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Capítulo 12 - Artigo e Linguagem Científica

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ARTIGO E LINGUAGEM 
CIENTÍFICA
A seguir é apresentado um mode-
lo1* que pode ser utilizado como re-
ferência na construção de um artigo 
científico. Esse, como qualquer mo-
delo de artigo, segue as normas da 
instituição que o apresenta, que é ba-
seada nas normas da ABNT, mas não 
as seguem na íntegra.
1 * O referido modelo baseia-se nas normas oferecidas pela 
SBC para confecção de seus artigos e resumos de artigos.
Artigo científico
Um artigo científico pode ser definido como um trabalho científico completo, autônomo, porém de dimensão reduzi-
da, pois não possuem conteúdo suficiente para 
que constitua um livro1. 
Os artigos científicos normalmente corres-
pondem ao formato exigido para publicações de 
trabalhos em revistas, jornais ou boletins. Es-
tes veículos exigem formatos próprios para sua 
construção.
Como fazer um trabalho científico? Qual é o formato exigido? 
Instruções para os Autores de Artigos Científicos
Patrícia Noll de Mattos
Instrumentalização Científica – Universidade Luterana do Brasil
{patricianoll@terra.com.br}
Abstract. This meta-paper describes the style to be used in articles. for scientific 
conferences. The abstracts should not have more than 10 lines and must be in the 
first page of the paper.
Resumo. Este meta-artigo descreve o estilo a ser usado na confecção de artigos a 
serem utilizados em conferências científicas.O autor deve tomar cuidado para que o 
resumo (e o abstract) não ultrapassem 10 linhas cada, sendo que ambos devem estar 
na primeira página do artigo.
Palavras-chave e key-words: (colocar entre 3 a 5)
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Informações Gerais
Os artigos devem ser escritos em Português, em formato de papel A4, em uma 
única coluna, com espaçamento simplese alinhamento justificado. Para a margem 
superior, utilizar 3.5 cm, 2.5 cm para margem inferior e 3.0 cm para as margens 
laterais, sem cabeçalhos e rodapés. A fonte principal deve ser Times, tamanho 12, 
com 6 pontos de espaço antes de cada parágrafo. Suprimir número de página na 
versão final. 
 
 
Página Principal
A página principal deve apresentar o título, o nome e o endereço eletrônico dos 
autores, o abstract em Inglês e um resumo em Português. O título deve ser cen-
tralizado, na parte superior da folha, com fonte tamanho 14 ou 16 e em negrito. Os 
nomes dos autores devem ser centralizados, em tamanho de fonte 12 e em negrito 
(dispostos na mesma linha, separados por vírgulas). Os endereços devem ser cen-
tralizados, com tamanho de fonte 12. O abstract deve possuir tamanho de fonte 12, 
com recuo de 0.8cm em ambos os lados.
 
Seções e Parágrafos
Os títulos das seções devem estar em negrito, maiúsculo, com tamanho de fonte 13 
e alinhados à esquerda. Deve existir um espaço extra de 12 pontos antes de cada 
título. O primeiro parágrafo de cada seção não deve possuir recuo; os primeiros 
parágrafos subseqüentes devem possuir 1.27 cm de recuo (da margem esquerda).
 
Subseções
Os títulos das subseções devem estar em negrito, com tamanho de fonte 12, e alin-
hados à esquerda (se o desenvolvimento do texto necessitar de subseções, torna-se 
necessário identificar a divisão das seções através de uma numeração arábica. Di-
visão primaria, secundaria e terciária... Ex.: 1; 1.1; 1.1.1...).
 
Figuras e Capítulos
A descrição de figuras e tabelas devem ser centralizadas, caso não ultrapassem uma 
linha (veja Figura 1). Se ultrapassar uma linha, deve ser justificado, com recuo de 0.8 
cm de ambos os lados, como apresentado na Figura 2. A fonte deve ser Helvetica, 
tamanho 10 pontos, em negrito, com 6 pontos de espaço antes e depois de cada de-
scrição. 
Em tabelas, não utilizar cores ou preenchimento de células (backgrounds), dispensar 
linhas grossas, duplas ou fragmentadas. Quando forem reportados dados empíricos, 
não use mais casas decimais do que as necessárias para expressar a precisão na re-
produção. A descrição das tabelas devem aparecer antes da tabela propriamente dita 
(veja Tabela 1) e a fonte utilizada deve ser Helvetica, tamanho 10 , em negrito, com 6 
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pontos de espaço antes e depois de cada descrição.
Figura 1. Uma típica figura
Figura 2. Esta figura é um exemplo de figura cuja descrição possui mais de uma 
linha e é justificada levando em consideração as margens mencionadas na seção 4.
Tarefa Variável Métrica utilizada
Seleção
Distância do alvo Virtual cubits
Direção horizontal e vertical do alvo Graus do arco
Distância do objeto oculto Virtual cubits
Direção da oclusão Esquerda/direita/cima/baixo
Posicionamento
Distância inicial Virtual cubits
Direções iniciais horizontal e vertical Graus do arco
Distância final Virtual cubits
Direções finais horizontal e vertical Graus do arco
Precisão vertical Porcentagem de sobreposição
Precisão horizontal Porcentagem de sobreposição
Orientação
Distância Virtual cubits
Direções horizontal e vertical Graus do arco
Orientação inicial (3 angulos) Graus do arco
Orientação final (3 angulos) Graus do arco
Exatidão/precisão Graus do arco
Table 1. Variables to be considered on the evaluation of interaction techniques
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Imagens
Todas as imagens e ilustrações devem estar em branco e preto ou em tons de 
cinza. A resolução deve ser cerca de 600 dpi, para imagens em branco e preto; e 
150-200 dpi para imagens em tons de cinza. Não incluir imagens com resolução 
muito alta, pois podem demorar muito para serem impressas, sem muita diferença 
de resultado. 
Referências
As referências bibliográficas requerem uma uniformidade. As referências (referên-
cias diretas longas requerem a indicação do sobrenome do autor (maiúsculo), ano 
e página) Ex. (KNUTH, 1984, p. 15). 
Citações
Para fortalecer e apoiar suas argumenta-ções, em muitas situações impõe-se a ne-cessidade de o redator aproveitar idéias de 
outros autores, esse recurso é conhecido como 
citação. Na verdade, citar outros autores não con-
siste em demérito para quem cita, desde que isso 
seja feito com critério e cuidado citando apenas 
componentes relevantes, para aprofundar e expli-
car as exposições temáticas. Na verdade, as cita-
ções quando forem bem selecionadas ajudam a 
enriquecer o texto, principalmente, quando são 
citados autores clássicos e renomados. Recomen-
da-se o cuidado para não fazer uso em número 
excessivo de citações, e distribuí-las adequada-
mente no texto. 
Deve-se selecionar com crité-
rio e cuidado, as idéias e conceitos 
que pretendemos citar.
Citações diretas ou 
literais
Correspondem a transcrições literais de uma 
parte do texto do autor, respeitando todas as suas 
características, isto é, “ao pé da letra”. Neste caso, 
deve-se transcrever integralmente todas palavras 
do autor citado, acompanhadas de indicações ou 
devidamente numeradas.
As citações diretas ou literais poderão ser 
curtas ou longas. As citações com até três linhas 
de extensão são consideradas curtas, estas podem 
ser inseridas no texto, e devem ser escritas entre 
aspas. Entretanto as citações 
longas devem ser escritas em 
parágrafo próprio, ou seja, com 
um recuo de 4 cm da margem 
esquerda, estas não necessitam 
ficar entre aspas, mas devem 
ser escritas com letras em ta-
manho menor que as letras do 
texto,tendo o cuidado de escre-
ver com espaço simples entre 
suas linhas (FURASTÉ, 2006).
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Em qualquer um dos casos, deve-
se informar quem é o autor da citação 
e de qual veículo foi transcrito:
 a. Cita-se o sobrenome do autor (vírgu-
la), o ano da obra (vírgula) e a página 
em que foi extraída citação.
 b. O sobrenome do autor deve ser escrito 
em letras maiúsculas, quando apresen-
tado dentro de parênteses (no final da 
citação) e em letras minúsculas quando 
apresentado no próprio texto (antes da 
citação). 
Citação com supressão de trecho: em cita-
ções diretas existem casos em que um pequeno 
trecho, pode ser uma frase ou palavras, do pará-
grafo transcrito, não seja de interesse do redator, 
então, ignora-se tal trecho, em seu lugar insere-
se reticências entre colchetes [...], esse recurso 
A citação sempre deverá encaixar-se na 
seqüência lógica do raciocino desenvolvido no 
texto. Tem-se que cuidar para ela não provocar 
rupturas de idéias. 
indica que foi extraído um trecho da citação.
Citação de citação: pode ocorrer 
a necessidade de citarmos idéias ou 
conceitos que encontramos já cita-
dos nos textos que analisamos, 
e não termos acesso às fontes 
originais, neste caso faz-se uma 
citação de citação, para tanto, deve-
se mencionar o sobrenome do au-
tor original, seguido da expressão 
la- tina apud, e completar mencionando o 
sobrenome do autor do texto que lemos, mais 
o ano da publicação e a página de onde foi extra-
ída a citação.
Citações indiretas ou 
livres
As citações indiretas são aquelas nas quais 
expressamos o pensamento de um autor ou texto 
original, e o fazemos usando nossas próprias pa-
lavras. Isto normalmente ocorre quando comen-
tamos, interpretamos ou resumimos o parágrafo 
ou parte do texto, ou mesmo todo o texto. Neste 
caso, deve-se informar quem é o autor da citação 
e de qual veículo foi inspirado2.
Notas
As notas são informações importantes, mas que, no texto, podem prejudicar o estilo, a coerência e a lógica da produção. Por 
isso, é preciso diferenciá-las e destacá-las.
Podemos distinguir em dois os tipos de no-
tas: as de referências e as explicativas:
 a. As notas de referências são aquelas que 
indicam as fontes e as origens das cita-
ções apresentadas. Essas notas podem 
ser feitas de três formas:
 ♦ Podem ser indicadas no texto, 
sobrenome do autor, ano da obra e 
página (mais prático e comumente 
utilizado);
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 ♦ Ou através de um sistema numérico 
de chamada podem ser colocadas 
como notas de rodapé;
 ♦ Ou através de um sistema numérico 
de chamada podem ser relacionadas 
no final do trabalho.
 b. As notas explicativas são as obser-
vações elucidativas e os comentários 
complementares, danado novas infor-
mações, estabelecendo paralelos pos-
síveis relacionados com o assunto ou 
fazendo menções com outras partes do 
mesmo estudo. Essas notas podem ser 
feitas de duas formas, através de um 
sistema numérico de chamada:
 ♦ Podem ser colocadas como notas de 
rodapé (mais prático e comumente 
utilizado);
 ♦ Ou podem ser relacionadas no final 
do trabalho.
A linguagem científica
Conforme esclarecem Cervo e Brevian
3, 
que sustentam o conteúdo apresentado 
neste tópico, na apresentação de qualquer 
trabalho científico está implícito que o pesquisa-
dor tenha o domínio do idioma para transmitir os 
conhecimentos. A linguagem é um instrumento 
fundamental de comunicação entre as pessoas. 
Ela tem as seguintes funções: 
 a. expressão (todos os homens e animais 
a possuem, portanto se expressam);
 b. comunicação (todos os homens e ani-
mais se comunicam através sinais pró-
prios);
 c. simbolização (é específica do homem 
que inventa ou cria proposições falsas 
e verdadeiras, portanto o homem é um 
Simbolização e des-
crição são capacidades 
específicas do ser huma-
no.
ser que simboliza através de uma lin-
guagem específica uma nova realida-
de);
 d. descrição (sabe descrever, julgar, utili-
zando a crítica, para chegar a uma ver-
dade objetiva, criação de novos objetos. 
Esta escolha de uma seleção e criação 
de novos objetos é consciente).
 A linguagem está em forma de proposições 
verdadeiras e falsas, na formação do conhecimen-
to humano (cultura). Se você, estimado estudan-
te, utilizar a linguagem adequada apresentará a 
verdade. Caso contrário, sem domínio da lingua-
gem, poderás enganar ou induzir ao erro.
A linguagem científica utiliza-se de todas 
elas – a expressão, a comunicação, a simbo-
lização e a descrição 
– para que os resultados 
comprovados possam 
ser apresentados com 
toda a clareza, ou seja, 
de forma mais perfeita 
possível.
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Qualidades básicas da 
redação científica
Deve-se esperar que o texto de pesquisa 
apresente estilo agradável do ponto de vista li-
terário. Isto, porém, representa um acréscimo, já 
que o pesquisador não tem a obrigação de possuir 
um estilo elegante a ponto de despertar a admira-
ção do leitor. Entretanto, nada justifica um estilo 
obscuro ou complexo, caracterizado por frases 
longas, termos imprecisos e subjetivismos.
O texto deve, também, apresentar certas 
qualidades no que se refere ao estilo. As mais 
importantes são: 
 a. Impessoalidade – O texto deve ter 
caráter impessoal. Convém, para tanto, 
que seja redigido na terceira pessoa, 
devendo-se evitar referências pessoais, 
como “meu trabalho”, “meu estudo” 
e “minha tese”. São preferíveis ex-
pressões como “este trabalho”, “o 
presente estudo” ou outras expressões 
equivalentes. O uso de “nós” é adota-
do por muitos pesquisadores para dar 
caráter menos individual ao texto, no 
entanto diversos pesquisadores prefer-
em esta forma porque sentem mais fa-
cilidade para escrever na primeira que 
na terceira pessoa4.
 b. Clareza - Clareza constitui uma das 
qualidades básicas de um texto bem 
redigido. As idéias devem ser apre-
sentadas de maneira tal que não dêem 
margem a ambigüidades. Devem ser 
selecionados termos que indiquem com 
a maior exatidão possível o problema 
pesquisado e os resultados alcançados. 
Não basta, porém, socorrer-se de bons 
dicionários para bem exprimir o pen-
samento. Todavia, a consulta a essas 
fontes será de pouca valia se o reda-
Na redação do texto 
científico deve-se evitar 
personalismos.
tor não possuir o domínio do conteúdo 
enfocado. Para que haja clareza da ex-
pressão é necessário que haja primeiro 
clareza das idéias. Ninguém é capaz 
de exprimir em termos claros uma idé-
ia confusa. Evitar impressões subjeti-
vas tais como: “eu penso que”, “o autor 
poderia ter dito...”, “a sala é mais ou 
menos grande e outras”. A linguagem 
precisa ser isenta de qualquer ambig-
üidade. É muito útil pedir que outras 
pessoas leiam o texto antes da revisão 
final, afinal sentenças que parecem 
claras para você (autor), podem ser 
confusas para outras pessoas. Assim, 
essas pessoas poderão indicar as pas-
sagens que parecem obscuras e mesmo 
sugerir alternativas para a superação 
dessas dificuldades.
 c. Precisão – Este item constitui outro 
importante requisito do texto de pes-
quisa. Deve-se aplicar uma linguagem 
apropriada à natureza da pesquisa, pois 
a linguagem científica tem especifici-
dades próprias, ou seja, possui termi-
nologias específicas que possibilitama adequada transmissão de idéias. O 
redator do texto de pesquisa não pode 
ignorá-las, deverá primar pelo domínio 
e uso das propriedades da linguagem 
científica, para evitar exposições sub-
jetivas ou ambíguas. 
 Para que haja clareza da 
expressão é necessário 
que haja primeiro clareza 
das idéias. 
Tempo é dinhei-
ro (Time is money). 
Se tempo é dinheiro, 
podemos parafrasear 
dizendo que escrever 
com clareza e preci-
são é obter muitos 
ganhos...
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 d. Concisão - As frases constantes no 
texto devem ser simples. As idéias de-
vem ser expostas com poucas palavras. 
Convém, portanto, que cada parágrafo 
contenha uma única idéia, mas que a 
envolva completamente. Períodos lon-
gos, abrangendo 
várias orações sub-
ordinadas, dificul-
tam a compreensão 
e tornam pesada 
a leitura. Não se 
deve temer a multi-
plicação das frases, 
pois, à medida que 
isto ocorre, o leitor 
tem condições para estudar o texto sem 
maiores dificuldades.
 e. Modéstia e cortesia - Os resultados 
confirmados impõem-se por si só. Ela 
apresenta ou descreve exatamente como 
foi pensado, argumentado. A lingua-
gem arrogante não convence ninguém. 
Portanto, recomenda-se ao pesquisador 
que seja modesto e cortez ao expressar 
o conhecimento.
 f. Vocabulário comum - Utilizar sinais ou 
símbolos convencionalmente aceitos. 
Não invente “modismos” porque isto 
dificulta a compreensão dos resultados 
e pode induzir ao erro.
Este capítulo apresentou alguns aspectos im-
portantes na construção de um documento que 
conterá os resultados de um trabalho de pesquisa. 
Além dos elementos que poderão compor o texto, 
foi apresentado um modelo 
de artigo científico, no caso 
de o resultado almejado não 
ser um relatório de pesquisa 
ou uma monografia. Além 
dos aspectos estruturais, tam-
bém foram tratadas questões 
da linguagem a ser emprega-
da no documento e as pos-
síveis formas de se utilizar 
idéias que já estão expressas na literatura.
Para finalizar deve ficar claro que expomos 
apenas algumas recomendações, no que tange 
aos aspectos da redação de um texto científico, 
uma vez que todo redator deve dispensar o má-
ximo de cuidado com a linguagem escrita, por-
que esta, enquanto instrumento de comunicação, 
poderá desempenhar múltiplas e diferentes fun-
ções. Recomenda-se, também, executar uma boa 
revisão do texto escrito. Neste tocante, sempre 
será de grande valia solicitar o auxílio de outras 
pessoas, que entendem do assunto, leiam a fim 
de opinar e sugerir.
A linguagem arrogante 
não convence ninguém. 
Os resultados 
confirmados impõem-se 
por si só
1 SALVADOR, 1977, p. 24.
2 Id.
3 CERVO; BREVIAN, 2005, p. 
128-133.
4 Ibid., p. 129.

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