................................................................................... 101 7.9.2 PROCEDIMENTO ....................................................................................................................................... 101 7.9.3 PRESCRIÇÃO DA AÇÃO DE IMPROBIDADE ................................................................................................ 102 8 CONSÓRCIOS E CONVÊNIOS ......................................................................................... 102 Página | 7 8.1 CONSÓRCIO E CONVÊNIO ADMINISTRATIVOS (Lei nº 8.666/93) .......................................................... 102 8.1.1 CARACTERÍSTICAS DOS INSTITUTOS ......................................................................................................... 104 8.2 CONSÓRCIOS PÚBLICOS (Lei nº 11.107/2005) ...................................................................................... 106 9 LEI Nº 8.112/90 .................................................................................................................. 110 9.1 APLICAÇÃO DA LEI ......................................................................................... Erro! Indicador não definido. 9.2 CARGO PÚBLICO ................................................................................................................................. 111 9.2.1 CRIAÇÃO DE CARGO PÚBLICO .................................................................................................................. 111 9.2.2 CARGO PÚBLICO X FUNÇÃO PÚBLICA X EMPREGO PÚBLICO ................................................................... 112 9.3 CLASSIFICAÇÃO DE CARGO PÚBLICO ................................................................................................... 112 9.3.1 QUANTO A POSIÇÃO ESTATAL ................................................................................................................. 113 9.3.2 QUANTO A VOCAÇÃO PARA A RETENÇÃO DOS SEUS OCUPANTES ......................................................... 113 9.4 PREENCHIMENTO DE CARGO PÚBLICO ........................................................... Erro! Indicador não definido. 9.4.1 FORMAS DE PROVIMENTO ............................................................................. Erro! Indicador não definido. 9.4.1.1 PROVIMENTO ORIGINÁRIO .............................................................................................................. 114 9.4.1.2 PROVIMENTO DERIVADO ................................................................................................................. 115 9.4.1.2.1 Provimento Derivado Vertical: ................................................................................................. 115 9.4.1.2.2 Provimento Derivado Horizontal: ............................................................................................. 115 9.4.1.2.3 Provimento Derivado por Reingresso: ...................................................................................... 115 9.4.2 FORMAS DE DESLOCAMENTO .................................................................................................................. 118 9.4.2.1 REMOÇÃO: ........................................................................................................................................ 118 9.4.2.2 REDISTRIBUIÇÃO ............................................................................................................................... 119 9.4.2.3 SUBSTITUIÇÃO .................................................................................................................................. 120 9.5 FORMAS DE DESINVESTIDURA DO SERVIDOR PÚBLICO ....................................................................... 120 9.5.1.1 DEMISSÃO ........................................................................................................................................ 120 9.5.1.2 EXONERAÇÃO ................................................................................................................................... 121 9.5.1.2.1 Exoneração a Pedido: ............................................................................................................... 121 9.5.1.2.2 Exoneração de Ofício: ............................................................................................................... 121 9.6 VACÂNCIA .......................................................................................................................................... 123 9.7 DIREITOS E VANTAGENS DO SERVIDOR PÚBLICO ................................................................................. 123 9.7.1 REMUNERAÇÃO ....................................................................................................................................... 124 9.7.1.1 MODALIDADES ................................................................................................................................. 124 9.7.1.2 FIXAÇÃO DA REMUNERAÇÃO ........................................................................................................... 125 9.7.2 VANTAGENS ............................................................................................................................................. 128 9.7.2.1 INDENIZAÇÕES .................................................................................................................................. 128 9.7.2.2 ADICIONAIS ....................................................................................................................................... 128 9.7.2.3 GRATIFICAÇÕES ................................................................................................................................ 129 9.7.3 DIREITO DE FÉRIAS ................................................................................................................................... 129 9.7.4 LICENÇAS .................................................................................................................................................. 130 9.7.4.1 LICENÇA ENQUANTO DIREITO E VANTAGENS .................................................................................. 130 9.7.4.2 LICENÇAS DO REGIME DE PREVIDENCIÁRIO ........................................... Erro! Indicador não definido. 9.7.5 AFASTAMENTOS ....................................................................................................................................... 132 9.7.6 CONCESSÕES ............................................................................................................................................ 132 9.7.7 TEMPO DE SERVIÇO ................................................................................................................................. 133 9.7.8 DIREITO DE PETIÇÃO ................................................................................................................................ 134 Página | 8 Página | 9 terça-feira, 01 de fevereiro de 2011 1 PROGRAMA DIREITO ADMINISTRATIVO INTENSIVO II - BENS PÚBLICOS OBS: José dos Santos Carvalho Filho é divergente neste tema. - INTERVENÇÃONA PROPRIEDADE (DESAPROPRIAÇÃO) - RESPONSABILIDADE CIVIL - PROCESSO ADMINISTRATIVO - CONTROLE ADMINISTRAÇÃO - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - LEI 8.112/90 IMPORTANTE: Lei de licitações foi alterada em 15/12/2010. Foi uma mudança estrutural importante, através da Lei nº 1.2349. - Ver vídeo e artigo sobre as mudanças no Injur. Mudou o objetivo da licitação, além da melhor proposta e de dar a chance de todos participarem (exercício a impessoalidade), agora também deve promover o desenvolvimento nacional. 2 BENS PÚBLICOS 2.1 DOMÍNIO PÚBLICO Esta expressão tem um tratamento doutrinário em 2 focos (entendimentos, conceitos) diferentes. Então há divergência doutrinária no que diz respeito a este conceito: 2.1.1 Domínio Público no Sentido Amplo: Toda atuação que o estado exerce sobre os diversos bens (públicos e privados). Relação de dominação que o estado exerce sobre os seus bens (compra, disposição, etc) e de regulamentação que exerce em face do bem privado, é chamada de domínio público (controle de uso, regulamentação). Página | 10 2.1.2 Domínio público no sentido estrito: São aqueles bens que estão a disposição da coletividade, destinados ao uso do povo. 2.2 CONCEITO DE BEM PÚBLICO Não há divergência doutrinária no que diz respeito a bem público. Bem público é aquele pertencente a pessoa jurídica de direito público (pertencente aos entes públicos, autarquia, fundação pública de direito público). Ser bem público significa ter um regime próprio diferenciado, de proteção. (impenhorabilidade, inalienabilidade condicionada). Hoje a posição da maioria dos autores (Celso A. B. Mello, Di Pietro) e do STF e STJ, se o bem pertence a pessoa jurídica de direito privado (sociedade de economia mista, empresa pública, fundação pública de direito privado) e esta diretamente ligado a prestação de serviços públicos estará no conceito de bem público. Então estes bens só seguem o regime de bem público se estiverem diretamente ligados a prestação de serviço público. A justificativa é o princípio da continuidade. A ideia é: Se o bem for retirado (onerado, retirado) vai comprometer o andamento (continuidade) da prestação do serviço? Se a resposta for sim, será bem público, pois estarão protegidos para não comprometer a continuidade do serviço público. Bem de empresa pública é impenhorável? Correto. Bem de empresa pública, em regra é penhorável, pois segue o regime privado. Só estará protegido se estiver diretamente ligado a prestação do serviço público. ECT: Apesar de ser uma empresa pública, ela tem um tratamento diferenciado, segue regime diferenciado, no que diz respeito também aos bens. Ela é empresa pública, mas tem tratamento de fazenda pública, ou seja, tratamento (regime) bem próximo ao da autarquia, da administração. Direta. Então seus bens são públicos e, portanto impenhoráveis e inalienáveis. Todos seus bens são públicos, independentemente da destinação, isto é, estarem ou não ligados a prestação de serviço público (como se exige nas demais empresas públicas para considerar o bem como público). Então: Bem de empresa pública em regra é penhorável, mas bem da ECT é sempre impenhorável. OBS: ADPF nº 46/TF decide a natureza e o regime dos bens da ECT. Esta ADPF faz uma distinção entre monopólio do serviço e exclusividade. (ver vídeo da Marinella no site Injur). EMENTA: ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL. EMPRESA PÚBLICA DE CORREIOS E TELEGRÁFOS. PRIVILÉGIO DE ENTREGA DE CORRESPONDÊNCIAS. SERVIÇO POSTAL. CONTROVÉRSIA REFERENTE À LEI FEDERAL 6.538, DE 22 DE JUNHO DE 1978. ATO NORMATIVO QUE REGULA DIREITOS E OBRIGAÇÕES CONCERNENTES AO SERVIÇO POSTAL. PREVISÃO DE SANÇÕES NAS Página | 11 HIPÓTESES DE VIOLAÇÃO DO PRIVILÉGIO POSTAL. COMPATIBILIDADE COM O SISTEMA CONSTITUCIONAL VIGENTE. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AO DISPOSTO NOS ARTIGOS 1º, INCISO IV; 5º, INCISO XIII, 170, CAPUT, INCISO IV E PARÁGRAFO ÚNICO, E 173 DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA LIVRE CONCORRÊNCIA E LIVRE INICIATIVA. NÃO-CARACTERIZAÇÃO. ARGUIÇÃO JULGADA IMPROCEDENTE. INTERPRETAÇÃO CONFORME À CONSTITUIÇÃO CONFERIDA AO ARTIGO 42 DA LEI N. 6.538, QUE ESTABELECE SANÇÃO, SE CONFIGURADA A VIOLAÇÃO DO PRIVILÉGIO POSTAL DA UNIÃO. APLICAÇÃO ÀS ATIVIDADES POSTAIS DESCRITAS NO ARTIGO 9º, DA LEI. 1. O serviço postal --- conjunto de atividades que torna possível o envio de correspondência, ou objeto postal, de um remetente para endereço final e determinado --- não consubstancia atividade econômica em sentido estrito. Serviço postal é serviço público. 2. A atividade econômica em sentido amplo é gênero que compreende duas espécies, o serviço público e a atividade econômica em sentido estrito. Monopólio é de atividade econômica em sentido estrito, empreendida por agentes econômicos privados. A exclusividade da prestação dos serviços públicos é expressão de uma situação de privilégio. Monopólio e privilégio são distintos entre si; não se os deve confundir no âmbito da linguagem jurídica, qual ocorre no vocabulário vulgar. 3. A Constituição do Brasil confere à União, em caráter exclusivo, a exploração do serviço postal e o correio aéreo nacional [artigo 20, inciso X]. 4. O serviço postal é prestado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT, empresa pública, entidade da Administração Indireta da União, criada pelo decreto-lei n. 509, de 10 de março de 1.969. 5. É imprescindível distinguirmos o regime de privilégio, que diz com a prestação dos serviços públicos, do regime de monopólio sob o qual, algumas vezes, a exploração de atividade econômica em sentido estrito é empreendida pelo Estado. 6. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos deve atuar em regime de exclusividade na prestação dos serviços que lhe incumbem em situação de privilégio, o privilégio postal. 7. Os regimes jurídicos sob os quais em regra são prestados os serviços públicos importam em que essa atividade seja desenvolvida sob privilégio, inclusive, em regra, o da exclusividade. 8. Argüição de descumprimento de preceito fundamental julgada improcedente por maioria. O Tribunal deu interpretação conforme à Constituição ao artigo 42 da Lei n. 6.538 para restringir a sua aplicação às atividades postais descritas no artigo 9º desse ato normativo. Se a ECT tem os bens impenhoráveis, como é feita a garantia do cumprimento de suas dívidas, obrigações? Através do regime de precatório. Jose dos Santos C. filho não reconhece no conceito de bem público os bens de sociedade de economia mista, empresa pública. Com posicionamento minoritário, diz que só é bem público aquele pertencente à pessoa pública retirando o bem público de empresa pública e sociedade de economia mista. 2.3 CLASSIFICAÇÃO DE BEM PÚBLICO Vamos falar das 2 classificações mais importantes, que caem em concurso, pois há diversas classificações. As que vamos estudar é quanto a titularidade e quanto a destinação. 2.3.1 Quanto a Titularidade dos Bens Públicos Página | 12 2.3.1.1 Bens Federais (art. 20 CF) 2.3.1.2 Bens Estaduais (art. 26 CF) 2.3.1.3 Bens Distritais (art. 26 CF) 2.3.1.4 Bem Municipais Quais são os bens e a quem eles pertencem. A titularidade destes bens (a lista) esta na Constituição Federal. Desta lista o art. 20 CF é o que mais cai em concurso. Este artigo lista os bens da União. Os bens dos estados estão no art. 26 CF mas não não tem um rol taxativo. Os bens do município não têm rol na constituição, os municípios em tese não participam desta partilha constitucional de bens (encontra-se apenas alguns bens municipais espalhados na constituição). 2.3.2 Quanto a Destinação dos Bens Públicos 2.3.2.1 Bem de Uso Comum do Povo É aquele bem que esta a livre disposição da coletividade, disponível a utilização dopovo. Também é chamado de bem do domínio público. Estes bens trazem o uso indistinto. Para o seu uso normal não há descriminação (distinção), não precisa de qualquer autorização. Ex: ruas, praças, praias. Sempre que o bem for retirado do uso normal, precisa-se de autorização, porque se esta criando distinção será necessário autorização do poder público. Ex: fazer uma festa na praia precisa de autorização. Este bem é retirado do uso indistinto e destinado para os convidados. Ex: fazer quermesse na rua. Praça com Grades: existem algumas praças fechadas, em determinado horário “fecha” a praça. Isto é permitido, pois o uso é indistinto, mas o poder público pode regulamentar a sua utilização. O uso indistinto não significa a qualquer hora, de qualquer jeito. O pode público tem livre definição no que diz respeito ao horário que a praça é trancada, em nome da segurança pública, da proteção do patrimônio publico. Mas tem que ser uma regulamentação pelo interesse público, para restringir o uso do bem tem que ter uma justificação. Não existe praia particular (privada). A praia é pública, mas muitas vezes o acesso esta em propriedades privadas. Nestes casos o Estado tem que criar mecanismos para dar acesso. Existem instrumentos para que o Estado resolva este acesso. Ex: criar uma servidão de passagem, desapropriar uma faixa de terra para criar o acesso, etc. Página | 13 Ilha no Brasil é Pública: até a CF/88 era possível ilha privada. O máximo que podemos ter hoje, em nosso ordenamento é uma lha pública que o Estado concedeu ao particular uma utilização especial (de forma privativa), por algum motivo. Art. 5º, XVI CF – Garantia do Direito de Reunião. O ponto crítico é que o art. diz “independentemente de autorização” desde que não frustre outra reunião anterior, desse com prévio aviso a autoridade competente. Mas imagine-se a seguinte situação: reunião pacífica e sem armas na avenida paulista as 12 hs. Nesta situação, pela CF, somente deve- se verificar se não existe outra reunião neste horário e comunicar previamente a autoridade competente. Pode o poder público impedir que esta reunião aconteça? A partir do momento de que esta reunião vai comprometer o uso coletivo pode o poder público impedir que ela aconteça. O direito de reunião esta garantido na CF, mas ele não pode prejudicar a sociedade, o interesse público, no que diz respeito a utilização deste bem. O direito de reunião não pode retirar o bem do uso indistinto. Esta ideia decorre da ideia de que o poder público pode regulamentar a utilização do bem. O poder público, apesar de poder regulamentar o uso e impedir que a reunião aconteça, ele terá que indicar outro local (outra alternativa) para que a realização aconteça. E a jurisprudência complementa dizendo que tem que ser outro local e/ou outro horário que tenha a mesma visibilidade (repercussão). O objetivo é que a mudança de local não frustre (não comprometa) o direito de reunião. 2.3.2.2 Bem Especial Também é chamado de Bem do Patrimônio Administrativo. São os bens que o estado conserva para a busca dos seus objetivos, destinados para o cumprimento das suas obrigações (bem para exercer o poder de policia, por exemplo, para a prestação de serviços públicos em geral). Ex: escola pública, hospital públicos, prédios das repartições e secretarias, museus, teatros, navios e aeronaves públicas. Bens públicos de uso Especiais são todas as coisas móveis ou imóveis, corpóreas ou incorpóreas (ações, créditos) utilizadas pela administração Pública para a realização de suas atividades e a consecução de seus fins. Pode ser utilizado de forma individual. Ex: cada um vai utilizar a escola a sua maneira, cada um vai utilizar o hospital a sua maneira. Mas o sujeito para usar de forma individual tem que seguir as regras do local (de roupa, de entrada e saída, cemitério, etc). Cemitério e serviços funerários são disciplinados pelo município, por isso de uma cidade para outra encontra-se muita diferença na prestação do serviço e na utilização. O jazigo (cova) é utilizado através de feito uso especial (concedido pelo Estado), por isso que o particular usa de modo exclusivo a cova, que não pode ser violado, etc. O serviço funerário hoje é feita via concessão de serviço público. Página | 14 2.3.2.3 Bem Dominical É chamado de Bem do Patrimônio Disponível do Estado. Na verdade é definido por exclusão, pois é aquele que não tem destinação pública. Não esta amarrado a uma finalidade pública (não é bem especial nem bem ) Alguns autores dizem que Bens dominicais são aqueles bens que o poder público conserva como se fosse um particular. Isso não significa que pode ser alienado de forma livre. É patrimônio disponível porque não tem destinação pública, mas continua sendo bem público e esta sujeito a regime público (só não está afetado). Bem Dominical e Bem Dominial são sinônimos: Para a maioria dos autores são sinônimos, apenas Cretella Junior faz uma distinção entre dominical (destinação pública) e dominial (uso comum do povo). Mas esta distinção é minoritária. Exemplos de Bens Dominicais: Terreno baldio, imóvel sem utilização, terra devolutas, móveis inservíveis, dívida ativa. 2.4 REGIME JURÍDICO DE BEM PÚBLICO Atualmente no Brasil, o bem público é alienável de forma condicionada, pois não existe uma inalienabilidade absoluta, em algumas situações pode-se alienar. Então trata-se de alienabilidade condicionada ou inalienabilidade relativa. A doutrina clássica trata o regime jurídico de bem público com inalienabilidade. Os autores mais modernos preferem chamar de inalienabilidade na forma da lei (significa alienáveis de forma condicionada). A inalienabilidade é relativa, pois em algumas situações a alienação é possível. O bem público, se for de Uso Comum do Povo e Bem de Uso especial ele tem destinação pública, e portanto, em um primeiro momento ele são inalienáveis. Esta regra pode ser alterada, mas em um primeiro momento estão protegidos. Se o bem público é dominical, será alienável, porque bem dominical não tem destinação pública. Mas esta condição de não ter destinação pública pode mudar, pois se o bem público for afetado deixa de ser bem dominical. 2.4.1 Afetação e Desafetação de Bem Público Ex: Casa em que esta instalada a prefeitura. É um bem de uso especial. Como tem destinação pública ele esta afetado, e portanto, merece proteção, portanto é inalienável. Mas uma pessoa resolve doar um prédio para o município. O município recebeu esse imóvel e não lhe deu destinação ainda, portanto é um Bem dominical, sendo assim, neste momento, alienável, pois não tem destinação pública. Mas o prefeito decide mudar a prefeitura para Página | 15 este prédio que foi doado. Este bem então passa a ser um bem de uso especial, alienável. A destinação do bem transforma a condição em inalienabilidade. O prédio da antiga prefeitura esta desocupado agora, e, portanto passa a ser um bem dominical, e assim sendo é alienável porque não tem mais destinação pública. A afetação do bem público ocorre de que maneira? O simples uso do bem público é suficiente para afetar o bem e transformá-lo em bem inalienável? O que se faz para afetar um bem público? Como é possível a desafetação? Afetação: acontece quando o bem tem destinação pública. Quando o bem não tem destinação pública e ganha a destinação pública, este fenômeno se chama afetação. Afetação é dar destinação pública. Desafetação: acontece quando o bem público perde a destinação pública, ocorre a retirada da finalidade pública do bem. A desafetação retira a proteção do bem, pois o bem esta livre à alienação. Bem de Uso Comum do Povo ou de Uso Especial transformado em Bem Dominical – ocorre a Desafetação Bem Dominical transformado em Bem de Uso Comum do Povo ou deUso Especial - ocorre a Afetação. Bem de Uso Comum do Povo transformado em Bem de Uso Especial - para Celso Antonio esta mudança também é chamada de Afetação e Desafetação. Mas a maioria dos autores não tratam desta hipótese. Para a maioria dos autores diz que para a afetação do bem pode ocorrer por qualquer instrumento, dar destinação ao bem público pode ser feito de qualquer forma. Ex: afetação por lei, por ato administrativo ou pelo simples uso. Independentemente de qualquer ato formal a simples destinação do bem (uso desta nova finalidade) já afeta o bem. A afetação transforma o bem em inalienável, então a doutrina diz que para dar proteção ao bem não precisa-se de nada, porque se esta protegendo mais, por isso não precisa de cuidados especiais, ainda que não tenha ato formal. Mas a Desafetação retira a proteção do bem, então se exige mais rigor, existem exigências para esta hipótese. Neste caso ocorre divergência doutrinária. A maioria dos autores faz uma distinção: Bem de Uso Comum do Povo transformado em Bem Dominical (retira a proteção) – Hipótese mais rigorosa porque retira-se do povo para transformá-lo em alienável. Então necessita-se de lei para desafetar, ou no máximo um ato administrativo previamente autorizado pro lei. Página | 16 Bem de Uso Especial transformado em Bem Dominical (retira proteção) – hipótese menos rigorosa porque não se esta retirando do povo. Então a desafetação pode ocorrer por lei, por ato administrativo ou por um efeito excepcional (fato da natureza). Fato da natureza são situações de sinistro, que impedem o cumprimento da finalidade e não precisam nem da lei nem o ato formal para desafetar. Ex: escola em razão de enxurrada foi destruída, o prédio veio a baixo. Em razão de não poder cumprir a finalidade este bem será desafetado. Ex: Hospital que pegou fogo. O simples uso afeta o bem público. Mas o simples não uso não desafeta o bem público. Ex: mudança do prédio da prefeitura. Fica-se com os 2 bens protegidos se não houver ato formal para desafetar o prédio da antiga sede da prefeitura. A Afetação e Desafetação são tratadas por alguns autores com a nomenclatura Consagração e Desconsagração. 2.4.2 Condições para Alienação do Bem Público Estando desafetado o bem público é passível de alienação, mas existem condições. A primeira condição é o bem público perder a destinação (desafetação). A alienação de bem público esta prevista no art. 17 da lei nº 8.666/92. Este artigo trás as condições para a alienação e trás também uma lista de hipótese em que a licitação é dispensada, em que não é preciso licitar (contrata-se diretamente). 8OBS: Se o bem chega por dação em pagamento à união, se a união for vender deverá fazê-lo por concorrência (ou leilão) mas se o bem já é da união e ele vai vender o bem por dação em pagamento, a licitação será dispensada. Licitação dispensada são situações em que a competição é possível (viável), mas o legislador libera. Existe Licitação Dispensada (a competição é possível, o legislador libera e se o administrador quiser licitar não terá liberdade para fazê-lo) e a Licitação Dispensável (a competição é possível, o legislador libera e se o administrador quiser licitar ele tem liberdade para fazê-lo – art. 24). 1ADI nº 927 – Competência para legislar sobre licitação esta no art. 22 CF (compete a união legislar sobre normas gerais sobre licitação e contratos em âmbito geral). O STF entendeu que em alguns princípios é mais que norma geral, é norma específica.) verificar isto no tópico competência legislativa no Intensivo I. 2.4.2.1 Requisitos para Alienação de Imóvel Autorização Legislativa: exigência somente se o imóvel pertence a pessoa jurídica de direito público. Página | 17 Declaração de Interesse Público: estado tem que demonstrar que representa interesse público a alienação deste bem; Avaliação Prévia; Licitação: a modalidade é a concorrência porque trata-se de bem imóvel. Mas excepcionalmente pode-se utilizar leilão, nas hipóteses do art. 19 da lei 8.666/90 (imóvel decorrente de decisão judicial ou decorrente de dação em pagamento). � Exceção: o art. 17 traz hipóteses em que a licitação de bem imóvel estará dispensada (e não dispensável). O rol do art. 17 é taxativo. Exemplos de licitação dispensada: Doação, permuta (troca), dação em pagamento. 2.4.2.2 Requisitos para Alienação de Móvel Declaração de Interesse Público; Avaliação Prévia Licitação: Se os bens móveis forem inservíveis, apreendidos ou empenhados (penhorados) a modalidade é o Leilão. Outros bens móveis até R$ 650.000,00 também se utiliza leilão. Bens móveis com valor acima de R$ 650.000,00 se utiliza a modalidade concorrência. � Exceção: O próprio art. 17 também trás hipóteses em que a licitação estará dispensada para bens móveis. yNão respeitar estes requisitos para a alienação do bem público importa em improbidade administrativa. Cai muito em concurso o assunto “bens públicos” atrelado ao assunto “Improbidade”. 2.4.2.3 Penhora de Bens Públicos 1º Regra: Bens Públicos são Impenhoráveis Se bem público fosse objeto de penhora, e a dívida não fosse paga, seria alienado em hasta pública e o crédito seria utilizado para saldar a dívida. Mas o juiz não poderia, ao final do processo, alienar o bem público de forma livre. Por isso os bens públicos não são penhoráveis. Página | 18 Essa impenhorabilidade dos bens públicos é uma conseqüência (desdobramento) da alienabilidade condicionada, pois se não se pode alienar o bem público de qualquer maneira nem tem como o bem público ser penhorado. 2º Regra: Bem Público não pode ser Objeto de Arresto e Sequestro O bem público, além de estar protegido da penhora, também esta protegido das cautelares de arresto e sequetro. Penhora: restrição judicial para garantia do pagamento do débito em ação de execução. Arresto e Seqüestro: são cautelares típicas (ações determinadas – arresto protege bens indeterminados e seqüestro protege bem determinados). Muitas vezes são utilizados com o objetivo de proteger uma futura penhora. Utilizados para impedir a dilapidação do patrimônio do devedor para garantir a futura execução. O que foi objeto de arresto ou seqüestro vai ser convertido em penhora depois, mas se não se pode penhorar bem público, não adiantaria realizar arresto ou seqüestro com a finalidade de garantir o patrimônio para a execução. A garantia de que o poder público vai cumprir sua obrigação é o Regime de Precatório. Este regime de precatório vem como substituição à penhora para garantia de cumprimento de obrigações por parte do Estado. O Regime de Precatório esta previsto no art. 100 CF, que foi alterado pela E.C. nº 62/2009. Este art. 100 CF foi regulamentado pela Resolução nº 115 do CNJ (porque quem manda pagar os precatórios é o presidente do tribunal). 3º Regra: Não é possível oneração de Bem Público Oneração é direito real de garantia. Bem público não pode ser objeto de garantia real (penhor, hipoteca e anticrese). Estes institutos estão previstos no art. 1.419 CC. A ideia destes institutos é que a garantia dada fora do juízo seja convertida em penhora em ação de execução. Mas se o bem público não pode ser objeto de penhora, de nada adianta constituir estas garantia. A impossibilidade de oneração vem da impenhorabilidade dos bens públicos. Penhor: bens móveis (trata-se de bem empenhado e não penhorado que é o bem com restrição judicial, ou seja, penhora) Hipoteca: bens imóveis Anticrese: ocorre quando se dá ao credor a exploração do bem e o produto desta exploração serve para pagamento da dívida (saldar o débito). Página | 19 4º regra: Bem Público é Imprescritível – não pode ser objeto de UsucapiãoBem público não pode ser objeto de Prescrição Aquisitiva, ou seja, bem público não pode ser usucapido. O estado não sofre usucapião, mas pode praticar usucapião, pois pode usucapir patrimônio do particular. 2.4.3 Formas de Aquisição de Bens pelo Estado Como o estado pode adquirir bem? Quais sãos os institutos? O poder público pode adquirir bens de diversas maneiras. Contratos Comuns: como compra e venda, doação, permuta. Dação em Pagamento: instituto que significa pagar de outra maneira que não a estipulada inicialmente. Usucapião: o estado pode adquirir bens do particular via usucapião. Desapropriação: O poder público pode adquirir bens através da desapropriação, ou aquisição originária de bens. Acessão Natural: leito do rio abandonado ou auvél abandonado (rio seca ou há mudança de seu curso), aluvião (pequenas quantidades de terras imperceptíveis que descem dos imóveis superiores através das águas e se fixam nos imóveis inferiores. Não indeniza nem nada) e avulsão (bloco de terra se desprende do imóvel superior e se fixa no imóvel inferior. Ou devolve ou indeniza). Bens de Direito Hereditário: testamento (atestar deixando para o estado) ou herança Jacente (não há herdeiro, o estado acaba levando tudo). Instrumentos da Execução: Arrematação em hasta pública (estado adquiri em hasta) ou Adjudicação (estado credor fica com o bem). Aquisição de Bens pela Lei do Parcelamento do Solo Urbano: constituição de loteamentos. As áreas publicas dos loteamentos é registrada para o poder público. Aquisição de Bens através de Pena de Perdimento de Bens: encontra-se no art. 91 CP e na lei 8.429/92 (lei de improbidade). Abandono de Bens: sujeito abandona o bem na rua com animus de abandonar– art 1275 CC. Página | 20 Este rol é meramente exemplificativo. Página | 21 quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011 2.5 GESTÃO DE BENS PÚBLICOS Utilização dos bens públicos de uma forma diferenciada. Existem 2 formas de observar o tema gestão de bens públicos, no que diz respeito a sua finalidade (fins, objetivos) natural: • Utilização de Forma Normal (ex: usar a rua com rua) • Utilização de Forma Anormal (ex: usar a rua para fazer uma festa). Quando se utiliza o patrimônio de forma normal não precisa de consentimento do estado. Mas se fugirmos do padrão normal, utilizando o bem público de forma anormal, precisa de consentimento do estado. 2.5.1 Generalidade Os bens de uso comum e de uso especial estão para o uso do povo, seja de fora indistinta (bem de uso comum do povo), seja de forma regulamentada (bens de uso especial). Pensando na generalidade do uso de um bem, podemos dividir em 3 classificações: 2.5.1.1 Utilização Comum O bem esta a disposição da sociedade, esta disponível, de forma gratuita. Não existe qualquer gravame ou condição na utilização deste bem. Este bem esta para a generalidade Geral. Ex: tomar sol na praia, caminhar na rua. Ex do Museu em que a visitação é gratuita (todos podem visitar) 2.5.1.2 Utilização Especial Bem sai da generalidade e passa para a utilização especial. Vamos encontrar 2 condições diferentes: 2.5.1.2.1 Utilização Remunerada A partir do momento que se cobra não esta disponível para a generalidade, só para quem pagar. Sai do uso comum e ganha uma utilização especial, porque é condicionada ao pagamento (só usa quem paga). Ex: Museu em que a visitação é cobrada, teatro, estacionamento do veículo (faixa azul). Pedágio (tarifa inerente a um contrato de concessão de serviço). Página | 22 Então o Estado pode instituir uma remuneração pela utilização de seus bens, com uma justificativa (finalidade), como a manutenção, preservação 2.5.1.2.2 Utilização Privativa Retiramos do uso geral (generalidade) e damos uma utilização privativa. Apesar de o bem ser público, ocorre uma utilização especial privativa (o particular utiliza o patrimônio como se fosse dele). Necessita-se de autorização estatal para isso. Ex: festa na praia. Para falar de Utilização Privativa, os 3 institutos mais utilizados pelo direito administrativo são: Ð Autorização de Uso de Bem PúblicoAutorização de Uso de Bem Público: Utilizada para eventos ocasionais, temporários. É um ato unilateral (administração concede sozinha), ato discricionário (concedido de acordo com a conveniência e oportunidade do interesse público). É uma decisão (ato) precária (estado pode desfazer a qualquer tempo e não há dever de indenizar). É realizada no interesse privado (mas não pode prejudicar o interesse público). Ex: micareta. Ð Permissão de Uso de Bem PúblicoPermissão de Uso de Bem Público: Acontece no interesse público mais interesse privado (particular). Utilizada para situações mais permanentes. Não é ocasional (só no fim de semana), mas por outro lado pode ser desfeita com facilidade. Permissão de uso é ato unilateral.1 Ex: permissão para bares de colocar mesas e cadeiras na calçada. Todo dia esta situação se repete, mas esta permissão pode ser desconstituída a qualquer momento. Ex: banca de revista na calçada também e faz via permissão de uso de bem público. Ð Concessão de UsoConcessão de Uso: utilizada para situações mais definitivas, mais seguras. É realizada no interesse público. É usada para situações mais permanentes e com mais investimentos (porque ninguém coloca seu dinheiro em m ato precário). É constituída por contrato administrativo (tem prazo determinado o contrato, se a administração desfazer terá que indenizar, dependerá de licitação). Ex: bancas de artesanato, restaurante em repartição, em hospital público, em universidade pública. Ex: Barraca de praia pode ser concessão de uso, mas pode ser permissão também (vai depender da escolha, da necessidade do estado, tem que verificar o nível de permanência, verificar se a situação é simples ou não). OBS: É possível que o estado dê a utilização privativa ao particular também através de instrumentos (institutos) próprios do direito privado (contrato de locação, arrendamento, direito real de uso). 1 Não confundir: Permissão de serviço é contrato, já permissão de bem público é ato unilateral. Página | 23 2.5.1.3 Utilização Compartilhada de Bens Ganhou força no Brasil com a utilização da concessão. Ocorre quando tanto o estado quanto o particular ao utilizar ao mesmo tempo o bem. Ex: telefone público (orelhão) é utilizado pelo estado e pela concessionária de serviço (particular). Isso não compromete o uso pela generalidade. 2.6 BENS PERTENCENTES A UNIÃO Vamos analisar os bens do patrimônio administrativo (bens públicos) que pertencem a união, conforme o art. 20 CF Art. 20. São bens da União: I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005) V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; VI - o mar territorial;VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII - os potenciais de energia hidráulica; IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. Inciso II - Terra Devoluta: Surgiu este conceito a partir do fim do regime das capitanias hereditárias, quando as terras que pertenciam por hereditariedade a certas pessoas foram abandonadas e os particulares tomaram para si estas terras que estavam sem dono. Trata- se de terra sem dono, aquela que não foi apropriada pelo particular e, portanto, passou a ser do Estado. É uma terra que não esta demarcada, discriminada. A partir do momento em que é constituído registro discriminando a terra, demarco, ela deixa e ser uma terra devoluta e passa a ser uma terra pública normal. A regra de terra devoluta é ser bem dos estados (art. 26 CF). Somente serão da união excepcionalmente (somente as que estão na lista do art. 20, II CF). Alguns estados do Brasil permitiram que as universidades públicas, através de convenio, fossem utilizadas. Página | 24 Inciso III - Se a corrente de água banha mais de um Estado também vai ser da união. A ideia é evitar conflitos entre os estados. Se a água servir de limite com outros países vai ser da união, porque fronteira é segurança nacional. Se o rio vem de outro país, há risco de invasão, ataque ao país por água, portanto também é questão de segurança nacional. Terreno Marginal – faixa de terra que esta a margem destes rios específicos. Praia Fluvial: praia de rio. PS: tudo que tem a ver com segurança nacional é da União. Inciso IV – Ilha Costeira (perto) e Ilha Oceânica (longe). Município sediado em uma ilha esta área não será da União (Florianópolis) exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental. Inciso V, VI e VII – Mar Territorial: saímos do continente e vamos para o mar, a faixa das primeiras 12 milhas é chamada mar territorial. Nesta faixa o Brasil exerce seu domínio (exerce soberania). O Brasil que decide toda a utilização deste bem e o que estiver nele (recurso natural, controle, passagem). Ex.: se um navio passar por essa faixa o Brasil poderá exercer o poder de polícia Zona Contígua: Passado o mar territorial vãos encontrar a chamada zona contigua (que vai das 12 milhas até 24 milhas em direção ao auto-mar. Nesta zona o Brasil não tem o domínio como tem no mar territorial, mas ainda exerce o poder de policia. Ex: controla a passagem de navios estrangeiros, a exploração de petróleo. Zona Econômica Exclusiva: sai do mar territorial e vai até 200 milhas em alto mar. Esta zona abarca a zona contígua. Os recursos naturais da zona econômica serão da união, mas não é faixa da União. Auto-mar: é depois da zona econômica exclusiva, a partir de 200 milhas temos, é terra de ninguém (res nulius). A utilização dessa faixa dependerá de acordos internacionais. Plataforma Continental: é o que esta abaixo da água e vai até as 200 milhas. Em direção contrária, vindo do mar em direção ao continente, a primeira faixa de terra é chamado de Terreno de Marinha. São bens da União que se estende do continente até o fim da zona econômica exclusiva. Página | 25 Terreno de Marinha Foi demarcado em 1850. Corresponde a 33 metros a contar da preamar média para o continente. Preamar média é a média da maré alta. Isto foi calculado em 1850. Mas de lá para cá a água oscilou e variou seu curso, avançou ou recuou. Se a água avançar o terreno de marinha desaparece (tem regiões em que não tem mais terreno de marinha porque a água avançou). Mas em alguma regiões a água recuou e houve um aumento do terreno de marinha. Esta faixa que aumentou o terreno de marinha é chamado de Acrescido de Marinha. Normalmente os particulares utilizam as áreas de terreno de marinha através do instituto da Enfiteuse. Com o CC/2002 a enfiteuse não existe mais, mas as que já existem continuam existindo. O estado (união) é o senhorio direto que concede ao particular a utilização da área como enfiteuta, pagando à união a taxa do foro anual. § 1º - É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. § 2º - A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. Parágrafo 2º - Faixa de fronteira corresponde a 150 km ao longo das fronteiras terrestres. Faixa de fronteira não é da união, é de quem a pertence. O que a União faz é disciplinar a ocupação e utilização. Ex: pode requisitar para segurança nacional. 12 até 200 milhas: Zona Econômica Exclusiva 12 a 24 milhas: Zona Contígua (Poder de Polícia) ‐>12 Milhas: Mar territorial (Domínio) Continente Página | 26 3 INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE Página | 27 Dentro deste tema, a Desapropriação é o que mais cai em Concurso! Vamos estudar a desapropriação e as demais modalidades de intervenção na parte material (quem indeniza, quando indeniza). A parte processual será vista em processo civil na parte de ações especiais. A CF garante o direito de propriedade. Mas há uma situação em que excepcionalmente vai interferir neste direito. A intervenção na propriedade é uma exceção, a regra é o estado não interferir no direito de propriedade. Se é uma exceção, não pode ocorrer sempre, tem que ser muito bem fundamentada, justificada. 3.1 CONCEITOS Direito de Propriedade esta garantindo na CF nos arts. 22 e 23 CF Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; DIREITO DE PROPRIEDADE: Trata-se do direito de usar, gozar, usufruir, dispor e reaver o bem com quem quer que ele esteja. Estes poderes são exercidos em seu caráter absoluto, exclusivo e perpétuo. Caráter Absoluto: liberdade que o proprietário exerce sobre seu bem. Liberdade de exercer o direito. Caráter Exclusivo: O proprietário tem o uso exclusivo daquele bem. O proprietário tem o direito de usar só este bem. Caráter Perpétuo: A propriedade vai pertencer ao proprietário enquanto esta for a sua vontade. INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE: A intervenção da propriedade nada mais é do que uma intervenção nestas características do direito de propriedade: ora vai atingir o caráter absoluto, ora vai atingir o caráter exclusivo, ora vai atingir o caráter perpétuo. O estado vai restringir partes do direito de propriedade, mas não vai retirar este direito. Trata-se da chamada Intervenção Restritiva: retira-se alguns elementos, mas o proprietário continua sendo dono da propriedade. Todas as modalidade de intervenção na propriedade, exceto a desapropriação, tratam-se de intervenção restritiva. Página | 28 A única hipótese em que o dono deixa de ser dono é na modalidade Desapropriação. É a chamada Intervenção Supressiva. A maioria dos autores modernos dizem que a intervenção na propriedade representa exercício do poder de polícia (restringir, limitar, frenar a atuação
Compartilhar