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Brasil Monarquico - Articulações e Estrutura Politica do Brasil Império.

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Universidade Federal do Rio Grande do norte
Centro de Ciências Sociais Aplicadas - CCSA
Faculdade de Ciências Econômicas
Formação Econômica do Brasil I
Gilson Medeiros
Maísa Kelly
Stefany Silva
Tema 3
A Estrutura Produtiva e as Articulações políticas no Brasil Império
2014
O período monárquico brasileiro, é marcado por intensa agitação social em todas as províncias e grande efervescência política, que alinhados, colocaram em risco a própria unidade nacional. É um dos mais importantes períodos da historia do Brasil. O presente trabalho, tem como objetivo fazer uma pequena análise no referente as estruturas produtivas e as articulações políticas que tanto impactaram na formação política e econômica do país e, de certo modo, são reflexos na contemporaneidade.
De início, o cenário político passou por um período conturbado, a renúncia de D. Pedro I representava vitória dos liberais sobre os conservadores, contudo, ao invés de ordem e calma, esse acontecimento trouxe mais divisões entre os grupos políticos. Foi um período marcado por rebeliões e revoltas. Só a partir da metade da década de 40 é que conseguiu-se consolidar a unidade nacional, com uma monarquia centralizada e conservadora.
As disputas políticas resultavam em estímulos a revoltas sociais, que chegaram a ameaçar a ordem escravista. Desse modo, as classes populares integravam-se na luta pelo poder, e por privilégios da aristocracia rural, exigindo melhores condições de vida.
A miscelânea de “vontades políticas” atrasavam em muito o desenvolvimento do pais, alguns movimentos atentavam para a volta de D. Pedro I ao trono, outros eram contra, outros queriam até mesmo separar-se do governo central.
Do cenário econômico no primeiro reinado:
O inicio do Primeiro Reinado foi marcado por forte crise no comercio exterior brasileiro, foi quase todo deficitário, a razão para tal era o excesso de importação e baixo nível de exportação, isso resultava num quadro de endividamento. Para que essas dívidas fossem pagas, o país fazia empréstimos externos, no dito popular “tapavam um buraco, cavando outro”, isso resultava na transferência do problema para tempos futuros. Novos pagamentos eram acrescidos a títulos de juros e amortizações. O resultado era o contínuo aumento do desequilíbrio em nossas contas com o exterior.
Quanto à produção e exportação, destacavam-se:
- Açúcar, principal produto brasileiro durante o primeiro reinado, porém era vendido a preços baixos e o principal fator da desvalorização do açúcar era a concorrência com as Antilhas;
- Algodão, enfrentava a forte concorrência americana;
- Fumo, cacau, arroz e couro, por fim, estes, que não tinha tanta expressão no cenário econômico e, assim como o algodão, também enfrentavam concorrência americana.
Além da crise nas exportações, o Brasil também sofria com a escassez de dinheiro, resultante do esvaziamento dos cofres da família real (em sua volta à Portugal), indenização paga a Portugal para que fosse reconhecida a independência, além de gastos com guerras e revoltas internas.
A indústria não pôde se desenvolver devido a falta de recursos e bens de capital. A Inglaterra tinha se tornado um estorvo para o desenvolvimento da indústria brasileira, a exemplo disso temos a indústria têxtil, que, não se desenvolvera no Brasil por esbarrar na interferência inglesa neste setor; beneficiada pelas baixas taxas alfandegárias, a industria têxtil brasileira foi sufocada pela inglesa que distribuía tecidos em melhores condições à custos bem menores.
O segundo Reinado
A partir da década de 1870 a estrutura econômica brasileira passou por algumas mudanças que refletiram nas relações sociais e políticas existentes. Aos poucos, a mão de obra escrava foi perdendo espaço para o trabalho assalariado, o café foi se consolidando como principal produto brasileiro para exportação, provocando uma onda de crescimento econômico muito grande, talvez a maior do Brasil independente, até então. A imigração européia colaborou para a urbanização da sociedade brasileira, o assalariamento levou ao aparecimento de um incipiente mercado interno para bens de consumo popular no país, o que acabou por levar ao aparecimento das primeiras indústrias no Brasil. Em suma, o capitalismo se implantava nas estruturas sócio-econômicas brasileiras.
As transformações na estrutura produtiva brasileira iniciaram com o acúmulo de capitais proporcionados pelo comércio internacional do café, possibilitando o reinvestimento dos lucros obtidos com a comercialização do próprio setor produtivo, assim como pela substituição da mão de obra escrava pela mão-de-obra assalariada nas atividades produtivas, motivada, entre outros fatores, pelo fim do tráfico de escravos no oceano Atlântico e pela pressão internacional contrária à exploração escravista no Brasil. O assalariamento se deu a partir da introdução da mão-de-obra emigrante européia nas atividades produtivas do país, criando assim um mercado nacional para bens de consumo popular. Por outro lado, como nem todos os imigrantes europeus no Brasil se ocuparam com as lavouras de café, dedicando-se às atividades comerciais, aos serviços e ao artesanato, houve espaço para o processo de urbanização da sociedade brasileira, sobretudo na região Sudeste, assim como a criação de bancos comerciais no país. Todos esses fatores, assim como os investimentos públicos imperiais em infra-estrutura, principalmente em ferrovias e estradas na região central do país (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais), foram determinantes para o surgimento das primeiras indústrias no país.
No entanto, por este viés a estrutura econômica e política brasileira apresenta bons resultados, mas existiam alguns fantasmas por trás deste cenário que nós só poderíamos enxergá-los a partir de uma breve análise no quadro político do mesmo período.
A Política no Segundo Reinado e o Atraso do Desenvolvimento Econômico
No século XIX, é consolidado um período de notável estabilidade política arquitetado durante o governo de Dom Pedro II. Mediante o conflito de interesse consolidado pelas diferenças políticas entre liberais e conservadores, Dom Pedro II tomou as rédeas do governo reafirmando a centralização do poder político imperial. Dessa forma, os direitos atribuídos pelo Poder Moderador foram usados em larga medida pelo rei.
Qualquer sinal de desacordo e conflito entre os poderes Legislativo e Executivo era motivo para que a Câmara fosse dissolvida e novas eleições fossem convocadas. Além disso, o oferecimento de cargos públicos a representantes do Legislativo fazia da Câmara um reduto de políticos fiéis aos interesses do imperador. Essas estratégias de equilíbrio entre conservadores e liberais acabaram no momento em que algumas transformações se iniciaram na segunda metade do século XIX.
As pressões políticas inglesas e o ideário abolicionista colocaram em cheque as bases da economia brasileira da época. Sob a possibilidade de extinção do tráfico negreiro, as alas políticas vinculadas ao governo tinham diferentes formas de perceber essa mesma questão. De um lado, os latifundiários nordestinos defendiam o prolongamento do escravismo devido à baixa demanda por trabalhadores na região. Por outro lado, os cafeicultores paulistas esperavam que o Estado financiasse a vinda de trabalhadores estrangeiros para o país.
A proibição do tráfico negreiro, em 1831, incentivou o surgimento de novas atividades no ambiente urbano. Essa diversificação econômica veio junto da aparição de novos setores sociais simpáticos a reformas que desatrelassem a política brasileira da presença exclusiva das elites nos quadros do poder. O Centro Liberal, por exemplo, reivindicava o fim do Senado Vitalício, a extinção do Conselho de Estado e o fim do voto censitário.
Somado a esses primeiros movimentos questionadores do poder monárquico, o enfraquecimento das finanças do governo com o envolvimento na Guerra do Paraguai também contribuiu para o fim da estabilidade política. Ao tentar reverter suafrágil situação econômica, o governo decidiu aumentar impostos e tarifas. Os militares, que saíram prestigiados da guerra, engrossaram o coro contra o imperador alegando a falta de interesse de Dom Pedro II em valorizar os quadros do Exército.
A questão da escravidão, de grande interesse dos latifundiários, era confiada ao interventor do Estado. No entanto, em 1888, a aprovação da Lei Áurea – que previa a abolição sem uma indenização prévia aos senhores de escravos – retirou o mais influente sustentáculo político de Dom Pedro II. A partir de então, as elites da época não necessitavam da preservação de um sistema político centralizado.
Dessa forma, sem mais contar com o apoio de seus históricos aliados e nem conseguir o apoio dos novos grupos sociais urbanos, o governo de Dom Pedro II foi alvo de um golpe militar que deu fim à Monarquia, em 15 de novembro de 1889. A partir dessa data, o regime republicano inaugurou um novo capítulo na política brasileira.
Desse modo, deu-se o período imperial brasileiro no concernente a estrutura produtiva e às articulações políticas. As concessões latifundiárias naquela época permanecem até presente data, visto que as tentativas de reforma agrária no país nunca deram certo devido ao esbarro no poder das elites latifundiárias.
Diante do exposto, chegamos à conclusão de que o atraso econômico no período monárquico está atrelado a diversos fatores políticos, a crise econômica pelo qual passou o Brasil quando declarou a independência, um país sem governo, sem dinheiro, sem unidade bancária, estava a mercê da “maré”. A indústria entrava em um mercado competitivo com uma grande potência mundial, dentro de um cenário econômico e político como esse, foi facilmente esmagada.
Na segunda parte do império, o desenvolvimento econômico permaneceu estagnado, dessa vez, devido a um governo existente para atender aos interesses das elites, a falta de estímulo aos tantos outros tipos de atividade econômica, estagnaram o Brasil àquele ciclo.

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