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APS Audição Final (1)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO IBMR
PROCESSOS PSICOLÓGICOS BASICOS
Verônica Gurgel
ANGELE DE PAULA SENNA; BRUNA LEANDRO DAS NEVES; FERNANDA CARDOSO BERARDINELLI
SISTEMA SENSORIAL AUDITIVO
Rio de Janeiro, 2018.
INTRODUÇÃO
 O sentido audição, assim como a visão, também nos ajuda a perceber o que está acontecendo no mundo em nossa volta. Além de perceber os sons, os ouvidos também nos dão informações sobre localização corporal, sendo parcialmente responsáveis pelo equilíbrio.
 Os sons escutados pelo ser humano, são criados por uma forma de energia mecânica e compostos pela pressão do ar, que sofrem alterações. Esses sons são representados por uma série de altos e baixos, formando uma onda que recebe o nome de onda sonora, e de acordo com a forma dessa onda sonora se tem uma experiência de som diferente. 
 A onda mais simples é aquela formada por variações sucessivas de pressão, formando uma onda senoidal que se repete ao longo do tempo, formando então um ciclo. Estas ondas se deslocam de um lugar para o outro por meio do ar, na direção longitudinal e se propagam em todas as direções, porém as moléculas presentes no ar não se movimentam junto com a onda e sim transmitem uma onda de movimento através dele. Podemos citar o exemplo da pedrinha jogada na água, para conseguirmos entender essa viagem da onda. Quando jogamos a pedrinha, esta começa a formar círculos, que vão se irradiando, mas sem levar a água consigo.
 O som, para existir, precisa de um meio onde possa se irradiar por variação de pressão. Ou seja, ele não pode ocorrer no vácuo, pois nele não há compressão alguma. Além da pressão do meio, existem outras características físicas, que irão ajudar na transmissão sonora, afetando sua velocidade, como por exemplo nos sólidos, onde o som trafega mais rápido do que no liquido ou gasoso. A velocidade também é afetada pela temperatura. No ar a velocidade sonora aumenta em 61 cm por segundo a cada grau Celsius que se aumenta, por exemplo, à temperatura de 20 °C, a velocidade do som é de aproximadamente 340 m/s.
 Assim, pode-se dizer que as principais propriedades físicas das ondas sonoras são caracterizadas pela frequência, amplitude (intensidade) e complexidade.
 A frequência (f), diz respeito a quantidade do número de alteração de pressão (ciclos), formada por compressão, rarefação e novamente compressão, completadas em um segundo. A unidade de frequência é o Hertz (Hz). Então, no caso de um som de 2.000 Hz, haveria 2.000 ciclos em um segundo. Em geral, é aceito em um adulto jovem, uma faixa de 20 a 20.000 Hz; sons abaixo de 20 Hz ou acima de 20.000 Hz são inaudíveis. O comprimento da onda e a frequência são inversamente proporcionais, ou seja, um som de baixa frequência tem comprimento de onda longa e o som de alta frequência tem comprimento de onda curta. Observa-se, também, a frequência percebida (pitch), que é a parte psicológica da frequência, conhecida como sensação auditiva e se refere a experiência do som sentido, como alto ou baixo, podendo ser muito grave ou agudo.
 A amplitude (intensidade), é a variação da onda sonora, quantidade de alteração da pressão, se tratando da extensão de deslocamento das moléculas a partir de uma posição de repouso. Quando se tem uma pressão do ar baixa, a amplitude sonora também é baixa, resultando em um som fraco. Quando essa pressão é alta, sua amplitude é alta e o som é intenso. Nosso ouvido é sensível a uma determinada faixa de amplitudes de pressão, indo de um som mais forte a um som mais fraco, e para essa faixa se dá o nome de decibel (dB), que para o ser humano pode variar de 0 dB a 120 dB (maior intensidade acústica que podemos suportar). Acima deste valor, os sons são nocivos, podendo destruir, de forma irreversível as estruturas do ouvido interno. A sensação auditiva correspondente a amplitude, é chamada de volume. Assim, ondas sonoras de grandes amplitudes, nos faz escutar sons mais volumosos, enquanto as ondas de amplitudes baixas, nos farão escutar sons mais suaves. 
 As fontes sonoras emitem sons que vibram em mais de uma frequência, e por isso, a forma da onda é caracterizada pela complexidade. A união de ondas diferentes com a variação das frequências forma sons da voz humana, do trânsito, animais, instrumentos musicais etc. A complexidade das ondas produzidas pelos instrumentos musicais, revelam características sobre a vibração, ou seja, uma onda que emite sons complexos vibra de forma sincronizada em muitas frequências. A frequência mais baixa se chama frequência fundamental e determina a frequência percebida de um som complexo. A experiência sensorial da complexidade se denomina timbre, que se refere a qualidade tonal de um som produzido pelo número e densidade dos sons concomitantes (os harmônicos) à frequência fundamental produzidos. Com isso, podemos dizer que, a frequência fundamental está relacionada à frequência percebida e os harmônicos relacionados com o timbre.
O OUVIDO HUMANO
Ouvido Externo
 O Ouvido externo, consiste do que chamamos de orelha e um canal de aproximadamente 2 cm, onde captamos as mudanças na pressão do ar responsáveis por gerar as ondas sonoras, desempenhando também o papel de localizador do som distinguindo onde estão situadas as fontes sonoras da frente ou de trás. Devido ao comprimento do canal, ele é capaz de amplificar os sons com frequências de aproximadamente 3.000 Hz. Também serve para proteger o ouvido médio. Nossos ouvidos são compostos pelo pavilhão auricular, que através de sua cartilagem elástica e irregular capta e direciona os sons para o meato acústico externo ou ducto auditivo externo que por sua vez age como um funil indo desde a membrana até o tímpano ou membrana timpânica. O tímpano também é protegido por esta primeira estrutura.
Ouvido Médio
 A membrana Timpânica, é fundamental para nossa audição e marca o início do ouvido médio. Está localizado na altura do osso temporal com uma cavidade que divide a superfície óssea do ouvido interno e é responsável por tornar as vibrações sonoras em vibrações mecânicas. Tem uma forma oval coberta por uma fina camada de pele e por dentro por um epitélio cúbico simples. 
 O ouvido médio é uma cavidade cheia de ar, onde encontramos a bigorna e três ossos interconectados - o martelo, a bigorna e o estribo, esses pequenos ossos agem como amplificadores das vibrações da onda sonora. 
 O tímpano é uma membrana muito durável e bem esticada que vibra quando a onda a alcança. Ele é composto por duas camadas de fibras colágenas, que vibram juntamente com a frequência da onda e por estar conectado ao martelo, os movimentos do tímpano colocam o martelo, a bigorna, e o estribo em movimento com a mesma frequência da onda, sendo responsáveis por aumentar as vibrações para levá-las a uma membrana encontrada no início da cóclea.
 Ouvido Interno
 O ouvido interno é uma estrutura tubular, que lembra uma concha de caracol e que mede de 25 a 35 mm de comprimento, esta concha é a cóclea, que se enrola dando três voltas em torno de si. Dentro dela existem três câmaras (ductos). O tubo coclear é dividido em canal vestibular, que é o canal superior e se liga ao canal timpânico, que é o canal inferior. Na base do canal timpânico encontra-se uma membrana chamada janela redonda, que se expande para acomodar o liquido existente na cóclea. O tubo coclear, o canal timpânico e o vestibular são cheios de fluidos, com a função de detectar movimentos acelerados e a manutenção do equilíbrio do corpo. O tubo coclear é limitado por duas membras, a membrana de Reissner, que separa o ducto vestibular da cóclea e a membrana basilar, que separa o ducto timpânico. Essa membrana chamada de basilar é bem flexível e se move respondendo a frequência do som que entra. Existem na cóclea, células ciliadas com função sensorial, capazes de fazer transdução mecano-elétrica e ampliando o som. 
 A atividade da membrana basilar tem importância na compreensão psicológica do som, pois éa região onde encontramos os receptores para a audição.
 Codificação Temporal 
 Este mecanismo, é utilizado para codificar estímulos auditivos de frequências baixas, através das células ciliadas existentes na cóclea, que ampliam a energia sonora presente neste compartimento. Estas células soltam taxas de disparo que são equivalentes à frequência da onda de pressão, ou seja, um tom de 2000Hz fazem as células dispararem duas mil vezes por segundo. Segundo Gazzaniga, esta correspondência entre a frequência de estimulação auditiva e taxa de disparo dessas células, só pode ocorrer em frequências baixas, de até 4000 Hz
Codificação de Lugar
 Outro mecanismo para codificarmos a frequência do som é chamado de Codificação de Lugar. Aqui o termo lugar se refere a qual local/região responderá as ondas sonoras, pois dependendo da frequência do som um lugar diferente na cóclea será ativado. As células ciliadas, que são capazes de serem afetadas pelas ondas sonoras, estão localizadas na base da cóclea serão ativadas pelos sons com frequência mais alta enquanto as células localizadas na extremidade por sons de frequência mais baixa.
 Ambas as codificações (temporal e de lugar) estão ligadas à nossa percepção do tom.
Processamento Concorrente para Localizar Sons
Dois fatores fundamentais são responsáveis por nos indicar a localização da origem do som em um ambiente. São eles: O timing de chegada do som aos nossos ouvidos - que chegam em momentos diferentes devido à localização de cada ouvido, que faz com que o som chegue mais rápido em um ouvido do que no outro – e a diferença de intensidade do som – que faz com que o som chegue mais alto em um ouvido do que no outro o que está relacionado ao fato de termos a nossa cabeça como um obstáculo na propagação do som entre os ouvidos.
TESTE DO SUSSURRO 
 O teste do sussurro, conhecido como Whisper, se trata de um método avaliativo, recomendado pelo Ministério da Saúde e é utilizado para medir a acuidade auditiva do indivíduo. Na maioria das vezes é feito em idosos que possuem perda auditiva com a chegada da idade, mas também pode ser feito com indivíduos de idades variadas. Deve-se chamar atenção para o fato de não ser uma avaliação diagnóstica e sim um teste para rastrear déficits auditivos. Não é necessário o uso de aparelhos para sua aplicabilidade, somente 2 pessoas, a que irá aplicar o teste e a que irá passar pelo teste.
 Para realização do exame, o aplicador deve estar fora do alcance visual da pessoa e a uma distância de 33 centímetros, sendo o teste realizado com ambos em pé. Em seguida, o examinador irá sussurrar, nos dois ouvidos do indivíduo perguntas simples e diretas, fáceis de serem respondidas onde a pessoa deve ser capaz de responder adequadamente. Caso a pessoa não consiga escutar e não tenha nenhuma obstrução no seu conduto auditivo, esta deve ser encaminhada para um exame de audiometria. 
 Pode ser utilizado perguntas do tipo: “Qual seu nome? ”, “Qual sua cor favorita? ”. Quando o sujeito tem dificuldade de escutar, ele pode ouvir a frase cortada ou somente alguma palavra, como “qual”, “nome” ou “cor”.
CONCLUSÃO
 Vivemos em um ambiente repleto de sons e a audição é uma das formas de analisarmos e percebermos o mundo. Além de ser um poderoso mecanismo para detectarmos o que acontece a nossa volta, a audição nos fornece um meio para a linguagem falada. Exerce uma função importante em nosso cotidiano estando presente em quase todas as nossas tarefas. Nos permite interagir com o que está a nossa volta, nos comunicarmos mais facilmente e nos alerta sobre possíveis riscos ao nosso redor. Nossa capacidade de nos adaptarmos ao ambiente também está diretamente ligada a percepção auditiva.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Schiffman, Harvey Richard. Sensação e Percepção. Rio de janeiro: LTC, 2005.
Gazzaniga, Michael S e Heatherton, Todd F. Ciência Psicológica: Mente, Cérebro e Comportamento. Ed. Artmed, 2005

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