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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO Aluno: Daiane Jesus da Silva Matrícula: 2023266 APLICAÇÃO PRÁTICA 1. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA II Duque de Caxias 2018 Aluno: Daiane Jesus da Silva APLICAÇÃO PRÁTICA 1. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA II Trabalho de aplicação dos conceitos estudados nas primeiras unidades de aprendizagem compreendendo a importância dos temas. Professor: DAYSE DE LIMA PASSOS Pesquise na internet o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício de uma empresa (coloque-os no trabalho e coloque a fonte). Com uma parte dos dados dessa empresa, de sua escolha, faça uma análise vertical, uma análise horizontal (de pelo menos 2 contas), calcule os índices de liquidez (ILC, ILS, ILI, ILG), calcule o PMRE e o PMRV, também o ET, ECP e o ELP. Além disso, calcule o ROA e o ROE. Ao final, dê sua posição sobre como se encontra a empresa com base nos cálculos efetuados. (10 pontos) Balanço Patrimonial em 31 de dezembro de 2000 e 31 de dezembro de 2001 (Em Reais) ALEGRIA & CIA ATIVO 31/12/2001 31/12/2000 Circulante 46.110.64 36.070.32 Caixa e Bancos 1.622.60 2.359.74 Títulos de Liquidez Imediata 2.596.76 717.12 Duplicatas a Receber 17.276.66 16.693.12 Impostos a Recuperar 1.691.53 522.83 Pagamentos Antecipados 260.9 170.79 Estoques 22.561.58 15.580.15 Despesas Pagas Antecip. 100.61 26.57 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 1.547.40 1.643.91 Depósitos Judiciais 1.531.74 1.517.37 Direitos a Realizar 12.89 105.26 Despesas Pagas Antecip. 2.77 21.28 Não circulante 19.122.33 8.158.35 Investimentos 12.520.65 2.879.15 Imobilizado 11.601.09 10.482.58 Construções em Andamento 241.37 99.21 Depreciações (5.240.78) (5.302.59) TOTAL DO ATIVO 66.780.37 45.872.58 PASSIVO 31/12/2001 31/12/2000 Circulante 37.349.63 27.376.41 Fornecedores 27.441,08 17.818.35 Instituições Financeiras 1.150.00 450 Salários e Encargos Sociais 3.163.90 2.436.37 Impostos 3.053.13 4.261.56 Créd. Venda Entrega Futura 579.56 - Credores Diversos 1.961.96 2.410.13 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 2.295.49 1.837.31 Instituições Financeiras 622.84 335.64 Obrigações c/ Pessoas Lig. 1.522.46 - Tributos sob Judice 1.27 1.27 Resultado Exercícios Futuros 148.92 1.500.40 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 27.135.25 16.658.86 Capital Social 12.000.00 12.000.00 Reservas 13.564.58 3.492.20 Lucros Acumulados 1.570.67 1.166.66 TOTAL DO PASSIVO 66.780.37 45.872.58 Demonstrações do resultado Exercícios em 31 de dezembro de 2000 e 31 de dezembro de 2001 (Em Reais) DEMOSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 31/12/2001 31/12/2000 1-REC BRUTA C/ VENDAS E SERV. 181.491.94 144.025.01 2-DEDUÇÕES DE VENDAS (42.759.57) (33.992.71) 2.1-Devoluções Recebidas (11.511.67) (9.141.64) 2.2-Impostos e Contribuições (31.247,90) (24.851,07) 3-RECEITA LÍQ C/ VENDAS E SERV. 138.732,37 110.032,30 4-CUSTO DAS MERC. VENDIDAS (109.663,30) (85.546,24) 5)LUCRO BRUTO 29.069,07 24.486,06 6- DESPESAS OPERACIONAIS (37.626,22) (29.862.57) 6.1-Despesas com Vendas (21.709.16) (17.164.17) 6.2-Despesas Administrativas (12.146.04) (9.609.62) 6.3-Despesas Financeiras (2.102.92) (2.094.28) 6.4-Outras Despesas Operacionais (1.668.10) (994.50) 7 - RECEITAS FINANCEIRAS 1.634.82 1.727.82 8- OUTRAS RECEITAS OPERAC 7.842.07 3.496.26 9- LUCRO/PREJUÍZO OPERACIONAL 919.74 (152.43) 10 - RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 687.00 1.278.00 11 - DESPESAS NÃO OPERACIONAIS (16.22) (131.78) 12- LUCRO/PREJUÍZO ANTES CONTRIB. SOCIAL 1.590.52 993.79 13- CONTRIB. SOCIAL S/LUCRO (66.77) (21.50) 14- LUC/PREJ ANTES IMP. DE RENDA 1.523.75 972,29 15- IMPOSTO DE RENDA (126.54) - 16- LUCRO/PREJUÍZO LÍQUIDO 1.397.21 972.29 17- LUCRO POR AÇÃO 0.12 0.1 Análise Vertical= conta (ou grupo de contas) / ativo total (passivo total) x 100 -caixa: 2.359,74 -ativo total: 45.872,58 2.359,74 / 45.872,58= 0,051441187 x 100= 5,14% -estoques: 15.580,15 -ativo total: 45.872,58 15.580,15 / 45.872,58 =0,0339639715 X 100= 33,96% Análise Horizontal= valor atual / valor no período base x 100 -caixa: 1.622,60 1.62,60 / 2.359,74= 0,687618127 x 100= 68,76% -Pagamentos Antecipados: 260,9 260,9 / 170,79= 0,1527607 x 100= 15,28% Índice de liquides corrente – ILC Liquidez corrente: ativo circulante / passivo circulante -ativo circulante – 36.070.32 -passivo circulante – 27.376.41 36.070.32 / 27.376.41 = 1.317569396 Índice de liquidez seca – ILS Liquidez seca: (ativo circulante – estoque) / passivo circulante -ativo circulante –36.070.32 -passivo circulante – 27.376.41 -estoques: 15.580,15 (36.070.32– 15.580,15) / 27.376.41 20.490.17 / 27.376.41= 0.748460809 Índice de liquidez imediata - ILI Liquidez imediata: disponível / passivo circulante - caixa: 2.359,74 -Títulos de Liquidez Imediata: 717,12 -passivo circulante – 27.376.41 3,076,86 / 27,376,41 = 0,112390923 Índice de liquides geral – ILG Liquidez geral: (ativo circulante + realizável em longo prazo) / (passivo circulante + exigível a longo prazo ) - ativo circulante – 36.070.32 -realizável em longo prazo – 1.643.91 -passivo circulante – 27.376.41 - exigível a longo prazo – 1.837.31 (36.070.32 + 1.643.91) / (27.376.41+ 1.837.31) 37.714.23 / 29.213.72 = 1.290976637 Período médio de renovação de estoques – PMRE PMRE= (estoques / CMV) x 360 PMRE= 15.580,15 / (85.546, 24) x 360 PMRE= 65 dias. Período médio de recebimento de vendas - PMRV PMRV = (duplicatas a receber / vendas líquidas) x 360 PMRV= 16.693,12 / 110.032,30 x 360 PMRV= 55 dias. Endividamento total= (passivo exigível total / ativo total) x 100 ET= ((27.376, 41 + 1.837, 31) / 45.872, 58) x 100 ET= (29.213, 72 / 45.872, 58) x 100 ET=0, 63684493 x 100 ET= 64% Endividamento curto prazo= (passivo circulante / passivo exigível total) x 100 ECP= (27.376,41 / (27.376,41 + 1.837,31)) x 100 ECP= (27.376,41 / 29.213,72) x 100 ECP= 0,937107975 x 100 ECP= 94% Endividamento longo prazo= (passivo não circulante / passivo exigível total) x 100 ELP= (1.837, 31 / (27.376, 41 + 1.837, 31)) x 100 ELP= (1.837, 31 / 29.213, 72) x 100 ELP= 0,062892024 x 100 ELP= 6% Retorno do ativo total (ROA) ROA= (lucro líquido / ativo total) x 100 ROA= (972,29 / 45.872,58) x 100 ROA= 2% Retorno do capital próprio (ROE) ROE= (lucro líquido / patrimônio líquido) x 100 ROE= (972,29 / 16.658,86) x 100 ROE=6% ANALISE DA SITUAÇÃO DA EMPRESA BALANÇOS PATRIMONIAIS ATIVO 31/12/2001 AV AH 31/12/2000 AV AH Circulante 46.110,64 69,05% 127,83% 36.070.32 78.63% 100% Realizável em longo prazo 1.547,40 2,32% 94,13% 1.643.91 3.58% 100% Não circulante 19.122,33 28,63% 234,39% 8.158.35 17,78% 100% Total do ativo 66.780,37 100,00% 145,58% 45.872.58 100,00% 100% PASSIVO 31/12/2001 AV AH 31/12/2000 AV AH Circulante 37.349,63 55.93% 136,43% 27.376,41 59,68% 100% Exigível em longo prazo 2.295,49 3,44% 124,94% 1.837,31 4,00% 100%Patrimônio liquido 27.135,25 40.63% 162,89% 16.658,86 36,31% 100% Total do passivo 66.780,37 100.00% 145,58% 45.872,58 100,00% 100% O ativo total teve um acréscimo de 45,58% de 2000 para 2001. Isso se deve ao fato de que quase todas as contas sofreram acréscimo de seus valores de 2000 para 2001, com exceção das contas: caixa e bancos, ativo realizável a longo prazo e depreciações, que sofreram decréscimos de seus valores. O grupo ativo circulante sofreu um acréscimo de 27,83% de 2000 para 2001, mas sua representação diminuiu 9,58 pontos percentuais de 2000 para 2001, visto que em 2000 este grupo representava 78,63% do total do ativo e em 2001 passou a representar 69,05% do total do ativo. O grupo ativo realizável em longo prazo sofreu um decréscimo de 5,87% de 2000 para 2001 e sua representatividade diminuiu 1,26 pontos percentuais de 2000 para 2001, visto que em 2000 este grupo representava 3,58% do total do ativo e em 2001 passou a representar 2,32% do total do ativo. O grupo ativo não circulante sofreu um acréscimo de 134,39% de 2000 para 2001 e sua representação aumentou 10,85 pontos percentuais de 2000 para 2001, visto que em 2000 este grupo representava 17,78% do total do ativo e em 2001 passou a representar 28,63% do total do ativo. O passivo total teve um acréscimo de 45,58% de 2000 para 2001. Isso se deve ao fato de que quase todas as contas sofreram acréscimo de seus valores de 2000 para 2001, com exceção das contas: impostos, credores diversos e resultado de exercícios futuros que sofreram decréscimo. O grupo passivo circulante sofreu um acréscimo de 36,43% de 2000 para 2001, mas sua representatividade diminuiu 3,75 pontos percentuais de 2000 para 2001, visto que em 2000 este grupo representava 59,68% do total do passivo e em 2001 passou a representar 55,93% do total do passivo. O grupo exigível em longo prazo sofreu um acréscimo de 24,94% de 2000 para 2001, mas sua representatividade diminuiu 0,56 pontos percentuais de 2000 para 2001, visto que em 2000 este grupo representava 4,00% do total do passivo e em 2001 passou a representar 3,44% do total do passivo. O patrimônio líquido sofreu um acréscimo de 62,89% de 2000 para 2001 e sua representação aumentou 4,32 pontos percentuais de 2000 para 2001, visto que em 2000 este grupo representava 36,31% do total do passivo e em 2001 passou a representar 40,63% do total do passivo. ÍNDICES DE LIQUIDEZ Liquidez Corrente Um baixo índice de liquidez pode significar que a empresa irá enfrentar problemas para honrar seus compromissos de curto prazo; por outro lado, um altíssimo índice de liquidez corrente pode significar que a empresa tem uma grande quantidade de recursos alocados em ativos não produtivos. ANO 2000 => AC = 36.070,32 / PC 27.376,41 = 1,32 Análise: A empresa possui R$1,32 no Ativo Circulante para cada R$1,00 de Passivo Circulante. Em outras palavras: para cada R$1,00 de obrigações a curto prazo, a empresa possui R$1,32 de direitos a curto prazo, gerando uma folga financeira de R$0,32. ANO 2001 => ATIVO CIRCULANTE= 46.110,64 / PASSIVO CIRCULANTE 37.349,63 = 1,23 Análise: A empresa possui R$1,23 no Ativo Circulante para cada R$1,00 de Passivo Circulante. Então: para cada R$1,00 de obrigações em curto prazo, a empresa possui R$1,23 de direitos em curto prazo, gerando uma folga financeira de R$0,23. Evolução: A empresa reduziu o seu índice de Liquidez Corrente de um ano para o outro, não é algo favorável, mas mesmo com essa redução ela continua com uma folga financeira. Liquidez Seca Medida de liquidez usada quando se supõe que uma empresa possui estoques com liquidez não imediata. É uma medida de habilidade da empresa em pagar suas obrigações de curto prazo, sem recorrer à venda de seus estoques. ANO 2000 => AC – Estoque / PC = 36.070,32 – 15.580,15 / 27.376,41 = 0,75 Análise: A empresa possui R$0,75 de Ativo Circulante Líquido para cada R$1,00 de Passivo Circulante. Assim sendo, para cada R$1,00 de obrigações em curto prazo, R$0,57 (R$1,32{Liquidez Corrente} – R$0,75{Liquidez Seca}) são do estoque. Então: para cada R$1,00 de obrigações em curto prazo, a empresa não possui R$1,00 de direitos também em curto prazo, descontando o estoque. A empresa possui R$0,57 de estoque e R$0,75 de direitos em curto prazo. ANO 2001 => AC – Estoque = 46.110,64 – 22.561,58 / 37.349,63= 0,63 Análise: A empresa possui R$0,63 de Ativo Circulante Líquido para cada R$1,00 de Passivo Circulante. Assim sendo, para cada R$1,00 de obrigações em curto prazo, R$0,60 (R$1,23{LC} – R$0,63{LS}) são do estoque. Então: para cada R$1,00 de obrigações em curto prazo, a empresa não possui R$1,00 de direitos também em curto prazo, descontando o estoque. A empresa possui R$0,60 de estoque e R$0,63 de direitos em curto prazo. Percebi que houve redução do índice de Liquidez Seca, sendo um dado desfavorável para a empresa. Quanto maior for o índice de Liquidez Seca melhor, pois indica quanto de suas dívidas à empresa poderá pagar utilizando somente o disponível e as duplicatas a receber. Liquidez Imediata ANO 2000 => Disponibilidades = 3.076,86 / PC 27.376,41 = 0,11 Análise: Esse valor significa que para cada R$1,00 de obrigações em curto prazo, a empresa possui R$0,11 de direitos em curto prazo, representado pelas disponibilidades. Em outras palavras: a empresa poderia pagar nesta data apenas 11% do valor que deve em curto prazo. ANO 2001 => Disponibilidades = 4.219,36 / PC 37.349,63 = 0,11 Análise: Esse valor significa que para cada R$1,00 de obrigações em curto prazo, a empresa possui R$0,11 de direitos em curto prazo, representado pelas disponibilidades. Então: a empresa poderia pagar nesta data apenas 11% do valor que deve em curto prazo. Liquidez Geral De acordo com Braga (1995, p.29), “Deixando de liquidar seus compromissos financeiros nas datas convencionadas, a empresa sofrerá restrições de crédito e terá dificuldades na manutenção do ritmo normal de suas operações”. ANO 2000 =>AC + RLP = 36.070,32 + 1.643,91 / PC + ELP 27.376,41 + 1.837,31 = 1,29 Análise: A empresa possui R$1,29 no Ativo Circulante e Realizável em Longo Prazo para cada R$1,00 de dívida total. Isso representa que a empresa possui obrigações a curto e longo prazo menores que os direitos a curto e longo prazo, gerando uma folga financeira de R$0,29. Em outras palavras: para cada R$1,00 de obrigações a curto e longo prazo, a empresa possui R$1,29 de direitos a curto e longo prazo. ANO 2001 =>AC + RLP = 46.110,64 + 1.547,40 / PC + ELP 37.349,63 + 2.295,49= 1,94 Análise: A empresa possui R$1,94 no Ativo Circulante e Realizável em Longo Prazo para cada R$1,00 de dívida total. Isso representa que a empresa possui obrigações a curto e longo prazo menores que os direitos a curto e longo prazo, gerando uma folga financeira de R$0,94. Em outras palavras: para cada R$1,00 de obrigações a curto e longo prazo, a empresa possui R$1,94 de direitos a curto e longo prazo. Percebi que de 2000 para 2001 a empresa aumentou sua folga financeira, o que é vantajoso para a mesma, podendo assim saldar suas obrigações e ainda ter uma margem de segurança ou reserva. Período médio de renovação de estoques – PMRE O volume de estoques mantido por uma empresa decorre fundamentalmente do seu volume de vendas e de sua política de estocagem. Quanto mais à empresa vende seus produtos ou mercadorias maiores será o giro do estoque. No mundo moderno a tendência das empresas caminha em direção a uma administração em que os estoques sejam mantidos a níveis baixos e tenham seu giro rápido, ou seja, demore poucos dias para se renovar, ficando menos tempo estocado. O montante de estoque da empresa pode ser visto como algo que representa certa potencialidade dos mesmos serem transformados em dinheiro, que é a imagem que as empresas tentam passar aos gerentes de bancos, quando querem obter empréstimos. Também pode ser entendido como aplicações de recursos no ativo circulante. Quanto maiores, mais recurso à empresa estácomprometendo com os mesmos, além dos custos de aquisição ou fabricação dos estoques, há uma série de outros gastos como transportes, armazenagens e seguros. Neste caso a PMRE da empresa encontra-se de certa forma razoável, pois está com 65 dias (uns dois meses e pouco). Período médio de recebimento de vendas - PMRV O volume de duplicatas a receber é decorrência do montante de vendas a prazo e dos prazos concedido aos clientes para pagamento. O ideal é que este tempo seja o mais curto possível, para que não afete a situação financeira de liquidez da empresa e a mesma não fique sem dinheiro para cumprir suas obrigações. As vendas a prazo devem seguir uma política de crédito adotada pela empresa que seja adequada ao seu tipo de atividade. Há diferenças fundamentas nos padrões para concessão de créditos utilizados por empresas diferentes, especialmente quando atuantes em ramos de atividade diferentes. O fato de a empresa demorar mais ou menos para receber suas vendas a prazo pode derivar de vários fatores, tais como, usos e costumes do ramo de negócio, política de maior ou menor abertura para o crédito, eficiência do serviço de cobranças, situação financeira de liquidez dos clientes, etc Então a PMRV não está tão boa, pois está demorando 55 dias para que a empresa possa receber por suas vendas, ou seja, mais que um mês. Endividamento total Quanto menor esse índice for, melhor a empresa estará, pois apresenta menor risco de inadimplência. Do ponto de vista financeiro, a empresa em questão possui uma grande dependência de capital de terceiros, já que o índice é 64%. Do ponto de vista gerencial, no entanto, um alto índice de endividamento nem sempre representa um problema, uma vez que a empresa paga uma remuneração fixa de juros para quem emprestou o dinheiro e pode usar esse capital para gerar uma margem de lucro superior ao valor que ela deve. É importante destacar, no entanto, que embora essa alternativa possibilite de maiores ganhos para a empresa, ela representa também um risco maior para o negócio. Caso a empresa não consiga manter a lucratividade ou o volume de vendas esperado, os lucros podem não superar os juros dos empréstimos, o que gera um prejuízo para a empresa. Fora isso, uma empresa com um alto nível de endividamento geral pode ter dificuldade em levantar novos financiamentos junto a instituições financeiras. Endividamento curto prazo Trata-se, evidentemente, de um grau de comprometimento muito alto do ativo, pois está em 94%, mas não significa, exatamente, que a empresa tenha a saúde financeira comprometida. Esse indicador deve ser cruzado com a capacidade de pagamento da empresa, do ponto de vista financeiro. Se esse endividamento estiver concentrado num prazo curto, pode significar que a empresa está se impondo um aperto para reduzir a dívida rapidamente e ganhar fôlego para novos investimentos. Em qualquer situação, no entanto, o ECP alto não pode é um bom indicador. Endividamento longo prazo A longo prazo, a empresa se encontra com um percentual de apenas 6%,ou seja, muito baixo significa alto comprometimento das receitas com pagamento de dívida, o que indica redução da capacidade de investimento, o que fragiliza a empresa perante a concorrência. Retorno do ativo total (ROA) e Retorno do capital próprio (ROE) Quanto ao rendimento, podemos dizer que o RETORNO DO ATIVO TOTAL está horrível sendo de apenas 2%, pois se encontra muito abaixo do esperado, ou seja, não está obtendo retorno algum do que foi gasto. E o RETORNO DO CAPITAL PRÓPRIO não está nem um pouco favorável, pois por enquanto o retorno está muito baixo, sendo apenas de 6%. Conclusão Então podemos dizer que a empresa ALEGRIA & CIA diminuiu sua capacidade de pagamento pelo fato do Passivo Circulante ter aumentado mais que o Ativo Circulante, devido ao acréscimo das compras a prazo. Quanto aos prazos de pagamentos a empresa está recebendo em um curto período de tempo e pagando seus fornecedores de forma mais espaçada. O capital próprio financia as atividades em longo prazo e ainda cobre uma parte das atividades operacionais da empresa. Outra parte do Ativo Circulante é financiada pelo Exigível em Longo Prazo. O fato de a empresa cobrir suas necessidades em longo prazo e parte das de curto prazo com o capital próprio é muito bom, pois necessita do capital de terceiros apenas para cobrir o restante do Ativo Circulante, onde a empresa possui folga nos prazos para pagamento de seus fornecedores. Percebe-se também que apesar de haver um aumento nas despesas, as outras receitas operacionais cobriram o prejuízo fazendo com que a empresa obtivesse lucratividade em seus demonstrativos. A situação financeira da empresa está razoável se mantiver a atual estratégia, pois tem capacidade de pagamento e está melhorando seus retornos. Portanto a empresa precisa verificar a necessidade de possuir estoques altos, pois estes constituem parcela significativa do ativo operacional, visto que em contrapartida o Passivo Circulante cresceu mais em relação ao Ativo Circulante, o que diminui sua capacidade de pagamento. O melhor a ser feito, em minha opinião, seria reduzir o elevado valor que a empresa possui em estoques, trabalhando somente com o necessário. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro. 8. ed. – 3. reimpr. – São Paulo: Atlas, c1980, 2008. BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. 1. ed. – 12. tiragem. – São Paulo: Atlas, c1988, 1989. HAUSCHILDT, Rogério. Polígrafo Didático da disciplina de Análise de Balanço. Santa Maria, RS, UNIFRA, 2003. DEMICHELI, Marcelo, Teoria da Contabilidade. 2007. IUDÍCIBUS, Sérgio de - Análise de Balanços - 6.ed.-São Paulo: Atlas,1982. MATARAZZO, Dante Carmini - Análise Financeira de Balanços - 5.ed.-São Paulo: Atlas, 1998.
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