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Perspectivas teóricas na avaliação escolar

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Disciplina: Planejamento escolar e avaliação da aprendizagem
Aula 8: Concepções teórico – metodológicas da avaliação escolar
Apresentação
Vimos até aqui que avaliar é uma atividade complexa que exige de cada um de nós,
professores, o desenvolvimento de competências intelectuais, técnicas, relacionais,
éticas e tantas outras habilidades cognitivas e intelectuais.
Nos dias atuais, avaliamos tudo e sempre! Já notou que após comprar um produto,
hospedar-se em um hotel ou utilizar um serviço qualquer na web, somos sempre
convidados a dar nossa avaliação sobre aquele item? A avaliação é importante pois
empresas e pessoas passam pelo processo contínuo de aprimoramento.
Por isso, podemos concluir que a avaliação está subjacente às práticas sociais e nelas
influenciam de forma muito abrangente e precisa. No entanto, a avaliação individual
muda de acordo com a perspectiva conceitual de cada um, não é mesmo? Um hotel,
por exemplo, pode ter sido muito bem avaliado por um e por outro não. Isso
dependerá da expectativa e dos conceitos de cada sujeito.
É exatamente sobre essas perspectivas e abordagens teóricas na avaliação acadêmica
que iremos discutir nesta aula. Para iniciarmos, é importante que você leia o capítulo
1 do livro Pedagogia das Diferença na Sala de Aula, organizado pela autora Marli
André.
Objetivos
Diferenciar as perspectivas e abordagens teóricas na avaliação da
aprendizagem;
Analisar a inclusão de competências na atividade de avaliação na escola.
Refletindo sobre avaliação
Sem dúvida, a avaliação é parte integrante e importante no processo de
aprendizagem e atualmente tem sido muito discutida nos meios escolares e
acadêmicos porque as transformações do mundo contemporâneo evidenciam
algumas deficiências neste processo que nos impelem a uma reflexão sobre
essa temática.
 Fonte: Shutterstock
Os três enfoques avaliativos na
universidade
O cotidiano nos desafia constantemente no quesito avaliação. A todo
momento somos avaliados e também avaliamos tudo e todos.
Porém, de qual pressuposto partimos ao avaliar
nossos alunos na 
sala de aula universitária?
A forma como uma escola, universidade ou professor desenvolve o processo
didático e o avalia e também a maneira como avalia os resultados de seus
alunos evidencia os conceitos teóricos dos quais partem e que sustentam sua
prática docente. Essas abordagens são: tradicional, comportamentalista,
humanista, cognitivista e sociocultural.
De maneira geral, assim, como o processo de planejamento, as práticas
avaliativas na universidade apresentam três enfoques básicos:
Tradicional
Neste, a avaliação é meramente a transcrição pelo aluno do que foi dito e
ensinado pelo professor e prioriza como ponto fundamental a
memorização distante e abstrata dos conceitos trabalhados em sala de
aula.
Há a aplicação de provas e exames clássicos e os resultados são
conferidos mediante a nota obtida em cada um.
Nessa perspectiva a educação é um produto e a avaliação é um fim em si
mesma, não sendo vista como um meio utilizado pelo professor para que
a aprendizagem ocorra.
Técnico
Está relacionado ao “saber fazer contextualizado”, ou seja, a avaliação
preocupa-se muito com as competências técnicas inerentes ao saber
fazer do estudante e retrata as seguintes propriedades acerca do fazer
docente:
Busca coesão entre o conteúdo e os instrumentos de verificação;
Expressa claramente as expectativas em relação aos alunos
mediante as clássicas indagações que envolvem o espaço de sala de
aula, tais como: qual a matéria da prova? Qual o conteúdo do
concurso?;
As provas refletem exatamente os objetivos do programa;
Não aceita subjetividade nas provas e exames, por isso institui
chaves de correção objetivas;
Elabora enunciados claros e precisos a partir do conteúdo
trabalhado, por isso não dá espaço para questões subjetivas.
Crítico
Adota a contextualização, a complexidade e a subjetividade como itens
importantes no processo avaliativo porque entende que a avaliação é
parte da aprendizagem, sendo uma das maneiras que o professor tem
para auxiliar o aluno na construção de seu conhecimento.
Nessa abordagem, a avaliação não é apenas forma de verificação
conhecimento, mas, ao contrário, é momento de observar os resultados e
apontar possíveis soluções de melhoria e aprimoramento.
Nesse sentido, a avaliação no modelo crítico busca a valorização dos
aspectos qualitativos na interpretação de acertos e erros e distingue
claramente a diferença entre medir e avaliar, valorizando a interpretação
contextualizada dos resultados mediante os conceitos da
interdisciplinaridade e da importância da integração vertical e horizontal
dos conteúdos do ensino.
Veja algumas características desta perspectiva de avaliação.
Atividade
1 - Qual das tendências estudadas acima parece a mais apropriada para
o fazer pedagógico atual em sala de aula? Um bom momento para
refletirmos sobre a nossa prática pedagógica, não é mesmo?
1
Tendências em avaliação
Quando estudamos Didática, Planejamento e Avaliação encontramos um tema
muito conhecido que são as tendências pedagógicas. Essas tendências
também são percebidas no planejamento e na avaliação do professor e da
escola.
 Fonte: Shutterstock
Não é possível separar o planejamento didático da avaliação, uma vez que os
dois se interligam e dependem um do outro. Por isso, as tendências
pedagógicas refletem-se tanto no planejamento quanto na avaliação de um
professor.
As duas grandes vertentes na teoria do ensino são:
Tendência liberal
Agrupa os seguintes modelos: 
• Tradicional; 
• Escola nova; 
• Não diretiva; 
• Tecnicista.
Tendência progressista
Abarca as perspectivas: 
• Libertadora; 
• Libertária; 
• Crítico-social dos conteúdos.

Saiba mais
Antes de continuar, veja uma tabela <galeria/aula8/docs/doc1.pdf>
e entenda mais detalhadamente cada modelo.
Dentro das perspectiva e modelos vistos, vamos nos deter à visão crítica de
avaliação para tratarmos sobre algumas alternativas nesse sentido.
Como temos discutido até aqui, uma prática didático-metodológica alinhada
com as exigências contemporâneas precisa considerar e privilegiar a pesquisa,
a problematização, o debate, a exposição interativa e dialogada, a
experimentação, o trabalho de grupo, a construção de modelos, o estudo do
meio, os seminários, enfim, a participação do aluno no processo de
aprendizagem.
Principalmente a avaliação precisa estar envolvida na ética das relações. O
aluno precisa desenvolver suas competências cognitivas, técnicas e relacionais
a partir de princípios éticos subjacentes ao conteúdo trabalhado pelo
professor.
Avaliação, Competências e Base
Nacional Comum Curricular
A avaliação é um tema muito discutido na Base Nacional Comum Curricular
(BNCC) que foi aprovada em 2017.
A BNCC é um documento que irá nortear tudo o que será
ensinado e avaliado nas escolas de todo o país. Ou seja,
dará as diretrizes gerais para a elaboração do currículo
nas escolas, mas não desconsidera as peculiaridades
metodológicas, sociais e regionais de cada localidade.
Utiliza o conceito de competência para compreender os processos de
ensino e aprendizagem e consequentemente de avaliação e tem como
base legal para essa escolha, no Ensino Fundamental, o artigo abaixo.
Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de
9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6
(seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do
cidadão, mediante:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos
o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; 
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; 
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimentos e habilidades ea formação de atitudes e valores; 
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Percebeu? O conceito de competência está descrito no inciso III
quando descreve conhecimento, habilidade e atitudes pois é a união
desses três conceitos:
01
Saber conceitualmente (qualificação) – conhecimento;
02
Saber fazer (procedimentos que movimentam o conhecimento) – habilidade;
03
Saber agir (capacidade de conviver eticamente) – atitude.
Esse é o conceito adotado pelo mundo do trabalho e pelas avaliações
internacionais da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), que coordena o Programa Internacional de Avaliação de
Alunos (PISA), da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência
e a Cultura (Unesco), que instituiu o Laboratório Latino-americano de
Avaliação da Qualidade da Educação para a América Latina (LLECE).
O que são OCDE e PISA?
Ao escolher essa perspectiva de avaliação, o BNCC indica que o planejamento
pedagógico deve se orientar pelo desenvolvimento de competências e por
meio da indicação clara do que os alunos: 
• Devem “saber” (considerando a constituição de conhecimentos, habilidades,
atitudes e valores); e 
• Devem “saber fazer” (considerando a mobilização desses conhecimentos,
habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida
cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho
A explicitação das competências oferece referências para o fortalecimento de
ações que assegurem as aprendizagens essenciais definidas na BNCC.
Agora, toda a vez que você for planejar uma aula para seus alunos tenha
como base o desenvolvimento de competências estabelecido pela BNCC e
planeje construir e aplicar procedimentos de avaliação formativa de processo
ou de resultado que levem em conta os contextos e as condições de
aprendizagem, tomando esses registros como referência para melhorar o
desempenho de seus alunos e da escola em que você atua ou atuará.

Atenção
Importante frisarmos que a BNCC é uma referência nacional para a
formulação dos currículos dos sistemas e das redes escolares dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios e das propostas
pedagógicas das instituições escolares.
Ela também integra a política nacional da Educação Básica e irá contribuir
para o alinhamento de outras políticas e ações, em âmbito federal,
estadual e municipal, referentes à formação de professores, à avaliação,
à elaboração de conteúdos educacionais e aos critérios para a oferta de
infraestrutura adequada para o pleno desenvolvimento da educação.
Atividade
1 - Planejar no âmbito escolar atualmente requer atualização de
conceitos, conhecimento da legislação educacional e conexão com os
interesses da comunidade escolar. O planejamento educacional é uma
ação de mediação técnica, mas, sobretudo, uma ação política porque:
 a) Exige participação de todos os agentes escolares visando atender
aos objetivos e anseios de uma determinada comunidade escolar.
 b) É um processo gerencial que diz respeito à formulação de objetivos
para a seleção de programas de ação e para sua execução.
 c) Representa uma série de ações e influências exercidas
voluntariamente por um ser humano sobre outra pessoa.
 d) É uma maneira de se manter a unidade dos conteúdos, visando à
formação de turmas homogêneas.
 e) Requer a atualização dos conteúdos programáticos com vistas a
vinculá-los aos processos legais estabelecidos pelo Estado.
2 - O planejamento escolar é um processo de racionalização, organização
e coordenação da ação escolar que: 
 
I – consiste em traçar, conceber e organizar um conjunto de princípios,
diretrizes e ações escolares; 
II – antecipa ações por meio de planos educacionais; 
III - viabiliza o controle e a burocratização das ações no âmbito escolar. 
 
Após analisar as afirmativas acima, assinale a única alternativa que
contém somente afirmações corretas sobre o atual processo do
planejamento escolar:
 a) Estão corretas as afirmativas I e II.
 b) Estão corretas as afirmativas I, II e III.
 c) Estão corretas as afirmativas I e III.
 d) Somente a alternativa I está correta.
 e) Somente a alternativa II está correta.
3 - O Planejamento dos Sistemas e Redes de Ensino diz respeito:
 a) Ao processo de tomada de decisões sobre a dinâmica da ação
escolar.
 b) Às ações do Estado na política educacional do país.
 c) À apresentação sistematizada e justificada das tomadas de decisão
na escola.
 d) Ao instrumento teórico-prático que visa enfrentar os desafios da
atualidade.
 e) À metodologia de trabalho que possibilita ressignificar a ação de
todos os agentes da escola.
Notas
Algumas características 
• Tenta buscar alternativas para discutir avaliação com transparência; 
• Utiliza a função formativa da avaliação com a finalidade de orientar o aluno a
superar os desafios do processo de aprendizagem e levá-lo a autoavaliação; 
• Negocia critérios avaliativos com os alunos com o objetivo de diversificar as formas
de avaliação e considerar os vários saberes e competências; 
• Inclui a avaliação na prática educativa e a entende como meio didático para
contribuir para autonomia intelectual do estudante na solução de problemas; 
• Considera a subjetividade humana como item relevante mesmo sabendo dos riscos
inerentes a eles.
Referências
GANDIN, D. Prática do planejamento participativo: na educação e em outras
instituições, grupos e movimentos dos campos cultural, social, político, religioso e
governamental. Petrópolis: Vozes, 2010.
1
KOFF, A. M. N. S. e. Trabalhando com projetos: um caminho possível para
reinventar a escola. Revista NovAmérica, n. 129, jan./mar. 2011.
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 2001.
PADILHA, P. R. Planejamento dialógico: como construir o Projeto Político-
Pedagógico da escola. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2001.
SANTOS, A. L. C.; GRUMBACH, G. M. Didática. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ,
2005. v. 2.
VASCONCELLOS, C. dos S. Planejamento – projeto de ensino-aprendizagem e
Projeto Político-Pedagógico. 13. ed. São Paulo: Libertad, 2011.
Próximos Passos
Alguns instrumentos de avaliação e as políticas avaliativas utilizadas no Brasil
(SINAES, SAEB, Prova Brasil, ENEM, ENADE);
Reflexão sobre a seleção, a organização e a elaboração desses instrumentos;
A escolha de cada instrumento, que está diretamente relacionada à concepção
de Educação que o professor tem, à natureza do componente curricular e aos
métodos e procedimentos utilizados durante as aulas.
Explore mais
Visite a página do FNDE e saiba mais sobre Plano de Desenvolvimento da Escola
<ftp://ftp.fnde.gov.br/web/fundescola/publicacoes_manuais_tecnicos/pde
_escola.pdf> ;
Conheça o Plano Nacional de Educação
<http://www.observatoriodopne.org.br/uploads/reference/file/439/docu
mento-referencia.pdf> ;
Assista ao vídeo “Debate: Entenda as metas do Plano Nacional da Educação
<https://www.youtube.com/watch?v=Zxqp9Ix9Xh8> ”;
Leia o artigo “Avaliação na perspectiva histórico-crítica
<http://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/4557_2608.pdf> ”, de João Luiz
Gasparin e amplie seus conhecimentos acerca da avaliação crítica.
Assista ao vídeo “O que é avaliação?
<http://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=4589> ”.
Para aprofundarmos mais um pouco nossa reflexão sobre a avaliação, assista
<http://www.youtube.com/watch?v=AcZEWkA8--E> a uma palestra de José
Carlos Libâneo, professor da área de Didática e pesquisador no meio educacional,
conhecido pelas profundas contribuições teóricas na área de prática de ensino e sobre
sua perspectiva crítico-social dos conteúdos.

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