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TRABALHO CLVEVR MANDIRAHWE.pdf

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Grupo etnolinguístico de Moçambique (Ndaus) Clever Mandirahwe Resumo A presente investigação foi realizada no distrito de Gorongosa, e tinha como objectivo analisar como o povo Ndau vive e a importância de valorizar a cultura Moçambicana e compreender costume do povo Ndau na íntegra. Foi considerado também aspectos como casamento, levirato, parentesco, linguagem usado pela aquela população, e a organização etnográfica e etnolinguístico. Palavras-chave: Etnolinguístico, etnografia, parentesco, organização social casamento Introdução A vida no nosso país é cheia de cerimónias. Em muitos lugares são mais acentuadas, principalmente nas zonas recônditas. A cultura é extremamente forte e poderosa, influenciando o modo de pensar e agir, e muitas vezes trágica. O presente trabalho, destina-se ao estudo do grupo etnolinguistico do povo Mocambicano em geral e particularmente do povo Ndau. Visto que a partir da etnografia, a etnologia estuda todos os factos documentados no sentido antropológico cultural e social, isto é, comparar as culturas estudadas pela etnografia. Nela, você poderá encontrar a definição do parentesco; os ruptos de parentesco; tipos de família; o casamento; os sistemas de descendência e herança, falaremos das suas práticas culturais, sua organização social. Ndau são um grupo éticos que habitam o vale do Zambeze, do centro de Moçambique ate ao seu litoral, e leste do Zimbabwe. . Cá em Ndau Moçambique é falado na província de Sofala concretamente nos distritos de Machanga, Chibabava, Búzi, Nhamatanda, Dondo, Gorongosa Beira (Bangue), assim como em Machaze e Mussorize, na província de Manica (danda). Também é falado em nova Mambone, no norte de Inhambane. Na tribo “Ndau” o homem costuma ter de 3 a 10 mulheres ou mais. Ele é o centro de toda família. Quanto mais mulheres e filhos, maior a força de trabalho. Principalmente quando os filhos forem do sexo feminino. 
Objectivos Geral: 
¬ Descrever a etnologia do povo Ndau. Específicos: 
¬ Definir os conceitos Etnologia, Povos, Ritos, Tribo, Mito, Cultura; 
¬ Localizar região do povo Ndau. Metodologias Para a materialização do presente trabalho, efectuou-se a pesquisa Bibliográfica e a consulta na internet e nativo de Buzi que reside no destricto de Gorongosa. ETNOLOGIA DOS POVOS AFRICANOS, NDAU Conceitualização Cultura Segundo Tylor, Pai da Antropologia Moderna (1871) Cultura – conjunto complexo que envolve conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes e varias outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade; Ou é um conjunto de actividades e modo de agir, costumes e instruções de um povo, ou meio pela qual o homem se adapta as condições de existência transformando a realidade. Mitos Segundo Mircea Eliade – uma história exemplar que tem por fim estabelecer normas para comportamento humano. Para K. Marx – é uma alienação, uma projecção; ou São narrativas utilizados pelos povos gregos antigos para explicar factos da realidade e fenómenos da natureza. Povo conjunto de cidadãos de um pais ou seja, as pessoas que estão vinculadas a um determinado regime jurídico, a um estado. Rito 
é um conjunto de cerimónias religiosas diferentemente reguladas, segundo as diversas comunhões ou em diversas sociedades. Tribo é o nome que - se dá a cada uma das divisões dos povos antigos, possuindo um território e com algum tipo de comando, possuindo em comum a mesma ancestralidade. Etnologia é o estudo ou ciência que estuda os factos ou documentos levantados pela etnografia no âmbito da antropologia cultural e social, buscando uma apreciação analítica e comparativa das culturas. Em sua interpretação original, era o estudo das sociedades primitivas, todavia, com o desenvolvimento da antropologia, o termo primitivo, foi abandonado por se acreditar que exaltaria o preconceito étnico. Assim actualmente se diz que etnologia é o estudo de características de qualquer etnia, isto é, agrupamento Humano- povo ou grupo social que apresenta alguma estrutura sócio económica identificável, onde em geral os membros têm interacções cara a cara, e há uma comunhão de cultura e de língua. Este estudo visa estabelecer linhas gerais e de desenvolvimento das sociedades. O etnógrafo observa as diferenças entre as sociedades desde o modo de andar e usa o corpo (técnicas corporais) até a celebração do casamento e dos funerais. Deve se analisar toda a vida social de um povo e um lugar, observar principalmente o que esse povo diz de si mesmo, e o modo como identifica seus participantes. Etnografia é um dos mais importante recursos contra o racismo e hegemonia cultural na medida em que estabelece os meios de realizar uma critica ao etnocentrismo o que parcializa as investigações. Estudos etnográficos têm recuperado os conhecimentos e técnicas dos povos agrafos como forma de (etno) conhecimento nas mais diversas áreas, como: - Biologia (etnobiologia), Farmacologia, e Botânica (plantas medicinais) Engenharia (de barcos, casas, pontes etc), Psicologia, Medicina etc. Nesse último campo há uma integração entre técnicas (tecne) e saber (epsteme) que vem sendo denominada por antropologia médica ou estudo de sistema etnomédicos e xamanismo. 
 História da origem do grupo Função de Mito para os Africanos O povo africano tem uma das mais antigas manifestações do pensamento humano tentando ditar valores e conceitos sobre o pensamento humano, e a submissão aos seus Deuses. Também há crenças e as praticas rituais: - Um estagio infimamente mais complexo e que pede obras de natureza. Origem e a etnologia do povo Ndau As origens do povo Ndau não são fáceis de traçar devido a escassez de fontes e as contradições existentes. Contudo, parece seguro afirmar que as origens do grupo se encontram ligadas. é fragmentação dos reinos do Muenemutapa e Dom Pire aos ciclos expansionistas de grupos linhageiros Shonas-Caraga, os Rozvi, dos planaltos centrais do Zimbabwe na direcção da costa litoral do indico. A organização Social Tradicional Ndau Os Ndau são um grupo éticos que habitam o vale do Zambeze, do centro de Moçambique ate ao seu litoral, e leste do Zimbabwe ao sul do Mutare. Os ancestrais dos Ndaus eram guerreiros da Suazilândia que se juntaram com a população local, constituída etnicamente por Manikas, Tewes, Barwes nas províncias de Manica e Sofala. A população local do Zimbabwe, antes da chegada dos Nguni, descenderia primordialmente de Mbire próxima actual Hwadza. Os ndaus falam um idioma que pertencem a família linguística xona, o ndau. Localização Geográfica e Número de Falantes da língua Ndau A língua Ndau é falada nas províncias de Sofala, Manica e na zona Setentrional de Inhambane. Também é falado na República de Zimbabwe. Segundo Martinho (2004) o povo Ndau localiza-se na região sul do continente africano na região central de Moçambique, pois, na província de Sofala encontram se mais aglomerados nos distritos de Chibabava, Buzi, Machanga, Gorongosa, Nhamantada, cidade da Beira, Dondo. Na província de Manica estão nos distritos de Machazi, Mussorizi e na Cidade de Chimoio e parte setentrional da província de Inhambane vão desde de Machacama à Mambone. 
Quanto ao número de falantes é de referir que: há cerca de 581.000 falantes de Ndau em Moçambique segundo os dados do Censo populacional de 1997. Educação tradicional A comunidade tradicional organiza diversas actividades educativas para as mães latentes, raparigas, rapazes, adolescentes, e os mais velhos. Estas actividades compreendem a iniciação feminina, os ritos de iniciação masculina, a circuncisão, os contos e lendas. Esses ensinamentos são feitos na base de crenças no espírito de defuntos (mitologia) e inclui certas regras a observar e certas proibições, ensinamentos esses que tem por fim garantir um comportamento seguro, uma paz e felicidade eficazes de todos os indivíduos da comunidade onde vivem. A organização sócio -politica Tradicional O povo ndau esta organizado em claus e dentro deste clau existe la um rei que lhe representa. Tem tambem com sabucos das zona, mufumo, quea juda na organizacao da quele zona. Divisões dos grupos Ndau 1. Os Shangas: estes habitam principalmente a faixa costeira entre os rios Save e Buzi e cujo o clã totémico principal, é o Simango. Simango foi o Mambo mais poderoso desta região, vivia em Chiloane. 2. Os gova, que habitam as terras baixas situadas entre os rios Buzi e Save , cujo o mutupu o mais importante é o Nkomo. 3. Os Danda, que habitam a região fronteira ao Zimbabwe e cujo mutupu principal e igualmente o Nkomo. 4. Os Tombodji, que habitam as terras altas do maciço central, junto da fronteira, entre o rio Save e o maciço chiamanimani. O mambo mais importante dos tombodji era o mutema nkomo, que vivia numa região do actual zimbabwe. 5. Os Teve, ligados ao reino de Quiteve (Junod 1934), no entanto,é bastante problemático considerar os teve um subgrupo Ndau. Apesar terem origens comuns, parece ser grupos diferentes, com aspectos da sua organização social que são distintos, com diferenças linguísticas, significativas. 
Ritos de Iniciação Ritos de iniciação são cerimónias de carácter tradicional e cultural praticado nas sociedades africanas que visa preparar o adolescente para encarar a outra fase da vida, isto é, a fase adulta. Visam essencialmente a integração pessoal, social e cultural do indivíduo, permite ao indivíduo reunir múltiplas influências do seu meio para em seguida integrá-la na sua maneira de pensar, de agir e de si comportar, o indivíduo participa activamente nas actividades e na vida do grupo que pertence. Na sociedade moçambicana, os ritos de iniciação não se manifestam de maneira homogénica. Eles variam de província para província, de região para região, de religião para religião, e de sexo para sexo. O objectivo destas cerimónias é de preparar os rapazes e as raparigas para a vida matrimonial e social e com o rito de iniciação os rapazes e as raparigas têm o acesso a participação e ao conhecimento de certos mistérios. Casamento e grupo de parantesco dos Ndau Os Ndau estão organizados em grandes unidades sociais, com base no sistema de descendência patrilinear. As unidades mais vastas são os grupos familiares mais extensos, clãs totémicos, designados por bvumbu ou dzinza, em que o totem é designado por mutupu. Os Ndau praticam o casamento exogamico entre bvumbu, pois”as pessoas não podem casar dentro do mesmo mutupu”. No entanto, actualmente, esta regra é frequentemente desrespeitada, sobre tudo entre a população mais urbanizada das vilas-sede de distrito, e casamento entre indivíduos com o mesmo mutupu, ou pertencendo ao mesmo bvumbu. No que respeita ao casamento Ndau, este é oficializado quando envolve o pagamento do lobolo, denominado kulola em Chindau, que actualmente consiste numa quantia monetária que pode variar entre 10 e 50 mil de mts, enquanto na época pré-colonial consistia maioritariamente em capulanas. No período pré-colonial, os Ndau praticavam também uma forma de casamento directo, que não implicava o uso do lobolo. No povo Ndau, o casamento é acompanhado pelo lobolo. O lobolo é tradicionalmente considerado como de elevada importância principalmente para os aspectos 
sociais, legais e económicos do casamento. Com a chegada da sociedade mercantilista, o lobolo foi adquirindo paulatinamente características do negócio. Por isso é de grande importância que a mulher passe pelo lobolo antes de ir para casa do marido. Depois da independência de Moçambique se pretendeu acabar com este costume devido a má interpretação dos políticos de que o lobolo é a venda de mulher e não só muitos pais argumentarão não poder entregar de graça as filhas uma vez que também pagaram pela esposa pelo que ficariam prejudicados. O ato de lobolar – é quando o jovem conversa com os pais da moça sobre sua intenção de casar. No caso de crentes, os presbíteros, anciões e outros influentes na igreja são convidados para testemunhar ou liderar esta reunião. O casamento entre os Ndaus inicia com a identificação das necessidades de casamento da parte do noivo ou dos seus familiares, identificação da futura noiva pelo jovem e ou familiares, apresentação da proposta de casamento, pagamento do lobolo e termina com o acompanhamento da noiva para casa do noivo Exemplo: Quando alguém pretendesse uma mulher levava a sua filha para fazer tipo troca. Deixava a sua filha e levava a filha do outro como esposa. Isto por falta de dinheiro. Ou no casamento a forma predominate de residência e a de virilocal; contudo, ocasionalmente, era possível optar por uma forma uxorilocal temporário, ou seja, quando um homem não podia lobolar uma mulher prestava serviços durante um tempo em casa dos sogros antes de constituírem o seu agregado familiar nas terras do pai, costume que ainda hoje e praticado. Segundo chefe de posto de Pungue sr Chereni Os ndau praticam ainda hoje o levirato ou simplesmente"kunguina utaka" Este costume é constante para os "Va-ndau" e é um processo pelo qual uma viúva casa com um irmão do falecido marido. A viúva não é permitida casar fora da família do seu marido a não ser mediante autorização dos parentes destes. Devido ao lobolo que o marido pagou no caso da morte deste a família tem o direito de substituir o marido original por qualquer parente masculino do mesmo grau de idade para entrar na palhota da mulher e fazer germinar a semente em nome do homem. 
O lugar Social dos Espíritos Seres Espirituais Segundo Martinez (2007), através da actividade religiosa a sociedade exprime o seu relacionamento com o mundo espiritual: com o transcendente, o ser supremo, com os restantes seres espirituais e com as forcas invisíveis. De facto há um ser supremo, cuja existência é reconhecida universalmente, apesar das formas e ideologias até hoje existentes no mundo o ser supremo nunca é confundido com os seres espirituais e entre todos eles dá-se sempre uma determinada hierarquização. Sem eles não haveria ritos, pois é a eles que os ritos são dirigidos. Um dos aspectos mais relevantes no processo de sucessão é a inuciação da consulta aos espíritos dos falecidos mambos, como, de resto, acontecem na maioria dos grupos de origem Shona (Land, 1987). Neste sentido, torna se necessário, no primeiro momento, compreender as representações que as populações Ndau concebem sobre os aspectos da vida e da morte. Franz Boas, antropólogo que usou como informate k”amba Simango, escrevia em 1920 que a vida para os Ndaus designa-se por Vgomi. Sobre o conceito de pessoa, ela é constituído por duas partes: - O corpo, muvili, e o espírito, bvuli. O muvili é uma espécie de sombra, ou o reflexo/imagem de um ser. Após a morte só o bvuli é que se mantém vivo e transforma-se no espírito, murugo. O murugo tem o carácter e a forma do falecido. Não fica no túmulo como o corpo, mais fica a viver com a família, é imortal, e os Ndaus não acreditam na reencarnação. Os Ndaus utilizam o termo Mudzimu para designarem o espírito de uma família. Os vadzimu (plural) são os espíritos de musi e ficam a habitar junto dos restantes membros que é Nhamussoro: Exemplo: Quando morrer a pessoa vai se a enterrar, depois aquele espírito, se a pessoa tiver filhos vão para filho ou para filha, caso não tiver vão para outra família daquele falecido(a). 
Os Vadzimu são, pois, os varungu dos falecidos de determinado grupo familiar, e a sua função é de proteger os membros desse agregado contra todo e qualquer infelicidade que seja provocado por outros espíritos. Uma vez que os Ndaus não existe a noção de acaso e todos os acontecimentos da vida individual e colectiva são interpretados como manifestações dos varungu. Esta função protectora dos vadzimu é sublinhada por S, para que “os vadzimu são bons porque ajudam a cuidar da vida aos que ainda não morreram como se fossem Deus, os vadzimu andam junto de Deus”, “ou também por AI, segundo o qual os vadzimu” é para a protecção da própria família são eles que podem, por exemplo proteger a família de outros espíritos maus. “Os vadzimu da casa fazem luta com aqueles espíritos maus que estiverem a sair da outra casa,para não entrarem na quela casa”. Tem um papel social de enorme ambivalência. Eles são simultaneamente protectores de seu Musi, e nesta estância constituem-se como Vadzimu para os seus parentes, enquanto para todos os outros indivíduos podem significar uma enorme ameaça. Quando os vadzimu actuam no exterior do seu Musi são conhecidos como Nbvuri. Entre os Ndaus de Moçambique não existem a crença, comum entre os povos Shona do Zimbabwe, sobre o espírito de Nhandhoro, espírito de falecido mambo que encarna num médium (Land 1987). Para os Ndaus o espírito Nhandhoro, é um espírito que sai num leão e esta liga do aos trabalhos de médium, Nhamussoro. Conclusão Terminado o trabalho, esperamos ter conseguido alcançar o que propusemos desde o inicio deste trabalho, isto é, criar nos leitores o desejo de entender melhor a etnologia africana, e facilitar o esforço na compreensão dos conteúdos que foram explicadas. Ao longo trabalho falamos do povo Ndau, que habita desde o vale do Zambeze em Sofala até na parte litoral da República de Zimbabwe. Esse povo quanto a sua origem e história não foram fáceis de traçar devido a escassez de fontes. Cremos que apresentamos os elementos suficiente para o leitor ter agora uma compreensão adequada da vida e cultura dos povos africanos e em particular dos Ndaus. 
Bibliografia ADAS, Melhem, Geografia Geral: Quadro político e Económico do Mundo Actual, 8ᵃ série 1º grau são Paulo ed. Moderna, 1979 BICA, Ismael A. Ismael Firoza, Tempos e espaços, Porto editora, 6ᵃ classe, porto editora. Portugal EDUARDO Medeiro. Ritos de Iniciação da Puberdade, Maputo, 1982 Endereço Electrónico: www.Google.com FLORÊNCIO, Fernando, Ao Encontro dos Mambos, 1ᵃ edição, imprensa de ciências sociais, Lisboa 2005. MARTINEZ, Francisco Lerma, Antropologia Cultural, 5ᵃ edição, Maputo, 2007.

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