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Avaliação Psicologica

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Questões gerais sobre avaliação psicológica 
1-O que é avaliação psicológica? 
A avaliação psicológica é um processo técnico e científico realizado com pessoas ou grupos de pessoas que, de acordo com cada área de conhecimento, requer metodologias específicas. Ela é dinâmica e constituise em fonte de informações de caráter explicativo sobre os fenômenos psicológicos, com a finalidade de subsidiar os trabalhos nos diferentes campos de atuação do psicólogo, dentre eles, saúde, educação, trabalho e outros setores em que ela se fizer necessária. Trata-se de um estudo que requer um planejamento prévio e cuidadoso, de acordo com a demanda e os fins para os quais a avaliação se destina. Segundo a Resolução CFP nº 007/2003, “os resultados das avaliações devem considerar e analisar os condicionantes históricos e sociais e seus efeitos no psiquismo, com a finalidade de servirem como instrumentos para atuar não somente sobre o indivíduo, mas na modificação desses condicionantes que operam desde a formulação da demanda até a conclusão do processo de Avaliação Psicológica”. Cabe enfatizar que os resultados das avaliações psicológicas têm grande impacto para as pessoas, os grupos e a sociedade.
2-Qual a diferença entre avaliação psicológica e testagem psicológica?
 A avaliação psicológica é um processo amplo que envolve a integração de informações provenientes de diversas fontes, dentre elas, testes, entrevistas, observações e análise de documentos, enquanto que a testagem psicológica pode ser considerada um processo diferente, cuja principal fonte de informação são os testes psicológicos de diferentes tipos.
3-Quais os passos mínimos para se fazer a avaliação psicológica?
 O processo de avaliação psicológica apresenta alguns passos essenciais para que seja possível alcançar os resultados esperados, a saber: 14 • levantamento dos objetivos da avaliação e particularidades do indivíduo ou grupo a ser avaliado. Tal processo permite a escolha dos instrumentos/estratégias mais adequados para a realização da avaliação psicológica; • coleta de informações pelos meios escolhidos (entrevistas, dinâmicas, observações e testes projetivos e/ou psicométricos etc.). É importante salientar que a integração dessas informações deve ser suficientemente ampla para dar conta dos objetivos pretendidos pelo processo de avaliação. Não é recomendada a utilização de uma só técnica ou um só instrumento para a avaliação; • integração das informações e desenvolvimento das hipóteses iniciais. Diante dessas, o psicólogo pode constatar a necessidade de utilizar outros instrumentos/estratégias de modo a refinar ou elaborar novas hipóteses; • indicação das respostas à situação que motivou o processo de avaliação e comunicação cuidadosa dos resultados, com atenção aos procedimentos éticos implícitos e considerando as eventuais limitações da avaliação. Nesse processo, os procedimentos variam de acordo com o contexto e propósito da avaliação.
4-Quais as respostas fornecidas pela avaliação psicológica? 
O processo de avaliação psicológica é capaz de prover informações importantes para o desenvolvimento de hipóteses, por parte dos psicólogos, que levem à compreensão das características psicológicas da pessoa ou de um grupo. Essas características podem se referir à forma como as pessoas irão desempenhar uma dada atividade, à qualidade das interações interpessoais que elas apresentam, dentre outros. Assim, dependendo dos objetivos da avaliação psicológica, a compreensão poderá abranger aspectos psicológicos de natureza diversa. É importante notar que a qualidade do conhecimento alcançado depende da escolha de instrumentos/estratégias que maximizem a qualidade do processo de avaliação psicológica.
5- Quais os limites da avaliação psicológica? 
Por intermédio da avaliação, os psicólogos buscam informações que os ajudem a responder questões sobre o funcionamento psicológico das pessoas e suas implicações. Como o comportamento humano é resultado de uma complexa teia de dimensões inter-relacionadas que interagem para produzi-lo, é praticamente impossível entender e considerar todas as nuances e relações a ponto de prevê-lo deterministicamente. As avaliações têm um limite em relação ao que é possível entender e prever. Entretanto, avaliações calcadas em métodos cientificamente sustentados chegam a respostas muito mais confiáveis que opiniões leigas no assunto ou o puro acaso.
6- Quais os principais cuidados a serem seguidos na elaboração de um relatório/laudo psicológico? 
Sempre levando em consideração sua finalidade, o laudo deverá conter a descrição dos procedimentos e conclusões resultantes do processo de avaliação psicológica. O documento deve dar direções sobre o encaminhamento, intervenções ou acompanhamento psicológico. As informações fornecidas devem estar de acordo com a demanda, solicitação ou petição, evitando-se a apresentação de dados desnecessários aos objetivos da avaliação. Mais detalhes sobre a elaboração desse documento podem ser obtidos mediante consulta à Resolução CFP nº 007/2003.
7-Que competências um psicólogo precisa ter para realizar a avaliação psicológica?
 Algumas competências específicas são importantes para que esse trabalho seja bem fundamentado e realizado com qualidade e de maneira apropriada: • reconhecer o caráter processual da avaliação psicológica; • conhecer a legislação referente à avaliação psicológica brasileira, dentre as quais as resoluções do CFP e o Código de Ética Profissional do Psicólogo; • ter amplos conhecimentos dos fundamentos básicos da Psicologia, dentre os quais podemos destacar: desenvolvimento, inteligência, memória, atenção, emoção, dentre outros, construtos avaliados por diferentes testes e em diferentes perspectivas teóricas; 16 • ter domínio do campo da Psicopatologia, para poder identificar problemas graves de saúde mental ao realizar diagnósticos; • ter conhecimentos de Psicometria, mais especificamente sobre as questões de validade, precisão e normas dos testes, e ser capaz de escolher e trabalhar de acordo com os propósitos e contextos de cada teste; • ter domínio dos procedimentos para aplicação, levantamento e interpretação do(s) instrumento(s) e técnicas utilizados na avaliação psicológica, bem como ter condição de planejar a avaliação com maestria, adequando-a ao objetivo, público-alvo e contexto; • elaborar documentos psicológicos decorrentes da avaliação psicológica; • saber comunicar os resultados advindos da avaliação, por meio de entrevista devolutiva.
8-Quais são os princípios éticos básicos que regem o uso da avaliação psicológica?
 É necessário que o psicólogo se mantenha atento aos seguintes princípios: • o psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo científico de conhecimento e prática; • utilização, no contexto profissional, apenas dos testes psicológicos com parecer favorável do CFP que se encontram listados no Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi); • emprego de instrumentos de avaliação psicológica para os quais o profissional esteja qualificado; • realização da avaliação psicológica em condições ambientais adequadas, de modo a assegurar a qualidade e o sigilo das informações obtidas; • guarda dos documentos de avaliação psicológica em arquivos seguros e de acesso controlado; • disponibilização das informações da avaliação psicológica apenas àqueles com o direito de conhecê-las; • proteção da integridade dos testes, não os comercializando, divulgando-os ou ensinando-os àqueles que não são psicólogos.
9-Quais instrumentos podem ser utilizados, considerando os diversos contextos e objetivos da avaliação psicológica? 
A Resolução CFP n° 002/2003, em seu Art. 11º, orienta que “as condições de uso dos instrumentos devem ser consideradas apenas para os contextos e propósitos para os quais os estudos empíricos indicaram resultados favoráveis”. O artigo quer dizer que a simples aprovação no Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi)não significa que o teste possa ser usado em qualquer contexto, ou para qualquer propósito. A recomendação para um uso específico deve ser buscada nos estudos que foram feitos com o instrumento, principalmente nos estudos de validade e nos de precisão e de padronização. Assim, os requisitos básicos para uma determinada utilização são os resultados favoráveis de estudos orientados para os problemas específicos relacionados às exigências de cada área e propósito. No novo formulário de avaliação dos testes psicológicos, foram descritos cinco propósitos mais comuns para o uso dos testes: classificação diagnóstica, descrição, predição, planejamento de intervenções e acompanhamento. Também são definidos vários contextos de aplicação: Psicologia Clínica, Psicologia da Saúde e/ou Hospitalar, Psicologia Escolar e Educacional, Neuropsicologia, Psicologia Forense, Psicologia do Trabalho e das Organizações, Psicologia do Esporte, Social/Comunitária, Psicologia do Trânsito, orientação e ou aconselhamento vocacional e/ou profissional, entre outras. Dependendo da combinação de propósitos e contextos, pode se pensar melhor quais estudos são necessários para justificar o uso de determinados instrumentos/estratégias. Por exemplo, considerando a avaliação de personalidade no contexto organizacional, se o propósito for somente descrever características de personalidade das pessoas, são necessários estudos de validade atestando que o teste mede o construto pretendido (análise fatorial, correlação com outras variáveis, dentre outros). Mas se o propósito for prever o comportamento futuro, como 18 geralmente é o caso nos processos seletivos, são necessários estudos de validade de critério, demonstrando que o teste é capaz de prever bom desempenho no trabalho. No contexto do trânsito, geralmente, o objetivo da avaliação é a previsão de comportamentos inadequados a partir de variáveis psicológicas levantadas pelos testes. Assim, estudos de validade de critério mostrando que as variáveis medidas no teste preveem comportamentos importantes nessa situação (tais como comportamentos de risco, envolvimento culposo em acidentes) são os requisitos básicos que justificam o seu uso nesse contexto, já que irão sustentar a decisão sobre a habilitação. Em suma, a escolha adequada de um instrumento/estratégia é complexa e deve levar em conta os dados empíricos que justifiquem, simultaneamente, o propósito da avaliação associado aos contextos específicos. No caso da escolha de um teste, é necessário que o psicólogo faça a leitura cuidadosa do manual e das pesquisas envolvidas em sua construção para decidir se ele pode ou não ser utilizado naquela situação. Uma boa fonte de informações sobre pesquisas na Psicologia, além do manual, é claro, é a Biblioteca Virtual em Saúde - Psicologia: www.bvs-psi.org.br. O parecer favorável no Satepsi (indica que o teste possui, pelo menos, um conjunto mínimo de estudos que atesta sua qualidade. A utilidade para algum propósito e contexto específicos dependerá de uma análise cuidadosa d
esses estudos.
Roteiro estudo I
1 o que é um teste psicológico?
Os Testes Psicológicos são instrumentos de avaliação ou mensuração de características psicológicas, constituindo-se um método ou técnica de uso privativo do psicólogo.
2 O que é avaliação em psicologia e no que ela consiste?
A avaliação psicológica é um processo técnico e científico realizado com pessoas ou grupos de pessoas que, de acordo com cada área do conhecimento, requer metodologias específicas. Ela consiste em subsidiar os trabalhos nos diferentes campos de atuação psicológicos dentre eles, saúde, educação, trabalho e etc.
3 Como define a avaliação psicológica segundo o CFP?
Sendo um processo técnico e cientifico, no qual os resultados das avaliações devem considerar e analisar os conhecimentos históricos e sócias e seus efeitos no psiquismo.
4 Qual o objetivo da avaliação psicológica?
Prover informações importantes para o desenvolvimento de hipóteses, por parte dos psicólogos, que levem a compreensão das características psicológicas da pessoa ou de um grupo.
5 Como é definido o processo psicodiagnóstico segundo cunha (1993) e Ocampo e Arzeno(2001) ?
Para Cunha é um processo cientifico limitado no tempo que utiliza técnicas e testes psicológicos em nível individual ou não.
Para Ocampo e Arzeno, se configura em uma situação com papeis bem definido e com um contato no qual uma pessoa pede que a ajudem e o psicólogo se propõe a ajudar.
6 Quais são as etapas de um processo de avaliação psicológica?
° Levantamento dos objetivos da avaliação, escolhendo os instrumentos/ estratégias a serem usadas.
° Coleta de informações pelos meios escolhidos, não sendo recomendado a utilização de uma só técnica ou instrumento
° Integração de informações e desenvolvimento de hipóteses.
° Indicação de respostas.
7 quem pode solicitar uma avaliação psicológica e onde e mais utilizada?
Educadores (professores e diretores), psicólogos, médicos (Clinico geral ou especialistas), fonoaudiólogos, assistente sociais, juízes, advogados e espontaneamente.
São mais utilizados em clinica psiquiátricas, clínica psicológica, psicologia escolar e seleção.
8 o que é padronização e porque devemos padronizar um teste psicológico?
É o processo através do qual é garantida a uniformidade de aplicação e avaliação. Possui regras ( padrões) através das quais é aplicado e avaliado sempre da mesma maneira qualquer que seja o aplicador, participante ou avaliador .
E devem ser padronizados para comparar os resultados em diferentes indivíduos, por isso as condições devem ser iguais para todos.
9 Quais as condições necessárias de aplicação de um teste para que ele mantenha sua uniformidade?
Condições ambientais: Iluminação, ausência de ruídos
Condições do participante: Motivação, interesse, condições de saúde.
Relação participante/ aplicador: segurança, clareza nas informações, postura, motivação, cooperação e etc.
10 O que é precisão de um teste psicológico?
É a estabilidade do teste, isto é, quanto mais próximos forem os escores do teste obtidos por métodos ou situações diferentes, maior será a consistência interna do teste.
11 o que é validade de um teste psicológico?
Demonstra até que ponto um teste mede aquilo que se propõe medir. Existem três técnicas para verificar a validade, são eles: Validade de conteúdo, validade relativa ao critério e validade do conceito (construto). 
12 Quais são os fatores intrínsecos e extrínsecos que podem influenciar nos resultados tendo positivos como nos resultados tanto positivos como negativos em uma prova psicológica?
Sons, cheiros, roupas, fotos, drogas, efeitos de remédios, ansiedade, motivação de interesse e etc.
Roteiro de estudo 2
1)Como é definida a entrevista?
R: A entrevista é um instrumento fundamental do método clínico, é uma técnica de investigação científica em psicologia, tem seus procedimentos ou regras empíricas, com os quais se amplia , verifica e se aplica o conhecimento científico. A técnica é o ponto de interação entre a ciência e as necessidades práticas.
2) Quais as considerações sobre a entrevista realizada por um psicólogo?
R: Uma das considerações é o das regras ou indicações práticas sobre suas execução e o outro é a psicologia da entrevista psicológica que fundamenta as primeiras. Inserimos a técnica e a teoria da técnica da entrevista psicológica.
3)Quais os tipos fundamentais de entrevistas?
R: Segundo Bleger a entrevista pode ser aberta ou fechada. Na aberta quando o entrevistador tem liberdade para realizar perguntas e fazer intervenções, possibilitando uma investigação mais ampla da personalidade do entrevistado. Na entrevista fechada as perguntas devem seguir rigorosamente uma ordem e permite uma melhor comparação de dados e vantagem de sistematização .
4)Qual é o papel do psicólogo na entrevista?
R: A entrevista identifica ou faz coexistir no psicólogo as funções de investigador e de profissional, busca objetivos psicológicos através da investigação, diagnóstico, terapia, seguindo asregras para entrevista bem como o estudo psicológico desta.
5) O que a entrevista aberta possibilita?
R: Na entrevista aberta o psicólogo tem liberdade para fazer as perguntas e para suas intervenções ,desde de que esta flexibilidade seja na medida do possível para permitir que o entrevistado configure o campo da entrevista segundo sua particularidade psicológica.
6) Como podem ser realizadas as entrevistas?
R: As entrevistas podem ser individuais ou grupais. Lembrando que a entrevista é sempre um fenômeno grupal, pois observamos questões dinâmicas de um grupo
7) Como se diferenciam as entrevistas segundo o beneficiário?
R: As entrevistas se diferenciam da seguinte forma: a) a entrevista que se realiza em benefício do entrevistado (consulta psicológica ou psiquiátrica); b) a entrevista tem como objetivo a pesquisa e o importante são os resultados científicos da mesma; c) entrevista que se realiza para um terceiro (instituição). Possuem varáveis distintas e a grande diferença é que com exceção do primeiro tipo de entrevista os outros dois necessitam que o entrevistador estimule o interesse e a participação dos entrevistados.
8) Quais são as diferenças entre entrevista, consulta e anamnese?
R: A consulta é uma solicitação de assistência técnica ou profissional que pode ser prestada de diversas formas (a entrevista e a anamnese são procedimentos realizados para atender à consulta); a entrevista psicológica tem como objetivo o estudo e a utilização do comportamento total do indivíduo; a anamnese é uma compilação de dados pré - estabelecidos que permite obter uma síntese da situação presente como da história de um indivíduo, sua saúde ou doença (levantamento de dados detalhados).
9) Quais as regras para a realização de entrevistas?
R: A regra básica não consiste em obter dados completos da vida total de uma pessoa, mas conseguir dados completos de seu comportamento total no decorrer da entrevista.
10) Quais as teorias que influenciaram na técnica da entrevista? Como Bleger define a entrevista?
R: A técnica da entrevista sofre influência de três teorias: psicanálise: inconsciente, transferência, contra – transferência, repressão, resistência, projeção introjeção entre outros; Gestalt, a entrevista é vista como um todo incluindo o comportamento do entrevistador e o Behaviorismo, observação do comportamento em condições controladas ou conhecidas. Para Bleger na entrevista o campo a ser configurado depende das variáveis que dependem do entrevistado. O entrevistador controla, mas quem dirige é o entrevistado.
11) Por que o autor recomenda não aprofundar- se na entrevista?
R: Porque nenhuma entrevista consegue esgotar a personalidade do entrevistado, apenas uma parte dela e não substitui outros procedimentos de investigação.
13) Como o autor sugere o estudo detalhado da entrevista?
R: O autor sugere estudar a entrevista da seguinte maneira: entrevistador (atitude,dissociação,instrumental,contra-transferência,identificação); entrevistado(transferência, estruturas do comportamento, ansiedade, defesas);relação interpessoal entre os participantes(projeção, introjeção, identificação). O papel do psicólogo não é julgar, mas verificar os graus ou fenômenos da personalidade, o que não pode ser dado é obtido pelo comportamento não verbal.
14) Quais são as concordâncias e divergências entre entrevista e anamnese?
R: Na anamnese entende-se que o paciente conhece sua vida e é capaz de fornecer dados sobre a mesma. Na entrevista existe a hipótese de que cada um tem organizada a história de sua vida e um esquema de seu presente e a partir daí temos que captar o que ele não sabe.
15) O que pode emergir na entrevista?
R: As informações que não são dadas explicitamente pelos pacientes afloram através do comportamento não verbal, que podem informar em graus diversos de coincidência ou contradição com o que manifesta de maneira verbal e consciente.
16) O que o autor cita como dados contraditórios e como devem ser avaliados?
R: As lacunas, dissociações e contradições faz com que alguns pesquisadores acreditem que a entrevista não deve ser muito confiável. As dissociações e as contradições são da própria personalidade, elas serão trabalhadas de acordo com a intensidade e com a tolerância do entrevistado em relação à angústia. Não necessariamente os conflitos trazidos pelos entrevistados são os essenciais, assim como os motivos que argumentam normalmente são racionalizações. A simulação na entrevista deve ser considerada como uma parte dissociada da realidade em que o entrevistado não reconhece como sua, os dados não podem ser avaliados como certo ou errado mas como graus ou fenômenos de dissociação de personalidade .
17) Como ocorrem divergências entre os grupos?
R: As divergências e contradições são mais evidentes quando se entrevista vários integrantes de um grupo ou instituição,estabecemos dados importantes de como cada um organiza em uma mesma realidade um campo psicológico que é só seu. O conjunto nos dá um índice confiável da personalidade do grupo ou da instituição,de suas apreensões ou conflitos de sua organização particular e psicológica.
18) Qual a conclusão citada por Bleger quanto à técnica da entrevista?
R: Segundo Bleger a técnica e a teoria estão entrelaçadas com a teoria da personalidade, o grau de interação que um entrevistador é capaz de conseguir entre elas dá o modelo de operacionalidade como investigador .A entrevista consiste em investigar a personalidade do entrevistado com base nas nossas teorias e instrumentos de trabalho.
19) Como ocorrem as observações?
R: A observação deve ser objetiva, o observador registra o que ocorre, não deve acrescentar sua impressões ou sentimentos. Durante a entrevista o entrevistador faz parte do campo e condiciona os fenômenos registrados. Porém, para que esta objetividade ocorra o observador deve ser visto como uma das variáveis do campo.
20) O que Bleger entende por observação natural?
R: A observação em condições naturais ocorre quando a observação é feita nas mesmas condições em que ocorre o fenômeno.
21) Qual é a situação natural que ocorre durante a entrevista?
R: A entrevista é a situação natural em que ocorre o fenomêno psicológico,que é o que nos interessa estudar. O enfoque ontológico e gnosiológico coincidem e são a mesma coisa.
22) Quais as críticas existentes em relação as entrevistas?
R: O fato de que as manifestações do entrevistado dependem da relação estabelecida com o entrevistador é uma das objeções de sua validade cinetifica, já que esta relação condiciona os fenômenos presentes. As circunstâncias humanas são únicas , portanto as entrevistas também são, compreende os fenômenos humanos e os fenomênos da natureza. O individual não exclui o geral. O ser humano se considera um ser distinto e único, porém gradativamente vai percebendo que sua vida ocorre sobre um fundo comum a todos os outros. O narcisismo não ocorre apenas com o entrevistado, o entrevistador não deve se sentir privilegiado ou acima dele.
23) Qual é a chave fundamental da entrevista e quais as etapas de investigação?
R: A entrevista é um instrumento ou técnica da prática para aplicar conhecimentos científicos provenientes da investigação científica .É um campo de trabalho em que se investiga a conduta e a personalidade dos seres humanos. A investigação é fundamental e ocorre da seguinte maneira: primeiro intervém a observação, depois a hipótese e posteriormente a observação .
24) Quais são as recomendações dadas por Bleger que não deveríamos cometer na entrevista?
R: Segundo Bleger não existe a possibilidade de uma entrevista ser realizada com sucesso sem incluir a investigação, quem não utiliza as suas fantasias pode ser um bom verificador de dados, mas não um bom investigador .A alegação da falta “de tempo” para realizar entrevistas exaustivas /corretas também uma das recomendações do que não devemos cometer.
25)Por que Bleger afirma que na entrevista a relação entrevistado e entrevistador formam um grupo?
R: Formam um grupo porque os integrantesestão inter – relacionados e a conduta de ambos é interdependente .Diferencia-se dos grupos poque um dos integrantes assume um papel específico e tem um objetivo para cumprir.
26) Qual é a consideração que Bleger possui sobre a comunicação na entrevista?
R: A interdependência e a inter- relação ,o condicionamento recíproco de suas respectivas condutas ocorrem através do processo de comunicação .Neste processo a palavra tem um papel de gravitação, no entanto a comunicação pré verbal intervém ativamente.
27 como define transferência e contratransferência no processo da entrevista?
R a transferência integra a parte inconsciente da conduta e são aspectos não controlados pelo o paciente que transfere situações e modelos.
A contra- transferência compreende todos os fenômenos que surgem no entrevistador como emergentes no campo e que configura na entrevista são respostas do entrevistado as manifestações do entrevistado.
28 Quais as recomendações e considerações dadas pelo o autor quanto a ansiedade presente na entrevista?
A ansiedade é elemento motor da relação, mas em excesso pode perturbar. Diante de uma situação desconhecida que implica desorganização da personalidade de cada um, esta desorganização é ansiedade.
Ansiedade deve ser trabalhada quando se compreende os fatores pelos quais aparece.
29 O que devemos estar atentos nos procedimentos da entrevista enquanto entrevista?
Durante a atuação o entrevistador deve estar dissociado, e necessário atuar em parte com identificação projetiva e em parte permanecer fora dessa identificação, controlar, ter cuidados com a rigidez.
30 Quais aspectos significativos apontados por Bleger quanto á observação em relação ao entrevistado?
È necessário examinar as contingências do entrevistado, investigar quando surgir o insight que algo não está bem, verificar os prvisoblemas corporais, mentais, falta de êxito, dificuldades de cotidiano sobre se a consulta foi iniciativa do entrevistado ou de acompanhamento, observar os fenômenos de entrevistado e do grupo ao qual pertence. 
31Como é definido o funcionamento da entrevista para bleger?
Função da entrevista, Limites mantidos, Tempo, lugar, Papel técnico do profissional (não é um amigo), Entrevistador NÃO deve entrar com suas reações, nem com o relato de sua vida. Nem entrar com relações comerciais ou de amizade. Curiosidade deve limitar-se ao necessário para benefício do entrevistado. Observar reações contra-transferenciais.
Grau de repressão do entrevistado depende muito do grau de repressão do entrevistador a determinados temas (sexualidade, inveja etc.)
Abertura para entrevista não deve ser ambígua e sim diretas e sem subterfúgios, nem segundas intenções.
A entrevista deve começar por onde começa o entrevistado, levando-se em conta o quanto deve ter sido custoso ter decido por ela.
Deve-se receber o entrevistado cordialmente, porém não efusivamente.
Caso tenhamos informações fornecidas por outras pessoas, devemos informar no início da entrevista.
Sigilo
Silêncio do entrevistado é o fantasma do entrevistador iniciante.
Reconhecer diferentes tipos de silêncio.
O que fala muito, deixa de dizer algo importante.
Silêncio total e catarse não são bons.
Fim da entrevista deve ser respeitado.
Reação à separação
Interpretações
32 Qual a importância da interpretação na entrevista e as recomendações dadas por Bleger? Cite o informe da entrevista indicado por bleger?
A entrevista é muito importante para o entrevistado, ele tem a possibilidade de ser sincero e falar sobre sua vida com alguém que não vai julga-lo.
Estudo Dirigido 3 
1) Como se caracteriza a entrevista inicial? 
- É caracterizada como uma entrevista semi-dirigida. 
- Uma entrevista é semi-dirigida quando o paciente tem a liberdade para expor seus problemas começando por onde preferir e incluindo o que desejar. Isto é, quando permite que o campo psicológico seja configurado pelo entrevistador e o paciente se estruture em função de vetores assinalados pelo último, mas, diferindo da técnica totalmente livre (aberta), o entrevistador intervém a fim de: 
- assinalar alguns vetores, quando o entrevistado não sabe como começar ou continuar. Estas perguntas são feitas o mais amplo possível; 
- assinalar situações de bloqueio ou paralisação por incremento da angustia para assegurar o cumprimento dos objetivos da entrevista, aos quais este não referiu espontaneamente, acerca de “lacunas” na informação do paciente e que são consideradas de especial importância, ou acerca de contradições, ambigüidades e verbalizações “obscuras”. 
2) Para que é recomendada a entrevista inicial? 
- Para conhecer exaustivamente o paciente; 
- A necessidade de extrair da entrevista certos dados que nos permitam formular hipóteses, planejar bateria de testes; 
- Interpretar com maior precisão os dados dos testes e da entrevista final. 
3) Quais os objetivos da Entrevista inicial? 
- Primeira impressão. 
- Considerar o que verbaliza. 
- Estabelecer o grau de coerência e discrepância entre tudo o que foi verbalizado e tudo o que captamos através de sua linguagem não verbal (vestimentas, gestos, etc.). 
- Planejar a bateria de testes adequada quanto: 
a) elementos a utilizar (quantidade e qualidade dos testes escolhidos); 
b) seqüência (ordem de aplicação); 
c) ritmo (número de entrevistas que calculamos para a aplicação dos testes escolhidos). 
- Estabelecer um bom rapport com o entrevistado para reduzir ao mínimo a possibilidade de bloqueios ou paralisações e criar um clima preparatório favorável à aplicação de testes. 
4) Quais são as diferenças entre entrevista aberta/fechada e semi-dirigida? 
- Entrevista aberta: o entrevistador tem ampla liberdade para as perguntas e para as intervenções, o que permite sua flexibilidade e possibilita, ainda, uma investigação mais ampla da personalidade do entrevistado (e das variáveis da personalidade). 
- Entrevista Fechada: perguntas formuladas anteriormente com ordem prevista (questionário), devendo seguir rigorosamente a ordem. 
- Entrevista semi-dirigida: quando o paciente tem a liberdade para expor seus problemas começando por onde preferir e incluindo o que desejar. Isto é, quando permite que o campo psicológico seja configurado pelo entrevistador e o paciente se estruture em função de vetores assinalados pelo último, mas, diferindo da técnica totalmente livre (aberta). 
5) O que entende por transferência e contratransferência? 
Transferência: Integram a parte irracional (ou inconsciente) da conduta e são aspectos não controlados pelo paciente que transfere situações e modelos. 
Contra-transferência: incluem-se todos os fenômenos que aparecem no entrevistador como emergentes no campo e que se configura na entrevista. São respostas do entrevistador às manifestações do entrevistado. Também não é de fácil manejo e requer boa preparação; 
6) Quais as recomendações das autoras quanto à entrevista com os pais? 
- avaliar a capacidade dos pais de elaboração da situação diagnostica atual e potencial. Observar os mecanismos de defesa que podem surgir; 
- avaliar as expectativas dos pais; 
- interesses; 
- ansiedade dos pais; 
- os mecanismos de defesas; 
- o campo psicológico; 
- verificar quem colabora, aceita tanto o diagnóstico como a possibilidade de mudanças e intervenções futuras da criança. 
7) Quais as recomendações das autoras quanto à entrevista com os pais separados? 
Podem comparecer juntos no atendimento ou se preferirem, podem comparecer individualmente na entrevista inicial. Esta decisão compete ao casal e precisa ser respeitada pelo psicólogo. 
8) Quais as recomendações das autoras quanto à entrevista com crianças adotivas? 
É importante examinar as fantasias de cada um dos pais sobre a adoção, com se sentem em relação à situação de pais adotivos e se a criança tem conhecimento de sua condição. No caso da criança não ter esclarecimento quanto a esta situação, focar sobre este aspecto: esclarecer os pais quanto à responsabilidade e as dificuldades que podem surgirno processo de avaliação pela falta de informação. 
9) Que são queixas manifesta e latente? 
O manifesto, que é aquele que a pessoa lembra e conta sobre o que sonhou. O segundo, o latente, que precisa ser decifrado através da interpretação e contém os significados profundos que traduzem a realização do desejo disfarçado. 
10) Numa entrevista quais os cuidados que o entrevistador deve ter? 
- tipo de entrevista; 
- a primeira impressão; 
- motivo da consulta; 
- aspectos transferênciais e contratransferências; 
- ansiedade do(s) entrevistado(s) e do entrevistador; 
- mecanismos de defesa; 
- expectativas do(s) entrevistado(s) e do entrevistador; 
- coerência no que verbaliza.
Estudo Dirigido 4 
1) Quais são as recomendações para a realização da entrevista com os pais apresentadas pela autora? Cite cada uma delas e justifique sua resposta. 
a) Motivo da Consulta 
É o mais difícil para os pais; 
◼ Tudo o que recordam é importante, embora não se lembrem de tudo, por reprimirem os conteúdos que são angustiantes; 
◼ Dados obtidos com os pais, devem ser comparados com os da análise da criança. 
b) Histórico da criança 
◼ Saber a resposta emocional (principalmente da mãe) ao anúncio da gravidez; 
◼ Se foi acidental ou desejada. Como os sentimentos evoluíram, se houve rechaço emocional; 
◼ Parto: não só o tipo, mas as respostas emocionais ligadas (conhecimento do processo, relação com o médico, se estava sozinha ou acompanhada). 
◼ Lactância: se natural ou não. Ritmo, freqüência, como reagiam à negação da criança na alimentação? Como costumavam acalmar o bebê? 
◼ Introdução à novos alimentos, desmame, uso de mamadeira. 
◼ Linguagem e marcha. 
◼ Controle dos esfíncteres (cedo, severo, tranqüilo), 
◼ Sexualidade 
◼ Jardim da infância e escola. 
c) Dia de vida 
- Reconstruir um dia de vida: dependência, independência, formas de castigo e prêmios, 
-Que horas e quem a desperta? Se veste sozinha? Como se alimenta? Preparam-lhe a comida ou lhe dão na boca? 
-Domingo, dia de festa e aniversário; 
d) Relações familiares 
Idades, papéis familiares, horas em que estão fora de casa, se trabalham, se vivem juntos ou não.

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