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Resumo elaborado a partir do livro Histologia Básica do Junqueira e Carneiro :D TECIDO ÓSSEO É um tipo especializado de tecido ósseo formado por células e material extracelular calcificada. Principais funções: Suporte para partes moles Proteção de orgãos vitais Apoio a músculos esqueléticos (sistema de alavancas) Depósito de cálcio e outros íons utilizados nos processos fisiológicos. Técnicas para analise de tecido ósseo: Preparação por desgaste: Não preserva as células mas permite um estudo minucioso da matriz bem como suas lacunas e canalículos; Descalcificação: Possibilita o estudo das células. Após sua fixação num fixador histológico, é realizada a remoção da parte mineral da matriz por meio de soluções ácidas(ácido nitríco) ou substâncias quelantes(EDTA) O tecido ósseo é recoberto interna e externamente pelo endósteo e periósteo, respectivamente, que contem células osteoprogenitoras que darão origem a novos osteoblastos. PRINCIPAIS CÉLULAS OSTEOBLASTO Produzem a parte orgânica da matriz (colágeno tipo I, proteoglicanas e glicoproteínas) Dispõem-se lado a lado nas superfícies ósseas num arranjo que lembra um epitélio simples. Quando em alta atividade sintética são cubóides, e pouco atividade são achatadas. Osteócito: Osteoblastos aprisionados pela matriz recém-sintetizada. Osteóide: Matriz recém-sintetizada pelos osteoblastos OSTEÓCITO Osteoblastos aprisionados pela matriz Ocupam as lacunas do osteócito. Ao ser aprisionado, a matriz se deposita ao redor do osteoblasto, que se transforma em osteócito, restando apenas canalículos de comunicação entre os mesmos. Os canalículos se comunicam e constituem a via de intercâmbio de moléculas entre os osteócitos e o sangue dos capilares do periósteo e do endósteo. Sua nutrição depende desses canalículos pois não existe difusão de substâncias através da matriz calcificada **Vale lembrar que se a lâmina for preparada por desgaste, ao ser observada no microscópio o que é visualizado é apenas a LACUNA DO OSTEÓCITO e seus canalículos. Não se observa a célula porque ela não foi preservada por esse processo. Cuidado na parte prática da prova. ;) Pode ser pegadinha. Células achatadas que exibem pequena quantidade de RER, complexo de Golgi pequeno e núcleo com cromatina condensada mas que exercem grande importância para a manutenção da matriz óssea. OSTEOCLASTOS Células móveis, gigantes, extensamente ramificadas e multinucleadas (6-50 ou mais núcleos) Cortes histológicos revelam apenas pequenas porções dos osteoclastos. Originadas de precursores mononucleados da medula óssea. No tecido ósseo unem-se para formar osteoclastos multinucleados. Responsáveis pela reabsorção da matriz Lacuna de Howship: depressões da matriz escavada pelos osteoclastos e onde se encontram os mesmos (áreas de reabsorção de matriz). Superfície ativa dessas células apresentam prolongamentos vilosos irregulares onde se encontra a zona clara(pobre em organelas e rica em filamentos de actina) A zona clara é um local de adesão do osteoclasto com a matriz, criando um microambiente fechado onde tem lugar a reabsorção óssea por meio de substâncias liberadas pelos osteoclastos(ácidos, hidrolases e colagenases) que atuam digerindo a matriz orgânica. **Hormônios controladores da atividade dos osteoclastos Paratormônio (paratireóide): Aumenta o número de osteoclastos e reabsorção de matriz óssea (liberação de fosfato de cálcio) aumentando a calcemia Atua sobre os receptores dos osteoblastos. Em resposta, eles param de sintetizar colágeno e iniciam a secreção do fator estimulador dos osteoclastos Calcitonina ( cél. parafoliculares da tireóide): Efeito inibidor dos osteoclastos: inibe a reabsorção de matriz e, portanto, a mobilização de cálcio. MATRIZ ÓSSEA A parte inorgânica representa cerca de 50% do peso seco da matriz óssea. Íons mais comuns: fosfato e cálcio Formam cristais de hidroxiapatita 95% da parte orgânica da matriz é formada por fibras colágenas (tipo l) Hidroxiapatita + Fibras colágenas = Dureza e resistência do osso PERIÓSTEO E ENDÓSTEO Formados por tecido conjuntivo + células osteoprogenitoras que recobrem as superfícies interna(endósteo) e externa(periósteo) do osso Fibras de Sharpey: feixes de fibras colágenas que partem do periósteo e penetram no osso, prendendo firmemente o periósteo ao osso. As células osteoprogenitoras se multiplicam por mitose e se diferenciam em osteoblastos, desempenhando papel importante no crescimento dos ossos e na reparação das fraturas. O endósteo é constituído por células osteogênicas achatadas revestindo as cavidades do osso esponjoso, canal medular, canal de Havers e os de Volkman. TIPOS DE TECIDO ÓSSEO Primário e secundário. Os dois tipos possuem as mesmas células e os mesmos constituintes da matriz. Diferem apenas na organização das fibras. Imaturo ou primário Aparece primeiro tanto no desenvolvimento embrionário como na reparação de fraturas Temporário, logo após substituído por tecido ósseo secundário. Fibras colágenas dispostas em várias direções sem organização definida Secundário ou lamelar Fibras organizadas em lamelas (camadas) paralelas umas as outras ou em torno de canais com vasos(sistema de Havers ou ósteons) Diáfise de ossos longos formada por sistema de Havers*, circunferênciais interno, externo e intermediário. *Pode ser encontrado no osso compacto em outros locais Canal de Havers: Cilindro longo formado por lamelas concêntricas. Canal revestido por endósteo contendo vasos e nervos Comunicam entre si, com a cavidade medular e com a superfície externa do osso por meio de canais transversais(canais de Volkmann) Sistemas cincurferencial interno e externo são constituídos por lamelas paralelas entre si formando duas faixas: uma situada na parte interna do osso em volta do canal medular, e outra parte mais externa próxima ao periósteo, respectivamente. Lamelas intersticiais estão localizadas entre os dois últimos mencionados. Onde se encontram inúmeros sistemas de Havers. HISTOGÊNESE OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA Ocorre no interior de uma membrana de tecido conjuntivo Envolvida na formação de ossos do crânio Centro de ossificação primária: local de início da ossificação Células mesenquimais se diferenciam em grupos de osteoblastos que sintetizam o osteóide que logo se mineraliza. A parte da membrana conjuntiva que não sofre ossificação passa a constituir o endósteo e periósteo. OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL Tem início sobre um molde de cartilagem hialina de forma parecida à do osso a ser formado, porém com tamanho reduzido. Principal processo de formação de ossos longos e curtos Primeiro a cartilagem sofre modificações, ocorrendo hipertrofia dos condrócitos, redução e mineralização da matriz cartilaginosa e morte dos condrócitos por apoptose. No segundo momento, o local antes ocupado pelos condrócitos é invadido por capilares e células osteogênicas vindas do tec conjuntivo adjacente que se diferenciam em osteoblastos e depositam matriz óssea sobre os tabiques de cartilagem calcificada. Ae vem todo um processo que vc´s vão ver lá no livro como é... Formação do colar ósseo, centros de ossificação primário e secundário e tal, até que sobra apenas o disco epifisário que é quase certeza que vai cair na prova. (o que nos interessa) hahaha ;) Na cartilagem de conjugação (disco epifisário) distinguem-se cinco zonas: Aprendam essas zonas pq ele sempre coloca pra identificá-las na parte prática. Zona de repouso: cartilagem hialina sem qualquer alteração Zona de cartilagem seriada ou de proliferação: os condrócitos se dividem rapidamente formandofileiras ou colunas paralelas de células empilhadas no sentido longitudinal Zona de cartilagem hipertrófica: Condrócitos volumosos com depósitos citoplasmáticos de glicogênio e lipídios. A matriz fica reduzida a tabiques finos entre as células. Condrócitos entram em apoptose Zona de cartilagem calcificada: mineralização dos finos tabiques e fim da apoptose dos condrócitos Zona de ossificação: aparecimento do tecido ósseo. Capilares e células osteoprogenitoras invadem as cavidades deixadas pelos condrócitos mortos. As células osteoprogenitoras se diferenciam em osteoblastos que depositam a matriz óssea. **Estudem bastante essas zonas principalmente aquelas imagens do atlas e uma que tem no livro do junqueira **REPARO DE FRATURAS Nos locais de fratura ocorre hemorragia, destruição de matriz e morte de células ósseas. Para início do reparo, os restos celulares e coágulo sanguíneo devem ser removidos pelos macrófagos. O periósteo e endósteo próximos a área fraturada respondem com uma intensa proliferação, formando um tecido muito rico em células osteoprogenitoras que constitui um colar em torno da fratura e penetra entre as extremidades ósseas rompidas. Nesse colar conjuntivo, surge tecido ósseo imaturo, tanto pela ossificação endocondral de pequenos pedaços de cartilagem que aí se formam, como também por ossificação intramembranosa. Esse processo evolui de modo a aparecer, por algum tempo, o calo ósseo que envolve a extremidade dos ossos fraturados e é constituído por tecido ósseo imaturo que une provisoriamente ás extremidades do osso fraturado. As trações e pressões exercidas sobre o osso durante a reparação da fratura, e após o retorno do paciente a suas atividades normais, causam a remodelação do calo ósseo e sua completa substituição por tecido ósseo lamelar(secundário)
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