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Traumatismos musculoesqueléticos Prof. MsN. Rafael Lima Rodrigues de Carvalho Sistema musculoesquelético • De que é formado? • O tecido músculo-esquelético é o tecido de maior massa no corpo humano, com 45% do peso corporal total. • É responsável pela geração da força que resulta no movimento articular. • A maior parte deste tecido sofre controle voluntário do sistema nervoso central para a sua contração. Sistema musculoesquelético Inclui: Ossos Articulações Tendões e ligamentos Músculos Definição • O que é trauma? “O trauma é um evento nocivo que advém da liberação de formas específicas de energia ou de barreiras físicas ao fluxo normal de energia.” (MARTINEZ, 1990) Classificação de traumas musculoesquelético • Lesão associada a risco de vida (hemorragia externa e/ou interna com perda de sangue considerável). • Trauma musculoesquelético sem risco de vida, associado a outro tipo de trauma com risco de vida. • Trauma musculoesquelético isolado, que não acarreta risco de vida. Avaliação • Avaliação primária: • Cena segura? • Avaliar ABCDE • Avaliação secundária: • Inspeção do paciente! (Procurar deformidades dos membros, aumento de volume) • Pergunta ao paciente: Sente algum tipo de dor? Avaliação • Avaliação secundária: • Avaliar perfusão dos membros (pulsos pediais e radiais e enchimento capilar) • Avaliar função motora e sensitiva dos membros – Importante: Se houver suspeita de fratura não peça ao paciente para mover os membros!!! Avaliação • Avaliação secundária: • Avaliar função motora perguntando ao paciente se percebe alguma fraqueza, peça ao paciente para apertar seu dedo, avalie a força de contração. • Pergunte ao paciente sobre presença de dormência em membros. Tipos de traumatismos • Contusão: Lesão produzida nos tecidos pela pancada de um corpo, sem que haja rompimento da pele. Este tipo de trauma muscular tipicamente ocorre nos esportes de contato. Contusão • Ocorre sangramento interno (abaixo da pele e nos tecidos mais profundos) – Pode levar a fraturas e hemorragias internas! Equimose: pequenos vasos lesados Hematoma: grandes vasos lesados Contusão • Manifestação: • Dor e Edema local • Tratamento: • Bolsa fria e analgésico Distensão • Lesões em músculos e/ou tendões. • Geralmente causadas por hiperextensão ou contração brusca. • Pode haver ruptura de tendões Distensão Como se manifesta: Geralmente não é acompanhado de edema e hematoma Dor intensa à movimentação ativa e passiva Contratura da musculatura atingida Como tratar?: Evitar movimentar região lesada. Fazer uso de compressas geladas. Entorse • Lesões em ligamentos, podendo ocorrer a ruptura completa do mesmo. • Pode estar acompanhada de luxação Entorse • Como tratar? • Utilizar bolsa de gelo ou compressa de água gelada nas primeiras 24 horas e repouso da parte afetada • A temperatura diminuída: vasoconstrição – diminuição do edema e consequentemente da dor. • Discreta elevação do segmento – para facilitar o retorno venoso. • Imobilização deve ser feita no caso de entorse. Luxação • É a separação de dois ossos da articulação, causados pela ruptura dos ligamentos. Luxação • Produz área de instabilidade • Pode ser confundida com fratura • Se não corrigido corretamente pode causar reincidência. • Causa dor intensa Luxação • Tratamento: • Imobilizar o local luxado. • Evitar manipular o local luxado devido a dor. • Compressas geladas auxiliam com a dor. • Uso de analgésico usual auxilia no controle da dor. Fraturas • Interrupção da continuidade dos ossos. • São classificadas em: • Fraturas fechadas: Sem perfuração da pele • Fraturas expostas: Com perfuração da pele Fraturas fechadas • Podem apresentar: • Sensibilidade aumentada, deformidade do membro, hematoma, edema e crepitação. Fraturas fechadas • Avaliar pulso, cor da pele, função motora e sensibilidade distalmente. • Evitar mover o membro – pode levar a fratura exposta. Fraturas expostas • Podem resultar em hemorragia intensa. • Avaliar pulso, cor da pele, função motora e sensibilidade distalmente. Tratamento • Se fratura exposta: • Controlar a hemorragia – realizar compressão e/ou curativo compressivo. • Colocar o membro em posição anatômica, salvo se houver qualquer resistência ou apresentação de dor significativa. • Imobilizar o membro. Fratura e a perda sanguínea • Fratura de bacia: até 5 litros de perda • Fratura de femur: até 2 litros de perda. • Fratura de ossos da perna ou braço: até 1 litro de perda Imobilizações • Variam de acordo com o local a ser imobilizado. • Em ossos largos, imobilizar a articulação arterior e posterior ao local lesado. • Evitar realinhamento de ossos se houver qualquer dificuldade. Cintura escapular • Imobilizar colocando o braço ao peito passando depois uma banda sobre o tórax para que não haja movimentos de rotação do membro durante o transporte. Úmero: • As fraturas distais devem ser imobilizadas com talas até à axila, enquanto as fraturas proximais devem ser imobilizadas como as lesões da cintura escapular Fraturas do cotovelo e antebraço • Imobilizar as articulações antes e após o local fraturado. Mão e dedos Quadril • Realizar imobilização em prancha! • Evitar mobilização do paciente Fêmur • Realizar tração, alinhamento e imobilização com talas longas até à cintura e ultrapassando o pé. Perna e pé
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