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A PRÁTICA OFF LABEL E OS RISCOS ASSOCIADOS À TERAPIA MEDICAMENTOSA SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA

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1 
 
A PRÁTICA OFF LABEL E OS RISCOS ASSOCIADOS À TERAPIA 
MEDICAMENTOSA SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA 
 
Marcos de Souza Pereira
1
 
Carina Rau
2
 
 
RESUMO 
 
O medicamento off label é aquele utilizado, sem a aprovação da ANVISA, para doenças que 
não as indicadas em bula. Este artigo teve como objetivo orientar a prática off label e alertar 
quanto aos riscos associados que esta ação, comum entre os profissionais de saúde, 
apresentando o uso off label sem orientação médica como prejudicial à saúde, tendo em vista 
os danos imprevisíveis àquele que é prescrito. Além de compreender a prática off label 
perante o Conselho Federal de Medicina (CFM), ANVISA e o Ministério da Saúde (MS); 
como são definidas as indicações na bula do medicamento e a ação da Farmacovigilância. A 
metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica contemplando pesquisas em bases de dados. 
Os resultados encontrados confirmaram a prática do uso de medicamentos off label na 
medicina pediátrica, por não haver indicação de posologia ajustada às fases de 
desenvolvimento da criança, contribuindo para o aumento de reações adversas nesse público 
alvo. Confirmou-se que há substâncias indicadas, como a heparina, de ação anticoagulante do 
sangue, usada em acidentes de queimadura que provou ser eficaz nesse evento. Por fim, o 
estudo mostrou que há dois tipos de uso de medicamento off label, sendo que o primeiro 
revela que substâncias não específicas para determinadas doenças podem ser benéficas e 
sugere-se que a ANVISA autorize o uso, e o segundo, onde práticas não indicadas podem 
trazer danos à saúde do paciente, devendo haver maior controle da Vigilância Sanitária. 
 
Palavras-chave: Medicamentos Off Label, uso indevido de medicamentos, 
Farmacovigilância. 
 
OFF LABEL PRACTICE AND ASSOCIATED RISKS WITH DRUG 
THERAPY WITHOUT MEDICAL ADVICE 
 
ABSTRACT 
 
The off label drug is that used without the approval of ANVISA for diseases other than those 
indicated on label. This article aims to guide off label practice and warn about the risks 
associated with this common action among health professionals, with the off-label use 
without medical supervision as harmful to health, given the unpredictable damage to that 
which is prescribed. In addition to understanding the practice off label before the Federal 
Council of Medicine (CFM), ANVISA and the Ministry of Health (MS), are defined as the 
directions in the package leaflet and action of Pharmacovigilance. The methodology used was 
the literature review covering research databases. The results confirmed the practice of off-
 
1
 Aluno de Especialização em Vigilância Sanitária IFAR/PUC-GO, 2013. Graduação em Farmácia, pela 
Universidade Unieuro, em 2011. E-mail: markin.gospel@gmail.com. 
2
 Orientadora: Farmacêutica Industrial pela Universidade Federal do Paraná-UFPR. Mestre em Ciências 
Farmacêuticas pela UFPR. E-mail: carinarau26@gmail.com. 
2 
 
label drug use in pediatric medicine, as there is no indication dosage adjusted to the stages of 
child development, contributing to the increase in adverse reactions that target audience. It 
was confirmed that no substances indicated as heparin anticoagulant for blood, used in burn 
injury that has proven effective in this event. Finally, the study showed that there are two 
types of off-label use of medication, the first of which shows that non-specific substances may 
be beneficial certain diseases and it is suggested that ANVISA authorizes the use and the 
second, where the practices not listed may bring harm to the health of the patient, should be 
more control of the Sanitary. 
 
Keywords: Off Label Drugs. Misuse of drugs. Pharmacovigilance. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Cada medicamento registrado no Brasil possui aprovação da Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (ANVISA), órgão regulador vinculado ao Ministério da Saúde. Dentre 
suas atribuições indelegáveis estão o registro de medicamentos, visando o bem-estar físico, 
mental e social da sociedade brasileira, promovendo seu bem estar e saúde. Para que sejam 
aprovadas as suas indicações, são necessárias que sejam comprovadas a qualidade, eficácia e 
segurança desse medicamento baseando-se em avaliações de estudos clínicos que 
comprovem, mais especificamente, os dois últimos requisitos citados acima (ANVISA, 2005). 
Contudo, existe uma prática paralela ao uso desse medicamento. A Organização 
Mundial da Saúde (OMS) conceitua medicamentos off label como todas as indicações usuais 
que não foram descriminadas em bula ou que ainda não possuam sua indicação aprovada pela 
agência reguladora para o fim no qual foi destinado. Nos EUA, o uso off label é uma prática 
legal. Porém, o FDA (Food and Drugs Administration) regulamenta a comercialização de 
medicamentos que ainda não possuam estudos aprovados para as indicações prescritas por 
profissionais de saúde (DAL PAN, 2009). 
Segundo a ANVISA, a prática off label é todo medicamento administrado sob 
orientação médica fora da indicação prevista em bula, seja a administração de medicamentos 
por vias diferentes da recomendada ou doses elaboradas por especialidade e práticas não 
usuais de posologias (ANVISA, 2005). Para o Ministério da Saúde (2012), o uso off label 
apenas se justifica quando as indicações estiverem apresentadas em estudos científicos com 
perfis comparativos, apresentando custo-benefício além de eficácia, efetividade e segurança 
na sua indicação. 
3 
 
A prática off label pode elevar os riscos de danos à saúde, portanto, não tem aprovação 
da agência reguladora brasileira. Embora a prática não seja incorreta, são necessários anos de 
estudos e ensaios clínicos para então se concluir uma nova indicação de um medicamento. É 
comum que possam existir novas indicações para os medicamentos existentes no mercado, 
mas para sua aprovação, será obrigatória a sua comprovação científica por meio dos 
resultados apresentados à ANVISA que, por sua vez, terá o poder de decisão no deferimento 
ou no indeferimento dessa petição (ANVISA, 2005). 
Portanto, este trabalho visa orientar a prática de indicações off label, além de alertar 
sobre os riscos à sociedade quanto ao seu uso sem orientação médica. A prática off label tem 
sido utilizada com muita frequência por médicos, principalmente da área pediátrica. Embora o 
seu uso, mesmo que consciente, pelo profissional de saúde não seja totalmente aprovado, é 
uma prática comum entre eles. A indicação que difere das posologias e vias de administração 
de medicamentos que ainda não estão descriminados em bulas, não possuem estudos 
científicos comprovados e aprovados pelo órgão regulatório responsável pelos registros dos 
produtos da indústria farmacêutica. 
Este estudo propõe orientar as pessoas que desconhecem a prática off label e alertar 
quanto aos riscos associados a esta prática comum entre os profissionais de saúde, 
apresentando o uso off label sem orientação médica como prejudicial à saúde, tendo em vista 
os danos imprevisíveis àquele que é prescrito. 
Já especificamente, o objetivo deste trabalho é compreender a prática off label perante 
o Conselho Federal de Medicina (CFM), ANVISA e o Ministério da Saúde (MS); como são 
definidas as indicações na bula do medicamento; Farmacovigilância; e o uso da prática off 
label pela medicina e os riscos associados. 
 
 
2 METODOLOGIA 
 
É um estudo qualitativo, descritivo, documental e de caráter retrospectivo, por meio de 
pesquisa bibliográfica, coleta de dados em base de dados da Biblioteca Virtual de saúde 
(BVS), como Bireme (Biblioteca Regional de Medicina), Lilacs (Literatura Latino-Americana 
e do Caribe em Ciência da Saúde),Scielo Brasil (Scientific Electronic Library Online). 
Utilizaram-se os seguintes descritores constantes no DeCS (Descritores em Ciências da 
Saúde): Off label; Medicamentos Off Label; Medicamentos reações adversas, que se 
relacionavam à Farmacovigilância, Farmacoterapia, uso indevido de medicamento. Nos dois 
4 
 
primeiros descritores, houve incidência de artigos publicados na língua inglesa, nenhum 
achado em português. 
Para o termo Off Label, realizou-se a pesquisa em ambiente livre da internet em 
periódicos não categorizados na BVS. A pesquisa às bases de dados ocorreu entre os meses de 
junho e julho de 2013. 
Segundo Ferrão (2005), “a pesquisa bibliográfica é baseada na consulta de todas as 
fontes secundárias relativas ao tema que foi escolhido para a realização do trabalho”. Esse 
tipo de pesquisa, de acordo com o autor, busca explicar um problema, fundamentando-se 
apenas nas contribuições secundárias, como materiais de apoio de diversos autores para 
fundamentar o referencial teórico permitindo-se a análise, interpretação, confronto de 
informações e elaboração de novas conclusões, a fim de buscarem-se mais contribuições 
acerca do tema. 
 
 
3 RESULTADOS 
 
3.1 Leis e Diretrizes 
 
A incorporação de medicamentos para tratamento de doenças em um determinado país 
se dá por meio da existência de órgãos competentes para poder exercer a vigilância e o 
controle desses a sua população. E para a introdução de novos medicamentos, existem as 
comissões, criando-se uma rede multidisciplinar, como, no caso do Brasil. 
 
3.1.1 Órgãos competentes 
 
No país, em âmbito federal, existe o Sistema Único de Saúde (SUS), vinculado ao 
Ministério da Saúde (MS), que compreende a Comissão Nacional de Incorporação de 
Tecnologias no SUS (CONITEC), cuja atribuição é a de incluir, alterar ou excluir novos 
medicamentos, produtos e procedimentos na saúde pública, além de promover a constituição 
ou alteração de protocolos clínicos ou diretrizes terapêuticas. O Decreto nº 7.646, de 21 de 
dezembro de 2011, dispõe sobre a composição, competências e funcionamento da CONITEC 
(BRASIL, 2011). 
Compõe também a rede multidisciplinar, instituída pela Portaria nº 2.915, de 12 de 
dezembro de 2011, a Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde (REBRATS), a 
5 
 
qual deve adotar os princípios da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em 
Saúde (PNCTIS), além da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que é o 
órgão regulador de todo medicamento disponível no país para tratamento de doenças (SÃO 
PAULO, 2013). Já em nível intersetorial, existem as Comissões de Farmácia e Terapêutica, 
no âmbito hospitalar e que atendem aos Estados e Municípios (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 
2012). 
 
3.1.2 Condutas profissionais e orientações dos conselhos na prática off label 
 
Além de todo esse arcabouço legal, existe ainda a regulamentação por parte dos 
Conselhos Federais de Medicina, Enfermagem e Farmácia, cujas atribuições dizem respeito às 
condutas profissionais e éticas de cada classe dos prestadores de serviços de saúde quando da 
prática e uso de medicamentos off label (SÃO PAULO, 2013). 
O Código de Ética do Conselho Federal de Medicina (CFM), por meio da Resolução 
CFM nº 1.931/09, capítulo XII, autoriza a prática off label desde que os médicos observem o 
que determinam o parágrafo abaixo: 
 
Parágrafo único. A utilização de terapêutica experimental é permitida quando aceita 
pelos órgãos competentes e com o consentimento do paciente ou de seu 
representante legal, adequadamente esclarecidos da situação e das possíveis 
consequências (CFM, 2009). 
 
Quanto aos profissionais de enfermagem, esses estão regulamentados pela Lei nº 
7.498/86, a qual trata sobre as competências do enfermeiro em exercer consulta de 
enfermagem e prescrição de assistência de enfermagem (art.11) livre de riscos devidos à 
imprudência, negligência e imperícia, além da conduta ética contida na Resolução COFEN nº 
311/2007, a qual especifica, no art. 10, a recusa de execução de atividades que não ofereçam 
segurança ao profissional, à família e à coletividade em práticas proibidas em “administrar 
medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem certificar-se da possibilidade de riscos” 
(art. 30) e de “executar prescrição de qualquer natureza que comprometam a segurança da 
pessoa” (art. 32) (COFEN, 2007). 
Quanto ao profissional farmacêutico, também encontra-se a regulamentação da prática 
profissional na Resolução 417/04, do Conselho Federal de Farmácia (CFF) ao qual diz que “o 
farmacêutico deverá adotar postura científica perante as práticas terapêuticas alternativas, de 
6 
 
modo que o usuário fique bem informado e possa melhor decidir sobre a sua saúde e bem-
estar” e quanto às proibições é vedado: 
 
Art.13 
III. praticar procedimento que não seja reconhecido pelo Conselho Federal de 
Farmácia; 
IV. praticar ato profissional que cause dano físico, moral ou psicológico ao usuário 
do serviço, que possa ser caracterizado como imperícia, negligência ou imprudência; 
[...] 
VIII. produzir, fornecer, dispensar, ou permitir que seja dispensado meio, 
instrumento, substância e/ou conhecimento, medicamento ou fórmula magistral, ou 
especialidade farmacêutica, fracionada ou não, que não contenha sua identificação 
clara e precisa sobre a(s) substância(s) ativa(s) contida(s), bem como suas 
respectivas quantidades, contrariando as normas legais e técnicas, excetuando-se a 
dispensação hospitalar interna, em que poderá haver a codificação do medicamento 
que for fracionado, sem, contudo, omitir o seu nome ou fórmula; 
[...] 
XV. expor, dispensar, ou permitir que seja dispensado medicamento em 
contrariedade à legislação vigente (CFF, 2004). 
 
Encontra-se na Resolução RDC nº 47, de 08 de setembro de 2009, a determinação do 
documento oficial que permite a utilização e características dos fármacos: “a bula é o 
documento legal sanitário que contém informações técnico-científicas orientadoras sobre os 
medicamentos para o seu uso racional” (BRASIL, 2009). 
Portanto, havendo dissonâncias quanto à finalidade sobre o uso de um medicamento 
divergentes das que constam na bula desse registrado junto à ANVISA é considerado off 
label, não tendo o aval do órgão sanitário. Nesse caso, é de inteira responsabilidade do 
médico assistente que utilizou ou prescreveu o medicamento, devendo esse estar em comum 
acordo com o paciente, ou seu representante para utilizá-lo de forma experimental. 
 
3.2 O Medicamento Off Label e suas Características 
 
Todas as comissões analisam e dão seus pareceres, favoráveis ou não, em 
conformidade com os critérios adotados pela ANVISA e do registro feito por essa como 
requisito para a incorporação de determinado medicamento como nova tecnologia. Contudo, 
muitas vezes, existem situações em que o medicamento apresenta evidências fortes e robustas, 
com efeitos colaterais mínimos e custo vantajoso, porém não possui a aprovação da ANVISA. 
Quando a indicação para determinado tratamento não consta em sua bula, esse medicamento é 
chamado de off label. Este fato pode ocorrer pelo fato de o medicamento ser indicado e 
utilizado em outra faixa etária que a não indicada, além de outra via de administração, dose e 
frequência, ou devido ainda às contraindicações (RODRIGUES; PINHO, 2013). 
7 
 
Dessa forma, há a necessidade de se incorporarem estudos e pesquisas que evidenciem 
a eficácia e segurança para o uso desse medicamento em determinadas doenças, sendo que o 
seu uso já é padronizado e regulamentado em outras indicações, além de se buscarem 
alternativas viáveis ou considerar a gravidade da doença (PAULA et al., 2011).Outro problema que se apresenta é quando não existe determinado medicamento 
autorizado no país, devendo importá-lo, pois corre-se o risco de deixar de serem tratadas 
doenças tais como a Doença de Wilson, cujo tratamento não está disponível no Brasil 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012). 
Há também outra dificuldade para que tal situação aconteça ao não se incorporarem 
determinados medicamentos por questões econômicas, haja vista que a solicitação da 
autorização de registro se dá pelo interesse da empresa fabricante, tendo de comprovar 
estudos randomizados e apresentar o custo-benefício, pode levar ao desinteresse comercial do 
mercado ou acordarem entre empresas já incorporadas a tecnologia, reduzindo-se assim a 
concorrência (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012). 
Por isso, existe um entendimento pejorativo em relação ao termo off label, pois esse 
deveria ser utilizado somente ao uso irrestrito e inseguro, sem evidências, de determinados 
medicamentos. Enquanto que a prática de incorporar ou prescrever determinado medicamento 
já cientificamente comprovado, que não tem registro ou por razões de mercado, deveria ser 
aceita, segundo o Ministério da Saúde (2012). 
 
3.2.1 Acontecimentos adversos por medicamentos 
 
A associação de medicamentos off label estão sempre relacionadas ao tema sobre 
reações adversas. Rodrigues e Pinho (2013) alertam sobre os acontecimentos adversos por 
medicamento (AAM) serem um problema de saúde pública pelos vários problemas advindos 
com o seu uso ou a falta desse. Classificam os acontecimentos como não preveníveis, como as 
reações adversas a medicamentos (RAMs) e os preveníveis, causados por erro de medicação 
ocorrido na cadeia terapêutica medicamentosa. 
Outro fator importante a ser revelado trata-se de determinados fatores de riscos 
encontrados na utilização de medicamento off label quanto à faixa etária. Segundo Noblat et 
al. (2011), na maioria dos casos de RAMs há o uso de prescrições que atingem crianças e 
adolescentes, além de idosos, devido às “[...] alterações fisiológicas que determinam 
mudanças farmacocinéticas e farmacodinâmicas nesses grupos etários”. 
8 
 
Rodrigues e Pinho (2013) realizaram um estudo em um hospital de ensino, 
constatando-se o uso indevido de medicamentos não aprovados ou não autorizados para uso 
pediátrico, cuja utilização pode levar a AAM evitáveis, como as interações medicamentosas, 
pois os pacientes hospitalizados geralmente são submetidos à polifarmacoterapia e esse fator pode 
predispor à ocorrência de interação medicamentosa indesejável. 
As autoras revelam que isso acontece quando há “[...] diferentes métodos de 
administração, posologia, preparação, armazenamento, agentes de diluição e tempo de 
estabilidade de algumas preparações”, principalmente quando há a administração intravenosa 
(IV) para crianças utilizando-se fármacos destinados a adultos (RODRIGUES; PINHO, 2013). 
Noblat et al. (2011) realizaram em quatro hospitais de Salvador/BA uma pesquisa sobre 
internação de pacientes diagnosticados com RAMs sendo admitidos 212 pacientes, ocorrência de 
316 tipos de reações e internação média de aproximadamente oito dias. A maioria dos tipos de 
RAMs foi do tipo A, “[...] reações dose-dependentes de alta morbidade e baixa mortalidade, 
portanto previsíveis, mas nem sempre evitáveis”, sendo uma das possíveis explicações para a 
recuperação dos pacientes sendo que desses, um veio a óbito por acidente vascular cerebral 
(AVC) quando do uso de warfarina (NOBLAT et al., 2011, p.43). 
 
3.2.2 Vantagens e desvantagens da medicação off label 
 
Paula et al. (2011) esclarecem que a medicação off label em pacientes infanto-juvenil tem 
consequências, pois o médico prescreve uma medicação adulta para um paciente pediátrico, 
baseando-se apenas na condição de peso, o que pode ser considerado pouco seguro quando não se 
tem o suporte e informação concreta para a indicação. Isso leva à insegurança e dilema por parte 
dos prescritores, haja vista que sem informações sobre a segurança e eficácia pode haver 
complicações devido às RAMs, porém, deixar o paciente sem terapêutica também pode ser 
prejudicial, sendo essa imprescindível em alguns casos. 
Paula et al. (2011) explicam as vantagens e desvantagens do uso off label: 
 
 A liberdade de prescrição médica, bem como a opção pelo uso off label, pode 
conduzir a vantagens importantes, como permitir inovação na prática clínica 
(particularmente quando o tratamento aprovado não foi eficaz), fornecer aos 
pacientes e médicos acesso precoce a medicamentos potencialmente valiosos e 
permitir aos médicos a adoção de novas práticas baseadas em evidências emergentes 
e, em alguns casos, pode ser a única opção disponível para certas condições. Ao 
mesmo tempo, essa liberdade possui algumas desvantagens, como a falta de 
avaliação completa sobre segurança e eficácia para determinada condição clínica e 
os altos custos, além de não incentivar a realização de estudos mais rigorosos pelo 
fabricante e expor o paciente aos riscos de eventos adversos. 
 
9 
 
Pelo entendimento visto nos autores, é válido tentar um acerto haja vista os benefícios que 
podem trazer, contudo, deve haver cautela e atenção redobrada para que o mal não seja maior do 
que o benefício, mas não se deve ficar passível sabendo-se que, muitas vezes, o erro pode levar ao 
acerto e na ciência é por meio dos experimentos que se conseguem realizar grandes feitos. 
 
3.3 Fatores Externos que Levam ao Uso de Medicamentos Off Label 
 
Paula et al. (2011) realizaram um estudo na Secretaria de Saúde do Estado do Paraná, 
em pedidos advindos da justiça para o fornecimento de medicamentos por ordem judicial no 
ano de 2008, sendo encontradas 934 solicitações. Foram analisados os pedidos em que havia 
indicação prescrita diferente na faixa etária correspondente na população pediátrica, com 
idade entre 0 e 18 anos, consultando-se as bases Drugex System (recomendações aprovadas 
pela FDA) e a ANVISA (consulta a bulas de medicamentos registrados no Brasil). 
Os autores copilaram os dados com base nessas fontes de pesquisa a fim de 
identificarem se esses órgãos mantinham padronização das aprovações, e consideraram off 
label as indicações divergentes das recomendadas. Foram encontrados nessas solicitações, o 
percentual de 22,53% de uso off label considerado pela FDA e 26,79% considerados pela 
ANVISA, havendo maior intercorrência na faixa etária de 0 a 5 anos, sendo um dado 
preocupante e que também confirma a maior apreensão por saber que essa faixa é mais 
vulnerável. 
Como justificativa, os autores acreditam que, na maioria das vezes, este uso off label é 
devido a muitos prescritores desconsiderarem as recomendações e advertências em bulas 
sobre o uso indevido em crianças; além de existirem casos graves com risco de morte de 
pacientes que se encontram hospitalizados sem resposta à terapia convencional ou sem opções 
terapêuticas. 
 
3.4 Usos de medicamentos Off Label 
 
3.4.1 Toxina botulínica 
 
Como exemplo, trata-se da análise e parecer da CONITEC sobre o uso da toxina 
botulínica (TXB) em pacientes com síndrome da bexiga hiperativa. O uso da toxina botulínica 
é autorizado pela ANVISA para tratamento das seguintes doenças: estrabismo e 
blefarospasmo associado com distonia, incluindo blefarospasmo essencial benigno ou 
distúrbios do VII par craniano em pacientes com idade acima de 12 anos; distonia cervical; 
10 
 
espasmo hemifacial; espasticidade muscular; linhas faciais hipercinéticas; hiperidrose focal 
palmar e axilar; incontinência urinária causada por hiperatividade neurogênica do músculo 
detrusor da bexiga, não tratada adequadamente por anticolinérgicos; profilaxia em adultos de 
migrânea crônica- enxaquecas crônicas e refratárias (CONITEC, 2012). 
No parecer da CONITEC, o uso não foi aprovado porque a empresa fabricante do 
medicamento apresentou quantitativo de estudos insuficientes para confirmação da eficácia no 
tratamento da doença. As doses recomendadas na bula do medicamento de 200U de TXB 
também não foram evidenciadas nos estudos, havendo divergências entre os estudos 
apresentados pela empresa e da pesquisa realizada pela CONITEC, pois os resultados foram 
melhores em dosagens mais baixas (100 a 150U), e nas doses de 300U, as reações causadas 
foram mais relatadas, como infecção do trato urinário e dor no local da injeção, retenção 
urinária, fraqueza muscular, dor pélvica e disúria. A não recomendação se deu por causa da 
correlação das duas análises, onde não fica evidenciada a relação custo/benefício para o 
paciente. 
Nos estudos realizados houve a conclusão da eficácia da TXB em relação ao placebo, 
e pacientes que receberam doses repetidas não se tornaram refratários ao medicamento, 
havendo evidência de que seria efetivo o tratamento a pacientes não respondedores ou 
intolerantes a tratamentos usuais, como anticolinérgicos, porém estes não estão disponíveis no 
SUS. Para a aprovação da TXB em pacientes com bexiga hiperativa, há a recomendação da 
comissão para que o MS investigue todas as tecnologias, inclusive a toxina botulínica. 
 
3.4.2 Uso off label em pediatria 
 
Paula et al. (2011), já citados acima, também relataram o uso de medicamentos não 
aprovados em pediatria (23,33%). Trata-se da sildenafila que é indicada no tratamento da 
disfunção erétil e hipertensão arterial pulmonar (HAP) em pacientes adultos, mas que são 
utilizados em pacientes pediátricos com HAP por sua gravidade e possibilidade de 
mortalidade elevada. 
Tonello et al. (2013) realizaram uma pesquisa em uma unidade pediátrica hospitalar 
entre 2006 e 2007, no RS, investigando 382 prontuários de crianças, com média de uso de até 
quatro medicamentos por pacientes, observando-se a faixa etária entre 0 e 11 anos. 
O cálculo para diluição dos medicamentos foi feito com base em prescrições acima e 
abaixo das recomendadas pelas bulas e pelo cálculo do peso da criança, à exceção da 
penicilina potássica que se calcula pela idade da criança, e 117 prontuários não registraram o 
11 
 
peso da criança. As autoras analisaram as condições de diluição e as características físico-
químicas do fármaco, comparando-as ao que recomenda-se em manuais, observando o 
volume, tipo, reconstituição e/ou diluição e estabilidade da preparação e concluíram que “[...] 
o procedimento de diluição é realizado com volume fixo e um único tipo de diluente para 
todos os fármacos, sendo que o volume dos pós não é considerado no ajuste do volume final 
de reconstituição.” (TONELLO et al., 2013). 
Nesse estudo, os achados foram contundentes e houve a preocupação dos autores em 
divulgar os resultados para a direção sugerindo mudanças para a prevenção e o controle da 
prescrição e diluição, haja vista cada medicamento ter características próprias e não 
padronizações quando há indicação de uso profilático na clínica pediátrica. Houve a sugestão 
de maior atuação do farmacêutico e treinamento para a equipe de saúde. 
Entre 2005 e 2006, Rodrigues e Pinho (2013), já citadas anteriormente, realizaram 
uma pesquisa em uma unidade pediátrica de um hospital de ensino, no DF, com 110 
prescrições a pacientes pediátricos entre um e 12 anos de idade. As autoras também analisaram 
as indicações dos medicamentos e houve maior prevalência para os do sistema nervoso 
(analgésicos, antipiréticos e antipiléticos); dos anti-infecciosos para uso sistêmico; do aparelho 
digestivo e metabolismo; sistema musculoesquelético; sistema cardiovascular e preparados 
hormonais sistêmicos e hormônios sexuais. Foram encontrados nos estudos das 110 prescrições, o 
uso de medicamentos não aprovados no total de 101 (91,8%), com maior incidência de 
dipirona em 58 pacientes e ranitidina em 16, e não padronizados ou off label no total de 57 
(51,8%) prescrições com maior incidência de paracetamol em 54 pacientes e nistatina em 3 
desses. 
Ao finalizarem o estudo, as autoras destacam o grande problema havido quando da 
medicação na clínica pediátrica sobre “o sério dilema da padronização de medicamentos em 
pediatria é reconhecido desde 1968 referindo-se como “órfão da terapêutica medicamentosa” 
devido à utilização de medicamentos cuja informação procede de estudos realizados em adultos.” 
(RODRIGUES; PINHO, 2013, p.1625). 
Fato esse, segundo as autoras, que levou à indicação de maior aprofundamento por parte 
dos experimentos pelas agências financiadoras e dos laboratórios para que se alcancem a 
prescrição correta a partir da análise do perfil do paciente, além do envolvimento do farmacêutico 
com a equipe de saúde, destacando-se a necessidade de haver, nas unidades de tratamento, o 
programa de farmacovigilância e, quando houver AAM, que seja notificada aos órgãos 
competentes, para que sirva como fonte de investigação a fim de buscar soluções eficazes 
prevenindo riscos ou danos não intencionais. 
12 
 
 
3.4.3 Uso off label em adultos com anuência médica 
 
Barreto et al. (2010) apresentaram um estudo randomizado em 58 pacientes vítimas de 
queimaduras e houve o tratamento convencional e o com heparina tópica. Os autores 
revelaram que a prática desse tratamento é bem antiga, porém não é oficializada e pouco 
divulgada, haja vista que a heparina tem efeitos e indicações para ações anticoagulantes. 
Segundo os autores, provavelmente sua ação sobre queimaduras se dá por propriedades anti-
inflamatórias e angiogênicas além de sua ação liquidificante do sangue. Em estudo com 
animais provou-se a sua eficácia no tratamento. 
Sendo assim, conduziram esse estudo em três centros especializados, no Brasil, em 
pacientes vítimas de “[...] queimaduras de 2º grau em 10% a 30% da superfície corpórea 
causadas por fogo ou escaldo e atendidos até 48 horas após o acidente”. A análise foi feita em 
um grupo de 38 pacientes que atenderam os requesitos e procedimentos especificados. 
Estabeleceu-se que em um grupo de cada 4 pacientes, 2 receberiam tratamento convencional 
(C) (receberam balneoterapia e curativos com sulfadiazina de prata trocados sob analgesia 
com periodicidade definida por cada centro conforme autorizado pelo protocolo) e 2 
receberiam tratamento com heparina tópica (HT) (ferimentos deixados abertos e 
administração de 4.200 UI de heparina em spray para cada 1% de superfície corpórea afetada 
três vezes ao dia, até a formação das crostas). 
Os resultados apontados por Barreto et al. (2010) comprovaram a eficácia de 
superioridade analgésica e cicatrização com o tratamento da heparina nos pacientes tratados e, 
como benefícios, redução no custo no tratamento, além dos benefícios à saúde do paciente. 
Evocam ainda, que se façam mais estudos para vir a ser aprovada definitivamente no 
tratamento estudado, melhorando a qualidade de vida e oficializando a prática. 
Outro estudo interessante foi visto em Carlini et al. (2009) sobre o uso de fármacos 
como a fluoxetina associada a processos de emagrecimento, evidenciando-se a prática off 
label perigosa para a saúde. Nesse estudo, os autores apontam que a fluoxetina é eficaz para o 
tratamento dos sintomas da depressão humana e pode ocasionar diversas reações no 
organismo. Essa droga tem associação com 62 reações adversas constantes em sua bula, e 
muitas são graves, inclusive, em estudos comprovados, podendo levar ao suicídio. 
Os autores ainda enumeram onde a droga pode agir causando algumas reações em 
sistemas do organismo, destacando-se o cardiovascular; respiratório; digestório; 
hematológico;endócrino/metabólico; neurológico; hepático; renal/urogenital e distúrbios 
13 
 
psiquiátricos. Como observado, essa substância é muito perigosa, ainda mais quando estudos 
demonstram que sua associação com outras 94 substâncias, dentre elas, alprazolam, 
amoxapina, acido acetilsalicílico, carbamazepina, desipramina, diazepam, diclofenaco, 
dipirona, Ginkgo biloba, fenitoína, sibutramina, zolpidem podem causar danos ao organismo 
e destacam que uma das reações adversas é a perda de peso, por isso, essa droga tem sido 
usada no tratamento da obesidade indiscriminadamente. 
Para a confirmação do uso indevido, Carlini et al. (2009) realizaram uma pesquisa de 
campo entre os meses de agosto de 2005 a julho de 2006, numa cidade do interior de São 
Paulo, com 73 farmácias (magistrais ou de manipulação em fórmulas criadas pelo médico) 
das quais, 28 manipulavam substâncias controladas, e 135 drogarias (medicamentos 
acabados) das quais, 53 dispensam medicamentos controlados, por meio das receitas aviadas 
considerando as características de prescrição e dispensação da fluoxetina. 
O estudo pesquisou estabelecimentos nas diversas regiões da cidade e, das 28 
farmácias autorizadas, foram analisadas 13 (46%), com um total de 16.124 receitas especiais 
e, das 53 drogarias, foram analisadas 27 (51%), com um total de 23.658 receitas, também 
especiais, perfazendo o total de 39.782 documentos identificados. 
A análise compreendeu a presença da fluoxetina, associação a outros princípios ativos 
e o sexo do adquirente, extraindo-se os resultados das farmácias, e o uso da fluoxetina chegou 
a 27,4%. Quanto ao perfil do paciente, Carlini et al. (2009) afirmaram que nas farmácias, 
87,2% das receitas foram fornecidas por mulheres, já nas drogarias, o percentual encontrado 
de prescrições por mulheres foram 79,8%, comprovando a alta incidência de uso dessa droga 
para as mulheres, num total de 86% contra 14% em relação aos homens. 
Quanto à associação da fluoxetina com outras substâncias, o estudo revelou que, nas 
drogarias, essa não ocorreu, sendo consideradas prescrições monodrogas. Já nas farmácias, 
encontrou-se entre 4 e 7 diferentes associações, inclusive, em uma prescrição encontrou-se o 
absurdo de 22 substâncias e as mais psicoativas utilizadas foram benzodiazepínicos (em 
62,5% das prescrições), anoréticos anfetamínicos (femproporex, amfepramona e mazindol em 
45,8%), além de substâncias como extratos de plantas medicinais, hormônios, diuréticos, 
laxantes, vitaminas, metais, sais minerais, entre outros. 
Os autores concluíram, após estudos, que essas associações e o uso da fluoxetina estão 
interligados com o objetivo de redução de peso, haja vista que para o tratamento da depressão, 
essas drogas não terem efeito e nem indicação, e a proporção de mulheres com depressão não 
justifica o número de prescrições. Não há, tanto na legislação brasileira, quanto pela FDA 
autorização para essa interação medicamentosa denominada, por muitos, como fórmulas de 
14 
 
emagrecimento, o que pressupõe-se que, por contas das reações adversas causadas já 
analisadas como ideação suicida, bruxismo, elevação das enzimas hepáticas, hiperglicemia, 
alucinação, metrorragia, sintomas extrapiramidais, amenorreia, tremores, além do consumo 
ser maior para mulheres, que fórmulas disfarçadas podem causar mais efeitos indesejáveis e 
perigosos à saúde. 
Guimarães et al. (2006) realizaram um estudo randomizado em 35 pacientes 
categorizados com obesidade mórbida
 
(associado a comorbidades como dislipidemia, 
hipertensão, diabetes, osteoartrite e apneia do sono) não reagentes a outros tratamentos e que 
participaram de um programa de reeducação alimentar por 6 meses, mas que não obtiveram 
resultados satisfatórios. Estes pacientes tinham idade entre 18 e 51 anos, divididos em quatro 
grupos, utilizando substâncias como a metformina, fluoxetina, sibutramina e placebo. 
As três substâncias utilizadas foram a sibutramina, que é uma drogra 
simpaticomimética, inibe a recaptação de serotonina e norepinefrina, é indicada no tratamento 
da obesidade e para o grupo indicou-se a dose de 15mg/dia. A fluoxetina, indicada para 
tratamento da depressão, atua especificamente por intermédio do bloqueio na recaptação da 
serotonina, que acredita-se atuar na capacidade de reduzir a ingestão de alimentos por inibir a 
ação do neuropeptídeo Y, por isso sua utilização em dietas de emagrecimento, e no grupo 
específico foi administrado 60mg/dia. 
A metformina, cuja indicação é para o tratamento de diabetes mellitus tipo 2, age na 
diminuição da produção de glicose pelo fígado e aumento da absorção periférica dessa, 
elevando o número de receptores da insulina. Não se conhece o porquê da ação da metformina 
na redução de peso, mas acredita-se que a redução da resistência à insulina promove algumas 
mudanças no equilíbrio de energia que poderia reduzir a necessidade calórica diária do 
indivíduo e, consequentemente, um menor consumo de alimentos. No grupo tratado com essa 
substância administrou-se dose diária de 1700mg/dia. No quarto grupo, foi administrado 
placebo com dose diária de 3 comprimidos. 
Guimarães et al. (2006) monitoraram os pacientes em entrevistas durante 90 dias, 
realizando avaliações antropométricas, metabólicas e dinâmicas, analisando proporções de 
peso, altura, circunferência abdominal e pressão arterial. Os resultados encontrados sobre a 
ação da fluoxetina comprovou maior redução no IMC (11%), peso (10%), circunferência 
abdominal (11%) e tecido adiposo (13%). Houve elevação de HDL-colesterol (25,8%) e uma 
redução nos níveis de triglicérides (28,3%). No caso da sibutramina, os resultados 
apresentaram redução da circunferência abdominal (8%) e redução de 10% em tecido adiposo. 
A metformina reduziu o IMC (4%), circunferência da cintura (7%), HOMA (23,5%) e pressão 
15 
 
arterial. Quanto ao grupo que recebeu placebo os resultados mostraram um aumento 
significativo nos níveis de insulina (95%). 
Quanto aos efeitos colaterais do grupo da sibutramina, foram relatados secura da boca 
(79%), constipação (42%), sudorese (46%), insônia (21%) e dor de cabeça (17%). No grupo 
metformina, os principais efeitos colaterais relatados foram diarréia (46%), secura da boca 
(38%), sudorese (29%), vertigem (29%), náusea (25%) e alterações no paladar (21%). No 
grupo de fluoxetina, as reações adversas mais relatadas foram anorexia (93%), insônia (30%), 
sonolência (30%), náusea (15%) e disfunção sexual (11%), enquanto que no grupo placebo, as 
reações adversas mais comumente relatadas foram anorexia (13%), sede (7%) e diarréia (7%). 
O resultado final, na análise dos autores, indicou que a fluoxetina foi mais eficaz na 
redução do IMC no grupo que a recebeu, mudando a classificação do IMC de moderadamente 
obeso para ligeiramente obeso, houve redução no grupo da sibutramina, mas não tão 
significativa, e na média geral, o índice IMC foi de 29,8% kg/m
2
, passando os pacientes do 
estado de obesos para pacientes com excesso de peso, promovendo uma melhora geral no 
quadro. As reduções nos grupos metformina e placebo foram poucas, não alterando o IMC. 
Nos grupos que receberam fluoxetina e sibutramina não houve redução significativa 
no peso corporal (entre 5 a 15%), mas que devem ser considerados como benefício para o 
controle de desenvolvimento de outras complicações em relação à obesidade, como diabetes 
tipo 2, hipertensão e dislipidemias. Em relação à pressão alta, verificou-se no grupo dos que 
receberam sibutramina, um aumento não significativo da pressão arterial diastólica, mas que 
necessita ser observada e controlada e, se indicada indiscriminadamente, pode comprometer e 
trazer riscos à saúde. 
Ao compararem-se os estudos realizadospor Carlini et al. (2009) com os de 
Guimarães et al. (2006) sobre as vantagens e desvantagens do uso da fluoxetina em 
tratamentos para emagrecimento pode-se inferir que, desde que não haja interação 
medicamentosa e mantendo-se estudos controlados e avaliação constantes dos efeitos da 
fluoxetina por meio de exames e condutas; essa poderá ser uma opção benéfica no controle da 
obsidade mórbida, melhorando significativamente a qualidade de vida daqueles que sofrem 
dessa doença. 
 
3.4.4 Uso recreativo ou não convencional de medicamento pela população 
 
Mota et al. (2010) realizaram um estudo, entre julho e agosto de 2005, sobre o uso 
abusivo do cloridrato de benzidamina no Brasil. Os autores informam que as indicações dessa 
16 
 
substância são para o tratamento de “[...] estados inflamatórios, tumefações edematosas de 
origem cirúrgica, traumática ou inflamatória e adjuvante no tratamento de dores musculares e 
articulares”, além de possíveis indicações para ações antimicrobianas. No caso de reações 
adversas ou uso abusivo do medicamento podem “[...] causar agitação, ansiedade, alterações 
visuais, alucinação e convulsão. Casos de falência renal, associados à superdosagem com 
medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais, [...] bem como agranulocitose, pancitopenia 
e coagulopatia.”, seu uso não deve ser prolongado e deve ser controlado devido aos elevados 
efeitos colaterais, não se recomenda seu uso para pacientes com problemas de epilepsia e 
psiquiátricos. 
Os autores relataram que em 11 farmácias pesquisadas a venda do medicamento 
aparentou normalidade e, em 2, houve demanda maior. Os autores também correlacionaram 
na revisão bibliográfica realizada em jornais e revistas da internet, relatos sobre o uso da 
substância para efeitos alucinógenos, como uso recreativo, por jovens, dos remédios 
Flogoral®, Benflogim® e Benzitrat® associados às bebidas alcoólicas. Quanto às pesquisas 
realizadas nos centros de toxicologia, no período entre 2002 a 2005, houve o registro de 
intoxicação por cloridrato de benzidamina em três dos sete existentes em São Paulo, 
perfazendo um total de 105 casos. 
Os efeitos alucinógenos causados no organismo pela utilização da benzidamina de 
modo recreativo e em altas doses, segundo Guimarães et al. (2010), são: 
 
[...] aumento da produção de dopamina no cérebro. Esse neurotransmissor acelera a 
atividade do sistema límbico, que controla funções como memória e emoções. Como 
consequências, as experiências armazenadas na memória afetiva vêm à tona de 
maneira deformada, o que provoca a percepção alterada da realidade. O usuário 
sofre alucinações visuais e fala coisas absurdas. Esgotado o estoque de dopamina, o 
indivíduo deixa de sentir euforia e prazer, ficando cansado, sonolento e irritadiço. 
No dia seguinte, sente tonturas, fortes dores de estômago e falta de apetite. 
 
Os autores advertiram sobre a necessidade de maior controle sobre essa substância, 
haja vista que se trata de medicação de tarja vermelha, devendo ser dispensada somente com 
prescrição médica. Seus efeitos são danosos à saúde, e com associação de bebidas alcoólicas, 
podem por em risco a saúde, não só física como mental dos usuários dessa interação 
medicamentosa, por causar dependência química. 
 
 
 
 
17 
 
4 DISCUSSÃO 
 
Foram observados que os problemas sérios encontrados referentes às alterações vistas 
nas prescrições de medicamentos às crianças poderiam ser sanados ou minimizados por meio 
da atuação de farmacêuticos a fim de disponibilizar mais informações acerca das dosagens e 
diluições corretas para toda a equipe de saúde envolvida, possibilitando a cura e não a 
complicação ou morte. 
Quanto à atuação da equipe de saúde, cabe destacar que, na maioria dos trabalhos 
analisados, ficou evidente a importância da atuação do profissional farmacêutico no 
acompanhamento e controle tanto nas ações para evitar erros de medicação, como nos AAMs 
preveníveis, sugerindo-se que sejam implantadas e planejadas ações para educação 
continuada, boas condições de trabalho, uma assistência farmacêutica planejada e a 
otimização da comunicação interdisciplinar. 
Na pesquisa apresentada sobre alguns estudos, identificou-se quatro variações de uso 
off label: 1) na medicina pediátrica, confirmando-se o uso inapropriado, sugerindo falta de 
informação na diluição e fracionamento; 2) na utilização de substância fluoxetina em 
associação com outros medicamentos para inclui-la em fórmulas de emagrecimento não 
autorizadas ou contraindicadas. Em contrapartida, outro estudo identificou que essa 
substância, se bem utilizada e com orientação, traz benefícios à doença da obesidade. 3) 
benefícios da heparina para tratar queimaduras; 4) uso recreacional de medicamentos, cujas 
autoridades e profissionais da saúde não têm conhecimento, associando substâncias 
medicamentosas com álcool, trazendo não só problemas à saúde física como mental. 
 
5 CONCLUSÃO 
 
O estudo realizado sobre a utilização de medicamentos registrados e com usos não 
autorizados (uso off label) contribui para a disseminação da informação sobre como e quando 
pode-se fazer uso de sua prática a fim de minimizar os riscos que podem advir da 
administração terapêutica e medicamentosa de substâncias para usos diferentes dos 
comprovadamente indicados. 
Mostrou-se que os órgãos controladores, vinculados ao Ministério da Saúde e ao SUS, 
como a ANVISA e a CONITEC, entre outros, que compõem a Vigilância Sanitária, possuem 
atribuições de farmacovigilância, como ações de fiscalização, autorização, inclusão ou 
exclusão dos medicamentos após os procedimentos de certificação sobre a eficácia e 
18 
 
eficiência desses, sendo os responsáveis pela legislação que regulamenta a obrigatoriedade de 
acompanhamento da bula para qualquer tipo de medicação como documento oficial sanitário. 
No Brasil, a prática off label não é proibida desde que seja justificada por meio de 
estudos comprovados sobre a segurança, eficácia e efetividade na indicação e com o controle 
da Vigilância Sanitária, o que demanda anos de estudos até a certificação ou não, podendo 
também trazer desvantagens quando não há no país medicamentos que possam substituir ou 
tratar doenças raras. 
Quanto aos conselhos profissionais que regulamentam as práticas de médicos, 
enfermeiros e farmacêuticos, estes prevêem a prática off label, desde que haja a 
responsabilização por parte do profissional, a autorização por parte do paciente, no 
consentimento e ciência de fazer parte do experimento, com as possibilidades de sucesso ou 
não, e quando o paciente for considerado incapaz, deve-se ter o consentimento e autorização 
do responsável desse. Quanto à ética desses profissionais, as leis e resoluções definem que, 
caso percebam o uso indevido ou não autorizado, são obrigados a denunciarem às autoridades 
competentes. 
Percebe-se a necessidade de realizar-se pesquisas científicas e estudos controlados 
para o grupo específico de crianças, adolescentes e idosos, por suas características 
biofisiológicas, precisando que a indústria farmacêutica conduza ensaios clínicos e submeta 
informações para uso de novos medicamentos. Essa necessidade foi observada principalmente 
em pacientes pediátricos, rotulados como “órfãos terapêuticos”, os quais são mais suscetíveis 
à interação medicamentosa e administração de medicamentos fracionados e padronizados, 
deixando-se de observar constituições individuais, como visto nas pesquisas realizadas para 
esse público, percebendo-se como uma prática recorrente desenvolvida por médicos em que 
não há a recomendação e nem autorização para o uso em crianças, 
Cabem ainda ações por partes das instituições da saúde,bem como do governo, de 
promoção a disseminação e divulgação do que é o uso off label, haja vista em alguns trabalhos 
poder ter-se observado a falta de informação pelos agentes da saúde e pela população, o que 
compromete seriamente a efetividade e eficácia de medicamentos que podem ser benéficos, 
ou podem complicar mais ainda o quadro da doença, inclusive, levando a óbito. 
 
 
 
 
19 
 
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