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Direito Processual Civil - Intensivo I -

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Direito Processual Civil 
Aula  Data  Tema  Professor  Obs.: 
01  26  07  10  Introdução  Fredie Didier Jr.   
02  06  08  10  Princ. Constitucionais do Proc. Civil  Fredie Didier Jr.   
03  09  08  10  Princ. Constitucionais e Preclusão  Fredie Didier Jr.   
04  16  08  10  Jurisdição I  ‘’   
05  23  08  10  Competência I  ‘’   
06  03  09  10  Competência II  ‘’   
07  19  09  10  Competência III  ‘’  Aula Internet 
08  20  09  10  Teoria da Ação I  ‘’   
09  1º  10  10  Teoria da Ação II  ‘’   
10  04  10  10  Pressupostos Processuais I  ‘’   
11  18  10  10  Pressupostos Processuais II  ‘’   
12  25  10  10  Litisconsórcio I  ‘’   
13  29  10  10  Intervenção de Terceiros I  ‘’   
14  01  11  10  Intervenção de Terceiros II  ‘’   
15  08  11  10  Intervenção de Terceiros III e Petição Inicial I  ‘’   
16  22  11  10  Petição Inicial II e Resposta do réu I  ‘’   
17  29  11  10  Resposta do Réu II, Providências preliminares e julgamento conforme o estado do processo I  ‘’   
18  08  12  10  Providências preliminares e julgamento conforme o estado do processo II e Teoria das Provas I  ‘’   
19  13  12  10  Teoria da Prova II e Decisão Judicial I  ‘’   
20  16  12  10  Decisão Judicial II e Coisa Julgada I  ‘’   
21  16  01  11  Antecipação de tutela  ‘’  Aula Internet 
22             
23             
   
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL ........................................................................................................................ 1 
SUMÁRIO ............................................................................................................................................................. 2 
1  INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................................ 8 
2  INTRODUÇÃO AO PROCESSO CIVIL CONTEMPORÂNEO .............................................................. 8 
2.1  Os três vetores para compreender o Processo Civil atualmente ........................................................................ 8 
3  PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO CIVIL ............................................................... 14 
3.1  Princípio do Devido Processo Legal ................................................................................................................. 14 
3.2  Princípios Explícitos ........................................................................................................................................ 17 
3.2.1  Princípio do Contraditório: .................................................................................................................................... 17 
3.2.2  Princípio da Publicidade ........................................................................................................................................ 18 
3.2.3  Princípio da Duração Razoável do Processo .......................................................................................................... 18 
3.3  Princípios Processuais Constitucionais Implícitos ............................................................................................ 18 
3.3.1  Princípio da Efetividade ......................................................................................................................................... 19 
3.3.2  Princípio da Boa‐fé Processual .............................................................................................................................. 19 
3.3.3  Princípio da Adequação do Processo .................................................................................................................... 20 
4  PRECLUSÃO ............................................................................................................................................. 21 
4.1  Preclusão Temporal ........................................................................................................................................ 21 
4.2  Preclusão Lógica ............................................................................................................................................. 21 
4.3  Preclusão Consumativa ................................................................................................................................... 21 
4.4  Preclusão Sanção/Ilícito ................................................................................................................................. 21 
4.5  Preclusão e Questões de Ordem Pública ......................................................................................................... 21 
5  JURISDIÇÃO ............................................................................................................................................. 23 
5.1  Conceito de Jurisdição .................................................................................................................................... 23 
5.2  Equivalentes Jurisdicionais ............................................................................................................................. 24 
5.2.1  Autotutela ............................................................................................................................................................. 25 
5.2.2  Autocomposição ................................................................................................................................................... 25 
5.2.3  Mediação ............................................................................................................................................................... 25 
5.2.4  Solução de conflito por Tribunal Administrativo ................................................................................................... 26 
5.3  Arbitragem ..................................................................................................................................................... 26 
5.3.1  Convenção de arbitragem ..................................................................................................................................... 27 
5.4  Princípios da Jurisdição ................................................................................................................................... 27 
5.4.1  Princípio da Investidura ......................................................................................................................................... 27 
5.4.2  Princípio da Inevitabilidade da Jurisdição ............................................................................................................. 27 
5.4.3  Princípio da Indelegabilidade da Jurisdição .......................................................................................................... 27 
Sumário
 
5.4.4  Princípio da Territorialidade .................................................................................................................................. 29 
5.4.5  Princípio da Inafastabilidade ................................................................................................................................. 29 
5.4.5.1  Revisão do mérito do ato administrativo discricionário ............................................................................... 29 
5.4.5.2  Esgotamento da vai administrativa .............................................................................................................. 29 
5.4.6  Princípio do Juiz Natural ........................................................................................................................................ 30 
5.5  Jurisdição Voluntária ...................................................................................................................................... 30 
 
 
 
6.2.2  Princípio da Tipicidade da Competência............................................................................................................... 32 
.
6.2.4  Regra da Kompetenzkompetenz ........................................................................................................................... 32 
6.3  Distribuição da Competência .......................................................................................................................... 32 
6. ix
6. l
6.5.1  Competência Originária e Derivada ...................................................................................................................... 34 
5.2
6. r
6.6.1  Competência Objetiva ........................................................................................................................................... 36 
6.6.2
.
6.7.1  Competência dos Juízes Federais .......................................................................................................................... 41
6.
6.7.1.  
6.
6.7.1.
7.2
7.3 
6.8  Conexão e Continência ................................................................................................................................... 45 
9   
7 TEORIA DA AÇÃO .................................................................................................................................. 48
7. c
5.5.1  Características gerais ............................................................................................................................................. 31
5.5.2  Natureza da Jurisdição Voluntária ........................................................................................................................ 31 
6  COMPETÊNCIA........................................................................................................................................ 32 
6.1 Conceito ......................................................................................................................................................... 32 
6.2  Princípios da Competência .............................................................................................................................. 32 
6.2.1 Princípio do Juiz Natural ........................................................................................................................................ 32 
6 2.3  Princípio da Indisponibilidade da Competência .................................................................................................... 32 
4  F ação ou Determinação da Competência ...................................................................................................... 34 
5  C assificação da Competência ......................................................................................................................... 34 
6.   Competência Absoluta e Relativa ......................................................................................................................... 34 
6.5.3  Forum Shopping e Forum Non Conveniens ........................................................................................................... 35 
6  C itérios de distribuição da competência ........................................................................................................ 36 
  Competência Funcional ......................................................................................................................................... 37 
6 6.3  Competência Territorial ........................................................................................................................................ 37 
6.7  Competência da Justiça Federal ...................................................................................................................... 38 
 
7.1.1  Em razão da Pessoa (art. 109, I, II e VII da CF) .............................................................................................. 41 
2 Competência Funcional ................................................................................................................................ 42 
7.1.3  Competência em razão da matéria .............................................................................................................. 42 
4  Competência em razão da matéria .............................................................................................................. 43 
6.   Juiz Estadual investido de Jurisdição Estadual ...................................................................................................... 43 
6. Competência do Tribunal Regional Federal .......................................................................................................... 44 
6. Conflito de competência ................................................................................................................................. 46
   
1  A epções da palavra ação ............................................................................................................................... 48 
7.1.1  Acepção constitucional ......................................................................................................................................... 48 
7.1.2  Acepção material .................................................................................................................................................. 48 
7.1.3  Acepção processual ............................................................................................................................................... 48 
7.2  Demanda e a relação jurídica discutida em juízo ............................................................................................. 48 
7.3  Elementos da ação ......................................................................................................................................... 49 
7.   Parte ...................................................................................................................................................................... 49 3.1
7.3.2  Pedido ................................................................................................................................................................... 49 
7.3.3  Causa de pedir ....................................................................................................................................................... 49 
 
7. l
7. o
7.
7.4.6  Ação dúplice .......................................................................................................................................................... 52 
4.7
7
7
 
.
5.2 
5.3
7.5.3.
7. o
7.6.2.
7.
 
P
8. r
8.1.2  Órgão investido de jurisdição ................................................................................................................................ 62 
1.3
8. r
8.2.1.1  Intrínsecos .................................................................................................................................................... 65 
8.
9 
9.1 itiscon
2.1
9.2.2  Litisconsórcio Simples ........................................................................................................................................... 70
9.2.3  Regime de Tratamento dos litisconsortes ............................................................................................................. 71 
9.3  Litisconsórcio Necessário e Litisconsórcio Facultativo ..................................................................................... 72 
9. n
9. n
10 n
 
 
4  C assificação das ações ................................................................................................................................... 51 
7.4.1  Ações reais e ações pessoais .................................................................................................................................51 
7.4.2  Quanto ao objeto do pedido ................................................................................................................................. 51 
4.3  Açã  reipersecutória ............................................................................................................................................. 51 
4.4  Distinção entre ação de conhecimento, cautelar e de execução .......................................................................... 51 
7.4.5  Ação necessária ..................................................................................................................................................... 51 
7.   Ações de Conhecimento........................................................................................................................................ 53 
7.4. .1  Direitos a uma prestação .............................................................................................................................. 53 
7.4. .2  Direitos Potestativos .................................................................................................................................... 55 
7.5 Teorias sobre o direito de ação ....................................................................................................................... 58 
7 5.1  Teoria Concretista ................................................................................................................................................. 58 
7. Teoria Abstrata ...................................................................................................................................................... 58 
7.   Teoria Eclética ....................................................................................................................................................... 58 
1  Críticas à teoria eclética de Liebman ............................................................................................................ 58 
7.   Teoria da Asserção ................................................................................................................................................ 59 5.4
6  C ndições da ação .......................................................................................................................................... 59 
7.6.1  Possibilidade Jurídica do Pedido ........................................................................................................................... 59 
7.6.2  Legitimidade ad causam ....................................................................................................................................... 60 
1  Legitimidade Exclusiva e Concorrente .......................................................................................................... 60 
6.2.2  Legitimação Ordinária e Extraordinária ........................................................................................................ 60 
7.6.3 Interesse de agir .................................................................................................................................................... 61 
8  RESSUPOSTOS PROCESSUAIS ......................................................................................................... 62 
1  P essupostos de existência ............................................................................................................................. 62 
8.1.1  Demanda ............................................................................................................................................................... 62 
8.   Capacidade de ser parte ........................................................................................................................................ 62 
2  P essupostos de validade ............................................................................................................................... 64 
8.2.1  Objetivos ............................................................................................................................................................... 65 
2.1.2  Extrínsecos .................................................................................................................................................... 65 
8.2.2  Subjetivos .............................................................................................................................................................. 65 
8.2.2.1  Do Juiz ........................................................................................................................................................... 65 
8.2.2.2  Das Partes ..................................................................................................................................................... 66 
LITISCONSÓRCIO ................................................................................................................................... 68 
  L sórcio Inicial e Ulterior ........................................................................................................................ 69 
9.2  Litisconsórcio Unitário e Litisconsórcio Simples ou Comum ............................................................................. 70 
9.   Litisconsórcio Unitário ........................................................................................................................................... 70 
 
4  I tervenção “Iussu Iudicis” ............................................................................................................................. 74 
5  I tervenção litisconsorcial voluntária ............................................................................................................. 75 
10  INTERVENÇÃO DE TERCEIROS ..................................................................................................... 76 
.1  I trodução ..................................................................................................................................................... 76 
10.1.1 Fundamento da Intervenção ............................................................................................................................ 76 
10.1.2 Efeitos da Intervenção de Terceiros no processo ............................................................................................. 76 
 
 
10.1.4  Admissão de intervenção .................................................................................................................................. 77 
10 s
10 n
10 p
10 l
10.6  e
10.6.1  Chamamento ao processo ................................................................................................................................ 82 
.6.
 
.
.
 
.
10.6.3.5  Obrigatoriedade da denunciação da lide ..................................................................................................... 88 
10
11
11
11.2  Requisitos da petição inicial ............................................................................................................................ 91 
1
11.2.2  Assinatura de quem tenha capacidade postulatória ........................................................................................ 91 
.2.
 
 
 
11.2.7  Requerimento de citação .................................................................................................................................. 92 
.2.
 
11 At
 
.
11.3  da
.4 
11.5  Aditamento da petição inicial ......................................................................................................................... 94 
11.6  Redução da petição inicial .............................................................................................................................. 94
11
 
.
 
11.8.1  Requisitos do pedido ........................................................................................................................................98
11
11.8.1.2  Determinado/líquido .................................................................................................................................... 99
11
11.8.2  Cumulação de pedidos ...................................................................................................................................... 99 
11
11.
11.8.2.3  Cumulação própria ou imprópria ................................................................................................................. 99 
11.8.2.4  Requisitos para cumulação de pedidos ...................................................................................................... 100 
10.1.3 Controle pelo magistrado ................................................................................................................................. 76 
.2  A sistência ..................................................................................................................................................... 77 
.3  I tervenções especiais dos Entes Públicos ...................................................................................................... 79 
.4  O osição ........................................................................................................................................................ 79 
.5  A ienação da coisa litigiosa ............................................................................................................................. 81 
Interv nções de terceiro provocadas .............................................................................................................. 82 
10 2  Nomeação à autoria.......................................................................................................................................... 84 
10.6.3 Denunciação da lide .......................................................................................................................................... 85 
10.6 3.1  Considerações Gerais ................................................................................................................................... 85 
10.6 3.2  Generalidades ............................................................................................................................................... 85 
10.6.3.3 Situação Processual do denunciado ............................................................................................................. 86 
10.6 3.4  Distinção entre denunciação da lide e chamamento à autoria .................................................................... 88 
.6.3.6  Denunciações Sucessivas .............................................................................................................................. 89 
  PETIÇÃO INICIAL ............................................................................................................................... 91 
.1  P tição inicial e demanda ............................................................................................................................... 91 e
1 .2.1  Forma ................................................................................................................................................................ 91 
11 3  Endereçamento................................................................................................................................................. 91 
11.2.4 Qualificação das partes ..................................................................................................................................... 92 
11.2.5 Causa de pedir .................................................................................................................................................. 92 
11.2.6 Pedido ............................................................................................................................................................... 92 
11 8  Requerimento de produção de provas ............................................................................................................. 92 
11.2.9 Documentos indispensáveis à propositura da ação ......................................................................................... 92 
.2.10  ribuição de valor à causa ............................................................................................................................... 93 
11.2.10.1 Valor da causa legal .................................................................................................................................. 93 
11.2 10.2  Arbitramento pelo autor .......................................................................................................................... 93 
Emen  da petição inicial ............................................................................................................................... 94 
11 Alteração da petição inicial ............................................................................................................................. 94 
 
.7  Indeferimento da petição inicial ..................................................................................................................... 94 
11.7.1 Exame do mérito ............................................................................................................................................... 95 
11.7 1.1  Improcedência prima facie ........................................................................................................................... 97 
11.8 Pedido ............................................................................................................................................................ 98 
 
.8.1.1  Certo ............................................................................................................................................................. 98 
 
.8.1.3  Clareza e Coerência ...................................................................................................................................... 99 
.8.2.1  Cumulação homogênea e heterogênea ....................................................................................................... 99 
8.2.2  Cumulação inicial e ulterior .......................................................................................................................... 99 
 
12
1.1
12.1.1.2  Defesas de objeção e defesas de exceções ................................................................................................ 102 
2
12.1.1.4  Defesas diretas e defesas indiretas ............................................................................................................ 102 
1.
12.1.3  Ônus da impugnação especificada.................................................................................................................. 103 
12.2  Revelia ......................................................................................................................................................... 104 
2.
12.2.2  Efeitos da revelia ............................................................................................................................................. 104 
2.
12
12
12.4 
12
12
12
  108
13.1 Providências preliminares............................................................................................................................. 108
1.
1.1
1.2
13
1.1
1.2
1.3
13
13
2.6 
2.
14  TEORIA DA PROVA ......................................................................................................................... 114 
14.1  Acepções da palavra prova ........................................................................................................................... 114 
1.
14.1.2  Prova como meio de prova .............................................................................................................................114 
1.
14.2 
14.4   
14.5  a
14.6  Indícios e presunções ................................................................................................................................... 117 
12  RESPOSTA DO RÉU .......................................................................................................................... 101 
.1  Contestação ................................................................................................................................................. 101 
12.1.1  Classificação das defesas ................................................................................................................................ 101 
12.1.   Defesas de mérito e defesas de admissibilidade ........................................................................................ 101 
1 .1.1.3  Defesas peremptórias e defesas dilatórias ................................................................................................. 102 
12. 2  Regras estruturantes da contestação ............................................................................................................. 103 
12. 1  Conceito .......................................................................................................................................................... 104 
12. 3  Regras de proteção do réu revel ..................................................................................................................... 104 
.3  Exceções Instrumentais ................................................................................................................................ 105 
12.3.1  Exceção instrumental de incompetência relativa ........................................................................................... 105 
.3.2  Exceção instrumental de impedimento e suspeição ...................................................................................... 105 
Reconvenção ................................................................................................................................................ 106 
.4.1  Distinção entre reconvenção e pedido contraposto....................................................................................... 107 
.4.2  Reconvenção que amplia subjetivamente a causa ......................................................................................... 107 
.4.3  Interesse de agir na reconvenção ................................................................................................................... 107 
13  PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES E JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESO
 
   
13. 1  Ação declaratória incidental ........................................................................................................................... 109 
13.1.   Questão Preliminar ..................................................................................................................................... 109 
13.1.   Questão Prejudicial .................................................................................................................................... 109 
.2  Julgamento conforme o estado do processo ................................................................................................. 110 
13.2.1  Poderá extinguir o processo sem exame do mérito (art. 267). ...................................................................... 110 
13.2.   Quando o autor desistir da ação (inciso VIII) .............................................................................................. 111 
13.2.   Processo parado por mais de 1 ano por negligência das partes (inciso II) ................................................. 112 
13.2.   Abandono do processo pelo autor (inciso III) ............................................................................................. 112 
13.2.2  Extinção do processo com exame do mérito por prescrição e decadência (art. 269, IV) ............................... 112 
13.2.3  Extinção do processo com exame do mérito pela homologação da auto composição .................................. 112 
.2.4  Julgamento antecipado da lide ....................................................................................................................... 113 
.2.5  Marcar audiência preliminar........................................................................................................................... 113 
13. Não é possível marcar a audiência preliminar ................................................................................................ 113 
13. 7  Decisão parcial ................................................................................................................................................ 114 
14. 1  Prova como fonte de prova ............................................................................................................................ 114 
14. 3  Prova como convencimento (resultado) ......................................................................................................... 114 
Prova e contraditório .................................................................................................................................... 114 
14.3  Poder instrutório do juiz ............................................................................................................................... 115 
Objeto da prova ........................................................................................................................................... 116 
Sistem s de valoração da prova .................................................................................................................... 117 
 
14 us
15 
15.1 
15.1.1  Relatório ......................................................................................................................................................... 120 
.1.
15.1.2.1  Efeito mínimo: persuasivo .......................................................................................................................... 121 
5
2.3
15
15.2 
15
15.3.2  Efeito reflexo ................................................................................................................................................... 123 
3.
16
16
2.
16
 
16.5  Revisão da coisa julgada ............................................................................................................................... 125 
17
17.1  D
17 ª
17
.7  Ôn  da prova .............................................................................................................................................. 118 
DECISÃO JUDICIAL .......................................................................................................................... 119 
Elementos da decisão ................................................................................................................................... 120 
15 2  Fundamentação .............................................................................................................................................. 120 
1 .1.2.2  Efeito impeditivo de impugnação da decisão ............................................................................................. 121 
15.1.   Efeito vinculante ......................................................................................................................................... 121 
.1.3  Dispositivo....................................................................................................................................................... 121 
Requisitos da decisão ................................................................................................................................... 122 
.3  Efeitos da decisão .........................................................................................................................................123 
15.3.1  Efeito principal ................................................................................................................................................ 123 
15. 3  Efeito anexo, de fato ou secundário ............................................................................................................... 123 
15.3.4  Efeito probatório ............................................................................................................................................ 123 
  COISA JULGADA ................................................................................................................................ 123 
16 ess.1  Pr upostos da coisa julgada ....................................................................................................................... 123 
.2  Efeitos da coisa julgada ................................................................................................................................ 124 
16. 1  Efeito negativo ou impeditivo da coisa julgada .............................................................................................. 124 
16.2.2  Efeito positivo da coisa julgada ....................................................................................................................... 124 
16.2.3  Efeito preclusivo da coisa julgada ................................................................................................................... 124 
.3  Limites subjetivos da coisa julgada ............................................................................................................... 124 
16.4  Regimes de formação da coisa julgada .......................................................................................................... 125
  ANTECIPAÇAO DE TUTELA .......................................................................................................... 127 
Tutela  efinitiva e tutela provisória .............................................................................................................. 127 
17.2  Histórico ....................................................................................................................................................... 128 
17.2.1  1ª Fase: CPC 1973 ........................................................................................................................................... 128 
.2.2  2  Fase: Reforma de 1994 ............................................................................................................................... 128 
.3   
17.3.1  Legitimidade para requerer a tutela antecipada ............................................................................................ 129 
Estudo do artigo 273 do CPC ......................................................................................................................... 129 
17.3.2  Execução da tutela antecipada ....................................................................................................................... 130 
17.3.3  Pressupostos da tutela antecipada ................................................................................................................. 130 
 
Segunda‐feira,  26  de  julho  de  2010.  
1 INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA 
introdutório). 
CÁSSIO SCARPINELLA BUENO. Curso Sistematizado de Processo Civil. 7 vol. (Curso mais extenso). 
FR I D
w ie
ALEXANDRE  CÂMARA.  Lições  de  Direito  Processual  Civil,  Lumen  Iures,  3  vol.  (Curso  mais  simples  – 
MARCOS VINÍCIUS GONÇALVES. Saraiva, 3 vol. (Curso mais simplório). 
MARINONI.  Curso  de  Direito  Processual  Civil.  Editora  RT,  5  vol.  (Aprofundado,  no  curso  do  Intensivo  I, 
interessam os volumes  I – Teoria Geral do Processo  ‐ e  II). Para concursos de Procurador da República e Juiz 
Federal. 
EDIE D IER. Curso de Direito Processual Civil. Jus Podium, 5 vol (No intensivo I, vê‐se os volumes I e II). 
ww.fred didier.com.br – cadastrar‐se para editorial da obra. 
 
Proc  esso Civil em volume único (não recomendado):  
•
Leituras complementares de Processo Civil
 DANIEL ASSUNÇÃO. Manual de Processo Civil. Editora Método. 
• RINALDO MOUZALAS. Processo Civil. Jus Podium. 
 
: 
LEITURAS COMPLEMENTARES DE PROCESSO CIVIL. Jus Podium. 
2 
A forma que o Processo Civil tem sido cobrado nos concursos se apresenta muito interligada com os 
ais
2.1 Os três vetores para compreender o Processo Civil atualmente 
INTRODUÇÃO AO PROCESSO CIVIL CONTEMPORÂNEO 
dem  temas do Direito. 
O 
es   ju
no os
PRIMEIRO  VETOR  (Processo  e  Teoria  do Direito)  de  compreensão  é  que  o  processo  deve  ser 
tudado ntamente com a Teoria do Direito, ou  seja, a Ciência  Jurídica  sofreu profundas  transformações 
s  últim   50  anos.  Talvez  em  nenhum  outro  momento  tenha  mudado  tanto  em  tão  pouco  tempo. 
Obviamente, o Direito Processual Civil não poderia ficar imune a estas transformações. A ciência do processo 
atualizou‐se juntamente com as transformações que tem alterado a ciência do direito nos últimos tempos. 
Essas transformações serão tratadas em dois grupos. 
 
a. Mudança na Teoria das Fontes do Direito: 
Desenvolvimento da chamada Teoria dos Princípios. Hoje não há mais dúvidas de que um princípio 
é uma espécie de norma  jurídica, ao contrário do que  se entendia antigamente quando considerado como
uma cnica para preencher lacunas do Direito. O Princípio servia como um inspirador de normas; atualmente 
   
 té
cé indis utível: princípio é norma que impõe um comportamento. 
Um exemplo de que os princípios eram utilizados como a última técnica de integração de lacuna é o 
art. 126 do CPP1. 
Ou
fo Di
norma que tem duas grandes características que a diferenciam da lei. A primeira é que a jurisprudência é uma 
a
ca de
O 
de
                                                           
tra mudança é o papel da  jurisprudência como  fonte do Direito. Atualmente a  jurisprudência é 
nte do  reito, o que  se discute é o  seu papel  frente  à  interpretação do direito. A  jurisprudência é uma 
norm  construída a partir de um caso concreto. A segunda é que a jurisprudência é construída a partir de um 
so que  ve ser aplicada para outros no futuros semelhantes àquele. 
processo é um método para criar uma norma geral, pois no momento que o STF decide regula os 
mais casos – a exemplo das Súmulas Vinculantes. 
 
1 Art. 126. O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide caber‐lhe‐á 
aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito. (Redação dada pela Lei 
nº 5.925, de 1º.10.1973) 
 
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INTRODUÇÃO AO PROCESSO CIVIL CONTEMPORÂNEO > Os três vetores para compreender o Processo Civil atualmente 
Outra  mudança  é  a  alteração  da  técnica  legislativa.  Atua
incapacidade de prever todas as situações possíveis – sabe‐se  impotente ante a complexidade da vida. Passa 
ais invadiram o Direito, acarretando uma quantidade de normas que 
dade deve atender à sua função social. 
A  jurisdição  vai  transformando  o  sistema  e  paulatinamente  iremos  identificando  o  que  é  função 
do  o  Código  Civil  diz  que  todos  os  contratantes  devem  se  comportar  com  boa‐fé,  embora 
portar‐se com boa‐fé ou a função social 
lmente  o  legislador  reconhece  a  sua 
então a criar Textos Legais Abertos, os qu
não dizem nada – vazias. Ex.: toda proprie
social, ou seu significado na prática. 
Quan
ninguém saiba o que é boa‐fé, caberá então ao juiz definir o que é com
da propriedade. A partir desse momento o processo passa a ter função para concretizar o direito. 
Esses  textos  normativos  abertos,  característicos  do  sistema  jurídico  atual,  são  denominados  de 
Cláusula Geral. Essas possuem as seguintescaracterísticas: 
Normalmente toda norma tem um hipótese fática (descreve uma situação) sobre a qual irá incidir, e 
também um preceito (consequente normativo).  
A Cláusula Geral é um texto normativo que é aberto na hipótese fática, ou seja, não sabe ao certo 
quando  incide. É aberta também no preceito normativo, além de não saber ao certo quais são as situações 
 que ela provoca. 
revista na lei e determinar as 
consequê
que ela incide, lendo o texto não se sabe as consequências
No caso concreto o juiz deverá identificar uma situação que não está p
ncias que também não estão previstas em lei. 
A existência das Cláusulas Gerais mudou as Teorias das Fontes, pois o juiz irá concretizar um Texto 
Normativo aberto nas duas pontas. Em um Informativo do STJ (há cerca de 15 dias) um credor que aumenta 
desneces depois,  ficando  entendido  que  este 
comportamento não condiz com a boa‐fé. A consequência normativa é que ele deverá arcar com os prejuízos 
que não se esforçou em mitigar. 
mbém no Projeto do Novo Código 
de Processo Civil que tramita no Congresso Nacional. Estas normas servem para deixar o sistema mais flexível. 
sariamente  o  seu  prejuízo  não  poderá  cobrar  o  seu  prejuízo 
Há inúmeras Cláusulas Gerais Processuais no atual CPC, como ta
São exemplos de Normas Gerais previstas no CPC:  
; Devido Processo Legal; 
; Boa‐fé processual (art. 14, II CPC2); 
; Poder Geral de Cautela (art. 798 do CPC3); 
 
; Poder Geral de Efetivação (§5º do art. 461 do CPC4). 
b. Mudança na Hermenêutica Jurídica – ciência da interpretação: 
Aqui também são três 3 aspectos. 
A grande importância está na distinção entre Texto e Norma. O juiz interpreta o Texto para tirar dele 
uma norma; a Norma é o produto da interpretação de um Texto. O juiz não interpreta a norma, aplica a norma 
extraída da interpretação de um Texto. 
Não se pode confundir Norma com Texto, pois ela é o que resulta da interpretação do Texto. 
 
Ex.1: década de 50, levaria à interpretação que naquela 
                
 Placa de praia que diz: É proibido o uso de biquíni. Na 
praia somente poderia frequentar mulher que estive com maiô ou com vestimentas que cobrissem mais partes 
do corpo do que um maiô. Esta mesma placa, perdurando até os dias atuais, pode levar a interpretação que a 
proibição do uso de biquíni dá‐se por ser uma praia nudista. Portanto o texto legal é o mesmo, porém a norma 
é diferente. 
                                            
2 Art. 14. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do processo: (Redação dada pela Lei nº 10.358, 
de 27.12.2001) [...] II ‐ proceder com lealdade e boa‐fé; 
3 Art. 798. Além dos procedimentos cautelares específicos, que este Código regula no Capítulo II deste Livro, poderá o juiz determinar 
as medidas provisórias que julgar adequadas, quando houver fundado receio de que uma parte, antes do julgamento da lide, cause ao 
direito da outra lesão grave e de difícil reparação. 
4 Art. 461. 
 que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. 
 a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático 
equivalente, poderá o  juiz, de ofício ou a  requerimento, determinar as medidas necessárias,  tais  como a  imposição de multa por 
Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o  juiz concederá a tutela específica da 
obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências
(Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)  [...] § 5o Para
tempo de atraso, busca e apreensão,  remoção de pessoas e  coisas, desfazimento de obras e  impedimento de atividade nociva,  se 
necessário com requisição de força policial. (Redação dada pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002) 
 
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INTRODUÇÃO AO PROCESSO CIVIL CONTEMPORÂNEO > Os três vetores para compreender o Processo Civil atualmente 
Ex.2: Placa que proíbe o  ingresso de cão em metrô. Para os casos em que o cego deseja entrar com seu cão 
guia, entende‐se que o cão serve como olho do seu dono e não como um animal. 
 
Outra mudança é que  se  entende que  aquele que  interpreta o  texto  cria. A  interpretação não  é 
mecânica
  da  Hermenêutica  foi  o  desenvolvimento  dos  Postulados  da 
, mas sim criativa. Em razão disso devemos criar mecanismos para regular o excesso de criatividade. 
A  terceira  transformação
Proporcionalidade
 Direito Constitucional. 
  e  da  Razoabilidade.  São  assuntos  que  se  aplicam  a  qualquer  ramo  do  Direito  como 
exemplo o  Princípio  da  Insignificância do Direito  Penal que nada mais  é do  que  um  braço do  Princípio da 
Razoabilidade e Proporcionalidade. 
 
O SEGUNDO VETOR é a relação do Processo com o
Há três aspectos da nova ciência constitucional, já que o Direito Constitucional é um dos ramos que 
mais ganhou prestígio nos últimos anos. 
O primeiro  aspecto é  a  força normativa da Constituição, ou  seja,  a Constituição é norma que  se 
aplica  diretamente,  não  é  mais  uma  Carta  de  intenções  sem  possibilidade  de  ser  aplicada  diretamente. 
Atualmente a Constituição é norma que pauta o Direito Positivo e deve, assim, ser cumprida diretamente. 
Passamos
te – do Estado Legal para o Estado Constitucional. 
 do Estado fundado na lei para o Estado constitucional, Estado regido pelas normas Constitucionais. 
O centro do sistema não é mais a lei como era antigamen
A segunda transformação do Direito Constitucional é o desenvolvimento dos Direitos Fundamentais, 
não que eles sejam novos, mas a Teoria dos Direitos Fundamentais é recente. 
Devemos traçar a distinção entre a dimensão objetiva e subjetiva dos Direitos Fundamentais: 
1. Dimensão  Objetiva  dos  Direitos  Fundamentais:  objetivamente  os  direitos  fundamentais  são 
normas que devem ser observadas pelo  legislador  infraconstitucional. Havendo uma norma de 
 
direito  constitucional  que  garante  o  contraditório,  na  dimensão  objetiva  entende‐se  que  não 
poderá  existir  uma  lei  que  não  preveja  o  contraditório,  pois  violaria  a  norma  de  direito
fundamental que impõe o contraditório. 
2. Dimensão  Subjetiva dos Direitos  Fundamentais:  é um direito do  indivíduo que propicia. Ex.: o 
direito fundamental à herança. Do ponto de vista objetivo significa que não poderá existir uma 
lei que proíba a herança. Subjetivamente são as pessoas que têm o direito fundamental subjetivo 
à herança. 
REVER DIMENSÃO SUBJETIVA ‐ APROFUNDAR 
Obs
ensões: objetiva e subjetiva. 
iva as normas processuais  têm de estar preparadas para proteger os 
Direitos  F egidos 
elo processo, não basta que o processo seja estruturado de acordo com os Direitos Fundamentais. 
.1: Como relacionar processo com Direitos Fundamentais? 
Deve‐se relacionar com as duas dim
Primeiro:  as  normas  processuais  têm  de  estar  em  conformidade  com  as  normas  de  Direitos 
Fundamentais.  
Em relação à dimensão subjet
undamentais –  aqui entendidos  como Direitos. Direitos  Fundamentais devem  ser bem prot
p
Ex.: o habeas  corpus é um  tipo de  instrumento para proteger a  liberdade – prevista  como direito 
fundamental. É necessário que as normas processuais e os direitos  fundamentais sejam bem protegidos em 
juízo. 
A terceira transformação do Direito Constitucional é a valorização da  jurisdição constitucional. No 
Brasil ganhou uma importância incrível, já que qualquer juiz poderá afastar aplicação de uma lei em razão de 
sua inconstitucionalidade. Além disso, há o controle concentrado de constitucionalidade diretamente no STF. 
O juiz poderá afastar a aplicação de uma norma por ser inconstitucional. Ex.: lei alterando o prazo de 
 para 2 dias poderá ser afastada sua aplicação por juiz de entrância inicial se entender que impossibilita 
stitucionalismo. Alguns autores dizem que por haver vários outros 
defesa
a defesa no prazo de dois dias.Ao  conjunto  de  transformações  que  passaram  a  Teoria  do  Direito  e  a  Ciência  do  Direito 
Constitucional deu‐se o nome de Neocon
critérios deve ser chamando de neoconstitucionalismos, ou neopositivismo (considerada mais adequada). Há 
quem chame também de Pós‐positivismo, porém com pouco conteúdo significativo. 
Nos  últimos  dois  anos,  começou  a  surgir  uma  crítica  ao  neoconstitucionalismo,  esta,  porém,  não 
nega  as  transformações,  pois  são  indiscutíveis.  Busca  limitá‐lo  um  pouco  –  alguns  autores  entendem  que 
 
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INTRODUÇÃO AO PROCESSO CIVIL CONTEMPORÂNEO > Os três vetores para compreender o Processo Civil atualmente 
 o revés para posteriormente 
ntrar em equilíbrio. 
deverá esperar a volta do pêndulo para que possa posteriormente equilibrar‐se. Dizem  isso por entenderem 
que os neoconstitucionalistas puxaram muito para um  lado e que deverá haver
e
 
Há dois textos que fazem um balanço crítico do neoconstitucionalismo. Um deles é do Humberto Ávila 
(www.direitodoestado.com.br), outro de aniel Sarmento do l vro Leituras Complementare  de Teoria do  D i   s
Estado. 
 
Atualmente já se diz que estamos vivendo uma nova fase na evolução da ciência do processo que é a 
fase de aplicação de tudo isso na ciência do processo. 
Os processualistas costumam dividir a ciência do processo em três fases: 
1. Sincretismo/Praxismo:  não  havia  uma  ciência  do  processo,  pois  se  confundia  com  o  direito 
material. Estudava‐se apenas as práticas do processo, como fazer a petição  inicial, as custas do 
processo. Esta fase vai até o sec. XIX quando surge a ciência do processo. 
2. Autonomia/Processualismo:  é  a  fase de  afirmação da  ciência do processo, ou  seja,  existe um 
conjunto de fenômenos processuais que não se confundem com o Direto Material. É necessária 
uma autonomia do processo. Esta fase vai de meados do Sec. XIX até o sec. XX. 
3. Instrumentalismo: o processo é autônomo e diferente do direito material, no entanto é preciso 
pensar o processo de acordo com o direito material. Não são a mesma coisa, porém não poderão 
andar distantes onde um inviabilize o outro. 
Para  os  autores  tradicionais  encerraria  aqui,  ou  seja,  atualmente  estaríamos  na  3ª  fase.  Outros 
reestruturar
entendem que atualmente a  fase não poderá ser mais  instrumentalista como no sec. XIX, sendo necessário 
 o processo de acordo com todas as transformações que estão ocorrendo. 
4. Neoprocessualismo: é o processualismo renovado pela metodologia nova da ciência do Direito. É 
preciso  reconstruir  a  ciência  do  processo  de  acordo  com  essa  nova  metodologia.  Há  quem 
prefira designar essa nova fase como fase do Formalismo Valorativo – pois é preciso estudar o 
processo de acordo com os valores constitucionalmente garantidos, não é a forma pela forma, 
mas sim para garantir valores. É a atual fase da ciência do processo que pretende uma renovação 
da ciência do processo a partir das transformações do neoconstitucionalismo.  
 
 Alberto Alvaro de Oliveira (UFRGS). Texto de Eduardo Camb e outro de Carlos
 
O TERCEIRO VETOR é que o direito material deve ser considerado a razão de ser do processo – “não 
existe  processo  oco”.  Todo  processo  tem  no  mínimo  um  problema  de  direito  material  a  ser  resolvido. 
Nascendo um processo para a solução de um problema: deve ser estruturado, aplicado para a solução de um 
problema. 
A essa forma de compreender o processo a partir do direito material chamou‐se Instrumentalidade 
do Processo, ou  seja, o processo deve  atender  as necessidades do direito material  pois  é um  valo   a  ser 
levado em consideração no processo. 
Dizer que o processo é instrumento do direito material não é minimizar a importância do processo. 
Não é 
r
uma relação hierárquica, mas sim de mutualismo, ajuda mútua – um não vive sem o outro.  
O  direito material  dá  sentido  ao  processo  (não  é  oco),  ilumina,  dá  direção. O  processo  serve  ao 
direito material pois existe para concretizar o direito material. 
Obs.2:  Explique  a  Teoria  Circular  dos  planos material  e  processual  do  ordenamento  jurídico. A  teoria  que 
determina  a  complementaridade  entre  ambos;  o  processo  serve  ao  direito  material  ao  tempo  em  que  é 
servido por ele. 
 
 
“O processo está para o direito material como o engenheiro está para o arquiteto.” 
Direito 
Material
Direito 
Processual
 
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INTRODUÇÃO AO PROCESSO CIVIL CONTEMPORÂNEO > Os três vetores para compreender o Processo Civil atualmente 
   
 
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INTRODUÇÃO AO PROCESSO CIVIL CONTEMPORÂNEO > Os três vetores para compreender o Processo Civil atualmente 
RESUMO  
 
PROCESSO CIVIL 
CONTEMPORÂNEO
1º Vetor
MUDANÇA NA TEORIA DAS 
FONTES DO DIREITO
Princípio é Norma
Jurisprudência como Fonte do 
Direito
Alteração da técnica legislativa 
(Cláusulas  Gerais)
MUDANÇA NA 
HERMENÊUTICA JURÍDICA
Norma é o que resulta da 
interpretação do texto
Aquele que interpreta, cria
Desenvolvimento dos Postulados da 
RAZOABILIDADE e 
PROPORCIONALIDADE
2º Vetor
FORÇA NORMATIVA DA 
CONSTITUIÇÃO
DESENVOLVIMENTO DOS 
DIREITOS FUNDAMENTAIS
Dimensão Objetiva dos Dtos Fund.
Dimensão Subjetiva dos Dtos Fund.
VALORIZAÇÃO DA FUNÇÃO 
JURISDICIONAL
3º Vetor NEOPROCESSUALISMO ‐FORMALISMO VALORATIVO
 
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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO CIVIL > Princípio do Devido Processo Legal 
Sexta‐feira,  06  de  agosto  2010.   de
3 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO CIVIL 
Não será um rol exaustivo dos Princípios, pois muitos serão analisados no decorrer das aulas. 
3.1 Princípio do Devido Processo Legal 
É o princípio mais importante do ordenamento processual. 
I. Origem: 
A expressão devido processo  legal é a  tradução para o português de uma expressão  inglesa  “Due 
Process os Law”. Para o português de Portugal a expressão foi traduzida como Processo Equitativo. Já na Itália 
a tradução foi Processo Justo, o que acabou influenciado alguns autores do Brasil que têm usado a expressão 
processo  justo. Considerado também como “Fair Trial”. Todas são denominações que determinam a mesma 
coisa. 
Essa  expressão  surgiu no  séc. XIV,  embora  a  ideia de um processo devido  seja  anterior. O  rótulo 
devido processo  legal é do  sec. XIV, mas a  ideia do processo devido é do  sec. XI e  tem origem Germânica 
(origem bárbara, ou seja, não Romana), o que não significa alemã. 
A Magna Carta consagra o devido  legal, mas não é a origem, pois a origem é anterior se dá, como 
dito, no século XI, e somente no século XIV surge a expressão. Já a Magna Carta data de 1215. 
O devido processo  legal  surgiu  como uma garantia contra  tirania do Poder monárquico, mesmo o 
Monarca  deveria  de  submeter‐se  ao  Direito.  Ex.:  o  Papa  não  se  submete  ao  Direito  Canônico.  O  devido 
processo legal surgiu com esse propósito de limitar o poder do Monarca. É portanto, desde sua origem, uma 
norma que impõe que o poder deve ser exercido de modo adequado, justo e não de qualquer maneira, deve 
ser exercido conforme o direito. 
Há  praticamente  800  anos  essa  expressão  consagra  uma  das  grandes  garantias  da  sociedade 
ocidental. 
A palavra Law, aqui não é  lei, mas sim o Direito. Até porque na  Idade Média não existia  lei, o que 
existia era costume. O devido processo legal, portanto deve ser de acordo com o Direito e não simplesmente 
de acordo com a lei. No Brasil, em razão da corrente que vimos na aula passada, tem sido chamado de Devido 
Processo Constitucional. 
 
II. Semântica: 
a. Devido:  acepção  indeterminada  ‐  depende  do  contexto.  Todo  termo  indeterminado  será 
compreendido historicamente. O que era devido no  séc. XIV era uma  coisa, diferente do que é 
devido hoje. O conteúdo de um processodevido varia historicamente e é algo tão flexível, aberto, 
variável e é possível que se diga que daqui a 800 anos ainda exista a expressão, com uma acepção 
diferente. 
 O que é devido processo legal no Brasil pode não ser na Inglaterra, na Austrália – cada país tem para 
si  aquilo que  é devido processo  legal. O Devido  Processo  Legal  é uma Cláusula Geral. Oitocentos  anos de 
história geraram um acúmulo do que pode ser chamado de Conteúdo Mínimo do devido processo  legal, por 
exemplo: atualmente minimamente garante o contraditório, juiz natural, igualdade das partes, publicidade do 
processo, proibição de prova ilícita, motivação das decisões, duração razoável do processo. 
Hoje se pode dizer que um processo para ser devido deve ser IGUALITÁRIO, PÚBLICO, CONDUZIDO 
EM CONTRADITÓRIO –  cada uma dessas  conquistas  serve  como um  adjetivo do devido processo. Não por 
acaso que todos esses aspectos estão previstos na Constituição Federal. Não obstante tudo isso esteja na CF, o 
devido processo  legal permanece  lá para outras garantias  sejam extraídas dele –  toda vez que a  sociedade 
perceber que uma determinada exigência é  indispensável para que o processo seja devido,  ir‐se‐á buscar no 
Devido Processo Legal. Este princípio é um inciso do art. 5º além de outros como o contraditório, proibição da 
prova ilícita, juiz natural e outros que poderão ser incluídos quando se perceber que forem necessários. É um 
princípio  perene,  tem  um  conteúdo  mínimo  e  que  não  se  pode  mais  retroceder  –  não  se  retrocede  em 
Direitos Fundamentais. 
 
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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO CIVIL > Princípio do Devido Processo Legal 
Todos  os  Princípios  constitucionais  do  processo  que  servem 
derivam do Devido  Processo  Legal. Boa parte  desses princípios  tem previsão  expressa na Constituição. No 
 princípios processuais que decorrem 
cípios, são constitucionais, mas ainda 
não tem inciso específico. 
São Expressos os Princípios do contraditório, duração razoável do processo e publicidade. 
  um  princípio,  é  uma  regra.  É  uma  regra  que  compõe  o  Devido 
lisado quando  se estuda Provas. A motivação das decisões é uma 
regra. 
  Princípios  e  de  outras  regras  que  vão 
para  construir  um  processo  devido 
entanto, há outros princípios constitucionais do processo implícitos. São
do Devido Processo Legal que ainda não tem Texto Expresso – são prin
Princípios Constitucionais Implícitos: boa‐fé processual, adequação e o da efetividade. 
Proibição  de  prova  ilícita  não  é
Processo Legal,  sem dúvida, mas  será ana
O  D
definindo o se
evido  Processo  Legal  se  efetiva  por  meio  de  outros
u conteúdo. 
 
b. Processo: é método de criação de normas. Toda norma jurídica se produz após um processo. Ex.: 
uma  lei  se  produz  por  meio  de  um  processo  legislativo.  É,  portanto,  possível  chamar  devido 
processo legal legislativo. Uma norma administrativa se produz após um processo administrativo, 
sendo admitido então um devido processo  legal administrativo. Uma decisão  judicial  tam ém é 
uma  norma,  produto  de  um  processo  jurisdicional,  portanto,  existe  o  devido  processo  legal 
jurisdicional. 
b
5
A  garantia do devido processo  legal  se  refere  a qualquer  tipo de processo normativo,  inclusive o 
processo jurisdicional. 
Fala‐se muito, atualmente, em processo privado que seria uma quarta espécie de processo. Seria o 
processo para o exercício do poder privado. Ex.: escola tem o poder de punir um aluno; poder do síndico de 
multar um condômino, exclusão de associado. 
Esses poderes privados também se submetem ao devido processo, garantindo às pessoas um devido 
processo privado. Direitos  Fundamentais  regulam  relações entre particulares, entre  indivíduos;  considerado 
pelo STF da Eficácia Horizontal dos Direitos Fundamentais . 
 
A  doutrina  costuma  dividir  o  Devido  Processo  Legal  em  Devido  Processo  Legal  Formal  e  Devido 
Processo Legal Substancial. 
 
III. Devido  Processo  Legal  Formal:  é  o  conjunto  dessas  garantias  processuais,  são  as  garantias  processuais 
vistas anteriormente. 
IV. Devido  Processo  Legal  Substancial:  esse  processo  nasceu  nos  EUA  como  uma  garantia  de  justiça  das 
decisões,  equilibradas  –  as  decisões  não  deveriam  ser  formalmente  corretas,  deveriam  ser 
substancialmente  devidas.  O  Brasil  recepcionou  o  devido  processo  legal  substancial,  mas  deu  outro 
sentido com aspecto muito peculiar. 
A  acepção  brasileira  de  devido  processo  legal  substancial  são  as  exigências  de  razoabilidade  e 
proporcionalidade. Os Princípios da Razoabilidade e Proporcionalidade decorrem da dimensão Substancial do 
Devido Proc  STF procurar com a expressão substantive due process of Law). 
 
(Ler texto crítico da Teoria de Humberto Ávila e outro de Paulo Lucon). 
esso Legal (no
                                                            
5 PROCESSO ‐ RE ‐ 201819 A Turma, concluindo julgamento, negou provimento a recurso extraordinário interp
Tribunal de
osto contra acórdão do 
 Justiça do Estado do Rio de Janeiro que mantivera decisão que reintegrara associado excluído do quadro da sociedade civil 
União Brasileira de Compositores ‐ UBC, sob o entendimento de que fora violado o seu direito de defesa, em virtude de o mesmo não 
ter tido a oportunidade de refutar o ato que resultara na sua punição — v. Informativos 351, 370 e 385. Entendeu‐se ser, na espécie, 
hipótese de aplicação direta dos direitos fundamentais às relações privadas. Ressaltou‐se que, em razão de a UBC integrar a estrutura 
do ECAD ‐ Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, entidade de relevante papel no âmbito do sistema brasileiro de proteção 
aos direitos autorais, seria  incontroverso que, no caso, ao  restringir as possibilidades de defesa do  recorrido, a  recorrente assumira 
posição privilegiada para determinar, preponderantemente, a extensão do gozo e da  fruição dos direitos autorais de seu associado. 
Concluiu‐se  que  as  penalidades  impostas  pela  recorrente  ao  recorrido  extrapolaram  a  liberdade  do  direito  de  associação  e,  em 
especial, o de defesa,  sendo  imperiosa a observância, em  face das peculiaridades do  caso, das garantias  constitucionais do devido 
processo  legal,  do  contraditório  e  da  ampla  defesa.  Vencidos  a  Min.  Ellen  Gracie,  relatora,  e  o  Min.  Carlos  Velloso,  que  davam 
provimento ao  recurso, por e
social e da  legislação civil em
ntender que a  retirada de um sócio de entidade privada é solucionada a partir das  regras do estatuto 
 vigor, sendo  incabível a  invocação do princípio constitucional da ampla defesa. RE 201819/RJ, rel. Min. 
Ellen Gracie, rel p/ acórdão Min. Gilmar Mendes, 11.10.2005. (RE‐201819). 
 
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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO CIVIL > Princípio do Devido Processo Legal 
 
A  crítica  de  Humberto  Ávila  se  baseia  no  fato  de  que  os  Princípios  da  Razoabilidade  e 
Proporcionalidade não estão relacionados com o Devido Processo Legal Substancial. E, não há a necessidade 
de se distorcer o Devido Processo Legal com os aspectos da Razoabilidade e Proporcionalidade, pois seriam 
coisas distintas. 
Existem  dois  modelos  processuais:  modelo  de  processo  de  processo  dispositivo  e  o  modelo  de 
processo  tem  suas 
caracterís
basicamente a tarefa de decidir, funciona como um árbitro – é um expectador do processo. É 
 
• Modelo  de  Processo  Inquisitivo/Inquisitorial:  é  um  processo  conduzido,  gerido  pelo  juiz. 
alguns
instauração  inquisitorial na produção de provas. 
  Princípio Dispositivo),  seguir  o  Princípio Dispositivo  significa  o modelo  de  processo 
dispositiv
 Law seria um processo inquisitivo. Essa relação 
entre civil  e Common Law é bastante comum. 
eloCooperativo  de  Processo.  Esse  modelo  tem  como  marca  é  que  no 
desenvolvimento  do  processo  não  haveria  protagonistas  –  nem  o  juiz,  nem  as  partes  protagonizariam  a 
inquisitivo.  É  uma  organização  doutrinária  feita  pelos  juristas  e  cada  modelo  desses 
ticas marcantes. 
• Modelo  de  Processo Dispositivo:  é  um  processo  conduzido  pelas  partes,  cabendo  ao  juiz 
um  modelo  dispositivo,  também  chamado  de  modelo  liberal  de  processo,  modelo  de 
processo americano.
Não  só decide como gere no processo. Esse modelo de processo é bem  característico dos 
países da Europa continental. 
 
Não existe processo puro, puramente  inquisitivo ou dispositivo; o que há é uma predominância de 
  aspectos  do  modelo  inquisitorial  ou  dispositivo.  O  processo  pode  ter  uma  feição  dispositiva  para 
 do processo e
Sempre  que  aparecer  no  concurso  uma  referência  ao  Princípio Dispositivo  (ex.:  a  instauração  do 
processo  é  regida  pelo
o. No Brasil varia muito: para  instaurar segue‐se o Princípio Dispositivo; para produção de provas o 
Princípio  Inquisitivo;  para  recursos  é  Dispositivo  (em  razão  da  voluntariedade)  e  Inquisitivo  (no  reexame 
necessário). 
Sempre que uma norma der o protagonismo ao juiz na condução do processo se chama no Princípio 
Inquisitivo. Nos livros, de um modo geral, dizem que os processos de países de Common Law (Inglaterra, EUA) 
seriam processos dispositivos. Já o processo de países de Civil
 Law
Atualmente se fala em um terceiro modelo de processo. Haveria a necessidade de criar um terceiro 
modelo  chamado  de  Mod
condução do processo, em harmonia e simetria. Os sujeitos processuais estariam na condução do processo em 
uma posição simétrica. Surge aí então um novo Princípio do Processo, processo para ser devido tem de ser um 
elo cooperativo. Existem deveres de cooperação do juiz
processo conduzido em cooperação. 
Um  processo  conduzido  em  cooperação  é  sem  protagonistas  na  condução,  onde  se  respeita  a 
lealdade e a confiança. A cooperação tem a ver com ética e com ausência de protagonismo. Para muitos um 
modelo democrático de processo é o mod : 
• Dever de esclarecimento do juiz. Subdivide‐se em duas partes: 
o É um dever do  juiz de esclarecer os  seus pronunciamentos. O  juiz não poderá dar 
pronunciamentos pouco claros, obscuros. 
o É  o  dever  também  de  se  esclarecer,  ou  seja,  o  juiz  tem  o  dever  pedir  o 
• Dever  de  prevenção  ou  de  proteção.  O  juiz  tem  o  dever  de,  constando  alguma  falha  no 
esclarecimento quando não entender o que se pede. 
processo,  apontar  e de dizer  a  forma  de  como  se  corrige. O  juiz não pode  indeferir  uma 
petição, por exemplo, sem permitir sua correção. É aceita tranquilamente no Brasil. 
• Dever  de  Consulta:  o  juiz  não  pode  decidir  com  base  em  questão  de  fato  ou  de  direito, 
mesmo se puder conhecê‐la de ofício sem dar a oportunidade de as partes se manifestarem 
sobre ela. Ex.: entendendo o juiz ser uma lei inconstitucional, deixar de oportunizar as partes 
a discussão, manifestando seu entendimento somente ao final. Poder dizer algo de ofício é 
poder  dizer  sem  ser  provocado  para  isso,  mas  não  significa  que  ele  deve  deixar  de 
proporcionar a discussão das partes. Há um caso emblemático do dever de consulta, art. 40, 
 
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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO CIVIL > Princípios Explícitos 
§4º da Lei de Execução Fiscal6 o juiz pode conhecer de ofício, mas deve consultar a Fazenda 
Pública antes de decidir. 
Há previsão expressa no Novo Código de Processo Civil, em  trâmite, o Princípio da Cooperação e 
seus consectários. 
3.2 Princípios Explícitos 
3.2.1 Princípio do Contraditório: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo‐se aos brasileiros 
e  aos  estrangeiros  residentes no País  a  inviolabilidade do direito  à  vida,  à  liberdade,  à  igualdade,  à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
[...] 
LV ‐ aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o 
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
O princípio do contraditório tem duas dimensões muito claras. 
a. Dimensão  Formal:  é  o  direito  de  ser  ouvido,  de  participar.  Consagra  apenas  o  direito  à 
to  ao  advogado  é  conteúdo  do  contraditório. 
ontraditório fica diferido justamente em razão da provisoriedade da decisão. 
mpla defesa. 
‐ O juiz po
CPÇÃO DE 
CONTRADITÓRIO.
   
               
 
participação. 
b. Dimensão  Substancial:  não  basta  o  direito  a  participar  é  preciso  das  à  parte  o  direito  de 
influenciar,  interferir  na  decisão.  Por  isso  o  direi
Tenho o direito de  ter alguém  tecnicamente especializado no  tema. Em  razão dessa  concepção 
que há o direito a produzir prova, dever de consulta. Decidir liminarmente sem ouvir o réu mitiga o 
contraditório, mas não o eliminam porque essa decisão é provisória, portanto pode ser revista e o 
contraditório  ser  protraído.  Dá‐se  uma  decisão  provisória  para  garantir  a  efetividade  e  o 
c
O direito ao  contraditório é de ambas partes, não  somente do  réu. Autor  também  tem direito ao 
contraditório. 
A ampla defesa nada mais é do que a dimensão substancial do contraditório. Tanto é que hoje em 
dia não se faz mais distinção entre contraditório e a
O contraditório também se exige no âmbito privado. 
‐ A regra da congruência (decidir baseado no que foi pedido) é uma regra que afirma o contraditório? Sim, pois 
o  juiz está adstrito ao que  foi pedido, somente o que  foi pedido é objeto de contraditório. Decidindo o  juiz 
questões fora daquilo que foi pedido, seriam partes as quais não foram submetidas ao contraditório. 
 
de decretar de ofício (que significa agir sem provocação), mas não pode agir sem provocar o debate. 
 
A  SÚMULA VINCULANTE 5 NÃO OFENDE O CONTRADITÓRIO, APENAS  FOI  TOMADA  ESSA CONCE
 
Súmula Vinculante 5: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não 
ofende a Constituição.  
Fonte de Publicação DJe nº 88, p. 1, em 16/5/2008. DOU de 16/5/2008, p. 1.  
Legislação: Constituição Federal de 1988, art. 5º, LV. 
                                             
6 Art. 40 ‐ O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for  localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa 
recair  a  penhora,  e,  nesses  casos,  não  correrá  o  prazo  de  prescrição.  [...]  §  4o  Se  da  decisão  que  ordenar  o  arquivamento  tiver 
decorrido o prazo prescricional, o juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e 
decretá‐la de imediato. (Incluído pela Lei nº 11.051, de 2004) 
 
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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO CIVIL > Princípios Processuais Constitucionais Implícitos 
assim como outros princípios, podem ser mitigados: é possível restringir a publicidade do processo, seja em 
razão  do  interesse  público,  seja  para  preservar  a  privacidade  dos  envolvidos,  que  também  é  um  direito 
A exigência de motivação das decisões  judiciais é uma  concretização desse princípio  (Atenção  ‐ é 
a e pedirem a regra que o concretiza.) 
É  exigido  do  juiz  que  e
fundamentação. 
3.2.3 Princípi  Duração Razoável do Processo 
É chamado tam
expresso no inciso LXXVIII está previsto no Pacto São 
  à  Constituição  para  evitar  maiores 
como  Princípio  da  Celeridade  não  é  admitido,  pois  foi  substituído  por  razoável 
o que
constrói
recursos
problema
  processo  deve  ser 
itérios  a  serem  levados  em  consideração  para  avaliar  se  a  duração  é  razoável  ou  não  são 
baseadas
A visão tradicional sobre o tema o examina por uma perspectiva  indenizatória

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