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Resumo do texto sobre ética de Eduardo Bittar
O direito de ter opção ética e o acervo da humanidade
Ao se refletir acerca do que pode ser ou não considerado erro permite um confronto entre o que estaria na margem do erro e do acerto. Isso por que cada decisão tomada pelo individuo está intimamente ligada a ideais internos e influenciada por estímulos externos o que torna as ações conflituosas e são exatamente essas aflições do humano que constituem a estampa característica da dimensão ético-reflexiva. Portanto, de pouca relevância são as tradicionais ideias de uma dimensão ética desencaixada da perspectiva vivencial de indivíduos dimensionados em condições históricas de produção de decisões éticas.
Esse contínuo impasse de ações e decisões ao longo da história produziram o que pode ser chamado de acervo da humanidade, em que podemos encontrar referencias para as futuras gerações e se apresentam na forma de tendências, ideologias, posturas, decisões, experiências compartilhadas, normas internacionais, conquistas políticas, lições éticas, preceitos morais, éticas religiosas, ditos célebres, hábitos populares e sabedorias consagradas. Se essas ações servem como modelo de forma positiva, a humanidade também contribuiu com uma bagagem de ideias pouco louváveis. Assim, contrastando com esse acervo da humanidade, existe um conjunto de nódoas, desencontros, ações delituosas, tempestades morais, opressões culturais, questionáveis valores éticos, que também compõem momentos notórios da História da humanidade, mas de certo caráter subterrâneo.
O pouco que se pode fazer em matéria de ética
O agir ético individual é a base e a origem da expansão da consciência ética de uma coletividade. Cada contribuição particular, cada ação individualizada, cada minúscula resistência às tentações antiéticas, cada movimento solteiro de construção da virtude constituem-se, e seu todo, em um grande movimento de contramão às avalanches de exemplos e modelos antiéticos. Isso por que todo processo de formação de uma identidade ética e de uma consciência ética para uma coletividade decorre de um princípio: a ação individual. Sabemos que frente a um obstáculo a humanidade se recusa a enfrentar, mas a atitude de um indivíduo com espírito de liderança pode causar uma reviravolta na situação influenciando o grupo.
Traços de uma ética pós-moderna: Ética, violência e Direitos Humanos
Modernidade em rápido confronto com a pós-modernidade
Durante o período iluminista e as próximas décadas que se seguiram houve uma extrema valorização da razão, uma superioridade das declarações universais formadas de discursos moralizantes acerca da liberdade. Esse pensamento moderno cedeu lugar a uma fase despreocupada com essa certeza baseada na ciência provocando uma ruptura a que se denominou pós-modernidade para qual as ideias modernas estariam superadas.
A transferência paulatina do racional para o continente, do verdadeiro cientifico para o possível do senso comum, do melhor idealista para o aceitável realístico operou a grande transição que hoje se pode afirmar caracterizar a ruptura com a modernidade. Em termos éticos, ainda se torna difícil poder avaliar os avanços e retrocessos dessa mudança. Mas se reconhece já a existência desses traços marcantes que diferenciam um período do outro. Assim, a pós-modernidade não aceita o fato de que seja possível converter valores morais em normas universais com tranquilidade e isenção.
A pós-modernidade, também pode-se dizer, traz o reencantamento do mundo depois da moderna luta, longa e seríssima, se bem que no fim inconclusiva , para desencantá-lo. A pós-modernidade se apresenta então como uma modernidade sem ilusões, que por sua vez concentram-se na crença de que os conflitos da humanidade logo serão superados, sendo mais ou mais tarde substituídos pelo domínio ordenado e sistemático da razão.
Dilemas da pós-modernidade
Essas novas formas de pensar, novos caminhos e verdades trazem uma série de dilemas, mostrando que a ruptura com o passado desencadeou várias tendências reprimidas, onde as minorias se manifestam com intensidade, os comportamentos estão favoravelmente pluralizados, os padrões morais estão difusos e desconcentrados. Isso favorece a tendência atual de confusão entre o que seja certo ou errado, a inversão de valores ou a inexistência deles.
A intensa modificação permite vivenciar a experiência de considerar o que há pouco era novo de velho, visto que em um curto espaço de tempo as ideias, os objetos frutos de uma tecnologia cada vez avançada são rapidamente substituídos. As dimensões morais se encontram diluídas e o homem pós-moderno vive a dor da diferença de ser tão sem limites que acaba por viver o nada.
 
Ética pós-moderna e o referencial dos direitos humanos
A não violência está imersa na proposta da pós-modernidade, nem tanto como prática da humanidade, mas como fim almejado, isto porque não basta a projeção de uma ética da não violência como valor primacial a ser conquistado pelos indivíduos, pelas gerações, pelas coletividades, pelas nações, pelos povos. O problema fundamental em relação aos direitos do homem, hoje, não é tanto o de justificá-los, mas o de protegê-los. A violência tende a ser maior a partir do avanço tecnológico, bem como todo e qualquer avanço e é necessário fazer uso muitas vezes da tecnologia ou outros métodos para construir as espécies de antidoto. À corrida armamentista, deve-se responder com o paulatino desarmamento, ao desenvolvimento acelerado, com o desenvolvimento sustentável e humano, ao capitalismo selvagem e concorrencial com a economia integradora e globalizada, à discriminação ética, com a heterogeneidade racial.
A ação violenta de poucos não surte um significativo efeito, pois enquanto há movimentos ativista contra a violência, potências hegemônicas constroem sua territorialidade e superioridade na base do armamentismo e da guerra pelos estoques nucleares.
As formas de violência na pós-modernidade
 Se os usos bons e as consequências benéficas da tecnologia são majoritários, deve-se pensar no lado oposto: a violência sai potencializada; os crimes virtuais se multiplicam; o acesso irrestrito aos códigos e à privacidade individuais aumentam e pluralizam as formas de redução da esfera íntima da pessoa humana; as armas biológicas alcançam distâncias e consequências cada vez maiores; as estratégias guerreiras fulminantes e agonizantes aumentam seu potencial de efeitos; a meticulosidade tecnológica ganha forças para o aumento do sofrimento humano; basta o domínio de uma aeronave para destruir um edifício inteiro, basta criar uma bomba para criar o terror em estações e praças públicas. A violência vale-se da tecnologia como forma de amplificação do vigor humano. É incomparável a noção de potencial destrutivo no uso da tecnologia armada que o próprio jogo da guerra perde o seu sentido; se alguém se valer do pleno potencial bélico da humanidade, desta nada restará para contar a história do que foi, nem mesmo o combate vitorioso.
A ética dos direitos humanos e a dignidade da pessoa humana
Após inúmeras atrocidades, um histórico de humilhações contra os seres humanos, conflitos, mortes percebeu-se que o Estado deveria garantir a integridade dos indivíduos. Foram necessários, em outras palavras, diversas violações, diversas experiências de indignidade para que a própria noção de dignidade surgisse um pouco mais clara aos olhos do pensamento contemporâneo.
A ética do cuidado e a dignidade da pessoa humana
A partir da noção do afeto como agente conciliador ele passa a ser um elemento fundamental para a dinâmica da reconceituação da experiência a partir de novos paradigmas e referencias culturais. . A emergência dos sentimentos, a ampliação do lugar da mulher nas deliberações sociais e políticas, a construção de uma economia do cuidado, a transformação das políticas do direito, a criação de mecanismos alternativos da construção de justiça, a discussão sobre o papel necessário e convergente do diálogo nas práticas e nos diálogossociais, a experiência do fórum social e a construção de uma lógica pluralista e multiculturalista para os povos, a luta pelo cuidado ambiental são demonstrações claras de que reações estão se processando no interior da civilização como importantes conquistas a revelarem mudanças de paradigmas.
A preocupação com a alteridade e o fornecimento de uma concepção de mundo centrada na dimensão da consideração do outro e do afeto tem que ver certamente com a necessária passagem para o campo da dinâmica do feminino que pertence a cada um de nós.
A ética do cuidado e a formação para os direitos humanos
Se não há direitos humanos sem respeito, o respeito significa aqui a capacidade de amar e deixar se desenvolver integralmente, e não o dominar, o castrar, o manipular, o violar, o discriminar, o segregar, o anular; uma ética do cuidado exala respeito, porque cultiva o poder do afeto como forma de “olhar com atenção”. Os direitos devem preparar para o convívio com a diversidade, na base do diálogo e do respeito, voltando para alteridade, como forma de prática da solidariedade social, e essa lógica é capaz de trazer consigo a capacidade da tolerância.
O caráter ativo da política do amor envolve necessariamente uma atitude pró-ativa perante o mundo que, entre outras coisas, se pronuncia sobre a barbárie, repele a injustiça, enjoa-se com a desigualdade, promove a cultura da não violência e se indigna com o sofrimento humano.
Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Ciências Jurídicas
Curso de Direito
C. Curricular: Ética
Aluna: Suzy Silva de Araújo
Professor: Jaime Clementino
Resumo de Ética:
Ética pós-moderna
Campina Grande 04/09/2013

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