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VT - Corrosão Completo

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Universidade Salgado de Oliveira
Engenharia de Produção 
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Turma: 22481N
Orientador: Dário Taufner
SUMÁRIO
	1.1 MECANISMO ELETROQUÍMICO
	7
	2. CORROSÃO QUÍMICA
	8
	2.1 Tipos de corrosão
	9
	 2.1.1Corrosão uniforme
	9
	 2.1.2 Corrosão por pites
	10
	 2.1.3 Corrosão por concentração diferencial
	11
	 2.1.4 Corrosão por concentração iônica diferencia
	11
	 2.1.5 Corrosão por aeração diferencial
	11
	 2.1.6 Corrosão em frestas
	12
	 2.1.7 Corrosão filiforme
	12
	 2.1.8 Corrosão galvânica
	12
	 2.1.9 Corrosão dezincificação
	12
	 2.1.10 Corrosão associada ao escoamento de fluidos
	13
	 2.1.11 Corrosão-Erosão
	13
	 2.1.12 Corrosão com cavitação
	14
	 2.1.13 Corrosão por turbulência ou impingimento
	15
	 2.1.14 Corrosão por placas
	16
	 2.1.15 Corrosão alveolar
	16
	 2.1.16 Corrosão intergranular ou intercristalina
	16
	 2.1.17 Corrosão transgranular ou transcristalina
	16
	3. AMBIENTES CORROSIVOS
	18
	 3.1 CORROSÃO POR SOLUÇÕES AQUOSAS
	18
	 3.2 CORROSÃO ATMOSFÉRICA
	18
	 3.3 CORROSÃO NO SOLO
	19
	4. MEDIDAS DE CORROSÃO
	19
	 4.1 Fatores de Conversão
	19
	 4.1.1 Algumas observações
	20
	 4.1.2 Classificação
	20
	5. PREVENÇÃO DA CORROSÃO
	21
	6. CONCLUSÂO
	21
	7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
	22
DISCIPLINA: CORROSÃO E SELEÇÃO DE MATERIAIS
Orientador: Dario Taufner
Alunos: Amanda Moraes, Bruno Oliveira, Carlos Felipe L. Barbosa, Claudia Ribeiro, Daniel M. Gomes, Ivo Leonardo, João Francisco e João Paulo.
Trabalho interdisciplinar do 8º período do curso de Engenharia de Produção da Universidade Salgado de Oliveira do Rio de Janeiro, unidade Niterói.
OBJETIVO
Este trabalho foca a situação e os processos de corrosão que podem acontecer nos nossos dias e em todas as estruturas envolvidas. Pode se observar que a corrosão tem seus processos de acontecimentos bastante complexos. Observa-se também que existem diversas formas de corrosão que nos afetam. 
ABSTRACT
Summary of work on corrosion of the discipline of corrosion in the course of production engineering at the University Salgado de Oliveira.
 
 Orientador: Dário Taufner
 Por: Amanda Moraes
 Bruno Oliveira
Carlos Felipe L. Barbosa
Claudia Ribeiro
Daniel M.Gomes
 Ivo Leonardo
João Francisco
João Paulo.
1. INTRODUÇÃO
 Neste trabalho abordaremos um dos grandes males dos dias modernos, onde temos uma grande batalha diária na manutenção de estruturas antigas e atuais. Nos monumentos históricos esse processo é ainda pior, pois nos tempos em que os monumentos históricos foram produzidos não havia métodos de controle e prevenção à corrosão. Hoje em dia nas estruturas modernas nos seus processos de produção já encontramos as preocupações com a corrosão. 
Chamamos de corrosão eletroquímica o processo espontâneo, com chances de suceder quando o metal está em contato com um eletrólito, onde acontecem, simultaneamente, reações anódicas e catódicas. 
Normalmente na natureza da-se por realizar obrigatoriamente na presença de água, na maioria das vezes a temperatura ambiente e com a formação de uma pilha de corrosão. Como exemplo, tem-se a formação da ferrugem.
Um dos processos eletroquímicos de corrosão ocorre quando dois metais diferentes estiverem em contato ou se existirem áreas anódicas e catódicas em uma chapa, basta o eletrólito ficar em contato com estas áreas que e a pilha eletroquímica começará a funcionar com conseqüente corrosão da área anódica. Isto é corrosão eletroquímica. Um exemplo deste tipo de corrosão é quando aço carbono e cobre são colocados em contato com conseqüente corrosão do aço que se comporta como anodo frente ao cobre
1.1 MECANISMO ELETROQUÍMICO
Na corrosão eletroquímica, temos a transferência de elétrons indiretamente, ou seja, são conduzidos através da superfície do sólido (metal ou filme) até um ponto onde são recebidos pelo elemento do meio (oxidante).
Sendo assim, o doador e o receptor encontram-se em lugares diferentes. Desta forma ocorre à geração de corrente elétrica na interface sólido/meio corrosivo (corrente eletrônica no metal ou iônica nomeio líquido). Denominamos o local onde ocorre oxidação de ânodo e aquela em que os elétrons são consumidos denomina-se cátodo. A maioria das reações de corrosão ocorre por um processo eletroquímico, e são exemplos:
Na corrosão eletroquímica, os elétrons são cedidos em determinada região e recebidos em outra, aparecendo uma pilha de corrosão. Esse processo eletroquímico de corrosão pode ser decomposto em três etapas principais:
Processo anódico – Passagem íons para a solução;
Deslocamento dos elétrons e íons – Observa-se a transferência dos elétrons das regiões anódicas para as catódicas pelo circuito metálico e uma difusão de ânions e cátions na solução;
Processo Catódico – Recepção de elétrons, na área catódica, pelos íons ou moléculas existentes na solução.
O pH do meio influencia diretamente na reação de corrosão que será tanto mais intensa quanto menor o valor de pH, isto é, se temos um teor elevado de H+, é maior a concentração de oxigênio no meio corrosivo.
O oxigênio pode ser considerado, em alguns casos, um fator de controle nos processos corrosivos, podendo-se citar, para fins comparativos, alguns de seus comportamentos. O oxigênio pode comportar-se como acelerador do processo eletroquímico de corrosão. 
Verifica-se que, em soluções não-aeradas, a reação catódica se processa com velocidade muito pequena, sendo conseqüentemente o processo anódico também lento. No caso de meio não-aerado, o hidrogênio de ficar absorvido na superfície do catodo, polarizando a pilha formada com conseqüente redução de processo corrosivo. Entretanto, no caso de meio aerado, tem-se a presença de oxigênio, ocorrendo a sua redução e não tendo a polarização pelo hidrogênio e sim aceleração do processo corrosivo.
O oxigênio não funciona somente como estimulador de corrosão, podendo agir até certo ponto como protetor, pois é capaz de reagir diretamente com a superfície de metal formando camada de óxido protetor, que retardará o contato do material como meio corrosivo, e pode formar uma película de oxigênio adsorvida sobre o material metálico, tornando o metal passivo. Assim, se o oxigênio puder ser rápida e uniformemente fornecido a uma superfície metálica, é possível reparar fraturas que ocorram na película, diminuindo-se assim a velocidade de corrosão, daí ser usado para manterem passivados aos aços inoxidáveis.
Esses fatos poderiam sugerir o emprego de altas pressões parciais de oxigênio para diminuir a velocidade de corrosão, mais se deve levar em consideração outros fatores que limitam e podem anular esse efeito protetor como, por exemplo, altas temperaturas, presença de íons halogênios e natureza do metal. O cobre, por exemplo, tem uma velocidade de corrosão lenta em presença de ácidos não-oxidantes, mas em presença de oxigênio este vai funcionar como estimulador de corrosão, pois oxidando o cobre permite que ele seja atacado até pelos ácidos não-oxidantes, como HCI diluído. 
2. CORROSÃO QUÍMICA
Com exceção de alguns qualificados de nobres, os metais são quase sempre encontrados na natureza na forma de compostos: óxidos, sulfetos, etc. Isso significa que tais compostos são as formas mais estáveis para os mesmos.
A corrosão pode ser vista como nada mais que a tendência para o retorno a um composto estável. Assim, por exemplo, quando uma peçade aço enferruja, o ferro, principal componente, está retornando à forma de óxido, que é o composto original do minério. Podemos imaginar que muita energia é gasta na cadeia produtiva, desde a extração do minério até a transformação do metal em algo utilizável. Tudo isso se perde na corrosão.As perdas por corrosão contribuem de forma significativa para a ineficiência dos processos produtivos como um todo.
Para se extrair os metais dos minérios, há necessidade de um suprimento de energia. Assim, na produção do óxido de ferro (
�� EMBED Equation.3 ) nos altos fornos, a energia necessária é liberada pela oxidação do monóxido de carbono obtido a partir do coque ou do carvão.
Microorganismos também podem provocar corrosão em metais. Isto é particularmente importante em indústrias alimentícias e similares. Corrosão galvânica é provavelmente o tipo mais comum. Isto porque a corrosão devido à presença de água quase sempre se deve ao processo galvânico. Seja um metal exposto ao tempo e, portanto, sujeito à ação da umidade e da chuva ou submerso ou sob o solo. É o caso típico de reservatórios, tubulações, estruturas.
São várias as formas que podem ocorrer. Algumas são mais freqüentes que outras e depende muito do ambiente e processos usados. A maioria dos metais tende a se combinar com o oxigênio do ar, produzindo os respectivos óxidos. Não considerando a ação de vapores contidos no ar (de água, etc.), este processo se dá de forma lenta para o ferro em temperaturas usuais de ambientes. Entretanto, em alguns metais como o alumínio à corrosão é rápida, mas acontece um interessante fenômeno: a camada de óxido formada na superfície isola o oxigênio e impede a continuação do processo. Isso é chamado apassivação. A presença de vapor d'água acelera o processo e ainda mais se tais vapores contém substâncias agressivas como sais ou ácidos. Ocorrem em muitos ambientes industriais, locais próximos ao mar, etc.
2.1 Tipos de corrosão
2.1.1Corrosão uniforme
Define-se corrosão uniforme como aquele caracterizado pelo ataque em toda a superfície metálica que mantém contato com o meio corrosivo com conseqüentemente homogênea diminuição da espessura.
Tal corrosão é atribuída a "micropilhas" de ação localizada sendo considerado o mais comum tipo de corrosão principalmente em de estruturas expostas à atmosfera e outros meios que propiciem uniformidade do ataque à superfície metálica.
Sendo uniforme na superfície, seu acompanhamento por controles diversos é facilitado, como nos casos de equipamentos e instalações dadas à homogênea perda de espessura provocada. Mesmo sendo de fácil controle, sua ação é importante do ponto de vista de desgaste, pois em diminuindo a espessura de materiais, causa à diminuição de sua resistência a esforços, como as tensões, podendo levar a rupturas, o que reduz sua vida útil e incorrer em possíveis falhas e risco de acidentes.
Outros tipos de ataque corrosivo onde há um uma maior heterogeneidade do ataque e conseqüente concentração em localizações específicas, resultando em perdas de volume localizada, são, por sua vez classificados dentro de uma denominação de corrosão localizada.
 2.1.2 Corrosão por pites
A chamada corrosão por pites (do inglês pit, orifício) é uma forma de corrosão localizada que consiste na formação de pequenas cavidades e profundidade considerável e o mais importante, significativa frente a espessura do material. Ocorre de maneira extremamente determinada, sendo, portanto podendo ser chamada de puntiforme, não apresentando o material circundante ataque.
Caracteriza-se por atacar materiais metálicos que apresentam formação de películas protetoras passiváveis e sendo resultado, geralmente, da atuação de "ilha" ativa-passiva nos locais de pequena área (disto pontos) onde há o rompimento de tal camada passiva.
Sendo uma corrosão que não implica em homogênea redução da espessura e ocorrendo no interior de equipamentos torna-se um tipo de corrosão de acompanhamento mais difícil.
É um tipo de corrosão que nos materiais passiváveis a ação dos halogênios (Cl-, Br-, I-, F-) causa o rompimento da passividade e a dissolução causada localmente da película produz um área ativa que diante do restante passivado circundante, muito maior, produz uma corrosão muito intensa e localizada. O potencial em que haja a quebra de passividade é uma variável muito importante neste processo, sendo considerado de fato que o que ocorra seja a alteração do comportamento da polarização anódica dos sistemas de materiais, tanto o metálico quanto seu produto passivo, pela ação dos íons halogenetos.
É de se considerar que um fator importante para o mecanismo da formação de pites seja a existência de pontos de maior fragilidade da película passivante (defeitos em sua formação), fazendo com que o pH no interior do pite se altere substancialmente para o espectro ácido dificultando a restituição da camada passiva inicial. Resultando disto que a pequena área ativa formada diante de uma grande área catódica provoca a corrosão localizada e intensa já citada.
2.1.3 Corrosão por concentração diferencial
A variação de determinados componentes no meio no qual o material está permanentemente ou mesmo eventualmente imerso (em contato) provoca igualmente ação corrosiva, a qual é denominada corrosão por concentração diferencial. Seu mecanismo de ação é a formação de pilhas de concentração iônica diferencial e pilhas de aeração diferencial.
Este tipo de corrosão pode ser dividido em corrosão por concentração iônica diferencial, associada com a variação de determinadas concentrações iônicas propriamente ditas do meio, a corrosão por aeração diferencial, variando a concentração de determinados gases da atmosfera gasosa em contato com o material, a corrosão em frestas, ocasionada por configuração geométrica do material corrosível, que possibilita a formação de variações de concentração ou de aeração e pelo mesmo motivo, a corrosão filiforme, mas associada a configurações dos revestimentos aplicados, tais como a pintura.
2.1.4 Corrosão por concentração iônica diferencial
A corrosão por concentração iônica diferencial ocorre quando no eletrólito com o qual o metal está em contato apresentam-se diferenças de concentração de íons do metal ou ainda outro cátion ou ânion que propicie a corrosão, como o Na+ e outros íons alcalinos ou ainda sulfatos, por exemplo, conseqüentemente propiciando a partir de um primeiro ataque, a variação de cátions do metal. Este diferencial propiciará a formação de pilhas através da presença de diferentes potenciais eletroquímicos das áreas de maior e menor concentração, que funcionarão respectivamente como cátodo e como ânodo.
2.1.5 Corrosão por aeração diferencial
Quando há variações nas concentrações de oxigênio no meio eletrólito ocorre à chamada tecnicamente corrosão por aeração diferencial. Com a concentração de oxigênio mais alto no meio circundante, mais catódico se torna o potencial eletroquímico de um material metálico, tornando as áreas em contato com esta concentração mais elevada de oxigênio catódicas, gerando diferença de potencial em relação às áreas de meio de menor concentração de oxigênio, que passam a ser anódicas. Este tipo de corrosão ocorre freqüentemente em regiões intermediárias entre dois meios, como ar e água ou ar e solo, como nas estruturas metálicas com partes subaquáticas ou no solo.
2.1.6 Corrosão em frestas
A ação da aeração diferencial e/ou da concentração iônica diferencial produzem a formação de pilhas em frestas em materiais metálicos. Estas frestas podem ser definidas como as ocorrentes em juntas soldadas de chapas sobrepostas, em juntas de chapas unidas por rebites, em ligações de tubulações unidas por flanges, em ligações de tubulações proporcionadas por roscas de parafusos, nos revestimentos feitos através de chapas aparafusadas e inúmeras configurações de geometrias que proporcionem a formação de frestas.
Sendo, portanto as frestas inerentes às construções por meio de metais, no projeto devem serminimizadas com o objetivo de reduzir a corrosão.
2.1.7 Corrosão filiforme
Quando a corrosão se processa sob camadas de revestimento, como a pintura, ela é denominada de corrosão filiforme. Embora o mecanismo principal desta corrosão não seja completamente entendido, atribui-se aos mesmos mecanismos da corrosão por frestas a esta corrosão, especialmente quando em defeitos no revestimento a aeração diferencial. Esta corrosão processa-se tipicamente nas bordas da superfície do material, progredindo por filamentos que curiosamente apresentam reflexões de mesmo ângulo do de incidência quando encontram obstáculos.
 2.1.8 Corrosão galvânica
O contato elétrico entre materiais diferentes resulta no processo corrosivo conhecido como corrosão galvânica. A intensidade deste tipo de corrosão será proporcional à distância entre os valores dos materiais envolvidos na tabela de potenciais eletroquímicos, em outras palavras, na "nobreza" dos materiais. Exerce influencia neste tipo de corrosão a proporcionalidade entre as áreas anódica e catódica. Tal proporção deverá ser menor possível com vistas a se obter a mínima corrosão na área anódica aliada a sua uniformidade.
O processo corrosivo que ocorre nos ferros fundidos cinzentos, que normalmente são usados no para tubulações de água, de esgotos, em drenagem, etc., e no chamado ferro nodular, que possuem teor de grafita é chamado de corrosão grafítica. Sendo o grafita muito mais catódico que o ferro, e estando este concentrado em veios ou nódulos, que passam a agir como cátodo, enquanto o ferro age como ânodo, propiciando a corrosão.
Este tipo de corrosão é observável em tubos de ferro fundido velhos, que com qualquer ferramenta pode ter partes desagregadas de suas paredes de maneira similar à grafita.
Este tipo de corrosão não é um fator de contra-indicação de tubos de ferros para usos como os citados, porque as exigências de pressões são de pouca monta e apenas a resistência estrutural dos tubos ao seu aterramento é na verdade exigida, ainda se após sofrer significativamente este tipo de corrosão. É usual o revestimento dos tubos para a prevenção a este tipo de corrosão, internamente com argamassa de cimento e externamente normalmente com pinturas resistente ao solo onde serão enterrados.
2.1.9 Corrosão dezincificação
O processo corrosivo que ocorre nas ligas de zinco, como os latões, utilizados em resfriadores, condensadores, etc. (trocadores de calor), tubulações para água salgada e outras é chamada corrosão por dezincificação.
É similar ao processo de corrosão grafítica, mas o material anódico no caso é o zinco, restando o cobre e os conseqüentes produtos de corrosão. É observada com mais freqüência nos latões de alto teor de zinco, como o latão-alumínio (76% Cu, 22% Zn e 2% Al) e latão amarelo (67% Cu e 33% Zn), mas é observada mesmo em ligas mais resistentes à corrosão deste tipo como o latão vermelho (85% Cu e 15% Zn) em caso de a partida da liga não se apresentar suficientemente homogênea.
2.1.10 Corrosão associada ao escoamento de fluidos
Quando no escoamento de líquidos os processos corrosivos podem sofrer aceleração pela associação da ação mecânica e seus efeitos com a formação de pilhas, a ruptura de passivações e proteções aplicadas e as conseqüentes formações de pilhas, oportunidades da ação química e sua conseqüente ação corrosiva.
As corrosões ocasionadas por tais ações de fluidos sobre os materiais são classificadas principalmente em corrosão-erosão, a corrosão com cavitação e a corrosão por turbulência.
 2.1.11 Corrosão-Erosão
Define-se erosão neste caso como o desgaste mecânico de uma substância sólida, no caso o material de componentes ou condutores de um sistema causado pela abrasão superficial de uma substância sólida, pura ou em suspensão num fluido, seja ele líquido ou gasoso.
São casos comuns e freqüentes deste tipo de ação:
no deslocamento de materiais sólidos, de qualquer granulometria, como rochas britadas, minérios ou produtos industriais diversos, como o cimento. 
no deslocamento de um líquido contendo um sólido em suspensão, como as lamas de produção de minérios. 
No deslocamento de gases contendo partículas líquidas ou sólidas, como no caso de cinzas abrasivas resultantes da queima de carvão mineral juntamente com os gases de exaustão da combustão de usinas termoelétricas. 
A ação erosiva ocorre normalmente no caso de líquidos e gases, em tubulações, em permutadores de calor, em pás de turbinas, em parafusos de bombas de Arquimedes, etc. O desgaste superficial causado pela erosão é capaz de destruir, ainda que pontualmente, a princípio, as camadas protetoras (passivas) formadas pelos próprios produtos de corrosão, ocasionando a formação de pilhas ativa-passiva. Por outro caminho, o processo corrosivo leva à produção de películas de produtos de corrosão, que são passivadoras da superfície, mas tais camadas são removidas continuamente pelo processo erosivo, levando ao contínuo desgaste pelas duas vias do material. Assim, quando associado com o processo erosivo, mais intenso se torna o processo corrosivo, tendo como somatório um desgaste maior que se apenas estivesse em ação o processo corrosivo ou o erosivo.
2.1.12 Corrosão com cavitação
Define-se cavitação como o processo de desgaste provocado em uma superfície, especialmente metálica, devido a ondas de choque no líquido, oriundas do colapso de bolhas gasosas nele temporariamente formadas por ebulição, normalmente a baixa pressão. Nas regiões de um sistema em movimento (como são os casos de pás de bombas centrífugas) ou em vibração (como são os casos das camisas de fluidos refrigerantes dos motores), onde ocorrem pelo menos momentos de baixas pressões, o suficiente para produzir bolhas de vapor ou mesmo de gases até então dissolvidos, e havendo a reversão para situações de pressão mais alta, causando o colapso de tais bolhas, que por redução praticamente instantânea de seu volume provocando ondas de choque e causando o impacto do fluido com as paredes, num efeito de "martelamento".
Do mesmo modo que a erosão por partículas em suspensão nos fluidos, a cavitação provoca a destruição das camadas de oxidação protetora das superfícies, propiciando de maneira similar o ataque corrosivo, com o acréscimo de provocar a deformação plástica com o encruamento causado pela ação das ondas de choque de alta pressão e portanto a formação de novas regiões anódicas.
Igualmente a processo de corrosão com ação conjunta da erosão, a ação dos dois fatores somados causa maiores perdas de material que a ação isolada da cavitação ou da corrosão.
É de se citar igualmente a formação, propiciando a maior formação de bolhas, de "focos de ebulição", que são regiões de maior aspereza (ou pontas e arestas) no material, de onde há a mais fácil formação de bolhas de vapor, exatamente pela ação inicial da corrosão ou da cavitação, sinergizando o processo, propiciando ainda mais cavitação.
2.1.13 Corrosão por turbulência ou impingimento
A chamada corrosão por turbulência ou impingimento é um processo corrosivo associado aos fluxos turbulentos de um líquido, ocorrendo especialmente quando há a redução da área do fluxo, ou em outras palavras, quando seu caminho torna-se mais estreito ou apresentar mudança de direção, como em curvas ou como se usa dizer em tubulações, "cotovelos".
De modo similar à cavitação, os fluxos turbulentos podem provocar regiões de baixa pressão e bolhas especialmente de gases dissolvidos (como por exemplo, o ar) e vapor que podem colapsar, causando a ação de ondas de choque do fluido contra a parede metálica e o processo erosivo deste modo resultante é denominado de impingimento. 
O ataque é um tanto diferente da cavitação, propiciando alvéolos na forma de ferradura e pela ação dominante de bolhas de gases dissolvidos, enquanto na cavitação a fase gasosa dominante é o vapor do líquido.
2.1.14 Corrosão por placas
A corrosão por placas se dá quando os produtos da reação de corrosão formam-se em placas que seprogressivamente se desprendem do volume do material. É comum em metais que formam películas protetoras a princípio, mas às estas ganharem espessura pelo aumento do volume do produto de corrosão, causarem fraturas, perderem aderência no material principal, desprenderem-se e exporem novas massas de metal ao ataque.
2.1.15 Corrosão alveolar
A corrosão alveolar ocorre quando a perda de volume provocado pela corrosão se dá sob forma mais localizada, com maior profundidade que a corrosão por placa e sem o desprendimento de material não corroído como a corrosão por placas, passando a formar crateras. Normalmente iniciam por corrosão por pite. São freqüentes em metais que formam películas semi-protetoras ou quando o processo de corrosão se dá por depósito, como em casos de corrosão por aeração diferencial.
 2.1.16 Corrosão intergranular ou intercristalina
Quando o ataque se manifesta no contorno dos grãos, ocorre com mais freqüência nos aços inoxidáveis austeníticos sintetizados, expostos a meios corrosivos, porém ocorre também no alumínio, duralumínio, cobre e suas ligas, além de outros materiais.
2.1.17 Corrosão transgranular ou transcristalina
Quando o fenômeno se manifesta sob a forma de trincas, que se propagam pelo interior dos grãos do material, como no caso da corrosão sob tensão dos aços inoxidáveis austeníticos.
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3. AMBIENTES CORROSIVOS
3.1 CORROSÃO POR SOLUÇÕES AQUOSAS
Neste processo de corrosão ocorre o consumo de oxigênio dissolvido no meio aquoso. Sendo assim ocorre à passagem da distribuição primária para a secundária, pois à medida que o oxigênio originalmente dissolvido no meio aquoso sendo consumido, novo oxigênio se dissolve no meio partir da atmosfera. Com isso ocorre um gradual deslocamento das áreas catódicas para a periferia da gota, pois é nesta região que o oxigênio fica mais facilmente disponível. As áreas anódicas, por sua vez, concentram-se na região central do meio aquoso onde o acesso do oxigênio é mais difícil. Cria-se, assim, uma situação de separação quase completa entre os dois tipos de áreas.
O consumo do oxigênio pela reação catódica é responsável pelo aparecimento dos seguintes processos, que podem desempenhar um importante papel no desenvolvimento do processo corrosivo: dissolução do oxigênio no meio aquoso, onde ocorre à passagem do oxigênio do ar para a solução através da interface eletrólito/atmosfera, transporte do oxigênio através da solução por difusão e convecção.
3.2 CORROSÃO ATMOSFÉRICA
Em geral os metais, quando estão em contato com a ação climática, estão propícios à corrosão atmosférica, responsável direta por grande parcela dos custos advindos da deterioração de materiais metálicos. O maior ataque nos metais é de responsabilidade dos ácidos inorgânicos e seus precursores presentes na atmosfera. 
Os estudos da química ambiental e conseqüentemente do meio ambiente, têm alertado a todos publicando dados comprovando a presença de ácidos orgânicos, quer na fase vapor, quer nos chamados aerossóis associados aos sistemas particulados.
Existem 3 tipos de corrosão atmosféricas:
Corrosão atmosférica seca, neste caso há a isenção de umidade, apresenta oxidação lenta ocasionada por presença de gases.
Corrosão atmosférica úmida ocorre em ambiente com umidade inferior a 100%, o ataque vai depender da umidade relativa, poluente.
Corrosão atmosférica molhada: neste caso temos uma umidade próxima de 100%. Geralmente ocorre em presença de chuvas, névoa salina etc.
3.3 CORROSÃO NO SOLO
Não se pode desconsidera o solo como meio corrosivo eletroquímico, pois é de grande importância o seu estudo devido à grande quantidade de obras enterradas (tubulações e tanques com substâncias tóxicas ou inflamáveis; fundações das edificações).
O quer favorece e velocidade e a intensidade da corrosão no solo é a natureza do mesmo. Solos com grande variabilidade aeração, umidade, pH, potencial redox, microorganismos, condições climáticas e heterogeneidade são fatores importantes. As características físico-químicas: água, sais e gases dissolvidos, acidez, resistividade elétrica. Além disso, condições microbiológicas e condições operacionais como, por exemplo, a sua forma de utilização.
4. MEDIDAS DE CORROSÃO
Para se expressar à taxa de corrosão uniforme, normalmente são utilizadas terminologias americanas. Que são:
- 	ipy: polegadas por penetração por ano ( que se refere à penetração no material;
-	mdd: miligramas por decímetro quadrado por dia ( referem-se à perda em peso do metal.
Não se considera a natureza do produto da corrosão nem uma possível aderência do mesmo à superfície.
4.1 Fatores de Conversão
Os seguintes fatores são utilizados quando deseja se converter uma unidade em outra:
-	ipy = mdd x 0,00144 / densidade
-	mdd = ipy x 696 x densidade
4.1.1 Algumas observações
Para a conversão de uma unidade em outra é necessário o valor da densidade do metal;
Os valores de ipy e mdd são representados tempos médios, porque a taxa de corrosão inicial é, geralmente, maior do que a final. Então, ao ser fornecido determinado valor para a taxa de corrosão, deve-se considerar o tempo de exposição;
Considerando um determinado valor para perda do peso por unidade de área para um metal leve, por exemplo, o alumínio e um metal pesado, o chumbo, esse valor representará uma perda real de espessura maior para o metal mais leve, no caso o alumínio.
4.1.2 Classificação
Podemos classificar os metais de acordo com os seguintes critérios, em função de sua aplicação e taxa de corrosão, para um ataque uniforme em meio químico:
Ipy < 0,005 ( são metais com boa resistência e podem ser aplicados nas partes críticas dos equipamentos, por exemplo, em haste de bombas, molas, sede de válvulas, etc.
Ipy entre 0,005 e 0,05 ( são metais de média resistência e são utilizados em instalações onde podem ser consideradas altas taxas de corrosão, por exemplo, corpo de válvulas, tanques, reservatórios, tubulações, etc.
Ipy > 0,05 ( são metais de pouca resistência e que tem a sua utilização desaconselhada.
5. PREVENÇÃO DA CORROSÃO
Um dos grandes desafios aos nossos dias atuais é a prevenção, pois quanto mais à ciência cria, evolui e a tecnologia avança, mais ela encontra espaço e maneiras de se fazer presente. Muitas das vezes, o encontramos um custo de um novo material que substituirá o antigo podendo ser de 20 a 50 vezes mais alto, o que inviabiliza a reposição. 
Assim, na maioria das vezes, é necessário o emprego de uma técnica anticorrosiva. Os processos mais empregados para a prevenção da corrosão são: a proteção catódica e anódica, os revestimentos e os inibidores de corrosão.
Métodos comuns são, por exemplo, uso de tintas protetoras, tratamentos superficiais como niquelagem, cromagem, fosfatização, etc. É evidente que em alguns casos pode ser viável o uso de materiais mais adequados. Exemplo: alumínio ou plástico no lugar do aço.
 Uma das maneiras de se revestir as superfícies metálicas com o intuito de evitarmos a corrosão é a eletrodeposição, sendo hoje um processo amplamente utilizado, que ocorre na superfície do metal, que inibe a corrosão superficial e estrutural do metal sob influencia do meio ambiente.
6. CONCLUSÃO
Os processos pelos qual um processo de corrosão pode acontecer são inúmeros e suas características são bastante complexas.
Cabe ao engenheiro ou desenvolvedor do material estar sempre atento e visando o futuro, pois nos dias atuais de grande presença de elementos poluidores químicos no nosso ambiente são grandes catalisadores dos processos corrosivos. 
Conseguindo o objetivo na produção se conseguirá minimizar ou mesmo conseguir conviver com os efeitos da corrosão.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
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Depositada Sobre Aço API 5L Utilizado Na Indústria De Petróleo, 2007.
Santana, R.A.C.; Prasad, S.; Santana, F.S.M. Eclética Química, 2003.
MERÇON Fábio, CANESSO Pedro e MAINIER Fernando, Química na Escola, 2004
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Exemplos de corrosão
Niterói 
2° semestre / 2008
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