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Apostila Cabeamento (Parte 2)

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Prévia do material em texto

 2011 Rodrigo Moreno Marques - Reprodução permitida, desde que citada a fonte. 
CABEAMENTO ESTRUTURADO 
INFRA-ESTRUTURA E PROJETO DE REDES 
 
PARTE II 
 
 
Autor: Rodrigo Moreno Marques 
 
 
UNIDADE V - NORMAS AMERICANAS EIA/TIA ............................................................................3 
5.1 – EIA/TIA 568-B – Commercial Building Telecomunications Cabling Standard...................4 
5.2 – EIA/TIA 569-A – Commercial Building Standards For Telecommunications Pathways 
and Spaces ................................................................................................................................... 23 
5.3 – EIA/TIA 606-A – Administration Standard for the Telecommunications Infrastructure 
of Commercial Buildings ............................................................................................................. 26 
5.3 – EIA/TIA 606-A – Administration Standard for the Telecommunications Infrastructure 
of Commercial Buildings ............................................................................................................. 27 
 
UNIDADE VI - NORMA TÉCNICA ABNT NBR 14565 ................................................................... 30 
6.1 – Definições ............................................................................................................................ 30 
6.2 – Identificação ........................................................................................................................ 32 
6.3 – Materiais empregados......................................................................................................... 34 
6.4 – Projeto de cabeamento estruturado................................................................................... 35 
 
UNIDADE VII - EMENDAS EM FIBRAS ÓTICAS .......................................................................... 48 
7.1 – Emenda por Fusão .............................................................................................................. 48 
7.2 – Emenda Mecânica ............................................................................................................... 49 
 
UNIDADE VIII - EQUIPAMENTOS PARA TESTE E CERTIFICAÇÃO EM CABEAMENTO 
ESTRUTURADO............................................................................................................................ 50 
8.1 – Equipamento mapeador de fios (TEST LED) ..................................................................... 50 
8.2 – Equipamento certificador de enlaces com cabos de pares trançados............................ 51 
8.3 – Power Metter: Equipamento de medição de atenuação luminosa em fibras óticas ....... 59 
8.4 – OTDR – Optical Time Domain Reflectometer..................................................................... 60 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................. 62 
 
 EDIÇÃO 2013 
ATUALIZADA 
Cabeamento Estruturado Autor: Rodrigo Moreno Marques 
Infra-Estrutura e Projeto de Redes 
 
 2011 Rodrigo Moreno Marques - Reprodução permitida, desde que citada a fonte. 2 
 
 
 
 
 
 
Objetivo dessa apostila 
 
Este trabalho tem por objetivo apresentar uma introdução às normas técnicas referente ao tema 
cabeamento estruturado para instalações de telecomunicações em edificações comerciais, 
especialmente as normas americanas EIA/TIA 568B, EITA/TIA 569A e EIA/TIA 606, assim, como 
as normas brasileiras NBR 14565 publicadas pela ABNT em 2000 (primeira versão) e 2007 
(segunda versão). É importante destacar que essa PARTE II da apostila deve ser usada por 
aqueles que já dominam os materiais, peças e acessórios que são adotados em cabeamento 
estruturado, bem como as características técnicas desses materiais e o desempenho que se 
espera deles, conforme já discutimos na PARTE I desse material didático. Duas ressalvas devem 
ser feitas. Primeiramente, destaco que não é intenção do autor que este texto substitua as normas 
originais, ou seja, o profissional de redes deve ir ao texto original das normas para entender a sua 
linguagem e como ela apresenta os vários detalhes técnicos que devemos conhecer. Em segundo 
lugar, vale a pena salientar que existem outras importantes normas além dessas que são 
apresentadas nessa apostila, como por exemplo, a norma sobre aterramento em edificações 
comerciais EIA/TIA 607, a norma para datacenters (TIA 942) e a norma para instalações 
residenciais (EIA/TIA 570-A) 
 
 
 
 
O autor 
 
Mestre em Ciência da Informação pelo PPGCI/UFMG, Especialista em Engenharia de 
Telecomunicações pela UFMG, o Engenheiro Eletricista Rodrigo Moreno Marques tem experiência 
profissional nas áreas de redes de computadores, telecomunicações e sistemas de informação. 
Trabalhou durante cinco anos com redes locais, equipamentos de conectividade, cabeamento 
estruturado e integração de sistemas. Atuou na empresa Telemar/Oi por seis anos no 
desenvolvimento de soluções para transmissão de dados, voz e imagens em redes MAN e WAN 
corporativas. Desde 2001 dedica-se a docência em cursos de graduação e pós-graduação na 
área de tecnologia da informação, redes de computadores, telecomunicações e gestão de TI. 
Atualmente é professor da Universidade FUMEC, da Faculdade Estácio de Sá, do Instituto de 
Educação Continuada da PUC Minas e do Núcleo de Pós-Graduação da Faculdade Pitágoras. 
Cursa doutorado em Ciência da Informação na UFMG, onde desenvolve pesquisas voltadas para 
as políticas de informação e comunicação nacionais. 
 
Currículo lattes: 
http://lattes.cnpq.br/4390865555343440 
 
Cabeamento Estruturado Autor: Rodrigo Moreno Marques 
Infra-Estrutura e Projeto de Redes 
 
 2011 Rodrigo Moreno Marques - Reprodução permitida, desde que citada a fonte. 3 
UNIDADE V - NORMAS AMERICANAS EIA/TIA 
 
As normas americana e européia para cabeamento estruturado são muito similares. A principal 
exceção refere-se aos cabos CAT 5e (que aparecem na norma americana, mas não na européia, 
pois essa pulou do CAT 5 direto para o CAT 6) e dos cabos CAT 7 (que já são reconhecidos pela 
norma européia ISO 11801, mas ainda encontram-se em processo de padronização nos EUA). 
 
As principais normas americanas para cabeamento estruturado são: 
 
EIA/TIA 568-B: Commercial Building Telecomunications Cabling Standard 
Essa norma de 2001 é a revisão da norma EIA/TIA 568-A de 1995. Os documentos foram 
reunidos em três volumes: 
 
EIA/TIA 568-B.1: General Requirements 
Essa norma e seus adendos trazem os requerimentos gerais para o cabeamento em 
edifícios comerciais, como: meios metálicos blindados e não blindados, incluindo 
categoria 6, fibras óticas, aterramento de sistemas com cabos blindados, dentre outros. 
 
EIA/TIA 568-B.2: Balanced Twisted Pair Cabling Components 
Essa norma e seus adendos referem-se aos cabos de pares trançados e seus 
componentes, incluindo parâmetros mínimos para certificação, até a categoria 6 (adendo 
EIA/TIA 568-B.2.1) 
 
EIA/TIA 568-B.3: Optical Fiber Cabling Components Standard 
Esse terceiro volume e seu adendo trazem as especificações dos componentes do 
cabeamento ótico, incluindo as fibras multimodo com suporte a 10Gbps em até 300m na 
janela ótica 850nm. 
 
EIA/TIA 569-A: Commercial Building Standards For Telecommunications Pathways and 
Spaces 
Padroniza a infra-estrutura que será projetada e construída incluindo: espaços físicos como: salas, 
áreas, caminhos onde os cabos estarão acomodados. 
 
EIA/TIA 606-A: Administration Standard for the Telecommunications. Infrastructure of 
Commercial Buildings. 
Especifica padrões para a administração da infra-estrutura de telecomunicações como: cores 
externas de cabos, identificação de cabos lançados (etiquetas), identificação a ser adotada nas 
plantas dos projetose documentação do cabling (as-built). 
 
 
Passamos agora a listar as principais diretrizes estabelecidas pelos documentos EIA/TIA. 
Cabeamento Estruturado Autor: Rodrigo Moreno Marques 
Infra-Estrutura e Projeto de Redes 
 
 2011 Rodrigo Moreno Marques - Reprodução permitida, desde que citada a fonte. 4 
5.1 – EIA/TIA 568-B – Commercial Building Telecomunications Cabling Standard 
 
Finalidade dessa norma: 
- Especificar um sistema de cabeamento genérico para prédios comerciais. 
- Respaldar um ambiente de produtos e fornecedores múltiplos, com compatibilidade entre eles. 
- Especificar um cabeamento que suporte qualquer aplicação (voz, dados, imagem, vídeo) 
- Estabelecer requisitos de desempenho mínimos. 
 
Essa norma especifica: 
- Requerimentos mínimos para cabeamento de telecomunicações, dentro ou entre edifícios 
comerciais em um ambiente tipo campus. 
- Requerimentos do cabeamento (características dos materiais e propriedades físicas). 
- Distâncias do cabeamento. 
- Tipos de conectores. 
- Topologia. 
 
Um cabeamento estruturado é aquele que atende as normas em relação a: 
- Topologia física 
- Identificação de meios. 
- Distâncias dentro dos limites, em função do tipo de cabo metálico ou ótico. 
- Interfaces de conexão. 
- Requisitos de desempenho de acordo com todos os testes de certificação padronizados. 
 
Principais vantagens da adoção das normas do cabeamento estruturado. 
- Suporte para as tecnologias atuais e futuras. 
- Melhor desempenho, sobretudo em aplicações que exijam alta taxa de transmissão digital (bps) 
e baixa taxa de erros. 
- Flexibilidade para mudanças de lay-out do ambiente de trabalho (modificações e adições rápidas 
de novas estações na rede) 
 
Elementos de um cabeamento estruturado: 
 
Norma EIA/TIA 568B Norma NBR14565 Fig. No 
Horizontal Cabling Cabeamento secundário Fig. (1) 
Backbone Cabling Cabeamento primário Fig. (2) 
Work Area Área de trabalho Fig. (3) 
Telecommunications room Armário de telecomunicações Fig. (4) 
Equipment room Sala de equipamentos Fig. (5) 
Entrance Facilities Sala de entrada de telecomunicações Fig. (6) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cabeamento Estruturado Autor: Rodrigo Moreno Marques 
Infra-Estrutura e Projeto de Redes 
 
 2011 Rodrigo Moreno Marques - Reprodução permitida, desde que citada a fonte. 5 
CABEAMENTO HORIZONTAL: 
 
- Vai desde a área de trabalho até a sala de telecomunicações. 
- O cabeamento horizontal inclui: 
- Cabo. 
- Saída/Conector na área de trabalho. 
- Terminações mecânicas. 
- Patch cords ou jumpers na sala de telecomunicações. 
- Pode incluir um ponto de consolidação ou saídas de múltiplos usuários (MUTO - Multi 
User Telecommunications Outlet), o que a Furukawa chama de MUTOA - Multi User 
Telecommunications Outlet Assembly 
 
Topologia do cabeamento horizontal: 
- Topologia tipo estrela 
- Cada ponto de telecomunicações deve estar conectado a uma sala de telecomunicações. 
- O cabeamento deve terminar na sala de telecom do mesmo andar de cada área de trabalho. 
- No cabeamento horizontal é permitido somente um ponto de consolidação de cabos 
 
Distâncias máximas admitidas no cabeamento horizontal: 
- Existem dois conceitos em relação ao cabeamento horizontal: link permanente e link canal 
- O link permanente vai desde o patch panel até a tomada RJ-45 na área de trabalho, mas não 
inclui os cordões de conexão. Máximo de 90 m para cabos metálicos de pares trançados (rígidos). 
- O link canal inclui mais dez metros de cordões de conexão, sendo um de até 5 metros na área 
de trabalho e outro de até 5 metros no armário de telecomunicações, incluindo jumper se houver. 
- Quando se utiliza uma saída de múltiplos usuários (MUTO) as distâncias são outras, conforme 
será apresentado a frente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elementos do cabeamento horizontal 
Legenda: 
L1 Cordão de Conexão na área de trabalho = 5 metros 
L2 Cordão de Conexão mais fio jumper (se houver) até o switch = 5 metros 
X Conexão cruzada 
 Ponto Telecomunicações (tomada) 
 Cabo de pares trançados (máximo 90 metros) ou fibra ótica (max. 90metros) 
 
 
Cabos reconhecidos para o cabeamento horizontal: 
- Cabo com quatro pares de fios, trançados, 100 , conforme EIATIA 568 B.2. 
- Cabo com dois pares de fios, trançados, 150 . Trata-se do cabo STP criado pela IBM, 
reconhecido pela norma EIATIA 568 B.2, mas que não é recomendado. Foi eliminado da norma 
TIA 568C de 2009. 
- Cabo de fibra ótica multimodo de 62.5/125 m ou 50/125 m, conforme EIA/TIA 568 B.3 
 
Exigências: 
- No mínimo dois pontos por área de trabalho: um deve ser UTP de 100 ohms de quatro pares 
(recomenda-se no mínimo Cat. 5e). O segundo ponto pode ser qualquer um dos meios 
reconhecidos: cabo de pares trançados ou cabo de fibra ótica. 
 
 
X 
 
L2 
L1 
Área de Trabalho 
Armário de 
Telecomunicações 
Cabeamento Estruturado Autor: Rodrigo Moreno Marques 
Infra-Estrutura e Projeto de Redes 
 
 2011 Rodrigo Moreno Marques - Reprodução permitida, desde que citada a fonte. 6 
CABEAMENTO BACKBONE 
 
- Também conhecido como cabeamento primário. 
- É definido como a interconexão entre salas de telecomunicações, sala de equipamentos e 
entrada de serviços. Também inclui cabeamento entre edifícios. 
 
O Cabeamento backbone Inclui: 
- Cabos. 
- Conexões cruzadas principais e intermediárias. 
- Terminações mecânicas. 
- Patch cords ou jumpers usados para conexões cruzadas entre cabeamentos principais. 
 
Cabos reconhecidos para o cabeamento backbone: 
- Cabo de pares trançados UTP de 100 , conforme TIA/EIA 568 B.2 
- Cabo de fibra ótica multímodo de 62.5/125m ou 50/125m, conforme especifica a norma 
EIA/TIA 568 B.3 
- Cabo de fibra ótica monomodo de 10/125 m ou 8/125 m, conforme especifica a norma EIA/TIA 
568 B.3 
 
Distâncias máximas admitidas no cabeamento backbone: 
- UTP: 800 metros para transmissão de voz e 90 metros para aplicações de dados. 
- Fibra ótica multímodo: até no máximo 2000 metros. 
- Fibra ótica monomodo: até no máximo 3000 metros. 
 
 
Distâncias máximas no cabeamento backbone, em função de cada trecho do diagrama acima: 
MEIO FÍSICO A B C D 
Par trançado 800m 300m 500m 90m 
Fibra ótica MM 62,5/125 ou MM 50/125 2000m 300m 1700m 90m 
Fibra ótica SM 10/125 ou 8/125 3000m 300m 2700m 90m 
 
 
 
CCH EF CCP 
CCI CCH 
B 
A 
C 
PT 
PT 
D 
D 
Legenda: 
EF: Entrada de Facilidades 
CCP: Conexão cruzada principal 
CCI: Conexão cruzada intermediária 
CCH: Conexão cruzada horizontal 
PT: Ponto de Telecomunicações 
Cabeamento Estruturado Autor: Rodrigo Moreno Marques 
Infra-Estrutura e Projeto de Redes 
 
 2011 Rodrigo Moreno Marques - Reprodução permitida, desde que citada a fonte. 7 
 
O diagrama abaixo é uma representação da topologia com as distâncias máximas por trecho: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SE 
Legenda 
SE: Sala de equipamentos ou rack 
CCH: Conexão cruzada horizontal 
CCI: Conexão cruzada intermediária 
CCP: Conexão cruzada principal 
PCC: Ponto de consolidação de cabos (opcional) 
 ÁREA DE 
TRABALHO 
ÁREA DE 
TRABALHO 
ÁREA DE 
TRABALHO 
ÁREA DE 
TRABALHO 
ÁREA DE 
TRABALHO 
ÁREA DE 
TRABALHO 
CCH CCH 
 
CCH CCH CCH 
 
CCH 
x x x x x x 
x 
 x CCP 
CCI 
SE 
CABEAMENTO 
HORIZONTAL 
SE SE SE SE SE SE 
CABEAMENTO 
BACKBONE 
PCC 
opcional 
 Max. 90 m 
Distâncias máximas 
UTP (voz): 300 m 
FO MM: 300 m 
FO SM: 300 m 
Distâncias máximasUTP (dados): 90 m 
UTP (voz): 800 m 
FO MM: 2000 m 
FO SM: 3000 m 
Cabos de 
manobra 
max. 20m 
Distâncias máximas 
UTP (voz): 500 m 
FO MM: 1700 m 
FO SM: 2700 m 
Cabeamento Estruturado Autor: Rodrigo Moreno Marques 
Infra-Estrutura e Projeto de Redes 
 
 2011 Rodrigo Moreno Marques - Reprodução permitida, desde que citada a fonte. 8 
É importante entender alguns conceitos que se aplicam a implementação dos backbones em 
redes locais estruturadas: INTERCONEXÃO, CONEXÃO CRUZADA e PONTO DE 
CONSILIDADAÇÃO DE CABOS. 
 
INTERCONEXÃO: é a conexão direta do hardware com o cabeamento horizontal. 
 
Exemplo de interconexão simples: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONEXÃO CRUZADA (CROSS-CONNECT): permite mudar o tipo de serviço a ser 
disponibilizado para o cabeamento horizontal ou vertical, através de patch cords ou jumpers. Pode 
empregar patch panels ou blocos 110 IDC. 
 
Primeiro exemplo de conexão cruzada: solução que permite manobras para cabeamento 
horizontal ou para backbone. Com manobras com patch cords é possível jogar o sinal de dados 
(do switch) para o cabeamento horizontal ou para o cabeamento backbone. Também é possível 
conectar uma tomada a um switch de outro andar através do backbone. 
 
 
 
 
Switch
Patch panel
Tomadas RJ-45
Patch cord RJ-45
Switch
Patch panel
Patch cord RJ-45
INTERCONEXÃO 
COM UM PATCH 
PANEL NO RACK
Cabos de 4 pares
O
 tr
aç
o 
po
nt
ilh
ad
o 
in
di
ca
 o
 R
A
CK
Switch
Patch panel
Tomadas RJ-45
Patch cord RJ-45
Switch
Patch panel
Patch cord RJ-45
INTERCONEXÃO 
COM UM PATCH 
PANEL NO RACK
Cabos de 4 pares
O
 tr
aç
o 
po
nt
ilh
ad
o 
in
di
ca
 o
 R
A
CK
Switch
Patch panel do 
cabeamento horizontal
Patch panel do 
cabeamento backbone
O
 tr
aç
o 
po
nt
ilh
ad
o 
in
di
ca
 o
 R
A
C
K
Cabeamento 
Backbone
Cabeamento Horizontal
Switch
Patch panel do 
cabeamento horizontal
Patch panel do 
cabeamento backbone
O
 tr
aç
o 
po
nt
ilh
ad
o 
in
di
ca
 o
 R
A
C
K
Cabeamento 
Backbone
Cabeamento Horizontal
Cabeamento Estruturado Autor: Rodrigo Moreno Marques 
Infra-Estrutura e Projeto de Redes 
 
 2011 Rodrigo Moreno Marques - Reprodução permitida, desde que citada a fonte. 9 
Segundo exemplo de conexão cruzada: cabeamento integrado para dados e voz. Com manobras 
com patch cords é possível jogar sinal de dados (do switch) ou de voz (ramal do PABX) para cada 
tomada RJ-45 das áreas de trabalho 
 
 
 
Terceiro exemplo de conexão cruzada: espelhamento de portas de um switch. O espelhamento 
visa poupar as portas dos switches do desgaste de manobras freqüentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Switch 
Patch panel 
Patch cord RJ - 45 
Patch panel 
Switch 
Patch panel 
Tomadas RJ-45 
Patch cord RJ - 45 
Patch panel 
CONEXÃO CRUZADA COM 
DOIS PATCH PANELS NO 
RACK (ESPELHAMENTO 
DE PORTAS) 
 
Cabos de 4 pares 
O
 tr
aç
o 
po
nt
ilh
ad
o 
in
di
ca
 o
 R
A
CK
Tomada RJ-45
Patch panel de ramais
Switch
Patch panel de tomadas
Patch panel de ramais
PABX
O
 tr
aç
o 
po
nt
ilh
ad
o 
in
di
ca
 o
 R
A
C
K
Tomada RJ-45
Patch panel de ramais
Switch
Patch panel de tomadas
Patch panel de ramais
PABX
O
 tr
aç
o 
po
nt
ilh
ad
o 
in
di
ca
 o
 R
A
C
K
Cabeamento Estruturado Autor: Rodrigo Moreno Marques 
Infra-Estrutura e Projeto de Redes 
 
 2011 Rodrigo Moreno Marques - Reprodução permitida, desde que citada a fonte. 10 
PONTO DE CONSOLIDAÇÃO DE CABOS (PCC): de acordo com as normas de cabeamento 
estruturado, o que define o PCC – Ponto de Consolidação de Cabos é a mudança da capacidade 
dos cabos (quantidade de pares) em um determinado trecho. 
 
No exemplo abaixo um trecho do cabeamento horizontal usa cabos de 25 pares e o outro trecho 
usa vários cabos de 4 pares. 
 
 
De acordo com as normas de cabeamento internacionais e nacionais, não pode haver conexão 
cruzada no PCC. 
 
 
 
 
 
 
Bloco de 
conexão 110 
Switch 
Patch cord 
RJ-45
Patch cord 
110 
Switch 
Patch 
panel 
Tomadas RJ-45 
INTERCONEXÃO 
COM UM PATCH 
PANEL NO RACK 
PONTO DE CONSOLIDAÇÃO 
COM BLOCO DE CONEXÃO 110 
INSTALADO NO CABEAMENTO 
HORIZONTAL 
Cabos de 
25 pares 
Cabos de 
4 pares 
O
 tr
aç
o 
po
nt
ilh
ad
o 
in
di
ca
 o
 R
A
CK
Cabeamento Estruturado Autor: Rodrigo Moreno Marques 
Infra-Estrutura e Projeto de Redes 
 
 2011 Rodrigo Moreno Marques - Reprodução permitida, desde que citada a fonte. 11 
Área de Trabalho: 
- A área de trabalho abrange desde a tomada de parede até o equipamento do usuário. 
- Deve haver no mínimo duas tomadas de telecomunicações para cada 10m2 
- Deve haver no mínimo duas tomadas para cada área de trabalho 
- Cabeamento projetado para facilitar mudanças, adições e remanejamentos. 
- Saída/Conector para cabo de pares trançados 100 ohms 
- O cabo deve terminar em uma tomada modular de oito posições (RJ-45). 
 
Conectorização de tomadas e conectores RJ-45 
A conexão deve ser transparente, pino-a-pino. 
Admite-se o padrão T568A ou T568B, desde que um só padrão seja adotado em toda a rede. 
A seqüência de cores é igual em todas as normas (americana, européia e brasileira) 
 
Cabos de Conexão (patch cords): 
- O comprimento máximo para os patch cords é de 5m. 
- Devem ser feitos com cabos flexíveis e não com cabos rígidos. 
- Patch Cords ou Jumpers devem atender os requisitos de desempenho da TIA-EIA 568 B.2 e B.3 
Cabeamento Estruturado Autor: Rodrigo Moreno Marques 
Infra-Estrutura e Projeto de Redes 
 
 2011 Rodrigo Moreno Marques - Reprodução permitida, desde que citada a fonte. 12 
Cabeamento em Escritórios Abertos (MUTO - Multi User Telecomunication Outlet). 
Esse tipo de solução, reconhecida pela norma, prevê que o cabeamento horizontal comece no 
armário de telecomunicações e termine em uma caixa única com várias tomadas, de onde partirão 
os patch cords para as áreas de trabalho que poderão ter até 22 metros, conforme tabela a seguir. 
É uma boa solução para instalações onde movimentações freqüentes são previstas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os comprimentos máximos admitidos na solução MUTO são: 
 
Patch cord 24 AWG Patch cord 26 AWG 
Cabo Horizontal 
comprimento 
máximo (m) 
Comprimento 
máximo na área de 
trabalho (m) 
Comprimento 
máximo de soma de 
todos os patch 
cords (m) 
Comprimento 
máximo na área de 
trabalho (m) 
Comprimento 
máximo de soma de 
todos os patch 
cords (m) 
90 5 10 4 8 
85 9 14 7 11 
80 13 18 11 15 
75 17 22 14 18 
70 22 27 17 21 
 
 
A solução MUTO deve atender as seguintes especificações: 
- Cada MUTO deve fornecer serviço a no máximo 12 áreas de trabalho. 
- Deve ser facilmente acessível e não estar localizado em um piso ou teto falso. 
- Deve ficar instalado permanentemente. 
- Ainda que a distância ao MUTO seja menor que 70m, o comprimento máximo do cabo de 
conexão (patch cord) da estação não deverá passar de 22m para 24 AWG ou 17m para 26 AWG. 
- A distância máxima nunca deverá ser maior que os 100m. 
- Qualquer combinação de comprimento em cabos horizontais, cabos da área de trabalho, cabos 
de conexão e cabos de equipamento é aceita. 
- A distância máxima nunca deve ultrapassar os 100m. 
X 
 
L2 
L1 
Área de Trabalho 
 
Armário de 
Telecomunicações 
L1 
L1Cabeamento Horizontal 
(distâncias conforme tabela) 
MUTO 
Patch cords 
maiores 
(conf. tabela) 
Cabeamento Estruturado Autor: Rodrigo Moreno Marques 
Infra-Estrutura e Projeto de Redes 
 
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Ponto de consolidação de cabos: 
O ponto de consolidação de cabos leva os cabos horizontais (em geral de 25 pares) que partem 
da sala de telecomunicações até um bloco de conexão 110 onde eles são conectorizados. Neste 
local são usados patch cords com conectores 110 para fazer a conexão com um segundo trecho 
com cabeamento horizontal, implementado com cabos de 4 pares que atingirão as tomadas nas 
áreas de trabalho. É uma boa solução quando se prevê mudanças na localização das áreas de 
trabalho, pois se for preciso alterar o lay-out, somente é refeito o trecho do cabeamento que atinge 
as tomadas (cabos de 4 pares). 
 
- Não é uma emenda. Deve empregar contatos IDC com blocos de conexão sistema 110. 
- NUNCA em ponto de consolidação pode haver conexão cruzada. 
- Não é permitido mais que um ponto de consolidação entre cada lance de cabo. 
- O ponto de consolidação não pode ser colocado a mais de 15m da Sala de Telecomunicações. 
- Cada ponto de consolidação deve dar serviço a no máximo 12 áreas de trabalho. 
- Deve ser completamente acessível, não pode estar sob piso falso ou sobre o forro. 
- Deve ficar instalado permanentemente. 
- A distância do enlace está limitada a 90m (+ 10m de cabo de conexão ou patch cord). 
 
Sala de telecomunicações, compartimento de telecomunicações: 
- Área exclusiva dentro de um edifício para equipamentos de telecomunicações. 
- Sua função principal é a terminação do cabeamento horizontal e vertical (principal). 
- Todas as conexões entre os cabos horizontais e verticais devem ser conexões cruzadas. 
- As conexões dos cabos de equipamento ao cabeamento horizontal ou vertical podem ser 
interconexões ou conexões cruzadas. 
- Deve ser projetada de acordo com a TIA/EIA-569-A. 
 
Sala de Equipamentos: 
- Diferencia-se de uma sala de telecomunicações devido a complexidade dos equipamentos que 
contém: switches, servidores, banco de dados, etc. 
- Deve estar em um ambiente controlado. 
- Deve ser projetada de acordo com a TIA/EIA-569-A. 
 
Entrada de Serviços: 
- Consiste nos cabos, acessórios de conexão, dispositivos de proteção e demais equipamentos 
necessários para conectar o edifício à serviços externos das operadoras de telecom. 
- Proteção elétrica estabelecida pelos códigos elétricos aplicáveis. 
- Deve ser projetada de acordo com a TIA/EIA-569-A. 
 
Precauções no manuseio dos cabos durante a instalação: 
- Evitar tensões no cabo. 
- Os cabos não devem ser lançados em grupos muito apertados. 
- Não estrangular os cabos com abraçadeiras 
 
Destrançamento dos pares: 
- no máximo 1/2" para o cabo CAT 5e, ou seja, aproximadamente 13mm 
- no máximo 3" para os cabos da CAT 3 nas aplicações de voz, ou seja, aproximadamente 7,6mm 
 
Tensão máxima a ser aplicada no lançamento de cabos: 
- 11,34Kgf. (25lbf). 
 
Patch Cords: 
- Devem ser implementados com cabos flexíveis. 
- Devem ser pelo menos da mesma categoria do cabeamento horizontal. 
- Não devem ser montados em campo. 
- O fio terra dos cabos blindados deverá estar aterrado conforme especifica a TIA/EIA 607. 
 
 
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Testes realizados na certificação dos enlaces de pares metálicos: 
 
- Mapa de fios (wire map). 
- Comprimento (length). 
- Resistência (resistance) 
- Capacitância (capacitance) 
- Impedância (impedance) 
- Atenuação (insertion loss) 
- Perdas por retorno (Return Loss). 
- Atraso de propagação (Propagation Delay). 
- Diferença dos atrasos de propagação (Skew Delay). 
- Testes de diafonia, ou seja interferência (crosstalk): 
- NEXT (near end crosstalk) 
- PSNEXT (power sum NEXT) 
- ELFEXT (equal level far end crosstalk). 
- PSELFEXT. (power sum ELFEXT) 
- Relação atenuação-diafonia (ACR - Attenuation to crosstalk relation) (*) 
- PSACR (power sum ACR) (*) 
 
(*) Os testes ACR e PSACR são especificados na norma ISO, mas não na norma EIA/TIA. 
 
Categorias Reconhecidas pelas normas EIA/TIA: 
- Categoria 3, somente para aplicações de voz. 
- Categoria 5e 
- Categoria 6 
- Categoria 6a 
 
As Categorias 1, 2, 4 e 5 não são reconhecidas pelas normas atuais, portanto suas 
especificações de desempenho não estão especificadas e este tipo de cabo não deve ser 
mais adotado. As características de transmissão da categoria estão no anexo “N” da norma 
EIA/TIA somente como referência para instalações já existentes. 
 
A categoria 3 é reconhecida em aplicações que sejam exclusivamente de voz (telefonia), não 
devendo ser adotada caso haja interesse em um cabeamento que suporte outras aplicações como 
transmissão de dados, som, imagem e vídeo. 
 
A categoria 6a é reconhecida pela EIA/TIA, mas não pela ISO e ABNT. Por outro lado, a ISO e a 
ABNT já reconhecem a categoria 7, mas a EIA/TIA ainda não padronizou essa categoria. 
 
Para maiores detalhes desse assunto, veja a Unidade II dessa apostila. 
 
Parâmetros Elétricos Normatizados 
 
A tecnologia de tratamento dos sinais digitais Ethernet (10Mbps) e Fast Ethernet (100Mbps) é 
relativamente robusta e em geral, o meio físico não é responsável por erros de transmissão, 
exceto quando erros bem grosseiros são cometidos na escolha de materiais ou na instalação do 
cabeamento estruturado. 
 
Porém, com a adoção cada vez mais comum de enlaces locais Gigabit Ethernet (1000BaseT), 
tornou-se imprescindível que o cabeamento estruturado seja implementado em conformidade com 
as normas e a certificação dos links passou a ser imperativa. 
 
Tendo em vista que as tecnologias Gigabit Ethernet são mais sensíveis ao meio físico, cada vez 
mais se torna comum encontrarmos altas taxas de erro nesse tipo de link, por motivos que podem 
ser: especificação de materiais inadequada, técnica de conectorização indevida, lançamento de 
cabos incorreto ou falta de certificação dos parâmetros elétricos. 
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A chamada certificação de cabeamento estruturado deve ser feita para se sejam atendidos 
principalmente os seguintes critérios: 
 Os sinais digitais têm que chegar a extremidade oposta dos cabos com força suficiente 
para superar os efeitos da atenuação do meio físico de cobre 
 Fontes de ruído não podem atrapalhar as recepções de sinais 
 Sinais não podem atrasar além dos limites de tempo estabelecidos 
 Os sinais enviados simultaneamente nos quatro pares de uma extremidade de um cabo 
devem chegar na outra extremidade com pequena diferença de atraso entre eles, ou seja, 
os sinais dos quatro pares devem chegar quase simultaneamente. 
 
Para que os critérios acima sejam atendidos, as normas estabelecem vários parâmetros que 
devem ser medidos durante a certificação dos links em pares metálicos, para que se avalie se 
cada um dos enlaces está dentro dos limites admitidos. Vamos conhecer cada um desses 
parâmetros. 
 
1 – Mapa de fios (wiremap) 
 
Esse teste apresenta uma resposta gráfica que ilustra a conectorização feita nas extremidades do 
enlace e se existem fios não conectados, em curto-circuito, rompidos, pares cruzados ou 
invertidos. 
 
2 – Comprimento (lenght) 
 
Existem duas medidas de comprimento que podem ser feitas durante a certificação, cada uma 
delas com um limite máximo admissível, dado em metros: 
Link canal (channel link): admite-se 90m de cabo horizontal e mais 10m para acessórios de 
conexão (patch cords na área de trabalho, conectores/tomadas, ponto de transição ou 
consolidação opcional, patch cords na sala de telecomunicações). 
 Link Permanente (permanent link): admite 90m de cabo horizontal, incluindo a 
conectorização em cada extremidade e um ponto de transição ou consolidação opcional. 
Nesse teste não se incluem os patch cords em cada extremidade do enlace. Na prática 
executa-se o teste com os cabos de prova que acompanham o equipamento de 
certificação e os equipamentos "subtraem" esses comprimentos na apresentação dos 
resultados. 
 
Na certificação de rede, esse parâmetro e os outros a seguir são medidos individualmente para 
cada um dos pares do cabo metálico. 
 
3 – Resistência (resistance) 
 
Trata-se da medida da resistência elétrica de um meio condutor a passagem da corrente contínua 
(CC), medida em ohms (). Representa a dificuldade que esse meio tem em conduzir essa 
corrente elétrica. Isso significa que quanto menor a resistência de um cabo de cobre, melhor será 
ele para aplicação nas redes locais. Quanto maior for o comprimento um cabo metálico, maior 
será sua resistência e quanto maior for sua bitola (diâmetro da seção condutora), menor será sua 
resistência. A resistência de cada par de fios metálicos deve ser menor do que 20. 
 
4 – Capacitância (capacitance) 
 
A capacitância mostra a quantidade de energia de campo elétrico que pode ser armazenada entre 
dois condutores de um mesmo par de fios. Sua unidade é dada em farad (símbolo F). Cada par de 
fios metálicos deve possuir uma capacitância menor do que 66 pF/m (sessenta e seis picofarads 
por metro) se o cabo for de categoria 6. 
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5 – Impedância característica (impedance) 
 
A impedância característica é uma medida que depende de um conjunto de parâmetros físicos de 
um condutor: resistência, indutância, capacitância e condutância. Os cabos UTP são fabricados 
com impedância que idealmente deve ser 100. O perfeito “casamento de impedância” no meio 
físico (incluindo cabos e suas conexões) vai garantir menores perdas de retorno (perdas por 
reflexão de sinal). Na prática, na certificação de cabos, cada par de fios metálicos dever possuir 
uma impedância entre 85 e 115. 
 
6 – Atenuação (insertion loss) 
 
Atenuação ou perda por inserção (insertion loss) é a perda de potência de um sinal transmitido ao 
longo de um cabo, medida em dB (decibéis), em geral causada pelas perdas resistivas ao longo 
dos fios condutores e nas conexões. 
 
É importantíssimo notar que a atenuação de um sinal no cabo metálico é proporcional a sua 
frequência (medida em Hertz, Hz), ou seja, quanto maior for frequência da componente do sinal, 
maior será sua atenuação. Vale a pena lembrar que os sinais digitais são compostos por 
somatórios de sinais senoidais periódicos de diferentes frequências. Podemos concluir, portanto, 
que os cabos metálicos são adequados para transmissão de sinais de “baixas” frequências. As 
“altas” frequências, por serem atenuadas demasiadamente, acabam sendo “filtradas” pelo cabo, 
ou seja, não atingem a extremidade oposta do link metálico. 
 
Na certificação de links, a atenuação deve ser medida para cada par de fios, em toda a faixa de 
frequência definida de acordo com a categoria do cabo. Exemplos: para categoria 5 e 5e a 
atenuação é medida até 100MHz e para categoria 6 a atenuação é medida até 250MHz. O 
resultado é mostrado graficamente em toda a faixa de frequência testada e registra o pior caso e a 
respectiva frequência de ocorrência. 
 
 
 
7 – Perda de Retorno (return loss) 
 
As perdas de retorno ocorrem principalmente por causa do mau casamento de impedância entre o 
cabo e os conectores/tomadas e do mau casamento entre conectores e tomadas. Essa deficiência 
prejudica o acoplamento nas conexões e faz com que parte do sinal, ao chegar em uma conexão, 
seja refletida. A perda de retorno representa a razão, em decibéis, dentre a tensão refletida e a 
tensão incidente, por isso, quanto maior seu valor, melhor. A perda de retorno varia sensivelmente 
com a frequência de um sinal e por isso deve ser amostrada na certificação ao longo de toda faixa 
de frequência definida pela categoria do cabo. Perdas de retorno também podem ocorrer, em 
menor escala, devido a anomalias na impedância característica do cabo ao longo da sua 
extensão. 
 
 PERDAS DE RETORNO 
 
ATENUAÇÃO 
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8 – Atraso de Propagação (propagation delay) 
 
É o tempo que o sinal gasta para ser transmitido ao longo do enlace par metálico, medido em ns 
(nanosegundos) em cada par de fios. Esse parâmetro é importante pois os sistemas têm que 
saber qual é o tempo máximo que um sinal levará para atingir os pontos mais distantes da rede 
local. Esse tempo de ida e volta do sinal entre os pontos mais distantes da rede define qual é o 
tempo que uma estação deve aguardar após uma transmissão, antes de iniciar um novo envio de 
quadro. Nesse intervalo de espera pode chegar um sinal de colisão da rede ou pode não chegar 
sinal algum. Se não chegar sinal algum significa que não houve colisão e um novo quadro pode 
ser transmitido. 
 
Para que essa medida seja feita de forma adequada na certificação, o profissional deve configurar 
no equipamento certificador, antes dos testes, a velocidade de propagação nominal (NVP–
Nominal Velocity Propagation) do cabo, parâmetro esse que é fornecido pelo fabricante. O NVP é 
um valor numérico que representa uma porcentagem da velocidade do sinal no cabo em relação a 
velocidade da luz no vácuo (300.000.000 m/s). Tipicamente esse valor é igual a 69% da 
velocidade da luz, mas pode haver variação em função da técnica de fabricação adotada na 
produção dos cabos de pares trançados. 
 
O parâmetro atraso de propagação tem também outra aplicação: é através dessa medida que o 
certificador estabelece também qual é o comprimento de cada par de fios. 
  
 
 
9 – Atraso de Propagação Relativo (skew delay) 
 
É uma medida em ns (nanosegundos) da diferença no atraso de propagação do sinal entre cada 
um dos quatro pares de fios. Isso é importante principalmente nos enlaces 1000BaseT, onde um 
sinal é transmitido através do uso simultâneo dos quatro pares do cabo. O receptor só conseguirá 
reconstruir corretamente e interpretar o sinal original se os sinais em cada par chegarem 
praticamente ao mesmo tempo. Por esse motivo o atraso de propagação relativo deve se o menor 
possível. 
 
 
 
 
 
  
 
to t1 
 t2 
 t3 
 t4 
 t0 
 t1 
Skew delay = t4 - t1 
Delay 
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10 – Testes de diafonia ou interferência (crosstalk): 
 
Os sinais elétricos em cada par de fios sofrem interferências eletromagnéticas dos sinais que se 
propagam nos pares adjacentes. Essa interferência é conhecida como diafonia ou crosstalk. O 
efeito da diafonia é mais acentuado principalmente em altas frequências, o que torna esse 
problema crítico nas aplicações de alta taxa de transmissão digital. 
 
O trançamento dos pares de fios visa minimizar o efeito da diafonia através do cancelamento das 
ondas eletromagnéticas. Por esse motivo, durante as conectorizações,deve-se destrançar 
minimamente os pares de fios. 
 
Seis tipos de testes são realizados para avaliar o efeito da diafonia dos cabos de pares trançados: 
NEXT (near end crosstalk), PSNEXT (power sum NEXT), ELFEXT (equal level far end crosstalk), 
PSELFEXT. (power sum ELFEXT), relação atenuação-diafonia (ACR - Attenuation to crosstalk 
relation) e PSACR (power sum ACR). Os testes ACR e PSACR são normatizados pelo organismo 
ISO, mas não pela EIA/TIA. 
 
Em todos esses testes de diafonia o equipamento de certificação exibe uma saída gráfica com 
toda a faixa de frequência testada e registra o pior caso, para cada um dos pares e as respectivas 
frequências de ocorrência. 
 
10.1 – NEXT (near end crosstalk) e FEXT (far end crosstalk) 
 
Para medição desse parâmetro injeta-se um sinal em um par de fios e mede-se o ruído gerado em 
cada par vizinho, ao longo de toda a faixa de frequência do cabo. A medição do ruído feita na 
mesma extremidade do cabo que foi usada para injeção do sinal, é chamada de NEXT – near end 
crosstalk, ou seja, diafonia na ponta mais próxima, relativa ao sinal transmitido. A medição do 
ruído feita na extremidade do cabo oposta àquela usada para injeção do sinal é chamada de 
FEXT – far end crosstalk, ou seja, diafonia na ponta mais distante, relativa ao sinal transmitido. 
 
Os testes NEXT e FEXT avaliam a interferência de sinal entre pares de fios, o que é aplicável na 
sinalização das redes locais Ethernet e Fast Ethernet, que empregam apenas dois pares de fios 
do cabo UTP, sendo um par para transmissão e outro par para recepção. Isso nos dá seis 
combinações possíveis de interferências NEXT mais seis combinações possíveis para o FEXT: 
 
Par 1 interferindo no par 2 
Par 1 interferindo no par 3 
Par 1 interferindo no par 4 
Par 2 interferindo no par 3 
Par 2 interferindo no par 4 
Par 3 interferindo no par 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
NEXT 
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A medida do FEXT exige aparelhos de certificação mais sofisticados, pois a interferência medida 
na ponta mais distante em geral sofre os efeitos da atenuação e assume baixos valores. Quanto 
maior o comprimento do enlace que está sendo testado, menor será o valor FEXT medido. Esse 
efeito nos obriga a executar um outro teste conhecido como ELFEXT, explicado a seguir. 
 
A figura abaixo mostra a saída gráfica de um texte NEXT ao longo de toda a sua faixa de 
frequências, que nesse exemplo é 100MHz. 
 
 
 
FEXT 
 
FEXT 
Gráfico NEXT em um cabo categoria 5 (até 100MHz). 
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10.2 – ELFEXT (equal level far end crosstalk). 
 
Como alternativa para se obter medidas mais significativas de FEXT é preciso que se compense 
os efeitos da atenuação do ruído que estamos tentando medir na ponta mais distante do cabo. 
Essa atenuação é compensada pelo teste conhecido como ELFEXT - equal level far end crosstalk, 
ou diafonia na ponta distante com nível equalizado. O ELFEXT é um tipo de FEXT, não em 
relação ao sinal original transmitido, mas sim relativo ao sinal atenuado recebido na ponta remota. 
Essa técnica fornece o mesmo resultado independente do comprimento do enlace. 
 
 
 
 
10.3 – PSNEXT (power sum NEXT) e PSFEXT (power sum FEXT) 
 
Já é comum o uso de equipamentos que empregam sinalização baseada na transmissão de 
dados nos quatro pares de fios simultaneamente, como nas redes Gigabit Ethernet 1000BaseT e 
1000BaseTX. Essa situação exige, portanto, a realização dos testes power sum NEXT (PSNEXT) 
e power sum FEXT (PSFEXT), que avaliam a interferência simultânea de três pares de fios no 
quarto par, o que nos fornece quatro combinações de interferência para NEXT e quatro 
combinações para FEXT: 
 
Par 1, sofrendo interferência simultânea dos pares 2, 3 e 4 
Par 2, sofrendo interferência simultânea dos pares 1, 3 e 4 
Par 3, sofrendo interferência simultânea dos pares 1, 2 e 3 
Par 4, sofrendo interferência simultânea dos pares 1, 2 e 3 
 
 
 
PSNEXT 
ELFEXT medido 
na ponta distante, 
relativo ao sinal 
atenuado recebido 
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10.4 – PSELFEXT (power sum ELFEXT) 
 
Assim como no power sum NEXT e power sum FEXT, o teste PSELFEXT é o power sum para o 
ELFFEXT, ou seja, o ELFEXT passa a ser medido não apenas de um par para outro, mas em 
grupos de 3 pares interferindo em um quarto par, até completar todas as quatro combinações de 
interferência possíveis. 
 
10.5 – Relação atenuação-diafonia (ACR - Attenuation to crosstalk relation) (*) 
 
Esse parâmetro mostra uma relação entre atenuação e a diafonia (crosstalk). Dessa forma, 
conseguimos relacionar o nível do sinal recebido com o nível de ruído. Para cada combinação de 
pares é informado o nível de ACR ao longo da faixa de frequências adequada. O parâmetro ACR 
não é medido pelo equipamento certificador, mas é deduzido dos testes NEXT e atenuação, 
através da seguinte relação matemática: ACR = NEXT – ATENUAÇÃO. 
 
No gráfico abaixo podemos ver, ao longo da faixa de frequência que vai até 100MHz, três curvas: 
curva NEXT, curva de atenuação e a curva do ACR. Note que a curva ACR é obtida fazendo-se 
ponto-a-ponto a subtração do valor de NEXT do valor de atenuação. 
 
 
10.6 – PSACR (power sum ACR) (*) 
 
Power sum ACR também é outro parâmetro não medido, mas deduzido de outros testes. No caso 
do PSACR temos a relação atenuação-diafonia (ACR) produzida por cada grupo de 3 pares que 
afetam simultaneamente um quarto par. Existem, portanto, quatro combinações possíveis para 
avaliação desse parâmetro. 
 
10.7 – Alien crosstalk (diafonia externa) 
 
Esse parâmetro representa as interferências nos pares de um cabo geradas por pares de fios de 
outro cabo adjacente. Trata-se da medida de NEXT em pares de fios de cabos diferentes. Esse 
tipo de interferência nos faz concluir que é extremamente prejudicial para o cabeamento que o 
conjunto de cabos esteja estrangulado com abraçadeiras, ficando os cabos demasiadamente 
próximos uns dos outros. 
 
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Valores normatizados 
 
As normas de cabeamento são responsáveis por descrever cada um dos testes de certificação 
aqui apresentados e estabelecer os seus respectivos limites de aceitabilidade. Para os testes 
feitos ao longo de toda a faixa de frequências do cabo, existem valores limites para algumas 
amostras de frequência pré-definidas. As tabelas abaixo exemplificam os limites de alguns testes 
feitos em uma faixa de frequência que vai até 250MHz, que é a faixa para os cabos CAT 6, 
conforme estabelecido no documento EIA/TIA 568-B.2.1. 
 
Parâmetros mínimos para testes em link canal: 
 
 
Parâmetros mínimos para testes em link permanente: 
 
 
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5.2 – EIA/TIA 569-A – Commercial Building Standards For Telecommunications Pathways 
and Spaces 
 
Finalidade: 
- Padronizar as práticas de projeto e construção específicasque darão suporte aos meios de 
transmissão e aos equipamentos de telecomunicações. 
 
Escopo: 
- Limita-se aos aspectos de telecomunicações no projeto e construção de edifícios comerciais. 
- A norma não cobre os aspectos de segurança no projeto do edifício. 
 
Rotas de Cabeamento Horizontal: 
- Instalações para o roteamento do cabo desde a sala de telecomunicações até a área de 
trabalho. 
 
As rotas de cabeamento horizontal incluem: 
- Malha de Piso (duto sob o piso). 
- Piso Elevado (piso falso). 
- Tubo Conduíte. 
- Leito para cabos (bandejas ou eletrocalhas). 
- Rotas de teto falso / forro falso. 
- Rotas perimetrais. 
 
Malha de Piso (Duto sob o piso): 
- Consiste na distribuição de dutos embutidos no concreto. 
- De forma retangular, possui várias opções de tamanho, com ou sem inserções pré-
determinadas. 
 
Piso Elevado (piso falso): 
- Consiste em painéis modulares de piso apoiados por pedestais. 
 
Tipos: 
- Suspenso. 
- Posição livre. 
- "Cornerlock ". 
 
Tubo Conduíte: 
- Eletrodutos metálicos/condulete. 
- Eletrodutos metálicos flexíveis (tipo sealtube). 
- Eletrodutos de PVC rígido. 
 
Utilizar tubo conduíte (eletroduto) em rotas horizontais somente quando: 
- A localização do ponto é permanente. 
- A densidade do cabeamento é baixa. 
- Não se requer flexibilidade. 
 
Projeto com Tubo Conduíte: 
- Qualquer lançamento de conduíte não deve servir mais de três saídas. 
- Nenhum segmento deverá ser maior que 30 metros ou conter mais que dois ângulos de 90° sem 
uma caixa de passagem. 
 
Caixas de Passagem: 
- Usadas para localizar cabos. 
- Colocadas em uma seção acessível e reta de conduíte. 
- Não devem ser utilizadas para emendas de cabos ou em lugares onde existam ângulos. 
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Leito para cabo (eletrocalha): 
- Estruturas rígidas para a contenção de cabos para telecomunicações. 
- A altura mínima de acesso deve ser de 30cm (12") sobre a mesma. 
 
Rotas de Teto Falso - Projeto: 
- As placas do forro falso devem ser móveis e instaladas a uma altura máxima de 3,35 m (11 pés) 
acima do piso. 
- Áreas de teto falso inacessíveis não devem ser utilizadas como rotas de distribuição. 
 
Rotas de Teto Falso - Projeto: 
- Os elementos de suporte do teto falso não devem ser o meio de suporte dos cabos. 
- O cabo não deve cair diretamente sobre as placas do teto falso. 
 
Rotas Perimetrais - Tipos: 
- Duto (Canaleta) para superfície não metálico. 
- Duto tipo moldura. 
- Duto (Canaleta) multi-canal 
 
Rotas Perimetrais - Capacidade: 
- Oscila entre 30% e 60% da capacidade máxima dependendo do raio de curvatura do cabo. 
 
Rotas de Cabeamento Vertical: 
- Consistem em rotas dentro e entre edifícios. 
- Podem ser verticais ou horizontais. 
 
Rotas dentro do edifício: 
- Consistem em conduítes (dutos contínuos), dutos de interligação entre pavimentos e "shafts". 
- Conectam a entrada de serviços ou sala de equipamentos às salas de telecomunicações. 
- Não devem ser colocadas nas colunas dos elevadores. 
 
Rotas dentro do edifício - Projeto: 
- Deve-se dispor de um conduíte de 4" para cada 5.000 m2 de área útil mais dois conduítes 
adicionais para crescimento ou reserva. 
- Devem estar apropriadamente equipadas com bloqueios (fire stop) contra fogo. 
 
Rotas entre edifícios: 
- Interconexão de edifícios, como por exemplo em ambientes tipo campus. 
- Podem ser: Subterrâneas. 
Diretamente Enterradas. 
Aéreas. 
Túneis ou Galerias. 
 
Rotas entre edifícios - Projeto: 
- Devem ser resistentes à corrosão. 
- As rotas metálicas devem estar aterradas. 
- A separação das instalações elétricas deve seguir os códigos de segurança aplicáveis. 
 
Área de Trabalho: 
- Espaços em um edifício onde os ocupantes interagem com seus equipamentos de 
telecomunicações. 
- Saídas para telecomunicações. 
- Tipicamente uma caixa de parede de 2"x 4". 
- No mínimo uma caixa com 2 pontos por estação de trabalho. 
- Para propósitos de projeto, o espaço destinado por área de trabalho é de 10 metros quadrados. 
- Dimensões propostas para a instalação de saídas nos móveis modulares: 
- Comprimento: de 67,82 a 69,85 mm 
- Altura: de 34,17 a 35,68 mm 
- Profundidade: 22,35 mm 
 
 
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Sala de Telecomunicações: 
- Ponto de transição entre as rotas horizontal e vertical. 
- Deve estar o mais próxima possível do centro da área que está servindo. 
- As rotas horizontais devem terminar na sala de telecomunicações localizada no mesmo andar da 
área que está servindo. 
- O espaço deve ser dedicado EXCLUSIVAMENTE as funções de telecomunicações. 
- Os equipamentos não relacionados com telecomunicações não devem ser instalados dentro, 
passar através ou entrar na sala. 
- Deve haver no mínimo uma sala de telecomunicações por andar, é requerida uma adicional se 
as distâncias excedem os 90 metros. 
- Múltiplas salas de telecomunicações em um único andar devem ser interconectadas por um 
conduíte de no mínimo 3" ou equivalente. 
- Deve dispor de iluminação, energia elétrica e HVAC (Heating, Ventilation and Air Conditioning). 
 
Sala de Equipamentos: 
- Espaço centralizado para equipamentos de telecomunicações. 
- Evite lugares que possam limitar a expansão. 
- Deve ser projetada com uma área mínima de 14 metros quadrados. 
- Deve conectar-se a rota do cabeamento vertical. 
- Deve dispor de iluminação, energia elétrica e HVAC (Heating, Ventilation and Air Conditioning). 
 
Entrada de Serviço (Ponto de Demarcação): 
- Local ou espaço destinado a entrada de serviços de telecomunicações ao edifício. 
- Pode conter rotas de cabeamento vertical a outros edifícios em ambientes tipo campus. 
 
Métodos básicos para entrada de cabos ao edifício: 
- Dutos Subterrâneos. 
- Diretamente enterrado. 
- Tunéis ou galerias. 
- Aéreo. 
 
Dutos Subterrâneos: 
- Consistem em conduítes, dutos rígidos ou corrugados ou galerias subterrâneas. 
- Todos os conduítes devem ser de 4 polegadas. 
- A profundidade é determinada pelas normas locais. 
- É desejável que a inclinação de deságüe não seja menor que 10cm para cada 30m. 
 
Diretamente Enterrados: 
- Os cabos de serviço são enterrados sem proteção adicional. 
- Realizado por meio de escavadeiras, sondas de perfuração e abridores de valas. 
 
Aéreo: 
- Consiste em distribuição aérea por postes através de cabos de apoio. 
 
Outras considerações: 
Ponto de entrada: 
- Ponto de penetração do concreto na parede. 
- Deve ser utilizada somente uma rota de conduíte ou luva metálica de 4 polegadas. 
- O conduíte deve penetrar no mínimo 60cm (24") abaixo da superfície (concreto) 
- O conduíte deve ter uma inclinação para o exterior. 
 
Espaço para a entrada de serviços: 
- Provê espaço para a terminação do cabo de entrada e do cabeamento vertical. 
- Deve ser situado o mais perto possível do ponto de demarcação do edifício. 
Cabeamento Estruturado Autor: Rodrigo Moreno Marques 
Infra-Estrutura e Projeto de Redes 
 
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Ocupação dos dutos 
 
A tabela abaixo traz o número máximo de cabos a ser usado em projetos de cabeamento, em 
função do diâmetro dos cabos e dos dutos empregados. Essa ocupação irá deixar grande parte do 
duto disponível para remanejamento de cabos em expansões futuras. Notem as duas colunas que 
mais nos interessam, que são aquelas aplicáveis aos cabos de categoria 5, 5e e categoria 6. 
 
ELETRODUTO NUMERO MÁXIMO DE CABOS 
Diâmetrodo cabo (mm) 
Diâmetro 
interno (mm) 
Dimensão 
comercial 
(polegadas) 3,3 4,6 5,6 6,1 7,4 7,9 9,4 13,5 15,8 17,8 
15,8 1/2 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 
20,9 3/4 6 5 4 3 2 2 1 0 0 0 
26,6 1 8 8 7 6 3 3 2 1 0 0 
35,1 1 1/4 16 14 12 10 6 4 3 1 1 1 
40,9 1 1/2 20 18 16 15 7 6 4 2 1 1 
52,5 2 30 26 22 20 14 12 7 4 3 2 
62,7 2 1/2 45 40 36 30 17 14 12 6 3 3 
77,9 3 70 60 50 40 20 20 17 7 6 6 
90,1 3 1/2 - - - - - - 22 12 7 6 
102,3 4 - - - - - - 30 14 12 7 
 
Categoria 
5 ou 5e 
Categoria 
6 
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Infra-Estrutura e Projeto de Redes 
 
 2011 Rodrigo Moreno Marques - Reprodução permitida, desde que citada a fonte. 27 
5.3 – EIA/TIA 606-A – Administration Standard for the Telecommunications Infrastructure of 
Commercial Buildings 
 
Finalidade: 
- Fornece um padrão de administração uniforme. 
- Independente do tipo de aplicação. 
 
Áreas a serem administradas: 
- Terminações. 
- Meios (cabos de cobre e fibra ótica). 
- Rotas. 
- Espaços. 
- Aterramentos. 
 
Apresentação da informação: 
- Etiquetas. 
- Registros. 
- Relatórios. 
- Plantas. 
- Ordens de trabalho. 
 
A identificação deve ser realizada de alguma das seguintes formas: 
- Etiquetas individuais firmemente presas aos elementos. 
- Marcação direta no elemento. 
 
Registros: 
- Série de informações relacionadas a um elemento específico. 
- Inclui identificadores e conexões. 
 
Identificadores: 
- Vinculado a um elemento para referenciá-lo a seu registro correspondente. 
- Exemplos: 
- Cxxx (Cabo). 
- TCxxx (Sala de telecomunicações). 
- WAxxx (Área de trabalho). 
- Cdxxx (Conduíte). 
- Pode ser codificado ou não codificado: 
- J0001. 
- J3A-C17-05. 
 
Enlaces: 
- Conexões lógicas entre os identificadores e os registros. 
- Pontos onde a informação está localizada. 
- Referência cruzada para outra informação relacionada. 
 
Informação requerida: 
- Identificador de cabo: C000 
- Tipo de cabo: 4-pr UTP, Cat3 
- Enlaces requeridos: 
- Registro de Terminação: J3A-C17-0005 
- Registro da rota: CD34 
- Informação opcional: 
- Comprimento do cabo: 50 metros. 
- Outros enlaces: 
- Registros de equipamento: PC1583 
 
Cabeamento Estruturado Autor: Rodrigo Moreno Marques 
Infra-Estrutura e Projeto de Redes 
 
 2011 Rodrigo Moreno Marques - Reprodução permitida, desde que citada a fonte. 28 
Relatórios: 
- Apresentam informação selecionada de vários registros. 
- Podem ser gerados a partir um conjunto de registros ou de vários registros 
relacionados. 
 
Relatório conceitual: 
- Cabo ID: C0001 
- Rota: CD34 
- Posição de terminação 1:J0001 
- Posição de terminação 2:3A-C17-001 
- Espaço 1:D306 
- Espaço 2:3A 
- Tipo de cabo: Cat3 UTP 
- Comprimento do cabo: 50 metros. 
 
Plantas: 
- Utilizadas para ilustrar etapas diferentes de planejamento e instalação: 
- Conceitual. 
- Instalação. 
- Registro. 
 
Ordens de trabalho: 
- Documentam as operações necessárias para implementar as mudanças. 
- Devem listar tanto o pessoal responsável pelas operações físicas, como aqueles 
responsáveis por atualizar a documentação. 
 
Identificação de espaços: 
- Todos os espaços devem ser rotulados. 
- Recomenda-se que as etiquetas sejam fixadas na entrada de cada espaço. 
 
Relatórios de Rotas: 
- Recomenda-se listar todas as rotas; seus tipos, capacidade de preenchimento, 
carga e conteúdo. 
 
Relatórios de Espaço: 
- Recomenda-se listar todos os espaços, seus tipos e localização. 
 
Plantas: 
- Mostram a localização e tamanho das rotas e espaços. 
- Deve constar a identificação de cada rota e espaço representado. 
 
Rotulação do cabo: 
- Os cabos verticais e horizontais devem ser etiquetados em cada extremo. 
- A identificação em localizações intermediárias pode ser considerada. 
- Recomendam-se etiquetas adesivas ao invés da marcação diretamente no cabo. 
 
Etiquetas de Terminação: 
- Acessórios de terminação (por exemplo: patch panels) devem seretiquetados com 
um único tipo de identificador. 
- Cada posição de terminação deve também ser identificada com um único tipo 
de identificador. 
 
Relatórios de cabos: 
- Recomenda-se listar todos os cabos, seus tipos e posições de terminação. 
Cabeamento Estruturado Autor: Rodrigo Moreno Marques 
Infra-Estrutura e Projeto de Redes 
 
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Relatório de "cross-connect": 
- Recomenda-se listar cada espaço e os "cross-connects" que contém. 
 
Plantas: 
- Indica a rota de todos os cabos. 
- A planta deve mostrar as localizações de todas as tomadas para telecomunicações. 
- Indica a localização de todos os pontos de transição. 
 
Há três tipos básicos de etiquetas: 
- Adesivas. 
- De Inserção. 
- Outras. 
 
Etiquetas adesivas: 
- Disponíveis pré-impressas, para impressoras matriciais, jato de tinta ou laser. 
- Devem ser escolhidos materiais projetados para o ambiente específico. 
- Utilizar etiquetas auto-lamináveis para envolver ao redor do cabo. 
 
Etiquetas de Inserção: 
- Devem estar presas firmemente sob condições normais de operação. 
 
Outras etiquetas: 
- Etiquetas de amarração. 
- Código de barras. 
 
Memorial Técnico 
O conteúdo do memorial técnico deverá contemplar: 
- Dados do integrador e dados gerais do projeto. 
- Índice do conteúdo. 
- Breve descrição de um sistema de cabeamento estruturado, com descrição de subsistemas e 
resumo descritivo geral, Normas de Projeto como: 568B (Cabeamento em edifícios 
Comerciais)/TSB67 (Provas de Cabeamento)/606 (Identificação). 
- Justificação e dados gerais completos do Projeto (incluindo número total e tipo de saídas de 
voz/dados em pares metálicos ou fibras óticas); Enlaces, no caso dos meios físicos, especificar o 
tipo de cabo e marca. 
- Descrição do Projeto. 
- Diagrama de blocos do Projeto. 
- Diagrama Esquemático de Conexões. 
- Diagrama Esquemático de Enlaces (Trajetos, Canalizações e Cabeamentos, Backbone, Verticais 
e Horizontais). 
- Diagrama de Distribuição na sala de telecomunicações principal e secundárias (ou fotografias 
finais de Racks/Gabinetes/Distribuidores). Caso seja um "re-cabeamento" ou reorganização, 
sugerimos fotos de "Antes" e "Depois". 
- Planos de Distribuição em planta, devidamente identificados (Power Point, AutoCAD, etc). 
- Tabela de Administração de Nós (Voz/Dados) correspondente segundo as plantas. 
- Provas de Cabeamento com Scanner para Cabeamento em pares metálicos e Tabela 
correspondente a provas de atenuação com Fibra Ótica. 
- Relação Final de Materiais com o código de produto correspondente Panduit. 
- Anexos: Informação / Folha Técnica de Produtos, Fotografias com detalhes de Instalações, 
Melhorias de Projeto, Anotações ou Observações especiais relacionadas a instalação. 
Cabeamento Estruturado Autor: Rodrigo Moreno Marques 
Infra-Estrutura e Projeto de Redes 
 
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UNIDADE VI - NORMA TÉCNICA ABNT NBR 14565 
 
ABNT NBR 14565 - Procedimento Básico para Elaboração de Projetos de Cabeamento de 
Telecomunicações para Rede Interna Estruturada 
 
Essa norma tem como objetivo estabelecer os critérios mínimos para elaboração de projetos de 
rede interna estruturada de telecomunicações, em edificações de uso comercial, independente do 
seu porte. Esta norma se aplica a implantação de uma rede interna estruturada em edifícios ou 
conjunto de edifícios situados dentro de um mesmo terreno. 
 
A norma apresentada nessa seção é a versão publicada em 2001, substituída posteriormente pela 
versão de 2007. Apesar de desatualizado, o documento da ABNT do ano 2001 aqui apresentado 
tem dois principais méritos:o esquema de identificação proposto é extremamente simples e bem 
elaborado e, além disso, a norma brasileira traz um conjunto de plantas que ilustram um projeto 
completo em cabeamento estruturado. 
 
6.1 – Definições 
 
Segundo a NBR 14565, um sistema de Cabeamento Estruturado é composto por sete elementos 
principais, ilustrados na figura abaixo. 
1. Área de trabalho (ATR) 
2. Rede secundária 
3. Armário de telecomunicações (AT) 
4. Rede primária 
5. Sala de equipamentos (SEQ) 
6. Sala de entrada de telecomunicações (SET) 
7. Cabo de interligação externa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura: Principais elementos de um sistema de Cabeamento Estruturado 
4º 
3º 
AT 
2º 
AT 
AT 
AT 
PT 
PT 
PT 
AT 
PCC 
PT 
PT 
PT 
1 
 
 AT 
AT 
AT 4 
3 2
1 
1º 
TÉRREO 
SEQ 
AT 
AT 
SEQ 
1º 
2º 
3º 
4º 
TÉRREO 
3 
4 
5 
7 5 6 
 
SET 
 4 
2 ATR 
ATR 
Cabeamento Estruturado Autor: Rodrigo Moreno Marques 
Infra-Estrutura e Projeto de Redes 
 
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Área de trabalho (ATR): É uma área dentro de uma edificação que possui pontos de 
telecomunicações e energia elétrica onde estão conectados os equipamentos dos usuários. Os 
componentes de cabeamento entre a tomada de telecomunicações e a estação de trabalho 
devem ser simples, baratos e permitam flexibilidade de deslocamento, sem comprometer a 
conexão física. 
 
Rede secundária (Cabeamento Horizontal segundo a norma EIA/TIA 568): Compreende os 
meios de transmissão (cabos, tomadas, etc.) que vão desde a tomada de telecomunicações na 
área de trabalho até o dispositivo de conexão instalado no armário de telecomunicações do andar. 
 
Armário de telecomunicações (AT): É o espaço destinado a transição entre a rede primária e a 
secundária, dotados de blocos de conexão ou patch panels, podendo abrigar equipamento ativos. 
 
Rede primária (Backbone segundo a norma EIA/TIA 568): Consiste nos meios de transmissão 
utilizados para interligar os armários de telecomunicações à sala de equipamentos ou sala de 
entrada de telecomunicações. Um cabo da rede primária pode ser classificado como cabo 
primário de primeiro nível ou de segundo nível. 
 
Sala de equipamentos (SEQ): É o local onde se abrigam os equipamentos de telecomunicações. 
 
Sala de entrada de telecomunicações (SET): É o espaço no edifício destinado à receber o cabo 
de entrada de concessionárias e onde são ligadas as redes primárias intra e inter edifícios, 
podendo também acomodar equipamentos ativos de telecomunicações. Admite-se a localização 
da SEQ no mesmo ambiente ocupado pela SET. 
 
Cabo de interligação externa: Cabo que interliga o distribuidor geral de telecomunicações (DGT) 
aos distribuidores intermediários (DI) em outros edificações que fazem parte da mesma rede. 
 
Além destes sete elementos principais, a norma da ABNT define também outros termos: 
 
Ponto de telecomunicações (PT): Dispositivo onde estão terminadas as facilidades de 
telecomunicações que atendem a uma área de trabalho. 
 
Ponto de consolidação de cabos (PCC): Local no cabeamento secundário, sem conexão 
cruzada, onde poderá ocorrer mudança da capacidade do cabo (número de pares), visando 
flexibilidade. 
 
Ponto de transição de cabos (PTC): Local no cabeamento secundário, onde há uma mudança 
no tipo de cabo (um cabo redondo é conectado a um cabo chato, para facilitar a instalação). 
 
Distribuidor geral de telecomunicações (DGT) - Distribuidor onde são terminados os cabos da 
rede primária (backbone) de primeiro nível. Localiza-se na sala de equipamentos (SEQ) ou sala 
de entrada de telecomunicações (SET). 
 
Distribuidor secundário (DS): Distribuidor que interliga os cabos primários aos secundários. 
 
Distribuidor intermediário (DI): Distribuidor que pode ser instalado entre o DGT e os DS 
 
Ponto de terminação de rede (PTR) - É o ponto de conexão física da rede de uma operadora 
(concessionária), localizado na propriedade imóvel do usuário, que permite o acesso individual a 
serviços de telecomunicações. 
 
Cabo primário de primeiro nível: Cabo que interliga o DGT aos DS ou DI. 
 
Cabo primário de segundo nível: Cabo que interliga o DI ao DS. 
Cabeamento Estruturado Autor: Rodrigo Moreno Marques 
Infra-Estrutura e Projeto de Redes 
 
 2011 Rodrigo Moreno Marques - Reprodução permitida, desde que citada a fonte. 32 
 
6.2 – Identificação 
 
Conforme definido na norma da ABNT, a identificação de cabos, pontos de telecomunicações e 
blocos é feita de acordo com a tabela abaixo. Na tabela, o caractere W deverá ser substituído pela 
classificação do cabo: primário (P), secundário (S) ou interligação (I). O caractere Y deverá ser 
substituído pelo tipo de construção do cabo: UTP (U), STP (S) ou fibra ótica (Fo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela: Simbologia de Cabeamento Estruturado
Cabeamento Estruturado Autor: Rodrigo Moreno Marques 
Infra-Estrutura e Projeto de Redes 
 
 2011 Rodrigo Moreno Marques - Reprodução permitida, desde que citada a fonte. 33 
 
Tabela (continuação): Simbologia de Cabeamento Estruturado 
 
 
 
Cabeamento Estruturado Autor: Rodrigo Moreno Marques 
Infra-Estrutura e Projeto de Redes 
 
 2011 Rodrigo Moreno Marques - Reprodução permitida, desde que citada a fonte. 34 
 
6.3 – Materiais empregados 
 
Seguem a seguir algumas especificações complementares dos materiais a serem adotados, 
conforme norma NBR 14565. 
 
Cordões de Conexão 
 
Os cordões de conexão devem ser flexíveis e os comprimentos admitidos para os mesmos devem 
seguir os critérios já apresentados. 
 
Tomadas de telecomunicações e conectores 
 
As tomadas RJ-45 devem ser instaladas em local protegido e podem, opcionalmente, ter uma 
janela deslizante para proteção dos contados. A conectorização dos fios condutores nas tomadas 
deve seguir a identificação de cada fabricante. Nos conectores RJ-45 (conectores modulares de 
oito vias – CM8V), os fios podem ser distribuídos de duas formas: padrão de conectorização 
T568A ou T568B. 
 
Dispositivos de conexão 
 
Encontra-se no mercado dispositivos de conexão (patch panels e blocos de conexão) com 
diferentes capacidades de portas ou pares. O emprego de cada um deles depende da sua 
aplicação específica. Os dispositivos de conexão são utilizados para estabelecer a conexão entre 
os seguintes elementos de rede: 
 entre uma rede primária e uma rede secundária 
 entre uma rede primária e uma rede de interligação de outra edificação 
 entre um equipamento ativo e uma rede primária 
 entre um equipamento ativo e uma rede secundária 
 entre uma tomada de telecomunicação e uma rede secundária 
 conectar um PTC ou PCC 
 entre o PTR e a rede primária 
 
Cabos 
 
A opção pelo uso de cabos metálicos ou óticos é feita em função de: topologia, interferências ou 
desempenho dos pontos a que se pretende comunicar. Apesar dos cabos óticos proporcionarem 
um desempenho bem superior aos cabos metálicos, o custo desta solução e dos equipamentos 
envolvidos é bem maior. 
 
A tabela abaixo especifica os comprimentos máximos de links. Em relação aos comprimentos 
admitidos para os cordões de conexão, valem as regras citadas na seção Projeto da Rede 
Secundária apresentada adiante. 
Cabeamento Estruturado Autor: Rodrigo Moreno Marques 
Infra-Estrutura e Projeto de Redes 
 
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COMPRIMENTO MÁXIMO (metros) 
 
 
MEIO 
 
CATEGORIA 
 
FREQUÊNCIA 
MHz 
 
REDE PRIMÁRIA 
 
 
REDE SECUNDÁRIA 
STP 300 
UTP 3 16 800 (depende da aplicação) 90 
UTP 4 20 90 90 
UTP 5 100 90 90 
FIBRA MM 62,5/125 m - 2000 90 
FIBRA SM 8,5/125 m - 3000 90 
 
Tabela: Comprimentos máximos admitidos para cabos de rede interna estruturada 
 
6.4 – Projeto de cabeamento estruturado 
 
Generalidades 
 
Um projeto de cabeamento estruturado é elaborado mediante a seguinte seqüência básica: 
 Projeto da cabeamento interno secundário; 
 Projeto da cabeamento interno primário; 
 Projeto da cabeamento de interligação; 
 Detalhes construtivos; 
 Simbologia e notas. 
 
Devem fazer parte deste projeto desenhos específicos, contendo: 
 Planta e corte esquemático das tubulações de entrada, primárias, secundárias e cabos 
primários e secundários; 
 Identificação dos cabos primários e secundários conforme simbologia e identificação; 
 Indicação do comprimento dos lances de cabos primários, no corte esquemático; 
 Os tipos de dispositivos de conexão utilizados; 
 Localização das caixas intermediárias; 
 Detalhes dos armários de telecomunicações, da sala de equipamentos, ponto de terminação 
de rede e do ponto de telecomunicação e outros elementos que devem ser especificados no 
projeto de caminhos e espaços de telecomunicações. 
 
Além destes, podemos destacar também os seguintes conteúdos necessários nos projetos: 
 Localização da SEQ, DGT e dos AT 
 Planta contendo todos os pavimentos, indicando a distribuição dos pontos de 
telecomunicações 
 Determinação dos caminhos a serem seguidos pelos cabos da rede secundária 
 Definição da prumada da rede primária 
 Planta de situação ou implantação 
Cabeamento Estruturado Autor: Rodrigo Moreno Marques 
Infra-Estrutura e Projeto de Redes 
 
 2011 Rodrigo Moreno Marques - Reprodução permitida, desde que citada a fonte. 36 
O projeto deverá conter informações claras com os seguintes objetivos: 
 Auxiliar a interpretação do projeto durante a sua execução e análise posterior 
 Identificar com clareza e exatidão cada um dos componentes de rede 
 Permitir facilidade de gerenciamento futuro 
 
Na norma NBR 14565, é admitida a possibilidade de adoção do conceito de cabeamento 
distribuído ou centralizado. 
 
Na topologia de cabeamento distribuído, a rede secundária (horizontal) se concentra nos armários 
de telecomunicações (em cada andar ou departamento) dotados de equipamentos ativos (hubs ou 
switches). Cada equipamento destes racks, por sua vez, é conectado a outro(s) equipamento(s) 
na sala de equipamentos ou CPD. 
Figura: Cabeamento distribuído 
 
O conceito de cabeamento centralizado refere-se a concentração dos equipamentos ativos da 
rede do prédio ou conjunto de prédios anexos em uma única sala de equipamentos, sendo este o 
ponto de origem de todos os cabos que terão como destino os pontos de telecomunicações, sem 
passar por equipamentos ativos intermediários. 
 
Figura: Cabeamento centralizado 
Estações de Trabalho
... ...... ...
Estações de Trabalho
... ...... ...
Estações de Trabalho
... ...... ...
Servidores de Aplicações
CPD - Centro de Processamento de Dados
Departamento A
Departamento C
Departamento B
Backbone
 A
B
ac
kb
on
e 
C
Backbone B
Ilustração do autor, 
não consta na norma 
NBR 14565 
Estações de TrabalhoEstações de Trabalho
... ...... ...
Estações de Trabalho
... ...... ...
Servidores de Aplicações
CPD - Centro de Processamento de Dados
Departamento A
Departamento C
Departamento B
Backbone
 A
B
ac
kb
on
e 
C
Backbone B
...... ......
Ilustração do autor, 
não consta na norma 
NBR 14565 
Cabeamento Estruturado Autor: Rodrigo Moreno Marques 
Infra-Estrutura e Projeto de Redes 
 
 2011 Rodrigo Moreno Marques - Reprodução permitida, desde que citada a fonte. 37 
A tabela abaixo apresenta de maneira simplificada uma comparação entre a topologia centralizada 
e a distribuída. 
 
Topologia Centralizada Topologia Distribuída 
Maior custo de cabos e infra-estrutura Menor custo de cabos e infra-estrutura 
A interrupção de um cabo afeta apenas um micro A interrupção de um backbone afeta vários micros 
Menor risco de congestionamentos nos cabos Maior risco de congestionamento dos backbones 
Menor "diâmetro máximo da rede" Maior "diâmetro máximo da rede" 
Ocupação de portas de switch otimizada, mais 
econômica 
Ocupação de portas com sobras nos departamentos, 
menos econômica 
 
 
Projeto de rede secundária 
 
Conforme ilustra o diagrama abaixo, os principais elementos que constituem o projeto da rede 
secundária são: 
 Blocos de conexão 
 Painéis de conexão 
 Cabos 
 Tomadas de telecomunicações 
 Cordões de conexão 
 LEGENDA 
L1 Cordão de Conexão 
L2 Cordão de Conexão (Identificado) ou fio jumper 
L3 Cordão de Conexão de equipamento (Identificado) ou fio jumper 
X Conexão Entre Redes com Jumper ou Cordão de Conexão 
 Terminação Mecânica (Blocos / Painéis de Conexão) 
 Ponto / Tomada de Telecomunicações 
 P Ponto de Consolidação de Cabos (opcional) 
 Cabo UTP ou STP de 4 pares 
 
X 
L2 
L3 
L1 
Área de Trabalho 
Cabeamento secundário 
Armário de 
Telecomunicações 
Cabeamento Estruturado Autor: Rodrigo Moreno Marques 
Infra-Estrutura e Projeto de Redes 
 
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As principais especificações para projeto de redes secundárias são: 
 
 A rede secundária deve ter topologia em estrela, cujo centro fica localizado no armário de 
telecomunicações do andar. 
 A rede secundária pode ter no máximo um ponto de consolidação de cabo localizado entre o 
armário de telecomunicações e o ponto de telecomunicações, desde que esteja a mais de 15 
m de distância do AT. 
 Não é admitida nenhuma emenda no cabo. 
 Para cada área de trabalho de 10m2, devem ser previstos no mínimo 02 (dois) pontos de 
telecomunicações, configurados da seguinte forma: 
- O primeiro cabo deverá ser UTP 4 pares, categoria 3 ou superior. 
 - O segundo cabo deverá ser suportado por no mínimo um dos seguintes meios: cabo UTP 4 
pares (cat. 3 ou superior), cabo blindado ou cabo de fibra ótica multimodo 
 O comprimento máximo admitido para cada enlace de cabeamento metálico na rede 
secundária é 100m, assim distribuídos: 
- O comprimento máximo do cabo, contando desde o dispositivo de terminação do 
cabeamento secundário, instalado no armário de telecomunicações até o ponto de 
telecomunicações instalado na área de trabalho, deve ser 90m. 
- 7,0m são utilizados no armário de telecomunicações do andar como cordão de conexão 
entre blocos da rede secundária com a primária, e entre esta com os equipamentos ativos. 
- 3,0m são reservados para conectar o equipamento usuário ao ponto de telecomunicações 
instalado na área de trabalho. 
- Admite-se a alteração dos dois últimos comprimentos, desde que se mantenham os 
parâmetros de testes aceitáveis. 
 
 
 
Figura: Distâncias admitidas para rede secundária 
 
 As etiquetas identificadoras para tomadas de telecomunicações instaladas deverão adotar o 
padrão de nomenclatura definido para ponto de telecomunicações. Em projeto adota-se o 
mesmo padrão. 
 
 Os cabos secundários instalados deverão trazer nas duas extremidades etiquetas conforme o 
padrão de nomenclatura definido para identificação nas pontas de cada cabo. Em projeto

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