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Poder Legislativo - Direito Constitucional em questões

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CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS 
PROFESSOR VICENTE PAULO 
WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 1
AULA 11: PODER LEGISLATIVO 
Na aula de hoje, comentaremos exercícios sobre o Poder Legislativo - 
exceto sobre os assuntos “comissões parlamentares de inquérito”, 
“medidas provisórias” e “processo legislativo”, que, devido à sua 
importância, serão tratados em aulas específicas. 
Em face dessa realidade – os assuntos mais cobrados em concursos 
sobre o Poder Legislativo serão examinados em aulas futuras específicas 
-, o fato é que não restaram muitos exercícios interessantes para esta 
aula de hoje, pois eles, em sua maioria, se limitam a reproduzir o texto 
constitucional, exigindo do candidato, apenas, a memorização de alguns 
dispositivos constitucionais (e, claro, muita atenção na hora da prova!). 
Passemos aos comentários. 
1) (ESAF/AFC/CGU/2003) Segundo a CF/88, o julgamento das contas da 
Mesa da Assembléia Legislativa é de competência do Tribunal de Contas 
do Estado, não sendo sua decisão meramente opinativa. 
Item CERTO. 
Essa assertiva é ótima para fixarmos uma “noção geral” sobre o controle 
externo de contas, no tocante à competência do Tribunal de Contas da 
União, a partir da leitura dos incisos I e II do art. 71 da Constituição 
Federal. 
O inciso I do art. 71 da Constituição estabelece que compete ao Tribunal 
de Contas da União apreciar as contas prestadas anualmente pelo 
Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser 
elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento. 
O inciso II do art. 71 da Constituição estabelece que compete ao 
Tribunal de Contas da União julgar as contas dos administradores e 
demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da 
administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades 
instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles 
que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que 
resulte prejuízo ao erário público. 
Da leitura desses dois dispositivos, retiramos as seguintes conclusões: 
a) não cabe ao TCU julgar as contas do Presidente da República, mas 
tão-somente apreciá-las, elaborando um parecer no prazo de sessenta 
dias a contar do recebimento. Quem julga as contas do Presidente da 
República é o Congresso Nacional, por força do art. 49, IX, da 
Constituição; 
b) cabe ao TCU julgar as contas dos demais administradores e 
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos, nos três Poderes da 
República. 
CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS 
PROFESSOR VICENTE PAULO 
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Esse modelo federal, por força do art. 75 da Constituição, é de 
observância obrigatória nas esferas estadual, distrital e municipal, em 
relação às suas Cortes de contas. 
Assim, na esfera estadual, temos o seguinte: 
a) não cabe ao Tribunal de Contas do Estado – TCE julgar as contas do 
Governador, mas tão-somente apreciá-las, elaborando um parecer; 
quem julga as contas do Governador é a Assembléia Legislativa; 
b) cabe ao TCE julgar as contas dos demais administradores estaduais 
e responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos estaduais, nos três 
Poderes. 
Logo, quem dispõe de competência para julgar as contas da Mesa da 
Assembléia Legislativa é o Tribunal de Contas do Estado - TCE, e não a 
própria Assembléia Legislativa. A Constituição do Estado não pode 
dispor em sentido contrário, outorgando essa competência à própria 
Assembléia Legislativa, sob pena de ofensa ao modelo federal, em 
flagrante desrespeito ao art. 75 da Constituição Federal. 
Essa mesma orientação é aplicável ao Distrito Federal e aos Municípios, 
fazendo-se as devidas adequações. 
 
2) (ESAF/AFC/CGU/2003) Segundo a CF/88, o Tribunal de Contas 
poderá sustar diretamente a execução de contratos administrativos, 
desde que o responsável pela execução do contrato não adote no prazo 
assinalado as providências necessárias para o exato cumprimento da lei. 
Item ERRADO. 
Outra assertiva que nos permite revisar um aspecto importante no 
tocante à atuação do TCU, agora sobre a sustação de atos e contratos 
administrativos. 
Quando estudamos o Direito Administrativo, aprendemos que ato 
administrativo é uma manifestação unilateral da Administração 
(permissão, autorização, licença, homologação etc.), enquanto contrato 
administrativo é uma manifestação bilateral, um ajuste de vontade 
entre a Administração e o interessado (concessão pública, por exemplo). 
Pois bem, a Constituição estabeleceu uma importante distinção na 
competência do TCU quanto à sustação de ato e contrato administrativo. 
Se a irregularidade detectada pelo TCU for em um ato administrativo, o 
próprio Tribunal tem competência para sustar diretamente esse ato, 
comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal 
(CF, art. 71, X). 
Agora, se a irregularidade detectada pelo TCU for em um contrato 
administrativo, o Tribunal não tem competência para sustar 
CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS 
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diretamente esse contrato. Neste caso, o ato de sustação será adotado 
diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao 
Poder Executivo as medidas cabíveis (CF, art. 71, § 1º). 
Em relação a contrato administrativo, a competência do TCU para 
decidir a respeito somente nascerá após o esgotamento do prazo de 
noventa dias sem a adoção das providências cabíveis pelos Poderes 
Legislativo e Executivo. Com efeito, se o Congresso Nacional ou o Poder 
Executivo, no prazo de noventa dias, não adotar as medidas cabíveis em 
relação ao contrato, o TCU adquirirá competência para decidir a respeito 
(CF, art. 71, § 2º). 
Mas, cuidado: a competência do TCU para decidir a respeito do contrato 
só nasce depois de esgotado o prazo de noventa dias da comunicação 
ao Congresso Nacional, caso não sejam adotadas as medidas cabíveis 
por este órgão ou pelo Poder Executivo. 
Veja que a assertiva está errada porque afirma que o TCU pode sustar 
diretamente a execução de contratos, o que não é verdade, haja vista 
que a sua competência só nasce depois da referida omissão do 
Congresso Nacional ou do Poder Executivo, pelo prazo de noventa dias. 
 
3) (ESAF/PROCURADOR/FORTALEZA/2002) Segundo o modelo clássico 
do Estado federal, acolhido pelo constituinte brasileiro, os Estados-
membros participam da formação da vontade da União, por meio dos 
seus representantes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. 
Item ERRADO. 
Os Estados-membros e o Distrito Federal participam da formação da 
vontade da União por meio de seus representantes no Senado Federal 
(CF, art. 46). 
A Câmara dos Deputados representa o povo, e não os Estados-
membros (CF, art. 45). 
Importante notar que os Municípios não participam da formação da 
vontade nacional, haja vista que esses entes federativos não têm 
representação no Poder Legislativo federal. 
 
4) Cabe aos Tribunais de Contas emitir parecer sobre as contas dos 
Chefes do Executivo, mas não lhes cabe julgá-las. 
Item CERTO. 
O Tribunal de Contas da União não julga as contas do Presidente da 
República, ele só aprecia essas contas, mediante parecer prévio, que 
deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento 
(CF, art. 71, I). Quem julga as contas do Presidente da República é o 
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Congresso Nacional, a partir desse parecer prévio elaborado pelo 
Tribunal de Contas da União (CF, art. 49, IX). 
Vale lembrar que, por determinação do art. 75 da Constituição Federal, 
esse modelo federal é de observância obrigatória pelos estados, Distrito 
Federal e municípios. Assim, quem julga as contas do chefe do 
Executivo nesses entes federados(Governador e Prefeito) é o Poder 
Legislativo local (Assembléia Legislativa dos Estados, Câmara Legislativa 
do Distrito Federal ou Câmara Municipal, conforme o caso), a partir de 
parecer prévio emitido pela Corte de Contas competente. 
 
5) (ESAF/PROCURADOR/FORTALEZA/2002) A Câmara de Vereadores 
pode sustar processo criminal aberto contra qualquer de seus membros. 
Item ERRADO. 
A imunidade processual dos congressistas, que permite à Casa 
Legislativa a sustação do andamento do processo em curso no STF (CF, 
art. 53, § 3º), não pode ser estendida aos Vereadores. 
Os Vereadores não foram contemplados com imunidade processual, e 
nem podem receber essa espécie de imunidade no texto da Constituição 
do Estado ou da Lei Orgânica do Município. 
Os Vereadores só dispõem de imunidade material no exercício do 
mandato e exclusivamente na circunscrição do Município (CF, art. 29, 
VIII: inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos 
no exercício do mandato e na circunscrição do Município). 
 
6) (ESAF/EPPGG/MPOG/2005) O Congresso Nacional pode ser 
convocado extraordinariamente pelo presidente da República, pelo 
presidente da Câmara dos Deputados e pelo presidente do Senado 
Federal ou pelo presidente do Supremo Tribunal Federal. 
Item ERRADO. 
Determina a Constituição que a convocação extraordinária do Congresso 
Nacional far-se-á (art. 57, § 6º, com a redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 50/2006): 
I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado 
de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a 
decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do 
Presidente e do Vice-Presidente da República; 
II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos 
membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público 
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relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da 
maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional. 
Veja que nas hipóteses de convocação previstas no inciso I, não há 
aprovação de maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso 
Nacional, sendo suficiente a manifestação de vontade do Presidente do 
Senado Federal. Já nas hipóteses do inciso II, a convocação deverá ser 
aprovada pela maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso 
Nacional. 
Vale lembrar que na sessão legislativa extraordinária, o Congresso 
Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, 
ressalvada a apreciação das medidas provisórias em vigor na data da 
convocação, que serão automaticamente incluídas na pauta da 
convocação. 
Vale lembrar, ainda, que é vedado o pagamento de parcela 
indenizatória, em razão da convocação. 
Como se vê, o enunciado está errado porque não há autorização 
constitucional para que o Presidente do Supremo Tribunal Federal 
convoque extraordinariamente o Congresso Nacional. 
 
7) (ESAF/EPPGG/MPOG/2005) O ato que fixa os subsídios dos membros 
do Congresso Nacional depende de sanção do presidente da República. 
Item ERRADO. 
Os subsídios dos congressistas são fixados por decreto legislativo do 
Congresso Nacional, ato que não se submete à sanção do Presidente da 
República (CF, art. 49, VII c/c art. 48, caput). 
Note-se que o art. 49, VII, da Constituição estabelece a competência do 
Congresso Nacional para a fixação dos subsídios dos congressistas, e 
que o caput do art. 48 dispensa a sanção do Presidente da República 
para as matérias enumeradas no art. 49 da Constituição. 
Na verdade, compete ao Congresso Nacional dispor sobre todas as 
matérias de competência da União. Isso será feito por meio de lei (nas 
matérias do art. 48), ou mediante decreto legislativo (nas matérias do 
art. 49), ou por resolução da Câmara dos Deputados (nas matérias do 
art. 51) ou por resolução do Senado Federal (nas matérias do art. 52). 
Dentre todas essas hipóteses, só haverá sanção ou veto do Presidente 
da República no tratamento das matérias do art. 48 da Constituição, que 
são disciplinadas por lei. 
 
8) (ESAF/EPPGG/MPOG/2005) Incumbe ao Senado Federal o julgamento 
do presidente da República, por crimes comuns e de responsabilidade. 
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Item ERRADO. 
O Senado Federal só julga o Presidente da República nos crimes de 
responsabilidade (CF, art. 52, I). Nos crimes comuns, a competência é 
do Supremo Tribunal Federal (CF, art. 102, I, b). 
 
9) (ESAF/APO/MPOG/2005) O Parlamentar que sofrer condenação 
criminal em sentença transitada em julgado terá a perda de seu 
mandato declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante 
provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político 
representado no Congresso Nacional. 
Item ERRADO. 
Determina a Constituição que perderá o mandato o Deputado ou 
Senador que sofrer condenação criminal em sentença transitada em 
julgado (CF, art. 55, VI). 
Porém, essa perda do mandato não é automática. 
Mesmo quando condenado criminalmente em sentença transitada em 
julgado, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados 
ou pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante 
provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no 
Congresso Nacional, assegurada ampla defesa (CF, art. 55, § 2º). 
Como se vê, para que o congressista condenado criminalmente em 
sentença transitada em julgado perca seu mandato será necessário: 
a) que haja provocação da Mesa da Casa Legislativa do congressista ou 
de partido político representado no Congresso Nacional; e 
b) que, a partir dessa iniciativa, o Plenário da Casa Legislativa decida 
pela perda, por maioria absoluta de seus membros, devendo ser 
assegurado ao congressista o direito à ampla defesa. 
É muito importante que você memorize a competência para a 
decretação da perda do mandato de congressista nas diferentes 
hipóteses previstas no art. 55 da Constituição. Essa competência está 
disciplinada nos parágrafos 2º e 3º do art. 55 da Constituição. 
 
10) (ESAF/ANALISTA/MPU/2004) Compete ao Tribunal de Contas da 
União apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessão 
de aposentadorias, reformas ou pensões e as melhorias posteriores, 
ainda que essas melhorias não alterem o fundamento legal do ato 
concessório. 
Item ERRADO. 
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Determina a Constituição que compete ao Tribunal de Contas da União 
apreciar, para fins de registro, a legalidade das concessões de 
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias 
posteriores que não alterem o fundamento legal do ato 
concessório (CF, art. 71, III). 
 
11) (ESAF/ANALISTA/MPU/2004) A fixação da remuneração dos 
servidores da Câmara dos Deputados é da sua competência privativa, 
sendo essa competência exercida por meio de resolução. 
Item ERRADO. 
A remuneração dos servidores da Câmara dos Deputados é fixada por 
meio de lei de iniciativa privativa da Câmara dos Deputados, 
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias (CF, art. 51, IV). 
A Emenda Constitucional nº 19/1998 retirou da Casa Legislativa a 
competência para a fixação da remuneração dos seus servidores por 
resolução, deixando com a Câmara dos Deputados apenas a iniciativa de 
lei sobre essa matéria. 
Nesse ponto, veja que há uma aparente contradição entre dois 
dispositivos constitucionais. O inciso IV do art. 51 estabelece que a 
fixação da remuneração dos servidores será por meio de lei de iniciativa 
da Câmara dos Deputados.Por sua vez, o caput do art. 48 dispensa a 
sanção do Presidente da República no trato das matérias do art. 51 da 
Constituição. 
Enfim, um dispositivo diz que é por lei, que, como se sabe, é ato que se 
submete à sanção do Presidente da República (art. 51, IV) e o outro diz 
que não há sanção do Presidente da República nas matérias do art. 51 
(art. 48, caput). E então, como compatibilizar esses dois dispositivos? 
Bem, certamente deverá ser dada prevalência à última vontade do 
legislador constituinte, que foi a de exigir lei para a matéria. Prevalece, 
portanto, o disposto no art. 51, IV, da Constituição, com a redação dada 
pela EC nº 19/1998, que exige lei de iniciativa da Câmara dos 
Deputados para a fixação da remuneração dos seus servidores, devendo 
o projeto de lei ser sancionado pelo chefe do executivo. 
Essa mesma regra vale para a fixação da remuneração dos servidores 
do Senado Federal, que também será mediante lei de iniciativa do 
Senado Federal (CF, art. 52, XIII). 
Por fim, vale lembrar que essa competência para fixar - mediante lei, 
com sanção do Presidente da República - a remuneração dos servidores 
das Casas Legislativas não pode ser confundida com a competência 
para a fixação dos subsídios dos congressistas, pois, como vimos, estes 
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são fixados por decreto legislativo, ato que não se submete à sanção 
do Presidente da República. 
 
12) (ESAF/ANALISTA/MPU/2004) Os deputados federais são eleitos pelo 
sistema majoritário, obedecendo-se às vagas estabelecidas, por meio de 
lei complementar, para cada Estado e para o Distrito Federal. 
Item ERRADO. 
Os deputados federais, os deputados estaduais e os vereadores são 
eleitos pelo sistema proporcional. 
Os senadores, o Presidente da República, os governadores e os prefeitos 
é que são eleitos pelo sistema majoritário. 
 
13) (ESAF/ANALISTA/MPU/2004) O exercício da competência do Senado 
Federal quanto à aprovação prévia da escolha do Procurador-Geral da 
República é feito por meio de voto secreto, após a argüição, em sessão 
secreta, do candidato indicado pelo presidente da República. 
Item ERRADO. 
Compete privativamente ao Senado Federal aprovar previamente, por 
voto secreto, após argüição pública, a escolha do Procurador-Geral da 
República (CF, art. 52, III, e). 
Como se vê, a argüição é pública, e não secreta, como afirma a 
assertiva. 
Aliás, dentre as aprovações do Senado Federal, a única em que a 
argüição da autoridade é em sessão secreta é a escolha dos chefes de 
missão diplomática de caráter permanente (CF, art. 52, IV). 
 
14) (ESAF/AFC/CGU/2003) A perda de mandato de um Deputado ou 
Senador que sofrer condenação criminal em sentença transitada em 
julgado será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou 
mediante provocação de qualquer de seus membros ou de partido 
político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. 
Item ERRADO. 
Diz a Constituição que perderá o mandato o deputado ou senador que 
sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado (art. 55, 
VI). 
Porém, mesmo com a condenação criminal em sentença transitada em 
julgado, a perda do mandato não é automática, imediata. A perda do 
mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado 
Federal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da 
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respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso 
Nacional, assegurada ampla defesa (art. 55, § 2º). 
Como se vê, o congressista condenado criminalmente em sentença 
transitada em julgado só perderá o mandato se: 
a) houver provocação da Mesa da sua Casa Legislativa ou de partido 
político representado no Congresso Nacional; e 
b) se a partir dessa iniciativa o Plenário decidir, por maioria absoluta, 
pela perda do mandato, após o exercício da ampla defesa pelo 
congressista. 
 
15) (ESAF/AFT/2003) Tendo sido um Deputado Federal, no exercício de 
seu primeiro mandato eletivo, denunciado, perante o STF, por crime 
comum praticado durante a campanha eleitoral, o Supremo Tribunal 
Federal, acatando a denúncia, dará ciência à Câmara dos Deputados da 
abertura do devido processo penal, sendo possível, de acordo com a 
CF/88, que, por iniciativa de partido político representado na Câmara 
dos Deputados, e pelo voto da maioria dos membros dessa Casa 
Legislativa, seja sustado o andamento da ação, até a decisão final. 
Item ERRADO. 
Desde as modificações introduzidas pela EC nº 35/2001, a imunidade 
processual dos congressistas só alcança os delitos praticados após a 
diplomação (CF, art. 53, § 3º). 
Na hipótese da assertiva, a crime foi praticado durante a campanha 
eleitoral, portanto, antes da diplomação. 
Nessa hipótese, o STF conhecerá da denúncia e iniciará o julgamento do 
congressista sem nenhuma comunicação à Casa Legislativa para o fim 
de sustação do andamento do processo (a possibilidade de sustação do 
andamento do processo perante o STF, repita-se, só existe em relação a 
crimes praticados após a diplomação). 
Aproveito essa assertiva para um breve comentário sobre o alcance do 
foro especial por prerrogativa de função (art. 53, § 1º) e da imunidade 
processual dos congressistas (art. 53, § 3º). 
O foro especial perante o STF alcança delitos praticados antes ou 
depois da diplomação e perdura enquanto existir o mandato do 
congressista. Significa dizer que, desde a diplomação, o congressista 
será julgado somente perante o STF, mesmo nos crimes praticados 
antes da diplomação. Com o término do mandato, expira-se o direito ao 
foro especial e os processos serão remetidos pelo STF à Justiça comum 
competente. 
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A imunidade processual (possibilidade de sustação do andamento do 
processo no STF por deliberação de maioria absoluta da Casa 
Legislativa, a partir da iniciativa de partido político nela representado) 
só alcança os crimes praticados após a diplomação. 
Pergunta-se: se o indivíduo está respondendo a processo criminal 
perante a Justiça comum e posteriormente é diplomado Deputado, com 
essa diplomação acorre alguma mudança no curso desse processo 
criminal? 
A resposta é afirmativa. Com a diplomação, o processo será transferido 
para o STF, foro especial competente para o julgamento do congressista 
(lembre-se: o foro alcança também crimes praticados antes da 
diplomação). 
Nessa hipótese, quando o STF receber o processo, dará ele ciência à 
Casa Legislativa, para o fim de eventual sustação do andamento do 
processo? 
A resposta é negativa. O STF dará continuidade ao julgamento do 
congressista, sem nenhuma comunicação à Casa Legislativa para o fim 
de sustação do andamento do processo (lembre-se: a imunidade 
processual só alcança delitos praticados após a diplomação). 
Cuidado! Tem sido muito comum os candidatos confundirem na hora da 
prova o direito ao foro por prerrogativa de função (que alcança crimes 
praticados antes ou depois da diplomação) com o direito à imunidade 
processual (que só alcança crimes praticados após a diplomação). 
 
16) (ESAF/PROCURADOR/FORTALEZA/2002) A imunidade parlamentar 
de que gozam os vereadores pode abranger opiniões por eles proferidas 
fora do recinto da Câmara Municipal, embora em local situado na 
circunscrição do Município. 
Item CERTO. 
Os vereadores são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos no 
exercício do mandato e na circunscrição do Município (CF, art. 29, 
VIII). 
Ou seja, para gozarem dessa imunidade material, os vereadores não 
precisam estar no recinto da Câmara Municipal. Basta que, ao emitirsuas opiniões, palavras e votos, estejam no exercício do seu mandato e 
na circunscrição do Município. 
 
17) (ESAF/PROCURADOR/FORTALEZA/2002) A imunidade parlamentar 
por palavras e opiniões dos vereadores não alcança os casos definidos 
como crime contra a honra. 
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Item ERRADO. 
A inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no 
exercício do mandato e na circunscrição do Município (CF, art. 29, VIII) 
alcança, precisamente, os chamados crimes de opinião, contra a honra 
da pessoa, como a difamação, a calúnia etc. 
 
18) (ESAF/AFC/2000) Cabe ao Poder Legislativo, com exclusividade, a 
edição de atos normativos primários. 
Item ERRADO. 
Embora a regra seja a função legislativa ser desempenhada pelo Poder 
Legislativo, há hipóteses em que os demais Poderes da República 
também desempenham essa função, editando atos normativos 
primários. 
Assim, o Presidente da República edita medidas provisórias (art. 62), 
leis delegadas (art. 68) e decretos autônomos (art. 84, VI) e os 
tribunais do Poder Judiciário editam seus próprios regimentos internos 
(art. 96, I, a). 
 
19) (ESAF/MPOG/APO/2000) Compete ao Congresso Nacional dispor 
sobre todas as matérias da competência da União, sujeitando-se todas 
as suas decisões à sanção ou veto do Presidente da República. 
Item ERRADO. 
Estabelece a Constituição que cabe ao Congresso Nacional dispor sobre 
todas as matérias de competência da União (CF, art. 48). 
Porém, o próprio caput do art. 48 dispensa a sanção e veto do 
Presidente da República para as matérias enumeradas nos artigos 49, 
51 e 52 da Constituição, matérias essas que são disciplinadas por meio 
de decreto legislativo (art. 49), resolução da Câmara dos Deputados 
(art. 51) e resolução do Senado Federal (art. 52) - atos legislativos que 
não se submetem à sanção do Presidente da República. 
Enfim, a exigência de sanção do Presidente da República restringe-se às 
matérias enumeradas no art. 48 da Constituição Federal. 
 
20) (ESAF/MPOG/APO/2000) Compete ao Congresso Nacional dispor 
sobre todas as matérias da competência da União, sujeitando-se todas 
as suas decisões à sanção ou veto do Presidente da República. 
Item ERRADO. 
Estabelece a Constituição que cabe ao Congresso Nacional dispor sobre 
todas as matérias de competência da União (CF, art. 48). 
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Porém, o próprio caput do art. 48 dispensa a sanção e veto do 
Presidente da República para as matérias enumeradas nos artigos 49, 
51 e 52 da Constituição, matérias essas que são disciplinadas por meio 
de decreto legislativo (art. 49), resolução da Câmara dos Deputados 
(art. 51) e resolução do Senado Federal (art. 52) - atos legislativos que 
não se submetem à sanção do Presidente da República. 
Enfim, a exigência de sanção do Presidente da República restringe-se às 
matérias enumeradas no art. 48 da Constituição Federal. 
 
21) (ESAF/MPOG/APO/2000) Compete ao Congresso Nacional sustar 
decretos regulamentares do Poder Executivo que, a pretexto de regular 
uma lei, criam obrigações não previstas no diploma legal. 
Item CERTO. 
Compete ao chefe do Executivo a expedição de decretos e regulamentos 
para a fiel execução da lei (CF, art. 84, IV). Cuida-se do chamado poder 
regulamentar do chefe do Executivo. 
Sabe-se que no exercício do poder regulamentar não pode o chefe do 
Executivo extrapolar os contornos da lei, criando obrigações não-
previstas no texto legal, sob pena de ofensa ao princípio da legalidade. 
Se houver extrapolação dos contornos da lei, cabe ao Congresso 
Nacional sustar o ato normativo do Poder Executivo que exorbitou do 
poder regulamentar (CF, art. 49, V). 
 
22) (CESPE/AGU/2004) É de competência da Câmara dos Deputados 
autorizar a instauração de processo por crime de responsabilidade 
cometido pelo Presidente da República e a instauração de processo por 
crime de responsabilidade praticado por Ministro de Estado, sendo este 
último apenas no caso em que o crime praticado pelo Ministro seja 
conexo ao praticado pelo Presidente da República. 
Item CERTO. 
Compete privativamente à Câmara dos Deputados autorizar, por dois 
terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente 
e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado (CF, art. 51, 
I). 
Segundo a jurisprudência do STF, no tocante aos Ministros de Estado, só 
há autorização da Câmara dos Deputados se o crime por eles praticado 
tiver conexão com o crime praticado pelo Presidente da República. 
Assim, se o crime praticado pelo Ministro de Estado for de natureza 
autônoma, sem conexão com o Presidente da República, será ele 
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julgado pelo STF, sem autorização prévia da Câmara dos Deputados 
(CF, art. 102, I, c). 
 
23) (ESAF/AFC/CGU/2006) Os Deputados e Senadores, desde a posse, 
serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. 
Item ERRADO. 
A Constituição determina que os deputados e senadores gozam de 
imunidade e de foro especial por prerrogativa de função desde a 
diplomação, que é o ato da Justiça Eleitoral anterior à posse (art. 53, § 
1º). 
 
24) (ESAF/ADVOGADO/IRB/2006) Se um Senador, após a posse, 
continuar como proprietário de empresa que goze de favor decorrente 
de contrato com pessoa jurídica de direito público, ele estará sujeito à 
perda de mandato, a ser declarada pela Mesa da Casa respectiva, de 
ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de 
partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla 
defesa. 
Item ERRADO. 
Determina a Constituição que os Deputados e Senadores não poderão, 
desde a posse, ser proprietários, controladores ou diretores de empresa 
que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito 
público, ou nela exercer função remunerada (art. 54, II, a). 
Entretanto, no caso de o congressista infringir essa vedação (ou 
qualquer outra vedação prevista no art. 54 da Constituição), a perda do 
seu mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado 
Federal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da 
respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso 
Nacional, assegurada ampla defesa (art. 55, § 2º), e não por declaração 
da Mesa, como afirma o enunciado. 
Mais uma vez, o meu recado: não deixe de memorizar a competência 
para a decretação da perda do mandato nas diferentes hipóteses do art. 
55 da Constituição; essa competência está especificada nos parágrafos 
2º e 3º do art. 55 da Constituição Federal. 
 
25) (ESAF/Analista de Controle Externo/TCU/2006) Sobre Poder 
Legislativo, assinale a única opção correta. 
a) A possibilidade de convocação de Ministro de Estado para prestar 
informações sobre assunto previamente determinado, sob pena de 
crime de responsabilidade em caso de ausência não justificada, é 
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privativa de Comissão Parlamentar de Inquérito, que possui poderes de 
investigação de autoridades judiciais. 
b) O julgamento do Procurador-Geral da República, pelo Senado 
Federal, por crime de responsabilidade, por ter essa autoridade status 
de Ministro de Estado, depende de autorização prévia pela Câmara dos 
Deputados e do crime ser conexo com o do Presidente ou Vice-
Presidente da República. 
c) A sustação, perante o Supremo Tribunal Federal, de processo contra 
Deputado Federal por prática de crime, depende de aprovação pelo 
Congresso Nacional do pedido de sustaçãofeito por partido político e de 
ter sido o crime praticado depois da diplomação para a legislatura em 
curso. 
d) Nos termos da Constituição Federal, o número total de Deputados 
Federais, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, 
deve ser ajustado por lei, proporcionalmente à população, no ano das 
eleições para o Congresso Nacional. 
e) Desde que não se refira a contrato administrativo, o Tribunal de 
Contas da União (TCU) poderá sustar a execução de ato impugnado, se 
o órgão, no prazo assinado pelo TCU, não adotar as providências 
necessárias para a correção de ilegalidades identificadas. 
Gabarito: “e” 
A assertiva “a” está errada porque a competência para convocar Ministro 
de Estado não é privativa de Comissão Parlamentar de Inquérito. 
Determina a Constituição que a Câmara dos Deputados e o Senado 
Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de 
Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à 
Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações 
sobre assunto previamente determinado, importando crime de 
responsabilidade a ausência sem justificação adequada (art. 50). 
A assertiva “b” está errada porque o julgamento, pelo Senado Federal, 
do Procurador-Geral da República por crime de responsabilidade não 
depende de autorização prévia da Câmara dos Deputados, tampouco 
que o crime cometido por ele tenha conexão com delito praticado pelo 
Presidente da República. A prévia autorização da Câmara dos Deputados 
somente é exigida para a instauração de processo contra o Presidente e 
o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado (CF, art. 51, I). 
A assertiva “c” está errada porque a sustação, perante o Supremo 
Tribunal Federal, de processo contra congressista, por prática de crime 
praticado após a diplomação, depende de aprovação da maioria absoluta 
da respectiva Casa Legislativa (e não pelo Congresso Nacional) do 
pedido de sustação feito por partido político (CF, art. 53, § 3º). 
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A assertiva “d” está errada porque o número total de Deputados, bem 
como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será 
estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, 
procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, 
para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de 
oito ou mais de setenta Deputados (CF, art. 45, § 1º). 
A assertiva “e” está certa, pois, de fato, desde que não se refira a 
contrato administrativo, o Tribunal de Contas da União poderá sustar a 
execução de ato impugnado, se o órgão, no prazo assinado Tribunal, 
não adotar as providências necessárias para a correção de ilegalidades 
identificadas (CF, art. 71, X). 
Como já visto nesta aula, a Constituição estabeleceu uma importante 
distinção na competência do TCU quanto à sustação de ato e contrato 
administrativo. 
Se a irregularidade detectada pelo TCU for em um ato administrativo, o 
próprio Tribunal terá competência para sustar diretamente esse ato, 
comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal 
(CF, art. 71, X). 
Agora, se a irregularidade detectada pelo TCU for em um contrato 
administrativo, o Tribunal não terá competência para sustar 
diretamente esse contrato, devendo o ato de sustação ser adotado pelo 
Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as 
medidas cabíveis (CF, art. 71, § 1º). 
Neste caso, a competência do TCU para decidir a respeito do contrato só 
nascerá após o esgotamento do prazo de noventa dias sem a adoção 
das providências cabíveis pelos Poderes Legislativo e Executivo. Com 
efeito, se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de 
noventa dias, não adotar as medidas cabíveis em relação ao contrato, o 
TCU adquirirá competência para decidir a respeito (CF, art. 71, § 2º). 
 
26) (ESAF/TRF/TRIBUTÁRIA E ADUANEIRA/2006) A inviolabilidade do 
Deputado Estadual por opiniões, palavras e votos só se aplica a atos 
praticados no estrito exercício de sua atividade parlamentar e está 
restrita à Justiça estadual. 
Item ERRADO. 
Os deputados estaduais dispõem das mesmas imunidades – material e 
processual - constitucionalmente outorgadas aos congressistas, por 
determinação do § 1º do art. 27 da Constituição. 
Na vigência da Constituição pretérita, a jurisprudência do Supremo 
Tribunal Federal entendia que a imunidade dos deputados estaduais era 
restrita à Justiça estadual. Entretanto, na vigência da Constituição 
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Federal de 1988, a Corte Suprema afastou essa restrição, passando a 
entender que a imunidade dos deputados estaduais os protege, 
também, perante outros órgãos da Justiça. 
 
27) (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006) Compete à Câmara dos 
Deputados aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a 
exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República, antes do 
término de seu mandato. 
Item ERRADO. 
A competência para aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a 
exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do 
término de seu mandato é privativa do Senado Federal (CF, art. 52, 
XI), e não da Câmara dos Deputados. 
 
28) (ESAF/AFC/Área Auditoria e Fiscalização/CGU/2006) Sobre o Poder 
Legislativo, assinale a única opção correta. 
a) Compete exclusivamente ao Congresso Nacional aprovar, 
previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área 
superior a dois mil e quinhentos hectares. 
b) Compete ao Congresso Nacional, com sanção do Presidente da 
República, fixar, por lei de iniciativa do Presidente da República, os 
limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
c) Os Deputados e Senadores, desde a posse, serão submetidos a 
julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. 
d) O Senador não perderá o mandato se for licenciado pela respectiva 
Casa por motivo de doença, desde que o afastamento não ultrapasse 
cento e oitenta dias por sessão legislativa. 
e) A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á pelo 
Presidente da República em caso de decretação de estado de defesa. 
Gabarito: “a” 
A assertiva “a” está certa porque, de fato, é da competência exclusiva 
do Congresso Nacional aprovar, previamente, a alienação ou concessão 
de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares 
(CF, art. 49, XVII). 
A assertiva “b” está errada porque a competência para fixar, por 
proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da 
dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
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Municípios é privativa do Senado Federal, que o fará mediante 
resolução (CF, art. 52, VI), sem sanção do Presidente da República. 
A assertiva “c” está errada porque os congressistas são julgados perante 
o Supremo Tribunal Federal desde a diplomação (CF, art. 53, § 1º). 
A assertiva “d” está errada porque determina a Constituição que o 
Deputado ou Senador não perderá o mandato se licenciado pela 
respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem 
remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o 
afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa 
(art. 56, II). 
Veja que o prazo limite de cento e vinte dias se refere exclusivamente 
à licença para tratar, sem remuneração, de interesse particular (isto é, 
não alcança a hipótese de licença por motivo de doença). Ademais, a 
assertiva menciona o prazo de cento e oitenta dias, enquanto o prazo 
limite, na hipótese de licença, sem remuneração,para tratar de 
interesse particular, é de cento e vinte dias. 
O erro da assertiva está, portanto, em determinar prazo para a licença 
do Senador por motivo de doença. Kkk – ficou bom assim? 
A assertiva “e” está errada porque a convocação extraordinária do 
Congresso Nacional far-se-á pelo Presidente do Senado Federal, em 
caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de 
pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o 
compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da República 
far-se-á pelo Presidente do Senado Federal, e não pelo Presidente da 
República, como afirma a assertiva (CF, art. 57, § 6º, I). 
 
29) (ESAF/AFC/Área Auditoria e Fiscalização/CGU/2006) Sobre a 
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial 
da União e das entidades da administração direta e indireta, assinale a 
única opção correta. 
a) O Tribunal de Contas da União só pode realizar inspeções de natureza 
operacional nas unidades do Poder Executivo, quando solicitado pela 
Câmara dos Deputados, pelo Senado Federal ou por Comissão 
Permanente ou Temporária do Congresso Nacional ou de qualquer de 
suas Casas. 
b) As decisões do Tribunal de Contas da União das quais resulte 
imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo judicial, 
quando forem proferidas em sede de processo de tomada de contas 
especial. 
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c) Nos termos da Constituição Federal, é da competência do Tribunal de 
Contas da União a avaliação do cumprimento das metas previstas no 
plano plurianual. 
d) Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos entre 
brasileiros que, entre outros requisitos, possuam notórios 
conhecimentos jurídicos, contábeis ou financeiros ou de administração 
pública. 
e) Os responsáveis pelo controle interno que deixarem de dar ciência ao 
Tribunal de Contas da União de irregularidades que tomarem 
conhecimento assumirão responsabilidade subsidiária em relação a 
eventual prejuízo ao Erário, decorrente dessa irregularidade. 
Gabarito: “d” 
A assertiva “a” está errada porque o Tribunal de Contas pode realizar 
inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, 
operacional e patrimonial por iniciativa própria, da Câmara dos 
Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, 
inspeções (CF, art. 71, IV). 
A assertiva “b” está errada porque todas as decisões do Tribunal de 
Contas da União de que resulte imputação de débito ou multa terão 
eficácia de título executivo, e não somente aquelas proferidas em sede 
de processo de tomada de contas especial (CF, art. 71, § 3º). 
A assertiva “c” está errada porque a avaliação do cumprimento das 
metas previstas no plano plurianual é competência do sistema de 
controle interno mantido, de forma integrada, pelos Poderes Legislativo, 
Executivo e Judiciário (CF, art. 74, I). 
A assertiva “d” está certa porque, de fato, os Ministros do Tribunal de 
Contas da União serão escolhidos dentre brasileiros que, entre outros 
requisitos, possuam notórios conhecimentos jurídicos, contábeis ou 
financeiros ou de administração pública. Na verdade, os Ministros do 
Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que 
satisfaçam os seguintes requisitos (CF, art. 73, § 1º): 
I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; 
II - idoneidade moral e reputação ilibada; 
III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e 
financeiros ou de administração pública; 
IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade 
profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior. 
A assertiva “e” está errada porque determina a Constituição que os 
responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de 
qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de 
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Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária (art. 74, § 
1º). 
 
30) (ESAF/MPOG/ENAP/ADMINISTRADOR/2006) Sobre o Poder 
Legislativo, na Constituição Federal de 1988, assinale a única opção 
correta. 
a) Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da 
República, dispor sobre concessão de anistia. 
b) A partir do ato de sua posse, os membros do Congresso Nacional 
passam a usufruir de imunidade formal, somente podendo ser presos 
em caso de flagrante de crime inafiançável. 
c) Não perderá o mandato o Deputado ou Senador investido no cargo de 
Secretário de Estado ou de Prefeitura. 
d) Havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação 
extraordinária do Congresso Nacional, elas só serão incluídas na pauta 
da convocação se o ato convocatório expressamente indicar que elas 
serão objeto de deliberação durante a sessão extraordinária. 
e) As Comissões Permanentes da Câmara dos Deputados e do Senado 
Federal poderão convocar qualquer autoridade ou cidadão para prestar 
depoimento sobre assunto previamente estabelecido. 
Gabarito: “a” 
A assertiva “a” está certa porque, de fato, cabe ao Congresso Nacional, 
com a sanção do Presidente da República, dispor sobre concessão de 
anistia (CF, art. 48, VIII). 
A assertiva “b” está errada porque, como vimos, os congressistas 
passam a usufruir de imunidade formal a partir desde a diplomação, 
que é ato da Justiça Eleitoral, anterior à posse (CF, art. 53, § 1º). 
A assertiva “c” está errada porque, em se tratando de Secretário de 
Prefeitura, o Deputado ou Senador somente não perderá o mandato se 
investido no cargo de Secretário de Prefeitura de Capital. É o que 
determina o inciso I do art. 56 da Constituição, nos termos seguintes: 
Não perderá o mandato o Deputado ou Senador investido no cargo de 
Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do 
Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de 
missão diplomática temporária. 
A assertiva “d” está errada porque determina a Constituição que 
havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação 
extraordinária do Congresso Nacional, serão elas automaticamente 
incluídas na pauta da convocação (art. 57, § 8º). 
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A assertiva “e” está errada porque o poder das comissões legislativas é 
distinto em se tratando de Ministros de Estado e qualquer autoridade ou 
cidadão: no caso de Ministros de Estado, as comissões poderão 
“convocar” para prestar informações (art. 58, § 2º, III); em se tratando 
de qualquer autoridade ou cidadão, as comissões só poderão “solicitar” 
depoimento (art. 58, § 2º, V). 
 
31) (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/ TRE - 
TO/2005) O legislador constituinte brasileiro distribuiu as funções 
estatais entre os poderes da República, sem, contudo, atribuir a 
exclusividade absoluta da função a determinado poder. Assim, o Poder 
Legislativo tem, como funções típicas, as de legislar e fiscalizar e, como 
funções atípicas, as de julgar e administrar. 
Item CERTO. 
Sabemos que a divisão de funções estatais entre os Poderes da 
República não é rígida, inflexível, ou seja, a cada Poder foram 
outorgadas funções preponderantes (denominadas “típicas”) e, também, 
funções atípicas. Assim, o Poder Legislativo desempenha as funções 
típicas de legislar (elaboração das espécies normativas primárias, 
integrantes do processo legislativo – CF, art. 59) e fiscalizar (realização 
do controle externo, de investigação por meio das comissões 
parlamentares de inquérito etc.) e, paralelamente, as funções atípicas 
de julgar (julgamento, pelo Senado Federal, de autoridades da 
República, nos crimesde responsabilidade) e de administrar 
(administração dos seus bens, serviços e pessoal). 
 
32) (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE - 
TO/2005) No sistema federativo e republicano brasileiro, o Poder 
Legislativo é bicameral em todos os níveis, reunindo-se os seus 
membros anualmente, de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1º de 
agosto a 15 de dezembro, período denominado de sessão legislativa 
ordinária, sendo que cada legislatura compõe-se de quatro sessões 
legislativas ordinárias. 
Item ERRADO. 
Há, no enunciado, dois erros: o Poder Legislativo não é bicameral em 
todos os níveis, mas somente na esfera federal. Além disso, o período 
correto da sessão legislativa ordinária, conforme o art. 57 da 
Constituição Federal, é de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto 
a 22 de dezembro. 
 
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33) (CESPE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2005) O controle 
externo, a cargo do Congresso Nacional, é exercido com o auxílio do 
Tribunal de Contas da União, ao qual compete 
I) julgar as contas prestadas anualmente pelo presidente da República, 
em 60 dias a contar de seu recebimento. 
II) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de 
pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas 
as fundações instituídas e mantidas pelo poder público, excetuadas as 
nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das 
concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as 
melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato 
concessório. 
III) prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por 
qualquer de suas casas, ou por quaisquer de seus membros, sobre a 
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial 
e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas. 
Gabarito: ERRADO, CERTO, ERRADO. 
O item I está errado porque não cabe ao Tribunal de Contas da União 
julgar as contas prestadas pelo Presidente da República. Caberá ao 
Tribunal tão-somente apreciá-las, mediante parecer prévio que deverá 
ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento (CF, art. 
71, I). A competência para julgar as contas do Presidente da República é 
exclusiva do Congresso Nacional (CF, art. 49, IX). 
O item II está certo, reproduzindo, literalmente, o inciso III do art. 71 
da Constituição Federal. 
O item III está errado porque compete ao Tribunal de Contas da União 
prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por 
qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões (e 
não a quaisquer de seus membros, como afirma o enunciado), sobre a 
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial 
e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas (CF, art. 71, 
VII). 
 
34) (FCC/ JUIZ DO TRABALHO/14ª REGIÃO/2003) Determinado Estado 
da Federação tem representação de 68 Deputados na Câmara dos 
Deputados. De acordo com as disposições constitucionais sobre a 
matéria, quantos Deputados à Assembléia legislativa haverá? 
a) 96 Deputados; 
b) 84 Deputados; 
c) 92 Deputados; 
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d) 76 Deputados; 
e) 70 Deputados. 
Gabarito: “c” 
Determina o art. 27 da Constituição Federal que o número de Deputados 
à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do 
Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, 
será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de 
doze. 
Matematicamente, podemos resolver todas as questões de concursos 
envolvendo esses quantitativos com o uso das seguintes regras: 
a) se o enunciado fornecer o número de deputados federais e solicitar o 
número de deputados estaduais: (a) até 12 deputados federais, 
multiplica-se por 3; (b) acima de 12 deputados federais, soma-se 24; 
b) se o enunciado fornecer o número de deputados estaduais e solicitar 
o número de deputados federais: (a) até 36 deputados estaduais, 
divide-se por 3; acima de 36 deputados estaduais, subtrai-se 24. 
Na situação dada, o estado possui 68 deputados federais; logo, é certo 
que ele possui 92 deputados estaduais (68 + 24 = 92). 
 
35) (FCC/PROCURADOR DE CONTAS DE 2ª CLASSE/AMAZONAS/2006) 
De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre os 
Tribunais de Contas dos Estados, é correto afirmar que 
a) sua organização e composição não precisam ser simétricas às do 
Tribunal de Contas da União. 
b) dentre seus sete conselheiros, quatro devem ser escolhidos pela 
Assembléia Legislativa e três pelo Chefe do Poder Executivo estadual. 
c) devem ser compostos por, no mínimo, sete conselheiros, podendo o 
constituinte estadual elevar este número para nove, à semelhança do 
modelo federal. 
d) não podem apreciar a constitucionalidade das leis e atos do poder 
público no exercício de suas atribuições. 
e) têm competência para executar suas próprias decisões, já que seus 
membros gozam de prerrogativas semelhantes às dos membros do 
Poder Judiciário. 
Gabarito: “b” 
A assertiva “a” está errada porque o art. 75 da Constituição determina 
que as normas sobre organização, composição e fiscalização do Tribunal 
de Contas da União deverão ser observadas pelos Tribunais de Contas 
dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos 
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de Contas dos Municípios. Portanto, na organização e composição destes 
Tribunais locais deverá ser observada a simetria com o modelo federal, 
fixado na Constituição Federal para o Tribunal de Contas da União. 
A assertiva “b” está certa, pois dentre os sete conselheiros do Tribunal 
de Contas do Estado, quatro são escolhidos pela Assembléia Legislativa 
e três pelo Chefe do Poder Executivo estadual. É o que estabelece a 
Súmula nº 653 do STF, nos termos seguintes: “No Tribunal de Contas 
estadual, composto por sete conselheiros, quatro devem ser escolhidos 
pela Assembléia Legislativa e três pelo Chefe do Poder Executivo 
estadual, cabendo a este indicar um dentre auditores e outro dentre 
membros do Ministério Público, e um terceiro à sua livre escolha. 
A assertiva “c” está errada, pois a Constituição Federal determina que 
os Tribunais de Contas dos estados serão integrados por sete 
Conselheiros (art. 75, parágrafo único). 
A assertiva “d” está errada porque os Tribunais de Contas podem, no 
exercício de suas atribuições, realizar o controle de constitucionalidade 
das leis. É o que estabelece a Súmula nº 347 do STF, nos termos 
seguintes: “O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode 
apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do poder público.” 
A assertiva “e” está errada porque os Tribunais de Contas dos estados 
não têm competência para executar suas próprias decisões, medida que 
é de competência privativa do Poder Judiciário. 
 
36) (FCC/PROCURADOR DE CONTAS DE 2ª CLASSE/AMAZONAS/2006) 
Considere as afirmações abaixo. 
I. A imunidade dos deputados federais e senadores somente se aplica 
em matéria penal. 
II. Os vereadores não gozam de imunidade processual. 
III. A imunidade dos deputados federais e senadores somente se aplica 
às opiniões e palavras proferidas no recinto do Congresso Nacional. 
IV. Após a diplomação, os deputados federais e senadores serão 
processados penalmente pelo Supremo Tribunal Federal, após prévia 
autorização da respectiva casa legislativa. 
Estão corretas 
a) I, II, III e IV. 
b) apenas II, III e IV. 
c) apenas III e IV. 
d) apenas III. 
e) apenas II. 
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Gabarito: “e” 
O item I está errado, porque a imunidade dos congressistas os protege 
civil e penalmente (CF, art. 53). 
O item II está certo, pois os vereadores não dispõem de imunidade 
processual. Eles apenas possuem imunidade material, isto é, são 
invioláveis por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato 
e na circunscrição do Município (CF, art. 29, VIII). 
O item III está errado porque a imunidade dos congressistas não está 
restrita às manifestações proferidas no recinto do Congresso Nacional, 
alcançando também manifestações fora dessa Casa Legislativa, desde 
que relacionadas ao exercício da atividade congressual. 
O item IV está errado porque o julgamento de congressista pelo 
Supremo Tribunal Federal não depende de autorização da Casa 
Legislativa. Atualmente, recebida a denúncia contra o Senador ou 
Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal 
Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido 
político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, 
poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação (CF, art. 53, § 
3º). 
 
37) (FCC/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/TCE-MA/2005) A 
convocação extraordinária do Congresso Nacional no caso de pedido de 
autorização para a decretação do estado de sítio é feita 
a) pelo Presidente da Câmara dos Deputados. 
b) a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas. 
c) pelo Presidente do Senado Federal. 
d) pelo Presidente da República. 
e) a requerimento do Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
Gabarito: “c” 
A convocação extraordinária do Congresso Nacional em caso de pedido 
de autorização para a decretação de estado de sítio far-se-á pelo 
Presidente do Senado Federal (CF, art. 57, § 6º, I). 
 
38) (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-
AM/2003) Supondo-se que o Presidente da República pretenda destituir 
o Procurador-Geral da República, essa destituição deverá ser 
a) autorizada pelo Congresso Nacional, em votação nominal e secreta. 
b) feita por decreto, ouvido previamente o Conselho da República. 
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c) precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal. 
d) concretizada livremente, visto que o ocupante do cargo é demissível 
ad nutum. 
e) aprovada previamente pela Câmara dos Deputados, Casa que 
representa o povo brasileiro. 
Gabarito: “c” 
Compete privativamente ao Senado Federal aprovar, por maioria 
absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-
Geral da República antes do término de seu mandato (CF, art. 52, XI). 
 
39) (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-
PE/2004) Considere: 
I. Dos Ministros do Tribunal de Contas da União, dois terços são 
escolhidos pelo Congresso Nacional. 
II. Um quinto dos membros do Tribunal de Contas da União é escolhido, 
alternativamente, dentre auditores e representantes do Ministério 
Público junto ao Tribunal. 
III. Os Ministros do Tribunal de Contas da União têm as mesmas 
garantias, prerrogativas, impedimentos e vantagens dos Ministros do 
Supremo Tribunal Federal. 
IV. Dentre outros requisitos, o Ministro do Tribunal de Contas da União 
deve contar com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e 
cinco anos de idade. 
São corretos APENAS os itens 
a) I e II. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) III e IV. 
Gabarito: “b” 
I. Dos Ministros do Tribunal de Contas da União, dois terços são 
escolhidos pelo Congresso Nacional. 
O item I está certo, pois, de fato, os Ministros do Tribunal de Contas da 
União serão escolhidos: (a) um terço pelo Presidente da República, com 
aprovação do Senado Federal, sendo dois alternadamente dentre 
auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados 
em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antigüidade e 
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merecimento; (b) dois terços pelo Congresso Nacional (CF, art. 73, § 
2º). 
O item II está errado, pois a regra constitucional é que, dentre os seis 
Ministros escolhidos pelo Presidente da República, dois serão escolhidos 
alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto 
ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios 
de antigüidade e merecimento; (b) dois terços pelo Congresso Nacional 
(art. 73, § 2º). 
O item III está errado, pois os Ministros do Tribunal de Contas da União 
terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos 
e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça (CF, art. 
73, § 3º). 
O item IV está certo, pois contar com mais de trinta e cinco anos e 
menos de sessenta e cinco anos de idade é um dos requisitos para ser 
Ministro do Tribunal de Contas da União. Os requisitos constitucionais 
são os seguintes: 
a) ser brasileiro; 
b) mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; 
c) idoneidade moral e reputação ilibada; 
d) notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros 
ou de administração pública; 
e) mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade 
profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior. 
 
40) (FCC/PROCURADOR DO MUNICÍPIO 2ª CLASSE/PREFEITURA DE 
SALVADOR/2006) A perda do mandato de Deputado Federal e de 
Senador será 
a) decidida pelo Congresso Nacional, e não apenas declarada por sua 
Mesa, quando o parlamentar infringir qualquer das proibições 
constitucionais ao exercício do mandato. 
b) decidida pelo Congresso Nacional, e não apenas declarada por sua 
Mesa, quando houver prática de procedimento declarado incompatível 
com o decoro parlamentar. 
c) decidida pela Casa respectiva, e não apenas declarada pela Mesa do 
Senado Federal ou da Câmara dos Deputados, na hipótese de perda ou 
suspensão dos direitos políticos. 
d) decidida pela Casa respectiva, e não apenas declarada pela Mesa da 
Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, quando houver 
condenação criminal transitada em julgado. 
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e) declarada pela Justiça Eleitoral, e não pela Mesa da respectiva Casa, 
no caso de excesso de faltas do parlamentar às sessões ordinárias. 
Gabarito: “d” 
Mais uma questão envolvendo os critérios para a perda do cargo de 
congressista! Veja que todas as bancas examinadoras cobram muito 
essa matéria. Portanto, não deixe de memorizar os §§ 2º e 3º do art. 55 
da Constituição! 
Em síntese, temos que a perda do mandato do congressista: 
a) nos casos de desrespeito às proibições do art. 54 da 
Constituição, quebra do decoro parlamentar e condenação 
criminal em sentença transitada em julgado: será decidida pela 
Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto secreto e 
maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de 
partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla 
defesa; 
b) nos casos de não comparecimento, em cada sessão legislativa, 
à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, 
salvo licença ou missão por esta autorizada; perda ou suspensão 
dos direitos políticos e decretação pela Justiça Eleitoral: será 
declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante 
provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político 
representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. 
Portanto, está correta a assertiva “d”. 
 
41) (FCC/ ANALISTA – ÁREA CONTROLE INTERNO/MPU/2007) Dentre 
outras, é competência privativa da Câmara dos Deputados 
a) suspendera execução, no todo ou em parte, de lei declarada 
inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. 
b) autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de 
processo contra o Presidente, o Vice-Presidente da República e os 
Ministros de Estado. 
c) autorizar operações externas de natureza financeira de interesses da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
d) aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de 
ofício, do Procurador-Geral da República, antes do término de seu 
mandato. 
e) processar e julgar os membros do Conselho Nacional de Justiça, o 
Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União, nos crimes 
de responsabilidade. 
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Gabarito: “b” 
Dentre todas as matérias enumeradas, a única de competência da 
Câmara dos Deputados é a indicada na assertiva “b”: autorizar, por dois 
terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente, 
o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado (CF, art. 51, I). 
As demais são de competência do Senado Federal, previstas no art. 52 
da Constituição Federal. 
Um abraço – e bons estudos. 
Vicente Paulo

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