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Capítulo 2 - Conhecimento e Método

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CONHECIMENTO E 
MÉTODO
Conhecimento e informação são 
coisas bem distintas
Em sala de aula quando pergunto 
aos alunos: O que é o conhecimento? 
Normalmente, se instaura o silêncio. De-
pois, só vejo caretas e olhares inquietos. 
Certamente, na mente da maioria deles surge 
uma dúvida, ao mesmo tempo que exclamam: 
que pergunta estranha! Isso porque conforme 
vou instigando para que manifestem 
suas idéias, eles vão se expressan-
do, dizendo que conhecimento: 
“é saber”; “é aprender”; “é estu-
dar”; “são informações recebi-
das”; “é aquilo que aprendemos”. 
Neste capítulo, desejamos ampliar 
a compreensão sobre o significado do 
conhecimento e como ele é produzido e, 
a partir dessa abordagem, introduzir o mé-
todo científico.
O Pensador: Escultura de Augusto Rodin. Essa es-
cultura nos remete a uma posição de reflexão, alguém 
que está concentrado em um problema a ser desven-
dado. Provavelmente está questionando sobre o que é 
o conhecimento?
O que é conhecimento?
Na verdade, num primeiro momento a pergunta “o que é conhecimento?” pa-rece muito estranha, isso porque na nos-
sa vida o conhecimento está presente de modo 
muito natural, desde muito cedo somos insisten-
temente alertados por nossos pais, parentes, pro-
fessores... sobre a importância e a necessidade de 
conhecermos, isto ou aquilo. Convivemos com 
recomendações do tipo: “você precisa conhecer 
isso”. “é necessário ter consciência de...”. Desse 
modo, ao longo de nossa vida vamos recebendo 
informações e adquirindo compreensões sobre 
as coisas do mundo, sobre as relações huma-
nas, sobre as questões sociais e culturais. Quer 
dizer, estamos permanentemente conhecendo, 
mas dificilmente questionamos sobre isso. O que 
significa conhecer? Qual a origem dos conheci-
mentos? Como eles foram produzidos? Quem, 
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Por Prof. Ms. Cosme Luiz Chinazzo
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por que e quando foram produzidos? O que co-
nhecemos é verdadeiro ou falso? Podemos dizer 
que a grande maioria dessas compreensões são 
informações, não conhecimento propriamen-
te dito. Conhecimento e informação são coisas 
bem distintas. Acontece que dificilmente proble-
matizamos sobre o conhecimento. Mas na ver-
dade, desde a Antigüidade 
muitos pensadores se pre-
ocuparam com o problema 
do conhecimento humano, 
impondo-se questionamen-
tos em torno das seguintes 
perguntas*:
 a. O que é o conhecimento? 
 b. É possível o conhecimento? Pode o su-
jeito conhecer o objeto?
 c. O que é a verdade? Qual o critério para 
dizer que o conhecimento é verdadeiro 
ou não?
 d. Qual é o fundamento do conhecimen-
to? Ou seja, de onde se originam os 
conteúdos do sujeito conhecedor? Da 
consciência ou da experiência?
Para muitas pessoas de nossos tempos, essas 
e outras perguntas semelhantes, parecem estra-
nhas, mas são elaboradas e reelaboradas há mais 
de vinte séculos.
Etimologicamente, da língua francesa te-
mos connaissance que quer dizer conhecimento: 
con quer dizer com e naissance significa nascer. 
Logo, conhecimento = nascer com. Assim, no ato 
Conhecimento e 
informação são coisas 
bem distintas.
Discussão noite 
adentro: William Blades. 
Há muitos anos a ques-
tão do conhecimento 
humano tem provocado 
profundas e calorosas 
discussões.
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de conhecer, o sujeito conhecedor nasce como 
ser pensante e, concomitantemente com ele, 
nasce o objeto que ele pensa e conhece. O pro-
cesso de produção do conhecimento mostra aos 
homens que eles jamais são alguma coisa pron-
ta, na medida em que estão sempre nascendo de 
novo, quando têm coragem 
de se mostrarem abertos 
diante da realidade.
Para que exista o ato 
de conhecer, é indispen-
sável o relacionamento de 
dois elementos básicos, 
conforme é demonstrado na Figura 1, a seguir:
Dependendo da corrente filosófica, será 
dada maior ênfase ao SUJEITO ou ao OBJETO, 
assim, sabemos que os racionalistas dão maior 
importância ao sujeito, enquanto que os empiris-
tas dão maior importância ao objeto.
*Esta parte foi desenvolvida tendo como base bibliográfica 
Cotrim (1993) e Hühne (1992).
Um SUJEITO conhecedor
 X
 Um OBJETO conhecido
CONHECIMENTO
FIGURA 1 – RELAÇÃO SUJEITO 
OBJETO NO ATO COGNISCITIVO
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“O ato de conhecer 
envolve o dualismo 
sujeito e objeto”
O ato de conhecer envolve o dualismo sujeito 
e objeto onde encontram-se frente a frente. Nes-
te dualismo encontramos a essência do conheci-
mento. Este é o resultado da relação entre os dois 
elementos. É relação e ao mesmo tempo correla-
ção, porque o sujeito só é sujeito para um objeto 
e o objeto só é objeto para um sujeito. Mas tal 
correlação não é reversível, pois ser sujeito é algo 
completamente distinto de ser objeto. E a função 
do sujeito é a de apreender o objeto, e a função do 
objeto é de ser apreendido pelo sujeito.
O sujeito, no caso que nos interessa aqui, 
é o ser humano que construiu a faculdade 
da inteligibilidade, construiu um interior 
capaz de apropriar-se simbólica e repre-
sentativamente do exterior, conseguindo, 
inclusive, operar de forma abstrata com 
seus símbolos e representações. O objeto 
é o mundo exterior ao sujeito, que é re-
presentado em seu pensamento a partir da 
manipulação que executa com eles.1 
A pergunta que se impõe é: é possível ao su-
jeito apreender o objeto?
Respondendo a essa questão, Cotrim2 distin-
gue duas correntes filosóficas básicas e antagô-
nicas:
 a. Ceticismo – Esta corrente filosófica 
defende a idéia de que o ser humano 
não tem possibilidades de conhecer a 
verdade.
 b. Dogmatismo Gnosiológico – Esta cor-
rente filosófica defende a idéia de que 
o ser humano tem possibilidades de co-
nhecer a verdade.
Ainda segundo Cotrim, o ceticismo se divi-
de em duas modalidades: absoluto e relativo.
 a. Ceticismo absoluto: a palavra ab-
soluto, por si só, já diz tudo, ou seja, 
nega qualquer forma total de conhecer 
a verdade. O argumento é, nas palavras 
do filósofo pré-socrático Protágoras, 
que “o homem nada pode afirmar, pois 
nada pode conhecer”3. Os céticos abso-
lutos se fixam em duas características 
do ser humano que podem conduzir ao 
erro, quais seja: os sentidos e a razão. 
Os sentidos porque nos enganam com 
muita freqüência, não são confiáveis; 
a razão, por sua vez, também não é 
confiável, pois é ela que proporciona 
diferentes concepções teóricas, sobre 
um mesmo tema, que são superadas de 
tempos em tempos.
 b. Ceticismo relativo: nega parcialmente 
nossa possibilidade de conhecer, é mais 
moderada e se divide em duas modali-
dades:
•	 fenomenalismo, pelos pressu-
postos da fenomenologia no qual 
só se conhece a aparência dos 
seres; não conhecemos a essên-
cia das coisas; não conhecemos 
a coisa em si; conhecemos a ex-
teriorização das coisas.
•	 probabilismo, em que podemos 
alcançar uma verdade provável, 
nunca provada ou comprovada. 
Nunca chegaremos ao nível da 
plena certeza, da verdade abso-
luta.
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3:
 G
ra
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Protágoras de Abde-
ra (480 a.C. - Sicília, 410 
a.C.) foi quem cunhou a 
frase “o homem é a medida de 
todas as coisas, das coisas 
que são, enquanto são, das 
coisas que não são, 
enquanto não são.”, 
tendo como base para isso o 
pensamento de Herácli-
to. Tal frase expressa bem o 
relativismo tanto dos 
Sofistas em geral quanto 
o relativismo do próprio 
Protágoras.
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Por outro lado, existem os pensadores que 
acreditam que o ser humano (sujeito) pode co-
nhecer o objeto e chegar à verdade. A estes Co-
trim denomina de dogmatismo e divide em duas 
visões:
 a. ingênuo – acredita plenamente na pos-
sibilidade de o ser humano conhecer a 
verdade. Para estes, o ser humano não 
tem dificuldades no ato de conhecer a 
verdade.
 b. crítico – acredita na capacidade do 
ser humano de conhecer a verdade, 
mas mediante o esforço conjunto dos 
sentidos e da inteligência. “Confia 
que através de um trabalho metódico, 
racional e científico, o homem torna-
se capaz de decifrar a realidade do 
mundo”4. 
O processo de produção do 
conhecimento
Na metafísica, Aristóteles já afirmava que “todos os homens têm, por natureza, o desejo de conhecer” (ARISTÓTELES 
apud ZILLES, 1994, p. 15). Tal desejo se mani-
festa desde os primeiros anos de vida. Observa-se 
nas crianças, uma ânsia em buscar compreender 
o mundo ao seu redor, esse 
desejo vai se adequando às 
diferentes fases do ciclo vital. 
Na medida em que o homem 
vai aprofundando seus co-
nhecimentos, necessariamen-
te aprimorará os métodos e 
técnicas de investigação, para 
facilitar a compreensão do 
mundo. 
O conceito explicativo da realidade nunca 
está pronto; ele é uma construção que o 
sujeito faz a partir da lógica que encontra 
nos fragmentos da realidade. Para tanto, 
utiliza-se de recursos metodológicos, de 
meios e processos de investigação. Ele se 
constrói por meio de longa busca, por meio 
de esforço de desvendamento. A elucida-
ção do mundo exterior exige imaginação 
investida, busca disciplinada e metodoló-
gica, tendo em vista captar os meandros 
do real.5 
Muitos autores referem-se ao conhecimento 
dizendo que ele é a “elucidação” da realidade. 
Elucidar na língua latina é derivada do verbo 
“lucere”, que significa “trazer a luz”, “iluminar”, 
assim, elucidar é iluminar, tornar claro. Outros 
autores se referem ao conhecimento como o ato 
de desvelamento, ou seja, conhecer é desvelar a 
realidade. “Desvelar” quer dizer “tirar o véu”. 
Também é muito usado o ter-
mo “desvendar” que significa 
“tirar a venda”. Quem está 
com olhos vendados, não pode 
ver. Então, conhecimento é 
o ato de tirar a venda, tirar o 
véu, iluminar, clarear, para po-
der dizer o que a realidade é, 
como é, porquê é, que elemen-
tos a constituem...
Os conceitos não nascem de dentro do 
sujeito, mas sim da apropriação adequa-
da que ele faz do exterior. Deste modo, 
a iluminação da realidade não é um ato 
exclusivo do sujeito, mas um ato que se 
processa dialeticamente com e a partir da 
realidade exterior. O sujeito ilumina a re-
alidade com sua inteligência, mas a partir 
dos fragmentos de “luz”, dos sinais que a 
própria realidade lhe oferece. O sujeito, 
no nível da teoria, explica um objeto, não 
porque ele voluntariamente queira que a 
explicação seja esta e não outra, mas sim 
porque os fragmentos da realidade com os 
quais ele trabalha lhe oferecem uma lógica 
Conhecer é sempre 
um ato desafiador em 
busca de sentidos e 
significados das
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de compreensão, lhe permitem descobrir 
uma inteligibilidade entre eles, formando, 
assim, um conceito que nada mais é que a 
expressão pensada de um objeto.6
Conhecer é sempre um ato desafiador em 
busca de sentidos e significados das coisas, é es-
clarecer o que estava duvidoso, é clarear o que 
estava obscuro, é iluminar o que estava na escu-
ridão...
A função primordial do conhecimento deve 
ser a de possibilitar a compreensão da realidade, 
para permitir a ação e adequação do ser humano 
sobre essa mesma realidade.
Para o homem penetrar nas diversas áreas da 
realidade ele precisa aprender. Adquirir conhe-
cimentos, aprender a refletir, pensar, eis o início 
para a compreensão do conhecimento.
O conhecimento tem uma dimensão social 
e uma dimensão histórica. Sob o enfoque social 
o conhecimento ilumina outras consciências. A 
dimensão histórica significa que ele é produzido 
e germinado num determinado tempo. Por isso o 
conhecimento sempre é novo.
Necessariamente temos que admitir que o ser 
humano é um sujeito produtor de conhecimentos. 
E que basicamente temos duas atitudes diante do 
conhecimento, quais sejam: usar o conhecimento 
já existente e/ou produzir novos conhecimentos. 
Finalmente, em se tratando de produzir co-
nhecimento, necessitamos ter um posicionamen-
to crítico diante do conhecimento. O posicionar-
se criticamente implica colocar a relação do fazer 
e do usar de maneira dialética, porque o conhe-
cimento é feito pelos homens e é utilizado pelos 
homens e, fatalmente, de qualquer maneira, utili-
zado em função dos homens. 
Fundamentos do conhecimento
Historicamente encontramos várias cor-rentes filosóficas e pensadores que se empenharam em explicar os fundamen-
tos do conhecimento. Passamos a expor alguns 
pressupostos de três, dessas correntes, que con-
sideramos as correntes principais, isto quer dizer 
que não são as únicas existentes. 
Racionalismo 
Usamos este termo para designar a corrente 
filosófica que deposita “total e exclusiva confian-
ça na razão humana como instrumento capaz de 
conhecer a verdade”7. Ao trabalhar com os prin-
cípios lógicos, a razão humana pode atingir o co-
nhecimento verdadeiro.
O racionalismo moderno teve início com 
René Descartes que, na verdade, é considerado 
o fundador da filosofia moderna. O racionalismo 
de Descartes é também conhecido como pensa-
mento cartesiano.
O ponto de partida de Descartes é a teoria 
René Descartes: foi filósofo, físico e 
matemático francês. Notabilizou-se sobretudo por 
seu trabalho revolucionário na filosofia. Institui o 
método da dúvida: só se pode dizer que existe aqui-
lo que possa ser provado, sendo o ato de duvidar in-
dubitável. Baseado nisso, Descartes busca provar a 
existência do próprio eu (que duvida, portanto, 
é sujeito de algo - cogito ergo sum, penso logo 
existo) e de Deus.
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de que tudo pode ser analisado e explicado pela 
RAZÃO. A razão é o instrumento por excelên-
cia na construção do conhecimento em busca da 
verdade. Atribui à razão humana a capacidade 
exclusiva de conhecer e estabelecer a verdade. 
Proclama que a razão é independente da experi-
ência sensorial e que é inata, é imutável e é igual 
em todos os homens. 
Empirismo
A palavra empirismo significa experiência. 
O empirismo surge como uma reação natural ao 
racionalismo. Enquanto o racionalismo defen-
dia o primado da razão, no empreendimento de 
conhecermos a verdade, os empiristas aparecem 
defendendo o primado da experiência sensorial, 
ou seja, o conhecimento e as idéias só se formam 
em nossa mente a partir dos nossos sentidos, das 
nossas experiências sensoriais, das percepções 
que nossos sentidos apreendem do mundo exte-
rior. Não existe nada em nossa mente que não 
tenha antes passado pelos sentidos.
Para apresentar o empirismo vamos nos con-
centrar no pensamento de John Locke, que com-
bate a concepção da existência de idéias inatas. 
O ponto de partida de John Locke é de que o ser 
humano, ao nascer, tem a mente como uma folha 
de papel em branco (tabula rasa), quer dizer, não 
nascemos com idéias prontas em nossa cabeça. 
As idéias vão sendo escritas com as experiências 
que faremos ao longo de nossa vida. 
A teoria de Locke é fundamentada na argu-
mentação de que nada existe na mente do ser hu-
mano que não tenha sua origem nos sentidos, na 
percepção sensorial. Asidéias que adquirimos e 
armazenamos durante nossa vida são o resultado 
do exercício da experiência sensorial.
Dialética
Representa um meio-termo entre empiristas 
e racionalistas aqui, “tanto os sentidos como a 
John Locke (1632-1704): filósofo inglês, pre-
cursor do Iluminismo. Participou da Revolução In-
glesa, em 1688. Passa vários anos na França e na 
Holanda. Voltou à Inglaterra quando Guilherme de 
Orange subiu ao trono. Representante do individu-
alismo liberal, em sua principal obra, Ensaio sobre 
o entendimento humano, de 1690, propõe que a 
experiência é a fonte do conhecimento, que depois 
se desenvolve por esforço da razão. Ele é considera-
do o representante principal do empirismo naquele 
país, e ideólogo do liberalismo. 
razão humana têm participação determinante na 
origem de nossos conhecimentos”8.
Na concepção dialética o conhecimento hu-
mano se processa a partir da experiência sensí-
vel, e se complementa na lógica racional, isto é, 
o ser humano só produz conhecimentos a par-
tir de sucessivas repetições de experiências que 
conduzem da realidade concreta em direção à 
consciência, e reciprocamente da consciência em 
direção à realidade concreta. Em outras palavras 
o conhecimento se processa prática para a teoria, 
reciprocamente da teoria em direção à prática.
 Nesta concepção, o conhecimento é pro-
dução humana, ele é resultante da necessidade 
de interação do homem com o mundo e com os 
outros homens, onde no processo de produção 
de sua vida individual e social, os homens pro-
duzem suas idéias, representações, teorias, reli-
giões e ciências. 
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A questão do método 
O ser humano desde os primórdios se pre-ocupou em entender e explicar as forças da natureza que agem sobre ele. Para 
desvendar essas forças foram surgindo diferentes 
tentativas, ou seja, diferentes métodos e técni-
cas de investigação, e consequentemente foram 
sendo elaboradas diferentes explicações, umas 
de ordem mitológica, outras de ordem religiosa, 
outras filosóficas e científicas. 
Etimologicamente método significa cami-
nho. Então, método é algo que viabiliza a busca 
de um fim, é meio para se atingir um objetivo. De 
modo geral podemos dizer que o método é a or-
dem que se deve impor aos diferentes processos 
necessários para atingir um resultado desejado. 
Normalmente na área das ciências método é 
o conjunto de processos que o espírito humano 
deve empregar na investigação e demonstração 
da verdade.
Existe a necessidade de distinguirmos o mé-
todo em relação a técnica. Método é a estratégia 
da ação, indica o que fazer, é o orientador geral 
da atividade, ou seja, o dispositivo ordenador, o 
procedimento sistemático, um plano geral.Técni-
ca é o modo, o processo de fazer de forma mais 
hábil, mais segura, mais perfeita algum tipo de 
atividade. Esclareça-se que via de regra a técnica 
necessita do método para ser executada, pois a 
técnica é a aplicação específica do plano metodo-
lógico e a forma especial de o executar. 
No dizer de Cervo e Brevian9:
Existe, pois, um método fundamental idên-
tico para todas as ciências, que compre-
ende um certo número de procedimentos 
ou operações científicas levadas a efeito 
em qualquer tipo de pesquisa. Estes pro-
cedimentos (...), podem ser resumidos da 
seguinte maneira: a) formular questões ou 
propor problemas e levantar hipóteses; b) 
efetuar observações e medidas; c) registrar 
tão cuidadosamente quanto possível os da-
Assim como a bússola 
está para o navegador; o méto-
do está para o pesquisador
dos observados com o 
intuito de responder às 
perguntas formuladas 
ou comprovar a hipótese 
levantada; d) elaborar 
explicações ou rever conclusões, idéias ou 
opiniões que estejam em desacordo com as 
observações ou com as respostas resultan-
tes; e) generalizar, isto é, estabelecer con-
clusões obtidas a todos os casos que envol-
vem condições similares; a generalização 
é tarefa do processo chamado indução; f) 
prever ou predizer, isto é, antecipar que, 
dadas certas condições, é de se esperar 
que surjam certas relações. Entretanto, o 
método pode e deve ser adaptado às diver-
sas ciências, à medida que a investigação 
de seu objeto impõe, ao pesquisador, lan-
çar mão de técnicas especializadas.
É evidente a importância do método na 
construção das ciências, pois ele tem a função de 
disciplinar o processo investigatório, bem como 
de auxiliar na exclusão do acaso e, ainda, de en-
caminhar o esforço no sentido de adequação ao 
objeto de estudo determinando formas de inves-
tigação segura na pesquisa. Mas o método não 
se basta por si só, na verdade, para ser produtivo 
exige empenho, inteligência e talento. 
Neste tópico abordaremos a dedução e a in-
dução que representam, antes de qualquer coisa, 
formas de raciocínio ou de argumentação e, como 
tais, são formas de reflexão, e não de simples 
pensamento. Freqüentemente, prefere-se pensar 
os problemas em vez de raciocinar sobre eles, e 
quando isso acontece, via de regra, provocam-se 
confusões com a reflexão sistemática. O raciocí-
nio é algo ordenado, coerente e lógico. 
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Dedução
O processo argumentativo lógico dedutivo 
se desenvolve a partir de premissas gerais1* e 
busca uma conclusão particular2**.
A expressão principal do processo argu-
mentativo lógico dedutivo é o silogismo.
Silogismo é um raciocínio ou uma operação 
do pensamento realizado por meio de juízos3*** 
ou enunciados lingüísticos lógicos pelas propo-
sições encadeadas, pelo qual, de um anteceden-
te que une dois termos a um terceiro, tira-se um 
conseqüente que une estes dois termos entre si. 
 
Exemplo: 
 Todo homem é mortal
 Premissa Maior
 
 Ora, Pedro é homem
 Premissa Menor (mediador)
Logo, Pedro é mortal → Conclusão 
Normalmente afirma-se que a dedução é o pro-
cesso lógico por excelência, pois atende as exigên-
cias dos rigores condicionantes da lógica. O proces-
so argumentativo dedutivo pressupõe a necessidade 
da conclusão. Se as premissas forem verdadeiras, a 
conclusão sempre será verdadeira, pois premissas 
verdadeiras conduzem a uma conclusão verdadeira. 
1 * Premissas gerais – Quer dizer, o conceito ou termo é geral, ou 
universal, ou total, isto é, quando o termo diz ou faz referência 
à totalidade dos elementos de uma espécie, gênero, fenômeno. 
2** Conclusão particular – Quer dizer, o conceito ou termo diz ou 
faz referência a um indivíduo determinado ou a alguns indivíduos. 
3*** Juízo – É o ato pelo qual a inteligência diz algo do outro afirmando 
ou negando.
No caso de premissas falsas pode-se condu-
zir tanto para o falso como para o verdadeiro.
Como já referimos a dedução lógica é a li-
gação de dois termos mediados por um terceiro. 
Vejamos: Se A = B, e B = C, então A = C. Existe 
o termo mediador (B), que determina a ligação 
entre os termos extremos A e C, assim a conclu-
são se evidencia como necessária, em outra pa-
lavras, a conclusão só pode ser esta e não outra. 
Chamamos atenção para o fato de que o conteú-
do da conclusão não vai além do conteúdo das 
premissas, ou seja, na conclusão não se afirma 
mais do que já foi afirmado. 
Mais um exemplo para clarear as idéias:
Toda a Ciência tem um método.
Ora, biologia é uma ciência.
Logo, biologia tem um método.
O termo mediador desse exemplo 
é CIÊNCIA que aparece nas duas 
premissas, porém não está presente na 
conclusão.
Neste argumento dedutivo, para que a con-
clusão “biologia tem um método”fosse falsa, 
uma das premissas deveria ser falsa, isso se nem 
toda ciência tem método ou se a biologia não 
fosse ciência.
Observe que a dedução é um modelo de ri-
gor, porém, há os que a consideram estéril, isso 
porque num certo sentido não nos ensina nada 
de novo, e apenas organiza o conhecimento já 
adquirido. Mas isso não significa que a dedução 
Cooperação (cooperation). Se os pontos colori-
dos representam idéias gerais que se interligam, logo 
o ponto central nos indica que chegou-se a dedução 
de uma idéia particular. 
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ATENÇÃO: 
 Necessariamente no silogismo ou pro-
cesso dedutivo aparece o termo Mediador, que 
tem a função de ligar a Premissa Maior (tem ex-
tensão maior), com a Premissa Menor (tem ex-
tensão menor) e de forma alguma com a conclu-
são. Conforme o exemplo acima. Se dizemos que 
todo homem é mortal e afirmamos que Pedro é 
homem. Portanto, o termo Mediador é a palavra 
HOMEM (está presente nas duas premissas). 
Porém não estará presente na conclusão.
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não tenha valor algum.
Vejamos no exemplo acima. A conclusão ao 
dizer que “biologia é uma ciência”, está afirman-
do algo que, na verdade, já foi dito nas premissas. 
A conclusão está contida de forma virtual ou de 
forma implícita na premissa maior. Veja que a 
conclusão acrescenta algo novo, ou seja, realiza 
um progresso no conhecimento, qual seja, o pro-
gresso que consiste em descobrir em uma idéia 
que nela está contido, mas que não se evidencia 
de modo espontâneo, então, podemos dizer que o 
termo mediador tem um poder de fecundidade no 
processo de conhecer, porque todo o argumento 
dedutivo se obriga a recorrer a uma idéia media-
dora, para concluir.
Salienta-se que o objetivo do processo dedu-
tivo é de explicar o conteúdo das premissas. Desse 
modo, podemos dizer que o argumento dedutivo 
ou é correto ou é incorreto, pois ou as premissas 
sustentam de modo completo a conclusão ou, não 
sustentam de forma alguma. O mesmo acontece, 
por extensão com a produção do conhecimento 
científico através da pesquisa científica.
Passamos a apresentar algumas das mais 
elementares formas de argumentos dedutivos. Na 
verdade, a lógica dedutiva é muito desenvolvi-
da, mas fica aqui, o desafio de que o estudante, 
a partir dessas explanações elementares, avance 
por iniciativa própria para processos mais com-
pletos e complexos. Estaríamos cometendo um 
erro grave se deixássemos a impressão de que a 
dedução se limita a colecionar argumentos para 
verificar se são válidos ou não. Assim sabemos 
que o aqui estudado não é o suficiente para dar 
uma idéia do alcance abrangente da lógica de-
dutiva. Argumentos mais complicados envolvem 
diversas fases e não se encaminham diretamente 
das premissas para a conclusão. O que queremos 
em termos de processos dedutivos, é a compre-
ensão de que a conclusão de um argumento pode 
operar como premissa de outro argumento.
A título de curiosidade procure verificar os 
procedimentos da matemática, e você vai consta-
tar que a maior parte dos argumentos matemáti-
cos é dedutiva. São muito comuns as observações 
de que o método dedutivo é próprio das ciências 
exatas. No entanto, ele não é um método aplica-
do exclusivamente por essas ciências, pois outras 
ciências também se utilizam dos processos de-
dutivos.
Indução
Depois de termos estudado a dedução, pas-
samos a dar atenção para a indução, ou seja, ao 
processo da mente que parte dos singulares para 
atingir o universal.
Indução é um processo mental por intermé-
dio do qual, partindo de dados particulares, sufi-
cientemente constatados, infere-se uma verdade 
geral ou universal, não contida nas partes exami-
nadas. Portanto, o objetivo dos argumentos indu-
tivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito 
mais amplo do que o das premissas indutivas nas 
quais se basearam10.
Por exemplo, observamos que: 
A Amilase é uma enzima salivar, que é 
proteína;
A Pepsina é uma enzima gástrica, que 
é proteína;
A Lípase é uma enzima pancreática, 
que é proteína;
Logo, todas as enzimas são proteínas.
Todo o argumento 
dedutivo se obriga a 
 recorrer a uma idéia 
mediadora, para 
concluir.
O argumento 
dedutivo ou é 
correto ou é 
incorreto.
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Os argumentos indutivos, ao contrário do 
que acontece com os dedutivos, levam a conclu-
sões cujo conteúdo excede o das premissas. É 
esse traço característico da indução que torna os 
argumentos indutivos indispensáveis para a fun-
damentação de muitos dos nossos conhecimen-
tos filosóficos, científicos e técnicos. Mas é esse 
mesmo fato que levanta questões extremamente 
complicadas, dificultando a análise do conceito 
de apoio indutivo.
O objetivo básico dos argumentos, sejam 
eles dedutivos ou indutivos, é produzir conclu-
sões verdadeiras a partir de premissas verdadei-
ras. Em outras palavras, desejamos que os nos-
sos argumentos tenham conclusões verdadeiras 
quando as suas premissas são verdadeiras. Con-
forme já estudamos, os argumentos dedutivos 
satisfazem esse requisito. No entanto, com os ar-
gumentos indutivos não acontece o mesmo, estes 
são elaborados com o fim de estabelecer conclu-
sões cujo conteúdo é muito mais amplo que o 
conteúdo das premissas. Costuma-se dizer que 
para conseguir esse objetivo, os argumentos in-
dutivos sacrificam o caráter de necessidade que 
têm os argumentos dedutivos. Ao contrário do 
que acontece com um argumento dedutivo, um 
argumento indutivo pode, perfeitamente, aceitar 
uma conclusão falsa, ainda que as suas premissas 
sejam verdadeiras.
Porém, mesmo não podendo garantir que a 
conclusão de um argumento indutivo será verda-
deira quando as premissas são verdadeiras, pode-
mos afirmar que as premissas de um argumento 
indutivo sustentam ou atribuem certa verossimi-
lhança à sua conclusão.
Quando as premissas de um argumento de-
dutivo são verdadeiras, a sua conclusão deve ser 
verdadeira; quando as premissas de um argu-
mento indutivo são verdadeiras, o máximo que 
podemos dizer é que a sua conclusão é provavel-
mente verdadeira. 
É importante ficar claro que diferentemente 
da dedução, na indução em muitos casos, a con-
clusão poderá ser falsa, mesmo que as premissas 
sejam verdadeiras, porém na maioria dos casos a 
conclusão será verdadeira.
Evidencia-se neste exemplo, o conteúdo da 
conclusão excede o conteúdo das premissas. Por-
tanto, só temos uma probabilidade de a indução 
estar correta.
Desse modo, cabe a quem trabalha com a 
indução dispensar o máximo de atenção em ana-
lisar os enunciados das premissas, se essas ofe-
recem condições favoráveis para considerar a in-
dução correta ou com apenas probabilidades de 
conduzir à conclusão verdadeira11. 
Segundo Cervo e Brevian12: 
A indução científica é o raciocínio pelo 
qual se chega à conclusão de alguns ca-
sos observados a partir da espécie que os 
compreende e a lei geral que os rege. Ou, 
ainda, é o processo que generaliza a rela-
ção de causalidade descoberta entre dois 
fatos ou fenômenos e da relação causal 
que conclui a lei. Verifica-se, por exemplo, 
certo número de vezes, que o óxido de car-
bono paralisa os glóbulos sanguíneos; des-
sa observação infere-se que, sempre dadas 
as mesmas condições, o óxido de carbono 
paralisará os glóbulos sangüíneos.
Os argumentos indutivos 
levam a conclusões cujo 
conteúdo excede o das 
premissas. 
Exemplos:
Observamos que: 
O cobre é condutor de eletricidade.
O ouro é condutor de eletricidade.
O ferro é condutor de eletricidade.
Ora, o cobre, o ouro e o ferro são me-
tais.
Logo,todo metal é condutor de 
eletricidade.
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Esse tipo de indução é o fio condutor das ci-
ências experimentais. Sem ela a ciência não seria 
outra senão um repositório de observações sem 
alcance.
A indução cientifica pode ser formal ou 
virtual, dependendo de como forem enu-
merados os fatos, fenômenos (singulares), 
ou, apenas alguns enquanto estejam repre-
sentando todos. O que, realmente interes-
sa é atingir a universalização, através da 
experiência. Isto nem sempre e fácil e re-
quer muito espírito de observação e pers-
picácia. Se conseguirmos enumerar. Um 
por um, todos os sujeitos (singulares), que 
apresentam certa característica, podemos 
formar, a partir desta experiência de um 
por um, um juízo universal.13
Caro estudante perceba que na indução cien-
tífica, o termo mediador é a experiência. A base 
está no princípio analítico que possibilita a pas-
sagem de juízos particulares (singulares) para 
atingir um juízo universal, em outras palavras, 
 
1 LUCKESI, 1995, p.16.
2 COTRIM, 1993.
3 COTRIM, 1993, p. 71.
4 COTRIM, 1993, p. 73.
5 LUCKESI, 1995, p.18.
6 LUCKESI, 1995, p.16-17.
7 COTRIM, 1993, p. 74.
8 Id.
9 CERVO; BREVIAN, 2002, p. 27.
10 LAKATOS; MARCONI, 2005, p. 86.
11 ARANHA; MARTINS, 1997.
12 CERVO; BREVIAN, 2005, p. 33.
13 GRINGS, 1986. p.82.
Exemplos:
 
Observamos que: 
A água do poço ferve a cem graus.
A água da lagoa ferve a cem graus.
A água do rio ferve a cem graus.
Conclusão: Toda água ferve a cem graus.
da experiência de casos particulares partimos 
em busca de uma lei geral. Assim, o que é dito 
de um enquanto tal poderá ser dito de todos, isto 
é, podemos elaborar juízos particulares e através 
desses, de um a um chegarmos legitimamente a 
uma lei universal.
No exemplo acima verificamos que existe 
uma relação entre “água” e “cem graus”; e disso 
podemos generalizar que todas as águas fervem 
a cem graus.

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