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Direito Processual Civil Aula Data Tema Professor Obs.: 01 26 07 10 Introdução Fredie Didier Jr. 02 06 08 10 Princ. Constitucionais do Proc. Civil Fredie Didier Jr. 03 09 08 10 Princ. Constitucionais e Preclusão Fredie Didier Jr. 04 16 08 10 Jurisdição I ‘’ 05 23 08 10 Competência I ‘’ 06 03 09 10 Competência II ‘’ 07 19 09 10 Competência III ‘’ Aula Internet 08 20 09 10 Teoria da Ação I ‘’ 09 1º 10 10 Teoria da Ação II ‘’ 10 04 10 10 Pressupostos Processuais I ‘’ 11 18 10 10 Pressupostos Processuais II ‘’ 12 25 10 10 Litisconsórcio I ‘’ 13 29 10 10 Intervenção de Terceiros I ‘’ 14 01 11 10 Intervenção de Terceiros II ‘’ 15 08 11 10 Intervenção de Terceiros III e Petição Inicial I ‘’ 16 22 11 10 Petição Inicial II e Resposta do réu I ‘’ 17 29 11 10 Resposta do Réu II, Providências preliminares e julgamento conforme o estado do processo I ‘’ 18 08 12 10 Providências preliminares e julgamento conforme o estado do processo II e Teoria das Provas I ‘’ 19 13 12 10 Teoria da Prova II e Decisão Judicial I ‘’ 20 16 12 10 Decisão Judicial II e Coisa Julgada I ‘’ 21 16 01 11 Antecipação de tutela ‘’ Aula Internet 22 23 DIREITO PROCESSUAL CIVIL ........................................................................................................................ 1 SUMÁRIO ............................................................................................................................................................. 2 1 INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................................ 8 2 INTRODUÇÃO AO PROCESSO CIVIL CONTEMPORÂNEO .............................................................. 8 2.1 Os três vetores para compreender o Processo Civil atualmente ........................................................................ 8 3 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO CIVIL ............................................................... 14 3.1 Princípio do Devido Processo Legal ................................................................................................................. 14 3.2 Princípios Explícitos ........................................................................................................................................ 17 3.2.1 Princípio do Contraditório: .................................................................................................................................... 17 3.2.2 Princípio da Publicidade ........................................................................................................................................ 18 3.2.3 Princípio da Duração Razoável do Processo .......................................................................................................... 18 3.3 Princípios Processuais Constitucionais Implícitos ............................................................................................ 18 3.3.1 Princípio da Efetividade ......................................................................................................................................... 19 3.3.2 Princípio da Boa‐fé Processual .............................................................................................................................. 19 3.3.3 Princípio da Adequação do Processo .................................................................................................................... 20 4 PRECLUSÃO ............................................................................................................................................. 21 4.1 Preclusão Temporal ........................................................................................................................................ 21 4.2 Preclusão Lógica ............................................................................................................................................. 21 4.3 Preclusão Consumativa ................................................................................................................................... 21 4.4 Preclusão Sanção/Ilícito ................................................................................................................................. 21 4.5 Preclusão e Questões de Ordem Pública ......................................................................................................... 21 5 JURISDIÇÃO ............................................................................................................................................. 23 5.1 Conceito de Jurisdição .................................................................................................................................... 23 5.2 Equivalentes Jurisdicionais ............................................................................................................................. 24 5.2.1 Autotutela ............................................................................................................................................................. 25 5.2.2 Autocomposição ................................................................................................................................................... 25 5.2.3 Mediação ............................................................................................................................................................... 25 5.2.4 Solução de conflito por Tribunal Administrativo ................................................................................................... 26 5.3 Arbitragem ..................................................................................................................................................... 26 5.3.1 Convenção de arbitragem ..................................................................................................................................... 27 5.4 Princípios da Jurisdição ................................................................................................................................... 27 5.4.1 Princípio da Investidura ......................................................................................................................................... 27 5.4.2 Princípio da Inevitabilidade da Jurisdição ............................................................................................................. 27 5.4.3 Princípio da Indelegabilidade da Jurisdição .......................................................................................................... 27 Sumário 5.4.4 Princípio da Territorialidade .................................................................................................................................. 29 5.4.5 Princípio da Inafastabilidade ................................................................................................................................. 29 5.4.5.1 Revisão do mérito do ato administrativo discricionário ............................................................................... 29 5.4.5.2 Esgotamento da vai administrativa .............................................................................................................. 29 5.4.6 Princípio do Juiz Natural ........................................................................................................................................ 30 5.5 Jurisdição Voluntária ...................................................................................................................................... 30 6.2.2 Princípio da Tipicidade da Competência............................................................................................................... 32 . 6.2.4 Regra da Kompetenzkompetenz ........................................................................................................................... 32 6.3 Distribuição da Competência .......................................................................................................................... 32 6. ix 6. l 6.5.1 Competência Originária e Derivada ...................................................................................................................... 34 5.2 6. r 6.6.1 Competência Objetiva ........................................................................................................................................... 36 6.6.2 . 6.7.1 Competência dos Juízes Federais .......................................................................................................................... 41 6. 6.7.1. 6. 6.7.1. 7.2 7.3 6.8 Conexão e Continência ................................................................................................................................... 45 9 7 TEORIA DA AÇÃO .................................................................................................................................. 48 7. c 5.5.1 Características gerais ............................................................................................................................................. 31 5.5.2 Natureza da Jurisdição Voluntária ........................................................................................................................ 31 6 COMPETÊNCIA........................................................................................................................................ 32 6.1 Conceito ......................................................................................................................................................... 32 6.2 Princípios da Competência .............................................................................................................................. 32 6.2.1 Princípio do Juiz Natural ........................................................................................................................................ 32 6 2.3 Princípio da Indisponibilidade da Competência .................................................................................................... 32 4 F ação ou Determinação da Competência ...................................................................................................... 34 5 C assificação da Competência ......................................................................................................................... 34 6. Competência Absoluta e Relativa ......................................................................................................................... 34 6.5.3 Forum Shopping e Forum Non Conveniens ........................................................................................................... 35 6 C itérios de distribuição da competência ........................................................................................................ 36 Competência Funcional ......................................................................................................................................... 37 6 6.3 Competência Territorial ........................................................................................................................................ 37 6.7 Competência da Justiça Federal ...................................................................................................................... 38 7.1.1 Em razão da Pessoa (art. 109, I, II e VII da CF) .............................................................................................. 41 2 Competência Funcional ................................................................................................................................ 42 7.1.3 Competência em razão da matéria .............................................................................................................. 42 4 Competência em razão da matéria .............................................................................................................. 43 6. Juiz Estadual investido de Jurisdição Estadual ...................................................................................................... 43 6. Competência do Tribunal Regional Federal .......................................................................................................... 44 6. Conflito de competência ................................................................................................................................. 46 1 A epções da palavra ação ............................................................................................................................... 48 7.1.1 Acepção constitucional ......................................................................................................................................... 48 7.1.2 Acepção material .................................................................................................................................................. 48 7.1.3 Acepção processual ............................................................................................................................................... 48 7.2 Demanda e a relação jurídica discutida em juízo ............................................................................................. 48 7.3 Elementos da ação ......................................................................................................................................... 49 7. Parte ...................................................................................................................................................................... 49 3.1 7.3.2 Pedido ................................................................................................................................................................... 49 7.3.3 Causa de pedir ....................................................................................................................................................... 49 7. l 7. o 7. 7.4.6 Ação dúplice .......................................................................................................................................................... 52 4.7 7 7 . 5.2 5.3 7.5.3. 7. o 7.6.2. 7. P 8. r 8.1.2 Órgão investido de jurisdição ................................................................................................................................ 62 1.3 8. r 8.2.1.1 Intrínsecos .................................................................................................................................................... 65 8. 9 9.1 itiscon 2.1 9.2.2 Litisconsórcio Simples ........................................................................................................................................... 70 9.2.3 Regime de Tratamento dos litisconsortes ............................................................................................................. 71 9.3 Litisconsórcio Necessário e Litisconsórcio Facultativo ..................................................................................... 72 9. n 9. n 10 n 4 C assificação das ações ................................................................................................................................... 51 7.4.1 Ações reais e ações pessoais .................................................................................................................................51 7.4.2 Quanto ao objeto do pedido ................................................................................................................................. 51 4.3 Açã reipersecutória ............................................................................................................................................. 51 4.4 Distinção entre ação de conhecimento, cautelar e de execução .......................................................................... 51 7.4.5 Ação necessária ..................................................................................................................................................... 51 7. Ações de Conhecimento........................................................................................................................................ 53 7.4. .1 Direitos a uma prestação .............................................................................................................................. 53 7.4. .2 Direitos Potestativos .................................................................................................................................... 55 7.5 Teorias sobre o direito de ação ....................................................................................................................... 58 7 5.1 Teoria Concretista ................................................................................................................................................. 58 7. Teoria Abstrata ...................................................................................................................................................... 58 7. Teoria Eclética ....................................................................................................................................................... 58 1 Críticas à teoria eclética de Liebman ............................................................................................................ 58 7. Teoria da Asserção ................................................................................................................................................ 59 5.4 6 C ndições da ação .......................................................................................................................................... 59 7.6.1 Possibilidade Jurídica do Pedido ........................................................................................................................... 59 7.6.2 Legitimidade ad causam ....................................................................................................................................... 60 1 Legitimidade Exclusiva e Concorrente .......................................................................................................... 60 6.2.2 Legitimação Ordinária e Extraordinária ........................................................................................................ 60 7.6.3 Interesse de agir .................................................................................................................................................... 61 8 RESSUPOSTOS PROCESSUAIS ......................................................................................................... 62 1 P essupostos de existência ............................................................................................................................. 62 8.1.1 Demanda ............................................................................................................................................................... 62 8. Capacidade de ser parte ........................................................................................................................................ 62 2 P essupostos de validade ............................................................................................................................... 64 8.2.1 Objetivos ............................................................................................................................................................... 65 2.1.2 Extrínsecos .................................................................................................................................................... 65 8.2.2 Subjetivos .............................................................................................................................................................. 65 8.2.2.1 Do Juiz ........................................................................................................................................................... 65 8.2.2.2 Das Partes ..................................................................................................................................................... 66 LITISCONSÓRCIO ................................................................................................................................... 68 L sórcio Inicial e Ulterior ........................................................................................................................ 69 9.2 Litisconsórcio Unitário e Litisconsórcio Simples ou Comum ............................................................................. 70 9. Litisconsórcio Unitário ........................................................................................................................................... 70 4 I tervenção “Iussu Iudicis” ............................................................................................................................. 74 5 I tervenção litisconsorcial voluntária ............................................................................................................. 75 10 INTERVENÇÃO DE TERCEIROS ..................................................................................................... 76 .1 I trodução ..................................................................................................................................................... 76 10.1.1 Fundamento da Intervenção ............................................................................................................................ 76 10.1.2 Efeitos da Intervenção de Terceiros no processo ............................................................................................. 76 10.1.4 Admissão de intervenção .................................................................................................................................. 77 10 s 10 n 10 p 10 l 10.6 e 10.6.1 Chamamento ao processo ................................................................................................................................ 82 .6. . . . 10.6.3.5 Obrigatoriedade da denunciação da lide ..................................................................................................... 88 10 11 11 11.2 Requisitos da petição inicial ............................................................................................................................ 91 1 11.2.2 Assinatura de quem tenha capacidade postulatória ........................................................................................ 91 .2. 11.2.7 Requerimento de citação .................................................................................................................................. 92 .2. 11 At . 11.3 da .4 11.5 Aditamento da petição inicial ......................................................................................................................... 94 11.6 Redução da petição inicial .............................................................................................................................. 94 11 . 11.8.1 Requisitos do pedido ........................................................................................................................................98 11 11.8.1.2 Determinado/líquido .................................................................................................................................... 99 11 11.8.2 Cumulação de pedidos ...................................................................................................................................... 99 11 11. 11.8.2.3 Cumulação própria ou imprópria ................................................................................................................. 99 11.8.2.4 Requisitos para cumulação de pedidos ...................................................................................................... 100 10.1.3 Controle pelo magistrado ................................................................................................................................. 76 .2 A sistência ..................................................................................................................................................... 77 .3 I tervenções especiais dos Entes Públicos ...................................................................................................... 79 .4 O osição ........................................................................................................................................................ 79 .5 A ienação da coisa litigiosa ............................................................................................................................. 81 Interv nções de terceiro provocadas .............................................................................................................. 82 10 2 Nomeação à autoria.......................................................................................................................................... 84 10.6.3 Denunciação da lide .......................................................................................................................................... 85 10.6 3.1 Considerações Gerais ................................................................................................................................... 85 10.6 3.2 Generalidades ............................................................................................................................................... 85 10.6.3.3 Situação Processual do denunciado ............................................................................................................. 86 10.6 3.4 Distinção entre denunciação da lide e chamamento à autoria .................................................................... 88 .6.3.6 Denunciações Sucessivas .............................................................................................................................. 89 PETIÇÃO INICIAL ............................................................................................................................... 91 .1 P tição inicial e demanda ............................................................................................................................... 91 e 1 .2.1 Forma ................................................................................................................................................................ 91 11 3 Endereçamento................................................................................................................................................. 91 11.2.4 Qualificação das partes ..................................................................................................................................... 92 11.2.5 Causa de pedir .................................................................................................................................................. 92 11.2.6 Pedido ............................................................................................................................................................... 92 11 8 Requerimento de produção de provas ............................................................................................................. 92 11.2.9 Documentos indispensáveis à propositura da ação ......................................................................................... 92 .2.10 ribuição de valor à causa ............................................................................................................................... 93 11.2.10.1 Valor da causa legal .................................................................................................................................. 93 11.2 10.2 Arbitramento pelo autor .......................................................................................................................... 93 Emen da petição inicial ............................................................................................................................... 94 11 Alteração da petição inicial ............................................................................................................................. 94 .7 Indeferimento da petição inicial ..................................................................................................................... 94 11.7.1 Exame do mérito ............................................................................................................................................... 95 11.7 1.1 Improcedência prima facie ........................................................................................................................... 97 11.8 Pedido ............................................................................................................................................................ 98 .8.1.1 Certo ............................................................................................................................................................. 98 .8.1.3 Clareza e Coerência ...................................................................................................................................... 99 .8.2.1 Cumulação homogênea e heterogênea ....................................................................................................... 99 8.2.2 Cumulação inicial e ulterior .......................................................................................................................... 99 12 1.1 12.1.1.2 Defesas de objeção e defesas de exceções ................................................................................................ 102 2 12.1.1.4 Defesas diretas e defesas indiretas ............................................................................................................ 102 1. 12.1.3 Ônus da impugnação especificada.................................................................................................................. 103 12.2 Revelia ......................................................................................................................................................... 104 2. 12.2.2 Efeitos da revelia ............................................................................................................................................. 104 2. 12 12 12.4 12 12 12 108 13.1 Providências preliminares............................................................................................................................. 108 1. 1.1 1.2 13 1.1 1.2 1.3 13 13 2.6 2. 14 TEORIA DA PROVA ......................................................................................................................... 114 14.1 Acepções da palavra prova ........................................................................................................................... 114 1. 14.1.2 Prova como meio de prova .............................................................................................................................114 1. 14.2 14.4 14.5 a 14.6 Indícios e presunções ................................................................................................................................... 117 12 RESPOSTA DO RÉU .......................................................................................................................... 101 .1 Contestação ................................................................................................................................................. 101 12.1.1 Classificação das defesas ................................................................................................................................ 101 12.1. Defesas de mérito e defesas de admissibilidade ........................................................................................ 101 1 .1.1.3 Defesas peremptórias e defesas dilatórias ................................................................................................. 102 12. 2 Regras estruturantes da contestação ............................................................................................................. 103 12. 1 Conceito .......................................................................................................................................................... 104 12. 3 Regras de proteção do réu revel ..................................................................................................................... 104 .3 Exceções Instrumentais ................................................................................................................................ 105 12.3.1 Exceção instrumental de incompetência relativa ........................................................................................... 105 .3.2 Exceção instrumental de impedimento e suspeição ...................................................................................... 105 Reconvenção ................................................................................................................................................ 106 .4.1 Distinção entre reconvenção e pedido contraposto....................................................................................... 107 .4.2 Reconvenção que amplia subjetivamente a causa ......................................................................................... 107 .4.3 Interesse de agir na reconvenção ................................................................................................................... 107 13 PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES E JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESO 13. 1 Ação declaratória incidental ........................................................................................................................... 109 13.1. Questão Preliminar ..................................................................................................................................... 109 13.1. Questão Prejudicial .................................................................................................................................... 109 .2 Julgamento conforme o estado do processo ................................................................................................. 110 13.2.1 Poderá extinguir o processo sem exame do mérito (art. 267). ...................................................................... 110 13.2. Quando o autor desistir da ação (inciso VIII) .............................................................................................. 111 13.2. Processo parado por mais de 1 ano por negligência das partes (inciso II) ................................................. 112 13.2. Abandono do processo pelo autor (inciso III) ............................................................................................. 112 13.2.2 Extinção do processo com exame do mérito por prescrição e decadência (art. 269, IV) ............................... 112 13.2.3 Extinção do processo com exame do mérito pela homologação da auto composição .................................. 112 .2.4 Julgamento antecipado da lide ....................................................................................................................... 113 .2.5 Marcar audiência preliminar........................................................................................................................... 113 13. Não é possível marcar a audiência preliminar ................................................................................................ 113 13. 7 Decisão parcial ................................................................................................................................................ 114 14. 1 Prova como fonte de prova ............................................................................................................................ 114 14. 3 Prova como convencimento (resultado) ......................................................................................................... 114 Prova e contraditório .................................................................................................................................... 114 14.3 Poder instrutório do juiz ............................................................................................................................... 115 Objeto da prova ........................................................................................................................................... 116 Sistem s de valoração da prova .................................................................................................................... 117 14 us 15 15.1 15.1.1 Relatório ......................................................................................................................................................... 120 .1. 15.1.2.1 Efeito mínimo: persuasivo .......................................................................................................................... 121 5 2.3 15 15.2 15 15.3.2 Efeito reflexo ................................................................................................................................................... 123 3. 16 16 2. 16 16.5 Revisão da coisa julgada ............................................................................................................................... 125 17 17.1 D 17 ª 17 .7 Ôn da prova .............................................................................................................................................. 118 DECISÃO JUDICIAL .......................................................................................................................... 119 Elementos da decisão ................................................................................................................................... 120 15 2 Fundamentação .............................................................................................................................................. 120 1 .1.2.2 Efeito impeditivo de impugnação da decisão ............................................................................................. 121 15.1. Efeito vinculante ......................................................................................................................................... 121 .1.3 Dispositivo....................................................................................................................................................... 121 Requisitos da decisão ................................................................................................................................... 122 .3 Efeitos da decisão .........................................................................................................................................123 15.3.1 Efeito principal ................................................................................................................................................ 123 15. 3 Efeito anexo, de fato ou secundário ............................................................................................................... 123 15.3.4 Efeito probatório ............................................................................................................................................ 123 COISA JULGADA ................................................................................................................................ 123 16 ess.1 Pr upostos da coisa julgada ....................................................................................................................... 123 .2 Efeitos da coisa julgada ................................................................................................................................ 124 16. 1 Efeito negativo ou impeditivo da coisa julgada .............................................................................................. 124 16.2.2 Efeito positivo da coisa julgada ....................................................................................................................... 124 16.2.3 Efeito preclusivo da coisa julgada ................................................................................................................... 124 .3 Limites subjetivos da coisa julgada ............................................................................................................... 124 16.4 Regimes de formação da coisa julgada .......................................................................................................... 125 ANTECIPAÇAO DE TUTELA .......................................................................................................... 127 Tutela efinitiva e tutela provisória .............................................................................................................. 127 17.2 Histórico ....................................................................................................................................................... 128 17.2.1 1ª Fase: CPC 1973 ........................................................................................................................................... 128 .2.2 2 Fase: Reforma de 1994 ............................................................................................................................... 128 .3 17.3.1 Legitimidade para requerer a tutela antecipada ............................................................................................ 129 Estudo do artigo 273 do CPC ......................................................................................................................... 129 17.3.2 Execução da tutela antecipada ....................................................................................................................... 130 17.3.3 Pressupostos da tutela antecipada ................................................................................................................. 130 Segunda‐feira, 26 de julho de 2010. 1 INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA introdutório). CÁSSIO SCARPINELLA BUENO. Curso Sistematizado de Processo Civil. 7 vol. (Curso mais extenso). FR I D w ie ALEXANDRE CÂMARA. Lições de Direito Processual Civil, Lumen Iures, 3 vol. (Curso mais simples – MARCOS VINÍCIUS GONÇALVES. Saraiva, 3 vol. (Curso mais simplório). MARINONI. Curso de Direito Processual Civil. Editora RT, 5 vol. (Aprofundado, no curso do Intensivo I, interessam os volumes I – Teoria Geral do Processo ‐ e II). Para concursos de Procurador da República e Juiz Federal. EDIE D IER. Curso de Direito Processual Civil. Jus Podium, 5 vol (No intensivo I, vê‐se os volumes I e II). ww.fred didier.com.br – cadastrar‐se para editorial da obra. Proc esso Civil em volume único (não recomendado): • Leituras complementares de Processo Civil DANIEL ASSUNÇÃO. Manual de Processo Civil. Editora Método. • RINALDO MOUZALAS. Processo Civil. Jus Podium. : LEITURAS COMPLEMENTARES DE PROCESSO CIVIL. Jus Podium. 2 A forma que o Processo Civil tem sido cobrado nos concursos se apresenta muito interligada com os ais 2.1 Os três vetores para compreender o Processo Civil atualmente INTRODUÇÃO AO PROCESSO CIVIL CONTEMPORÂNEO dem temas do Direito. O es ju no os PRIMEIRO VETOR (Processo e Teoria do Direito) de compreensão é que o processo deve ser tudado ntamente com a Teoria do Direito, ou seja, a Ciência Jurídica sofreu profundas transformações s últim 50 anos. Talvez em nenhum outro momento tenha mudado tanto em tão pouco tempo. Obviamente, o Direito Processual Civil não poderia ficar imune a estas transformações. A ciência do processo atualizou‐se juntamente com as transformações que tem alterado a ciência do direito nos últimos tempos. Essas transformações serão tratadas em dois grupos. a. Mudança na Teoria das Fontes do Direito: Desenvolvimento da chamada Teoria dos Princípios. Hoje não há mais dúvidas de que um princípio é uma espécie de norma jurídica, ao contrário do que se entendia antigamente quando considerado como uma cnica para preencher lacunas do Direito. O Princípio servia como um inspirador de normas; atualmente té cé indis utível: princípio é norma que impõe um comportamento. Um exemplo de que os princípios eram utilizados como a última técnica de integração de lacuna é o art. 126 do CPP1. Ou fo Di norma que tem duas grandes características que a diferenciam da lei. A primeira é que a jurisprudência é uma a ca de O de tra mudança é o papel da jurisprudência como fonte do Direito. Atualmente a jurisprudência é nte do reito, o que se discute é o seu papel frente à interpretação do direito. A jurisprudência é uma norm construída a partir de um caso concreto. A segunda é que a jurisprudência é construída a partir de um so que ve ser aplicada para outros no futuros semelhantes àquele. processo é um método para criar uma norma geral, pois no momento que o STF decide regula os mais casos – a exemplo das Súmulas Vinculantes. 1 Art. 126. O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide caber‐lhe‐á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) Página | 9 INTRODUÇÃO AO PROCESSO CIVIL CONTEMPORÂNEO > Os três vetores para compreender o Processo Civil atualmente Outra mudança é a alteração da técnica legislativa. Atua incapacidade de prever todas as situações possíveis – sabe‐se impotente ante a complexidade da vida. Passa ais invadiram o Direito, acarretando uma quantidade de normas que dade deve atender à sua função social. A jurisdição vai transformando o sistema e paulatinamente iremos identificando o que é função do o Código Civil diz que todos os contratantes devem se comportar com boa‐fé, embora portar‐se com boa‐fé ou a função social lmente o legislador reconhece a sua então a criar Textos Legais Abertos, os qu não dizem nada – vazias. Ex.: toda proprie social, ou seu significado na prática. Quan ninguém saiba o que é boa‐fé, caberá então ao juiz definir o que é com da propriedade. A partir desse momento o processo passa a ter função para concretizar o direito. Esses textos normativos abertos, característicos do sistema jurídico atual, são denominados de Cláusula Geral. Essas possuem as seguintescaracterísticas: Normalmente toda norma tem um hipótese fática (descreve uma situação) sobre a qual irá incidir, e também um preceito (consequente normativo). A Cláusula Geral é um texto normativo que é aberto na hipótese fática, ou seja, não sabe ao certo quando incide. É aberta também no preceito normativo, além de não saber ao certo quais são as situações que ela provoca. revista na lei e determinar as consequê que ela incide, lendo o texto não se sabe as consequências No caso concreto o juiz deverá identificar uma situação que não está p ncias que também não estão previstas em lei. A existência das Cláusulas Gerais mudou as Teorias das Fontes, pois o juiz irá concretizar um Texto Normativo aberto nas duas pontas. Em um Informativo do STJ (há cerca de 15 dias) um credor que aumenta desneces depois, ficando entendido que este comportamento não condiz com a boa‐fé. A consequência normativa é que ele deverá arcar com os prejuízos que não se esforçou em mitigar. mbém no Projeto do Novo Código de Processo Civil que tramita no Congresso Nacional. Estas normas servem para deixar o sistema mais flexível. sariamente o seu prejuízo não poderá cobrar o seu prejuízo Há inúmeras Cláusulas Gerais Processuais no atual CPC, como ta São exemplos de Normas Gerais previstas no CPC: ; Devido Processo Legal; ; Boa‐fé processual (art. 14, II CPC2); ; Poder Geral de Cautela (art. 798 do CPC3); ; Poder Geral de Efetivação (§5º do art. 461 do CPC4). b. Mudança na Hermenêutica Jurídica – ciência da interpretação: Aqui também são três 3 aspectos. A grande importância está na distinção entre Texto e Norma. O juiz interpreta o Texto para tirar dele uma norma; a Norma é o produto da interpretação de um Texto. O juiz não interpreta a norma, aplica a norma extraída da interpretação de um Texto. Não se pode confundir Norma com Texto, pois ela é o que resulta da interpretação do Texto. Ex.1: década de 50, levaria à interpretação que naquela Placa de praia que diz: É proibido o uso de biquíni. Na praia somente poderia frequentar mulher que estive com maiô ou com vestimentas que cobrissem mais partes do corpo do que um maiô. Esta mesma placa, perdurando até os dias atuais, pode levar a interpretação que a proibição do uso de biquíni dá‐se por ser uma praia nudista. Portanto o texto legal é o mesmo, porém a norma é diferente. 2 Art. 14. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do processo: (Redação dada pela Lei nº 10.358, de 27.12.2001) [...] II ‐ proceder com lealdade e boa‐fé; 3 Art. 798. Além dos procedimentos cautelares específicos, que este Código regula no Capítulo II deste Livro, poderá o juiz determinar as medidas provisórias que julgar adequadas, quando houver fundado receio de que uma parte, antes do julgamento da lide, cause ao direito da outra lesão grave e de difícil reparação. 4 Art. 461. que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) [...] § 5o Para tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial. (Redação dada pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002) Página | 10 INTRODUÇÃO AO PROCESSO CIVIL CONTEMPORÂNEO > Os três vetores para compreender o Processo Civil atualmente Ex.2: Placa que proíbe o ingresso de cão em metrô. Para os casos em que o cego deseja entrar com seu cão guia, entende‐se que o cão serve como olho do seu dono e não como um animal. Outra mudança é que se entende que aquele que interpreta o texto cria. A interpretação não é mecânica da Hermenêutica foi o desenvolvimento dos Postulados da , mas sim criativa. Em razão disso devemos criar mecanismos para regular o excesso de criatividade. A terceira transformação Proporcionalidade Direito Constitucional. e da Razoabilidade. São assuntos que se aplicam a qualquer ramo do Direito como exemplo o Princípio da Insignificância do Direito Penal que nada mais é do que um braço do Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade. O SEGUNDO VETOR é a relação do Processo com o Há três aspectos da nova ciência constitucional, já que o Direito Constitucional é um dos ramos que mais ganhou prestígio nos últimos anos. O primeiro aspecto é a força normativa da Constituição, ou seja, a Constituição é norma que se aplica diretamente, não é mais uma Carta de intenções sem possibilidade de ser aplicada diretamente. Atualmente a Constituição é norma que pauta o Direito Positivo e deve, assim, ser cumprida diretamente. Passamos te – do Estado Legal para o Estado Constitucional. do Estado fundado na lei para o Estado constitucional, Estado regido pelas normas Constitucionais. O centro do sistema não é mais a lei como era antigamen A segunda transformação do Direito Constitucional é o desenvolvimento dos Direitos Fundamentais, não que eles sejam novos, mas a Teoria dos Direitos Fundamentais é recente. Devemos traçar a distinção entre a dimensão objetiva e subjetiva dos Direitos Fundamentais: 1. Dimensão Objetiva dos Direitos Fundamentais: objetivamente os direitos fundamentais são normas que devem ser observadas pelo legislador infraconstitucional. Havendo uma norma de direito constitucional que garante o contraditório, na dimensão objetiva entende‐se que não poderá existir uma lei que não preveja o contraditório, pois violaria a norma de direito fundamental que impõe o contraditório. 2. Dimensão Subjetiva dos Direitos Fundamentais: é um direito do indivíduo que propicia. Ex.: o direito fundamental à herança. Do ponto de vista objetivo significa que não poderá existir uma lei que proíba a herança. Subjetivamente são as pessoas que têm o direito fundamental subjetivo à herança. REVER DIMENSÃO SUBJETIVA ‐ APROFUNDAR Obs ensões: objetiva e subjetiva. iva as normas processuais têm de estar preparadas para proteger os Direitos F egidos elo processo, não basta que o processo seja estruturado de acordo com os Direitos Fundamentais. .1: Como relacionar processo com Direitos Fundamentais? Deve‐se relacionar com as duas dim Primeiro: as normas processuais têm de estar em conformidade com as normas de Direitos Fundamentais. Em relação à dimensão subjet undamentais – aqui entendidos como Direitos. Direitos Fundamentais devem ser bem prot p Ex.: o habeas corpus é um tipo de instrumento para proteger a liberdade – prevista como direito fundamental. É necessário que as normas processuais e os direitos fundamentais sejam bem protegidos em juízo. A terceira transformação do Direito Constitucional é a valorização da jurisdição constitucional. No Brasil ganhou uma importância incrível, já que qualquer juiz poderá afastar aplicação de uma lei em razão de sua inconstitucionalidade. Além disso, há o controle concentrado de constitucionalidade diretamente no STF. O juiz poderá afastar a aplicação de uma norma por ser inconstitucional. Ex.: lei alterando o prazo de para 2 dias poderá ser afastada sua aplicação por juiz de entrância inicial se entender que impossibilita stitucionalismo. Alguns autores dizem que por haver vários outros defesa a defesa no prazo de dois dias.Ao conjunto de transformações que passaram a Teoria do Direito e a Ciência do Direito Constitucional deu‐se o nome de Neocon critérios deve ser chamando de neoconstitucionalismos, ou neopositivismo (considerada mais adequada). Há quem chame também de Pós‐positivismo, porém com pouco conteúdo significativo. Nos últimos dois anos, começou a surgir uma crítica ao neoconstitucionalismo, esta, porém, não nega as transformações, pois são indiscutíveis. Busca limitá‐lo um pouco – alguns autores entendem que Página | 11 INTRODUÇÃO AO PROCESSO CIVIL CONTEMPORÂNEO > Os três vetores para compreender o Processo Civil atualmente o revés para posteriormente ntrar em equilíbrio. deverá esperar a volta do pêndulo para que possa posteriormente equilibrar‐se. Dizem isso por entenderem que os neoconstitucionalistas puxaram muito para um lado e que deverá haver e Há dois textos que fazem um balanço crítico do neoconstitucionalismo. Um deles é do Humberto Ávila (www.direitodoestado.com.br), outro de aniel Sarmento do l vro Leituras Complementare de Teoria do D i s Estado. Atualmente já se diz que estamos vivendo uma nova fase na evolução da ciência do processo que é a fase de aplicação de tudo isso na ciência do processo. Os processualistas costumam dividir a ciência do processo em três fases: 1. Sincretismo/Praxismo: não havia uma ciência do processo, pois se confundia com o direito material. Estudava‐se apenas as práticas do processo, como fazer a petição inicial, as custas do processo. Esta fase vai até o sec. XIX quando surge a ciência do processo. 2. Autonomia/Processualismo: é a fase de afirmação da ciência do processo, ou seja, existe um conjunto de fenômenos processuais que não se confundem com o Direto Material. É necessária uma autonomia do processo. Esta fase vai de meados do Sec. XIX até o sec. XX. 3. Instrumentalismo: o processo é autônomo e diferente do direito material, no entanto é preciso pensar o processo de acordo com o direito material. Não são a mesma coisa, porém não poderão andar distantes onde um inviabilize o outro. Para os autores tradicionais encerraria aqui, ou seja, atualmente estaríamos na 3ª fase. Outros reestruturar entendem que atualmente a fase não poderá ser mais instrumentalista como no sec. XIX, sendo necessário o processo de acordo com todas as transformações que estão ocorrendo. 4. Neoprocessualismo: é o processualismo renovado pela metodologia nova da ciência do Direito. É preciso reconstruir a ciência do processo de acordo com essa nova metodologia. Há quem prefira designar essa nova fase como fase do Formalismo Valorativo – pois é preciso estudar o processo de acordo com os valores constitucionalmente garantidos, não é a forma pela forma, mas sim para garantir valores. É a atual fase da ciência do processo que pretende uma renovação da ciência do processo a partir das transformações do neoconstitucionalismo. Alberto Alvaro de Oliveira (UFRGS). Texto de Eduardo Camb e outro de Carlos O TERCEIRO VETOR é que o direito material deve ser considerado a razão de ser do processo – “não existe processo oco”. Todo processo tem no mínimo um problema de direito material a ser resolvido. Nascendo um processo para a solução de um problema: deve ser estruturado, aplicado para a solução de um problema. A essa forma de compreender o processo a partir do direito material chamou‐se Instrumentalidade do Processo, ou seja, o processo deve atender as necessidades do direito material pois é um valo a ser levado em consideração no processo. Dizer que o processo é instrumento do direito material não é minimizar a importância do processo. Não é r uma relação hierárquica, mas sim de mutualismo, ajuda mútua – um não vive sem o outro. O direito material dá sentido ao processo (não é oco), ilumina, dá direção. O processo serve ao direito material pois existe para concretizar o direito material. Obs.2: Explique a Teoria Circular dos planos material e processual do ordenamento jurídico. A teoria que determina a complementaridade entre ambos; o processo serve ao direito material ao tempo em que é servido por ele. “O processo está para o direito material como o engenheiro está para o arquiteto.” Direito Material Direito Processual Página | 12 INTRODUÇÃO AO PROCESSO CIVIL CONTEMPORÂNEO > Os três vetores para compreender o Processo Civil atualmente Página | 13 INTRODUÇÃO AO PROCESSO CIVIL CONTEMPORÂNEO > Os três vetores para compreender o Processo Civil atualmente RESUMO PROCESSO CIVIL CONTEMPORÂNEO 1º Vetor MUDANÇA NA TEORIA DAS FONTES DO DIREITO Princípio é Norma Jurisprudência como Fonte do Direito Alteração da técnica legislativa (Cláusulas Gerais) MUDANÇA NA HERMENÊUTICA JURÍDICA Norma é o que resulta da interpretação do texto Aquele que interpreta, cria Desenvolvimento dos Postulados da RAZOABILIDADE e PROPORCIONALIDADE 2º Vetor FORÇA NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO DESENVOLVIMENTO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS Dimensão Objetiva dos Dtos Fund. Dimensão Subjetiva dos Dtos Fund. VALORIZAÇÃO DA FUNÇÃO JURISDICIONAL 3º Vetor NEOPROCESSUALISMO ‐FORMALISMO VALORATIVO Página | 14 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO CIVIL > Princípio do Devido Processo Legal Sexta‐feira, 06 de agosto 2010. de 3 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO CIVIL Não será um rol exaustivo dos Princípios, pois muitos serão analisados no decorrer das aulas. 3.1 Princípio do Devido Processo Legal É o princípio mais importante do ordenamento processual. I. Origem: A expressão devido processo legal é a tradução para o português de uma expressão inglesa “Due Process os Law”. Para o português de Portugal a expressão foi traduzida como Processo Equitativo. Já na Itália a tradução foi Processo Justo, o que acabou influenciado alguns autores do Brasil que têm usado a expressão processo justo. Considerado também como “Fair Trial”. Todas são denominações que determinam a mesma coisa. Essa expressão surgiu no séc. XIV, embora a ideia de um processo devido seja anterior. O rótulo devido processo legal é do sec. XIV, mas a ideia do processo devido é do sec. XI e tem origem Germânica (origem bárbara, ou seja, não Romana), o que não significa alemã. A Magna Carta consagra o devido legal, mas não é a origem, pois a origem é anterior se dá, como dito, no século XI, e somente no século XIV surge a expressão. Já a Magna Carta data de 1215. O devido processo legal surgiu como uma garantia contra tirania do Poder monárquico, mesmo o Monarca deveria de submeter‐se ao Direito. Ex.: o Papa não se submete ao Direito Canônico. O devido processo legal surgiu com esse propósito de limitar o poder do Monarca. É portanto, desde sua origem, uma norma que impõe que o poder deve ser exercido de modo adequado, justo e não de qualquer maneira, deve ser exercido conforme o direito. Há praticamente 800 anos essa expressão consagra uma das grandes garantias da sociedade ocidental. A palavra Law, aqui não é lei, mas sim o Direito. Até porque na Idade Média não existia lei, o que existia era costume. O devido processo legal, portanto deve ser de acordo com o Direito e não simplesmente de acordo com a lei. No Brasil, em razão da corrente que vimos na aula passada, tem sido chamado de Devido Processo Constitucional. II. Semântica: a. Devido: acepção indeterminada ‐ depende do contexto. Todo termo indeterminado será compreendido historicamente. O que era devido no séc. XIV era uma coisa, diferente do que é devido hoje. O conteúdo de um processodevido varia historicamente e é algo tão flexível, aberto, variável e é possível que se diga que daqui a 800 anos ainda exista a expressão, com uma acepção diferente. O que é devido processo legal no Brasil pode não ser na Inglaterra, na Austrália – cada país tem para si aquilo que é devido processo legal. O Devido Processo Legal é uma Cláusula Geral. Oitocentos anos de história geraram um acúmulo do que pode ser chamado de Conteúdo Mínimo do devido processo legal, por exemplo: atualmente minimamente garante o contraditório, juiz natural, igualdade das partes, publicidade do processo, proibição de prova ilícita, motivação das decisões, duração razoável do processo. Hoje se pode dizer que um processo para ser devido deve ser IGUALITÁRIO, PÚBLICO, CONDUZIDO EM CONTRADITÓRIO – cada uma dessas conquistas serve como um adjetivo do devido processo. Não por acaso que todos esses aspectos estão previstos na Constituição Federal. Não obstante tudo isso esteja na CF, o devido processo legal permanece lá para outras garantias sejam extraídas dele – toda vez que a sociedade perceber que uma determinada exigência é indispensável para que o processo seja devido, ir‐se‐á buscar no Devido Processo Legal. Este princípio é um inciso do art. 5º além de outros como o contraditório, proibição da prova ilícita, juiz natural e outros que poderão ser incluídos quando se perceber que forem necessários. É um princípio perene, tem um conteúdo mínimo e que não se pode mais retroceder – não se retrocede em Direitos Fundamentais. Página | 15 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO CIVIL > Princípio do Devido Processo Legal Todos os Princípios constitucionais do processo que servem derivam do Devido Processo Legal. Boa parte desses princípios tem previsão expressa na Constituição. No princípios processuais que decorrem cípios, são constitucionais, mas ainda não tem inciso específico. São Expressos os Princípios do contraditório, duração razoável do processo e publicidade. um princípio, é uma regra. É uma regra que compõe o Devido lisado quando se estuda Provas. A motivação das decisões é uma regra. Princípios e de outras regras que vão para construir um processo devido entanto, há outros princípios constitucionais do processo implícitos. São do Devido Processo Legal que ainda não tem Texto Expresso – são prin Princípios Constitucionais Implícitos: boa‐fé processual, adequação e o da efetividade. Proibição de prova ilícita não é Processo Legal, sem dúvida, mas será ana O D definindo o se evido Processo Legal se efetiva por meio de outros u conteúdo. b. Processo: é método de criação de normas. Toda norma jurídica se produz após um processo. Ex.: uma lei se produz por meio de um processo legislativo. É, portanto, possível chamar devido processo legal legislativo. Uma norma administrativa se produz após um processo administrativo, sendo admitido então um devido processo legal administrativo. Uma decisão judicial tam ém é uma norma, produto de um processo jurisdicional, portanto, existe o devido processo legal jurisdicional. b 5 A garantia do devido processo legal se refere a qualquer tipo de processo normativo, inclusive o processo jurisdicional. Fala‐se muito, atualmente, em processo privado que seria uma quarta espécie de processo. Seria o processo para o exercício do poder privado. Ex.: escola tem o poder de punir um aluno; poder do síndico de multar um condômino, exclusão de associado. Esses poderes privados também se submetem ao devido processo, garantindo às pessoas um devido processo privado. Direitos Fundamentais regulam relações entre particulares, entre indivíduos; considerado pelo STF da Eficácia Horizontal dos Direitos Fundamentais . A doutrina costuma dividir o Devido Processo Legal em Devido Processo Legal Formal e Devido Processo Legal Substancial. III. Devido Processo Legal Formal: é o conjunto dessas garantias processuais, são as garantias processuais vistas anteriormente. IV. Devido Processo Legal Substancial: esse processo nasceu nos EUA como uma garantia de justiça das decisões, equilibradas – as decisões não deveriam ser formalmente corretas, deveriam ser substancialmente devidas. O Brasil recepcionou o devido processo legal substancial, mas deu outro sentido com aspecto muito peculiar. A acepção brasileira de devido processo legal substancial são as exigências de razoabilidade e proporcionalidade. Os Princípios da Razoabilidade e Proporcionalidade decorrem da dimensão Substancial do Devido Proc STF procurar com a expressão substantive due process of Law). (Ler texto crítico da Teoria de Humberto Ávila e outro de Paulo Lucon). esso Legal (no 5 PROCESSO ‐ RE ‐ 201819 A Turma, concluindo julgamento, negou provimento a recurso extraordinário interp Tribunal de osto contra acórdão do Justiça do Estado do Rio de Janeiro que mantivera decisão que reintegrara associado excluído do quadro da sociedade civil União Brasileira de Compositores ‐ UBC, sob o entendimento de que fora violado o seu direito de defesa, em virtude de o mesmo não ter tido a oportunidade de refutar o ato que resultara na sua punição — v. Informativos 351, 370 e 385. Entendeu‐se ser, na espécie, hipótese de aplicação direta dos direitos fundamentais às relações privadas. Ressaltou‐se que, em razão de a UBC integrar a estrutura do ECAD ‐ Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, entidade de relevante papel no âmbito do sistema brasileiro de proteção aos direitos autorais, seria incontroverso que, no caso, ao restringir as possibilidades de defesa do recorrido, a recorrente assumira posição privilegiada para determinar, preponderantemente, a extensão do gozo e da fruição dos direitos autorais de seu associado. Concluiu‐se que as penalidades impostas pela recorrente ao recorrido extrapolaram a liberdade do direito de associação e, em especial, o de defesa, sendo imperiosa a observância, em face das peculiaridades do caso, das garantias constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Vencidos a Min. Ellen Gracie, relatora, e o Min. Carlos Velloso, que davam provimento ao recurso, por e social e da legislação civil em ntender que a retirada de um sócio de entidade privada é solucionada a partir das regras do estatuto vigor, sendo incabível a invocação do princípio constitucional da ampla defesa. RE 201819/RJ, rel. Min. Ellen Gracie, rel p/ acórdão Min. Gilmar Mendes, 11.10.2005. (RE‐201819). Página | 16 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO CIVIL > Princípio do Devido Processo Legal A crítica de Humberto Ávila se baseia no fato de que os Princípios da Razoabilidade e Proporcionalidade não estão relacionados com o Devido Processo Legal Substancial. E, não há a necessidade de se distorcer o Devido Processo Legal com os aspectos da Razoabilidade e Proporcionalidade, pois seriam coisas distintas. Existem dois modelos processuais: modelo de processo de processo dispositivo e o modelo de processo tem suas caracterís basicamente a tarefa de decidir, funciona como um árbitro – é um expectador do processo. É • Modelo de Processo Inquisitivo/Inquisitorial: é um processo conduzido, gerido pelo juiz. alguns instauração inquisitorial na produção de provas. Princípio Dispositivo), seguir o Princípio Dispositivo significa o modelo de processo dispositiv Law seria um processo inquisitivo. Essa relação entre civil e Common Law é bastante comum. eloCooperativo de Processo. Esse modelo tem como marca é que no desenvolvimento do processo não haveria protagonistas – nem o juiz, nem as partes protagonizariam a inquisitivo. É uma organização doutrinária feita pelos juristas e cada modelo desses ticas marcantes. • Modelo de Processo Dispositivo: é um processo conduzido pelas partes, cabendo ao juiz um modelo dispositivo, também chamado de modelo liberal de processo, modelo de processo americano. Não só decide como gere no processo. Esse modelo de processo é bem característico dos países da Europa continental. Não existe processo puro, puramente inquisitivo ou dispositivo; o que há é uma predominância de aspectos do modelo inquisitorial ou dispositivo. O processo pode ter uma feição dispositiva para do processo e Sempre que aparecer no concurso uma referência ao Princípio Dispositivo (ex.: a instauração do processo é regida pelo o. No Brasil varia muito: para instaurar segue‐se o Princípio Dispositivo; para produção de provas o Princípio Inquisitivo; para recursos é Dispositivo (em razão da voluntariedade) e Inquisitivo (no reexame necessário). Sempre que uma norma der o protagonismo ao juiz na condução do processo se chama no Princípio Inquisitivo. Nos livros, de um modo geral, dizem que os processos de países de Common Law (Inglaterra, EUA) seriam processos dispositivos. Já o processo de países de Civil Law Atualmente se fala em um terceiro modelo de processo. Haveria a necessidade de criar um terceiro modelo chamado de Mod condução do processo, em harmonia e simetria. Os sujeitos processuais estariam na condução do processo em uma posição simétrica. Surge aí então um novo Princípio do Processo, processo para ser devido tem de ser um elo cooperativo. Existem deveres de cooperação do juiz processo conduzido em cooperação. Um processo conduzido em cooperação é sem protagonistas na condução, onde se respeita a lealdade e a confiança. A cooperação tem a ver com ética e com ausência de protagonismo. Para muitos um modelo democrático de processo é o mod : • Dever de esclarecimento do juiz. Subdivide‐se em duas partes: o É um dever do juiz de esclarecer os seus pronunciamentos. O juiz não poderá dar pronunciamentos pouco claros, obscuros. o É o dever também de se esclarecer, ou seja, o juiz tem o dever pedir o • Dever de prevenção ou de proteção. O juiz tem o dever de, constando alguma falha no esclarecimento quando não entender o que se pede. processo, apontar e de dizer a forma de como se corrige. O juiz não pode indeferir uma petição, por exemplo, sem permitir sua correção. É aceita tranquilamente no Brasil. • Dever de Consulta: o juiz não pode decidir com base em questão de fato ou de direito, mesmo se puder conhecê‐la de ofício sem dar a oportunidade de as partes se manifestarem sobre ela. Ex.: entendendo o juiz ser uma lei inconstitucional, deixar de oportunizar as partes a discussão, manifestando seu entendimento somente ao final. Poder dizer algo de ofício é poder dizer sem ser provocado para isso, mas não significa que ele deve deixar de proporcionar a discussão das partes. Há um caso emblemático do dever de consulta, art. 40, Página | 17 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO CIVIL > Princípios Explícitos §4º da Lei de Execução Fiscal6 o juiz pode conhecer de ofício, mas deve consultar a Fazenda Pública antes de decidir. Há previsão expressa no Novo Código de Processo Civil, em trâmite, o Princípio da Cooperação e seus consectários. 3.2 Princípios Explícitos 3.2.1 Princípio do Contraditório: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo‐se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...] LV ‐ aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; O princípio do contraditório tem duas dimensões muito claras. a. Dimensão Formal: é o direito de ser ouvido, de participar. Consagra apenas o direito à to ao advogado é conteúdo do contraditório. ontraditório fica diferido justamente em razão da provisoriedade da decisão. mpla defesa. ‐ O juiz po CPÇÃO DE CONTRADITÓRIO. participação. b. Dimensão Substancial: não basta o direito a participar é preciso das à parte o direito de influenciar, interferir na decisão. Por isso o direi Tenho o direito de ter alguém tecnicamente especializado no tema. Em razão dessa concepção que há o direito a produzir prova, dever de consulta. Decidir liminarmente sem ouvir o réu mitiga o contraditório, mas não o eliminam porque essa decisão é provisória, portanto pode ser revista e o contraditório ser protraído. Dá‐se uma decisão provisória para garantir a efetividade e o c O direito ao contraditório é de ambas partes, não somente do réu. Autor também tem direito ao contraditório. A ampla defesa nada mais é do que a dimensão substancial do contraditório. Tanto é que hoje em dia não se faz mais distinção entre contraditório e a O contraditório também se exige no âmbito privado. ‐ A regra da congruência (decidir baseado no que foi pedido) é uma regra que afirma o contraditório? Sim, pois o juiz está adstrito ao que foi pedido, somente o que foi pedido é objeto de contraditório. Decidindo o juiz questões fora daquilo que foi pedido, seriam partes as quais não foram submetidas ao contraditório. de decretar de ofício (que significa agir sem provocação), mas não pode agir sem provocar o debate. A SÚMULA VINCULANTE 5 NÃO OFENDE O CONTRADITÓRIO, APENAS FOI TOMADA ESSA CONCE Súmula Vinculante 5: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. Fonte de Publicação DJe nº 88, p. 1, em 16/5/2008. DOU de 16/5/2008, p. 1. Legislação: Constituição Federal de 1988, art. 5º, LV. 6 Art. 40 ‐ O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de prescrição. [...] § 4o Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá‐la de imediato. (Incluído pela Lei nº 11.051, de 2004) Página | 18 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO CIVIL > Princípios Processuais Constitucionais Implícitos assim como outros princípios, podem ser mitigados: é possível restringir a publicidade do processo, seja em razão do interesse público, seja para preservar a privacidade dos envolvidos, que também é um direito A exigência de motivação das decisões judiciais é uma concretização desse princípio (Atenção ‐ é a e pedirem a regra que o concretiza.) É exigido do juiz que e fundamentação. 3.2.3 Princípi Duração Razoável do Processo É chamado tam expresso no inciso LXXVIII está previsto no Pacto São à Constituição para evitar maiores como Princípio da Celeridade não é admitido, pois foi substituído por razoável o que constrói recursos problema processo deve ser itérios a serem levados em consideração para avaliar se a duração é razoável ou não são baseadas A visão tradicional sobre o tema o examina por uma perspectiva indenizatória
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