Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A p es qu is a ci en tí fi ca Instrumentalização Científica 44 www.ulbra.br/ead A PESQUISA CIENTÍFICA Pesquisa é o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas propostos Neste capítulo temos o objetivo de levar o estudante a entender o que é pesquisa, considerar as experiências para raciocinar sobre os resultados da pesquisa, como acadêmico tornar-se crítico referente à pesquisa, e concebê-la como princípio educativo, visando o entendimento e domínio dos processos, métodos e técnicas que envolvem o fazer científico. É importante desenvolver uma reflexão crítica sobre os elementos propostos para uma produção científi- ca eficaz nas diferentes áreas do conhecimento humano. A produção científica é o resultado de um trabalho na qual aplicou-se a mente, a razão de forma metódica, sistemática, disciplinada, utilizando métodos e técnicas sobre um determinado objeto ou fenômeno. Para entendermos a importância e a função da pesquisa, fazemos uma comparação com o trabalho. O que é o trabalho? É a capacidade e o poder que o ser humano tem de transformar o mundo e o próprio homem com o objetivo de conquistar o que precisa, para satisfazer suas ne- cessidades vitais, em dimen- são material, social, psicoló- gica e espiritual. Tendo isso como pres- suposto, podemos afirmar que o homem tem poder de criar suas condições de exis- tência e, ao produzir suas condições reais e con- cretas de vida, simultaneamente, produz também o conhecimento. O que é pesquisa Nesse sentido, o conhecimento é resulta- do do trabalho do homem, que é realizado por homens-pesquisador, os quais se dedicam a in- vestigar o mundo concreto e os outros homens, com o propósito de desvendarem os mistérios e os elementos constitutivos dos mesmos. Por isso o conhecimento é histórico e social. Desvendar, descobrir, desvelar, demonstrar, inves- tigar, buscar novas explica- ções, eis apenas alguns dos verbos que caracterizam o trabalho do pesquisador. Pes- quisar é o ato pelo qual os homens que o praticam produzem idéias, repre- sentações, explicações e conceitos, dando senti- do e significações ao mundo e ao existir humano. Fig ur a 1 : S to ck .X ch ng ® A pesquisa científica requer sistematização, uso de métodos e técnicas rigorosas de investigação, a fim de justificar e demonstrar suas conclusões. O conhecimento é resultado do trabalho do homem. Por Prof. Ms. Cosme Luiz Chinazzo e Prof. Dr. Otávio José Weber 44 A p es qu is a ci en tí fi ca Instrumentalização Científica 45 www.ulbra.br/ead A pesquisa como trabalho humano é uma atividade racional, pois o homem é o único ser racional. É através da pesquisa como atividade racional e sistemática, isto é, realizada com téc- nicas, métodos e com rigor adequados, que surge a possibilidade de conhecermos coisas novas. Entendemos que a excelência da pesquisa é a produção do novo, novas verdades, novas idéias, novos conceitos, novas teorias que, conseqüen- temente, conduzem a humanidade para novas ações, novas práticas transformadoras que carac- terizam dinâmica da evolução da humanidade. Podemos afirmar que, onde não há pesquisa, não acontece a evolução, pois não acontece o novo, ou seja, permanecemos no antigo, na reprodu- ção, na repetição. Portanto, pesquisar possui uma dimensão grandiosa, a de buscar algo a mais do que aquilo que já conhecemos. É trabalhar como o propó- sito de produzir novos conhecimentos, porque o conhecimento é algo dinâmico que não está de- finitivamente pronto, ao contrário, se constrói, é passível de alterações. Pode-se definir pesquisa como o proce- dimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas propostos. A pesquisa é reque- rida quando não se dispõe de informação suficiente para responder o problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem, que não possa ser adequadamente relacionada ao problema. 1 É através da pesquisa que o ser humano atribui sentidos e significações ao mundo e ao seu próprio existir. Fig ur a 2 : A rq ui vo U lb ra Ea d Vemos que a pesquisa é um processo de in- vestigação que consiste em conhecer qualquer coisa. Ela inicia com a percepção de um pro- blema a respeito do qual têm-se informações insuficientes ou as informações existentes não respondem os novos questionamentos. A pesqui- sa científica desenvolve-se a partir dos conhe- cimentos existentes, passa por inúmeras fases, etapas, desde a formulação do problema até a satisfatória apresentação de resultados. Fazer ciência é natural no ser humano. A sua capacidade permite observar, trocar informações e impressões, idéias sobre o mundo que o cerca. Percebe que precisa revisar a sua forma de viver no mundo revisando as suas crenças, intenções e conhecimentos. Surge, assim, o problema dentro de um con- texto de mundo de forma relevante e significati- vo. Isto lhe constitui um desafio que, aplicando a sua inteligência, deverá ir a procura de soluções. Para tal é preciso observar, experimentar, anali- sar, comparar, identificar, medir, realizar e con- trolar as situações emergentes. A fim de realizar tal tarefa o ser humano abra mão da pesquisa, não de forma mecânica, mas requer imaginação e criação e iniciativa individual. Não é um traba- lho feito ao acaso, porque o trabalho científico deve ser criativo, emprego de procedimentos, métodos e técnicas específicas. Ao se fazer ciência nascem às leis ou teorias, a partir de hipóteses estabelecidas. A função das leis ou teorias e que expliquem e, ainda devem prever fatos ou fenômenos. Sem dúvida, se aceita as teorias quando forem corroboradas, passando pelo experimento ou teste. Caso contrário, é ne- cessário levantar novas hipóteses, a realização de novas provas ou testes e adicionar os experi- Verdade: um dos principais comprometimentos do pesquisador é buscar e revelar a verdade. Fig ur a 3 : A rq ui vo U lb ra Ea d A p es qu is a ci en tí fi ca Instrumentalização Científica 46 www.ulbra.br/ead mentos que indicam regularidade do problema e assim, concretiza-se a nova teoria. Uma vez comprovadas as teorias ou as leis entram em fase de utilização, transforma-se em novo saber face ao problema original e são apli- cadas no campo da tecnologia. Ocorre um novo ajustamento intelectual, pois modifica o contor- no. O contorno humano é formado por crenças, valores, intenções, simbolizações, opiniões e co- nhecimentos. A vivência humana é compreender este contorno constantemente sob novas visões. Isto torna o conhecimento sempre provisório. Portanto a ciência é um estilo de pensamento e de ação, precisamente o mais universal e provei- toso para todos. A pesquisa científica está na “cabeça do pes- quisador” na sua forma de ver e analisar o mun- do. As exigências são coletivas ou sociais, por isso a autocorreção, a superação de resultados, é feita mediante a dialética do cotidiano, do racio- cínio e da pesquisa. Dentro do contexto atual, onde a globa- lização é uma realidade, a pesquisa adquire uma dimensão grandiosa. Pois o conhecimento não está pronto, mas se constrói, e isto é feito, ou de- veria ser, no sentido de construir algo a mais. Quanto ao êxito da pesquisa, Gil , refere-se dizendo que o êxito depende muito de algumas qualidades intelectuais e sociais que o pesquisa- dor deve possuir, entre as quais são: a. possuir conhecimentos básicos sobre o assunto a ser pesquisado; b. motivação e ou curiosidade; c. criatividade e criticidade; d. sensibilidade social; e. integridade intelectual; f. imaginação disciplinada;g. atitude autocorretiva; h. perseverança e paciência; i) confiança na experiência. O pesquisador deve estar permanentemente atento para os mais variados problemas e vari- áveis que podem interferir e, dependendo dessa Experiência, raciocínio e pesquisa O problema impulsiona o pesquisador a conviver, a decifrar o meio-ambiente e a entender a relação lógica do problema com os demais fatos. Inicia, assim, o processo de decodificação da realidade ou a busca de solução do problema que envolve três passos: a experiên- cia, o raciocínio e a pesquisa. A experiência emana do dia-a-dia, das in- formações prévias na resolução de problemas práticos. Envolve as experiências pessoais, o valor do cotidiano que são expressos no senso comum. interferência poderá comprometer os resultados da investigação científica. Cérebro Olhar Orelha Fig ur a 5 : S to ck .X ch ng ® Fig ur a 4 : S to ck .X ch ng ® Fig ur a 6 : S to ck .X ch ng ® 46 A p es qu is a ci en tí fi ca Instrumentalização Científica 47 www.ulbra.br/ead O raciocínio é a capacidade intelectual de or- denar logicamente os fatos através do pensamen- to. Pelo raciocínio estabelece-se a ligação entre os fatos. Em ciência sempre quer conhecer-se a causa para poder tratar com eficácia os efeitos. Existem raciocínios básicos: o indutivo, o dedu- tivo, indutivo-dedutivo e o hipotético dedutivo. Todos eles, de formas diferentes, e aplicados a um problema específico, possibilitam chegar ao conhecimento de causa, ou seja, a verdade. O cientista deve ser alguém que pensa muito, pois a verdade está escondida nos fatos, na natureza física e humana. Até numa linguagem religiosa poderíamos afirmar que está no “dogma da cria- ção”. A criatividade permite descobrir a realida- de íntima do mundo. Uma vez descobertas as leis que regem o mundo podem ser enunciadas como válidas para a realidade. Pelo raciocínio trans- forma-se e constrói-se uma nova realidade que, pode propiciar a construção sistemas audaciosos de explicação que podem ser refutados-rejeitados ou aceitos como verdadeiros. O raciocínio utiliza a pesquisa para comprovar ou rejeitar os fatos. A pesquisa constitui o passo final e funda- mental para que ocorra efetivamente ciência e contribuir na solução dos graves problemas que a humanidade hoje enfrenta. A pesquisa não pode ser dogmática no sentido de trabalhar com idéias só do passado. Utiliza-se do passado para enten- der o presente com os olhos projetados para o futuro, para o desconhecido. Professores e alu- nos devem concentrar-se na ciência inacabada, nas lacunas e preenchê-las com a pesquisa. A ciência passa pela pesquisa. Esta se utili- za critérios metodológicos, rigor de raciocínio, sistemas formais (lógica, matemática) e critérios para estabelecer a lógica do universo. Pela pes- Tanto o mundo quan- to o homem não estão prontos, não podem ser encaixotados e enquadra- dos todos de uma mesma forma, e uma das fun- ções da pesquisa é abrir “a caixa que quadra os segredos” para abrir no- vos caminhos, sentidos, quisa criamos uma realidade nova, artefatos que passam a existir pela transformação da realidade. O cientista descobre novos métodos e técnicas para manipular a realidade de acordo com as ne- cessidades de cada época. De um universo dado, passa-se para um universo criado. A vida e a realidade social não estão con- cluídas. Nunca podemos pensar que “tudo está concluído”, mas centrar-se na imperfeição que é manifesta na pluralidade e multiplicidade de saberes, num mundo físico e humano que não é homogêneo, mas dinâmico, compreendido atra- vés da linguagem que é simbólica. A pesquisa atual deve considerar o uno, o múltiplo, o dinâmico e o simbólico humano. O mundo existe desta forma: as pessoas o explicam diferentemente. A finalidade da pesquisa cientí- fica é libertar o ser humano dos seus problemas, sejam eles práticos ou teóricos. Isto significa esperança diante de um mundo inacabado, cheio de lacunas e problemas a serem resolvidos. A pesquisa pode preencher e satisfa- zer a ânsia do saber. Ela contribui para o aper- feiçoamento intelectual e promove o desenvolvi- mento pessoal e social-cultural. Habilitarmo-nos a resolver problemas de toda ordem através da utilização de métodos e técnicas científicas. A pesquisa como princípio científico e educativo O grande desafio da Universidade hoje é EDUCAR o universitário para a PES- QUISA. Que os conhecimentos gerados sirvam a sociedade nos seus diferentes níveis de forma Fig ur a 7 : A rq ui vo U lb ra Ea d A p es qu is a ci en tí fi ca Instrumentalização Científica 48 www.ulbra.br/ead qualitativa e de formação do cidadão. Para tanto, é necessário estimular o educando a desenvolver certas qualidades intelectuais e sociais. Educar não é simplesmente preparar o aca- dêmico no domínio das tecnologias metodológi- cas ou a resolução de problemas de forma lógica, mas sim, estabelecer as reais competências entre ciência, universidade e sociedade. Neste sentido a responsabilidade da univer- sidade é fundamental, pois ela que, através dos mecanismos normativos, propicia a formação de cidadãos, por isso, a universidade deve se cons- tituir num centro de debates e estudos em busca de novos saberes. A sociedade precisa de uma parcela da po- pulação que de forma ativa, criadora e de respon- sabilidade ética a curto, médio e longo prazo, através da pesquisa, apresente as respostas aos problemas econômicos, sociais de maneira estra- tégica aos interesses de todos. Neste sentido é preciso educar o jovem universitá- rio para a pesquisa que, ao escolher um tema de seu interesse, definindo o pro- blema, enfatize a relevância deste como sendo original no contexto regional, social, sócio-cultural e científico. Isto contribui que ele assu- ma, avalie e compromete-se com o sócio-político de sua atividade de estudante. A universidade tem o papel de oferecer en- sino com pesquisa e para pesquisa. O acadêmico, na sua fase inicial é introduzido na iniciação cien- tífica, despertando-o para a reflexão, educando-o para a originalidade e domínio de conhecimento. Por isso, na graduação deve ser feita uma abor- dagem sistemática de caráter teórico-prático, po- demos afirmar que não se faz universidade sem pesquisa. O fazer pesquisa exige de quem a ela se pro- põe um preparo intelectual, um posicionamento crítico, ético e moral, vontade, curiosidade cien- tífica, tempo (horas-dia) para vencer a apatia científica hoje presente na universidade. Não se faz pesquisa só através de simples leituras ou estudos esporádicos, mas sim com o propósito de resolver alguma dificuldade. A simples leitura nem sempre representa um ato de aprimoramento. Ler, meramente com o objetivo de concluir um texto não, não é pesquisa. É a pesquisa que oferece a possibilidade de novas descobertas e, além disso, proporciona o intercâmbio entre as diversas áreas do conheci- mento. A excelência da ciência dá-se através da pesquisa. É graças à pesquisa que surge a possi- bilidade do novo. Para um estudante pes- quisador é importante que ele forme o seu espírito científico. Pouco adianta o domínio de métodos e téc- nicas sofisticadas, o domí- nio de instrumentos, sem clareza de idéias e com au- sência de rigor e seriedade. É imperiosa a necessidade de aprender a dominar os princípios das exigências científicas e se expressar através da linguagem cien- tífica, isso deveria estar manifesto em qualquer trabalho ou pesquisa acadêmica, para de modo lento e gradual ir formando o seu espírito crítico e científico. Formar um espíritocrítico e científico impli- ca em aos poucos ir reconhecendo que ele, aca- A universidade deve se constituir num centro de debates e estudos em busca de novos saberes. Pesquisar exige preparo intelectual e posicionamento crítico. Formar um espírito crí- tico e científico implica em aos poucos ir reco- nhecendo que ele, aca- dêmico, é um produto da história, produzido e germinado no tempo. Fig ur a 8 : A rq ui vo U lb ra Ea d 48 A p es qu is a ci en tí fi ca Instrumentalização Científica 49 www.ulbra.br/ead dêmico, é um produto da história, produzido e germinado no tempo. Implica também em enten- der que as técnicas de pesquisa são adquiridas no decorrer da vida, portanto, a formação do senso crítico, enquanto universitário é adquirir a cons- ciência de que se está construindo um ‘edifício’, que é um trabalho conjunto entre colaboradores, que buscam aos poucos aprender a trabalhar en- frentado e solucionado problemas de toda ordem. Os estágios, engajamento na pesquisa com professores e/ou institutos são formas excelentes de aprendizagem e de educação. Quanto mais cedo o aluno participar de atividades de pesquisa ele consegue assumir o papel de sujeito e gran- de probabilidade de seu sucesso. O decurso da educação inicia nos cursos de graduação e esten- de-se nos de pós-graduação, especialmente nos programas de stricto sensu, o ensino da pesquisa seja elemento definidor, preparando o pesquisa- dor. Leitura e pesquisa Mesmo sendo a memória uma caracte-rística fundamental do ser humano, esta sofre desgastes com o passar do tempo. Por isso, não podemos atribuir absoluta confiança a ela, imaginando que ela mantenha arquivados eternamente os nossos conhecimen- tos conquistados. Um texto lido hoje poderá ser de valiosa utilidade daqui a algum tempo. Deste modo, precisamos criar hábitos de realizar ano- tações, observações, fichas, resumos, resenhas, fluxogramas das leituras que realizamos. Esta prática se for concretizada de modo organizado e com método, poderá contribuir para futuras Ler, fazendo apontamentos, im- plica em estudar o texto e, consequen- temente reverterá em qualidade, efici- ência e eficácia da leitura.Figu ra 9 : A rq ui vo U lb ra Ea d pesquisas e estudos. Passamos, neste momento, a tecer alguns comentários e conceitos sobre como proceder na prática de anotações, observações e ficha- mento de textos*. Anotações e observações Ao lermos um texto, devemos fazer aponta- mentos e grifos das idéias principais e das pala- vras-chave de cada parágrafo. Isto pode ser feito com sublinhas ou com anotações nas margens. Esta prática se torna produtiva, porque se separam as argumentações principais das secun- dárias e, com isto, registramos nossas próprias observações. Quanto à técnica de sublinhar, recomenda- se nunca sublinhar na primeira leitura. Quando sublinhar é bom ter o cuidado de sublinhar as argumentações principais, de modo diferenciado das argumentações secundárias. Por exemplo, colocar um risco para as primárias e dois para as secundárias, ou utilizar cores diferentes, ou realizar círculos. Quanto às anotações de margem, é impor- tante o leitor criar um código de sinais, que indi- que a sua maneira pessoal de realizar o entendi- mento e questionamento do texto. Por exemplo, colocar um sinal de interrogação, quando a argu- mentação do autor não está clara, sinal de igual quando a argumentação do autor coincide com a do leitor, sinal de mais quando o leitor percebe que pode acrescentar algo mais nas argumenta- Ao lermos um tex- to, devemos fazer apon- tamentos e grifos das idéias principais e das palavras-chave de cada parágrafo Fig ur a 1 0: A rq ui vo U lb ra Ea d A p es qu is a ci en tí fi ca Instrumentalização Científica 50 www.ulbra.br/ead ções do autor, sinal de exclamação para destacar palavras-chave, e outros sinais. Fichas de Leitura A técnica de elaborar fichas de leituras é a melhor prática para auxiliar a memória de qual- quer estudante, e ajuda no ganho tempo para situ- ações futuras, tais como, quando o conteúdo des- sas leituras for requerido tanto em momentos de provas ou exames, como também em trabalhos de pesquisa. As fichas de leituras (Figura 1) constituem um importante instrumento de estudo, e principal- mente para o pesquisador arquivar e organizar as principais informações provenientes das leituras. As fichas de lei- turas constituem um importante instrumen- to de estudo para o pesquisador. A maioria dos autores de livros sobre meto- dologia e técnicas de pesquisa, apresenta suges- tões e exemplos de como podem ser elaboradas as fichas de leituras. Todas têm sua importância e validade. Nós, porém, para expor e conceitu- ar as questões básicas desta técnica, aderimos às desenvolvidas por Salvador , em seu livro “Méto- dos e técnicas de pesquisa bibliográficas”. FIGURA 01 – FICHA BIBLIOGRÁFICA DE LIVRO COMPLETO Cabeçalho Assunto geral: Metodologia Científica Tema: Estudar Classificação: Ficha n. 1 Referência bibliográfica GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995. Comentários conteúdos Xxxxxx xxxxxx xxxxx xxxxx Fig ur a 1 1: A rq ui vo U lb ra Ea d FONTE: SALVADOR (1986, p. 124). São vários os modelos de fichas que pode- mos elaborar. Todos os modelos devem conter, no mínimo, três partes: a. cabeçalho - dividido em três campos: o primeiro indica o assunto geral; o se- gundo, o tema e o terceiro, a classifica- ção da ficha; 1GIL, 2007, p. 17. 2Ibid., p. 18. 3SALVADOR, 1986. b. referência bibliográfica - apresenta o nome do autor, o título do texto, cidade da publicação, editora, ano da publica- ção, etc; c. comentários ou conteúdos - dependerá do modelo de ficha, podendo ser um comen- tário, uma citação direta ou uma citação indireta, ou ainda um esboço, etc.
Compartilhar