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Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Função Hepática 1 Escola de Ciências da Saúde Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia PROVAS HEPÁTICAS O fígado consegue manter suas funções inalteradas, com apenas 15% de suas estruturas. Os hepatócitos são a sede da maioria das atividades metabólicas desempenhadas pelo órgão: Formação e excreção de bile Regulação da homeostasia dos carbohidratos Síntese de lipídeos Secreção das lipoproteínas plasmáticas Controle do metabolismo do colesterol Formação de uréia Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia PROVAS HEPÁTICAS Formação da albumina sérica Formação dos fatores da coagulação Destoxificação de medicamentos e outras substâncias estranhas ao organismo. As células de Kupffer, participantes do revestimento dos vasos sinusóides, integram o sistema reticuloendotelial e atuam como macrófagos tissulares, com a função: Fagocitar partículas estranhas, Remover toxinas e outras substâncias nocivas Modular resposta imune. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia PROVAS HEPÁTICAS PROVAS FUNCIONAIS Referentes à excreção ou retenção de bilirrubina Capacidade de transporte e metabolização do hepatócito Capacidade de síntese do hepatócito MARCADORES SOROLÓGICOS DA HEPATITE Antígenos presentes em estruturas diversas do vírus causadores da hepatite Anticorpos correspondentes resultantes das reações defensivas pelo organismo a esses vírus. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia ICTERÍCIA É um achado clínico inespecífico. O plasma fica amarelado, assim como mucosas dos lábios, palato e porções periféricas da conjuntiva devido ao acúmulo de bilirrubina no plasma. A icterícia pode ser a primeira e única manifestação da doença hepática, e pode surgir de 4 modos: Aumento da sobrecarga de bilirrubina sobre a célula hepática Distúrbio na absorção e transporte da bilirrubina dentro do hepatócito Defeito na conjugação da bilirrubina Defeito na membrana do canalículo para excreção da bile ou obstrução dos canais biliares Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia ICTERÍCIA Classificação: Pré-Hepática: A causa pode ser a hemólise ou ocasione eritropoese ineficiente. Manifesta-se geralmente por anemia, saturação da haptoglobina sérica, reticulocitose, proliferação eritroblástica na medula óssea, há aumento de bilirrubina não conjugada, e as enzimas AST, ALT, fosfatase alcalina e as proteínas séricas estão normais. Hepática: Surge rapidamente, podendo haver insuficiência hepática leve ou grave com tremor, confusão mental e coma. Há retenção de líquidos na forma de ganho de peso ou edema ou ascite. Ocorre diminuição dos fatores de coagulação, aumento das aminotransferases e diminuição da albumina sérica. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia ICTERÍCIA Colestática: Quantidade de bile chegando insuficiente no duodeno. O soro apresenta aumento de bilirrubina conjugada, ALP biliar, colesterol total, ácidos biliares conjugados. A esteatorréia é a responsável pela perda de peso e má absorção de vitaminas lipossolúveis. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia BILIRRUBINA A bilirrubina é um pigmento resultante do catabolismo da hemoglobina. Ao passar pelo hepatócito, a bilirrubina se conjuga com o ácido glicurônico, transformando-se em mono- e diglucuronídeo de bilirrubina , ocorrendo sob a ação da glicuroniltransferase. A bilirrubina no plasma aparece na forma: Glicuronídeos de bilirrubina, solúveis em água Bilirrubina livre, não esterificada, insolúvel em água e fortemente ligada às proteínas plasmáticas, especialmente à albumina Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia BILIRRUBINA Van den Bergh, empregou uma reação descrita por Ehrlich para determinar a bilirrubina plasmática, observando dois tipos de diazorreação: reação direta (em solução aquosa) e reação indireta ( após acréscimo de álcool). Somente a forma conjugada de bilirrubina é eliminada pelo fígado e rim; a forma indireta não o é nem por e nem por outro. A fração da bilirrubina que reage direta e rapidamente na ausência do acelerador é conhecida como nome de Bilirrubina direta, enquanto que a que necessita do acelerador é a Bilirrubina indireta. Os aceleradores atuam solubilizando a bilirrubina não conjugada e tornando-a disponível para a reação Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia ENZIMAS Tanto para fins diagnósticos como para controle de evolução das hepatopatias, a determinação simultânea de várias enzimas no soro, mapa enzimático, é mais importante do que a determinação de uma só enzima. Três grupos de enzimas são utilizadas semiologia hepática: Enzimas celulares; indicadoras de lesão hepática Enzimas ligadas à membrana; indicadoras de colestase Enzimas específicas do plasma; indicadoras da capacidade de síntese do fígado. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia ENZIMAS ENZIMAS CELULARES Glutamato-oxalacetato-transaminase (TGO) ou Aspartato-transaminase (AST) Glutamato-piruvato-transaminase (TGP) ou Alanina-transaminase (ALT) Glutamato-desidrogenase (GLDH) Lactato-desidrogenase (LDH) Isoenzimas de LDH Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia ENZIMAS ENZIMAS LIGADAS Á MEMBRANA Fosfatase Alcalina (AP) Leucina-aminopeptidase Glutamato-desidrogenase (GLDH) Gama-glutamil-transferase (-GT) ENZIMAS ESPECÍFICAS DO PLASMA Colinesterase Fatores da coagulação Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia DOENÇAS DO FÍGADO Os 3 padrões específicos de injúria hepática incluem: A) Diretos: a morte celular individual ocorre em áreas específicas como as da zona centrilobular. Causas: hipóxia, toxinas do álcool, medicamentos como o acetominofen B) Imunológicos: quando os linfócitos citotóxicos atacam antígenos da membrana celular hepática, como ocorre no caso da hepatite crônica ativa. C) Colestático: obstrução intra ou extra-hepática, sendo a última mais frequente. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia DOENÇAS DO FÍGADO Condição AST ALT LDH ALP PT Alb. Bb Hepatite N N Cirrose N N N N ou Obst Biliar N N N N N Lesão espaço N ou N ou N N N ou D. Fulminante Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 15 HEPATITES VIRAIS Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 16 HEPATITES VIRAIS O diagnóstico das hepatites virais é baseado na detecção dos marcadores presentes no sangue, soro, plasma ou fluido oral da pessoa infectada, por meio de imunoensaios, e/ou na detecção do ácido nucleico viral, empregando técnicas de biologia molecular As principais metodologias empregadas no diagnóstico das hepatites virais: • Imunoensaios • Ensaio Imunoensaio (ELISA) • Quimioluminescência e eletroquimioluminescência • Testes Rápidos Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 17 Critérios de desempenho para testes rápidos aceitos pela OMS Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 18 Período de Incubação e Janela Imunológica Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 19 Período de Incubação e Janela Imunológica Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 20 FLUXOGRAMA PARA O DIAGNÓSTICO DAS HEPATITES VIRAIS. O diagnóstico sorológico pode ser realizado com, pelo menos, dois testes, um para triagem e um segundo confirmatório. Dois ou mais testes combinados, formando um fluxograma. Na maioria das situações, o fluxograma mais comumente utilizado inclui o emprego de testes em série ou sequenciais (fluxograma em série). O resultado não reagente é liberado com base em um único teste. Entretanto, caso persistaa suspeita da infecção, uma nova amostra deverá ser coletada 30 dias após a data da coleta da primeira amostra. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 21 VÍRUS DA HEPATITE A (HAV) O HAV pertence à família Picornaviridae, sendo representante único do gênero Hepatovirus (ICTV, 2014). O HAV é formado por um capsídeo de formato icosaédrico, composto pelas proteínas estruturais VP1, VP2 e VP3, o qual envolve o genoma viral Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 22 TRANSMISSÃO Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia CURSO NATURAL DA INFECÇÃO PELO HAV As manifestações são abruptas e os sintomas incluem; • Indisposição • Fadiga • Anorexia • Náuseas • Vômito • Desconforto abdominal febre • Urina escura • Fezes pálidas • Icterícia do recobrimento conjuntival da esclera Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 25 CURSO NATURAL DA INFECÇÃO PELO HAV Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 26 DIAGNÓSTICO Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 27 LAUDOS Amostra com resultado não reagente: Amostra não reagente para HAV IgM. Amostra com resultado reagente: Amostra reagente para HAV IgM Além das informações citadas acima, os laudos ainda devem conter : o ponto de corte (cut-off) e a unidade de medição do método utilizado. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 28 Todos os laudos devem ser emitidos com as seguintes observações: • “A vacina contra Hepatite A faz parte do calendário de vacinação do SUS para crianças de 12 a 23 meses. Além disso, ela está disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), sendo indicada para situações previstas em: http://www.aids.gov.br/pagina/vacina-hepatites”. • A vacina contra a hepatite B faz parte do calendário de vacinação da criança e está disponível nas salas de vacina do Sistema Único de Saúde (SUS) para s situações previstas em: http://www.aids.gov.br/pagina/vacina-hepatites”. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 29 VÍRUS DA HEPATITE B (HBV) O HBV pertence à família Hepadnaviridae (vírus de DNA hepatotrópicos), que inclui vírus capazes de infectar diferentes animais. A partícula viral infecciosa do HBV tem, aproximadamente, 42nm e inclui um nucleocapsídeo proteico (HBcAg). Ela é envolta por um envelope lipoproteico originado da última célula infectada pelo vírus, contendo as três formas do antígeno de superfície viral (HBsAg). Ainda dentro da partícula, está presente a enzima DNA polimerase viral, que irá completar o genoma do vírus durante a infecção Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 30 TRANSMISSÃO Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 31 Ciclo Replicativo Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 32 CURSO NATURAL DA INFECÇÃO PELO HBV Infecções agudas e crônicas Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 33 DIAGNÓSTICO Clínico + Provas de função hepática Testes laboratoriais específicos: ELISAs para: - HBsAg - anti-HBsAg - anti-HBcAg - HBeAg - antiHBeAg -IgM presente até 6 meses após infecção aguda Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 34 Interpretação dos Resultados Sorológicos Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 35 Triagem da Infecção pelo vírus da Hepatite B TESTE RÁPIDO Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 36 INFECÇÃO PELO HBV Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia HEPATITE B Estado da doença HBsAg HBeAg Anti-HBs Anti-HBc Início fase aguda + + - - Fase aguda avançada + + ou - - - Início convalescência + ou - - - - Final convalescência - - + + ou - Portador persistente + - - + Hepatite crônica ativa + + ou - - + Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 38 Amostra com resultado não reagente para detectar o HBsAg : Amostra não reagente para o antígeno de superfície do vírus da hepatite B. Ressalva: “Em caso de suspeita de infecção pelo HBV, uma nova amostra deverá ser coletada 30 dias após a data da coleta desta amostra para realização de um novo teste”. Amostra com resultado reagente: Amostra reagente para o antígeno de superfície do vírus da hepatite B. LAUDOS Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Diagnóstico de Infecção Oculta pelo HBV (IOB) Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 40 Diagnóstico de Infecção pelo HBV em Indivíduos menores de 18 meses Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 41 VÍRUS DA HEPATITE C (HCV) O HCV é o principal agente etiológico da hepatite crônica. Sua transmissão ocorre, principalmente, por via parenteral. Esse vírus foi o primiero membro do gênero Hepacivirus, na família Flaviridae. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 42 DIAGNÓSTICO TESTES RÁPIDOS Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 43 INFECÇÃO PELO HCV Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 44 Amostra com resultado não reagente para detectar o HCV : Amostra não reagente para o antígeno de superfície do vírus da hepatite C. Amostra com resultado reagente: Amostra reagente para o antígeno de superfície do vírus da hepatite C. LAUDOS
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