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Cuidados com o corpo pos morte

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - ICS 
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM 
SÃO JOSE DOS CAMPOS 
2018 
 
 
 
Ana Cristina da Silva 
Deisy Carvalho da Silva 
Divina Angélica Tavares Garofalo 
Elisa Sena Santana 
Francine Cristina de Lima Rosa 
Gabriel da Silva Fernandes 
Giovanna Gracita Martins Faria 
Júlia Senador Diniz Dias 
Maria Eduarda Magalhaes de Abreu 
Talita Tomé Fernandes 
Quezia Gislene de Oliveira Paula 
 
 
 
Pós Morte: Cuidados com o Corpo 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - ICS 
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM 
SÃO JOSE DOS CAMPOS 
2018 
 
 
 
Ana Cristina da Silva N136AG6 
Deisy Carvalho da Silva D36DDI1 
Divina Angélica Tavares Garofalo D258CG6 
Elisa Sena Santana D209426 
Francine Cristina de Lima Rosa B498AF 
Gabriel da Silva Fernandes D07IJA3 
Giovanna Gracita Martins Faria D38ICF2 
Júlia Senador Diniz Dias N221178 
Maria Eduarda Magalhaes de Abreu D44IBD1 
Talita Tomé Fernandes D333674 
Quezia Gislene de Oliveira Paula D4293D4 
 
 
 
Pós Morte: Cuidados com o Corpo 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
O presente trabalho tem por objetivo inserir o leitor nas práticas padrão de cuidados 
com o corpo do paciente após constatação de óbito emitida pelo médico. Enquadrado 
no universo do pós-morte, está o conhecimento a respeito das etapas de luto (as quais 
serão descritas no trabalho) para se lidar com a família, assim como o respeito com 
os mesmos e com o corpo durante os procedimentos padrão de limpeza, identificação 
e posicionamento do corpo em posição anatômica antes da rigidez cadavérica, entre 
muitas outras ações expostas a seguir 
Palavras - chave: Cuidados; Enfermagem; Pós-Morte.
 
 
 
ABSTRACT 
The present task has for its objective to insert the reader into the standard practices 
of care with the pacient's body after the doctor's emited documment of awareness of 
death. Framed into post death universe is the knowledge about the phases in mourning 
(which will be described on this task) to deal with the family, as the respect with them 
and with the body during the standard procedures of cleaning, identifying and position 
of the body in anatomic position before cadaverous stiffness , in between many others 
actions exposed hereafter. 
Key-words: Care; Nursing; Post- Death 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1- INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 6 
2- FINALIDADE ........................................................................................................... 7 
3- DESENVOLVIMENTO ............................................................................................ 8 
3.1 CONCEITO DE MORTE: ................................................................................... 8 
3.1.1 Serviço de verificação de óbito SVO............................................................ 9 
3.1.2 Sinais de presunção de morte ..................................................................... 9 
3.1.3 Sinais de certeza de morte: ......................................................................... 9 
3.2 INDICAÇÕES DE TAMPONAMENTO: ............................................................ 10 
3.3 CONTRAINDICAÇÕES DE TAMPONAMENTO .............................................. 10 
3.3.1 Morte causa desconhecida: ....................................................................... 10 
3.3.2 Morte por causa agressiva/violenta: .......................................................... 10 
3.3.3 Condições especiais: ................................................................................. 10 
3.4 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS PARA CUIDADOS PÓS MORTE ................ 11 
3.5 DESCRIÇÃO DA TECNICA ............................................................................. 12 
3.6 INTERVÊNÇÕES DE ENFERMAGEM ............................................................ 14 
3.7 CUIDADOS ESPECIAIS E PLANO DE CONTINGENCIA ............................... 15 
3.8 CODIGO DE ETICA ......................................................................................... 15 
3.8.1 Competências da Comissão de Ética de Enfermagem: ............................. 16 
4- CONCLUSÃO ....................................................................................................... 17 
5- REFERENCIAS ..................................................................................................... 18 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
1- INTRODUÇÃO 
À morte é um processo delicado para todos. Após o óbito, a equipe de 
enfermagem deve preparar o corpo antes de ser levado ao IML, cabe a equipe de 
enfermagem, por exemplo: retirar os pertences do paciente, amarra-lo nos pés e nas 
mãos, deve-se tirar sondas, cateteres e drenos. 
Devemos sempre lembrar que é muito importante tratar este momento com 
ética e respeito independente de como o profissional de enfermagem encara a morte, 
pois é uma situação muito marcante para todos os envolvidos. 
Neste trabalho vamos falar sobre o que significa a morte e o processo de morte, 
e como ajudar os familiares a aceitarem a situação. Vamos falar sobre a preparação 
do corpo e os materiais necessários, e explicaremos sobre o respeito e a ética que 
são necessários para com o corpo durante todo o processo de preparo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
2- FINALIDADE 
 Remover os dispositivos; 
 Evitar a saída de odores e secreções 
 Limpar, tamponar e identificar o corpo; 
 Colocar o corpo em posição anatômica antes do sepultamento e enrijecimento 
cadavérico; 
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UERJ. Procedimento operacional 
padrão de enfermagem: cuidado do corpo pós-morte, 2014. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
3- DESENVOLVIMENTO 
3.1 CONCEITO DE MORTE: 
 
Historicamente o conceito de morte pode ser definido de diversas formas, 
sendo elas culturais, sociais ou meramente biológicas. Quando no século XIX os 
avanços na medicina trouxeram um prolongamento da vida, trouxeram também no 
aspecto social uma negação de tal processo, evitando assim falar ou refletir sobre o 
assunto. [PAPALIA, E.D; OLDS, S.W.; FELDMAN, R.D. Desenvolvimento Humano. 10 
e.d. Porto Alegre: Artmed, 2009. (Capítulo 19)] 
Em pacientes cuja morte não é algo espontâneo como em um acidente ou um 
ato de violência, ocorrem 5 estágios, porém não são a única forma de manifestação, 
eles podem ocorrer de forma variada, portanto cada paciente vive uma experiência 
individual e única. 
 O primeiro estágio é demonstrado em forma de negação e ocorre logo após o 
impacto da notícia a respeito da morte, nesse momento ocorre uma recusa a 
confrontar a situação caracterizada por um mecanismo de defesa. 
 Em conseguinte o paciente apresentará raiva ou então revolta com o intuito de 
aliviar o sofrimento esse será então o segundo estágio. 
 Então segue para a barganha que se caracteriza por uma tentativa de negociar 
tal situação vivida no momento, geralmente nesse estágio ocorre a 
demonstração de fé visto que essa negociação é feita com Deus. 
 Segue-se então para o quarto estágio, a depressão, estágio esse onde a 
aceitação já está próxima, o silêncio antecede questionamentos sobre a vida. 
 No último estágio chegamos a etapa de aceitação onde as pessoas se 
encontram mais calmas referente ao morrer. [BASSO, Lissia Ana; WAINER, 
Ricardo. Luto e perdas repentinas: contribuições da Terapia Cognitivo-Comportamental. Rev. bras.ter. cogn., Rio de Janeiro , v. 7, n. 1, p. 35-43, jun. 
2011 . Disponível em . acessos em 25 maio 2017] 
No âmbito biológico foi considerada por muito tempo como morte, a ausência 
de batimentos cardíacos, por décadas o diagnóstico de morte foi caracterizado pela 
cessação da função cardiorrespiratória até que na década de 50 surgem os primeiros 
aparelhos capazes de realizar funções orgânicas, dá-se espaço então para 
9 
 
 
ventiladores e hemodialisadores tornando errônea a definição de morte até então 
utilizada visto que a morte do miocárdio deixou de ser irreversível, em 1967 ocorre o 
primeiro transplante cardíaco, realizado na África do Sul, por Christiaan Barnard, 
ocorre então uma mudança no conceito de morte, que passa a ser agora caracterizada 
pela cessação das funções do encéfalo, em 1994 Portugal faz tal adaptação através 
da declaração da Ordem dos Médicos Art. 12º da Lei nº12/93 de 22 de Abril.[Critérios 
de morte cerebral. Diário da Republica – I serie – B, nº235 – 11 -10 – 1994] 
No Brasil o critério para diagnostico de morte encefálica é regido pela Resolução CFM 
N° 2.173, DE 23 DE NOVEMBRO DE 2017. 
“CONSIDERANDO que a perda completa e irreversível das funções encefálicas, 
definida pela cessação das atividades corticais e de tronco encefálico, caracteriza a 
morte encefálica e, portanto, a morte da pessoa”. 
Ainda assim, a natureza jurídica determina a morte de três formas: 
1. Morte Natural: tendo sido sua causa uma doença ou estado mórbido. 
2. Morte Violenta ou por causa externa: tem sua causa por fator externo e 
violento (homicídio, suicídio, acidente) independentemente do tempo entre a 
causa e o óbito. 
3. Morte. Suspeita: Aquela que não fica claramente especificada entre natural ou 
violenta. 
3.1.1 Serviço de verificação de óbito SVO 
Para tal diagnóstico existem diversos testes desde o da presunção de morte, 
até a certeza da morte do paciente, tais diagnósticos devem ser feitos pelo médico, 
tratando-se da delicadeza do assunto, todos aqueles que irão lidar com essa situação 
devem estar bem preparados. 
3.1.2 Sinais de presunção de morte 
São os sinais que antecedem os sinais de certeza de morte, caracterizados 
pela inconsciência, insensibilidade, imobilidade e atonia muscular (faces hipocrática), 
cessação da respiração e da circulação. 
3.1.3 Sinais de certeza de morte: 
-Evaporação tegumentar (desidratação), onde ocorre o decréscimo do peso, 
dessecamento da mucosa dos lábios e os fenômenos oculares 
10 
 
 
-Resfriamento cadavérico (algor mortis) o resfriamento é lento até 3 horas depois 
da morte e rápido nas 6h seguintes e em seguida lento novamente (formula de rentoul 
e Smith, diz que o corpo resfria 1,5º/h) 
-Manchas de hipóstase (livor mortis) tem início dez minutos após a morte, se 
tornando visíveis de 2 a 3h após na morte e se fixando entre 8 a 12h após o óbito. 
(importante para mortes suspeitas) 
-Rigidez cadavérica cessação de ATP, formação de actomiosina-contração muscular 
tem evolução crânio caudal e desaparece na putrefação devido a acidificação 
SCIELO. Anencefalia e Morte Cerebral Neurológica, 2005. 
FEHOESP - FEDERAÇÃO DOS HOSPITAIS, CLÍNICAS E LABORATÓRIOS DO ESTADO 
DE SÃO PAULO. Novos Critérios Para Diagnóstico De Morte Encefálica, 2017. 
3.2 INDICAÇÕES DE TAMPONAMENTO: 
Após a constatação verbal e por escrito do óbito pelo médico, iniciar os procedimentos 
de cuidados do corpo. 
3.3 CONTRAINDICAÇÕES DE TAMPONAMENTO 
3.3.1 Morte causa desconhecida: 
 Enfermeiro deve comunicar o óbito para Serviço de Verificação de Óbito (SVO) 
para necropsia; 
 Não se deve tamponar; 
3.3.2 Morte por causa agressiva/violenta: 
 Enfermeiro deve comunicar o óbito para Instituto Médico Legal (IML) necropsia; 
 Enfermeiro orienta os familiares para realizar um Boletim de Ocorrência 
(Cadavérico) próximo ao local de residência ou do fato de ocorrência; 
 Não se deve tamponar. 
3.3.3 Condições especiais: 
Feto morto: Conforme recomendações da OMS é a assistência de 
enfermagem prestada à paciente com perda espontânea ou induzida dos produtos da 
concepção antes que o feto seja viável, isto é, antes de completar a idade gestacional 
igual a 22 semanas, ou feto com peso inferior a 500g. 
11 
 
 
Caso seja solicitado pela cliente e sua família, solicitar junto ao serviço social 
providências quanto a assuntos relacionados a serviços religiosos e/ou funeral do feto 
morto. 
Tendo em vista que cada instituição segue seu próprio protocolo assistencial 
que sumariamente compreendem: identificar e estruturar a dúvida sobre o cuidado; 
buscar respostas nas fontes de informação; identificar e sintetizar a melhor evidência 
disponível; construir Protocolo Assistencial; implementar a evidência e avaliar os 
resultados. Melhorando assim a qualidade da assistência. 
EBSERH. Cuidados e Encaminhamento Do Corpo Após o Óbito, 2017. 
HUFSC- UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Cuidados pós morte, 2016. 
3.4 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS PARA CUIDADOS PÓS MORTE 
Após a constatação do óbito há necessidade de cuidar do corpo para que ele 
possa aparentar o mais natural possível. Fechar os principais orifícios para que não 
extravase nenhuma secreção. O manejo deverá ocorrer com respeito, levando em 
consideração crenças culturais e religiosas dos familiares e paciente. 
Aconselhável comunicar-se com algum familiar, verificar se há alguma 
restrição religiosa. Após isso agir rapidamente colocando o paciente em posição 
horizontal, retirar acessos, drenos, sondas e/ou cateteres. 
Os materiais necessários para este procedimento são: 
 Equipamento de Proteção Individual (máscara cirúrgica, óculos protetor, 
avental e luvas de procedimento) 
 Biombo 
 Bandeja 
 Pinça longa (Cheron) 
 Algodão e/ou gaze, não esterilizada 
 Atadura ou crepe (3) 
 Fita adesiva/esparadrapo com identificação do paciente (nome completo, 
registro geral, data de nascimento, data e hora de óbito, setor e número de 
leito, nome do responsável pelos cuidados) 
 Recipiente para descarte dos materiais 
12 
 
 
 Lençol (3: maca, envolver o corpo e cobrir) 
 Hamper 
 Maca, sem colchão 
 Material para desinfecção terminal do leito, conforme Procedimento 
Operacional Padrão. 
Se necessário: 
 Sistema de aspiração montado (cateter de aspiração de 10 a 14 french, 
extensões de silicone, frascos redutor de pressão e de coletor intermediário 
e rede de vácuo) 
 Tesoura ou bisturi 
 Compressa de banho 
 Bacia com água 
 Papel toalha (2) 
 Sabonete líquido 
 Prótese dentária (se houver) 
Continuar o protocolo para cuidados com o corpo. 
EBSERH. Cuidados Com o Corpo Após o Óbito, 2005. 
3.5 DESCRIÇÃO DA TECNICA 
São cuidados dispensados ao corpo, após a constatação médica do óbito. O 
responsável pela prescrição é o Enfermeiro e os responsáveis pela execução da 
técnica são Enfermeiro, Auxiliar e Técnico de Enfermagem e acadêmicos de 
enfermagem sob a supervisão do professor e/ou responsável. A finalidade é remover 
os dispositivos, limpar, tamponar e identificar o corpo e colocá-lo em posição 
anatômica para o sepultamento. 
A indicação se dá em: corpo após a constatação do óbito pelo médico e as 
contraindicações/restrições para corpos que serão encaminhados ao Instituto Médico 
Legal (IML), Serviço de Verificação de Óbito (SVO) ou Necropsia que não 
necessitarão ser tamponados. 
13 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
3.6 INTERVÊNÇÕES DE ENFERMAGEM 
 Evitar comentários desnecessários e manter atitude de respeito durante o 
cuidado com o corpo. 
 Respeitar as crenças dos familiares ao preparar o corpo. 
 Não realizaros procedimentos de higienização e tamponamento para o corpo 
que será encaminhado ao IML ou SVO e que esteve hospitalizado por um 
período inferior a 24 horas. Nesses casos, deve ser feita somente a 
identificação, e os cuidados com o corpo passam a ser do local onde o corpo 
será encaminhado. 
 Desprezar os materiais descartáveis utilizados nos cuidados com o corpo no 
expurgo, em recipientes de descarte específicos para o tipo de resíduo. 
 Permitir que a família veja o corpo antes de ser encaminhado ao Serviço de 
Patologia/Necropsia, quando solicitado. 
NURSING INTERVENTIONS CLASSIFICATION (NIC) Classificação das Intervenções de 
Enfermagem (NIC). 6° ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. 2. 
NURSING OUTCOMES CLASSIFICATION (NOC). Classificação dos Resultados de 
Enfermagem. 5° ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. 3. 
NORTH AMERICAN NURSING DIAGNOSIS ASSOCIATION (NANDA). Diagnóstico de 
enfermagem: definições e classificação 2015-2017/ NANDA International; tradução Regina 
Machado Garcez. - Porto Alegre: Artmed, 2015. 
15 
 
 
3.7 CUIDADOS ESPECIAIS E PLANO DE CONTINGENCIA 
 Após a morte o paciente pode apresentar esfriamento do corpo, manchas 
generalizadas de coloração arroxeadas (“livor cadavérico”), relaxamento dos 
esfíncteres, rigidez cadavérica. 
 Quando o paciente fizer uso de dentadura ou ponte móvel, colocá-la 
imediatamente após a morte. 
 Manter as pálpebras fechadas, fazendo compressão ou utilizando fita adesiva. 
 O corpo não deverá ser tamponado nos seguintes casos: restrição religiosa 
(judaica), embalsamamento ou necropsia. 
HUPE- HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO, Cuidados do corpo pós-morte, 
2014. 
3.8 CODIGO DE ETICA 
É um conjunto de normas éticas, que é formado por artigos, e visa aprimorar o 
comportamento ético do profissional, ele esta organizado por assuntos e inclui alguns 
princípios tais como: direitos, responsabilidades, deveres e proibições pertinentes à 
conduta ética. O código de ética surgiu pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 
1948 e em 1949 foi adotado pela convenção de Genebra da Cruz Vermelha e passou 
por muitas outras conferencias sofreu uma reformulação em Tóquio em 1975 e no 
Brasil uma resolução em 1976 do CNS. Em 1996 o código foi reformulado pelo 
Ministério da saúde. 
E atualmente vigora o código reformulado que entrou a partir de 2007. Essa 
trajetória de reformulação foi coordenada pelo Conselho Federal de Enfermagem o 
(COFEN), com a participação dos Conselhos Regionais de Enfermagem (COREN). O 
código de ética leva em consideração tanto as necessidades quanto os direitos de 
assistência em Enfermagem da população, os interesses do profissional e de sua 
organização. 
O Código de Ética do enfermeiro foi desenvolvido como um guia para a 
realização das responsabilidades de enfermagem de uma forma consistente com a 
qualidade da assistência de enfermagem e os deveres ontológicos da profissão. Não 
é negociável, em qualquer configuração nem é objeto de revisão ou alteração exceto 
por processo formal do COFEN. Os profissionais de enfermagem em todo o mundo 
devem seguir rigorosamente o código de ética da enfermagem. 
16 
 
 
3.8.1 Competências da Comissão de Ética de Enfermagem: 
• Divulgar o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem e as demais normas 
disciplinares e éticas do exercício profissional. 
• Promover e/ou participar de reuniões, seminários ou atividades similares que visem 
à interpretação do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. 
• Assessorar a Direção/Gerência ou órgão equivalente de Enfermagem da instituição 
nas questões éticas. 
• Orientar a equipe de Enfermagem sobre o comportamento ético-profissional e sobre 
as implicações decorrentes de atitudes não éticas. 
• Orientar clientes, familiares e demais interessados sobre questões éticas relativas 
ao exercício profissional de Enfermagem. 
• Promover e/ou participar de atividades multiprofissionais referentes à ética. 
• Apreciar e emitir parecer sobre questões éticas referentes à Enfermagem. 
• Zelar pelo exercício ético dos profissionais de Enfermagem. 
• Averiguar: a) O exercício ético dos profissionais de Enfermagem. b) As condições 
oferecidas pela entidade e sua compatibilidade com o desempenho ético-profissional. 
c) A qualidade de atendimento dispensada à clientela pelos profissionais de 
Enfermagem. d) Os fatos ou atitudes não éticas praticadas por profissionais de 
Enfermagem. 
• Comunicar, por escrito, ao Coren/SC as irregularidades ou infrações éticas 
detectadas. 
• Encaminhar anualmente ao Coren/SC e à Direção/Gerência ou Órgão equivalente 
de Enfermagem o planejamento das atividades a serem desenvolvidas e o relatório 
das atividades do ano anterior até 1º de março. 
• Solicitar assessoramento da Comissão de Ética do Coren/SC (CEC) em caso de 
necessidade. 
COREN - CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA. Comissão 
de Ética de Enfermagem nas Instituições de Saúde: importância e competências, 2015. 
 
 
17 
 
 
4- CONCLUSÃO 
Os profissionais de saúde acabam criando mecanismos de defesa que os 
auxiliam no enfrentamento da morte e do processo de morrer. Por serem preparados 
para manutenção da vida, a morte e o morrer em seu cotidiano, suscitam sentimentos 
de frustração, tristeza, perda, impotência, estresse e culpa. Em geral, o despreparo 
leva o profissional a afastar-se da situação. 
Como um mecanismo de defesa e proteção contra o sofrimento, o processo de 
morrer e morte passa a ser visto como banal, sendo o distanciamento e endurecimento 
das relações frente à morte e ao paciente terminal algo tornado natural e considerado 
comum e rotineiro. 
Os profissionais da equipe de enfermagem mostram diferentes reações ao 
assistir o paciente durante o processo de morrer, e também o sofrimento dos seus 
familiares. E vivenciar essas situações provoca um sério desgaste emocional nesses 
profissionais. 
O profissional de enfermagem é gente que cuida de gente, e como todo ser 
humano tem suas tristezas, irritações, receios, dentre outros sentimentos. Quando 
pensamos sobre esta problemática, supomos ser esta a primeira implicação para o 
profissional de enfermagem com relação ao lidar com seu paciente: o afastar de seus 
sentimentos e receios, de forma que ao os isolar, minimize suas tensões para 
assegurar que as suas respostas individuais não prejudiquem o paciente que está 
sendo atendido. Tendo esta questão bem definida, é possível chegar ao doente, 
configurar diagnósticos, planejar sistematicamente a assistência e a partir de aí 
implementá-la, avaliá-la e modificá-la quando houver necessidade. 
Constata-se que é importante e necessário o conhecimento dos profissionais 
de enfermagem no preparo do corpo pós-morte, sendo eles os responsáveis por 
administrar essa função. LIMA (1994) afirma que a enfermagem deve ser 
compreendida como arte e ciência das pessoas conviverem e cuidarem de outras, 
onde há o atendimento, na medida do possível, das necessidades bio-psico-socio-
espirituais, mantendo-se o princípio ético de manter ou restaurar a dignidade do corpo 
em todos os âmbitos da vida. 
 
18 
 
 
5- REFERENCIAS 
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO–UERJ, Procedimento 
Operacional Padrão De Enfermagem: Cuidado Do Corpo Pós-Morte, 2014 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO–UFMT, Procedimento 
Operacional Padrão: Cuidados Com o Corpo Após o Óbito 
SCIELO. Anencefalia e Morte Cerebral Neurológica, 2005. Disponível em: 
<https://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S0103-73312005000100006&script=Sci_a 
rttext&tlng=pt>. Acesso em: 07 Set. 2018 
FEHOESP - FEDERAÇÃO DOS HOSPITAIS, CLÍNICAS E LABORATÓRIOS DO 
ESTADO DE SÃO PAULO.Novos Critérios Para Diagnóstico De Morte Encefálica, 
2017. Disponível em: <http://www.fehoesp360.org.br/noticiasDeta 
lhe.asp?idNoticia=5064>. Acesso em: 07 Set. 2018 
EBSERH. Cuidados e Encaminhamento Do Corpo Após o Óbito, 2017. Disponível 
em:<http://www.ebserh.gov.br/documents/147715/0/AULA+cuidados+e+emcaminha 
mento+do+corpo+ap%2B%C2%A6s+o+%2B%C2%A6bito.pdf/b7ef3274-91be-4390-
b5d9-ea1280714c93>. Acesso em: 09 Set. 2018 
HUFSC- UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Cuidados pós morte, 
2016. Disponível em: <http://www.hu.ufsc.br/pops/pop-externo/download?id=303>. 
Acesso em: 09 Set. 2018 
EBSERH. Cuidados Com o Corpo Após o Óbito, 2005. Disponível em:<http:// 
www.ebserh.gov.br/documents/147715/0/POP+cuidados+com+o+corpo+ap%2B%C
2%A6s+%2B%C2%A6bito-68wCSD39.pdf/9cf30f7e-38fb-4702-acc1-eb7aa89aa94b 
>. Acesso em: 08 Set.2018 
NURSING INTERVENTIONS CLASSIFICATION (NIC) Classificação das 
Intervenções de Enfermagem (NIC). 6° ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. 2. 
NURSING OUTCOMES CLASSIFICATION (NOC). Classificação dos Resultados 
de Enfermagem. 5° ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. 3. 
19 
 
 
NORTH AMERICAN NURSING DIAGNOSIS ASSOCIATION (NANDA). Diagnóstico 
de enfermagem: definições e classificação 2015-2017/ NANDA International; 
tradução Regina Machado Garcez. - Porto Alegre: Artmed, 2015. 
HUPE- HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO. Cuidados Do Corpo Pós-
Morte, 2014. Disponível em: <http://www.hupe.uerj.br/hupe/Administracao/ADcoorde 
nacao/AD_Coorden_public/POP%20CDC.%20055.%20CUIDADO%20COM%20O%
20CORPO%20PÓS-%20MORTE.pdf>. Acesso em: 12 Set. 2018 
COREN - CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA. 
Comissão de Ética de Enfermagem nas Instituições de Saúde: importância e 
competências, 2015. Disponível em: <http://www.corensc.gov.br/2015/03/24/comi 
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