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Intervenção - Direito Constitucional em questões

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CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS 
PROFESSOR VICENTE PAULO 
WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 1
AULA 10: INTERVENÇÃO 
 
Na aula de hoje, trataremos do procedimento de intervenção, 
disciplinado nos artigos 34 a 36 da Constituição Federal. 
O tratamento constitucional dispensado à intervenção não é nada 
esclarecedor para a maioria dos candidatos. Os dispositivos 
constitucionais relacionados – arts. 34 a 36 – apresentam uma 
redação um tanto quanto truncada, sem maiores explicações sobre o 
procedimento interventivo. 
Diante dessa realidade, coube à doutrina e à jurisprudência fixar os 
conceitos referentes ao instituto, que são aqueles cobrados pelas 
bancas examinadoras. Por esse motivo, as terminologias sobre 
intervenção cobradas em concursos – ação direta de 
inconstitucionalidade interventiva, princípios sensíveis, ação de 
executoriedade de lei federal, representação interventiva etc. – não 
são encontradas na literalidade do texto da Constituição. 
Em consonância com os entendimentos doutrinários e 
jurisprudenciais dominantes, passemos a uma breve revisão sobre 
intervenção. 
I) Introdução 
Conforme vimos na aula sobre organização do Estado, a regra em um 
Estado federado é o exercício da plena autonomia política pelos 
entes que o compõem. A regra é, portanto, a não-intervenção, isto 
é, a regra é todo ente federado exercer sua autonomia, delineada na 
Constituição, sem nenhuma ingerência de outro. 
Assim, a intervenção é medida excepcionalíssima, que só pode ser 
decretada nas hipóteses taxativamente enumeradas na 
Constituição. Qualquer intervenção fora das hipóteses 
constitucionalmente autorizadas será flagrantemente inconstitucional, 
por ofensa à cláusula pétrea forma federativa de Estado (CF, art. 60, 
§ 4º, I). 
Como a intervenção é medida utilizada para forçar o ente federado a 
cumprir a Constituição, entende a doutrina que o processo de 
intervenção constitui meio de controle de constitucionalidade. 
2) Hipóteses 
Nas situações expressamente autorizadas pela Constituição, a União 
poderá decretar a intervenção nos estados e no Distrito Federal (art. 
34) e, também, nos municípios localizados em Territórios Federais 
(art. 35). 
Os estados poderão decretar a intervenção nos respectivos 
municípios de seu território (art. 35). 
CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS 
PROFESSOR VICENTE PAULO 
WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 2
Em hipótese alguma haverá intervenção da União em município 
localizado em estado. Somente poderá ocorrer intervenção federal 
em municípios localizados em Territórios Federais. 
3) Espécies 
As intervenções são sempre decretadas pelo chefe do Executivo: 
Presidente da República, no caso de intervenção federal; Governador 
de Estado, no caso de intervenção estadual. 
As intervenções podem ser: espontâneas ou provocadas. 
As intervenções espontâneas são aquelas que podem ser decretadas 
pelo chefe do Executivo por sua própria iniciativa, sem necessidade 
da provocação de nenhum órgão. O chefe do Executivo verifica a 
situação fática, faz o seu enquadramento numa das situações 
autorizadoras previstas na Constituição e edita o decreto interventivo 
– tudo isso por sua própria iniciativa. São espontâneas as hipóteses 
de intervenção previstas nos incisos I, II, III e V do art. 34 da 
Constituição. 
As intervenções provocadas são aquelas que só podem ser 
decretadas pelo chefe do Executivo se houver a iniciativa 
(provocação) de algum órgão legitimado pela Constituição para essa 
tarefa. Se o chefe do Executivo não for provocado, por mais grave 
que seja a situação fática, não poderá ele decretar a intervenção. São 
provocadas as hipóteses de intervenção previstas nos incisos IV, VI e 
VII do art. 34 da Constituição. 
Há duas formas distintas de provocação do chefe do Executivo para 
que ele decrete a intervenção: solicitação e requisição. 
Se o chefe do Executivo for provocado mediante solicitação, ele não 
estará obrigado a decretar a intervenção, isto é, a solicitação não 
obriga o chefe do Executivo. 
Se o chefe do Executivo for provocado mediante requisição, ele 
estará obrigado a decretar a intervenção, isto é, a requisição obriga o 
chefe do Executivo. 
4) Provocações 
Um dos aspectos mais cobrados em provas de concursos sobre 
intervenção é a competência para provocar o chefe do Executivo, nas 
diferentes hipóteses previstas na Constituição. Vamos, então, estudar 
essas hipóteses separadamente, nos subitens seguintes: 
a) para assegurar o livre exercício dos Poderes Executivo e Legislativo 
nos estados e no Distrito Federal, a decretação da intervenção federal 
dependerá de solicitação do Poder coacto ou impedido; 
Exemplo: se o Poder Executivo no Estado de São Paulo estiver 
sofrendo coação ou impedimento ao exercício de suas funções, a 
decretação da intervenção dependerá de solicitação desse Poder 
estadual ao Presidente da República; como a provocação é mediante 
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PROFESSOR VICENTE PAULO 
WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 3
solicitação, o Presidente da República não estará obrigado a 
decretar a intervenção (essa mesma orientação é válida para coação 
ou impedimento ao Poder Legislativo estadual ou distrital). 
b) para assegurar o livre exercício do Poder Judiciário nos estados e 
no Distrito Federal, a decretação da intervenção federal dependerá de 
requisição do Supremo Tribunal Federal; 
Exemplo: se o Poder Judiciário no Estado de São Paulo estiver 
sofrendo coação ou impedimento ao exercício de suas funções, a 
decretação da intervenção dependerá de requisição do Supremo 
Tribunal Federal ao Presidente da República; como a provocação é 
mediante requisição, o Presidente da República estará obrigado a 
decretar a intervenção. 
Anote-se que, em se tratando de coação ou impedimento ao Poder 
Judiciário, a regra é distinta: a provocação será do STF (e não do 
próprio Poder Judiciário estadual ou distrital) e mediante requisição (e 
não mediante solicitação). 
c) no caso de desobediência a ordem ou decisão judicial, a 
decretação da intervenção dependerá de requisição do Supremo 
Tribunal Federal - STF, do Superior Tribunal de Justiça – STJ ou do 
Tribunal Superior Eleitoral - TSE; 
Nesse caso, a competência para a requisição obedecerá à seguinte 
regra: se a ordem ou decisão desobedecida for da Justiça Eleitoral, a 
requisição será do TSE; se a ordem ou decisão desobedecida for do 
Superior Tribunal de Justiça, a requisição será do próprio STJ; se a 
ordem ou decisão desobedecida for de qualquer outro órgão da 
Justiça, a requisição será do STF. 
d) no caso de recusa à execução de lei federal, a decretação da 
intervenção dependerá de provimento, pelo STF, de representação do 
Procurador-Geral da República. 
Exemplo: se o Estado de São Paulo estiver se recusando a dar 
execução a uma lei federal, a decretação da intervenção dependerá 
de representação do Procurador-Geral da República perante o 
Supremo Tribunal Federal; se o STF der provimento à representação 
do Procurador-Geral da República, o Presidente da República será 
requisitado para que decrete a intervenção. 
Essa representação do Procurador-Geral da República é denominada 
“ação de executoriedade de lei federal”, pois visa a forçar o estado ou 
o Distrito Federal a dar execução à lei federal. 
e) no caso de ofensa aos princípios sensíveis, previstos no inciso VII 
do art. 34 da Constituição, a decretação da intervenção dependerá de 
representação do Procurador-Geral da República perante o Supremo 
Tribunal Federal; se o STF der provimento à representação do 
Procurador-Geral da República, o Presidente da República será 
requisitado para que decrete a intervenção. 
CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS 
PROFESSOR VICENTE PAULO 
WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 4Exemplo: se uma autarquia estadual estiver se recusando a prestar 
contas (ofensa ao princípio sensível previsto no art. 34, VII, d), a 
decretação da intervenção nesse estado dependerá de provimento, 
do Supremo Tribunal Federal, à representação do Procurador-Geral 
da República. 
Essa representação do Procurador-Geral da República, na hipótese de 
ofensa aos princípios sensíveis, é denominada “ação direta de 
inconstitucionalidade interventiva – ADIN interventiva”, pois visa à 
declaração da inconstitucionalidade da atuação do estado ou do 
Distrito Federal ofensiva a princípio sensível. 
Essas são as hipóteses de intervenções provocadas previstas no art. 
36 da Constituição Federal. Você precisa entender cada uma delas 
muito bem, para não confundi-las na hora da prova! 
Feita essa breve noção, passemos à resolução dos exercícios. 
 
1) (ESAF/EPPGG/MPOG/2005) A Constituição não admite a 
intervenção federal no Distrito Federal ou em Município. 
Item ERRADO. 
A intervenção ocorre sempre do ente de maior grau sobre o ente de 
menor grau. Não há intervenção de Município em Estado, tampouco 
de Estado na União. Também não há intervenção decretada pelo 
Distrito Federal, pois este ente federado não é – e nem poderá ser – 
dividido em municípios. 
Nas restritas hipóteses previstas na Constituição, a União poderá 
intervir nos Estados e no Distrito Federal (art. 34), e os Estados 
poderão intervir nos respectivos Municípios (art. 35). 
Em nenhuma hipótese a União poderá intervir em Municípios 
localizados em Estado-membro, por falta de autorização 
constitucional. Vale dizer: ainda que um Município localizado em 
Estado desrespeite gravemente princípios constitucionais, a União 
não poderá, em hipótese alguma, decretar a intervenção nesse 
Município, porque não há previsão constitucional para isso. 
Entretanto, a União poderá intervir em Município localizado em 
Território Federal (art. 35). Se for criado um Território Federal e se 
esse Território Federal for dividido em Municípios, a União poderá 
decretar a intervenção nesses Municípios (afinal, os Territórios 
Federais integram a União – art. 18, § 2º, da CF/88). 
Portanto, a Constituição admite a intervenção federal em estados, no 
Distrito Federal e em municípios, desde que estes estejam localizados 
em Territórios Federais. 
 
2) (ESAF/APO/MPOG/2005) A decretação da intervenção federal em 
um Estado, no caso de recusa à execução de lei federal, dependerá 
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de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do 
procurador-geral da República. 
Item CERTO. 
Vimos que há dois tipos de intervenção: intervenção espontânea e 
intervenção provocada. 
A intervenção espontânea é aquela que pode ser decretada pelo 
chefe do Executivo por sua própria iniciativa, sem necessidade da 
iniciativa de outro órgão. São exemplos de intervenção espontânea os 
incisos I, II, III e V do art. 34 da Constituição. 
A intervenção provocada é aquela que só pode ser decretada pelo 
chefe do Executivo se houver iniciativa de outro órgão. Se não houver 
a provocação do outro órgão, o chefe do Executivo não poderá 
decretar a medida interventiva, por mais grave que seja a situação. 
São exemplos de intervenção provocada os incisos IV, VI e VII do art. 
34 da Constituição. 
Vimos, também, que há dois tipos de provocação: solicitação ou 
requisição. 
Quando o chefe do Executivo é provocado mediante solicitação, ele 
não está obrigado a decretar a intervenção, podendo decidir com 
plena discricionariedade se decreta, ou não, a intervenção solicitada. 
Quando o chefe do Executivo é provocado mediante requisição, ele 
está obrigado a decretar a intervenção, não dispondo de nenhuma 
discricionariedade. 
Pois bem, no caso de recusa à execução de lei federal por parte 
do Estado ou do Distrito Federal, a intervenção federal dependerá de 
representação do Procurador-Geral da República perante o STF (art. 
36, III). 
Caso seja dado provimento à representação do Procurador-Geral da 
República, o STF comunicará a sua decisão ao Presidente da 
República, requisitando deste a decretação da intervenção federal 
(veja que a provocação é por meio de requisição). 
Cuidado! Até a EC nº 45/2004 (Reforma do Judiciário), a competência 
para a apreciação dessa representação no caso de recusa à execução 
de lei federal pelo Estado e Distrito Federal pertencia ao Superior 
Tribunal de Justiça – STJ. 
 
3) (ESAF/EPPGG/MPOG/2005) A intervenção federal requerida pelo 
procurador-geral da República por desrespeito a princípio 
constitucional sensível deve ser proposta perante o Superior Tribunal 
de Justiça. 
Item ERRADO. 
Os chamados princípios sensíveis estão enumerados no art. 34, 
VII, da Constituição, e são os seguintes: 
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a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta; 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos 
estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na 
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços 
públicos de saúde. 
Pois bem, se o Estado ou o Distrito Federal violar algum desses 
princípios sensíveis poderá ser decretada a intervenção federal, a fim 
de restabelecer a normalidade. 
Entretanto, a decretação da intervenção dependerá de 
representação interventiva (também denominada ação direta de 
inconstitucionalidade interventiva – ADIN interventiva) do 
Procurador-Geral da República perante o STF. 
Caso seja dado provimento à representação do Procurador-Geral da 
República, o STF comunicará a sua decisão ao Presidente da 
República, requisitando deste a decretação da intervenção federal 
(veja que a provocação é por meio de requisição). 
Nesse ponto, uma dica de concursando! Assim como você memoriza 
as cláusulas pétreas (art. 60, § 4º), você tem a obrigação de 
memorizar os princípios sensíveis (art. 34, VII). Por quê? Porque é 
comum o examinador cobrar o conhecimento sobre a representação 
interventiva sem fazer menção expressa aos princípios sensíveis, com 
enunciados do tipo: 
“No caso de violação dos direitos da pessoa humana, a decretação da 
intervenção federal em Estado-membro dependerá de representação 
do Procurador-Geral da República perante o Supremo Tribunal 
Federal.” 
“Se uma autarquia estadual estiver se recusando a prestar contas, a 
decretação da intervenção nesse estado-membro dependerá de 
representação do Procurador-Geral da República perante o Supremo 
Tribunal Federal.” 
Ora, você só acertará questões como essas no concurso se você 
souber que “direitos da pessoa humana” e “não prestação de contas 
pela administração indireta” são princípios sensíveis. Logo, se você 
não houver memorizado os princípios sensíveis, dançou! Concorda? 
 
4) (ESAF/TRT/7ª REGIÃO/JUIZ SUBSTITUTO/2006) Um dos 
instrumentos característicos da Federação é a intervenção federal. 
Assinale a opção que contém afirmação incorreta sobre a intervenção 
federal. 
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a) A intervenção para garantir o livre exercício do Poder Legislativo 
de um Estado-membro depende de solicitação ao Presidente da 
República do poder coacto. 
b) Cabe ao STF julgar a representação para fins interventivos, por 
descumprimento, pelo Estado-membro, de princípio constitucional 
sensível. 
c) Sujeita-se a intervenção federal o Estado-membro que deixar de 
aplicar o mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais 
nas ações e serviçospúblicos de saúde. 
d) Cabe ao Supremo Tribunal Federal julgar a representação do 
Procurador-Geral da República para fins interventivos, no caso de 
recusa à execução de lei federal. 
e) A intervenção federal em Município, situado em Estado-membro, 
por descumprimento de decisão trabalhista, não pode ser recusada 
pelo Presidente da República, se lhe for requisitada pelo Tribunal 
Superior do Trabalho. 
Gabarito: “e” 
Anote-se que o enunciado está solicitando a assertiva “incorreta”. 
A assertiva “a” está correta, de acordo com o previsto no art. 36, I, 
da Constituição Federal. 
As assertivas “b”, “c” e “d” também estão corretas, por força do art. 
36, III, da Constituição Federal. 
A assertiva “e” está incorreta, pois não há, em hipótese alguma, 
autorização constitucional para intervenção federal em município 
localizado em estado-membro (a Constituição só autoriza intervenção 
federal em municípios localizados em Territórios Federais). 
 
5) (ESAF/ACE/TCU/2006) A decretação da intervenção da União nos 
Estados, em razão de recusa de execução de decisão judicial, só pode 
ocorrer após solicitação do Presidente do Tribunal de Justiça Estadual 
ao Presidente da República. 
Item ERRADO. 
A decretação da intervenção federal por desobediência à decisão 
judicial depende de requisição do STJ, do STF ou do TSE (art.36, II). 
Lembre-se que, nesse caso, a competência para a requisição 
obedecerá à seguinte regra: se a ordem ou decisão desobedecida for 
da Justiça Eleitoral, a requisição será do TSE; se a ordem ou decisão 
desobedecida for do Superior Tribunal de Justiça, a requisição será do 
próprio STJ; se a ordem ou decisão desobedecida for de qualquer 
outro órgão da Justiça, a requisição será do STF. 
 
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6) (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006) A decretação de 
intervenção da União em um Estado que suspendeu o pagamento da 
dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, sem motivo de 
força maior, depende de provimento, pelo Superior Tribunal de 
Justiça, de representação proposta pelo Procurador-Geral da 
República. 
Item ERRADO. 
No caso apresentado – suspensão do pagamento da dívida fundada 
por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior -, 
temos hipótese de intervenção espontânea, que poderá ser 
decretada pelo Presidente da República por sua própria iniciativa (CF, 
art. 34, V, a). 
 
7) (ESAF/AFC/Área Auditoria e Fiscalização/CGU/2006) O decreto de 
intervenção do Estado no município deverá especificar a amplitude, o 
prazo e as condições de execução, sendo sempre submetido à 
apreciação da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e 
quatro horas. 
Item ERRADO. 
Não é sempre que o decreto de intervenção é submetido à apreciação 
do Poder Legislativo. Com efeito, determina a Constituição que nos 
casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a 
apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembléia 
Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato 
impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da 
normalidade (art. 36, § 3º). 
 
8) (ESAF/MPOG/ENAP/ADMINISTRADOR/2006) A intervenção da 
União nos Estados dependerá de provimento, pelo Supremo Tribunal 
Federal, de representação do Procurador-Geral da República, no caso 
de recusa à execução de lei federal. 
Item CERTO. 
No caso de recusa à execução de lei federal por parte dos estados ou 
do Distrito Federal, a decretação da intervenção federal dependerá de 
provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do 
Procurador-Geral da República (CF, art. 36, III). 
 
9) (ESAF/ADVOGADO/IRB RESSEGUROS/2006) A intervenção da 
União no Estado, para prover a execução de decisão judicial, far-se-á, 
tão-somente, por meio de requisição do Supremo Tribunal Federal. 
Item ERRADO. 
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A decretação da intervenção federal para prover a execução de 
ordem ou decisão judiciária dependerá de requisição do STJ, do STF 
ou do TSE. 
Nesse caso, como vimos anteriormente, a competência para a 
requisição obedecerá à seguinte regra: se a ordem ou decisão 
desobedecida for da Justiça Eleitoral, a requisição será do TSE; se a 
ordem ou decisão desobedecida for do Superior Tribunal de Justiça, a 
requisição será do próprio STJ; se a ordem ou decisão desobedecida 
for de qualquer outro órgão da Justiça, a requisição será do STF. 
 
10) (ESAF/ADVOGADO/IRB RESSEGUROS/2006) Como o controle 
político do ato de intervenção cabe ao Congresso Nacional, todo 
decreto de intervenção será submetido à apreciação do Congresso 
Nacional, no prazo constitucionalmente estabelecido. 
Item ERRADO. 
Como vimos, não é sempre que o decreto de intervenção é submetido 
à apreciação do Poder Legislativo. Com efeito, determina a 
Constituição que nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, 
dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela 
Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a 
execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao 
restabelecimento da normalidade (art. 36, § 3º). 
 
11) (ESAF/AFC/CGU/2006) A intervenção da União no Estado, com 
vistas a reorganizar as finanças da unidade da Federação, dar-se-á 
apenas na hipótese de suspensão do pagamento da dívida fundada 
por mais de dois anos consecutivos. 
Item ERRADO. 
A intervenção federal com vistas a reorganizar as finanças dos 
estados ou do Distrito Federal dar-se-á em duas hipóteses distintas, 
previstas no inciso V do art. 34 da Constituição Federal, quando o 
ente federado: (a) suspender o pagamento da dívida fundada por 
mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; (b) 
deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta 
Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei. 
 
12) (ESAF/AFC/CGU/2006) O pressuposto formal para que a União 
decrete a intervenção em um Estado por ter ele deixado de prestar 
contas da administração pública direta e indireta é a simples 
constatação da ocorrência do fato. 
Item ERRADO. 
A situação apresentada – não prestação de contas da administração 
pública direta e indireta – constitui princípio sensível, previsto no 
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art. 34, VII, d, da Constituição, e, nesse caso, a decretação da 
intervenção dependerá de provimento, pelo STF, de representação do 
Procurador-Geral da República (art. 36, III). 
Mais uma vez vai o conselho: se você ainda não memorizou os 
princípios sensíveis, previstos no art. 34, VII, memorize-os! Como eu 
disse no início da aula, é comum o examinador cobrar o 
conhecimento sobre a representação interventiva sem fazer menção 
expressa aos princípios sensíveis, como no enunciado desta questão. 
 
13) (ESAF/AFRE/MG/2005) Os Municípios hoje existentes na 
Federação brasileira que deixarem de cumprir ordem judicial 
emanada de tribunal federal não estão sujeitos a intervenção federal. 
Item CERTO. 
Em hipótese alguma a União poderá decretar intervenção em 
Municípios localizados em Estado-membro, por falta de autorização 
constitucional. 
A União somente poderá decretar intervenção em Municípios 
localizados em Territórios Federais (CF, art. 35). 
Como atualmente não existem Territórios Federais divididos em 
Municípios, não há possibilidade de intervenção federal nos Municípios 
hoje existentes (só haverá se algum dia for criado um Território 
Federal, e se esse for dividido em Municípios). 
 
14) (ESAF/AFRE/MG/2005) A autonomia dos Municípios na 
Constituição em vigor é incompatível com toda e qualquer 
intervenção estadual no âmbito municipal. 
Item ERRADO.O Estado poderá decretar intervenção em seus municípios nas 
hipóteses taxativamente enumeradas no art. 35 da Constituição 
Federal. 
 
15) (ESAF/ANALISTA/MPU/2004) Para pôr fim a situações de grave 
violação a direitos humanos, a União pode intervir nos Estados-
membros e nos Municípios brasileiros. 
Item ERRADO. 
O item está errado porque, como vimos, a União não tem 
competência para decretar a intervenção nos Municípios brasileiros, 
localizados nos Estados-membros. Não há autorização constitucional 
para intervenção federal em Municípios localizados em Estados-
membros. A única hipótese em que a União poderá intervir em 
Municípios é quando esses estiverem localizados em Territórios 
Federais (CF, art. 35). 
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16) (ESAF/AGU/2004) Ainda que o Conselho da República e o 
Conselho de Defesa Nacional concluam pelo descabimento da 
intervenção da União em estado-membro, o presidente da República 
não cometerá, necessariamente, crime de responsabilidade se 
decretar tal intervenção. 
Item CERTO. 
Na decretação das intervenções espontâneas o Presidente da 
República é obrigado a ouvir, previamente, o Conselho da República 
(art. 90, I) e o Conselho de Defesa Nacional (art. 91, § 1º, II). 
Entretanto, a manifestação desses órgãos é meramente opinativa, 
isto é, não obriga o Presidente da República. Assim, poderão tais 
Conselhos opinar pela não-decretação da intervenção e, mesmo 
assim, o Presidente da República poderá decretá-la (e vive-versa), 
sem com isso cometer, necessariamente, crime de responsabilidade. 
 
17) (ESAF/PFN/2004) Chamam-se princípios constitucionais sensíveis 
aqueles que não podem ser objeto de abolição por meio de emenda à 
Constituição. 
Item ERRADO. 
As matérias constitucionais que não podem ser objeto de abolição 
por meio de emenda à Constituição são chamadas de cláusulas 
pétreas (art. 60, § 4º). 
Os princípios sensíveis são aqueles que, se ofendidos, legitimam a 
intervenção da União nos Estados ou no Distrito Federal (art. 34, 
VII), a partir de representação interventiva do Procurador-Geral da 
República perante o STF (art. 36, III). 
 
18) (ESAF/AFC/CGU/2003) A possibilidade de intervenção da União 
nos Estados onde não ocorra a prestação de contas da administração 
pública, direta e indireta, é uma exceção ao princípio federativo que 
tem por objetivo a defesa do princípio republicano. 
Item CERTO. 
A intervenção é uma exceção ao princípio federativo porque permite, 
excepcional e temporariamente, o afastamento da autonomia política 
de um ente federado por outro (e, como se sabe, a autonomia 
política dos entes federados é a base do princípio federativo). 
Na hipótese de intervenção da União nos Estados ou no Distrito 
Federal para assegurar a prestação de contas da administração 
pública, direta e indireta (art. 34, VII, d), o objetivo é defender o 
princípio republicano, pois, conforme vimos em aula pretérita, um dos 
princípios básicos da forma de governo republicana é a obrigação de 
prestar contas pela administração pública. 
 
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19) (ESAF/AFC/CGU/2003) Segundo o STF, por falta de previsão 
expressa no texto da CF/88, não é possível ao Tribunal de Justiça do 
Estado requisitar a intervenção estadual no município, na hipótese de 
descumprimento por este de ordem ou decisão judicial. 
Item ERRADO. 
Determina a Constituição que o Estado não intervirá em seus 
Municípios, exceto quando, dentre outras hipóteses, o Tribunal de 
Justiça der provimento a representação para assegurar a observância 
de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a 
execução de lei, de ordem ou de decisão judicial (art. 35, IV). 
Como se vê, ao contrário do que afirma o enunciado da questão, há 
autorização expressa na Constituição para que o Tribunal de Justiça – 
TJ requisite a intervenção do Estado em Município no caso de 
descumprimento por este de ordem ou decisão judicial. 
Nessa hipótese, o TJ poderá requisitar ao Governador que decrete a 
intervenção no Município a partir de representação interventiva 
proposta pelo Procurador-Geral de Justiça, chefe do Ministério 
Público Estadual. 
Cabe esclarecer, ainda, que a decisão do TJ nessa representação do 
Procurador-Geral de Justiça para o fim de intervenção em município é 
de natureza político-administrativa, razão pela qual não cabe, 
contra ela, recurso extraordinário para o Supremo Tribunal Federal. 
Essa a orientação da Súmula nº 637 do STF, nos termos seguintes: 
“Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de Tribunal de 
Justiça que defere pedido de intervenção estadual em Município.” 
 
20) (ESAF/AFT/2003) A decretação da intervenção da União nos 
Estados, em razão de impedimento ao livre exercício do Poder 
Judiciário Estadual, dar-se-á por requisição do STF, provocada por 
pedido do Presidente do Tribunal de Justiça; nesta hipótese, a 
decretação da intervenção é obrigatória, não sendo mais um ato 
discricionário pelo Presidente da República. 
Item CERTO. 
Determina a Constituição que a União não intervirá nos Estados nem 
no Distrito Federal, exceto para, dentre outras hipóteses, garantir o 
livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da 
Federação (art. 34, IV). 
Mais à frente, dispõe a Constituição que nessa hipótese a decretação 
da intervenção dependerá de solicitação do Poder Legislativo ou do 
Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo 
Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário 
(art. 36, I). 
Pormenorizando esse dispositivo constitucional, temos o seguinte: 
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a) se a coação ou o impedimento for contra o Poder Legislativo 
local (contra a Assembléia Legislativa do Estado ou Câmara 
Legislativa do Distrito Federal, conforme o caso), a decretação da 
intervenção federal dependerá de provocação desse Poder local 
perante o Presidente da República, por meio de solicitação; 
b) se a coação ou o impedimento for contra o Poder Executivo local, 
a decretação da intervenção federal dependerá de provocação desse 
Poder local (Governador) perante o Presidente da República, por meio 
de solicitação; 
c) se a coação ou o impedimento for contra o Poder Judiciário local 
(contra o TJ ou Juízes de Direito), a decretação da intervenção 
federal dependerá de provocação do STF perante o Presidente da 
República, por meio de requisição. 
Duas observações importantes. 
Veja que no caso de coação ou impedimento do Poder Judiciário, a 
requisição ao Presidente da República não será do próprio Poder 
Judiciário local (TJ), mas sim do STF. Nesse caso, o TJ apresentará 
pedido ao STF que, se entender conveniente, requisitará ao 
Presidente da República a decretação da intervenção federal. 
Veja, também, que no caso de coação ou impedimento dos Poderes 
Executivo e Legislativo a provocação do Presidente da República é por 
meio de solicitação (logo, o Presidente da República não estará 
obrigado a decretar a intervenção). Ao contrário, na ofensa ou 
impedimento do Poder Judiciário, a provocação é por meio de 
requisição (logo, o Presidente da República estará obrigado a 
decretar a intervenção, não dispondo de discricionariedade). 
 
21) (ESAF/AFRE/RN/2004) A intervenção da União em um Estado, em 
razão de impedimento do livre exercício do Poder Judiciário estadual, 
depende de solicitação, ao presidente da República, do Poder 
Judiciário impedido, feita pelo presidente do Tribunal. 
Item ERRADO. 
Vimos que no caso de coação ou impedimento do Poder Judiciário 
local, a requisição ao Presidente da Repúblicanão será do próprio 
Poder Judiciário local (TJ), mas sim do STF. Nesse caso, o TJ 
apresentará pedido ao STF que, se entender conveniente, 
requisitará ao Presidente da República a decretação da intervenção 
federal. 
A assertiva está errada, também, porque afirma que a provocação 
seria por meio de solicitação e, conforme vimos, é por meio de 
requisição do STF. 
 
22) (ESAF/PROCURADOR/DF/2004) A intervenção federal para prover 
a execução de ordem ou decisão judicial consistente na determinação 
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de depósito para pagamento de precatórios judiciários de natureza 
alimentícia sujeita-se à chamada reserva do financeiramente possível, 
e não será requisitada se o ente federativo estadual ou distrital 
comprovar empenho no cumprimento de suas obrigações 
constitucionais e demonstrar a existência de risco à continuidade da 
prestação de serviços públicos essenciais à população, caso seja 
forçado àquele pagamento. 
Item CERTO. 
Sabe-se que precatório é o regime constitucional para os pagamentos 
devidos pela Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, em virtude de 
sentença judiciária, na forma e termos estabelecidos pelo art. 100 da 
Constituição Federal. 
Portanto, o não-pagamento de precatório pelo Estado ou Distrito 
Federal poderá ensejar a intervenção federal, haja vista se tratar de 
desobediência à ordem ou decisão judicial (art. 34, VI). 
Entretanto, segundo a jurisprudência do STF, a decretação da 
intervenção federal em razão do não-pagamento de precatórios está 
sujeita à chamada reserva do financeiramente possível. 
Significa dizer que se o Estado ou o Distrito Federal comprovar, 
perante o Poder Judiciário, empenho no cumprimento de suas 
obrigações constitucionais e, principalmente, demonstrar que se for 
forçado ao pagamento dos precatórios no momento haverá risco de 
descontinuidade na prestação de serviços públicos essenciais à 
população, não será requisitada pelo Poder Judiciário a medida 
interventiva. 
 
23) (ESAF/AFRF/2000) A Constituição brasileira, perfilando um típico 
federalismo de equilíbrio, não tolera hipótese de intervenção da União 
sobre Estado-membro ou sobre Município. 
Item ERRADO. 
A Constituição Federal de 1988 admite a intervenção federal nos 
Estados e no Distrito Federal (art. 34) e, também, nos Municípios 
localizados em Territórios Federais (art. 35). 
 
24) (ESAF/PROCURADOR/FORTALEZA/2002) Incumbe ao Supremo 
Tribunal Federal apreciar pedido de requisição de intervenção federal 
em Estado-membro por descumprimento de ordem judicial provinda 
da Justiça do Trabalho. 
Item CERTO. 
Determina a Constituição que a União não intervirá nos Estados nem 
no Distrito Federal, exceto para, dentre outras hipóteses, prover a 
execução de ordem ou decisão judicial (art. 34, VI). 
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Mais adiante, dispõe a Constituição que no caso de desobediência a 
ordem ou decisão judiciária, a decretação da intervenção dependerá 
de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de 
Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral (art. 36, II). 
Como se vê, no caso de desobediência à ordem ou decisão judicial 
são três os tribunais que poderão requisitar ao Presidente da 
República a intervenção: TSE, STJ ou STF. 
Os três tribunais concorrem entre si na apresentação da requisição ao 
Presidente da República? Independentemente da natureza da decisão 
descumprida, os três poderão requisitar a intervenção ao Presidente 
da República? 
A resposta é negativa. Embora a Constituição não tenha estabelecido 
expressamente, a jurisprudência do STF firmou a seguinte 
orientação: 
a) se a ordem ou decisão desobedecida for da Justiça Eleitoral, a 
requisição será do TSE; 
b) se a ordem ou decisão desobedecida for do STJ, a requisição será 
do próprio STJ; 
c) se a ordem ou decisão desobedecida for de qualquer outro órgão 
da Justiça (que não seja da Justiça Eleitoral ou do STJ), a requisição 
será do STF. 
Como se vê, a maior competência para requisição foi reservada ao 
STF, que requisitará ao Presidente da República a intervenção federal 
no caso de desobediência à ordem ou decisão da Justiça Federal, da 
Justiça do Trabalho, da Justiça Estadual e da Justiça Militar. 
A assertiva está certa porque trata da hipótese de descumprimento 
de ordem judicial da Justiça do Trabalho, situação em que a 
competência para a requisição é reservada ao STF. 
 
25) (ESAF/PROCURADOR/FORTALEZA/2002) Para garantir a execução 
de lei federal, a Constituição prevê a intervenção federal em todos os 
municípios brasileiros que sistematicamente a descumprirem, desde 
que provida representação para fins interventivos do Procurador-
Geral da República, ajuizada perante o Superior Tribunal de Justiça. 
Item ERRADO. 
Absolutamente errado esse item! 
Primeiro, porque a Constituição não permite a intervenção da União 
em Municípios, exceto naqueles localizados em Territórios Federais 
(art. 35). 
Segundo, porque a recusa à execução de lei federal autoriza a 
intervenção federal somente nos Estados e no Distrito Federal (art. 
34, VI). 
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Mas, ainda que fosse o caso de intervenção federal em Estado ou no 
Distrito Federal em razão da recusa à execução de lei federal, a 
representação interventiva do Procurador-Geral da República seria 
perante o STF, e não perante o STJ (art. 36, III). 
 
26) (ESAF/PROCURADOR/FORTALEZA/2002) Assinale a opção correta 
a respeito de um Município situado em Estado-membro da Federação 
brasileira. 
a) O descumprimento de decisão da Justiça do Trabalho dá ensejo a 
que o Supremo Tribunal Federal requisite e a União realize 
intervenção federal em tal Município. 
b) O descumprimento de decisão da Justiça do Trabalho dá ensejo a 
que o Tribunal Superior do Trabalho requisite e a União realize 
intervenção federal em tal Município. 
c) A intervenção estadual no Município implica necessariamente o 
afastamento do Prefeito do seu cargo, pelo restante do mandato. 
d) A decisão do Tribunal de Justiça na representação para viabilizar a 
intervenção estadual no Município reveste-se de caráter político-
administrativo. Dessa decisão não cabe recurso para o Supremo 
Tribunal Federal. 
e) Somente a Assembléia Legislativa do Estado pode decretar a 
intervenção estadual no Município. 
Gabarito: “d” 
As assertivas “a” e “b” estão erradas porque a União não dispõe de 
competência para intervir em Município localizado em Estado-
membro, em hipótese alguma. A União só dispõe de competência 
para decretar a intervenção em Município localizado em Território 
Federal (art. 35). 
A assertiva “c” está errada porque determina a Constituição que 
cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de 
seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal (art. 36, § 4º). 
A assertiva “d” está certa porque, segundo a jurisprudência do STF, a 
decisão do TJ na representação interventiva para fins de decretação 
da intervenção estadual em Município (art. 35, IV) é de natureza 
político-administrativa e, portanto, definitiva, não cabendo contra 
ela recurso extraordinário para o STF. 
Esse entendimento está consolidado na Súmula nº 637 do STF, 
nestes termos: “não cabe recurso extraordinário contra acórdão de 
Tribunal de Justiça que defere pedido de intervenção estadual em 
Município”. 
A assertiva “e” está errada porque a competência para decretar e 
executar a intervenção é privativa do chefe do Executivo – Presidente 
da República ou Governador de Estado, conforme o caso (art. 84, X). 
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27) (ESAF/GESTOR/MPOG/2002) Mesmo que o Município situado num 
Estado da Federação desobedeça uma decisão de um tribunal federal, 
a União não pode promover a intervenção federal nele. 
Item CERTO. 
Como vimos, a União não dispõe de competência para decretar a 
intervenção em Município localizado em Estado-membro, em 
nenhuma hipótese. 
A União somente dispõe de competência para decretar a intervenção 
em município localizado em Território Federal (art. 35). 
 
28) (ESAF/GESTOR/MPOG/2002) O Distrito Federal não está sujeito à 
intervenção federal. 
Item ERRADO. 
O Distrito Federal poderá ser objeto de intervenção federal, nas 
hipóteses taxativamente enumeradas no art. 34 da Constituição. 
 
29) (ESAF/GESTOR/MPOG/2002) A intervenção federal pode ser 
decretada pelo Presidente da República ou pelo Presidente do 
Supremo Tribunal Federal. 
Item ERRADO. 
A competência para decretar e executar a intervenção federal é 
privativa do Presidente da República (art. 84, X). 
 
30) (ESAF/PFN/2003) Pacificou-se o entendimento de que depende 
de juízo politicamente discricionário do Presidente da República a 
decisão de promover a intervenção federal em decorrência de 
provimento de ação de executoriedade de lei federal. 
Item ERRADO. 
A ação de executoriedade de lei federal é proposta pelo Procurador-
Geral da República perante o STF no caso de recusa à execução de lei 
federal pelo Estado ou Distrito Federal (art. 36, III). 
Nesse caso, se dado provimento à representação do Procurador-Geral 
da República, o STF comunicará ao Presidente da República, que 
deverá baixar um decreto, dispensada a sua apreciação pelo 
Congresso Nacional, determinando a suspensão da execução do ato 
impugnado, se esta medida bastar ao restabelecimento da 
normalidade (art. 36, § 3º). 
Entretanto, se esse decreto suspensivo não for suficiente para 
restabelecer a normalidade, o Presidente da República estará 
obrigado a decretar a intervenção, não dispondo de 
discricionariedade, por se tratar de hipótese de requisição (e não de 
solicitação). 
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31) (ESAF/PFN/2003) Da decisão de Tribunal de Justiça em 
representação para fins interventivos em Município cabe recurso 
extraordinário para o Supremo Tribunal Federal. 
Item ERRADO. 
Como vimos, segundo a jurisprudência do STF, a decisão do TJ na 
representação interventiva para fins de decretação da intervenção 
estadual em Município (art. 35, IV) é de natureza político-
administrativa e, portanto, definitiva, não cabendo contra ela recurso 
extraordinário para o STF. 
É o que dispõe a Súmula nº 637 do STF, nestes termos: “Não cabe 
recurso extraordinário contra acórdão de Tribunal de Justiça que 
defere pedido de intervenção estadual em Município”. 
 
32) (CESPE/DEFENSOR PÚBLICO DO ACRE/2006) A decretação de 
intervenção da União nos estados para assegurar a observância da 
prestação de contas da administração pública, direta ou indireta, 
independerá de provimento, pelo STF, de representação do 
procurador-geral da República. 
Item ERRADO. 
Ao contrário do afirmado no enunciado, a decretação da intervenção 
para assegurar a observância da prestação de contas da 
administração pública, direta e indireta, depende de provimento, 
pelo STF, de representação do Procurador-Geral da República, por se 
tratar de ofensa a princípio sensível, previsto no art. 34, VII, d, da 
Constituição. 
 
33) (CESPE/PROCURADOR DE 1ª CATEGORIA/PROCURADORIA-
GERAL DO AMAPÁ/2006) A validade de decreto presidencial de 
intervenção em estado da Federação, com o objetivo de pôr termo a 
grave comprometimento da ordem pública, independe de prévia 
autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). 
Item CERTO. 
A decretação da intervenção para pôr termo a grave 
comprometimento da ordem pública (art. 34, III) não depende de 
autorização do Supremo Tribunal Federal, pois se trata de hipótese 
de intervenção espontânea, que pode ser decretada por iniciativa 
do próprio Presidente da República. 
Nesse caso, o Presidente da República ouvirá o Conselho da República 
(art. 90, I) e o Conselho de Segurança Nacional (art. 91, § 1º, II) e, 
após a manifestação desses órgãos - que não é vinculante -, baixará 
o decreto de intervenção. 
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Em seguida, o decreto de intervenção, que especificará a amplitude, 
o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o 
interventor, será submetido à apreciação do Congresso, no prazo de 
vinte e quatro horas, para o controle político da medida (CF, art. 36, 
§ 1º). 
Se não estiver funcionando o Congresso Nacional, far-se-á 
convocação extraordinária no prazo de vinte e quatro horas (CF, art. 
36, § 2º). 
Caso o Congresso Nacional aprove a intervenção, será expedido um 
decreto legislativo formalizando a aprovação e, nesse caso, a 
execução da medida prosseguirá. Caso o Congresso Nacional rejeite a 
intervenção, esta deverá cessar imediatamente, sob pena de crime 
de responsabilidade do Presidente da República. 
 
34) (CESPE/FISCAL DA RECEITA ESTADUAL – ACRE/2006) A recusa 
de um estado da Federação em cumprir o que prescreve uma lei 
federal pode justificar uma intervenção da União no estado, por meio 
de representação do procurador-geral da República perante o 
Superior Tribunal de Justiça. 
Item ERRADO. 
No caso de recusa à execução de lei federal pelo estado ou pelo 
Distrito Federal, a decretação da intervenção dependerá de 
provimento, pelo Supremo Tribunal Federal (e não pelo STJ), de 
representação do Procurador-Geral da República (CF, art. 36, III). 
 
35) (CESPE/TJMT/2005) A ação direta de inconstitucionalidade 
interventiva deve ser proposta pelo procurador geral da República, 
perante o STF, quando se tratar de intervenção da União nos estados 
ou no Distrito Federal, por violação dos chamados princípios 
sensíveis, entre os quais se encontra a ausência de prestação de 
contas de uma autarquia ou fundação estadual ou distrital. 
Item CERTO. 
De fato, no caso de ofensa aos princípios sensíveis (art. 34, VII) a 
decretação da intervenção federal dependerá de representação 
interventiva (ADIN interventiva) do Procurador-Geral da República 
perante o STF (art. 36, III). 
A ausência de prestação de contas de uma autarquia ou fundação 
estadual ou distrital implica ofensa ao princípio sensível “prestação de 
contas da administração pública, direta e indireta” (art. 34, VII, d), 
haja vista que autarquia e fundação pública são entidades da 
Administração Pública indireta. 
Cuidado! Olha o que eu disse! Você tem que memorizar os princípios 
sensíveis! Nessa questão, se você não soubesse que “prestação de 
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contas da administração pública, direta e indireta” é princípio 
sensível, não teria como acertá-la! 
 
36) (CESPE/AGU/2004) Ainda que o Conselho da República e o 
Conselho de Defesa Nacional concluam pelo descabimento da 
intervenção da União em estado-membro, o presidente da República 
não cometerá, necessariamente, crime de responsabilidade se 
decretar tal intervenção. 
Item CERTO. 
Determina a Constituição que na decretação das intervenções 
espontâneas pelo Presidente da República serão ouvidos o Conselho 
da República (art. 90, I) e o Conselho de Defesa Nacional (art. 91, § 
1º, II). 
Entretanto, a manifestação do Conselho da República e do Conselho 
de Defesa Nacional é meramente opinativa, isto é, não vincula o 
Presidente da República. 
 
37) (CESPE/PROCURADOR/TCPE/2004) Se houver causa que 
justifiquea decretação de intervenção em ente da Federação, a 
circunstância de o respectivo governador ou prefeito renunciar ao 
exercício do cargo não impede necessariamente aquela decretação. 
Item CERTO. 
Cuida-se de orientação do STF sobre o assunto, no sentido de que 
eventual renúncia do chefe do Executivo não impede 
necessariamente a decretação da intervenção. 
 
38) (CESPE/AUDITOR/TCU/2004) A intervenção em estado pela União 
pode ser proposta ao presidente da República pelo TCU, quando 
deixar o governador de prestar contas de verbas recebidas do ente 
federal. 
Item ERRADO. 
O Tribunal de Contas da União – TCU não é legitimado para provocar 
o Presidente da República para decretar a intervenção em Estado, em 
hipótese alguma. Os legitimados para provocar o Presidente da 
República estão enumerados no art. 36 da Constituição, dentre os 
quais não se inclui o TCU. 
No caso de intervenção em estado pela União para garantir a 
prestação de contas da administração pública, direta e indireta, a 
intervenção dependerá de provimento, pelo STF, de representação do 
Procurador-Geral da República (art. 36, III). 
 
39) (CESPE/ANALISTA/STJ/2004) Entre os efeitos excepcionais 
provocados pela intervenção federal em outra unidade federativa está 
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o de suspensão temporária da autonomia, sendo essa suspensão ato 
privativo do chefe do Executivo e o seu fundamento não figura em 
norma infraconstitucional. 
Item CERTO. 
Esse enunciado está perfeito, pois, de fato: (a) um dos principais 
efeitos da decretação da intervenção é a suspensão temporária da 
autonomia política do ente federado; (b) a decretação e execução da 
intervenção são atos privativos do chefe do Executivo (art. 84, X); e 
(c) o fundamento para a decretação da intervenção não figura em 
norma infraconstitucional, mas sim no texto da Constituição (artigos 
34 a 36). 
 
40) (CESPE/ANALISTA/TCU/2004) A decretação de intervenção da 
União no estado que suspender, sem motivo de força maior, o 
pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos 
tem por pressuposto o provimento pelo STF de representação 
proposta pelo procurador-geral da República. 
Item ERRADO. 
A intervenção da União em Estado que, sem motivo de força maior, 
suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos 
consecutivos (art. 34, V, a) é do tipo espontânea, isto é, não 
depende da provocação de nenhum órgão, tampouco de 
representação interventiva. 
 
41) (FCC/Juiz Substituto/ TRF 5ª Região/2001) A intervenção federal, 
no caso de desrespeito, pelo Estado-Membro, dos direitos da pessoa 
humana, depende de 
a) solicitação dos Poderes Legislativo ou Executivo estaduais e 
será decretada pelo Presidente da República, submetido o decreto à 
apreciação do Congresso Nacional. 
b) requisição do Supremo Tribunal Federal, será decretada pelo 
Presidente da República e ratificada pelo Congresso Nacional. 
c) provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do 
Procurador-Geral da República, dispensada a apreciação do decreto 
pelo Congresso Nacional. 
d) requisição do Superior Tribunal de Justiça e será decretada pelo 
Presidente da República, independentemente de ratificação pelo 
Congresso Nacional. 
e) provimento, pelo Superior Tribunal de Justiça, de representação 
do Procurador-Geral da República, dispensada a apreciação do 
decreto pelo Congresso Nacional. 
Gabarito: “c” 
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Os “direitos da pessoa humana” constituem princípio sensível, 
previsto no art. 34, VII, b, da Constituição Federal. 
No caso de ofensa aos princípios sensíveis, a decretação da 
intervenção dependerá de provimento, pelo Supremo Tribunal 
Federal, de representação do Procurador-Geral da República (CF, art. 
36, III). 
Nesse caso, como a constitucionalidade da medida já foi apreciada 
pelo Poder Judiciário, a Constituição Federal dispensa a apreciação do 
decreto de intervenção pelo Congresso Nacional (art. 36, § 3º). 
Veja que essa questão também exige conhecimento dos princípios 
sensíveis! Se você não souber que “direitos da pessoa humana” é 
princípio sensível, não terá como acertá-la! Por isso, eu disse que 
eles devem ser decorados por você! 
 
42) (FCC/AUDITOR TRIBUTÁRIO/PREFEITURA DE JABOATÃO DOS 
GUARARAPES/2006) Com vistas a prover a execução de lei federal, o 
Supremo Tribunal Federal dá provimento a representação do 
Procurador- Geral da República, para decretação de intervenção da 
União em determinado Estado da federação. Na seqüência, o 
Presidente da República decreta a intervenção, que se restringe à 
suspensão da execução do ato objeto de impugnação na referida 
representação. Nessa hipótese, a decretação da intervenção 
a) atende aos requisitos previstos na Constituição Federal para tanto. 
b) é inconstitucional, por não se tratar de hipótese em que a 
intervenção é decretada a partir de representação do Procurador-
Geral da República. 
c) deveria ter sido submetida à apreciação prévia do Congresso 
Nacional, sendo, por isso, inconstitucional. 
d) deverá ser apreciada, no prazo de 24 horas, pela Assembléia 
Legislativa do Estado em questão, sob pena de inconstitucionalidade. 
e) é inconstitucional, por não se tratar de hipótese autorizativa de 
decretação de intervenção da União em Estado da federação. 
Gabarito: “a” 
Vimos que, no caso de recusa à execução de lei federal por parte dos 
estados ou do Distrito Federal, a decretação da intervenção federal 
dependerá de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de 
representação do Procurador-Geral da República (CF, art. 36, III). 
Nesse caso, determina a Constituição que, dispensada a apreciação 
pelo Congresso Nacional, o decreto limitar-se-á a suspender a 
execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao 
restabelecimento da normalidade (art. 36, § 3º). 
 
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43) (FCC/ PROCURADOR DE CONTAS DE 2ª 
CLASSE/AMAZONAS/2006) A intervenção do Estado-membro em 
Município depende de prévia decisão do Tribunal de Justiça do 
Estado, em representação proposta para este fim, na hipótese de 
a) não terem sido prestadas contas devidas na forma da lei. 
b) não pagamento da dívida fundada por dois anos consecutivos, sem 
motivo de força maior. 
c) não aplicação do mínimo exigido da receita municipal na 
manutenção e desenvolvimento do ensino. 
d) inexecução de lei, ordem ou decisão judicial. 
e) violação do livre exercício do Poder Legislativo ou do Executivo 
municipal. 
Gabarito: “d” 
Determina a Constituição Federal que o Estado não intervirá em seus 
municípios, exceto quando, dentre outras hipóteses 
constitucionalmente previstas, o Tribunal de Justiça der provimento a 
representação para assegurar a observância de princípios indicados 
na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de 
ordem ou de decisão judicial (art. 35, IV). 
 
44) (FCC/ PROCURADOR DE 3ª CLASSE/PROCURADORIA GERAL DE 
MANAUS/2006) A Constituição Federal estabelece que 
a) o Estado não intervirá em seus Municípios, exceto quando não 
tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal no 
desenvolvimento do desporto, do trabalho e da moradia. 
b) a União intervirá nos Municípios localizados em Território Federal, 
quando deixar de ser paga, em qualquer hipótese, por três anos 
consecutivos a dívida fundada. 
c) no caso de desobediência a ordem do Poder Judiciário, a 
decretação da intervenção dependerá de requisição do Procurador-
Geral da República ou do Procurador-Geral de Justiça Estadual. 
d) o decreto de intervenção será necessariamentesubmetido a 
apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do 
Estado, no prazo de setenta e duas horas. 
e) cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de 
seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal. 
Gabarito: “e” 
A assertiva “a” está errada porque essa situação não se encontra 
dentre as hipóteses que autorizam a intervenção de Estado em 
Município, previstas no art. 35 da Constituição. 
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A assertiva “b” está errada porque a Constituição autoriza a 
intervenção de Estado em seus municípios, e da União nos municípios 
localizados em Território Federal, quando deixar de ser paga, sem 
motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida 
fundada (art. 35, I). 
A assertiva “c” está errada porque, no caso de desobediência a ordem 
do Poder Judiciário, a decretação da intervenção dependerá de 
requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de 
Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral (CF, art. 36, II). 
A assertiva “d” está errada porque, conforme estabelece o § 3º do 
art. 36 da Constituição, nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, 
IV, é dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela 
Assembléia Legislativa, hipótese em que o decreto limitar-se-á a 
suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao 
restabelecimento da normalidade. 
A assertiva “e” está certa, pois a Constituição determina que 
cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de 
seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal (art. 36, § 4º). 
 
45) (FCC/AUDITOR/TCE-MG/2005) Dependerá de provimento, pelo 
Supremo Tribunal Federal, da representação formulada pelo 
Procurador Geral da República a intervenção federal decretada no 
caso de o Estado 
a) deixar de pagar, por dois anos consecutivos, a dívida fundada. 
b) promover invasão em outra unidade da Federação. 
c) recusar-se à execução de lei federal. 
d) desobedecer a ordem ou decisão judicial. 
e) não entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas na 
Constituição. 
Gabarito: “c” 
São duas as hipóteses em que a decretação da intervenção 
dependerá de provimento, pelo STF, de representação do Procurador-
Geral da República: ofensa aos princípios sensíveis – previstos no art. 
34, VII da Constituição – e recusa à execução de lei federal (CF, art. 
36, III). 
 
46) (FCC/ AUDITOR-FISCAL/TCE-PIAUÍ) Para garantir o livre exercício 
de qualquer dos Poderes estaduais, a intervenção da União no Estado 
a) depende, sempre, de requisição do Supremo Tribunal Federal ou 
do Superior Tribunal de Justiça, por força da autonomia constitucional 
do Estado. 
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b) depende de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de 
representação do Procurador-Geral da República. 
c) depende de provimento, pelo Superior Tribunal de Justiça, de 
representação do Procurador-Geral da República. 
d) é ato discricionário do Presidente da República e independe de 
solicitação dos poderes estaduais. 
e) depende de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo 
coacto, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação 
for exercida contra o Poder Judiciário. 
Gabarito: “e” 
Para garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades 
da Federação, a decretação da intervenção dependerá de solicitação 
do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de 
requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida 
contra o Poder Judiciário (CF, art. 36, I). 
 
47) (FCC/AUDITOR/TCE-PI/2005) A decretação da intervenção 
federal, com vistas a garantir a obediência a ordem ou decisão 
judicial, dependerá de 
a) representação do Procurador-Geral da República perante o 
Supremo Tribunal Federal. 
b) solicitação do órgão do Poder Judiciário impedido de exercer 
livremente suas atribuições. 
c) autorização do Poder Legislativo, após oitiva dos Conselhos da 
República e de Defesa Nacional. 
d) requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de 
Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral. 
e) provimento, pelo Superior Tribunal de Justiça, de representação do 
Advogado Geral da União. 
Gabarito: “d” 
Para garantir a obediência à ordem ou decisão judiciária, a 
decretação da intervenção dependerá de requisição do Supremo 
Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal 
Superior Eleitoral (CF, art. 36, II). 
Nesse caso, a competência para a requisição obedecerá à seguinte 
regra: se a ordem ou decisão desobedecida for da Justiça Eleitoral, a 
requisição será do TSE; se a ordem ou decisão desobedecida for do 
Superior Tribunal de Justiça, a requisição será do próprio STJ; se a 
ordem ou decisão desobedecida for de qualquer outro órgão da 
Justiça, a requisição será do STF. 
 
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48) (FCC/ ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/TCE-MA/2005) É 
possível a intervenção do Estado em seus Municípios 
a) a fim de pôr termo a grave comprometimento da ordem pública. 
b) quando deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois 
anos consecutivos, a dívida fundada. 
c) para repelir invasão estrangeira ou de um Município em outro. 
d) quando não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita 
municipal nas ações de amparo às crianças e adolescentes carentes. 
e) a fim de ser evitada a decretação de estado de sítio, na hipótese 
de comoção grave de repercussão nacional. 
Gabarito: “b” 
Dentre todas as situações apresentadas, a única que se encontra 
dentre aquelas que autorizam a intervenção em município é a 
indicada na assertiva “b”, prevista no inciso I do art. 35 da 
Constituição Federal. 
 
49) (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-AM/2003) Uma das hipóteses 
de intervenção dos Estados nos Municípios é "deixar de ser paga, sem 
motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada". 
Nessa regra, "dívida fundada" compreende 
a) os compromissos financeiros contraídos para pagamento anual, 
programada pelo tempo mínimo de 10 anos, e cuja origem esteja 
vinculada às desapropriações por utilidade pública. 
b) o estoque integral da dívida acumulada e não paga, cuja exclusiva 
origem seja de débitos por desapropriação de imóveis. 
c) as dívidas e os compromissos que deveriam ter sido pagos em um 
ano fiscal e, não tendo sido pagos, ficaram fundados para pagamento 
oportuno. 
d) o total dos compromissos de qualquer natureza com previsão 
vinculada no orçamento plurianual para pagamentos parcelados e 
sucessivos. 
e) os compromissos de exigibilidade superior a 12 meses, contraídos 
para atender ao desequilíbrio orçamentário ou financeiro de obras e 
serviços públicos. 
Gabarito: “e” 
A assertiva “e” está certa, pois apresenta o exato conceito de dívida 
fundada. 
 
50) (FCC/ PROCURADOR DO MUNICÍPIO 2ª CLASSE/PREFEITURA DE 
SALVADOR/2006) A intervenção em Município 
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a) pode ser requerida pela União Federal caso sejam violados, por 
quaisquer Municípios, os princípios constitucionais sensíveis. 
b) para prover a execução de lei, ordem ou decisão judicial, depende 
de provimento de ação direta interventiva, proposta pelo Procurador-
Geral de Justiça ou pelo Procurador-Geral do Estado interessado. 
c) não pode ser efetivada até que sobrevenha a aprovação do decreto 
interventivo pelo Poder Legislativo competente, qualquer que seja a 
hipótese que a tenha motivado. 
d) quando implicar o afastamento de autoridades municipais,impede 
que estas retornem a seus cargos mesmo após cessada a medida 
interventiva. 
e) quando deferida em acórdão proferido por Tribunal de Justiça, não 
pode ser questionada junto ao Supremo Tribunal Federal por meio de 
recurso extraordinário. 
Gabarito: “e” 
A assertiva “a” está errada porque, como já estudamos 
exaustivamente nesta aula, a União não dispõe de competência para 
decretar a intervenção em “quaisquer municípios”, mas somente 
naqueles localizados em Territórios Federais (art. 35). 
A assertiva “b” está errada porque, na esfera estadual, a legitimação 
para a representação interventiva perante o Tribunal de Justiça nos 
casos previstos no art. 35, IV, da Constituição Federal é privativa do 
Procurador-Geral de Justiça, chefe do Ministério Público do 
Estado. 
A assertiva “c” está errada porque a decretação da intervenção não 
depende da apreciação prévia do decreto interventivo pelo Poder 
Legislativo, haja vista que o controle político é posterior, isto é, após 
a decretação da intervenção pelo Governador. Ademais, não é em 
toda a hipótese de intervenção que haverá apreciação do decreto 
interventivo pelo Poder Legislativo. No caso de intervenção estadual 
decretada com fundamento no art. 35, IV, da Constituição Federal é 
dispensada a apreciação da Assembléia Legislativa (CF, art. 36, § 
3º). 
A assertiva “d” está errada, pois cessados os motivos da intervenção, 
as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo 
impedimento legal (CF, art. 36, § 4º). 
A assertiva “e” está certa porque, de fato, a decisão do TJ na 
representação do Procurador-Geral de Justiça para o fim de 
intervenção em município é de natureza político-administrativa, razão 
pela qual não cabe, contra ela, recurso extraordinário para o 
Supremo Tribunal Federal. Essa é a orientação da Súmula nº 637 do 
STF, nos termos seguintes: “Não cabe recurso extraordinário contra 
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acórdão de Tribunal de Justiça que defere pedido de intervenção 
estadual em Município.” 
Veja como a Súmula nº 637 do STF tem sido cobrada em prova de 
todas as bancas examinadoras! 
 
51) (FCC/ ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-PI/2002) 
Considere as afirmações abaixo: 
É hipótese de intervenção do Estado no Município por não ter aplicado 
o mínimo exigido da receita municipal 
I. na manutenção e desenvolvimento do ensino. 
II. nas ações e serviços públicos de saúde. 
III. no desenvolvimento do esporte amador. 
IV. no pagamento de seus servidores. 
Segundo a Constituição Federal, são corretos APENAS 
a) I e II 
b) I e III 
c) II e III 
d) II e IV 
e) III e IV 
Gabarito: “a” 
De acordo com o determinado pelo art. 35, III, da Constituição 
Federal, o Estado não intervirá em seus Municípios, exceto quando 
não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na 
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços 
públicos de saúde. Logo, as hipóteses que complementam 
corretamente a frase apresentada pela questão são as dos itens I e 
II, o que torna certa a assertiva “a”. 
 
52) (FCC/ JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-RN) A hipótese de 
intervenção federal em Municípios 
a) está prevista para os Municípios localizados no Distrito Federal, 
nos mesmos casos previstos para a intervenção estadual nos 
municípios. 
b) não está prevista na Constituição. 
c) está prevista para o caso, entre outros, de não pagamento de 
dívida fundada, por dois anos consecutivos, sem motivo de força 
maior, independentemente da localização dos Municípios. 
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d) está prevista para o caso, entre outros, de não aplicação do 
mínimo exigido da receita municipal na manutenção e 
desenvolvimento do ensino, independentemente da localização dos 
Municípios. 
e) está prevista para os Municípios localizados em Território Federal, 
nos mesmos casos previstos para a intervenção estadual nos 
Municípios. 
Gabarito: “e” 
A Constituição Federal somente autoriza a intervenção federal em 
municípios se estes estiverem localizados em Territórios Federais, 
exatamente nas mesmas hipóteses previstas para a intervenção 
estadual em municípios (art. 35). 
 
53) (FCC/ ANALISTA – ÁREA PROCESSUAL/MPU/2007) A União não 
intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto, dentre outros 
casos, para assegurar a observância do princípio constitucional da 
forma republicana, do sistema representativo e do regime 
democrático. Neste caso, a decretação da intervenção dependerá de 
a) provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do 
Presidente da Câmara dos Deputados. 
b) solicitação expressa do Poder Legislativo ou do Poder Executivo 
coacto ou impedido. 
c) provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, derepresentação do 
Presidente do Senado Federal. 
d) requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida 
contra o Poder Judiciário. 
e) provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do 
Procurador-Geral da República. 
Gabarito: “e” 
Os princípios apresentados - forma republicana, sistema 
representativo e regime democrático – constituem princípios 
sensíveis, previstos no art. 34, VII, a, da Constituição. 
Como vimos, no caso de ofensa aos princípios sensíveis, a decretação 
da intervenção dependerá de provimento, pelo STF, de representação 
do Procurador-Geral da República (CF, art. 36, III). 
 
54) (FCC/ PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO / TCE – MG / 
2007) A decretação da intervenção da União em Estado da Federação 
para assegurar a observância ao princípio constitucional que prevê a 
aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos 
estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na 
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manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços 
públicos de saúde, dependerá de 
a) provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do 
Procurador-Geral da República. 
b) requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de 
Justiça ou do respectivo Tribunal de Justiça. 
c) provimento, pelo Superior Tribunal de Justiça, de representação do 
Tribunal de Contas da União. 
d) provimento, pelo Superior Tribunal de Justiça, de representação do 
Procurador-Geral da República. 
e) homologação pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do 
Tribunal de Contas da União. 
Gabarito: “a” 
O princípio apresentado - aplicação do mínimo exigido da receita 
resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de 
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas 
ações e serviços públicos de saúde – constitui princípio sensível, 
previsto no art. 34, VII, e, da Constituição. 
Como vimos, no caso de ofensa a princípio sensível, a decretação da 
intervenção dependerá de provimento, pelo STF, de representação do 
Procurador-Geral da República (CF, art. 36, III). 
 
55) (FCC/TÉCNICO DE DOCUMENTAÇÃO/TCE – MG/2007) A União 
poderá intervir nos Estados e no Distrito Federal, dentre outras, na 
seguinte hipótese: 
a) para reorganizar as finanças do ente da federação que suspender, 
durante pelo menos um exercício fiscal, o pagamento da dívida 
fundada. 
b) quando o ente federado deixar de entregar aos Municípios as 
receitas tributárias fixadas na Constituição Federal, dentro dos prazos 
estabelecidos em lei. 
c) quando houver fundados indícios de fraude eleitoral. 
d) para assegurar a aplicação do mínimo exigido da receita de 
impostos estaduais na manutenção e desenvolvimento do ensino, 
saúde e segurança pública. 
e) para assegurar o cumprimentodas disposições da Constituição 
Federal, bem como de legislação federal e estadual relativamente às 
finanças públicas. 
Gabarito: “b” 
Dentre as hipóteses apresentadas, a única que se encontra prevista 
no art. 34 da Constituição Federal como autorizadora de intervenção 
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federal é indicada na assertiva “b”, que apresenta a hipótese de a 
União intervir no Estado-membro e no Distrito Federal para 
reorganizar as finanças da unidade da Federação que deixar de 
entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas na Constituição 
Federal, dentro dos prazos estabelecidos em lei (art. 34, V, b). 
 
56) (FCC/ENGENHEIRO PERITO/TCE – MG/2007) A decretação da 
intervenção da União em Estado-membro por recusa à execução de 
lei federal dependerá de 
a) apreciação pelo Congresso Nacional e de nomeação de interventor. 
b) solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou 
impedido. 
c) requisição do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de 
Justiça. 
d) provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do 
Procurador-Geral da República. 
e) requisição do Tribunal de Justiça da respectiva unidade da 
Federação. 
Gabarito: “d” 
No caso de recusa à execução de lei federal por parte dos estados ou 
do Distrito Federal, a decretação da intervenção federal dependerá de 
provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do 
Procurador-Geral da República (CF, art. 36, III). 
Lembre-se que, nesse caso, dispensada a apreciação pelo Congresso 
Nacional, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato 
impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da 
normalidade (art. 36, § 3º). 
Olha, eu sei que esta aula foi um tanto quanto cansativa! Mas, 
acredite em mim, depois de toda essa repetição de questões, acho 
difícil ser cobrado em prova algum assunto sobre intervenção que não 
tenha sido por nós aqui examinado. Melhor o cansaço agora e a 
aprovação depois, não é mesmo?! 
Um forte abraço. 
Vicente Paulo 
 
 
 
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LISTA DOS EXERCÍCIOS COMENTADOS NESTA AULA 
 
1) (ESAF/EPPGG/MPOG/2005) A Constituição não admite a 
intervenção federal no Distrito Federal ou em Município. 
 
2) (ESAF/APO/MPOG/2005) A decretação da intervenção federal em 
um Estado, no caso de recusa à execução de lei federal, dependerá 
de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do 
procurador-geral da República. 
 
3) (ESAF/EPPGG/MPOG/2005) A intervenção federal requerida pelo 
procurador-geral da República por desrespeito a princípio 
constitucional sensível deve ser proposta perante o Superior Tribunal 
de Justiça. 
 
4) (ESAF/TRT/7ª REGIÃO/JUIZ SUBSTITUTO/2006) Um dos 
instrumentos característicos da Federação é a intervenção federal. 
Assinale a opção que contém afirmação incorreta sobre a intervenção 
federal. 
a) A intervenção para garantir o livre exercício do Poder Legislativo 
de um Estado-membro depende de solicitação ao Presidente da 
República do poder coacto. 
b) Cabe ao STF julgar a representação para fins interventivos, por 
descumprimento, pelo Estado-membro, de princípio constitucional 
sensível. 
c) Sujeita-se a intervenção federal o Estado-membro que deixar de 
aplicar o mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais 
nas ações e serviços públicos de saúde. 
d) Cabe ao Supremo Tribunal Federal julgar a representação do 
Procurador-Geral da República para fins interventivos, no caso de 
recusa à execução de lei federal. 
e) A intervenção federal em Município, situado em Estado-membro, 
por descumprimento de decisão trabalhista, não pode ser recusada 
pelo Presidente da República, se lhe for requisitada pelo Tribunal 
Superior do Trabalho. 
 
5) (ESAF/ACE/TCU/2006) A decretação da intervenção da União nos 
Estados, em razão de recusa de execução de decisão judicial, só pode 
ocorrer após solicitação do Presidente do Tribunal de Justiça Estadual 
ao Presidente da República. 
 
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6) (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006) A decretação de 
intervenção da União em um Estado que suspendeu o pagamento da 
dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, sem motivo de 
força maior, depende de provimento, pelo Superior Tribunal de 
Justiça, de representação proposta pelo Procurador-Geral da 
República. 
 
7) (ESAF/AFC/Área Auditoria e Fiscalização/CGU/2006) O decreto de 
intervenção do Estado no município deverá especificar a amplitude, o 
prazo e as condições de execução, sendo sempre submetido à 
apreciação da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e 
quatro horas. 
 
8) (ESAF/MPOG/ENAP/ADMINISTRADOR/2006) A intervenção da 
União nos Estados dependerá de provimento, pelo Supremo Tribunal 
Federal, de representação do Procurador-Geral da República, no caso 
de recusa à execução de lei federal. 
 
9) (ESAF/ADVOGADO/IRB RESSEGUROS/2006) A intervenção da 
União no Estado, para prover a execução de decisão judicial, far-se-á, 
tão-somente, por meio de requisição do Supremo Tribunal Federal. 
 
10) (ESAF/ADVOGADO/IRB RESSEGUROS/2006) Como o controle 
político do ato de intervenção cabe ao Congresso Nacional, todo 
decreto de intervenção será submetido à apreciação do Congresso 
Nacional, no prazo constitucionalmente estabelecido. 
 
11) (ESAF/AFC/CGU/2006) A intervenção da União no Estado, com 
vistas a reorganizar as finanças da unidade da Federação, dar-se-á 
apenas na hipótese de suspensão do pagamento da dívida fundada 
por mais de dois anos consecutivos. 
 
12) (ESAF/AFC/CGU/2006) O pressuposto formal para que a União 
decrete a intervenção em um Estado por ter ele deixado de prestar 
contas da administração pública direta e indireta é a simples 
constatação da ocorrência do fato. 
 
 
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13) (ESAF/AFRE/MG/2005) Os Municípios hoje existentes na 
Federação brasileira que deixarem de cumprir ordem judicial 
emanada de tribunal federal não estão sujeitos a intervenção federal. 
 
14) (ESAF/AFRE/MG/2005) A autonomia dos Municípios na 
Constituição em vigor é incompatível com toda e qualquer 
intervenção estadual no âmbito municipal. 
 
15) (ESAF/ANALISTA/MPU/2004) Para pôr fim a situações de grave 
violação a direitos humanos, a União pode intervir nos Estados-
membros e nos Municípios brasileiros. 
 
16) (ESAF/AGU/2004) Ainda que o Conselho da República e o 
Conselho de Defesa Nacional concluam pelo descabimento da 
intervenção da União em estado-membro, o presidente da República 
não cometerá, necessariamente, crime de responsabilidade se 
decretar tal intervenção. 
 
17) (ESAF/PFN/2004) Chamam-se princípios constitucionais sensíveis 
aqueles que não podem ser objeto de abolição por meio de emenda à 
Constituição. 
 
18) (ESAF/AFC/CGU/2003) A possibilidade de intervenção da União 
nos Estados onde não ocorra a prestação de contas da administração 
pública, direta e indireta, é uma exceção ao princípio federativo que 
tem por objetivo a defesa do princípio republicano. 
 
19) (ESAF/AFC/CGU/2003) Segundo o STF, por falta de previsão 
expressa no texto da CF/88, não é possível ao Tribunal de Justiça do 
Estado requisitar a intervenção estadual no município, na hipótese de 
descumprimento por este de ordem ou decisão judicial. 
 
20) (ESAF/AFT/2003) A decretação da intervenção da União nos 
Estados, em razão de impedimento ao livre exercício do Poder 
Judiciário Estadual, dar-se-á por

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