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Introdução a estrutura de madeira

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A Madeira
É vasta a bibliografia sobre construções de madeira, especialmente estrangeira, porém as condições nacionais são bem peculiares, principalmente devido ao tipo das seções em uso, pouco variadas, mas engenhosamente proporcionadas, prestando-se admiravelmente para as peças carregadas de topo.
	Com efeito, normalmente existem apenas cinco espécies de vigas, que são: 3”x 3” , 3”x 4 ½” , 3”x 6”, 3”x 9” e 1 ½”x 9”, todas com o comprimento habitual de 14 pés. Os manuais não trazem as propriedades geométricas de todas estas seções, e muito menos as das seções compostas daquelas acima enunciadas. Os elementos geométricos a que nos referimos são as áreas, os momentos de inércia, os raios de giração e os momentos resistentes.
	Porque a madeira não é um produto submetido a controle de fabricação, ela mostra considerável variação em suas propriedades físicas. A resistência que a madeira apresenta na direção longitudinal, ou das fibras, é 10 vezes maior que a resistência perpendicular às fibras. A resistência ao cisalhamento, paralelamente às fibras, é pequena e incerta.
	As espécies de madeira mais usadas são, o pinho do Paraná (araucaria angustifolia), peroba-rosa ou peroba (aspidosperma polycuron), peroba-de-Campos ou ipê-peroba (paraucoma peroba) e finalmente, o eucaliptus e suas variedades.
Habitat, características e usos das principais madeiras:
Abeto (Pseudotsuga taxifolia) – Árvore majestosa, impossível de ser substituída, pois os abestos existentes são velhíssimos e muito altos. A madeira é dura, resistente e durável. A cor do cerne varia do avermelhado ao amarelo, enquanto que o alburno é esbranquiçado. Ë muito empregado na construção; usado correntemente em compensados e vigamentos.
Angico-vermelho (Piptadenia macrocarpa) – Ocorre desde o Maranhão até São Paulo, incluindo o Nordeste e o Brasil Central e alcançando a Argentina. Sua cor é pardo-avermelhado até vermelho-queimado, com veios e manchas violáceos. Pesada, dura, áspera, resistente à putrefação, anéis de crescimento perceptíveis. Serve para construções rústicas, vigas, postes e mourões.
Aroeira (Astronium urundeuva) – Ocorre desde o Ceará até a Argentina e o Paraguai. Pesada, muito dura, compacta, lisa, imputrescível e adstringente. Serve para obras externas, postes, vigas, armações de pontes e é muito apreciada para postes elétricos.
Garapa (Apuleia leiocarpa) – Ocorre do nordeste até a Argentina e Uruguai. Sua cor é bege claro e uniforme. Pesada, dura, altamewnte durável, lisa, lustrosa, fácil de trabalhar. Seve para construção, vigas, postes, etc. pode substituir a peroba-de-campos em vários empregos, inclusive fraudulentamente.
Macaranduba (Manikara elata) – Ocorre desde o sul da Bahia até o Rio de Janeiro, sendo árvore muito grande. Cor vermelho-vivo. Ë uma das mais resistentes à putrefação às brocas marinhas. Serve para obras externas, mastros, estacas, vigas, etc.
Pequi (Caryocar barbinerve) – Ocorre no sul da Bahia até o norte do Espirito Santo. Cor variando do amarelo ao pardo-claro-amarelo. Bastante pesada, algo áspera, dura, muito resistente ao gusano e à putrefação. Serve para construção civil, vigas, e ainda, para embarcações escavadas em tronco inteiro.
Peroba-de-campos (Paraucoma peroba) - Ocorre desde o centro da Bahia até Minas Gerais e Espirito Santo. Cor do bege-amarelado ao pardo-acastanhado. Pesada, dura e resistente, aspera, pouco lustrosa. Ë uma das mais usadas para vigas em madeira.
Peroba-rosa (Aspidosperma polyneuron) – Ocorre desde o Espirito Santo até a Argentina, sendo muito frequente no Paraná. Apesar de rachar facilmente é também utilizada em vigas.
Práticas do Comércio
	Nos grandes centros madeireiros do país, a madeira industrializada é distribuída à base do pé quadrado inglês, o que corresponde ao sólido de base quadrada de 12”a altura de 1”; esta unidade é designada em países de lingua inglesa como fbm, ou seja, pé padrão para madeira.
	A viga base é a couçoeira de seção transversal medindo 3”x 9”, ou seja, 7.5 cm x 22.5 cm da qual, por serragem, são obtidos os seguintes submúltiplos:
		um fio ao alto: dá duas peças de 1 ½”x 9”
		um fio ao baixo: dá duas peças de 3”x 4 ½”
		um fio ao baixo a 3”: dá uma peça de 3”x 3” e uma de 3”x6”
		dois fios ao baixo: três peças de 3”x 3”
		dois fios ao alto: três peças de 1”x 9” (tábuas de 9”)
	Esses elementos são entregues em comprimento médio de 14’ (cerca de 4,20m) e a unidade de fornecimento é a dúzia.
A madeira serrada estrutural classifica-se, também de acordo com a sua aplicação:
Vigotas para pisos e pranchas - com 5 a 10 cm de espessura e no mínimo 15 cm de largura. Classificadas segundo sua resistência à flexão quando funcionam como barretes (carga aplicada na borda), ou como pranchas (carga aplicada na face);
Vigotas e longarinas – espessura 12 cm (ou mais); largura igual à espessura acrescida de 5 cm no mínimo. Classificadas segundo sua resistência à flexão, quando carregadas no lado menor;
Propriedades Geométricas das Seções
Os elementos mais importantes da seção transversal de uma peça são: a área S em centímetros quadrados, os momentos de inércia J mínimo e máximo em centímetros à Quarta potência e os raios de giração i em centímetros.	
(tabela quadro 3 e 4 e 5 da pagina 6 livro constr. Madeira)

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