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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS LABORATÓRIO DE FÍSICA GERAL II – RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA II Coeficiente de Viscosidade Matheus Aguiar Vieira Belo Horizonte 2015 Matheus Aguiar Vieira LABORATÓRIO DE FÍSICA GERAL II – RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA II Coeficiente de Viscosidade Relatório referente à aula do dia 11/02/2015, entre 8h50 e 10h30, sobre o coeficiente de viscosidade de um líquido, para a disciplina Laboratório de Física Geral II, do curso de Engenharia Química na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, campus Coração Eucarístico. Professor: Euzimar Marcelo Leite Belo Horizonte 2015 RESUMO Viscosidade é a medida da resistência de um fluido ao movimento, podendo ser comparada com o atrito em caso de corpos sólidos em contato. Newton analisou o tempo gasto para um objeto atingir o fundo de um recipiente com um certo fluido para determinar a viscosidade desse. Quanto maior o tempo de queda, maior a viscosidade do fluido. O físico e matemático George Gabriel Stokes estudou o mesmo sistema e concluiu que o corpo em queda não deve sofrer aceleração a partir de um certo ponto, uma vez que atuam sobre ele a Força gravitacional ↓, o Empuxo ↑ e a própria viscosidade do líquido, que se anulam, resultando em uma velocidade constante, denominada velocidade terminal, ou velocidade limite. Emprega-se então a Lei de Stokes, a qual define que para corpos esféricos e pequenos, a força de atrito de viscosidade é diretamente proporcional ao raio da esfera, à sua velocidade e ao coeficiente de viscosidade do líquido. A unidade de medida do coeficiente do coeficiente de viscosidade é [(N/m2)*s]=[(Pa)*s] de acordo com o Sistema Internacional. Palavras chave: coeficiente de viscosidade, velocidade terminal e raio. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................4 2. PARTE EXPERIMENTAL ..................................................................................................5 2.1 - Objetivo...............................................................................................................................................................5 2.2 - Procedimentos ...............................................................................................................................................5 2.3 - Resultados.........................................................................................................................................................6 2.4 - Questionário ....................................................................................................................................................7 3. CONCLUSÃO.......................................................................................................................8 4 1. INTRODUÇÃO Um corpo pequeno e esférico que cai através de um recipiente contendo um líquido, atinge, depois de certo tempo, a velocidade limite, uma vez que a Força Gravitacional se iguala ao Empuxo somado à Força de Atrito de Viscosidade do líquido (F), onde podemos concluir que: 𝑚 ∗ 𝑔 = ρl * V * 𝑔 + F onde m equivale a massa da esfera, g corresponde a gravidade, ρl é a densidade do líquido, e V é o volume de líquido deslocado. Segundo a lei de Stokes, a Força de Atrito de viscosidade do líquido é diretamente proporcional ao raio da esfera (r), à sua velocidade (v) e ao coeficiente de viscosidade do líquido (𝜇), resultando na equação: 𝐹 = 6𝜋𝜇𝑟𝑣 Para encontrar o coeficiente de viscosidade do líquido, é necessário recordar que: 𝑚 = 𝜌 ∗ 𝑉 𝑉 = 4 3 𝜋𝑟3 Substituindo F, m e V na primeira equação, obtemos a seguinte equação: 𝜌𝑒 ∗ 4 3 𝜋𝑟3 ∗ 𝑔 = 𝜌𝑙 ∗ 4 3 𝜋𝑟3 ∗ 𝑔 + 6𝜋𝜇𝑟𝑣 sendo 𝜌𝑒 a densidade da esfera, isolando o coeficiente de viscosidade do fluido, e considerando a velocidade a ser utilizada na equação como a velocidade terminal, encontra- se a equação: 𝜇 = 2𝑟2𝑔(𝜌𝑒 − 𝜌𝑙)/9𝑣 5 2. PARTE EXPERIMENTAL 2.1 - Objetivo Determinar, através da equação obtida acima, o coeficiente de viscosidade de um liquido. 2.2 - Procedimentos Material utilizado: Tripé, régua milimetrada, cinco sensores fotoelétricos, cronômetro multifunções, tubo de vidro, duas esferas de diâmetros diferentes e mesmo material, acessórios para a fixação do tubo de vidro, glicerina, imã e paquímetro. Descrição do experimento: 1. Meça o diâmetro das esferas. 2. Determine a massa específica das esferas. 3. Determine a densidade da glicerina de acordo com a tabela da atividade anterior. 4. Fixe o tubo de vidro preenchido com glicerina ao tripé. 5. Fixe os sensores ao tripé com uma distância de mais ou menos 0,1 m entre cada sensor, estando o primeiro a 0,15 m da extremidade livre do líquido e conecte-os ao cronômetro. 6. Abandone a primeira esfera dentro do tubo e anote o tempo decorrido no deslocamento entre os pares de sensores. Repita o procedimento três vezes e faça o mesmo com a segunda esfera. Monte uma tabela para os dados de cada esfera 7. Calcule a velocidade das esferas em cada distancia percorrida para cada intervalo de tempo obtido, mas leve apenas a ultima velocidade em consideração 8. Calcule o valor médio da ultima velocidade (m/s) 9. Calcule a viscosidade do líquido (Pa*s) *OBS: porque apenas a ultima velocidade deve ser levada em consideração? A medida que a esfera percorre o cilindro, ela se aproxima da sua velocidade limite e, para encontrar a constante de viscosidade do líquido, é necessário levar em 6 consideração apenas a velocidade limite, portanto, utilizamos a ultima velocidade obtida durante a prática, que é a que mais se aproxima da velocidade limite. Diâmetro da esfera 1 : 0,00635m Diâmetro da esfera 2: 0,01025m Massa específica das esferas: 7,85*103kg/m3 Massa específica da glicerina: 1,26*103kg/m3 2.3 - Resultados Tabela 1: dados do movimento da esfera 1 (raio= 0,003175m) Deslocamento (m) Tempo (s) Velocidade (m/s) Valor médio da ultima velocidade (m/s) Viscosidade do líquido (Pa*s) 0,110 0,237 0,245 0,243 0,464 0,449 0,452 0,100 0,389 0,371 0,373 0,257 0,269 0,268 0,115 0,12593 0,111 0,862 0,766 0,747 0,128 0,145 0,149 0,104 0,993 0,927 0,862 0,105 0,112 0,129 Tabela 2: dados do movimento da esfera 2 (raio= 0,005175m) Deslocamento (m) Tempo (s) Velocidade (m/s) Valor médio da ultima velocidade (m/s) Viscosidade do líquido (Pa*s) 0,110 0,128 0,140 0,132 0,859 0,786 0,833 0,100 0,212 0,208 0,213 0,472 0,480 0,469 0,203 0,18952 0,111 0,448 0,416 0,416 0,248 0,267 0,267 0,104 0,534 0,510 0,492 0,195 0,204 0,211 7 2.4 - Questionário Pesquise sobre as condições de validade da fórmula de Stokes. O matemático e físico irlandês George Gabriel Stokes foi o responsávelpela lei e fórmula de Stokes, onde estuda o movimento de uma pequena esfera sólida através de um fluido, considerando a viscosidade desse. A fórmula de Stokes se restringe, entretanto, apenas a casos que analisem o movimento de esferas sólidas e que tenham atingido a velocidade terminal. Comente os resultados encontrados: Os resultados encontrados para a viscosidade do líquido analisando a esfera 1 e 2 são diferentes pois houveram possíveis erros na hora da medição das distâncias ente os sensores e do diâmetro das esferas, bem como erros ao realizar os cálculos e alguns outros erros ao proceder da prática. É claramente perceptível como as esferas ficam mais lentas ao se aproximar do final do tubo de vidro, uma vez que gastam mais tempo para percorrer aproximadamente as mesmas distâncias. 8 3. CONCLUSÃO Após várias realizações de medidas de tempo e previamente conhecida as distâncias percorridas, conseguimos determinar as velocidades de ambas as esferas. Para determinar o que queremos, necessitamos da velocidade final, a qual observamos uma velocidade que tende para ser constante (quando temos a igualdade de forças já apresentada na introdução acima). Após obtermos esses valores, de ambas esferas, aplicamos uma média e jogamos na equação para determinar o coeficiente de viscosidade. Veja a seguir os coeficientes de viscosidade encontrados: Esfera 1- Coeficiente de Viscosidade = 0,12593 Pa*s Esfera 2- Coeficiente de Viscosidade = 0,18952 Pa*s Considerando erros estatísticos e alguns pequenos erros durante a prática, podemos considerar os valores coerentes e semelhantes, uma vez que foram realizados no mesmo líquido, e concluímos que a prática nos permitiu calcular o coeficiente de viscosidade de um fluido.
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