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Avaliação inicial do indivíduo vitima de trauma Prof. MsN. Rafael Lima Rodrigues de Carvalho Epidemiologia do trauma EUA: Lesões traumáticas: 180.811 mil mortes em 2010 – Terceira causa de morte nos EUA (NIT, 2013) Colisões automobilísticas: 37 mil mortes em 2008. Lesões por arma de fogo: 31 mil mortes em 2006. (PHTLS, 2011) Brasil Causas externas: 152.013 mil mortes em 2012 – Terceira causa de morte no Brasil Colisões automobilísticas: 46 mil mortes em 2012. Agressão: 53 mil mortes em 2012. (DATASUS) Definição O que é trauma? “ O trauma é um evento nocivo que advém da liberação de formas específicas de energia ou de barreiras físicas ao fluxo normal de energia.” (MARTINEZ, 1990) Ou seja: Transferência de energia Fases do trauma Pré-evento: Fatores que contribuíram para a ocorrência do evento (Podem durar segundos ou anos) Ex: Falta de sono do motorista; Manutenção dos equipamentos do carro; alcoolismo; estresse; doença coronariana. Evento: Momento da troca da energia – quando ocorre o trauma (Dura poucos segundos normalmente) Ex: Batida do carro; impacto da bala contra o corpo; momento da queda. Pós-evento: Consequências do trauma (pode durar segundos ou o resto da vida) Quebra de ossos; rompimento de artérias; luxação de articulações; infarto. (PHTLS, 2011) Tipos de trauma Trauma perfurante: Ocorre cavitação temporária e permanente. Trauma contuso Ocorre cavitação temporária. (PHTLS, 2011) LEMBREM-SE Sempre chamem ajuda!!!! Assistência ao paciente Quando atender a uma vítima de trauma o que fazer? Avalie a cena! O local é seguro? Existe algum risco para mim ou para a vítima? Salve-se antes de salvar uma vida!!!!!! Avalie as vítimas! Quantas vítimas são? É um desastre múltiplo? Avalie as vítimas individualmente! Qual tem mais risco de morte? Qual tem um maior risco de lesão? Ou seja, o mais grave será o primeiro! Avaliação do paciente Avaliação inicial - Geral: Ver; ouvir; sentir!!!! Paciente está consciente? “O que aconteceu?” Paciente está orientado? “Resposta é condizente?” Paciente respira? “Existe elevação do toráx?” Como está a frequência cardíaca? “Pulso carotídeo ou radial” Atendimento do paciente A – Atendimento da via aérea e controle da coluna cervical B – Ventilação C – Circulação: Hemorragia e perfusão D – Disfunção neurológica E – Exposição e ambiente A – Atendimento da via aérea e controle da coluna cervical Checar via aérea: Via aérea aberta e limpa? Manter via aérea aberta manualmente! Controle da coluna cervical Sempre suspeitar de lesão na coluna cervical! Manter pescoço na posição neutra! Evitar movimentos desnecessários da coluna! B – Ventilação Necessário manter aporte de oxigênio para manutenção do metabolismo. Verifique se o paciente está ventilando. Se possível, forneça ventilação assistida com oxigênio. Mantenha a via aérea permeável! A frequência respiratória indica o estado do paciente! Lenta: <12; Normal: 12 a 20; Muito rápida: 20 a 30. C – Circulação Controle da hemorragia: Paciente tem alguma hemorragia externa visível? Se sim: Aplicar pressão no local com gase ou compressa! Se possível e o socorrista tiver ciência o uso de torniquete para controle de hemorragias graves é indicado. Perfusão Avaliar pulso: Presença de pulso periférico? Pulso rápido? Pulso cheio? Pulso lento? Avaliar pele: Cor arroxeada em extremidades? Temperatura da pele? Fria? Pele seca? D – Disfunção neurológica Avaliar estado neurológico: E – Exposição e Ambiente Necessário expor paciente para buscar qualquer tipo de lesão. Após avaliação completa, cobrir paciente, mantendo temperatura corporal! Paciente trauma X Não Trauma Maior risco potencial por obstrução respiratória. Normalmente o trauma não acontece devido a PCR, mas a PCR devido a trauma. Deve-se evitar a PCR a todo custo, ou seja, avaliação de sangramentos e tratamento dos mesmos, visando impedir um estado de choque é essencial. Por isso siga ABCDE Normalmente entra em PCR devido a problemas cardíacos. A RCP é essencial para manter a circulação desse paciente e aumentar a carga de sobrevida do mesmo. Por isso siga o CAB Transporte do paciente Sempre buscar transporte do paciente para serviço adequado. Quanto menor o tempo entre o trauma e a chegada ao hospital maiores as chances de sobrevida. Realizar transporte com segurança para o paciente Transporte do paciente Transporte com um ou dois socorristas, sem suspeita de trauma cervical: Quando? Paciente em local de risco para ele, necessidade de remoção rápida do local, ausência de prancha! Lembre-se de sempre suspeitar de lesão cervical!!!!! Transporte do paciente Transporte padrão: Importante manter coluna sempre ereta. Usar colar cervical. Usar prancha. Movimento em bloco.
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