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Estágio III

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
SUPERIORES DE TECNOLOGIA em serviço social
POLIANA 
eSTÁGIO EM SERVIÇO SOCIAL iiI
 PROJETO DE INTERVENÇÃO 
Santa Luzia
2018�
POLIANA 
eSTÁGIO EM SERVIÇO SOCIAL iiI
 PROJETO DE INTERVENÇÃO 
Trabalho apresentado ao Curso (Superiores de Tecnologia) da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para o aproveitamento da disciplina Estágio III, do Curso de Formação em Serviço Social.
Profs: Nelma dos Santos Assunção Galli
Santa Luzia
2018
SUMÁRIO
31. INTRODUÇÃO	�
42. DESENVOLVIMENTO	�
83. CONSIDERAÇÕES FINAIS	�
9REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	�
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1. INTRODUÇÃO
O Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) é a responsável pelos serviços socioassistenciais da SUAS nas áreas consideradas vulneráveis e com algum risco social nos municípios. Sua principal função, como já dissemos acima, é prevenir que ocorra situações consideradas vulneráveis e de risco social aqui na cidade de Santa Luzia – MG localizado na Avenida Venâncio Pereira Dos Santos – 397 – Cristina A – Santa Luzia – MG – CEP: 33145670. 
O CRAS é formado por duas equipes: Uma com o gerente geral, assistente social e dois psicólogos que atuam na área urbana e uma segunda equipe com orientadores sociais, assistentes administrativos, técnicos de nível médio e superior que são terceirizados.
O horário de atendimento do centro é flexível, para possibilitar uma maior participação das famílias nos programas que estão sendo operados na unidade. Ou seja, esse horário de atendimento é decidido junto com as famílias referenciadas. Contudo, geralmente o horário de atendimento é de 8:00 às 12:00 e das 13:00 às 17:00hs.
 Seu principal trabalho é o PAIF (Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família), dando auxílio e orientações às famílias para prevenir situações de vulnerabilidade ou violência. Através do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, eles buscam reunir pessoas que estão na mesma faixa etária (crianças, adolescentes ou idosos) para desenvolver determinadas ações em grupos.
Em outras palavras, as principais funções do CRAS em Santa Luzia – MG, Cristina são:
Fazer a oferta do serviço PAIF e outros programas e/ou projetos sócio assistenciais;
Fazer a articulação e fortalecimento da rede de Proteção Social Básica local;
Fazer a prevenção de risco em toda a cidade;
Garantir direitos através de encaminhamentos e orientações durante os atendimentos.
É através dele que famílias consideradas em situação de extrema pobreza (que estão incluídas pelo Plano Brasil Sem Miséria), tem acesso a serviços para cadastrar e acompanhar os programas de transferência de renda. 
No estágio percebemos que o maior problema é que muitos usuários não sabem diferenciar o Cras do Creas, quais os serviços prestados e como o Assistente Social pode ajudar, por isto decidiu organizar um café com prosa para explicar para a população do que se trata e os benefícios dos serviços.
Na execução do trabalho tivemos ajuda dos profissionais da unidade que foram inprescindivéis na realização do projeto e nas explicações, como o apoio de um vereador que ajudou para que o evento acontecesse e para que o local fosse disponibilizado. 
É importante dizer que é por meio do CRAS que a proteção social chega e se aproxima do povo, reconhecendo e analisando os problemas a fim de reduzir as desigualdades presente na nossa sociedade. E além de prevenir, eles também estimulam as potencialidades do local, melhorando assim a qualidade de vida das famílias.
2. DESENVOLVIMENTO
O trabalho exercido pelo CRAS e CREAS nas comunidades carentes é visível. Idosos, crianças, pessoas em condições desfavoráveis e até mesmo dependentes químicos são diariamente amparados pelos serviços, que oferecem tratamento e assistência psicossocial (em alguns casos essas pessoas são cadastradas para receber bolsa-auxílio).
É obrigatório que qualquer CRAS, seja aqui em Santa Luzia – MG ou em outra cidade, faça a oferta do serviço PAIF. Isso se deve, pois a existência dele está totalmente ligada ao funcionamento desse serviço, seja financiado pelo Governo Federal ou não.
Então podemos afirmar que não existe CRAS sem PAIF. Se não fizerem a oferta do mesmo, ele não pode ser identificado como um centro de referência. É a partir desse trabalho social com as famílias que são organizados os demais serviços.
O Programa de Atenção Integral à Família (PAIF) oferta ações socioassistenciais de prestação continuada, por meio do trabalho social com famílias em situação de vulnerabilidade social, com o objetivo de prevenir o rompimento dos vínculos familiares e a violência no âmbito de suas relações, garantindo o direito à convivência familiar e comunitária.
Foi realizado o café com prosa no auditório da prefeitura de Santa Luzia, onde tem uma capacidade maior de pessoas para isso contamos com a ajuda de um vereador para fazer a ponte e conseguir realizar o evento no local pretendido, utilizamos os recursos como computador, data show,TV, cartaz ilustrativo, rádio, vídeo, microfone, cadeiras, mesa.
Em primeito momento fez se panfletos para divulgação do café com prosa que seria realizado em abril, fizemos alguns panfletos e cartazes em parceria com uma gráfica da região e em troca divulgamos o seu serviço, assim conseguimos um apoio deles em fazer todo o material gráfico. Divulgamos para as pessoas que iam no Cras fazer inscrição e atualizar dados cadastrais, distribuimos panfletos em alguns bairros vizinhos, numa area considerada de risco e também deixamos panfletos na portaria da prefeitura de Santa Luzia para serem distribuídos.
Todos estavam empenhados e ajudando na divulgação e levando idéias do que poderia ser feito para chamar a atenção, procuramos realizar uma palestra dinâmica e didática, para que todos entendessem melhor. Apresentamos as estagiárias, assistente social e vereador que se encontrava presente e o que iríamos falar no encontro. Na medida em que o pessoal chegou entregamos um questionário para saber o que eles conheciam do tema e sobre as dúvidas que tinham, para assim conseguimos fazer uma apuração rápida e tirar possíveis dúvidas no momento da palestra.
Abordamos o tema do Creas e Cras explicamos a importância dos mesmos, sua função e como o assistente social pode auxiliar. O CREAS - Centro de Referência Especializada de Assistência Social é uma Unidade Pública Estatal, também faz parte do SUAS, oferecendo apoio e orientação especializados a indivíduos e famílias vítimas de violência física, psíquica e sexual, negligência, abandono, ameaça, maus tratos e discriminações sociais.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS, 2009), o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) “é o principal acesso de entrada ao SUAS, que organiza e oferta serviços da proteção social báica em áreas de vulnerabilidade e risco social dos múnicipios e Distrito Federal, estes serviços são de caráter preventivo, protetivo e proativo, visando assim, evitar e violação dos direitos dos usuários”.
O SUAS (Sistema Único de Assistencia Social), deve organizar e ofertar os componentes essenciais e fundamentais à efetuação da Política de Assistência Social. 
Explicamos das ações e programas que o Cras possui, conforme a seguir:
O PAIC (Programa de Ações Integradas para a Cidadania) programa de segurança alimentar;
Programa Bolsa Família (PBF);
Encaminhamentos à rede sócio assistencial (Centros de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS, creches, programas sócio educativos, Previdência Social, Pró-Idoso, Centro de Atendimento ao Cidadão - CAC, etc.) ;
Acompanhamentos das famílias, através de contato com a rede sócio assistencial e de visitas domiciliares;
Monitoramento da Rede SUAS (das instituições conveniadas, ou seja, que recebem recursos públicos para seu funcionamento conforme critérios acordados);Relatórios sociais para requerimento dos usuários a outros serviços.
Foi informado para eles que o trabalho do Creas baseia-se em: acolher vítimas de violência, acompanhar e reduzir a ocorrência de riscos, seu agravamento ou recorrencia, desenvolver ações para diminuir o desrespeito aos direitos humanos e sociais.
 A Proteção Social Especial deve garantir o acolhimento e desenvolver atenções socioassistenciais a famílias e indivíduos, para possibilitar a reconstrução de vínculos sociais e consquistar o maior grau de independência individual e social. Deve ainda, defender a dignidade e os direitos humanos e acompanhar a ocorrência dos riscos e do seu agravamento. Este campo de proteção na assistência social trabalha com situações pessoais e familiares, com ocorrência de agressões que necessitam de atenção especializada. Os Serviços de Proteção Social Especial devem ser oferecidos de forma continuada a indivíduos e famílias em situação de risco.
Após os debates iniciais numa pespectiva didático- pedagógica conceituamos cidadania, direitos, contextualizamos a Declaração dos Direitos Universais da Humanidade de 1948 e a Constituição Federal de 1988.
Procurou mostrar o dever do estado e os desafios da realidade social no enfrentamento destas desigualdades, que são de gênero, classe, raça, etnia e inserção social. O café com Prosa buscou apresentar alguns dos direitos e pespectivas de como cobra-lós e fortalecê-los, sendo uma das atribuições do Cras, que é ampliar o acesso aos direitos da cidadania. 
De acordo com a cartilha do CFESS que trata dos Parâmetros para Atuação de Assistestentes Sociais na Política de Assistência Social (2011, p. 12):
“A concepção presente no projeto ético-político profissional do Serviço Social brasileiro articula direitos amplos, universais e equânimes, orientados pela perspectiva de superação das desigualdades sociais e pela igualdade de condições e não apenas pela instituição da parca, insuficiente e abstrata igualdade de oportunidades, que constitui a fonte do pensamento liberal”
Devem ser incluídos todos os direitos sociais que já são previstos na Constituição Federal de 1988 (educação, saúde, trabalho, moradia, lazer, segurança, 13 previdência, alimentação e Assistência Social) conforme o artigo 60.
Na medida que os temas foram apresentados percebemos um retorno satisfatório por parte dos ouvintes. Foi distribuído no final da apresentação um folder informativo da apresentação do projeto e das visitas domiciliares.
Percebeu-se que o público alvo foi beneficiado para a execução do projeto, pois assim conseguiram entender mais dos serviços prestados do Cras e Creas e conheceram as assistentes sociais, aproximando elas da população que precisa e que tem medo ou não sabem como agir. No decorrer do projeto houve uma troca de conhecimentos, as assistentes sociais abordaram situações que aconteceram, tendo como referência fatos reais, concretos e observados no cotidiano e expontaneamente alguns ouvintes se manifestaram dando exemplos de situações que as mesmas ou alguém próximo tinha ou estava passando.
No decorrer da apresentação foi disponibilizado no canto da sala um local para lanche enquanto iamos abordamos o tema do projeto e tirando as dúvidas os participantes podiam ir lá tomar um café, chá, suco e água, acompanhado de bolo e biscoitos, deixando os ouvintes mais a vontade. No final, entragamos uma avaliação para os particpantes para avaliar a experiência daquele encontro.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O projeto proporcionou um aprendizado de mão dupla,pois na medida que iriamos desenvolvendo o trabalho e abordando o tema ensinava e aprendiamos muito. Tivemos muito cuidado ao abordar sobre alguns assuntos como violência doméstica para que nã fosse gerado preconceitos e julgamentos pessoais, mas que elas soubessem dos seus direitos, muitas vezes já violados.
Segundo o PNAS/2004, 
“Os serviços, programas, projetos e benefícios deproteção social básica deverão se articular com as demais políticas públicas locais de forma a garantir a sustentabilidade das ações desenvolvidas e o protagonismo das famílias e indivíduos atendidos, de forma a superar as condições de vulnerabilidade e a prevenir as situações que indicam riscos potenciais”. 
Contudo muitas ainda desconhecem os seus direitos e como o CRAS e CREAS podem auxiliá-los na busaca dos mesmos, juntamente com a Assistente Social e psicológas. Acredta-se que o objetivo principal do projeto de intervenção e na avaliação que aconteceu muitos avaliaram como ótimo e bom o encontro. Conseguimos abordar sobre a importância da Família e do relacionamento interpessoal. Bem como promover a participação da população em uma conversa informal nos bairros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL/MDS. Orientações Técnicas Centro de Referência de Assistência Social- CRAS. Brasília: MDS, 2009. Disponível em: http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/orientacoes_Cras.pdf. Acesso em 08 de Março de 2018. 
BRASIL, Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome.LOAS – Lei 
Orgânica de Assistência Social nº 8724/1993.Brasília,2007. 
BRASIL,Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Orientações 
Técnicas - Centro de Referência de Assistência Social – CRAS.Brasília,2009.
BRASIL/MPA/SEAS. Lei Orgânica da Assistência Social. Brasília: MPAS, 1993.
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Parâmetro para Atuação dos Assistentes Sociais na Política de Assistência Social. Série trabalho e Projeto Profissional nas Políticas Sociais. Brasília, 2011. Disponível em http://www.cfess.org.br/arquivos/Cartilha_CFESS_Final_Grafica.pdf. Acesso em 08 de Março de 2018. 
SANTOS, Edina Maria de Souza. O trabalho profissional do assistente social na área da assistência social no município de Santo Antônio de Jesus: reflexões sobre os limites e possibilidades – Cachoeira, 2012.

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