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INTERVENÇÃO-FINAL-VILMA.docx

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UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
VILMA 
PROJETO DE INTERVENÇÃO DE ESTÁGIO EM SERVIÇO SOCIAL II 
Prevenção e Combate à Violência Contra a Mulher em Grupo de Mulheres do PAIF do CRAS em Jequitinhonha - MG
Coordenadora do Curso: Prof.ªMe. Valquíria Aparecida Dias Caprioli
Almenara/2018
VILMA 
PROJETO DE INTERVENÇÃO DE ESTÁGIO EM SERVIÇO SOCIAL II 
Prevenção e Combate à Violência Contra a Mulher em Grupo de Mulheres do PAIF do CRAS em Jequitinhonha - MG
Almenara/2018
SUMARIO 
PROJETO DE INTERVENÇÃO .............................................................................04
REFERENCIAS .................................................................................................................11 
ANEXOS ( CARACTERIZAÇÃO ATUALIZADA)..............................................................13
APRESENTAÇÃO
O enfrentamento à violência contra a mulher exige o envolvimento da sociedade, isso significa a junção de uma rede, capaz de executar ações que gerem recursos públicos e comunitários em um esforço comum para prevenir, atender e erradicar a violência doméstica e contra a mulher em nosso país. As políticas de proteção e segurança são essenciais para o enfrentamento à violência, mas é essencial desenvolver de forma eficaz políticas de prevenção que trabalhem e combatam a dependência financeira, favoreça a elevação da auto-estima das mulheres, fortalecimento da capacidade de representação e participação na sociedade e promoção de condições favoráveis à autonomia pessoal e coletiva.
A efetividade da rede de atendimento se dá através de divisões de atendimentos e serviços entre setores, e alguns órgãos são considerados como portas de entrada como por exemplo, centros de referência, serviços de apoio jurídico, serviços policiais, delegacias da mulher, outras delegacias, Polícia Militar, Postos de Saúde de Serviços de Emergência, escolas e órgãos comunitários, ouvidorias, organizações não-governamentais e conselhos. Cada um desses lugares tem uma importância e um papel a desempenhar no combate, na assistência e no processo de erradicação da violência contra a mulher (BRASIL,2003).
Dentro deste contexto de ações e estratégias voltadas para o combate e prevenção de violência de gênero contra a mulher brasileira, este trabalho ressalta aspectos referentes aos centros de referência, espaço onde será desenvolvido esta etapa de estágio. 
O Centro de Referência da Mulher - CRM é uma unidade pública e estatal que se configura num espaço em que a mulher em situação de violência é acolhida, atendida e acompanhada por uma equipe técnica multidisciplinar. No âmbito dos centros de referência a mulher que é assistida recebe atendimento social, psicológico e jurídico, além de receber orientação e encaminhamentos cabíveis de acordo com as demandas particularizadas de cada mulher assistida.
O Centro de Referência da Mulher atende à população feminina em situação de violência e discriminação buscando recuperar a sua autonomia e fomentar sua inclusão social, através de estratégias que promovam o rompimento do ciclo de violência alimentado pelo agressor, com subsequente redução dos índices de violência física, psicológica, sexual, patrimonial, moral e de gênero. 
Dentre as ações desenvolvidas por essa política pública destaca-se a criação do Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (2006) que segundo a Norma Técnica de Uniformização são estruturas essenciais do programa de prevenção e enfrentamento à violência contra a mulher, uma vez que visa promover a ruptura da situação de violência e a construção da cidadania por meio de ações globais e de atendimento interdisciplinar (psicológico, social, jurídico, de orientação e informação) à mulher em situação de violência.
Os Centros de Referência são espaços de acolhimento/atendimento psicológico, social, orientação e encaminhamento jurídico à mulher em situação de violência, que proporcione o atendimento e o acolhimento necessários à superação da situação de violência ocorrida, contribuindo para o fortalecimento da mulher e o resgate da sua cidadania.
 Nessa perspectiva, os Centros de Referência de acolhimento/atendimento devem exercer o papel de articulador das instituições e serviços governamentais e não governamentais que integram a Rede de Atendimento, sendo o acesso natural a esses serviços para as mulheres em situação de vulnerabilidade, em função de qualquer tipo de violência, ocorrida por sua condição de mulher. Os Centros de Referência devem prestar acolhimento permanente às mulheres que necessitem de atendimento, monitorando e acompanhando as ações desenvolvidas pelas instituições que compõem a Rede, instituindo procedimentos de referência. O atendimento deve pautar-se no questionamento das relações de gênero baseadas na dominação e opressão dos homens sobre as mulheres, que têm legitimado e perpetuado, as desigualdades e a violência de gênero (BRASIL,2006).
Os Centros de Referência são, portanto, voltados para o atendimento a mulheres em situação de violência seja por demanda espontânea ou por encaminhamento 
de algum serviço ou instituição e responsáveis pela oferta de orientações gerais sobre os direitos da mulher e sobre a Rede de Atendimento a sua disposição, bem como serviços psicológico, social e jurídico, que poderão ser individuais ou em grupo.
Dentro desta perspectiva de ações que podem ser desenvolvidas pelo CRM este projeto visa atuar no âmbito da prevenção e combate à violência contra a mulher no município de Jequitinhonha. Para isso, efetiva-se uma parceria com o Centro de Referência de Assistência Social – CRAS mais precisamente com o grupo de mulheres do Programa de Atenção Integral a Família – PAIF. 
O CRAS é responsável pela oferta de vários serviços da proteção social básica, como os Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas. Estes serviços são articulados ao PAIF, pois, é a partir do trabalho com famílias no serviço PAIF que se organizam os serviços referenciados ao CRAS (BRASIL,2009).
O CRAS deve prestar serviço, potencializando as mudanças significativas para a população, com vistas a mudar suas condições efetivas e torná-la sujeito de sua própria vida (Braga, 2011). O CRAS integrante da primeira proteção tem como objetivo prevenir a ocorrência de situações de vulnerabilidades e riscos sociais nos territórios de sua abrangência, por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, e da ampliação do acesso aos direitos de cidadania. 
A oferta do PAIF é exclusivamente do CRAS que atua diretamente na proteção social básica atuando nas comunidades, com as famílias onde os vínculos estão preservados (AFONSO, 2006). Diante das informações obtidas sobre a metodologia de atendimento do CRM e da possibilidade de se trabalhar de através de parceria com CRAS/PAIF no âmbito da proteção este projeto se refere a um cronograma de açoes grupais voltados para trabalhar a prevenção e combate a violência de gênero contra a mulher.
 Portanto, este projeto será executado na unidade do CRAS de Jequitinhonha – MG que fica localizado na Rua Professor Manoel do Norte, 293 no bairro Alvorada e também na própria unidade do CRM , dependendo assim da atividade proposta em cada encontro que acontecerá.
JUSTIFICATIVA 
Justifica-se, a elaboração deste projeto de intervenção sobre a temática da violência contra as mulheres,assim como das políticas públicas relacionadas a prevenção e ao combate desta violação de direitos, por se considerar um assunto relevante no âmbito profissional do Serviço Social. 
Entende-se que tratar no âmbitodo CRAS/PAIF sobre a não aceitação de quaisquer tipo de violência contra a mulher, ou qualquer outra situação que viole os direitos e exponha a mulher a situações de sofrimento e submissão é de grande importância e também uma forma de divulgar os serviços do CRM.
Compreende-se que é de suma relevância que profissionais do Serviço Social saibam abordar o público feminino em seus serviços de que modo que seja apto a reconhecer os fatores que caracterizam o sofrimento de violências diversas, principalmente a doméstica, que por se dá num ambiente mais restrito, na instituição familiar, muitas vezes se torna mais difícil de ser descoberto e portanto de se trabalhar com a mulher violentada.
Justifica-se portanto este projeto de intervenção por considerar que identificar o conceitos atuais deste tipo de violência, assim como os serviços ofertados e inclusos nas políticas especificas voltada para a garantia dos diretos das mulheres no Brasil são conhecimentos fundamentais para o profissional do Serviço Social.
OBJETIVOS 
GERAL 
Tratar sobre a prevenção e combate da violência contra a mulher no Brasil .
ESPECIFICOS
. Ofertar encontros semanais com palestras temáticas relacionadas à violência de gênero ( formas de manifestação e políticas públicas de atendimento a vitima).
. Divulgar os serviços ofertados pelo CRM.
. Utilizar de Recursos como dinâmicas de grupos para promover a participação das mulheres e também a valorização e autoestima das mesmas.
PÚBLICO ALVO
Mulheres referenciadas e frequentes no grupo de Programa de Atenção Integral a Família – PAIF/ CRAS, do Município de Jequitinhonha.
METAS A ATINGIR 
. Desenvolver habilidades relacionadas a prevenção e identificação de atos de violência contra as mulheres.
. Ampliar o conhecimento de 100% das mulheres do grupo PAIF sobre os serviços oefertados pelo CRM em Jequitinhonha – MG. 
METODOLOGIA
Através da execução de um trabalho em grupo, acontecerão semanalmente atividades com foco em temas relacionados a tipos de violências de gênero, políticas públicas de atenção a mulher que sofre este tipo de violência, divulgação do CRM e rompimento de ciclos de violência através da valorização da autoestima.Essas atividades terão em media de uma hora por encontro, sendo sempre seguidos as atividades que já são propostas na rotina do grupo CRAS/PAIF.
 No decorrer das atividades propostas, serão trabalhados temas através de palestras, diálogo e participação de todo o grupo. As atividades serão executadas com 
linguagem clara e objetiva, introduzindo assuntos e programação que sejam motivacionais e prazerosas para o público sugerido. 
Este grupo atenderá cerca de quinze mulheres e o material utilizado para a produção das palestras e atividades será disponibilizado pela estagiaria que se propõe a realizar este projeto e com apoio técnico da equipe do CRM.
	 Encontros
	Tema
	Objetivo
	Técnica utilizada 
	Recursos Humanos 
	Recursos Materiais 
	1
( Data a Definir)
2019
	
Violência de Gênero. 
	.Apresentação do Projeto
. Tratar sobre p conceito de violência de gênero .
	. Palestra e dinâmica de grupo. 
	. Estagiaria
. Supervisora de Campo
	
Data-Show
	2
( Data a Definir)
2019
	
Tipos de Violência contra a mulher 
.
	. Tratar sobre os tipos de violência que uma mulher pode sofrer. 
	. Roda de Conversa.
. Vídeo
	 . Estagiaria
. Supervisora de Campo
	. Data-show
. Som
	3
( Data a Definir)
2018
	Resgatando a Auto- estima.
	. Trabalhar a valorização do “eu”.
	. Dinâmica do espelho no chapéu .
	. Estagiaria
.Supervisora de campo.
	. Som
. Data-show
. Microfone 
	4
( Data a Definir)
2018
	
Rede de Proteção a Mulher . Divulgação do CRM.
	. Tratar sobre a rede de serviços voltados para atendimento a mulher que sofre violência de gênero.
 
	. Palestra.
	. Estagiaria
.Supervisora de campo.
	Data-show.
	5
( Data a Definir)
2018
	Amor próprio.
Rompendo ciclos de violência. 
	. Trabalhar a Valorização pessoas e o amor próprio 
	..Palestra e dinâmica de grupo.
	. Estagiaria
.Supervisora de campo.
Equipe técnica CRM.
	. Data-Show. 
. Som. 
	7
( Data a Definir)
2018
	Encerramento 
	. Avaliação Final
. Entrevista
. Confraternização
	. Questionário aplicável .
Confraternização
	. Estagiaria .Supervisora de campo.
.Equipe CRAS E CRM.
	. Data-show
. Som
. Microfone
RECURSOS HUMANOS 
. Equipe Técnica do CRM
. Estagiária 
. Equipe CRAS 
8. PARCEIROS OU INSTITUIÇÕES APOIADORAS 
.CRAS
. CRM 
9. AVALIAÇÃO 
. Questionário com participantes.
10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO 
	Etapas
	Agos.
	Set.
	Out.
	Nov.
	Fev.
	Mar.
	Abril.
	Maio
	Jun.
	Elaboração
do projeto
	X
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	Construção do Texto
	
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	Correção do Projeto
	
	
	X
	X
	
	
	
	
	
	Execução do Projeto 
(Encontros) 
	
	
	
	
	
	X
	X
	X
	
	Avaliação
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	Relatório Final 
	
	
	
	
	
	
	
	X
	X
11. BIBLIOGRAFIA REFERENCIADA 
BRASIL. Política Nacional de Assistência Social – PNAS. Brasília, 2004.
______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações Técnicas: Centro de Referência de Assistência Social – CRAS. Brasília: MDS, 2009.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1998: atualizada até a Emenda Constitucional nº 20, de 15-12-1998. 21. São Paulo: Saraiva, 1999.
______.Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações programáticas estratégicas. Área técnica de saúde da mulher. Prevenção e Tratamento dos Agravos resultantes da Violência Sexual contra mulheres e adolescentes: Norma técnica. Brasília: Ministério da saúde, 1999.
_____. Ministério da Justiça. Políticas para a Mulher: relatório da Gestão 1999/2002 da Secretaria de Estado dos Direitos da Mulher e do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher. Brasília, 2002.
_____. Programa de Prevenção, Assistência e Combate à Violência Contra a Mulher – Plano Nacional: diálogos sobre violência doméstica e de gênero : construindo políticas públicas / Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. – Brasília : A Secretaria, 2003.
_____. Presidência da República. Secretaria Especial de Políticas para mulheres. Memória 2003-2006: Secretaria Especial de Políticas para Mulheres/Presidência da república. Brasília: Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, 2006.
_____. Secretaria Nacional de Segurança Pública/Ministério da Justiça e Secretaria Especial de Políticas para Mulheres/Presidência da República – Norma Técnica de Padronização das Delegacias Especializadas de Atendimento a mulher, Brasília, 2006.
______. Lei n. 11.340, de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Diário Oficial da União, Brasília, p.xxx, x de agosto de 2006. 
_____.Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. 2010
LINHARES, B. Violência Contra a Mulher e Cidadania: uma Avaliação das Políticas públicas. Rio de Janeiro, CEPIA I, 1994
MURTA, Sheila Giardini. A Clínica Ampliada e as Políticas de Assistência Social: uma Experiência com Adolescentes no Programa de Atenção Integral à Família. PUC. Goiás. 2009
MULHERES, Secretaria Pública, O que é Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência? Disponível em <http://www.spm.gov.br/arquivos-diversos/acesso-a-informacao/perguntas-frequentes/violencia/o-que-e-centro-de-referencia-de-atendimento-a-mulher-em-situacao-de-violencia.> acesso em agosto de 2018.
ANEXOS 
( CARACTERIZAÇÃO DE ESTÁGIO ATUAL ) 
1 CARACTERIZAÇÃO SOCIOINSTITUCIONAL
A implementação de políticas públicas para o combate à violência e discriminação contra a mulher no Brasil teve seu início na década de 80 atravésdos movimentos feministas em prol do combate a violência contra a mulher, denunciando a existência de uma agressão específica e praticada rotineiramente no ambiente doméstico (LINHARES, 1994). 
Mas, foi somente em 2003 que houve a criação da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres – SPM que foi um marco nas ações para o enfrentamento à violência contra as mulheres passassem a ter um maior investimento no Brasil. Neste mesmo período, houve a realização da I Conferência Nacional de Políticas para Mulheres no ano de 2004 e a construção coletiva do Plano Nacional de Políticas para Mulheres - PNPM, momentos determinantes para a criação do plano de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, com a previsão de ações na área para o período 2004- 2007. 
O conceito de enfrentamento, adotado pela Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, destaca à implementação de políticas amplas e articuladas, que atendam o fenômeno da violência contra as mulheres em todas as suas expressões. Esta política, cita que o enfrentamento deste tipo de violência, requer a ação conjunta dos diversos setores envolvidos com a questão, ou seja, políticas públicas da saúde, segurança pública, justiça, educação, assistência social, entre outros devem fazer parte da rede de atendimento ( BRASIL,2006). 
O Programa de Prevenção, Assistência e Combate à Violência Contra a Mulher – Plano Nacional/2003 cita a violência doméstica e de gênero como um problema de todos e por isso, tem como meta atingir resultados na área de segurança e de saúde, através de sistemas integrados e descentralizados de atendimento a vítimas e agressores.
As ações do Plano Nacional ocorrem através da parceria entre a Secretaria Nacional de Segurança Pública - SENASP e a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. Os programas voltados para a prevenção, assistência e combate à violência contra a mulher no Brasil, abrangem uma série de ações e recursos de todos os ministérios e órgãos de todas as esferas, em prol da busca de soluções sobre o problema da violência 
contra mulheres e crianças, da exploração sexual e econômica e da violência doméstica ( BRASIL,2003).
Os governos Estaduais, Municipais e o Distrito Federal e a sociedade civil exercem um papel na prevenção e no combate da violência contra as mulheres, e na assistência às mulheres. O trabalho em rede é um caminho para superar essa desarticulação e a fragmentação dos serviços, por meio da ação coordenada de diferentes áreas governamentais. O conceito de Rede de atendimento refere-se à atuação articulada entre as instituições e serviços governamentais, não-governamentais e a comunidade, visando à ampliação e melhoria da qualidade do atendimento; à identificação e encaminhamento adequado das mulheres em situação de violência; e ao desenvolvimento de estratégias efetivas de prevenção ( BRASIL.,2006). 
O Plano Nacional/2003 define as seguintes funções para os órgãos a seguir:
1-As Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher – DEAMs têm o papel de investigar, apurar e tipificar o crime. É a primeira instância da busca de proteção. O Corpo de Bombeiros e Unidades Móveis da Polícia Militar, são outras possibilidades de ajuda às mulheres quando em situação de violência; são estes órgãos e serviços que, muitas vezes, prestam o primeiro socorro às mulheres. 
2-O Instituto Médico Legal – IML tem um papel importante no atendimento à mulher em situação de violência, principalmente às vítimas de abuso sexual. Sua função é decisiva na coleta de provas que serão necessárias ao processo judicial e condenação do agressor. É o IML quem faz a coleta ou validação das provas recolhidas e demais providências periciais do caso. 
3-O Centro de Referência, como o próprio nome diz, é o local de referência e orientação, responsável pelos encaminhamentos da Rede. Propulsor do processo de resgate da mulher como ser social, isto porque tem o papel de dar atendimento e acompanhamento psicológico e social à mulher em situação de violência, resgatando e fortalecendo sua auto-estima e possibilitando que esta se torne sujeito de seus próprios direitos.
4- Os Serviços de Casas Abrigo são espaços seguros que oferecem moradia protegida e atendimento integral à mulher em situação de risco de vida iminente, em razão de violência doméstica. É um serviço de caráter sigiloso e temporário, onde as usuárias podem 
permanecer por um período determinado, até reunirem as condições necessárias para retomar o curso de suas vidas.
O enfrentamento à violência contra a mulher exige o envolvimento da sociedade, isso significa a junção de uma rede, capaz de executar ações que gerem recursos públicos e comunitários em um esforço comum para prevenir, atender e erradicar a violência doméstica e contra a mulher em nosso país. As políticas de proteção e segurança são essenciais para o enfrentamento à violência, mas é essencial desenvolver de forma eficaz políticas de prevenção que trabalhem e combatam a dependência financeira, favoreça a elevação da auto-estima das mulheres, fortalecimento da capacidade de representação e participação na sociedade e promoção de condições favoráveis à autonomia pessoal e coletiva.
A efetividade da rede de atendimento se dá através de divisões de atendimentos e serviços entre setores, e alguns órgãos são considerados como portas de entrada como por exemplo, centros de referência, serviços de apoio jurídico, serviços policiais, delegacias da mulher, outras delegacias, Polícia Militar, Postos de Saúde de Serviços de Emergência, escolas e órgãos comunitários, ouvidorias, organizações não-governamentais e conselhos. Cada um desses lugares tem uma importância e um papel a desempenhar no combate, na assistência e no processo de erradicação da violência contra a mulher (BRASIL,2003).
Dentro deste contexto de ações e estratégias voltadas para o combate e prevenção de violência de gênero contra a mulher brasileira, este trabalho ressalta aspectos referentes aos centros de referência, espaço onde será desenvolvido esta etapa de estágio. 
O Centro de Referência da Mulher - CRM é uma unidade pública e estatal que se configura num espaço em que a mulher em situação de violência é acolhida, atendida e acompanhada por uma equipe técnica multidisciplinar. No âmbito dos centros de referência a mulher que é assistida recebe atendimento social, psicológico e jurídico, além de receber orientação e encaminhamentos cabíveis de acordo com as demandas particularizadas de cada mulher assistida.
O Centro de Referência da Mulher atende à população feminina em situação de violência e discriminação buscando recuperar a sua autonomia e fomentar sua inclusão social, através de estratégias que promovam o rompimento do ciclo de violência alimentado pelo agressor, com subsequente redução dos índices de violência física, psicológica, sexual, patrimonial, moral e de gênero. 
Dentre as ações desenvolvidas por essa política pública destaca-se a criação do Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (2006) que segundo a Norma Técnica de Uniformização são estruturas essenciais do programa de prevenção e enfrentamento à violência contra a mulher, uma vez que visa promover a ruptura da situação de violência e a construção da cidadania por meio de ações globais e de atendimento interdisciplinar (psicológico, social, jurídico, de orientação e informação) à mulher em situação de violência.
Os Centros de Referência são espaços de acolhimento/atendimento psicológico, social, orientação e encaminhamento jurídico à mulher em situação de violência, que proporcione o atendimento e o acolhimento necessários à superação da situação de violência ocorrida, contribuindo para o fortalecimento da mulher e o resgate da sua cidadania.
 Nessa perspectiva, os Centros de Referência de acolhimento/atendimento devem exercer o papel de articulador das instituições e serviços governamentais e não governamentais que integram a Rede de Atendimento, sendo o acesso natural a esses serviçospara as mulheres em situação de vulnerabilidade, em função de qualquer tipo de violência, ocorrida por sua condição de mulher. Os Centros de Referência devem prestar acolhimento permanente às mulheres que necessitem de atendimento, monitorando e acompanhando as ações desenvolvidas pelas instituições que compõem a Rede, instituindo procedimentos de referência. O atendimento deve pautar-se no questionamento das relações de gênero baseadas na dominação e opressão dos homens sobre as mulheres, que têm legitimado e perpetuado, as desigualdades e a violência de gênero (BRASIL,2006).
Os Centros de Referência são, portanto, voltados para o atendimento a mulheres em situação de violência seja por demanda espontânea ou por encaminhamento de algum serviço ou instituição e responsáveis pela oferta de orientações gerais sobre os direitos da mulher e sobre a Rede de Atendimento a sua disposição, bem como serviços psicológico, social e jurídico, que poderão ser individuais ou em grupo.
Ao tratar especificamente sobre este dispositivo no referido município, identifica-se que a sua implantação foi no ano de 2014 e que atualmente está situado na Rua Maria Amélia, nº 11, bairro Vaticano, em sua sede própria construída totalmente padronizada dentro dos parâmetros exigidos para a aceitação e implantação deste serviço em um referido município. Sobre a estrutura física, ressalta-se que o prédio onde está localizado é próprio, sendo composto pelos seguintes espaços:
1 Sala de atendimento Psicológico.
1 Sala de atendimento Assistente Social
1 Sala de atendimento jurídico 
1 Sala da Coordenação
1 Recepção 
1 Brinquedoteca 
1 Auditório 
1 Sala da de Reunião
1 Cozinha
4 Banheiros
1 Sala de Almoxarifado 
Sobre os recursos humanos aponta-se que a equipe do CRM atualmente é composta elo seguinte quadro de funcionários efetivos e contratados: 
Assistente Social : Eliane Pereira dos Santos
Psicóloga: Ana Paula Figueiredo Campos 
Coordenação: Geane Neres Tavares 
2 Auxiliar de Serviços Gerais: Dalmo e Nair Pereira dos Santos
1 Orientadora Juridica: Leandra Barbosa 
1 Recepcionista: Rita 
Destaca-se que neste espaço funciona também a Gestão do Programa Bolsa Família e Gestão Municipal de Assistência Social de Jequitinhonha-MG. É importante ressaltar aqui que o CRM neste município está vinculado a Secretaria 
Municipal de Assistência Social por não se ter uma secretaria especifica de políticas públicas para mulheres em Jequitinhonha – MG.
Sobre as atividades desenvolvidas pela assistente social, foram observadas as seguintes: 
1 – Atendimento individual: escuta orientação a respeito do acesso a políticas públicos e direitos sociais e demandas a respeito de benefícios eventuais disponibilizados conforme lei do município. 
2- Atendimento em grupo: oficinas e grupos temáticos.
3 – Visitas domiciliares: Para identificação de demandas espontâneas, busca ativa e acompanhamento familiar.
4 – Serviços internos: Elaboração de relatórios, preenchimento de fichas de acompanhamento, encaminhamentos, etc.
Considera-se importante destacar que essas atividades são desenvolvidas de forma multidisciplinar, pois, a assistente social trabalha em parceria com a psicóloga e orientadora jurídica neste setor. Destaca-se que atualmente o CRM de Jequitinhonha, tem cerca de 35 mulheres em acompanhamento e que em decorrência da dificuldade em adesão deste público a este serviço este setor também executa muitos trabalhos na área de prevenção e orientação da comunidade em geral sobre a não aceitação e combate à violência contra a mulher. 
Mantenedora: EDITORA E DISTRIBUIDORA EDUCACIONAL S.A.
DIREÇÃO GERAL: Rua Marselha, 183 – CEP: 86041-140 – Fone: (43) 3371-7757 / Fax: (43) 3341-8122 – Londrina-PR. REITORIA: Rua Marselha, 183 – CEP: 86041-140 – Fone: (43) 3371-9866 / Fax: (43) 3341-8122 – Londrina-PR. CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE LONDRINA: UNIDADE PIZA: Av. Paris, 675, Jd. Piza – CEP: 86041-120 – Fone: (43) 3371-7700 / Fax: (43) 3371-7721 – Londrina - PR UNIDADE TIETÊ: R. Tietê, 1.208, Jardim Tabapuã – CEP: 86025-230 – Fone: (43) 3371-7700 / Fax: (43) 3371-7439. Londrina-PR. UNIDADE CATUAÍ. Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas – CCESA: Rodovia Celso Garcia Cid, PR 445 – km 377. Fone/Fax: (43) 3371-7700. Londrina-PR. UNIDADE BOULEVARD: Avenida Theodoro Victorelli, nº 150 - Helena, CEP 86027-750, Londrina-PR. UNIDADE AEROPORTO: Avenida Anália Franco, nº 750, Sala A, Bairro Brasília, CEP: 86039-560, Londrina-PR. CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ARAPONGAS: UNIDADE ARAPONGAS: PR-218, KM-01, Jardim Universitário – CEP: 86702-670 – Fone/Fax: (43) 3371-7700 – Arapongas-PR. CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BANDEIRANTES: UNIDADE BANDEIRANTES: Av. EdelinaMeneghelRando, 151. Vila Macedo – CEP: 86360-000 – Fone (43) 3542-6035. Bandeirantes – PR. HOME PAGE: www.unopar.br
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