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Psicologia Geral/Experimental (3º Semestre Psicologia) - Conteúdo Online

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PSICOLOGIA GERAL/EXPERIMENTAL
[presencial] 949W 
Módulo 1 – Comportamento reflexo e condicionamento 
clássico
Antes de iniciarmos o conteúdo específico deste módulo, será feita 
uma breve apresentação da ciência do comportamento e seus 
objetivos. Este conteúdo introdutório é necessário para que o 
aluno compreenda quais as razões e objetivos da ciência do 
comportamento. 
Quem foi Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990) ?
Skinner foi um autor e psicólogo estadunidense que conduziu 
trabalhos pioneiros em psicologia experimental e foi o propositor 
do Behaviorismo Radical, abordagem filosófica que busca 
entender o comportamento inteiramente em função da história 
ambiental de reforçamento que por sua vez deu origem ao corpo 
teórico da Análise do Comportamento.
Foi o propositor do condicionamento operante, uma evolução do 
condicionamento clássico. Lecionou na Universidade de Harvard 
onde também fez pós graduação.
Escreveu uma série de livros que servem de referência para a 
psicologia comportamental. Sendo o mais famoso: Ciência e 
Comportamento Humano de 1953 
Mais informações: http://pt.wikipedia.org/wiki/
Burrhus_Frederic_Skinner
 A Ciência pode Ajudar?
 Skinner acredita que o poder do homem é maior do que sua 
sabedoria – por isso temos as guerras, armas, fome e pobreza. 
 Acredita que a Ciência foi corresponsável pelas calamidades 
humanas, já que ela participa como tecnologia destes processos. 
 A ciência não esta errada, mas sim a sua aplicação.  Skinner 
propôe uma ciência para compreender o comportamento humano e 
colaborar para a melhora na qualidade de vida e na manutenção da 
sobrevivência, já que acredita que estamos num caminho da auto-
destruição. 
Os objetivos da ciência: 
A ciência não é mera descrição de fatos, é uma tentativa de se 
descobrir uma ordem e relação entre acontecimentos. A ciência 
prevê, trata o passado e o futuro. Tenta manipular o futuro. 
Se vamos usar métodos da ciência no campo humano, devemos 
supor que o comportamento, como os eventos da natureza, é 
ordenado e determinado.
Essa possibilidade desagrada muitas pessoas por se opor a uma 
tradição longa que encara o homem como um agente livre, cujo 
comportamento é o produto, não de condições antecedentes 
específicas, mas de mudanças interiores espontâneas.
Questão Comentada:
Ao questionar a possibilidade de liberdade humana Skinner 
propõe:
A) que não podemos fazer nada a não ser reagir aos estímulos 
ambientais
B) que a solução é uma sociedade na qual as pessoas não tem 
liberdades civís ou religiosas
C) que a suposição do comportamento como algo determinado 
abre a possibilidade para melhorias no panorama da humanidade
D) que a ciência irá solucionar todos os problemas desde que 
receba verba para fazer suas pesquisas
E) que não existem diferenças entre o homens e os animais
Resposta: "C" . Skinner, parte do pressuposto que se o 
comportamento é um fenômeno determinado, isto abre a 
possibilidade de controle o que possibilita que mudanças concretas 
sejam realizadas. Mudanças que visam o bem estar da humanidade 
e do planeta e que sejam construídas através do método científico 
(e não político ou moral). As outras alternativas apresentam visões 
distorcidas da concepção de Skinner sobre a ciência,  o 
comportamento ou a noção de liberdade.
O Reflexo Inato
Objetivos: 
compreender o conceitos de reflexo como relação estímulo-
resposta.
compreender as propriedades do reflexo
entender a relevância do reflexo no estudo das emoções
Uma alteração no ambiente que produz uma alteração no 
organismo. Por exemplo: quando um alimento é levado à boca, o 
organismo produz salivação. Quando uma luz é direcionada para o 
olho, a pupila se contrai. Quando ocorre um forte barulho, você se 
assusta. Quando encosta a mão em um objeto muito quente o 
braço se contrai.
 Estes são exemplos de reflexos inatos, ou seja, é uma preparação 
mínima para sobrevivência e fazem parte do repertório 
comportamental dos organismos desde o nascimento.
 A relação é representada desta forma: 
Estímulo (S¹) elicia ( →) resposta (R¹) 
Ex: 
Luz elicia contração na pupila
Calor elicia sudorese
Fogo elicia contração muscular
Forte barulho elicia sobressalto
É importante observar que para a psicologia, reflexo significa 
sempre uma relação, entre um evento do ambiente (estímulo) e um 
evento do organismo (resposta), sendo que se diz que o estímulo 
elicia (provoca) a resposta.
Na relação reflexa o estímulo sempre ocorre antes da resposta.
Como que se mensura o reflexo?
As medidas utilizadas são: intensidade do estímulo e magnitude da 
resposta 
Para poder estudar a relação reflexa, é necessário quantificar tanto 
o estímulo como a resposta e para isso utilizamos as medidas 
técnicas padrão, veja os exemplos:
Estímulos:
Som – medido em decibéis
Choque – medido em volts 
Calor – medido em graus celsius
Alimento – medido em gramas 
Respostas:
Salivar – gotas de saliva (mililitros)
Contração pupilar – diâmetro da pupila (milímetros)
Taquicardia – batimentos por minuto
Então já sabendo como se pode medir tanto o estímulo como a 
resposta, os primeiros cientistas comportamentais realizaram uma 
série de experimentos e descobriram algumas propriedades ou leis 
do reflexo que são universais para todos os organismos.
Note que a descoberta destas propriedades faz parte dos objetivos 
da  objetivos da ciência, descobrir as características principais e 
padrões de ocorrência e relações constantes.
Intensidade-magnitude: intensidade do estímulo é diretamente 
proporcional à magnitude da resposta
Esta propriedade ocorre da seguinte forma: quanto mais intenso 
(forte) é o estímulo, maior a magnitude (força) da resposta.
Ou seja, se uma explosão muito forte ocorrer, o susto será 
proporcionalmente grande. Se uma luz fraca incidir sobre a pupila, 
ela irá se contrair muito pouco.
Procure lembrar de coisas parecidas que já ocorreram com você e 
verifique como esta relação intensidade-magnitude ocorreu.
Limiar: Limites mínimo-máximo para eliciar uma resposta
A propriedade de limiar descreve que existe um limite mínimo e 
um limite máximo para o qual o organismo responde, ou seja, se 
uma luz muito fraca incidir sobre a pupila, ela poderá não se 
contrair, ou seja, esta abaixo do limiar mínimo para que ocorra o 
reflexo.
Se uma luz muito forte incidir sobre a pupila, ela vai se contrair ao 
máximo, mas depois se a luz aumentar, a pupila não vai contrair 
mais, pois foi atingido o limiar máximo do reflexo.
Entenda como um intervalo entre o que o mínimo que organismo é 
capaz de sentir e o máximo que ele é capaz de responder. 
Estes valores mínimo e máximo podem variar sensivelmente de 
organismo para organismo. 
Latência: Intervalo temporal entre os eventos de estímulo e 
resposta. 
Quando você leva um choque, se passa um intervalo temporal 
entre o estímulo (choque) e a resposta (contração e taquicardia). 
Pode ser um intervalo muito curto, ou então um um intervalo mais 
longo quando temos uma temperatura alta (estímulo) que elicia a 
resposta de sudorese. 
Esta propriedade estabelece que quanto maior a intensidade do 
estímulo menor a latência do reflexo (estímulo que elicia a 
resposta)
Assim se estivermos em um ambiente com 30 graus celsius vamos 
demorar mais tempo para começar a suar do que se estivermos em 
um ambiente com 40 graus celsius.
Note que além de suar antes, vamos suar mais (vide a propriedade 
Intensidade-magnitude) se estivermos em um ambiente com 40 
graus em relação a um ambiente com 30 graus.
Além do tempo ser menor, a duração da resposta também varia de 
acordo com a intensidade do estímulo, ou seja, vamos suar antes e 
vamos suar por mais tempo neste ambiente de 40 graus. 
Habituação e Potenciação: Efeitos de eliciações sucessivas da 
resposta: 
Quando ocorrem eliciações sucessivas da resposta, é possível que 
o organismo fique habituado a elas.Em alguns casos podem ocorrer habituação (a magnitude da 
resposta diminui) e em outros pode ocorrer potenciação (a 
magnitude da resposta aumenta)
Exemplos de habituação: 
As pessoas que vivem em grandes cidades ou próximas à 
aglomerações, deixam de “escutar” todo aquele ruído como se ele 
tivesse bem diminuído. 
Ou aqueles que vivem em ambientes muito frios, quando vem 
visitar o Brasil, mesmo no inverno falam que sentem calor. 
O organismo fica habituado a estimulação e deixa de reagir a ela 
com a mesma intensidade.
Na potenciação o efeito é inverso: o organismo fica mais sensível. 
Supondo que você esteja com enxaqueca, qualquer barulho parece 
insuportável. Isto é um efeito da potenciação de respostas.
Reflexos e estudo das emoções
Não sei se você está se perguntando: qual a relevância disso tudo 
para a psicologia? É preciso entender que se falando de ciência, 
precisamos sempre começar pelas coisas simples para depois ir 
para as mais complexas. E o reflexo inato é um dos tipos de 
comportamentos mais simples que existem. 
Mas mesmo falando de algo simples podemos entender um 
comportamento que é foco da psicologia: as emoções humanas
Muitas de nossas emoções são respostas reflexas à estímulos 
ambientais: Medo, alegria, raiva, tristeza, excitação sexual etc 
Se você for observar, quando sentimos emoções, estamos também 
respondendo de forma reflexa, ou seja, uma ação do ambiente 
elicia parte de nossas emoções.
Na presença de um bandido (estímulo), sentimos medo (resposta).
Na presença de um cão bravo latindo (estímulo), sentimos medo 
(resposta)
A resposta de medo, na verdade é um conjunto de respostas 
fisiológicas: aumento da frequência de batimentos cardíacos, 
constrição capilar dos vasos sanguíneos e secreção de adrenalina.  
O mesmo ocorre nas outras emoções e é lógico que esta não é a 
única forma nem conseguimos compreender tudo relacionado as 
emoções, mas já é um passo (científico) para compreensão deste 
tema tão importante para a psicologia. 
Respostas emocionais tem valor de sobrevivência para as espécies. 
Imagine se frente ao bandido ou ao cão raivoso, nós não fossemos 
capazes de reagir de maneira reflexa. Sem medo seria muito 
provável que levássemos uma mordida ou um tiro e assim a 
sobrevivência estaria ameaçada.
Por isso os reflexos tem grande papel para a sobrevivências das 
espécies. E é importante notar que os reflexos inatos são 
universais para os organismos. Não é ainda algo relacionado a sua 
história de vida, mas a história de toda a nossa espécie.
Se um animal não reagir frente a um predador, ele será facilmente 
comido e assim sua espécie como um todo fica ameaçada.
Concluindo, boa parte do que entendemos como emoções são 
respostas fisiológicas
Exercício Comentado:
Considere a seguinte situação:  Um predador se aproxima de sua 
presa e esta tenta fugir rapidamente.
São exemplos de reflexos:
I - o aumento da frequência de batimento cardíaco da presa na 
presença do predador
II - a tentativa de fuga 
III- a respiração da presa
São verdadeiras as seguintes afirmações:
A) I e II
B) II e III
C) I e III
D) I
E) II 
Resposta: D. Predador elicia aumento da frequência de batimento 
cardíaco, isto é um reflexo (estímulo elicia resposta). As outras 
alternativas contém opções de resposta isolada ou de 
comportamentos que não são reflexos (fuga).
Resumo dos conceitos:
Estímulo: alterações do ambiente que produz mudança nos 
organismos
Reposta: alterações do organismos produzidas por mudanças do 
ambiente
Reflexo: relação entre estímulo e resposta (estímulo elicia 
resposta)
Intensidade do estímulo: força do estímulo
magnitude da resposta: força da resposta 
Saiba mais em:
MOREIRA, M. B; MEDEIROS, C. A. Princípios básicos de 
análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007. Cap. 1.
http://www.freewebs.com/janeladeskinner/
http://www.psicologiaeciencia.com.br/categoria/conceitos-basicos/
 
O reflexo aprendido: Condicionamento Pavloviano 
Objetivos: 
Compreender o condicionamento reflexo
A relevância do condicionamento reflexo para as emoções
As operações de generalização e extinção reflexa 
Ivan Petrovich Pavlov e a descoberta do reflexo aprendido:
Pavlov era um fisiologista russo que estudava reflexos inatos e 
descobriu acidentalmente o “condicionamento pavloviano”. 
Percebeu que antes mesmo de colocar a comida na boca de um 
cachorro para medir a salivação, o cachorro já salivava (ao ver a 
comida). Passou então a estudar como os organismos aprendiam 
novos reflexos.
Saiba mais sobre Pavlov aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/
Ivan_Petrovich_Pavlov
A aprendizagem de novos reflexos também tem relação com a 
sobrevivência das espécies, pois apenas com o repertório dos 
reflexos inatos, isto pode não ser suficiente para um organismo 
sobreviver num mundo em constante mudança. 
O experimento clássico acontecia assim:  Era feito um 
emparelhamento entre som de uma sineta e apresentação de carne 
me pó para o cão e medição da quantidade de saliva produzida. 
Ele apresentava inicialmente apenas o som e o cão não salivava.
Depois apresentava o som e logo após a comida e o cão salivava 
(pois a comida é um estímulo que elicia salivação).
Após várias apresentações de som + comida, ele apresentava 
novamente apenas o som e o cão passava a salivar.
Pavlov realizava as medições da quantidade de saliva (magnitude 
da resposta) e da intensidade dos estímulos (quantidade de comida 
e decibéis do som).
Vocabulário do condicionamento pavloviano:
Estimulo neutro (NS): É um estímulo que não elicia uma 
determinada resposta, é neutro para aquela resposta. Ex: o som 
não elicia salivação mas pode eliciar um sobressalto caso ele seja 
muito alto.
Emparelhamento: operação de apresentação de um estímulo 
seguido a outro estímulo para produzir condicionamento.
Estimulo incondicionado (US),  Resposta incondicionada (UR): 
relação reflexa entre um estímulo que elicia uma resposta como 
um reflexo inato (não aprendido). Ex: a comida elicia salivação.
Reflexo condicionado, estímulo condicionado (CS), resposta 
condicionada (CR): Relação reflexa entre um estímulo que passa a 
eliciar uma resposta depois de um condicionamento feito por 
emparelhamento.  Diz que agora o som passa a eliciar salivação 
sendo ambos estímulo e resposta condicionada.
Exercício Comentado:
Não é um exemplo de reflexo condicionado:
A) gostar de churrasco
B) desejar sexualmente uma pessoa do sexo oposto
C) desejar sexualmente uma pessoa do mesmo sexo
D) tremer no frio
E) gostar de sentir frio
Resposta: D. Tremer no frio e um reflexo inato, apesar disso é 
possível gostar de sentir frio que é um reflexo condicionado. 
Gostar de churrasco e atração sexual por pessoas são exemplos de 
reflexos condicionados pois foram aprendidos no decorrer da 
história de vida. 
Condicionamento Pavloviano e o estudo das emoções
Já vimos que em grande parte as emoções também são relações 
entre estímulos e respostas. Os organismos aprendem a se 
“emocionar”. Difícil de controlar (são reflexas). 
Outros comportamentos que podemos compreender sob o 
paradigma do reflexo condicionado são as Fobias, “perversões”, 
modas, vínculos amorosos, “personalidade” etc.
Um fetiche por saltos altos também é um emparelhamento entre o 
sapato (originalmente neutro) e o corpo feminino (que elicia 
excitação sexual).
Generalização respondente: estímulos que tem semelhança física 
com o estímulo condicionado podem passar a eliciar a resposta 
condicionada. 
Se o cachorro aprendeu a salivar na presença de um som, um outro 
som com tonalidade parecida também irá eliciar a resposta de 
salivação. 
Da mesma forma se uma criança aprendeu a ter medo de dentista, 
ela poderá apresentar a mesma resposta reflexa quando estiver na 
presença de um médico ou de uma enfermeira. (roupa branca 
elicia resposta de medo)
A magnitude da resposta depende do grau de semelhança entreos 
estímulos em questão. 
Assim é possível descobrir um gradiente de generalização, entre 
estímulos e respostas reflexas variando os estímulos. 
Uma pessoa que tem fobia de cachorros terá um gradiente de 
generalização no qual terá pouco medo frente a um cachorro de 
pelúcia, um medo de média magnitude frente a um cachorro 
pequeno e um medo de alta magnitude frente a um cachorro 
grande e latindo.
Respostas emocionais condicionadas comuns: 
Muitas de nossas respostas emocionais não são inatas, a maior 
parte delas é aprendida. Mesmo que todos nós tenhamos os 
mesmos reflexos, isso se deve a uma história de aprendizagem 
comum. O medo de altura é um exemplo. Ele é aprendido e não 
inato. Como praticamente todos nós já passamos por eventos 
relacionados a quedas ou a perigos envolvendo alturas, passamos a 
ter este reflexo condicionado. 
Extinção respondente e recuperação espontânea
Caso ocorra a apresentação sucessiva do estímulo condicionado 
sem o emparelhamento, o estímulo condicionado perde a função 
de eliciar a resposta.
Caso o som seja apresentado ao cachorro por diversas vezes sem 
que sejam feitos outros emparelhamentos com comida, o som irá 
perder sua função de estímulo condicionado, voltando a ser um 
estímulo neutro para a resposta de salivar.
Um fenômeno comum durante o processo de extinção é a 
recuperação espontânea, na qual a resposta que já estava extinta 
por um tempo, quando exposta novamente ao estímulo 
condicionado, retorna durante um período e depois se extingue 
completamente.
É importante notar que a extinção ocorre apenas com a apenas 
com a exposição sistemática ao estímulo e não com a passagem do 
tempo, então se uma pessoa tem um “trauma”, esse “trauma” não 
irá passar com os anos, caso ela não seja exposta de maneira 
sistemática ao objeto que produz o medo.
Contracondicionamento e dessensibilização sistemática
São duas operações que se utilizam do condicionamento clássico 
para tratamento de problemas psicológicos. 
No contracondicionamento um estímulo que elicia uma resposta 
contrária a que atualmente ocorre é emparelhado com o reflexo 
que se quer alterar.
Ex: junto com o cigarro o indivíduo toma um xarope que elicia 
vômitos. Depois de se estabelecer o condicionamento o cigarro 
passa a eliciar vômitos  também.
Este tipo de procedimento é algo relativamente antiquado e não 
deve ser utilizado sem muito conhecimento técnico e experiência.
Na dessensibilização sistemática, o organismo é exposto ao 
estímulo que elicia uma resposta de maneira frequente e gradual 
(usando um gradiente de estímulos) de forma que a extinção 
ocorra em todos os estímulos do gradiente.
Um exemplo: para uma pessoa com medo de ir ao dentista, ela 
inicialmente é exposta a pessoas vestidas de branco em outros 
ambientes, depois exposta ao dentista em seu consultório sem 
sentar na cadeira e depois senta na cadeira mas sem nenhum 
procedimento odontológico e no final é realizado o procedimento 
odontológico.
Só se passa para o próximo passo quando a resposta reflexa já foi 
extinta no passo anterior.
Aplicações do Condicionamento Pavloviano: Terapia, Medicina, 
Propaganda, etc: É possível verificar que muito se pode fazer com 
o condicionamento pavloviano. A publicidade se utiliza muito 
deste procedimento, por exemplo emparelhando um objeto à 
venda com pessoas famosas ou situações agradáveis. 
É importante observar que embora isto seja utilizado, não 
necessariamente os psicólogos estão envolvidos com este tipo de 
prática, pois na psicologia temos um código de ética que não é 
compartilhado com outros profissionais.
Veja mais:
MOREIRA, M. B; MEDEIROS, C. A. Princípios básicos de 
análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007. Cap. 1.
http://www.youtube.com/watch?v=YhYZJL-Ni7U (O Cão de 
Pavlov)
Exercício comentado: 
Assista ao vídeo do caso do Pequeno Albert: http://
www.youtube.com/watch?v=KxKfpKQzow8
http://translate.google.com.br/translate?js=n&prev=_t&hl=pt-
BR&ie=UTF-8&layout=2&eotf=1&sl=en&tl=pt&u=http://
en.wikipedia.org/wiki/Little_Albert_experiment (caso não consiga 
abrir o vídeo leia este texto) 
Sobre o vídeo podemos afirmar que:
I – Watson acreditava que os traumas não estavam relacionados 
aos reflexos condicionados
II – No experimento com o pequeno Albert a resposta de medo ao 
rato era inata.
III – O som da sineta é considerado um estímulo incondicionado 
para a resposta de medo.
IV – Seria possível, utilizando o condicionamento clássico, 
ensinar ao pequeno Albert a não mais ter medo de ratos
Estão corretas as seguintes afirmações
A – I e II 
B – II e III
C – III e IV
D – I e IV
E – II e IV
Antes de verificar a resposta correta uma nota: tal experimento 
nunca poderia ser realizado nos dias de hoje, por conta das normas 
éticas relacionadas as pesquisas com seres humanos. 
Resposta correta: alternativa C. 
Caso você tenha assinalado outras alternativas, procure descobrir 
qual foi a razão de seu erro, pois de acordo com o que estudamos 
os traumas estão relacionados à condicionamento reflexo e a 
resposta de medo de Albert foi aprendida durante o experimento. 
Módulo 2
Já foi visto no Módulo 1 que o reflexo é estímulo que elicia 
resposta. E a aprendizagem se dá por emparelhamento de 
estímulos. Tal modelo se mostrou limitado pois o reflexo e as 
emoções apenas predispõem os organismos para algum tipo de 
ação e nesse sentido, quais são as outras fontes de controle de 
nossas ações? 
Aprendizagem pelas consequências: O reforço
Neste módulo serão abordados os seguintes assuntos: 
comportamento operante, conceito de reforço, extinção e 
modelagem de novos comportamentos.
B. F Skinner propôs o modelo do comportamento operante como 
aquele que produz consequências como modificações no ambiente 
e é afetado por elas. Este tipo de comportamento engloba a 
maioria de nossos comportamentos ou ações, como os processos 
de aprendizagem, conhecimento, linguagem, ser quem somos e ter 
personalidade. 
O modelo esquemático deste comportamento é: R > C (resposta - 
produz - consequência) 
O comportamento operante produz consequências no ambiente. 
Estas consequências são entendidas como mudanças no ambiente. 
Exemplos:
Fazer uma pergunta - ouvir uma resposta
Estudar - aprender e/ou tirar boas notas
Apertar um botão - assistir televisão
Sair correndo - aumentar a distância do predador
Entregar dinheiro - receber um produto
Se tratando de comportamento operante, o comportamento é 
afetado ou controlado por suas consequências. Isto quer dizer que 
estas consequências vão ter influência nos comportamentos 
similares no futuro. Quando o organismo estiver nas mesmas 
condições anteriores dependendo das consequências do 
comportamento no passado, é possível prever qual será o 
comportamento no futuro.
É importante observar que tal processo ocorre independente de 
nossa aceitação, concordância ou mesmo consciência, ou seja, é 
um processo natural no qual se considera comportamento operante 
a relação entre resposta e consequência. 
Tal processo também ocorre independente de critérios de 
aceitabilidade social. 
Exemplos:
Bagunça em casa - atenção dos pais
Ser "durão" - respeito das pessoas
Fazer "birra" - ganhar brinquedos
A partir destes exemplos é importante fazer uma observação: 
enquanto o senso comum diz "bagunceiro" "birrento" e "bravo" 
como explicações para comportamentos, a análise do 
comportamento analisa as condições de ocorrência destes 
comportamentos. Ao invés de rotular observa oportunidades para 
manipulação e para modificar o comportamento.
Então, o que leva uma criança a ter comportamento de birra? Se 
observarmos as consequências destes comportamentos 
provavelmente teremos uma melhor compreensão do processo. 
Como a criança em geral recebe atenção e tem seus pedidos 
atendidos quando faz birra, consideramos que esta é a causa. 
Para modificar este panorama, para quea criança deixe de fazer 
birras o indicado é que atenção, brinquedos e outras consequências 
sejam dadas para comportamentos considerados adequados e não 
para a birra.
Os rótulos dados pelo senso comum como explicação para o 
comportamento são denominados "mentalismos", pois em geral se 
referem a estados mentais ou estados internos do organismo. Isto é 
um problema pois desvia a atenção da relação resposta-
consequência para dentro do organismo ou para sua mente, nos 
confundindo.
Exercício comentado:
Considere as seguintes situações:
I - Criança derruba um vaso - o vaso se quebra
II - a criança chora - quando o pai se aproxima gritando
III - A criança aumenta a intensidade do choro - o pai a desculpa
Observamos relação de resposta-consequência no comportamento 
da criança em:
A) I
B) II
C) III
D) II e III
E) I e III
Resposta: E. A alternativa II apresenta uma relação reflexa, pois a 
aproximação do pai gritando é um estimulo que elicia choro na 
criança. Os outros ítens apresentam relações de resposta-
consequência
O Reforço: 
O comportamento produz consequências e é controlado por elas 
(em termos de probabilidade de ocorrência) – Esta relação tem o 
nome de relação reforçadora. A consequência neste caso é 
considerada um reforço.
O organismo emite resposta – esta produz alterações no ambiente. 
É reforço. Ou seja, "se" resposta, "então" consequência. Esta 
relação de dependência se-então, tem o nome de contingência de 
reforço.
Se a criança faz birra, então o pai dá um brinquedo. É uma 
contingência de reforço.
Se você atende o telefone, então você conversa com quem te 
ligou. É uma contingência de reforço
O que define um estímulo como reforçador? Pois é bem possível 
que brinquedo não seja reforçador para todas as pessoas, bem 
como conversar ao telefone ou quaisquer outros exemplos de 
consequência citados anteriormente ou que possamos imaginar. 
Assim, como na maioria dos conceitos de análise do 
comportamento, as coisas se definem através da relação que 
mantém com o organismo ou o ambiente.
Um estímulo é reforçador pelo seu efeito sobre o comportamento. 
Sua relação com o comportamento. Não é definido por suas 
características físicas, julgamentos, aceitabilidade social, etc.
Provavelmente um brinquedo poderá ser reforçador para o 
comportamento de uma criança, mas não de um adulto. Já um 
ingresso para um show de rock poderá ser reforçador para alguns 
adultos mas para outros não. Isto depende da história de vida ou 
de aprendizagem destas pessoas.
Reforçadores Naturais versos Reforçadores Arbitrários
Quando se fala em reforçamento é importante diferenciar reforço 
natural de reforço arbitrário. 
Em geral quando se fazem críticas à análise do comportamento 
por ser favorável ao uso do reforço, em geral tais críticas estão 
focadas no uso do reforçamento arbitrário que realmente pode 
produzir alguns problemas.
No reforçamento natural em geral as consequências são 
produzidas "naturalmente" ou seja, são as que normalmente se 
seguem ao comportamento. 
Ex: 
Estudar - aprender
Tocar música - ouvir música
Saber matemática - resolver problemas com números
Já no reforçamento arbitrário produtos indiretos são usados como 
consequência:
ex: 
Tocar instrumento – receber dinheiro
Estudar - tirar nota na prova
Saber matemática - ganhar presente dos pais
Assim, nem sempre reforçar quer dizer, comprar, chantagear, 
recompensar ou trocar. 
O problema aqui são as consequências a longo prazo, dispersas, 
etc.
Como que uma criança vai se "conscientizar" que deve estudar 
para que quando adulto possa trabalhar e sobreviver? 
Assim, reforçadores arbitrários podem ser utilizados inicialmente 
pois aumentam a chance de que a pessoa entre em contato com 
reforçadores naturais no futuro.
Uma criança que é reforçada com boas notas, com presentes e 
atenção quando estuda, tem maiores chances de que no futuro 
possa estar sensível ao aprendizado por sí só.
Outros efeitos do reforço:  Diminuição da freqüência de outros 
comportamentos
Um outro efeito conhecido do reforço é a diminuição da 
frequência de outros comportamentos e a diminuição da 
variabilidade na topografia (forma) da resposta reforçada, pois o 
responder ocorre com maior precisão. 
Imagine um jogador de futebol treinando cobrança de faltas. 
Conforme suas respostas são reforçadas (bola indo em direção ao 
gol) cada vez mais ele vai executar o chute de maneira mais 
similar e não vai tentar inovações para cobrar a falta.
Exercício comentado:
Uma criança está aprendendo a ler e a professora relatou que não 
aceita que sejam lidos gibis e/ou outros materiais que não a 
cartilha utilizada na escola. Ao exigir que apenas a leitura da 
cartilha seja considerada uma resposta a ser reforçada a professora 
está:
A) reforçando naturalmente
B) reforçando arbitrariamente
C) condicionando de maneira reflexa
D) punindo diferencialmente
E) aplicando critérios pedagógicos 
Resposta: B. A professora está reforçando arbitrariamente pois 
especifica que apenas a leitura de um material será reforçada e não 
a leitura de qualquer material. Isto porque a leitura de qualquer 
material iria produzir a consequência natural de aprender a ler ou a 
conhecer um assunto novo. 
Extinção Operante: 
Quando ocorre a suspensão do reforço ocorre a diminuição da 
frequência de ocorrência do comportamento, ou seja, os efeitos do 
reforço são temporários.
Se a consequência deixa de ocorrer a resposta que anteriormente 
produzia a consequência também deixa de ocorrer com o tempo.
Para estudar isso a análise do comportamento faz uma prova 
usando a metodologia A – B – A (nível operante , reforço, 
extinção)
Inicialmente observa o comportamento não condicionado, passa a 
reforçar este comportamento e depois deixa de reforça-lo.
O processo não ocorre imediatamente, existe a resistência à 
extinção: o número de respostas ou tempo até que o organismo 
pare de responder
Fatores de influência da resistência à extinção: número de reforços 
anteriores, o custo de resposta, esquemas de reforçamento. 
Aqui está outra questão que diz respeito a explicação mentalista 
do senso comum, ao invés de rotular (como explicação) a pessoa 
como perseverante, insistente, empenhado, teimoso ou mesmo 
fraco, desistente etc, nós observamos a relação entre resposta e 
consequência na história de reforçamento.
Assim uma pessoa rotulada de insistente, provavelmente passou 
por uma história de reforço diferente de outra considerada 
facilmente desistente.
Outros efeitos da extinção:
Efeito principal: retorno da freqüência de resposta aos níveis 
prévios (nível operante). 
Aumento da frequência da resposta no início do processo de 
extinção. 
Aumento da variabilidade da topografia (forma) da resposta. 
Eliciação de respostas emocionais durante o processo (raiva, 
ansiedade, irritação, frustração etc)
Exercício comentado:
Um pai depois de consultar um psicólogo resolveu colocar em 
extinção o comportamento de birra de seu filho. Então quando este 
começou a fazer birra o pai nada fez. É provável que ocorra 
imediatamente:
A) aumento na frequência e intensidade da birra
B) diminuição da frequência e intensidade da birra
C) comportamentos adequados por parte da criança
D) diminuição da variabilidade da resposta de birra
E) substituição da birra por choro reflexo
Resposta: A. Como o pai iniciou o processo de extinção o 
primeiro efeito esperado é o aumento da frequência de resposta de 
birra. Será um desafio para o pai, mas se ele conseguir manter-se 
sem dar consequências para a birra ela irá cessar depois de passar 
pelo processo de extinção.
Modelagem: aquisição de comportamento
Sabemos que os comportamentos existentes são selecionados 
(mantidos ou extintos) pelas consequências. Mas como um novo 
comportamento passa a fazer parte do repertório comportamental 
de um organismo? Como iniciar o processo de aprendizagem?Novos comportamentos sempre surgem a partir de 
comportamentos que já existem em nosso repertório 
comportamental.
O processo de modelagem ocorre por: reforçamento diferencial de 
aproximações sucessivas a um comportamento alvo. Reforçar 
algumas respostas e outras não (baseado em critérios) sendo a 
característica fundamental a imediaticidade do reforço.
No laboratório temos um exemplo muito claro do processo, na 
modelagem da resposta de pressão à barra.
Inicialmente o aluno reforça o comportamento de se aproximar à 
barra. Quando este comportamento já está estabelecido, passa 
agora a reforçar apenas o olhar para a barra. Depois o levantar em 
frente a barra e depois pressionar a barra.
Quando se passa de uma etapa para a outra para o rato é como se o 
comportamento anterior estivesse em processo de extinção, então 
ele vai começar a responder com maior frequência e variabilidade. 
É provável que neste processo ele, por acaso, responda com a 
resposta requerida para o próximo passo que é reforçada e assim 
se inicia o processo novamente.
Exercício comentado:
Aplicando-se o processo de modelagem na habilidade de desenhar 
um professor se utiliza dos seguintes procedimentos:
I - inicialmente aceita desenhos com traços irregulares e sem 
pintura completa
II - aceita apenas desenhos completos e bem feitos
III - aceita qualquer tipo de desenho
Fazem parte de procedimentos da modelagem
A) I
B) II
C) III
D) I e III
E) I e II
Resposta: A. O professor inicialmente deve aceitar desenhos "mal 
feitos" como uma primeira etapa do comportamento de desenhar, 
para depois passar para uma próxima etapa onde o critério de 
exigência será maior até que ele finalmente aceite apenas desenhos 
completos e bem feitos. 
Saiba mais em:
Bibliografia básica:
MOREIRA, M. B; MEDEIROS, C. A. Princípios básicos de 
análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007. Cap. 3
Módulo 3
Aprendizagem pelas consequências: o controle aversivo. 
Objetivos: Compreender controle aversivo do comportamento, 
reforçamento negativo (fuga e esquiva), Punição (positiva e 
negativa) e contra-controle.
Foi abordado no módulo 2 a aprendizagem pelas consequências 
reforçadoras. A princípio se abordou a relação reforçadora 
positiva, ou seja, que ocorre pela apresentaçao de estímulo como 
consequência ao comportamento. 
Além dessa, existem outros tipos de relação entre as respostas e 
consequências: reforço negativo, punição positiva e punição 
negativa, que serão abordados a seguir. Estas três formas de 
controle do comportamento são consideradas como controle 
aversivo. Aversivo pois o organismo se comporta para algo não 
acontecer, para evitar ou fugir de algo.
Considera-se um estímulo como aversivo por critérios relacionais, 
ou seja, apenas observando a relação entre resposta e 
consequência e não com algum tipo de pre-definição como: 
choque, castigo físico, fedor, etc. Tais estímulos apesar de terem 
maior probabilidade de serem aversivos, podem ter função 
reforçadora positiva para algumas pessoas. Ex: a diferença entre 
cheiro bom e fedor geralmente é cultural e tem relação com 
história de vida.  
É importante observar que das quatro formas de controle do 
comportamento, reforço positivo ou negativo e punição positiva 
ou negativa, apenas a primeira é considerada como não aversiva 
ou coercitiva.
Também a denominação positiva e negativa não segue nenhum 
juízo de valor ou referencial de bom ou ruim, bem ou mal. 
É considerado positiva uma relação na qual estimulação é 
acrescentada/apresentada. Positivo como um sinal de + (soma, 
adição).
É considerada negativa uma relação na qual estimulação é 
subtraída/terminada.  Negativo como um sinal de - (subtração, 
retirada)
Exercício comentado:
Não é um exemplo de controle aversivo do comportamento:
A) Um criminoso assalta uma residência e pega uma quantia de 
dinheiro
B) O criminoso é perseguido por um policial após realizar um 
assalto
C) O criminoso é julgado e fica preso por alguns meses
D) Um cliente compra um seguro e alarme residencial para se 
proteger de criminosos
E) Uma criança é picada por uma abelha após tentar pegá-la com a 
mão
Resposta: A. Para o criminoso o assalto produz dinheiro, logo esta 
relação é reforçadora positiva. Note que o exemplo é utilizado 
para que fique claro que o foco é na relação e não em 
características boas, ruins, benéficas ou maléficas. 
Reforço Negativo
Contingências de Reforço Negativo também aumentam ou 
mantém comportamentos que as produzem.
Vestimos roupas de inverno para evitar o frio.
Levamos o carro ao mecânico para evitar um mal funcionamento 
ou após uma avaria
Dedetizamos para evitar insetos
Vamos ao médico quando estamos doente ou para prevenir 
doenças
Nos exemplos acima a consequência é sempre a retirada ou 
evitação de alguma estimulação aversiva.
O exemplo de laboratório deixa clara a diferença entre reforço 
positivo e negativo
Reforço positivo: rato pressiona barra e recebe alimento como 
consequência.  Estímulo é adicionado. A resposta tente a se manter 
ou a aumentar de frequência sob as mesmas condições.
Reforço negativo: rato pressiona barra e um choque elétrico é 
desligado. Estimulo é subtraído. A resposta tende a se manter ou a 
aumentar de frequência sob as mesmas condições 
Ainda a contingência de reforço negativo pode ser de dois tipos: 
fuga e esquiva.
Na fuga, ocorre a eliminação ou subtração da estimulação aversiva 
que estava previamente presente. O rato desliga o choque, a dona 
de casa mata a barata, vai ao médico quando fica doente.
Em geral a fuga é a primeira forma de reforço negativo aprendida, 
pois com a presença de estimulação aversiva o sujeito inicialmente 
aprende a terminá-la.
Após aprender fuga, em geral é possível se aprender esquiva 
(evitar o estímulo aversivo antes que ele venha a ocorrer).
Nesse caso o rato pode aprender e prevenir o choque, a dona de 
casa a dedetizar a casa para evitar baratas e o paciente a ter uma 
vida saudável para prevenir doenças.
No laboratório em geral se começa a estudar fuga e esquiva da 
seguinte maneira:
Fuga: Um rato é colocado em uma caixa com dois compartimentos 
e um choque é apresentado no compartimento que o rato se 
encontra. Ele então aprende a pular para o outro compartimento 
(sem choque) para fugir da estimulação aversiva. O choque dura 
20 segundos e troca de lado a cada 30 segundos. Isto é reforço 
negativo.
Esquiva: Depois de fugir algumas vezes o rato aprende a pular de 
um lado para o outro no intervalo em que o choque é desligado e 
antes dele trocar de lado. Assim ele se esquiva ou evita o choque. 
Isto também é reforço negativo.
Exercício comentado:
Em relação aos conceitos de fuga e esquiva, assinale a alternativa 
correta:
I) O comportamento de fuga é um comportamento reforçado 
negativamente.
II) Uma garota, ao ir para o colégio, sempre passava em frente à 
casa do namorado. Recentemente eles brigaram e ela passou a 
fazer outro caminho, mais longo, para chegar até a escola, pois 
não quer encontrar com o ex-namorado. Nesse caso a mudança no 
caminho é claramente um comportamento de fuga.
III) Um motorista, após sofrer grave acidente automobilístico, 
passa a dirigir seu veículo sempre em baixa velocidade. Com esse 
comportamento, o motorista está fugindo de estímulos aversivos 
condicionados que a alta velocidade eliciou.
IV) Um grupo de amigos se reúne em um barzinho da cidade, 
todos conversam animadamente e se divertem muito. De repente, 
uma banda começa a tocar músicas sertanejas. Todos do grupo 
amam rock e odeiam música sertaneja por isso resolvem pedir a 
conta e ir para outro local. Trata-se de um exemplo de 
comportamento de esquiva.
É verdadeiro o que afirma em:
a) I apenas.
b) I e II apenas.
c) I, II e III.
d) II, III e IV.
e) Todas as alternativas são corretas.
Resposta: A. No ítem II e III é comportamento de esquiva e no 
ítemIV é fuga.
A Punição e seus problemas
A punição é uma das formas existentes de controle do 
comportamento. Apresenta diversos problemas sendo o principal o 
retorno do comportamento previamente punido quando a punição 
é suspensa.
Punição é definida pela diminuição do comportamento pela 
apresentação de estímulo aversivo (punição positiva) ou retirada 
de um reforçador (punição negativa).
O critério para definição de positivo ou negativo é o mesmo do 
reforçamento, positivo é adição de estímulo e negativo é subtração 
de estímulo.
Também se define punição pelo efeito que tem no comportamento, 
ou seja, não existe estímulo aversivo ou punidor por natureza. 
Assim, um exemplo de punição positiva é comer uma comida, 
passar mal e evitar este tipo de comida no futuro. Um exemplo de 
punição negativa é cometer algo errado e como castigo ficar 1 mês 
sem jogar video game.
Suspensão da punição e recuperação da resposta
Em um estudo clássico dois grupos de ratos foram expostos a uma 
contingência de reforçamento positivo na qual a pressão a barra 
tinha como consequência a apresentação de alimento. 
Então para um dos grupos além do alimento foi dado também um 
choque (punição positiva) após a pressão à barra.
Assim, a frequência de respostas deste grupo caiu o que 
demonstrou que a punição teve efeito.
Porém, o choque para este grupo foi retirado e suas respostas 
então voltaram a mesma frequência de antes ou igual ao grupo 
controle.
Demonstrou-se assim que os efeitos da punição são temporários e 
que a resposta se recupera aos mesmos níveis prévios à punição 
depois que esta é retirada.
Punição negativa e extinção, diferenças:  
extinção: não produz consequências reforçadoras, processo lento.  
punição negativa: nova consequência é a retirada de reforçadores, 
processo rápido. Pg 74
Exercício comentado:
Um grande número de turistas após ser exposto a episódios de 
violência nunca mais retorna ao país que visitavam, preferindo 
viajar para outros lugares. Sobre viajar e sofrer violência e não 
voltar mais ao local inicial podemos dizer que ocorreram 
processos de:
a) Punição e esquiva
b) Reforço negativo e punição
c) Fuga e esquiva
d) Esquiva e punição
e) Acovardamento e angústia
Resposta: A. O turista quando sofre violência e não retorna mais 
ao local é uma demonstração de punição. Quando ele viaja para 
outro lugar, é esquiva pois ele evita a violência do local que 
visitou anteriormente. 
Efeitos Colaterais do Controle Aversivo e Contra controle:
Punir é fácil e imediato, mas acarreta em uma série de problemas 
que desaconselham o seu uso como forma de controlar 
comportamento. O principal já visto anteriormente é o retorno da 
resposta que foi punida quando a punição é suspensa. Outros 
efeitos colaterais da punição incluem:
Eliciação de respostas emocionais: durante a punição é comum a 
eliciação de respostas emocionais geralmente desagradáveis. Por 
condicionamento reflexo o agente punidor irá se transformar em 
um estímulo aversivo condicionado. Além disso as respostas 
emocionais interferem no desempenho operante.
Um funcionário que é constantemente vigiado e criticado por seu 
supervisor direto, poderá ter seu desempenho comprometido por 
conta da pressão que sofre e seu supervisor poderá eliciar as 
respostas emocionais apenas pela sua presença.
Supressão de outros comportamentos além do punido: Um aluno 
que é punido por conversar em sala de aula provavelmente terá 
menor probabilidade de fazer uma pergunta em voz alta.
Emissão de respostas incompatíveis ao comportamento punido: 
Qualquer comportamento que possibilite fuga ou esquiva da 
punição será reforçado.  Ex: tampar os ouvidos quando está 
ouvindo uma bronca desagradável. 
Contracontrole: o organismo punido emite nova resposta que 
impede a punição. O professor pune o aluno que cola na prova. O 
aluno então cria estratégias para colar sem ser pego pelo professor. 
O professor então cria estratégias para vigiar o aluno e impedir 
que ele use este novo método, o aluno então cria um novo método 
etc... 
Não é preciso escrever muito para deixar claro o quão improdutivo 
é a utilização da punição como forma de controle do 
comportamento.
Mas por que punimos tanto? Primeiro é pela imediaticidade da 
consequência enquanto o reforçamento demora para surtir efeito a 
punição tem efeito imediato.
Não depende de privação. Para um estímulo ser reforçador, em 
geral é preciso haver privação, mas para um estímulo ser punidor 
não é necessário estar privado ou saciado.
Facilidade no arranjo das contingências: enquanto para reforçar é 
preciso planejamento e arranjos, para punir é mais fácil e simples.
Quais as alternativas ao controle aversivo?
Primeiramente reforço positivo no lugar de negativo, extinção em 
vez de punição (pois a punição não treina novas respostas), 
reforçamento diferencial (reforçar outros comportamentos que 
podem ocorrer junto ao comportamento que se quer eliminar) e 
aumento da densidade de reforços para as outras alternativas 
comportamentais.
Exercício comentado:
Gatorade cancela contrato com Tiger Woods
A fabricante de bebidas energéticas Gatorade cancelou seu 
contrato com o jogador de golfe Tiger Woods. A Gatorade é a 
última das grandes companhias a cortar relações com o golfista 
depois do escândalo sexual em que o atleta se envolveu. 
Companhias como a AT&T e Accenture já tinham cancelado suas 
parcerias com Woods. A companhia, de propriedade da PepsiCo, 
já tinha cancelado a fabricação de uma bebida relacionada ao 
atleta, a Tiger Focus.
"Não vemos mais um papel para Tiger em nossos esforços de 
marketing e encerramos nosso relacionamento... Desejamos o 
melhor para ele", disse uma porta-voz da companhia. No entanto a 
Gatorade informou que vai continuar a parceria com a fundação de 
caridade do golfista, a Tiger Woods Foundation.
A partir do foi estudado sobre controle aversivo, e considerando 
também o texto acima, pode-se dizer que :
I. Há exemplo de punição positiva, pela adição de um estímulo 
aversivo ao ambiente, contingente ao comportamento de trair, 
apresentado pelo jogador
II. Há exemplo de punição negativa, pela retirada de estímulos 
reforçadores do ambiente, contingente ao comportamento de 
traição.
III. É possível que Tiger ao invés de parar de trair, que continue 
traindo mas com maior cuidado para não ser pego
IV. Na punição positiva, ao contrário da punição negativa, 
observa-se diminuição na probabilidade do comportamento 
ocorrer novamente.
Alternativas:
a. É correto o que se diz em I, II e III.
b. È correto o que se diz em II, III e IV.
c. É correto o que se diz em I, III e IV.
d. É correto o que se diz em I e IV apenas.
e. É correto o que se diz em II e III apenas.
Resposta: E. É punição negativa (perdeu patrocinadores) e poderá 
gerar contra controle (ao invés de parar de trair, cria estratégias 
para continuar a trair mas sem ser pego)
Bibliografia básica:
MOREIRA, M. B; MEDEIROS, C. A. Princípios básicos de 
análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007. Cap. 4
Módulo 4
 Relatório Técnico Científico - Introdução e Métodos
 
Objetivos: Compreender a finalidade e relevância do relatório 
técnico científico, a forma geral do relatório, a introdução teórica e 
a metodologia para a coleta e processamento de dados 
 
1 – Utilizar como referência para a confecção do relatório a 
bibliografia básica do curso: MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. 
A. Princípios básicos de análise do comportamento. Porto Alegre: 
Artmed, 2007. Com as devidas adaptações para o laboratório 
virtual.
 
2 – As normas da ABNT deverão ser utilizadas para citação e 
referência.
 
3 – As únicas fontes aceitas para citação de fontes externas serão a 
bibliografia da disciplina (básica e complementar) e artigos 
publicados em periódicos científicos. Citações de enciclopédias 
serão aceitas para fatos históricos.
 
4 –  Os alunos sãoresponsáveis pela guarda das folhas de registro 
e dos arquivos do rato virtual. 
 
Finalidade e relevância do relatório técnico científico:
 
Faz parte da metodologia geral em ciências a utilização e 
comunicação de conhecimento produzidos. Nesta disciplina não se 
aprende apenas o conhecimento previamente produzido, mas 
também se aprende a produzir (ou reproduzir) conhecimento e a 
refletir sobre ele e transmiti-lo para outros.
 
Isto é importante pois quando se constroi uma descoberta 
científica, é fundamental que todos os passos sejam descritos para 
que outros pesquisadores possam replicar estes passos e chegar 
aos mesmos resultados para fortalecer a descoberta.
 
Ainda a confecção deste relatório irá facilitar o desenvolvimento 
de habilidades e competênicas para a confecção de outros 
relatórios durante o curso de psicologia e após ele.
 
Exercício comentado:
 
Tratando-se de ciência a comunicação de achados científicos é 
importante na medida que:
 
I - Permite a replicação de experimentos e a produção de resultaos 
similares, o que fortalece a descoberta
II - Limita o conhecimento apenas ao meio científico, dado que a 
população geral não deve ter acesso ao conhecimento científico
III- Promove a estagnação do conhecimento, pois os cientistas se 
preocupam mais em replicar do que em criar conhecimento
 
São corretas as afirmações
 
A) I
B) II
C) III
D) I e II
E) I e III
 
 
Resposta: A. Os ítems II e III não apresentam justificativas 
corretas, pois os objetivos da ciência são de comunicar seus 
conhecimentos a todas as pessoas e promover a criação de novos 
conhecimentos. Um novo conhecimento descoberto por um 
cientista deve ser replicado por outros para que seja aceito no 
meio científico e possa então ser comunicado à população geral
 
 
 
Formato do relatório
 
Folha A4
Letra Arial 14 nos títulos e 11 nos textos
Espaçamento duplo
Margens: superior, inferior e direita 2,5 cm. Esquerda 4 cm (para 
possibilitar encadernamento)
Todas as páginas menos a capa devem ser numeradas
Subtítulos devem ser centralizados e em negrito
 
 
Estrutura:
 
Capa:
Instituição
Curso
Disciplina
Título do Relatório
Autores
Cidade e data
 
Resumo:
É feito por último, deve informar o leitor sobre todo o trabalho e 
deve ter entre 15 e 20 linhas. Utiliza uma página exclusiva para 
ele. Deve conter palavras chave.
 
Sumário: 
É o índice do trabalho, em uma página exclusiva e deve contre os 
seguintes ítens com as suas respectivas páginas. Resumo, 
Sumário, Introdução, Método, Resultados, Discussão, Anexos.
 
Introdução:
Descrita abaixo neste módulo
 
Método:
a. Sujeito
b. Ambiente, materiais e instrumentos
c. procedimento
 
Descritos abaixo neste módulo
 
Resultados: 
Descritos no módulo 8
 
Discussão: 
Descritos no módulo 8
 
Referências Bibliográficas: 
Descritos no módulo 8
 
Anexos: 
Descritos no módulo 8
 
 
Exercício comentado:
 
Leia a afirmação e justificativa e assinale a alternativa correta:
 
Para a confecção do relatório técnico científico diversas normas 
devem ser cumpridas
 
Porque
 
A padronização é necessária para facilitar a comunicação e o 
entendimento entre produtor e leitor de conhecimento científico
 
 
A) a afirmação é falsa e a justificativa é verdadeira
B) a afirmação e a justificativa são verdadeiras
C) a afirmação e a justificativa são verdadeiras, mas a justificativa 
não é correta para esta afirmação
D) a afirmação é verdadeira e a justificativa é falsa
E) a afirmação e a justificativas são falsas
 
 
Resposta: B. São verdadeiras, pois a padronização é importante 
para que cientistas de diversas áreas e de culturas diferentes 
possam entender um texto científico e se necessário replicá-lo ou 
fazer outro estudo a partir das questões levantadas.
 
 
Introdução:
 
Nesta seção do trabalho é apresentado ao leitor o assunto do 
relatório especificando todos os termos técnicos e conceitos 
envolvidos. Devem ser citados textos de autores relevantes que 
explicam os conceitos e termos técnicos. Sempre se parte do geral 
para o específico. A introdução deve conter os seguintes ítens
 
1- Parágrafo introdutório que introduz todo o relatório com o 
assunto principal do mesmo, contém uma breve referência a 
justificativa do trabalho.
 
2- Contexto teórico: são introduzidos os conceitos e termos 
técnicos envolvidos fazendo citações para textos de autores 
relevantes. Deve conter os termos envolvidos em condicionamento 
operante, reforço positivo, extinção, discriminação e esquemas de 
reforçamento.
 
3- Objetivos do trabalho: devem ser descritos os objetivos do 
relatório que tem relação direta com o aprendizado do aluno com a 
replicação de experimentos consagrados e a construção de 
habilidades e competências envolvidas na construção do 
conhecimento e compreensão da ciência do comportamento
 
É fundamental que na introdução nada se escreva sobre como foi 
feito o experimento e quais foram os resultados!
Também atenção deve ser dada para a redação do texto, na qual os 
parágrafos e as idéias se conectam de forma lógica e cadenciada.
As citações podem ser diretas ou indiretas e devem seguir as 
normas da ABNT. 
Deve ser utilizado o sujeito indeterminado. Nos textos científicos é 
utilizado sujeito indeterminado para que o texto fique impessoal. 
Ex: Foi feito, diz-se que, Dá-se nome.. Nunca utilize a 1a pessoa 
(eu fiz, nós fizemos).
 
 
Exercício comentado:
 
Leia a afirmação e justificativa e assinale a alternativa correta:
 
Na introdução de um texto científico são incluidas apresentações e 
explanações sobre termos técnicos e conceituais
 
Porque
 
Citar autores consagrados serve apenas para dar credibilidade ao 
trabalho do pesquisador
 
 
A) a afirmação é falsa e a justificativa é verdadeira
B) a afirmação e a justificativa são verdadeiras
C) a afirmação e a justificativa são verdadeiras, mas a justificativa 
não é correta para esta afirmação
D) a afirmação é verdadeira e a justificativa é falsa
E) a afirmação e a justificativas são falsas
 
 
Resposta: D. É necessário citar autores consagrados para 
apresentar e explanar sobre termos técnicos para que o leitor possa 
entender o texto
 
 
Métodos 
 
Nesta seção é informado ao leitor como o experimento foi 
realizado. Todas as informações para que o leitor entenda como foi 
feito o trabalho e caso seja necessário possa replicar todos os 
passos exatamente da forma que o seu trabalho foi feito.
 
É dividido em três partes principais:
 
1- Sujeitos (termo para não humanos) ou participantes (para 
humanos): Quais são as características dos sujeitos que são 
relevantes para o trabalho.
2- Ambiente, materiais e instrumentos: informa ao leitor quais 
foram os recursos utilizados para se realizar a pesquisa. As 
descrições devem ser claras e precisas. Devem ser feitas referência 
aos folhas de registro que serão colocadas em anexo.
3- Procedimento: são descritos os exercícios realizados no 
laboratório. Deve se utilizar o tempo verbal passado, pois com a 
conclusão do relatório tudo que foi descrito já aconteceu. Deve se 
descrever os procedimentos na ordem que ocorreram e em 
detalhes suficientes para que o leitor possa reproduzir todos os 
exercícios realizados.
 
 
Os seguintes procedimentos devem estar descritos no relatório:
 
Para alunos que cursam a disciplina presencial:
 
Registro do Nível Operante
Treino ao Comeduro e Modelagem
CRF - Reforçamento contínuo
Extinção da resposta de pressão à barra
Reforçamento Intermitente: Razão Fixa ou Razão Variável 
(dependerá da escolha do professor a utilização de um ou outro 
procedimento)
Treino Discriminativo 
 
Para alunos que cursam a DP on line:
 
Registro do Nível Operante
Treino ao Comeduro e Modelagem
CRF - Reforçamento contínuo
Extinção da resposta de pressão à barra
 
 
Exercício comentado:Leia a afirmação e justificativa e assinale a alternativa correta:
 
É desnecessário descrever na seção métodos o tempo de duração 
de cada experimento
 
Porque
 
Os experimentos podem ser realizados com diversas durações de 
tempo, dependendo dos objetivos da pesquisa
 
 
A) a afirmação é falsa e a justificativa é verdadeira
B) a afirmação e a justificativa são verdadeiras
C) a afirmação e a justificativa são verdadeiras, mas a justificativa 
não é correta para esta afirmação
D) a afirmação é verdadeira e a justificativa é falsa
E) a afirmação e a justificativas são falsas
 
 
Resposta: A. É necessário descrever o tempo de duração e todas as 
características do estudo. Mesmo que possa ser feito de forma 
diferente, pois o leitor poderá ou não ter a necessidade de replicar 
os passos e se isso ocorrer os resultados devem ser similares.
Módulo 5
Controle de Estímulos: O papel do Contexto
Objetivos: compreender o papel do controle de estímulos na 
análise do comportamento. Identificar classe de estímulos e 
respostas. Compreender processos de atenção, encadeamento de 
respostas e reforço condicionado
As Consequências controlam o comportamento, porém o contexto 
em que o comportamento ocorre (o que acontece antes) também 
controla o comportamento.
Controle sempre quer dizer: alteração da probabilidade de 
ocorrência de um comportamento.
A influência dos estímulos antecedentes sobre o comportamento 
ocorre através da relação que estes mantém com as consequências 
do responder.
Desta forma, se um condutor para seu veículo quando o sinal está 
vermelho, ele faz isso por conta das consequências que este 
comportamento tem: parar no sinal vermelho evita batida, evita 
multa.
Neste exemplo o sinal vermelho é o estímulo antecedente, ou 
estímulo discriminativo.
Um operante discriminado pode ser descrito da seguinte maneira: 
se forem emitidos em um contexto (na presença de estímulos 
discriminativos) produzirão consequências reforçadoras ou 
aversivas. Os estímulos discriminativos são apresentados antes da 
emissão do comportamento e também controlam sua ocorrência.
Exemplos: Alunos entram na sala de aula as 19:10 pois neste 
horário o professor está presente e a aula se inicia. Não entram as 
18:00 pois o professor não está presente e não tem aula.
Uma criança faz birra na presença da avó, pois ela atende seus 
pedidos. Não faz birra na presença do pai, pois o mesmo não 
reforça esse tipo de comportamento.
Os estímulos discriminativos nestes exemplos são: horário (19:10) 
e presença da avó.
Desta forma temos a contingência de três termos ou contingência 
tríplice, a unidade básica de análise do comportamento SD – R > 
C
Ocasião, contexto e/ou estímulos discriminativos – resposta – 
consequência
Assim, os estímulos discriminativos (SD) sinalizam que uma dada 
resposta será reforçada ou não.
Já os estímulos delta (SΔ) sinalizam não reforço ou extinção.
No laboratório, na presença de um som de 1,25 Khz o rato 
pressiona barra e recebe alimento
Na presença de um som de 2,00 Khz, o rato não pressiona a barra
O SD é o som de 1,25 khz
O SΔ é o som de 2,00 khz
Exercício comentado:
Em uma contingência de três termos tem-se como primeiro, 
segundo e terceiro termos, respectivamente, _________________, 
_________________ e _________________ (reforçamento). A 
relação entre os termos é contingente, daí a denominação 
“contingência tríplice”.
As palavras que preenchem corretamente as lacunas na ordem 
certa são:
a) estímulo discriminativo, resposta, consequência.
b) estímulo dependente, estímulo independente, função.
c) ambiente, organismo, comportamento operante.
d) estímulo, resposta, condicionamento.
e) generalização, comportamento, consequência.
Resposta: A. Observe que apesar de fácil nesta questão, os termos 
técnicos podem ser confusos para quem não domina a área. A 
alternativa E poderia ser escolhida por quem não entendeu o 
conceito de discriminação e generalização (explicado abaixo)
Treino Discriminativo e controle de estímulos.
Nós estamos constantemente passando por treinos discriminativo 
s. Veja o seguinte exemplo:
Quando o chefe está de cara fechada, costuma agir de forma 
agressiva com funcionários. Quando está com uma “cara boa” 
atende os pedidos dos funcionários.
Logo, um novo funcionário quando for falar com o chefe ele não 
vai ainda discriminar entre cara fechada e cara boa. Mas depois de 
várias vezes sendo reforçado e punido, vai aprender que deve ir 
falar com o chefe apenas quando ele estiver com a “cara boa”. Isso 
é reforçamento em SD e extinção em SΔ
Passamos todo o tempo em treinos discriminativos: ler, falar, 
nomes, comportar-se em locais, com pessoas, operar 
equipamentos, sinais de transito etc
É importante observar que o SD não produz ou elicia respostas!! 
Apenas fornece contexto, sinaliza, dá oportunidade (pois está 
relacionado historicamente com as consequências).
Generalização de estímulos operante.
Trata se de processo no qual respostas são emitidas na presença de 
novos estímulos que compartilham propriedades com o SD. 
Lógica similar à generalização respondente: mais provável de 
ocorrer quanto mais parecido o novo estímulo for do SD
Gradiente de generalização e Teste de generalização
Supondo que temos os seguintes estímulos: Luz acesa – SD 
(100%) , Luz apagada – SΔ
Se agora apresentarmos a luz com 100%, 75, 50, 25, 0 – 
(diferentes intensidades) poderemos verificar o gradiente de 
generalização, ou seja, o rato irá responder também na presença 
dos 75%, 50% e 25% de intensidade de luz. Mas conforme a luz 
vai diminuindo, também as respostas diminuem.
O procedimento feito em “extinção” - para não enviesar os 
resultados. Se reforçar uma intensidade, diminui o gradiente, se 
reforçar todas, aumenta o gradiente.
Exercício comentado
Em “Ciência e Comportamento Humano” de 1953, B. F. Skinner 
afirma: “Muitos comportamentos, entretanto, adquirem conexões 
importantes com o mundo ao redor. Podemos demonstrar como 
isso acontece no nosso experimento com o pombo, através de 
reforço do movimento de pescoço quando surge um sinal luminoso 
e do não-reforço, para a extinção quando a luz se apaga. Com a 
repetição alternada dessas condições o movimento ocorre apenas 
quando a luz está acessa. Assim podemos demonstrar uma 
conexão de estímulo e resposta que é grosseiramente comparável 
a um reflexo condicionado ou incondicionado: o aparecimento da 
luz será imediatamente seguido por um movimento de cabeça 
para cima. Mas, a relação é, fundamentalmente, muito diferente. 
Tem uma outra história e diferentes propriedades”. Considere as 
seguintes afirmações:
I – A partir do trecho supracitado podemos afirmar que o 
comportamento do pombo pode ser descrito a partir de um 
paradigma operante (SD – R ? SR), no qual o estímulo 
discriminativo é a luz acessa e a resposta é o movimento da cabeça 
do pombo para cima.
II – A partir do trecho supracitado podemos afirmar que o efeito 
sobre o pombo pode ser descrito como uma resposta (movimentar 
a cabeça pra cima) eliciada por um determinado estímulo (luz 
acessa), seguindo o paradigma respondente (S ? R).
III – Este trecho também se refere ao processo de reforçamento 
diferencial no treino discriminativo. Assim, podemos afirmar que 
o efeito sobre o pombo será de que finalmente a resposta 
(movimentar a cabeça pra cima) terá maior probabilidade de 
ocorrência quando a luz estiver acessa.
É verdadeiro o que se afirma em:
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) I e III, apenas.
(E) II e III, apenas.
Resposta: D. Note que controle de estímulos não mantém relação 
com condicionamento reflexo, ou seja, não é eliciação de 
respostas, mas emissão de respostas sob controle de estímulos.
Classes de Estímulos: Conjunto de estímulos que servem de 
ocasião para uma mesma resposta
Agora que já vimos os conceitos de discriminação e generalização, 
podemoscompreender o conceito de classe de estímulos.
Podemos dividir as classes em dois tipos:
Classes por Similaridade Física (generalização): carros, sapatos, 
frutas, casas, computadores, cachorros, etc
Neste tipo de classe, o critério é a similaridade física entre os 
estímulos, assim a classe “carro” se refere a diversos objetos 
parecidos entre sí que compartilham características e servem aos 
mesmos propósitos.
Classes funcionais: instrumentos musicais, brinquedos, veículos 
de transporte, etc
Neste tipo de classe, o critério é apenas a funcionalidade, pois não 
existe similaridade física entre os estímulos. Uma flauta é muito 
diferente de um piano, porém ambos servem para a mesma 
função: produzir sons musicais.
O Atentar (atenção como um comportamento)
Geralmente, sob a perspectiva mentalista a atenção é 
compreendida como um filtro. Se você presta atenção então se 
comporta, se você teve atenção, se comporta. Isso é mentalismo 
pois o que explicou o comportamento foi outro comportamento (a 
atenção).
Então, como podemos explicar a atenção ou o atentar?
Ter atenção é comportar-se sob controle de estímulos (baseado em 
história de reforçamento).
Abstração (comportamento de abstrair) - formação de 
conceitos
Da mesma forma, o comportamento de abstração e de formação de 
conceitos é comportamento sob controle de estímulos.
Como nós conseguimos abstrair o que é o vermelho? Pois 
“vermelho” puro não existe sozinho. Sempre é um objeto pintado 
de vermelho, ou um líquido vermelho. Mas o conceito de 
vermelho então seria algo mental?
Diversos treinos discriminativos vão produzir abstração, de forma 
que ela é definida como uma generalização dentro da mesma 
classe e uma discriminação entre classes diferentes.
Exercício comentado:
Leia a afirmação e justificativa e assinale a alternativa correta:
A atenção é comportamento sob controle de estímulos
Porque
o organismo escolhe em qual estímulo ele vai prestar atenção
A) a afirmação é falsa e a justificativa é verdadeira
B) a afirmação e a justificativa são verdadeiras
C) a afirmação e a justificativa são verdadeiras, mas a justificativa 
não é correta para esta afirmação
D) a afirmação é verdadeira e a justificativa é falsa
E) a afirmação e a justificativas são falsas
Resposta: D. Em análise do comportamento não descrevemos os 
fenômenos comportamentais partindo do organismo. É sempre 
uma relação organismo ambiente. Se o organismo escolhe qual 
estímulo ele presta atenção, como então explicamos o processo de 
escolha? O que influenciou aquela escolha específica? Vamos 
encontrar esta resposta na história de reforçamento daquele 
organismo.
Encadeamento de Respostas e Reforço Condicionado
Até agora quando nos referimos aos reforços do comportamento 
operante, não fizemos discriminação entre reforços 
incondicionados e condicionados. Mas existe esta diferença.
Reforços incondicionados (lógica similar aos reflexos 
incondicionados) – água, sexo, comida, faixa de temperatura, 
intensidade de sons, dor e alguns outros estímulos são reforços 
incondicionados, ou seja, não é necessário passar por 
aprendizagem para responder a eles de forma a produzi-los ou 
eliminá-los.
Ocorre que a maioria dos comportamentos em ambiente natural 
não produzem diretamente os reforços incondicionados.
Exemplo: para produzir uma faixa confortável de temperatura, o 
que se deve fazer? No frio deve se vestir roupas, no calor deve 
ligar o ventilador. Mas o que devemos fazer para ter roupas 
disponíveis e ventiladores? Devemos ir a loja comprar. E o que 
devemos fazer para comprar? Temos que conseguir dinheiro? E o 
que fazer para conseguir dinheiro? Temos que trabalhar ou então 
pedir para alguém.
Nesse sentido, o que temos é uma cadeia comportamental ou de 
respostas.
ex: laboratório – Se pressionar barra 1 > luz – Se luz – pressiona 
barra 2 > comida
Luz – Reforço Condicionado: é reforçador para a resposta que o 
produz e pode ser SD para outra resposta
Reforçadores condicionados generalizados e simples
Neste caso, o SD de um elo da cadeia é o reforçador do elo 
anterior.
Você vai até a loja e compra um ventilador (reforço). No calor e na 
presença do ventilador (SD) você o liga e recebe vento refrescante 
(reforço)
Se pararmos para pensar maioria dos estímulos presentes em 
nosso ambiente é condicionado e faz parte de cadeias de respostas 
para chegar a estímulos incondicionados.
É comum que um mesmo estímulo sirva para diferentes 
finalidades (ou diferentes cadeias), nesse caso este estimulo pode 
ser chamado de reforçador condicionado generalizado.
Dinheiro e atenção social são os melhores exemplos. Com 
dinheiro se compra roupas, ventilador, comida, uma casa, carro.
A atenção social também, pois quando recebemos atenção das 
pessoas podemos obter acesso a diversos reforçadores. Uma 
criança quando chama pela mãe e tem a sua atenção, pode ter 
acesso a comida, a brinquedos, etc
Uma questão importante é que a maioria dos reforços é sujeito a 
privação. Se você não está privado de comida, comida não será 
reforçador.
Mas os reforços generalizados não estão tão sujeitos a privação, 
pois como estão relacionados a várias cadeiras, alguma delas 
sempre estará em privação.
É por isso que dizem que o dinheiro nunca é suficiente. Mesmo a 
pessoa mais rica do mundo ainda quer ganhar mais dinheiro.
 Exercício comentado:
 Considere  a seguinte situação:
Está na moda entre adolescentes o uso de determinado tipo de 
roupa, ex: camisas de uma marca. Os que usam estas camisas são 
mais aceitos nos grupos sociais adolescentes.
Considera-se então que a "camisa" dessa marca é:
I  um reforçador condicionado, pois também é um estímulo 
discriminativo para se aproximar e ser aceito no grupo
II um estímulo discriminativo para o comportamento de 
aproximação ao grupo
III uma abstração, pois os adolescentes consequem identificar esta 
camisa em relação a outras diferentes.
É verdade o que se afirma em
A) I
B) II
C) III
D) I e II
E) I e III
Resposta: D. o ítem III apresenta um comportamento (abstrair), e a 
camisa é necessariamente um estímulo.
Bibliografia básica:
MOREIRA, M. B; MEDEIROS, C. A. Princípios básicos de 
análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007. Cap. 6
Módulo 6
Esquemas de reforçamento 
Objetivos: compreender a definição e as implicações dos esquema
s de reforçamento. Saber diferenciar esquemas de reforçamento int
ermentente de contínuo. Identificar qual esquema de reforçamento 
está em vigor em uma determinada contingência. 
Nem todas respostas reforçadas quando emitidas.
(algumas sim, outras não). Como é que o comportamento se manté
m se nem sempre tem reforço? 
Veja os exemplos:  
Nem sempre conseguimos convencer as outras pessoas. 
Nem sempre quando ligamos a TV encontramos um programa inte
ressante para assistir. 
Nem sempre quando vamos a uma loja encontramos o produto que
 procuramos. 
Nem sempre quando ligamos para uma pessoa ela atende o telefon
e. 
Nem todos desenhos que desenhamos ficam bons. 
Nem todas as giradas da chave de fenda terminam de apertar o par
afuso. 
Nem todas as paqueras viram uma ficada 
Nem todos os nossos trabalhos agradam o chefe 
Nem sempre que enviamos um currículo recebemos retorno da em
presa 
Para entender a relação entre respostas e consequências e quais as 
implicações entre ter sempre reforço ou não ter sempre reforço, a a
nálise do comportamento estuda os esquemas de reforçamento. 
Divide os esquemas em contínuos (CRF) e intermitentes. A palavr
a intermitente é com o seguinte significado: 
in.ter.mi.ten.te 
adj (lat intermittente) 1 Que intermite. 2 Não contínuo. 3 Interrom
pido a espaços. 4 Que pára por intervalos. 5 Que sofre intermitênci
as. 6 Diz-
se da febre que se manifesta por acessos intervalados dum período
 normal. 7 Diz-
se do pulso cujas pulsações deixam entre si intervalos desiguais. (
Dicionário Michaelis) 
A primeiracoisa que se nota é que com certeza no nosso ambiente
 cultural e social, a maioria das contingências de reforço intermite
nte, ou seja, temos poucas situações cotidianas com esquema de re
forçamento contínuo, como por exemplo ligar ou ativar aparelhos 
eletrônicos e/
ou mecânicos. Sempre que se tenta ligar o aparelho liga. Caso ele 
não funcione nós rapidamente "percebemos" o problema e não con
tinuamos mais a tentar.  
Por outro lado nem sempre desistimos ou nos convencemos com t
anta facilidade de que não vamos encontrar um canal interessante 
procurando nas dezenas de canais da TV a cabo. 
A resposta é a mesma, pressionar um botão (para ligar a TV e para
 mudar de canal), mas certamente pressionamos mais vezes procur
ando canais sem encontrar, do que pressionamos o botão de ligar q
uando a TV não liga. Por que isso? 
Exercício Comentado 
Leia a afirmação e justificativa e assinale a alternativa correta: 
Os esquemas intermitentes são mais resistentes à extinção em rela
ção ao esquema de reforçamento contínuo
Porque 
Nos esquemas intermitentes nem todas respostas são reforçadas, e
xistindo uma relação maior entre a quantidade de respostas para ca
da reforço.
A) a afirmação é falsa e a justificativa é verdadeira 
B) a afirmação e a justificativa são verdadeiras 
C) a afirmação e a justificativa são verdadeiras, mas a justificativa 
não é correta para esta afirmação 
D) a afirmação é verdadeira e a justificativa é falsa 
E) a afirmação e a justificativas são falsas 
Resposta: B.  
Como nos esquemas intermitentes é necessário mais de uma respo
sta para cada reforço, durante o processo de extinção, para que oco
rra por completo, será necessário um número maior de respostas e
m relação a extinção do reforçamento contínuo.
Principais esquemas de reforçamento  
Os principais esquemas de reforçamento estão divididos em:  Cont
ínuo e intermitentes
Os esquemas intermitentes estão divididos em: Razão e Intervalo.
Esquemas de razão: exige um número de respostas para obter refor
ço
Esquemas de intervalo: exige resposta e a passagem do tempo para
 obter reforço
Por sua vez ambos esquemas estão divididos em: fixos e variáveis
Esquemas fixos: o número de respostas ou a passagem do tempo é 
determinada e não varia para cada reforço obtido.
Esquemas variáveis: o número de respostas ou a passagem do tem
po varia para cada reforço obtido.
Desta forma temos quatro esquemas de reforçamento intermitente:
 
FR -
 Razão fixa: O número de respostas para obter reforço é sempre o 
mesmo. 
Exemplos: fazer uma série de exercícios ou trabalhos para obter u
ma nota ou pagamento. Corrigir provas dos alunos para inserir no 
sistema. 
VR -
 Razão Variável: O número de respostas é variável para obter refor
ço.  
Exemplos: Jogar um jogo e ganhar. Paquerar e conseguir ficar. Faz
er um pedido e ser atendido. 
FI -
 Intervalo fixo: Além de emitir a resposta, o reforçador fica disponí
vel em um período fixo de tempo. Exemplos: Ir a uma reunião/
evento e participar da reunião/
evento. Colocar um alimento no fogo e ele cozinhar. Ir à praia e to
mar sol (dia sem núvens).
VI -
 Intervalo variável:  Além da necessidade de emissão da resposta, 
o reforçador fica disponível em período variável de tempo. Exemp
los: Observar o gol no jogo de futebol. Assistir o beijo na novela. 
O peixe morder isca na pescaria. Pegar sol na praia em um dia co
m núvens no céu. 
Observe a relação dos esquemas ilustrado no laboratório:
Nos esquemas de razão, basta apenas emitir a resposta para ser ref
orçado. 
Razão fixa: Para cada 5 respostas de pressão à barra é liberada um
a pelota de alimento. 
Esse esquema é denominado FR 5 (razão fixa 5). O rato sempre irá
 pressionar 5 vezes para cada reforço. Não vai variar.
Razão variável: Em média, para cada 5 respostas de pressão à barr
a é liberada uma pelota de alimento. Esse esquema é denominado 
VR 5 (razão variável 5). O rato irá pressionar a barra em média 5 
vezes para cada reforço. Observe que será possível que o rato pres
sione apenas 1 vez e obtenha reforço, ou no máximo tenha que pre
ssionar até 10 vezes para obter reforço. Vai variar. 
Nos esquemas de intervalo, além de pressionar é necessária a pass
agem do tempo para obter reforço.
Intervalo fixo: A cada 30 segundos se o rato pressionar a barra pel
o menos uma vez será liberada uma pelota de alimento.  Esse esqu
ema é denominado FI 30 (intervalo fixo 30 segundos) O rato dever
á pressionar a barra pelo menos uma vez a cada 30 segundos. O int
ervalo não vai variar. 
Intervalo variável: Em média a cada 30 segundos se o rato pressio
nar a barra pelo menos uma vez será liberada uma pelota de alime
nto. Esse esquema é denominado VI 30 (intervalo variável 30 segu
ndos). O rato deverá pressionar a barra em média a cada 30 segun
dos. Observe que o rato poderá pressionar novamente a barra depo
is de 1 segundo do último reforço e obter novamente reforço, ou p
oderá ficar pressionando até que se passe 60 segundos desde o últi
mo reforço. Vai variar.
Exercício comentado
Analise a seguinte situação:
FPF divulga horários do Paulistão, com jogo da TV à tarde:
Campinas, SP, 18 (AFI) –
 Há exatos um mês depois do arbitral, a Federação Paulista de Fut
ebol (FPF) divulgou os horários e datas dos jogos no Campeonato 
Paulista. O embate de abertura e que terá TV será entre o campeão
 de 2008, Palmeiras, e o campeão da Série A2, Santo André, às 16
h30, do dia 21 de janeiro, uma quarta-
feira, no Estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto.
(http://www.futebolinterior.com.br/news/
66545+FPF_divulga_horarios_do_Paulistao,_com_jogo_da_TV_a
_tarde)
O comportamento de ligar a TV, assistir ao jogo e ver o gol do pal
meiras estão sob os seguintes esquemas de reforçamento respectiv
amente:
A) CRF, Intervalo variável, intervalo fixo
B) razão fixa, intervalo fixo, intervalo variável
C) CRF, razão fixa, intervalo variável
D) CRF, intervalo fixo, intervalo variável
E) intervalo fixo, razão fixa, intervalo variável
Resposta 
Alternativa D. CRF pois ligar a TV sempre tem como consequênci
a a TV funcionando. Intervalo fixo pois o jogo está marcado para 
ocorrer as 16:30. Invervalo variável pois o gol, os os gols poderia
m ocorrer desde o primeiro minuto até o último, a qualquer mome
nto.
Comparação entre os esquemas 
Depois de saber identificar os diversos esquemas, vamos nos atent
ar aos motivos principais desse tipo de estudo: entender as implica
ções dos esquemas nos padrões de resposta para poder melhor pre
ver e controlar o comportamento. Note que nosso objetivo é preve
r e controlar sempre para melhorar a vida das pessoas e não para e
scravizá-las ou dominá-las. 
Frequência de respostas: O CRF em geral produz menor freqüênci
a em comparação aos esquemas intermitentes, pois esses demanda
m mais respostas por reforço e como consequência temos uma mai
or frequência de respostas. Uma exceção poderia ser um esquema 
de intervalo muito longo, por exemplo, uma copa do mundo (ocorr
e de 4 em 4 anos).
Aquisição de comportamento (aprendizagem): Qual o esquema qu
e é melhor para aprendizagem (modelagem)? Certamente o CRF é 
o mais eficaz, pois como o reforço é sistemático, a modelagem é m
ais efetiva. Imagine o quão difícil seria modelar a resposta de pres
são à barra, caso o esquema fosse intermitente. O rato não receberi
a reforço todas as vezes que se aproximasse, ou levantasse próxim
o a barra. Isso iria atrasar ou mesmo inviabilizar todo o procedime
nto. 
Manutenção do comportamento: Os esquemas intermitentes são m
ais efetivos na manutenção do comportamento, pois como nem tod
as as respostas são reforçadas a extinção demora mais para ocorrer
. A discriminação entre “reforçamento” e “não-
reforçamento” é muito mais fácil no CRF. Suponha que um rato es
teja num esquema de FR 100 (para cada 100 respostas 1 reforço). 
Quantas vezes ele terá de pressionar a barra até que discrimine que
 o reforço não está

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