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Artigo de opinião Tema: Projeto de Emenda Constitucional nº37 Nome: Amarildo Pereira O art. 7º da lei complementar 75/93 inciso II e art. 8º inciso V , assim como na CF art. 129 inciso VIII, atribui ao Ministério Público a prerrogativa de requisitar a autoridade policial a instauração de inquérito policial e a realização de diligencias investigatórias, além de garantir ao próprio MINISTÉRIO PÚBLICO, o colhimento de provas e elementos de informação. Embora a CONSTITUIÇÃO FEDERAL prevê tais prerrogativas, está em votação o Projeto de Emenda Constitucional nº37 que suprime parte de sua liberdade investigatória, isso é um ATAQUE OBVIO ao art. 127§2º CF. Sabemos que a POLICIA JUDICIARIA, seja ela a CIVIL, no âmbito estadual ou a FEDERAL no âmbito da união, podem atuar tanto na FASE INQUISITORIAL quando NA FASE ACUSATÓRIA, elas também são chamadas de “POLICIA INVESTIGATIVA”, pois também auxiliam o judiciário e o MP, com DILIGENCIAS INVESTIGATIVAS, requisitadas tanto PELO JUIZ quando Pelo PROMOTOR DE JUSTIÇA. É notório a todos que o MP quando diante de uma prova ou elemento de informação ele pode colher tais provas, é justamente esse teor a discussão da PEC37, qual seja, limitar o poder do MP no colhimento de provas. A doutrina se posiciona no sentido de que tal emenda é um ataque a independência funcional do MP, uma vez que se aprovada o “PARQUET” deverá requerer exclusivamente a autoridade policial a realização das diligencias e não ela mais realizara tais atos. Quebrando com a harmonia do poder judiciário, uma vez que o MP é uma função essencial a justiça e hora o MP atua como titular da ação hora ele atua como “CUSTUS LEGIS”, sem falar que a CF prevê e a LC nº75/93 ratifica novamente que “ é função do MP fiscalizar a atividade Policial” além de garantir outras funções institucionais, como adentrar dos estabelecimentos policiais e requerer quaisquer documentos inerente a atividade fim da policia. Em suma, o membro do MP diante de uma prova ou elemento de informação, não poderá mais contribuir diretamente para o colhimento desta, vai ter que primeiro requisitar a autoridade policial o faça, ficando prejudicado neste caso o PRINCIPIO DA INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL. Outro ponto a ser reiterado, esta previsto no ART. 59 §4º DA CF, que trata justamente de uma clausula pétrea, e atacar a independência do MP é atacar esse dispositivo imutável. Sendo assim incabível a Proposta de Emenda Constitucional. Portanto, não há possibilidade enquanto ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO, que atrofiem, que ataquem as funções institucionais do MP, se por remota hipótese acontecer tal barbárie, será além de uma grande perda para toda a sociedade, uma quebra no principio basilar dos poderes a lei dos” CHECKS AND BALANCES” teoria dos freios e contrapesos.
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