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Wa1 - Ciências Contábeis - Contabilidade Comercial - 3º Semestre

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Wa1 - Ciências Contábeis - Contabilidade Comercial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1 Web Aula 1 - UnidAde 1 – operação com mercadorias ................................... 3 
1.1 Mercadorias .......................................................................................................... 3 
1.2 vendas de mercadorias ......................................................................................... 4 
1.3 apuração do custo das mercadorias vendidas e controle físico dos estoques ...... 8 
 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 15 
 
SUGESTÃO DE LEITURA ....................................................................................... 15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.1 MERCADORIAS 
 
 Dentro das operações com mercadorias, do ponto de vista do 
comprador, normalmente abrangerão as compras, os fretes sobre compras, as 
devoluções de compras, entre outros. Portanto, as compras representam a aquisição 
de matéria-prima, materiais auxiliares ou mercadorias para revenda. O custo unitário 
da compra de determinado tipo de estoque é obtido pelo valor total das mercadorias 
compradas, líquidas de impostos, inclusive seguros e fretes, dividido pela quantidade 
adquirida. Além disso, caso a operação esteja sujeita ao Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias e Serviços (ICMS), à medida que ele seja recuperável, não se devem 
integrar os estoques. As pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real estão sujeitas ao 
PIS (1,65%) e COFINS (7,6%) não cumulativo, que gera créditos sobre as compras 
de mercadorias, matérias-primas, entre outros. 
 Nessa hipótese, supondo que a empresa seja tributada pelo lucro real, 
e realizou a compra a prazo de mercadorias, no valor de R$ 1.000,00, com ICMS de 
R$ 170,00, destacado na nota fiscal. Os registros contábeis ficariam apresentados da 
seguinte forma: 
 
D ESTOQUE (AC) 737,50 
D ICMS A RECUPERAR (AC) 170,00 
D PIS A RECUPERAR (AC) 16,50 
D COFINS A RECUPERAR (AC) 76,00 
C FORNECEDORES (PC) 1.000,00 
 
 Registro da compra a prazo de mercadorias com ICMS, PIS e COFINS 
não cumulativo. 
 Caso a compra fosse realizada por empresa tributada à vista em 
dinheiro, a conta a ser creditada seria “CAIXA”. 
 Se estes tributos estão regidos pelo regime não cumulativo, significa 
dizer que eles podem ser compensados com os valores que serão devidos quando da 
venda das mercadorias. Pessoal, não se esqueçam que a empresa será sujeito 
passivo desses tributos quando da ocorrência do fato gerador, que será 
o FATURAMENTO (no caso do PIS e da COFINS) ou a CIRCULAÇÃO DA 
MERCADORIA (no caso do ICMS). 
1 WEB AULA 1 - UNIDADE 1 – OPERAÇÃO COM MERCADORIAS 
 
 
 
 Muito bem, até agora falamos das operações com mercadorias, 
envolvendo compras à vista e a prazo, impostos incidentes e fretes sem compras. 
Convenhamos, toda pessoa jurídica pode um dia necessitar devolver determinada 
compra de mercadoria, correto? Então, agora iremos estudar como realizar o registro 
contábil da devolução de compras. 
 A devolução de compras, em si, é autoexplicativo. A questão é de que 
maneira contabilizar? O lançamento contábil de devolução de compras pode ser feito 
em conta retificadora daquela que registra as aquisições, quando a empresa adotar o 
chamado Inventário Permanente. Normalmente, utiliza-se a conta conhecida 
como DEVOLUÇÕES DE COMPRAS. 
 Acompanhe os lançamentos de Devolução de Compras a prazo no valor 
R$ 200,00 de uma empresa tributada pelo lucro real, estando então sujeita ao PIS e 
COFINS não cumulativo. 
 
D FORNECEDORES (PC) 200,00 
C ICMS A RECUPERAR (AC) 34,00 
C PIS A RECUPERAR (AC) 3,30 
C COFINS A RECUPERAR (AC) 15,20 
C ESTOQUE (AC) 147,50 
 
Compreenderam sobre DEVOLUÇÕES DE COMPRA? Para fixar, me acompanhe. 
Atividade de Aprendizagem 
 
1- A Empresa comercial UNP adquiriu 100 computadores o pagamento será no prazo 
de 35 dias no valor $ 1000.000, seu ICMS 12%, PIS 1,65% e COFINS 7,6%. Após o 
recebimento, constatou-se que 10 computadores estavam danificados. Por essa 
razão, os devolveu. Faça os lançamentos contábeis da devolução destes 
computadores. 
 
1.2 VENDAS DE MERCADORIAS 
 
 As vendas de mercadorias constituem a principal fonte de receita das 
empresas comerciais. A receita de vendas de mercadorias ou serviços compreende o 
produto da alienação dos bens que constam dos estoques da empresa e o preço dos 
serviços por ela prestados. Nesse valor, inclui-se inclusive o ICMS destacado na nota 
fiscal, ou seja, refere-se ao valor total das notas fiscais de venda emitidas em 
determinado espaço de tempo, normalmente, um mês. Como ocorre com as compras, 
podem ser efetuadas à vista ou a prazo. A contabilizações das operações de vendas 
de mercadorias são efetuadas normalmente a DÉBITO de uma conta que represente 
recursos disponíveis (Caixa, Bancos c/ Movimento), quando são realizadas à vista ou 
 
 
de uma conta representativa de um direito de crédito (Clientes, Títulos a Receber, 
Duplicatas a Receber ou outra conta que represente um direito), quando realizadas a 
prazo. Como contrapartida deve-se efetuar um lançamento a CRÉDITO de uma conta 
de RECEITA (Receita Bruta de Vendas, Vendas, Vendas de Mercadorias, 
normalmente). 
 Quando uma empresa realiza uma venda, devemos saber que uma boa 
parte do valor cobrado dos clientes se refere a impostos e contribuições que são 
devidos em função das diversas legislações tributárias (federal, estaduais e/ou 
municipais), que estabelecem como Fato Gerador a Circulação das Mercadorias, o 
Faturamento, entre outros. Em tese, esses valores só são cobrados dos clientes 
porque a empresa foi onerada por estes tributos que deverão ser recolhidos aos 
cofres públicos nos prazos determinados. Entre os impostos que incidem sobre as 
vendas destaco o ICMS, PIS s/ Faturamento e COFINS. Para um correto 
entendimento da contabilização das vendas de mercadorias e dos tributos incidentes 
sobre estas operações, diversos lançamentos serão efetuados, com incidência de 
ICMS, PIS e COFINS. As alíquotas do PIS e da COFINS no regime não cumulativo são 
1,65% e 7,6% respectivamente. 
 Primeiro quero que você acompanhe o registro contábil de uma venda a 
prazo. 
 Suponha, por exemplo, que uma empresa venda mercadorias a prazo 
no montante de R$ 10.000,00, sendo o ICMS destacado na nota fiscal de R$ 
1.700,00, e o CMV (Custo das Mercadorias Vendidas), R$ 4.000,00 considerando que 
ela é tributada pelo lucro real, e portanto, estará sujeita ao PIS e COFINS não 
cumulativo. Nesse caso o registro contábil será o seguinte: 
 
D DUPLICATAS A RECEBER (AC) 10.000,00 
C VENDAS DE MERCADORIAS (CR) 10.000,00 
 
D ICMS S/ VENDAS (CR) 1.700,00 
C ICMS A RECOLHER (P) 1.700,00 
 
D PIS S/ VENDAS (CR) 165,00 
C PIS A RECOLHER (P) 165,00 
 
D COFINS S/ VENDAS (CR) 760,00 
C COFINS A RECOLHER (P) 760,00 
 
D CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS (CR) 4.000,00 
C ESTOQUES DE MERCADORIAS (AC) 4.000,00 
 
 
 
 Registro da venda a prazo no inventário permanente com ICMS, PIS e 
COFINS não cumulativo. 
 Já a operação de venda à vista em dinheiro de mercadorias, haverá a 
alteração apenas no primeiro lançamento onde a conta a ser debitada será “CAIXA”, e 
os demais lançamentos não sofreram alterações. 
 Muito bem! Agora que vimos as operações envolvendo as vendas de 
mercadorias e os impostos, vou fazer um breve comentário quanto ao frete sobre 
vendas. 
 Quando o valor do frete for devido ou pago pela empresa vendedora, 
objetivando utilizá-lo como diferencial mercadológico, ele será considerado umadespesa para vender as mercadorias da empresa. Por exemplo, se a empresa 
vendedora tenha pago fretes à vista em dinheiro no valor R$ 35,00 à Transportadora 
Brasilon Ltda., para entregar aos seus clientes as mercadorias vendidas. O registro 
contábil dessa operação será o seguinte, acompanhe: 
 
D DESPESAS COM FRETES (CR) 35,00 
C CAIXA (AC) 35,00 
 
 Podemos deparar com a situação em que o adquirente da mercadorias 
devolve parte ou toda a compra efetuada, obviamente este fato irá gerar uma 
diminuição no resultado da empresa vendedora. A empresa deve receber em 
devolução mercadorias anteriormente vendidas por várias razões: problemas de 
qualidade, especificações técnicas, demora na entrega, divergência no pedido etc. 
 O registro da devolução de uma venda será efetuado tomando como 
base os valores da venda anteriormente efetuada, e o retorno ao estoque deve ser 
feito pelo próprio valor atribuído como custo a essas mercadorias, quando de sua 
baixa por ocasião da venda. 
 Considerando os dados da venda acima mencionados, vamos 
contabilizar a devolução de 50% das mercadorias, acompanhe: 
 No exemplo, colocamos que uma empresa venda mercadorias a prazo 
no montante de R$ 10.000,00, sendo o ICMS destacado na nota fiscal de R$ 
1.700,00, e o CMV (Custo das Mercadorias Vendidas), R$ 4.000,00 considerando que 
ela é tributada pelo lucro real, e, portanto, estará sujeita ao PIS e COFINS não 
cumulativo. 
 No caso da devolução de 50% da venda o registro contábil será o 
seguinte: 
 
 
D DEVOLUÇÃO DE VENDAS (CR) 5.000,00 
C DUPLICATAS A RECEBER (AC) 5.000,00 
 
 
 
D ICMS A RECUPERAR (AC) 850,00 
C ICMS S/ VENDAS (CR) 850,00 
 
D PIS A RECUPERAR (AC) 82,50 
C PIS S/ FATURAMENTO (CR) 82,50 
 
D COFINS A RECUPERAR (AC) 380,00 
C COFINS (CR) 380,00 
 
D ESTOQUE DE MERCADORIAS (AC) 2.000,00 
C CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS (CR) 2.000,00 
 
 Registro da venda a prazo no inventário permanente com ICMS, PIS e 
COFINS não cumulativo. 
 Até aqui tivemos o entendimento sobre as principais operações em uma 
empresa comercial. Neste momento, você está apto a registrar as movimentações de 
entrada, saída e devoluções das mercadorias, apenas para enfatizar este 
aprendizado, resolva o exercício a seguir: 
Atividade de Aprendizagem 
 
Realize o lançamento contábil de cada operação apresentada. 
1) A empresa J C & CIA. LTDA. é uma distribuidora de cadernos da marca máximos. 
Ela adquiriu a prazo no mês de março deste ano, 15.000 mil cadernos para revender 
à rede de papelaria CONTEX. O valor unitário é de $ 6,00, com o ICMS (12%), o PIS 
(1,65%), o COFINS (7,6%), a empresa custeou seu frete no valor de $ 2.500,00. 
2) A empresa acima citada revendeu no mês abril para a rede de papelaria CONTEX 
15.000 cadernos da marca máximos, no valor de $ 12,00 cada o pagamento foi 
realizado à vista. Considere: ICMS 18%, PIS 1,65% e COFINS 7,6% e o custo de 
mercadoria vendida no valor $ 90.000,00. 
 
 
 
 
 
 
1.3 APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E 
CONTROLE FÍSICO DOS ESTOQUES 
 
 
Caros Alunos! 
 
 No tópico anterior fornecemos o CMV. Você deve se perguntar. De que 
forma ele foi apurado? De que maneira se pode calcular o valor dos custos das 
mercadorias que vendemos? 
 Pois bem, o CMV representa o valor atribuído às mercadorias 
negociadas pelo comerciante com seus clientes. O CMV, como o nome indica, é um 
valor de custo para o comerciante, valor que será confrontado com o valor de venda 
(receita) para a obtenção do Resultado com Mercadorias (RCM). 
Monetariamente, o valor do CMV é obtido pela equação: 
Onde: 
 
 
 
 
 
O custo das mercadorias adquiridas para revenda é composto pelo valor pago ao 
fornecedor (líquido de impostos recuperáveis) mais os gastos com frete e seguro 
necessários para a colocação das mercadorias no estabelecimento da empresa 
adquirente. 
Os impostos recuperáveis, pagos na aquisição de mercadorias são aqueles cujo 
valor a empresa adquirente pode creditar, nos livros fiscais próprios, para ser 
deduzido do valor do imposto da mesma espécie devido sobre a revenda de 
mercadorias (TRAUB, 2007, p. 1). 
 
 Para se calcular o valor do CMV é necessário considerar todo tipo de 
gasto que a empresa teve para poder estar com a mercadoria (fretes, seguros...) 
bem como a dedução dos impostos recuperáveis (ICMS, PIS, COFINS...), assim 
sendo, a Compra – C, será utilizada no seu valor líquido. 
 Compras Líquidas = Valor total das Compras ( + ) Fretes ( + ) 
Seguros ( - ) Impostos Recuperáveis. 
 
Exemplo de Cálculo do CMV 
 
 Calcular o CMV – Custo das Mercadorias Vendidas de 1º de janeiro a 31 
de dezembro na empresa que apurou os seguintes dados: 
 
CMV = EI + C - EF 
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas 
EI = Estoque Inicial 
C = Compras 
EF = Estoque Final 
 
 
Estoque Inicial (1º de janeiro) 80.000,00 
Compras de Mercadorias 110.000,00 
ICMS a Recuperar 18.700,00 
PIS a Recuperar 1.815,00 
COFINS a Recuperar 8.360,00 
Fretes s/ Compras 2.100,00 
Estoque Final (31 de dezembro) 59.600,00 
 
Para tal cálculo, é necessário saber que: 
CMV = EI + C - EF 
CMV = 80.000 + 110.000 + 2.100 – 18.700 – 1.815 – 8.360 – 59.600 
CMV = 103.625,00 
 
 Como apresentado, é fundamental a toda empresa comercial a 
obtenção do custo da mercadoria a ser vendida (CMV), e para isto torna-se essencial 
o conhecimento do Estoque Inicial (igual o Estoque Final do período anterior) e o 
Estoque Final do período em questão. Se uma empresa nunca vendesse suas 
mercadorias, o Estoque Final seria, a qualquer momento, igual à soma do Estoque 
Inicial com as Compras Líquidas até então efetuadas. Na prática, tal fato não ocorre, 
havendo uma sucessão interminável de compras e vendas intercaladas. 
 A obtenção do valor do Estoque Final é feita por uma das formas de 
controle dos estoques, conhecidas por “Inventário Periódico” e “Inventário 
Permanente”, (“ambos denominados de Regimes de Inventários”). Basicamente, o 
primeiro é um sistema mais simplificado, no qual realizamos contagem física do 
estoque e atribuímos um valor a este (estoque final – EF) no encerramento de cada 
período-base, que pode ser mensal, semestral ou anual. É adotado quando a empresa 
não deseja ou não tem condições de manter controle sistemático e contínuo do 
estoque de mercadorias, sendo mais comum nas pequenas e médias empresas. O 
valor final do estoque (EF) será, portanto, conhecido extra contabilmente. O 
inventário periódico pode ser aplicado pelo método da CONTA MISTA ou pelo método 
da CONTA DESDOBRADA. Já o Inventário Permanente, que é largamente usado pelas 
médias e grandes empresas, pois, para utilizar este método, a empresa necessita de 
um esforço administrativo muito maior, possibilitando, por sua vez, um controle 
gerencial mais efetivo. É o sistema em que os lançamentos são efetuados de forma 
sistemática, isto é, de forma contínua ou permanente. Normalmente, os registros são 
feitos em fichas de controle de estoque (uma para cada tipo de produto ou 
mercadoria), fazendo-se o lançamento na conta de estoques a débito, na aquisição de 
mercadorias, e lançamento a crédito, pela saída de mercadorias do estoque. 
 
 
 
 
Atividade de Aprendizagem 
 
1) Quando a empresa adota o controle de estoques periódico, para o cálculo do Custo 
das Mercadorias Vendidas (CMV), deverá ser adotada a fórmula: 
a) CMV= Estoque Inicial (+) Estoque Final – Compras. 
b) CMV= Estoque Inicial (+) Compras (-) Mercadorias Disponíveis para venda. 
c) CMV = Mercadorias Disponíveis para venda (-) Estoque Final. 
d) CMV= Estoque Inicial (+) Compras (-) Estoque Final. 
e) CMV= Estoque Final (+) Estoque Final(+) Compras. 
 
Questão para Reflexão 
 
Inventário... Você deve se perguntar o motivo deste nome, será que significa que 
posso inventar um estoque? Para orientá-lo melhor, inventário vem do latim e 
significa relação de bens. Ao avaliar um estoque eu o considero um bem? Por quê? 
 
 
Critérios de Avaliação dos Estoques 
 
 Para determinarmos o custo das mercadorias, faremos o uso dos custos 
das compras, isto é o valor pago pela aquisição de tais mercadorias. 
 
 “Tendo em vista que a empresa poderá adquirir um mesmo tipo de 
mercadoria em datas diferentes, pagando por ela preços variados, para 
determinarmos o custo das mercadorias estocadas, há a necessidade de adotarmos 
algum critério” (COSTA, 2014, p. 1). 
 Os critérios mais conhecidos são o PEPS; UEPS e Custo Médio 
Ponderado. Vamos ver agora a diferença entre estes critérios. 
 O PEPS significa primeiro que entra, primeiro que sai e é também 
conhecido por FIFO, iniciais da frase inglesa first in, first out. Adotando este critério 
para valorização dos estoques, a empresa atribuirá às mercadorias estocadas os 
custos mais recentes. 
 No estudo dos três critérios (PEPS, UEPS e Custo Médio Ponderado) 
utilizaremos o mesmo exemplo, mas antes preste atenção ao recado: 
 Nota – Para efeito didático, apresentaremos números inteiros e 
levaremos em conta que os impostos (ICMS, PIS e COFINS não cumulativos) já foram 
excluídos dos referidos valores. Na venda, a baixa é feita pelo custo, logo, também 
sem os impostos. 
 Vamos a um exemplo, acompanhe: 
 
 
 A empresa Solução Com. Móveis Ltda., tinha em estoque inicial em 
01/01/204, composto de 30 unidades de mesas (iguais), adquiridas por R$ 400,00 
cada um, num total de R$ 12.000,00 e no mês ocorreram as seguintes 
movimentações: 
02/01/2014 – compra de 10 unidades por R$ 420,00 cada uma. 
03/01/2014 – venda de 3 unidades por R$ 500,00 cada uma. 
04/01/2014 – venda de 28 unidades por R$ 450,00 cada uma. 
05/01/2014 – Compra de 5 unidades por R$ 410,00 cada uma. 
06/01/2014 – Venda de 10 unidades por R$ 480,00 cada uma. 
 
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE 
PEPS 
MESAS 
DATA 
ENTRADA SAÍDA SALDO 
QUANT. 
VLR 
UNIT. TOTAL QUANT. 
VLR 
UNIT. TOTAL QUANT. 
VLR 
UNIT. TOTAL 
1/1/X14 
 
30 400 12000 
2/1/X14 
 
10 
 
420 
 
4200 
 
 
30 
10 
400 
420 
12000 
4200 
3/1/X14 
 
 
3 
 
400 
 1200 
27 
10 
400 
420 
10800 
4200 
4/1/X14 
 
27 
1 
400 
420 
10800 
420 
9 420 3780 
5/1/X14 5 410 2050 
 
9 
5 
420 
410 
3780 
2050 
6/1/X14 
 
9 
1 
420 
410 
3780 
410 
 
4 
 
410 
 
1640 
SOMA 15 
 
6250 41 
 
16610 4 410 1640 
 
 O CMV total do período será portando, de R$ 16.610,00 e o valor do 
estoque final R$ 1.640,00. Com base neste critério, teremos, sempre, um valor de 
estoque baseado nas compras mais recentes e o do CMV nas mais antigas. 
 Se ocorrerem devoluções terá a seguinte situação, as devoluções de 
compras efetuadas ao fornecedor são escrituradas negativamente entre parênteses 
na coluna das entradas. Por outro lado, as devoluções de vendas recebidas de 
clientes são escrituradas negativamente entre parênteses na coluna das saídas. 
Assim, a soma da coluna das entradas corresponderá efetivamente ao valor das 
 
 
compras líquidas, e a soma da coluna das saídas corresponderá efetivamente ao 
custo das mercadorias vendidas, ou seja, ao valor das saídas líquidas. 
 Observando que as devoluções de compras deverão ser registradas na 
ficha de controle de estoque pelo valor pago ao fornecedor. Já as devoluções de 
vendas deverão ser lançadas pelos mesmos valores das respectivas saídas. 
 Agora iremos estudar o UEPS, a sigla significa último que entra, 
primeiro que sai e é também conhecida por LIFO, iniciais da frase inglesa last in, first 
out. Adotando este critério para valoração dos seus estoques, a empresa sempre 
atribuirá às suas mercadorias em estoque os custos mais antigos, guardadas as 
devidas proporções com as mercadorias que entraram e saíram do estabelecimento. 
Utilizando a mesma movimentação do exemplo anterior, teríamos: 
 
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE 
UEPS 
MESA 
DATA 
ENTRADA SAÍDA SALDO 
QUANT. 
VLR 
UNIT. TOTAL QUANT. 
VLR 
UNIT. TOTAL QUANT. 
VLR 
UNIT. TOTAL 
1/1/X14 30 400 12000 
2/1/X14 
 
10 
 
420 
 
4200 
 
30 
10 
400 
420 
12000 
4200 
3/1/X14 
 
3 
 
420 
 
1260 
30 
7 
400 
420 
12000 
2940 
4/1/X14 
 
7 
21 
420 
400 
2940 
8400 
 
9 
 
400 
 
3600 
5/1/X14 
 
5 
 
410 
 
2050 
 
9 
5 
400 
410 
3600 
2050 
6/1/X14 
 
5 
5 
410 
400 
2050 
2000 
 
4 
 
 400 1600 
SOMA 15 6250 41 16650 4 400 1600 
 
 O CMV será agora R$ 16.650,00 e o valor do estoque final R$ 1.600,00. 
O CMV estará baseado nas compras mais recentes, e o estoque final nas mais 
antigas. 
 Vamos agora conhecer o Custo Médio Ponderado, para evitar o controle 
de preços por lotes, como nos métodos anteriores e para fugir aos extremos, existe a 
possibilidade de se dar como custo o valor médio das compras. Este valor médio é 
bastante lato em sentido, pois pode ser a média das compras do período, ou só do 
último mês etc. O mais utilizado, entretanto, e mais lógico também, é o valor médio 
 
 
do custo do estoque existente. Chama-se Ponderado Móvel, pois o valor médio de 
cada unidade em estoque altera-se pela compra de outras unidades por um preço 
diferente. Assim, ele será calculado dividindo-se o custo total do estoque pela unidade 
existente. 
 Fazendo o controle por este critério da movimentação já utilizada para 
exemplo, teremos: 
 
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE 
CUSTO MÉDIO PONDERADO MÓVEL 
MESAS 
DATA 
ENTRADA SAÍDA SALDO 
QUANT
. 
VLR 
UNIT. 
TOTA
L 
QUANT
. 
VLR 
UNIT. TOTAL 
QUANT
. 
VLR 
UNIT. 
TOTA
L 
1/1/X1
4 30 400 
1200
0 
2/1/X1
4 10 420 4200 40 405 
1620
0 
(*1
) 
3/1/X1
4 3 405 1215 37 405 
1498
5 
4/1/X1
4 28 405 11340 9 405 3645 
5/1/X1
4 5 410 2050 14 407 5695 
(*2
) 
6/1/X1
4 10 407 
4070,0
0 4 407 1628 
SOMA 15 6250 41 16625 4 407 1628 
(*1) $ 16.200 : 40 = $ 405 
(*2) $ 5.695 : 14 = $ 407 (valor aproximado para facilitar a visualização) 
 
 O CMV apurado agora, foi de $ 16.625,00 e o estoque final, $ 1.628,00. 
Note-se que, se utilizássemos um preço médio que não o móvel, poderia ter: 
 
12.000 + 6.250 / 45 unidades = Custo médio fixo de $ 405,5555 
Logo teríamos: CMV = 41 x $ 405,5555 = $16.627 
 e EF = 4 x $ 40,5555 = $ 1.622 
 
 
 
 Portanto, é lógico que, com o uso da média ponderada em todas as 
variantes, teremos, normalmente, valores que se encontrarão entre os apurados pelo 
PEPS e pelo UEPS. 
VÍDEO 
 
Para que nosso conteúdo se torne ainda mais interessante vamos ao link: 
<http://www.youtube.com/watch?v=5IcICQ1twVs>. 
Empresários falam de controle de estoque em entrevista à jornalista Inácia Soares. 
 
Atividade de Aprendizagem 
 
1 - A empresa J C & Cia. Ltda., tinha em estoque inicial em 01/03/2014, composto de 
40 unidades de cadernos do mesmo padrão, adquiridas por R$ 4,00 cada um, num 
total de R$ 160,00. Ocorreram as seguintes movimentações: Apure pelo método 
PEPS: 
 
04/03/X14 – compra de 10 unidades por R$ 6,00 cada uma. 
06/03/X14 – venda de 30 unidades por R$ 8,00 cada uma. 
08/03/X14 – venda de 15 unidades por R$ 9,50 cada uma. 
10/03/X14– compra de 10 unidades por R$ 8,00 cada uma. 
16/03/X14 – venda de 10 unidades por R$ 480 cada uma. 
 
 Destacamos empresas nas quais pelo fato de não dar importância à 
contabilidade encerram suas atividades, o controle contábil não é tudo, é preciso 
conhecer o empreendimento e fazer uma boa gestão. A gestão de um 
empreendimento é completa quando une experiência à compreensão das operações 
contábeis. Caro Aluno! Quanto mais buscar informações sobre gestão, mais verá em 
destaque o uso das Demonstrações Contábeis. Nosso aprendizado não encerra aqui, 
vamos à próxima web. 
 
PARA DISCUTIR 
 
Sua participação no fórum será uma contribuição ao conteúdo aqui abordado, não 
deixe de participar, até lá! 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
COSTA, Jonas. Contabilidade e controladoria. [s.l]: Universidade São Judas Tadeu, 
[20--]. Disponível em: 
<http://files.usjtrh.webnode.com/200000012-
5bd9b5cd40/Contabilidade%20e%20Controladoria%20-
%20Recursos%20Humanos%20-%20Conte%C3%BAdo%203.doc>. Acesso em: mar. 
2014. 
 
TRAUB, Laura. Operações com mercadorias: compra e venda de mercadorias. Porto 
Alegre: FAPA, 2007. Disponível em: 
<http://amigonerd.net/humanas/contabilidade/operacoes-com-mercadorias-compra-
e-venda-de-mercadorias>. Acesso em: mar. 2014. 
 
SUGESTÃO DE LEITURA 
 
MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
 
MONTOTO, Eugenio. Contabilidade geral. São Paulo: Saraiva, 2011. 
 
PADOVEZE, Clovis Luis. Manual de contabilidade básica. São Paulo: Atlas, 2000. 
 
SOUZA, Acilon Batista. Contabilidade de empresas comerciais. São Paulo: Atlas, 
2002.

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