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Métodos Tradicional, Comportamentalista, Humanista e Sócio-Cultural

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Principais Métodos
(Baseado no livro de Mizukami, ‘Ensino: as abordagens do processo’, de 1986)
Tradicional: Tem a escola como o espaço para a aquisição do conhecimento, que tem o professor como o mediador
entre o aluno e os modelos culturais a serem transmitidos. O professor é o centro do saber, aquele que passa o
conteúdo expositivamente para o aluno, que deve passivamente ouvir e se apropriar das informações transmitidas.
Os produtos finais de sua aprendizagem, tais como exercícios de aula ou para casa e avaliações, são os indicadores
de que o ensino foi eficiente ou não e de que aquele aluno foi capaz de acompanhar ou não, tendo como ideal
constante que os alunos sejam capazes de reproduzir com exatidão o conteúdo transmitido. Pouca é a atenção dada
a um indivíduo particularmente, há uma tendência a tratar todos igualmente, requerendo de todos o mesmo ritmo de
trabalho, as mesmas leituras e os mesmos conhecimentos adquiridos. Volta-se para o que é externo ao aluno: o
programa, as disciplinas, o professor. Privilegia-se o verbal (oral e escrito), as atividades intelectuais e o raciocínio
abstrato. Em termos gerais, é um ensino que tem como cerne de sua preocupação a aquisição de uma variedade e
quantidade de informações/noções/conceitos e não a formação do pensamento reflexivo. Ou seja, traduz-se num
processo de impressão e pura receptividade, em que o sujeito tem papel insignificante na elaboração do
conhecimento. 
 
Comportamentalista: Tem como principal representante Skinner. O conhecimento é o resultado direto da
experiência. Tanto a ciência quanto o comportamento são considerados formas de se conhecer os eventos. O ensino
é composto por padrões de comportamento que podem ser mudados através do treinamento, segundo objetivos
pré-fixados. Os objetivos do treinamento são as categorias de comportamento ou habilidades a serem desenvolvidas.
Tanto o professor pode modificar seu comportamento, em prol da melhor estratégia de ensino, maximizando o
aprendizado e o desempenho do aluno; quanto o aluno pode modificar seus comportamentos ao longo do tempo e
realizar novos aprendizados, se atualizando. A educação está intimamente ligada à transmissão cultural. O professor
passa a ser planejador, reforçador, condutor e avaliador de todo o processo de ensino-aprendizagem, com vistas a
produzir uma instrução mais eficiente, baseada em pequenos passos, dando feedback constante aos alunos. O aluno
é aquele que tem seu ritmo próprio, progride em pequenos passos e que deve chegar a aquisição de uma dada
competência que lhe foi estipulada. O aluno é produto do meio, mas também é reativo a ele, por isto a importância de
um olhar atento por parte do professor e do uso de estratégias educacionais que maximizem o aprendizado. Sob
certas circunstâncias faz o uso de recompensas positivas ou de punições que modelem o comportamento desejado.
Há o diretivismo e as decisões tomadas para o aluno, mas sobretudo, há uma ênfase na programação do ensino para
sua maior eficiência.
 
Humanista: Consideram-se as tendências ou enfoques encontrados predominantemente no sujeito. Dois enfoques
são os predominantes: o de Rogers, C. e o de Neill, A. O primeiro adota como pressupostos a crença na fé e a
confiança na capacidade da pessoa para desenvolver-se a si própria. O segundo, ressalta a espontaneidade e a
capacidade do homem de elaborar seu próprio conhecimento. Nesta abordagem, o ensino é centrado no aluno,
considerado uma pessoa integrada, em que suas dimensões emocional e intelectual são igualmente valorizadas e
sua aprendizagem advém de sua própria experiência. O professor não é um transmissor de conteúdo, ele dá
assistência, sendo um facilitador da aprendizagem. Ou seja, o professor não ensina, apenas cria condições para que
os alunos aprendam, fundamentalmente através de sua postura autêntica, congruente e empática. O professor cria o
seu próprio repertório facilitador da aprendizagem. Não existem modelos prontos ou regras a seguir ou resultados
finais esperados, mas sim, um processo de vir a ser, em que a ênfase está no processo. Em cada indivíduo, há uma
consciência autônoma e interna que o permite significar e optar. A educação seria aquela a criar condições para que
essa consciência se preserve e cresça. Trata-se de uma educação do homem e não apenas de uma pessoa em
situação escolar, cujo objetivo é liberar sua capacidade de auto-aprendizagem para que busque ampliar e modificar
seu aprendizado pessoal. Busca-se despertar a autonomia, a responsabilidade pelas próprias opções, a
autodescoberta, a autodeterminação, a capacidade de cooperação com o próximo. Para finalizar, vale enfatizar a
predominância não-diretiva desta abordagem, baseada em relações entre iguais e nas auto-avaliações do aluno e do
professor.
 
Sócio-cultural: Tem como principal representante Paulo Freire. Nesta abordagem, o homem se constrói e chega a
http://www.psicologia.ufrj.br/tcconline/IBW_SAT/metodos_detalhe.html
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ser sujeito na medida em que, integrado em seu contexto, reflete sobre ele e com ele se compromete, tomando
consciência de sua historicidade. A elaboração e o desenvolvimento do conhecimento estão ligados ao processo de
conscientização, que é sempre inacabado, contínuo e progressivo, é uma aproximação crítica da realidade, um
des-velamento, pautado na reflexão e na ação. A educação assume caráter amplo, não restrita à escola em si e nem
a um processo de educação formal, deve ser ela um local onde seja possível o crescimento mútuo, do professor e
dos alunos. Educador e educando se educam entre si, mediatizados pelo mundo, assumindo desde o início do
processo educacional, o papel de sujeitos criadores. É uma relação horizontal, não imposta, em que o diálogo é
desenvolvido, ao mesmo tempo em que são oportunizadas a cooperação, a união, a organização e a solução em
comum de problemas. Há por parte do educador, uma preocupação com cada aluno em si, com seu processo, e não
com produtos padronizados de aprendizagem. A avaliação do processo de aprendizado consiste numa
auto-avaliação de aluno e professor individualmente e mutuamente, os quais saberão quais são suas dificuldades e
seus progressos. A educação é vista como um ato político. 
A IBW e a Sala de Aula Tradicional | Modalidades de Ensino | Principais Métodos | Definições |
Requisitos | Diferenças Gerais | Recursos | Vantagens e Desvantagens | Cenário Atual | Entrevista com
o Professor Hugo | Vídeos | Fóruns | Bibliografia Utilizada
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