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1 Grupo Universitário - IPEP São Paulo - SP Rua Maria Paula, 35 - 1º andar – Bela Vista – Fone: (11) 3293-3558 Rua Pirapitingui, 186 - 1º andar – Liberdade – Fone: (11) 3385-7400 Campinas - SP Rua José de Alencar, 470 - Centro – Fone: (19) 3737-3270 Natal - RN Av. Prudente de Morais, 3510, Lagoa Nova - Fone: (84)3206-4013 / (84)3206-2195 Unidade: Liberdade Curso: Tecnologia em Construção de Edifícios Disciplina 1: Legislação para Obras em Edificações Disciplina 2: Código de Obras Docente: Roberta Vendramini Data: fevereiro/2011 AULA 3 - ABNT NBR 9050:2004 Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos CÁLCULO DE RAMPA RETA “Acessibilidade é um processo de transformação do ambiente e de mudança da organização das atividades humanas que diminui o efeito de uma deficiência” Marcelo Pinto Guimarães, Professor de Arquitetura 1 Rampas: conceito De acordo com a Pontifícia Universidade Católica (2009), as rampas, diferentemente das escadas, podem se constituir meios de circulação verticais acessíveis a todos, sem exceção. Por elas podem circular pedestres, idosos, cardíacos, pessoas portadoras de necessidades especiais (P.P.N.E.), usuários de cadeiras de rodas, mães com carrinhos de bebês, ciclistas, skatistas etc. Entretanto, para que elas possam ser, de fato, utilizadas pela maior gama possível de pessoas, é preciso seguir a norma de acessibilidade NBR 9050 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004), de forma a dimensionar esse meio corretamente, atendendo com segurança todos os usuários. 2 As fórmulas Como se sabe, a inclinação máxima das rampas vem indicada, nas normas técnicas, em porcentagem (%). Deve se notar, desde já, que a porcentagem de inclinação é muito diferente do grau de inclinação (exemplo: 5% não é a mesma coisa que 5º). De acordo com a NBR 9050 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004), Figura 01, a inclinação das rampas deve ser calculada segundo a equação: i = h x 100 / c i é a inclinação, em porcentagem; h é a altura do desnível; c é o comprimento da projeção horizontal. 2 Figura 01 – Exemplo de Dimensionamento Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2004) A “altura h” é a altura do desnível que a rampa vence, medida na vertical, e o “comprimento c” é a extensão horizontal (em planta) em que a rampa vence essa altura. Na realização do cálculo, ambos devem ser referidos na mesma unidade, ou seja, se a altura estiver expressa em centímetros, o comprimento também terá que estar expresso em centímetros. Exemplo: se a rampa vencer 8 centímetros numa extensão de 2 metros, serão usados para o cálculo 8cm e 200cm. A partir da fórmula principal, as equações para cálculo do comprimento e da altura do desnível podem ser assim deduzidas: c = h x 100 / i h = i x c / 100 ATENÇÃO: Na construção de uma rampa, quanto maior for a altura do desnível a ser vencido, maior terá que ser o seu comprimento. É um engano comum pensar que o uso da área da escada para fazer um plano inclinado sobre ela seria a solução para o acesso. O espaço utilizado por uma escada nunca será suficiente para fazer uma rampa em seu lugar. Ficaria muito íngreme, deslizante, e não permitiria sua utilização de forma segura. 3 A tabela de dimensionamento As rampas devem ter inclinação de acordo com os limites estabelecidos na Tabela 01. Para inclinação entre 6,25% e 8,33% devem ser previstas áreas de descanso nos patamares, a cada 50 m de percurso. 3 Tabela 01 – Dimensionamento de Rampas Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2004) Em reformas, quando esgotadas as possibilidades de soluções que atendam integralmente à tabela, podem ser utilizadas inclinações superiores a 8,33% (1:12), mas até no máximo 12,5% (1:8). 4 Largura e patamares Segundo a NBR 9050 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004): • a largura mínima admissível para uma rampa é de 1,20 m, sendo recomendada a largura de 1,50 m. O fluxo de usuários é fator determinante para o dimensionamento dessa largura. Dessa forma, não se pode utilizar a mesma largura para uma rampa de uma edificação residencial e para uma estação de transportes de massa ou um shopping Center; • em edificações existentes, quando a construção de rampas nas larguras indicadas ou a adaptação da largura das rampas for impraticável, podem ser executadas rampas com largura mínima de 0,90 m com segmentos de, no máximo, 4,00 m, medidos na sua projeção horizontal; • entre os segmentos de rampa devem ser previstos patamares com dimensão longitudinal mínima de 1,20 m sendo recomendável de 1,50 m. Os patamares situados em mudanças de direção devem ter dimensões iguais à largura da rampa, conforme Figura 02. 4 Figura 02 - Largura e Patamares de Rampas Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2004) 5 Exemplos para construção de rampas Figura 03 - Rampa reta com uma mudança de direção Fonte: Sicchieri (2009) 5 Figura 04 - Rampa reta com duas mudanças de direção Fonte: Sicchieri (2009) Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2004. 97p. Disponível em: <www.mj.gov.br/corde/arquivos/ABNT/NBR9050-31052004.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2009. SICCHIERI, I. Desenho de acessibilidade: normas dimensionamento de rampas. Disponível em: <www.oficinadesenho.com.br/archinotes/ptbr/normas-rampas/>. Acesso em: 20 mar. 2009. PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA (PUC). Apostila de circulações verticais. Rio de Janeiro. (Disciplina Desenho de Arquitetura do curso de Arquitetura e Urbanismo). Disponível em: <http://wwwusers.rdc.puc-rio.br/representarquitetura/da1/desenho1_circverticais_notas.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2009.
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