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AULA 6 TEORIA BIOLOGICAS DO ENVELHECIMENTO HUMANO

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Edson Rios D’Angelo 
Teorias Biológicas do 
Envelhecimento Humano 
 
Todo organismo multicelular possui um tempo limitado de vida, 
que se divide três fases: 
 
 
Porque envelhecemos? 
FASE DE CRESCIMENTO 
E DESENVOLVIMENTO 
Desenvolvimento e crescimento dos órgãos 
especializados, o organismo cresce e adquire 
habilidades funcionais que o tornam apto a se 
reproduzir. 
 
FASE REPRODUTIVA 
Capacidade de reprodução do indivíduo, garantindo a 
sobrevivência, perpetuação e evolução da própria 
espécie. 
FASE DE SENESCÊNCIA OU 
ENVELHECIMENTO 
Caracterizada pelo declínio da capacidade funcional 
do organismo. 
O envelhecimento é causado por alterações moleculares e 
celulares, que resultam em perdas funcionais dos órgãos e do 
organismo como um todo. 
 
Esse declínio se torna perceptível ao final da fase reprodutiva, 
muito embora as perdas funcionais do organismo comecem a 
ocorrer muito antes. 
 
O envelhecimento é variável entre os indivíduos e entre os 
sistemas de um mesmo indivíduo. 
Como envelhecemos? 
 Deletérias 
 Reduzem a funcionalidade; 
 Progressivas 
 Se estabelecem gradualmente; 
 Intrínsecas 
 Características do próprio indivíduo. O ambiente tem forte 
influência sobre o aparecimento e velocidade dessas mudanças; 
 Universais 
 Dentro de uma mesma espécie. 
 
As alterações que ocorrem no envelhecimento 
devem ser... 
 Senescência: 
 Mudanças orgânicas relacionadas à idade; 
 Afeta funções e vitalidade. 
 
 Senilidade: 
 Estágio final da senescência; 
 Quando o risco de mortalidade beira os 100%. 
Senescência X Senilidade 
Como envelhecemos? 
 Homeostase: 
 
Tendência normal do organismo de manter a estabilidade interna, 
ajustando processos metabólicos e fisiológicos em resposta as 
agressões. 
 
 Doença: 
Perda da adaptabilidade ao estresse interno e externo (perda da 
homeostase)  Aumento da susceptibilidade à doenças. 
 
 Morte: 
Ocorre quando o organismo não consegue mais restabelecer o 
equilíbrio funcional. 
 
Homeostasia 
Todos os órgãos e tecidos do corpo humano executam funções que 
contribuem para manter estas condições relativamente constantes. 
 Teorias Biológicas; 
 Teorias Estocásticas 
 Teorias Sistêmicas 
 Teorias Sociais; 
 Teorias Psicológicas. 
Teorias do Envelhecimento Humano 
 
TEORIAS ESTOCÁSTICAS 
 Estocástico: processo que se dá ao acaso, aleatoriamente, 
acidentalmente. 
 
As teorias de cunho estocástico sugerem que danos moleculares, que 
ocorrem ao acaso, provocariam os declínios encontrados no processo de 
envelhecimento. 
 
 Teoria de uso e desgaste; 
 Proteínas alteradas; 
 Mutações somáticas; 
 Erro catastrófico; 
 Desdiferenciação; 
 Dano oxidativo e radicais livres; 
 Lipofucina e acúmulo de detritos; 
 Mudanças na pós-tradução em proteínas. 
 
 
Teorias Estocásticas 
 Premissas adicionais devem ser levadas em conta: 
 
 Necessário estabelecer quais células, tecidos e 
organismos possuem moléculas particularmente 
sensíveis; 
 
 Necessário assumir que espécies de vida longa são mais 
capazes de tolerar tais danos; 
 
 OBS.: Espécies de vida longa tem melhor sistema de 
reparo. 
Teorias Estocásticas 
De acordo com esta teoria, o envelhecimento e a morte seriam 
resultado da constante exposição dos tecidos à injúrias ambientais no 
dia-a-dia (infecções, inflamações. ferimentos, agressões, etc.), 
ocasionando a diminuição da capacidade do organismo em recuperar-
se totalmente. 
 
Trata-se de uma teoria superada. 
 
Exemplo: 
Animais criados em ambientes livres de patógenos ou de ferimentos envelhecem, 
porém, não apresentam qualquer aumento em sua longevidade máxima. 
 
 
 
Teoria do Uso e Desgaste 
Estabelece que mudanças que ocorrem nas moléculas são 
dependentes do tempo. 
 
 Alterações conformacionais; 
 Alterações na atividade enzimática; 
 Acúmulo de proteínas anormais; 
 Comprometimento da eficiência das células. 
 
O acúmulo das proteínas anormais ao longo do tempo causaria danos 
ainda maiores às células. A capacidade de remover estas proteínas 
alteradas está comprometida nas células envelhecidas, contribuindo, 
assim, para a sua progressiva acumulação. 
 
Teoria das Proteínas Alteradas 
De acordo com essa teoria, o envelhecimento seria causado pelo 
acúmulo de mutações, com o avançar da idade, após longa exposição a 
radiação e outros agentes ambientais. 
 
Alteraria a função genética e reduziria a eficiência da célula até um 
nível incompatível com a vida. 
 
 
A hipótese originou-se da observação de que os danos, induzidos por 
radiação em cobaias, assemelham-se a algumas características da 
senescência (atrofia do tecido e neoplasias). 
 
Teoria das Mutações Somáticas 
Sugere que a ocorrência natural de erros na produção de enzimas seria 
o ponto de partida do envelhecimento celular. Os erros poderiam 
alterar o código genético, repercutindo na produção de proteínas 
anormais, comprometendo a renovação celular e, a longo prazo, a 
função de sistemas orgânicos inteiros. 
 
Teoria do Erro Catastrófico 
Erros cumulativos  Morte celular  Decréscimo da capacidade funcional  
Envelhecimento 
Células se desviariam do seu estado de diferenciação (quando as 
células se "especializam" para realizar determinada função) 
sintetizando proteínas desnecessárias (presença de proteína 
originárias de outros tecidos), o que reduziria a eficiência celular 
até a morte. 
 
 
Essa teoria não possui comprovação experimental, 
permanecendo sob investigação. 
Teoria da Desdiferenciação 
Essa teoria postula que os declínios fisiológicos característicos de 
mudanças relacionadas com a idade podem ser atribuídos aos danos 
intracelulares produzidos pelos radicais livres. 
 
 
 
 
Os danos provocados pelos radicais livres se acumulam com a idade, eles têm 
sido associados à artrite, catarata, câncer, diabetes e transtornos neurológicos 
como o mal de Parkinson. Porém, há necessidade de evidências mais diretas 
para afirmar a ação dos radicais livres como papel central no envelhecimento. 
Teoria do Dano Oxidativo e Radicais Livres 
Radicais livres: moléculas ou átomos instáveis e altamente reativos formados durante 
o metabolismo que reagem com membranas celulares, proteínas, gorduras, 
carboidratos e até o DNA, podendo danificá-los. 
A teoria propõe que o envelhecimento da célula é causado pelo 
acúmulo intracelular de produtos do metabolismo que não 
podem ser destruídos, exceto pelo processo de divisão celular. 
 
 
 
Nenhuma evidência sugere que a Iipofuscina em si seja danosa. 
Mas os produtos de metabolismo podem provocar substancias 
que podem ser danosas, prejudicando, pelo espaço tomado, 
a função da célula. 
 
Teoria da Lipofuscina e Acúmulo de Detritos 
Lipofuscina: detritos (pigmentos insolúveis) que se acumulam nas células 
geralmente como resultado da auto-oxidação induzida por radicais livres. 
Mudanças em macromoléculas importantes (colágeno e 
elastina) comprometeriam as funções de tecidos e reduziriam a 
eficiência celular. 
 
Repercussões importantes sobre praticamente todos os 
aspectos morfológicos e fisiológicos do organismo (senescência 
da pele, tecido cardíaco e outros tecidos). 
 
 
Teoria das Mudanças Pós-tradução em Proteína 
 
TEORIAS SISTÊMICAS 
Consideram uma abordagem genética para analisar o 
envelhecimento, admitindo, em diferentes graus, a modulaçãoambiental no envelhecimento e longevidade. 
 
 Teorias metabólicas; 
 Teoria da taxa de vida 
 Teoria do dano mitocondrial 
 Teorias genéticas; 
 Apoptose; 
 Fagocitose; 
 Teorias neuroendócrinas; 
 Teorias imunológicas. 
 
 
Teorias Sistêmicas 
Sabe-se que animais maiores apresentam longevidade maior do que 
animais menores, e que a taxa metabólica seria inversamente 
proporcional ao peso do corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
A ligação entre esses dois fatos levou à ideia de que a longevidade e o 
metabolismo estariam unidos em uma relação causal. 
Teorias Metabólicas 
 Em alguns organismos, alterações da taxa metabólica induzidas 
por temperatura e/ou dieta produziriam mudanças 
correspondentes na longevidade; 
 Dados consistentes mostram que a taxa metabólica tende a 
declinar com a idade avançada. 
 
Essas e outras observações similares levaram à hipótese segundo 
a qual a longevidade pode ser mais bem entendida como função 
do declínio metabólico. 
Teorias Metabólicas 
Estabelece que a longevidade seria inversamente proporcional à 
taxa metabólica. 
 
 
 
Sugere que o corpo pode trabalhar até certo ponto, isto é, 
quanto mais rápido ele trabalha, mais energia ele usa e mais 
rápido o desgaste. Assim, a velocidade do metabolismo, ou o uso 
da energia, determinaria o tempo de vida. 
 
 
 
 
 
Teoria da Taxa de Vida 
Taxa Metabólica é a quantidade mínima de energia (calorias) necessária para 
manter as funções vitais do organismo em repouso. 
MacGay (1934): Experimento com restrição calórica em ratos. 
 
 Grupo I: Desenvolveram-se, envelheceram e morreram em 3 anos 
 Grupo II: Parada do crescimento, não envelheceram, morreram em 6 
anos. 
 
A restrição calórica em 30% a 40% levou ao aumento da longevidade 
máxima em ratos. 
Teoria da Taxa de Vida 
Sugere que os danos cumulativos do oxigênio (oxidação) sobre a 
mitocôndria levariam ao declínio no desempenho fisiológico das células 
durante o envelhecimento. 
 
 
 
 
A produção de energia seria comprometida devido à lesão das 
estruturas da membrana mitocondrial pelo dano oxidativo. Isso 
explicaria as baixas taxas metabólicas observadas em células 
envelhecidas. 
Teoria do Dano Mitocondrial 
Mitocôndria: organela citoplasmática membranosa, cuja principal função é a 
geração de energia através da síntese de adenosina trifosfato (ATP). 
Partem do princípio que a taxa de envelhecimento corporal é 
determinada pela hereditariedade. 
 
 É proposto que o processo de envelhecimento está 
programado nos genes; 
 
 Eventos como a puberdade, a menarca ou a menopausa são 
regulados por relógios biológicos celulares. 
 
Teorias Genéticas 
Alguns autores têm observado que o envelhecimento é 
acompanhado por: 
 Progressivo aumento do número de erros que ocorrem durante 
o processo de divisão celular; 
 Erros motivam patologias cromossómicas que, por sua vez, 
originam uma desregulação nos genes envolvidos no processo 
de envelhecimento. 
 
O envelhecimento corporal resulta de uma deterioração gradual 
das sequências do DNA celular, o que desencadeia um processo de 
reprodução celular incompleto. 
 
Teorias Genéticas 
A apoptose, conhecida como “morte celular programada” ou de 
“suicídio” de certas células, é um tipo de “auto-destruição 
celular” geneticamente programada e que se relaciona com a 
manutenção da homeostase e com a regulação fisiológica do 
tamanho dos tecidos. 
 
A apoptose seria induzida por fatores extracelulares e a falha em 
reprimir ou em induzir apoptose provavelmente é responsável 
por diversas doenças. Contudo, o papel da apoptose no 
envelhecimento não-patológico ainda não foi esclarecido. 
Apoptose 
Células senescentes apresentariam proteínas de membrana que 
as identificariam como alvo para a destruição por outras células, 
tais como os macrófagos. 
 
 
 
 
Essa teoria Já foi comprovada experimentalmente, mas sua ação 
é muito restrita, como ocorre com as células vermelhas do 
sangue. 
Fagocitose 
Fagocitose: é o englobamento e digestão de partículas sólidas e micro-organismos 
por fagócitos ou células amebóides. 
Postulam que a falência progressiva de células do sistema 
endócrino com funções integradoras específicas levaria ao 
colapso da homeostase corporal, à senescência e à morte. 
 
 
 
Algumas investigações mostram que genes envolvidos em 
funções neuroendócrinas podem ser qualitativamente alterados 
com a idade e que a frequência dessas mutações pode ser 
modulada pela exposição crônica a determinados hormônios. 
Teorias Neuroendócrinas 
Células integradoras: fazem relação entre os sistemas neurológico e endócrino e 
desses com outros sistemas. 
Nesta teoria, afirma-se que o envelhecimento ocorre como 
resultado de uma redução na atividade do sistema imune, que é 
composto pelas células T (linfócitos), originadas no timo, que 
protegem o corpo contra as doenças. 
 
Evidências mostram que as perdas relacionadas com a idade na 
função imune podem ser revertidas, ao menos parcialmente, 
sugerindo que pelo menos algumas dessas mudanças não 
poderiam ser classificadas como envelhecimento. 
 
Teorias Imunológicas 
Ainda falta muita investigação para se chegar a um consenso 
sobre os conceitos básicos que possam definir o processo de 
envelhecimento. 
 
Muito provavelmente, nenhuma das teorias aqui expostas esteja 
completamente correta. 
 
Talvez todas contenham a explicação de alguma parte do 
mosaico, mas muitas pesquisas ainda serão necessárias para que 
se tenha uma explicação unificada desse fenômeno instigante 
que é o envelhecimento dos seres vivos. 
 
 
Considerações Finais 
Referências

Outros materiais