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GE Auditoria de gestao integrada 01(1)

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Auditoria de Sistemas de 
Gestão Integrada
UNIDADE 1
1
UNIDADE 1- Tipos de Auditoria
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Olá, caros alunos.
Tudo bem?
Daremos início agora a esta disciplina, onde estou extremamente feliz em poder participar desta primei-
ra fase da sua formação. 
Iremos estudar Auditoria de Sistema de Gestão Integrada, sendo sua participação fundamental nesse 
processo. 
E como uma boa amante da Gestão da Qualidade, além de lecionar, trabalho na área com consultorias e 
auditorias do sistema de Gestão. Além disso, a prática de acompanhamento em processos de implanta-
ção do Sistema de Gestão da Qualidade e o acompanhamento de auditorias internas e externas tornam 
essa disciplina uma deliciosa tarefa de compartilhar experiências práticas e de partilhar da formação de 
gestores. Dessa forma, acredito que posso contribuir bastante na sua jornada estudantil e, especialmen-
te, profissional.
Este material servirá como um guia para nossa disciplina, sem pretensão de esgotar o assunto, apenas 
como um indicativo de estudos para o nosso conteúdo. Como referência para o estudo da disciplina, 
usaremos as normas: NBR ISO9001: 2008-Sistemas de Gestão da Qualidade- Requisitos, NBR ISO9000: 
2005-Sistemas de Gestão da Qualidade – Fundamentos e vocabulários e a NBR ISO19011-2012 – Diretri-
zes para Auditorias de Sistemas de Gestão. Além disso, usaremos estudos de casos práticos, exercícios 
e leituras indicativas.
Certamente, dedicando um tempo para a leitura e seguindo as instruções, você terá domínio dos princi-
pais conceitos de Auditoria e de sua importância para as organizações.
Este guia deve servir para direcionar seus estudos. Além dele você terá o livro texto da disciplina e deve 
complementar seus estudos com as sugestões de leituras que serão apresentadas durante a disciplina, 
inclusive podendo desfrutar da extensa biblioteca virtual. Não deixe de assistir aos vídeos sugeridos no 
guia, eles facilitam o entendimento prático de vários conceitos. 
Vamos começar? 
Bom estudo!
2
SUMÁRIO
MELHORIA CONTÍNUA
6
SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
8
CERTIFICAÇÃO
9
AUDITORIA
10
OBJETIVOS DA AUDITORIA 
10
PROGRAMAS DA AUDITORIA
11
3
UNIDADE 1: TIPOS DE AUDITORIA
O lá! Estão preparados para começarmos nossos estudos? 
Antes de entrarmos em tipos de auditoria, vamos fazer um passeio por alguns conceitos importantes, 
eles darão base para nossa disciplina, certo?
Vamos começar pensando no cenário em que vivemos atualmente:
- Clientes mais exigentes!
Claro que nos incluímos não é? Entendemos mais dos nossos direitos legais e damos muito mais valor 
ao nosso suado dinheirinho, por isso, exigimos mais. Perceba que não estou falando que reclamamos 
mais, ok? 
Afinal, poucas são as pessoas que possuem o hábito de reclamar. Muitas vezes engolimos o atendimen-
to ruim somente para não estragarmos o nosso dia. Enfim, estamos mais exigentes quanto ao produto. 
- A livre concorrência em um mundo globalizado intensifica a necessidade da
Qualidade.
O fenômeno da globalização já não é mais tão novo, porém, a era da informação intensificou absurda-
mente essa livre concorrência. Hoje podemos, através dos sites de compras, adquirir produtos de qual-
quer local do mundo com apenas um clique. Ou seja, na prática o comerciante que fica localizado perto 
de você, concorre não, apenas, com os que estão na região, mas com outros situados em vários locais 
espalhados pelo mundo. Dessa forma, a necessidade de qualidade aumentou significativamente.
Se você se interessar mais sobre o fenômeno de globalização visite este site: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Globaliza%C3%A7%C3%A3o
Continuando, o cliente de hoje procura mais velocidade no atendimento, afinal, ninguém quer mais per-
der tempo com nada. Vivemos na correria, queremos tudo o mais rápido possível com um preço bom e 
com qualidade. Não é verdade? Mas afinal o que é Qualidade?
A resposta é: Depende! Depende de quê? De quem está julgando, da situação, dos critérios que são 
utilizados e das experiências e expectativas a serem satisfeitas. 
De uma forma geral, muita gente associa qualidade ao preço do produto, mas isso é um mito. Na ver-
dade, a qualidade é um conceito bastante subjetivo e relativo. Atender às expectativas do cliente é ter 
qualidade, de uma forma bem simples. 
4
ISO9000:2005 
Essa norma apresenta mais de 80 palavras definidas, ou seja, traz a definição/ significado técnico de 
palavras que são utilizadas no processo de gestão e também na nossa rotina. Vejamos algumas delas:
§	Qualidade: grau em que um conjunto de características inerentes satisfaz a requisitos.
§	Requisito: necessidade ou expectativa que é expressa, geralmente, de forma implícita ou obrigatória.
§	Satisfação do Cliente: percepção do cliente do grau no qual os seus requisitos foram atendidos.
§	Planejamento da Qualidade: parte da gestão da qualidade focada no estabelecimento dos objeti-
vos da qualidade e que especifica os recursos e processos operacionais necessários para atender a 
estes objetivos.
§	Sistema: conjunto de elementos interrelacionados ou interativos.
§	Sistema de Gestão: sistema para estabelecer política e objetivos e para atingir estes objetivos.
§	Sistema de Gestão da Qualidade: sistema de gestão para dirigir e controlar uma organização no 
que diz respeito à qualidade.
§	Objetivo da Qualidade: aquilo que é buscado ou almejado, no que diz respeito à qualidade.
§	Melhoria da Qualidade: parte da gestão da qualidade focada no aumento da capacidade de atender 
os requisitos da qualidade.
§	Melhoria Contínua: atividade recorrente para aumentar a capacidade de atender requisitos.
§	Eficácia: Extensão na qual as atividades planejadas são realizadas e os resultados planejados, al-
cançados.
§	Eficiência: Relação entre o resultado alcançado e os recursos usados.
§	Organização: Grupo de instalações e pessoas com um conjunto de responsabilidades, autoridades e 
relações.
§	Infraestrutura: Sistema de instalações, equipamentos e serviços necessários para a operação de 
uma organização.
§	Ambiente de Trabalho: Conjunto de condições sob as quais um trabalho é realizado.
§	Cliente: Organização ou pessoa que recebe um produto.
§	Fornecedor: organização ou pessoa que fornece um produto.
§	Processo: conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que transformam insumos (entra-
das) em produtos (saídas).
§	Produto: Resultado de um processo.
§	Projeto e Desenvolvimento: Conjunto de processos que transformam requisitos em características 
especificadas ou na especificação de um produto, processo ou sistema.
§	Procedimento: Forma especificada de executar uma atividade ou um processo.
§	Rastreabilidade: capacidade de recuperar o histórico, a aplicação ou a localização daquilo que está 
sendo considerado.
§	Não conformidade: Não atendimento a um requisito.
§	Defeito: Não atendimento a um requisito relacionado a um uso pretendido ou especificado.
§	Ação preventiva: Ação para eliminar a causa de uma potencial não conformidade ou outra situação 
potencialmente indesejável.
§	Ação corretiva: Ação para eliminar a causa de uma não conformidade identificada ou outra situação 
indesejada.
5
§	Correção: Ação para eliminar uma não conformidade identificada.
§	Retrabalho: Ação sobre um produto não conforme, a fim de torná-lo conforme aos requisitos.
§	Reparo: ação sobre um produto não conforme, a fim de torná-lo aceitável para o uso pretendido.
§	Concessão: permissão para usar ou liberar um produto que não atende a requisitos especificados.
§	Permissão de desvio: permissão para desviar-se dos requisitos originalmente especificados de um 
produto antes da sua realização.
§	Informação: dados significativos.
§	Documento: informação e o meio no qual ela está contida.
§	Especificação: documento que estabelece requisitos.
§	Manual da Qualidade: documento queespecifica o sistema de gestão da qualidade de uma organi-
zação.
§	Plano da Qualidade: documento que especifica quais os procedimentos e recursos associados de-
vem ser aplicados, por quem e quando, a um empreendimento, produto, processo ou contrato especí-
ficos.
§	Registro: Documento que apresenta resultados obtidos ou fornece evidências de atividades realiza-
das.
§	Evidência objetiva: dados que apóiam a existência ou a verdade de alguma coisa.
§	Análise crítica: atividade realizada para determinar a pertinência, a adequação e a eficácia do que 
está sendo examinado, para alcançar os objetivos estabelecidos.
§	Verificação: comprovação, através de fornecimento de evidência objetiva, de que os requisitos espe-
cificados foram atendidos.
§	Validação: comprovação, através do fornecimento de evidência objetiva, de que os requisitos para 
uma aplicação ou uso específicos pretendidos foram atendidos.
§	Processo de qualificação: processo para demonstrar a capacidade de atender a requisitos especi-
ficados.
§	Auditoria: processo sistemático, documentado e independente, para obter evidência da auditoria e 
avaliá-la objetivamente para determinar a extensão na qual os critérios de auditoria são atendidos.
§	Evidência da auditoria: registros, apresentações de fatos ou outras informações, pertinentes aos 
critérios de auditoria e verificáveis.
§	Competência: atributos pessoais e capacidade demonstrada para aplicar conhecimento e habilida-
des.
§	Auditor: pessoa com atributos pessoais demonstrados e competência para conduzir uma auditoria.
§	Auditado: organização que está sendo auditada.
§	Processo de medição: Conjunto de operações para determinar o valor de uma grandeza.
§	Comprovação metrológica: Conjunto de operações necessárias para assegurar que um equipamen-
to de medição atende aos requisitos para seu uso pretendido.
§	Sistema de gestão de medição: Conjunto de elementos, inter-relacionados ou interativos, necessá-
rios para alcançar a comprovação metrológica e controle contínuo dos processos de medição.
Pronto! Toda vez que for falado em um determinado termo e houver dúvidas, basta consultar sua defini-
ção dada na norma. Significa que não há questão de interpretação ou subjetividade, devemos seguir o 
que diz a norma, tudo bem? Ótimo.
6
É fato que para adotar um sistema de gestão é preciso ter o apoio da alta direção, ou seja, precisa ser 
uma decisão estratégica. Sabe por quê? A implantação exigirá investimento de tempo e dinheiro e 
também dependerá: 
a) do ambiente organizacional – mudanças e riscos associados;
b) das necessidades da organização;
c) dos objetivos particulares de cada organização;
d) produtos e processos;
e) porte e estrutura organizacional.
Afinal, a norma não faz imposição de uniformidade de estrutura e nem de documentação, cada empresa 
elabora a sua estrutura obedecendo aos critérios mínimos. 
MELHORIA CONTÍNUA
Costumo dizer que a melhoria contínua é o pilar da gestão da Qualidade. Já que estamos buscando o 
tempo todo a melhoria, o tempo todo precisamos buscar fazer melhor, buscar corrigir as falhas e ampliar 
os nossos pontos positivos. Melhorar continuamente é uma meta das organizações que possuem a cul-
tura de Gestão da Qualidade e deveria ser também uma meta nas nossas vidas pessoais. 
Esse é um princípio que chamaria de fundamento básico. Repito: As pessoas e as organizações devem 
buscar melhorar continuamente o seu desempenho. Isso significa que devemos estar sempre nos melho-
rando, procurando sempre ser melhor. A máxima é: nada é tão bom que não possa ser melhorado. 
Vamos conhecer o ciclo da melhoria contínua, ciclo PDCA ou ciclo de Deming, mostrado na figura abai-
xo. 
- http://www1.tce.pr.gov.br/conteudo/ciclo-pdca/235505/area/46
Esse ciclo é uma ferramenta da Gestão da Qualidade, mas também é uma ferramenta gerencial. E sabe 
o melhor? Ele pode ser usado também na nossa vida pessoal.
7
Veja: Nós planejamos, executamos aquilo que planejamos, verificamos se o que executamos foi da for-
ma que planejamos e fazemos as correções ou melhorias para a próxima vez. Vou explicar de uma forma 
mais prática, da nossa rotina: 
Você planeja o seu dia de amanhã (define a que horas irá acordar; para onde vai; o tipo de transporte – 
ônibus, carro, metrô-; o roteiro que fará; aonde vai almoçar/jantar; etc), então você fez o P do PDCA;
Chegou o momento de acordar! O celular começa a despertar e você aperta na função soneca, toca 
novamente e você aperta novamente. Enfim pula da cama, toma banho (espero que sim); toma café – ou 
não-; troca de roupa e sai correndo apressado. Pronto! Você encontra-se dentro do D do PDCA, ou seja, 
você executa seus planos neste momento;
Quando você entra na sala de reunião seu chefe te observa da cabeça aos pés, você percebe que há 
algo de errado e ao olhar para o relógio desconfia que ele te espera há mais de meia hora. Alguma coisa 
não saiu como planejado. Neste caso o C do PDCA, o check, é o momento que você verifica se o que 
você planejou foi executado da forma que você gostaria;
Então, imediatamente você ajusta seu despertador para 30 minutos antes do normal, assim você tenta 
garantir que não irá mais se atrasar, ou seja, você corrige o seu planejamento. Tanto as coisas boas 
como as experiências ruins ficam no A do PDCA. É quanto você refina seu planejamento, ou melhor, você 
utiliza a experiência anterior para corrigir ou melhorar o seu planejamento. 
Não é simples? É! Todos nós rodamos o PDCA o tempo todo, em várias coisas das nossas vidas pessoais 
(festas e viagens, por exemplo). É uma ferramenta fantástica que pode e deve ser incorporada na nossa 
rotina. Imagina se as empresas ficariam fora disso? Claro que não! 
Na Gestão da Qualidade tem autores que já falam em PDCL, a substituição do L pelo A foi motivada pelo 
L do inglês “learn”, significando aprendizado. Na prática é a parte do ciclo que usamos o que aprende-
mos e fazemos isso rotineiramente. Na linguagem popular as pessoas dizem que aprendemos com os 
erros, na Qualidade aprendemos também com os acertos.
É fundamental entendermos os oito princípios da Gestão da Qualidade listados na ISO9000. São os 
pilares da Gestão:
1. Foco no Cliente 
Que trata da importância da organização olhar para seus clientes, atender seus requisitos e buscar 
incessantemente ultrapassar suas expectativas.
2. Liderança 
A liderança é um aspecto tão importante que nossa unidade 4 é bem dedicada ao assunto. No caso 
do princípio da Liderança, a ideia é que são os líderes os responsáveis pelo estabelecimento do 
rumo da organização, eles possuem ainda o papel de conduzir a equipe neste propósito.
8
3. Envolvimento das pessoas
 
Não se pode falar em Gestão da Qualidade sem pensar no envolvimento das pessoas da organi-
zação. Quando as pessoas estão envolvidas a Qualidade torna-se um elemento cultural, trazendo 
benefícios imensuráveis para as empresas. 
4. Abordagem de processos 
A Gestão da Qualidade não trabalha com departamentos e sim com a ideia de processos, afinal, 
nem sempre um processo começa e termina em um determinado departamento. 
5. Abordagem sistêmica para gestão 
A organização é um sistema que é composto de diversas partes e elas são interrelacionadas. Por 
isso, a ideia de olhar o todo cuidando de suas partes que são interdependentes. 
6. Melhoria Contínua
Falamos dele quase agora, lembra? O princípio que considero um fundamento básico. As pessoas 
e as organizações devem buscar melhorar continuamente o seu desempenho. Lembra da máxima? 
Nada é tão bom que não possa ser melhorado. 
7. Abordagem factual (com base em dados) para a tomada de decisão 
Gestão da Qualidade prega a racionalidade, ou seja, nada deve ser feito por “achismo”. Todo pro-
cesso decisório deve considerar dados, por isso, é preciso trabalhar indicadores. A ideia é que a 
gestão só pode acontecer naquiloque pode ser mensurado.
8. Relações de fornecimento mutuamente proveitosas 
Trabalhamos com uma ideia de ganha-ganha, ou seja, fornecedores e clientes precisam trabalhar 
em parceria de forma que ambos ganhem, ou seja, as relações precisam ser proveitosas para am-
bos, não apenas para uma das partes. 
Ok? Vamos seguir!
Ø	SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
Você vai encontrar em muitos lugares a sigla desse sistema, então vamos começar a usá-la: SGQ. Quan-
do uma organização resolve utilizar o SGQ ela está inserindo na sua rotina a cultura de Gestão da Quali-
dade, entre elas a busca pela melhoria contínua e todos os outros princípios que estudamos.
9
Bom! Então esse sistema é o conjunto de subsistemas que estão envolvidos na busca pela Qualidade 
olhando para os objetivos da organização.
Na prática esse sistema tomou proporções mundiais após a globalização. A ISO (International Organiza-
tion for Standardization, fundada na Suíça) é uma entidade que reúne órgãos de padronização de deze-
nas de países no mundo, no caso do Brasil a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Aí você pode perguntar: Sim e o que faz a ISO? O principal papel é aprovar normas técnicas que tratam 
de objetivos econômicos, relativos à comunicação, à segurança e à regulamentação, que servem de 
base para todos os países membros. A primeira revisão aconteceu em 1994, depois em 2000, 2008 e a 
nova versão em 2015.
Dentro da série da ISO9000, a 9001 é aplicável a qualquer organização, de qualquer ramo e porte. Sabe-
-se de bancas de revistas a grandes indústrias que a utilizam. 
Ø	CERTIFICAÇÃO
- Normas de sistema da Qualidade
Antes de falar em certificação é importante falar um pouco sobre as normas, já que a série ISO9000 é 
a mais conhecida, porém, não é a única que existe. Há outras normas e, de forma geral, as normas de 
sistema da Qualidade podem ser classificadas da seguinte forma:
a) Normas de sistema da qualidade relativas ao produto
Elas dispõem requisitos para sistemas da qualidade relevantes para produtos específicos. Um exemplo é 
a NBR ISO/IEC 9126 com foco na qualidade do produto de software.
b) Normas de sistema da qualidade relativas à indústria
Essas fornecem modelos para a garantia da qualidade em indústrias específicas. Exemplos: A ISO-
TS16949 – indústria automobilística com requisitos de sistema da qualidade para serem aplicados na 
indústria automotiva.
c) Normas de sistemas da qualidade genéricas
Aqui temos a série ISO9000 de normas e várias normas internacionais derivadas dela, que são normas 
genéricas de sistema da qualidade. Ou seja, elas podem ser aplicadas a qualquer organização, indepen-
dentemente da natureza dos produtos.
Sugiro que você faça a seguinte leitura complementar: 
http://www.sadycarnot.com.br/site/index.php?
Bem, antes de continuarmos falando em certificação, precisamos entender Auditoria. Então, vamos falar 
sobre auditoria, ok? 
10
AUDITORIA
A Gestão da Qualidade é uma área apaixonante, desde que utilizada como ferramenta, ou seja, como 
meio para melhorar os processos em busca da excelência. Sendo distorcida quando utilizada como um 
modelo paralelo, “apenas” para fins de certificação, isto é, sistemas para apresentar nas auditorias e não 
para uso diário.
Qualidade de forma ampla, como sabemos, é satisfazer as expectativas dos clientes. 
Particularmente, considero Qualidade um exercício diário, um exercício rotineiro em busca da melhoria 
contínua. E essa busca é norteada, mesmo que inconscientemente, por uma figura velha conhecida do 
nosso cotidiano e de matérias correlatas: O PDCA, ou, o ciclo de Deming, que estudamos no começo da 
unidade.
Não podemos deixar de relacionar o PDCA com o Modelo de Excelência de Gestão da Fundação Nacio-
nal da Qualidade, estudados na unidade anterior. Por isso, aproveite para fazer uma leitura complemen-
tar no site da FNQ.http://fnq.micropower.com.br//Performa/Custom/FNQ/.
Vamos detalhar mais sobre a Auditoria da Qualidade, sendo importante você perceber que o entendi-
mento da norma, que será usada na auditoria, é fundamental para o sucesso da mesma.
O que é a Auditoria da Qualidade
A ISO9000: 2005 define uma auditoria como: “um processo sistemático, independente e documentado 
para se obter evidência e avaliá-la objetivamente visando determinar a extensão na qual os critérios de 
auditoria são atendidos.”
O objetivo da auditoria da qualidade é avaliar a adequação e eficácia das disposições planejadas da 
qualidade pela coleta e uso de evidência objetiva, identificar e registrar as instâncias de não conformi-
dade com os arranjos e disposições da qualidade e indicar, quando possível, as razões.
Auditoria é um exercício de coleta de informações, que possibilitará que necessidades de melhoria ou 
de ações corretivas sejam identificadas. A informação buscada é a evidência objetiva da conformidade, 
e não de não conformidades. Por isso, nesse processo é fundamental que as informações coletadas se-
jam exatas e reais.
OBJETIVOS DA AUDITORIA
As auditorias são realizadas, normalmente, por um ou mais dos seguintes objetivos:
 - Determinar a conformidade do sistema da qualidade com os requisitos especificados;
- Determinar a eficácia do sistema em atender aos objetivos;
- Identificar o potencial de melhoria do sistema da qualidade;
- Atender aos requisitos regulamentares;
- Para fins de certificação do sistema da qualidade.
11
E ainda por um ou mais das seguintes razões:
- Avaliação inicial de um novo fornecedor potencial;
- Parte de uma análise crítica regular dos fornecedores sob acordo contratual, para averiguar que seus 
sistemas da qualidade continuam a atender aos requisitos;
- Verificar se o próprio sistema da qualidade da organização continua em conformidade com os requisi-
tos especificados;
- Avaliar o próprio sistema da qualidade de uma organização frente aos requisitos de uma norma de 
sistema da qualidade.
As auditorias podem fazer parte de um programa periódico regular de auditorias ou pode ser uma ação 
extraordinária por significativas mudanças no sistema, no volume ou qualquer outra circunstância que 
sejam indicativos de uma necessidade de auditoria.
Normalmente são realizadas para:
- Proporcionar confiança aos clientes;
- Dar confiança à alta administração de que as coisas realmente acontecem como planejadas;
- Detectar e observar problemas operacionais;
- Responder informações para as ações corretivas e melhorias.
Partes envolvidas
São partes envolvidas em uma auditoria:
- O cliente da auditoria: Aquele que define os objetivos da auditoria, o escopo e o critério;
- O auditado: Aquele que provê o acesso, data e informações relevantes;
- O gerente do programa de auditoria – Define procedimentos de auditoria e equipe de auditores;
- A equipe de auditores- Líder da equipe, auditores, especialistas e auditores em treinamento.
PROGRAMAS DA AUDITORIA
A NBR ISO19011: 2002 dispõem as generalidades; os objetivos e abrangências; as responsabilidades, 
recursos e procedimentos; implementação; registros e por fim o monitoramento e análise crítica dos 
programas de auditoria. 
“Um programa de auditoria pode incluir uma ou mais auditorias, dependendo do tama-
nho, natureza e complexidade da organização a ser auditada. Estas auditorias podem 
ter uma variedade de objetivos e também podem incluir auditorias combinadas ou 
auditorias em conjunto. Um programa de auditoria também inclui todas as atividades 
necessárias para planejar e organizar os tipos e números de auditorias e para fornecer 
os recursos para conduzi-las eficaz e eficientemente dentro do período de tempo es-
pecificado.” 
12
fonte: www.qsp.org.br/biblioteca/pdf/previewnbriso_19011.pdf
Uma organização pode estabelecer mais de um programa de auditoria.
“Convém que a Alta Direção da organização conceda a autoridade para gerenciar o 
programa de auditoria...”fonte: www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?down=00090413
Vamos falar agora sobre a classificação da auditoria e os seus tipos.
A classificação das auditorias é baseada em quem está auditando quem, para que fim e por qual razão. 
Vejamos:
Tipos de auditoria
1. Auditoria de primeira parte
Realizada por uma organização sobre si mesma. 
2. Auditoria de segunda parte
Conduzidas por uma organização sobre outra para os fins e objetivos daquela que a realiza. Aqui 
estão inclusas as auditorias realizadas por clientes em seus atuais ou potenciais fornecedores.
3. Auditoria de terceira parte
Realizadas por uma terceira parte independente que não tem interesse direto nos resultados das 
auditorias. Aqui estão as auditorias de certificação (registro) e as dos prêmios de qualidade. 
Você pode estar perguntando: E a auditoria integrada? Qual a diferença? 
Não há diferença nas técnicas e conceitos da auditoria, o grande diferencial entre auditar o SGQ e au-
ditar o SGI é que nesse último estaremos auditando mais de uma norma. Geralmente a ISO9001: 2008 
(Qualidade), a 14001/2004 (ambiental) e a OHSAS 18004 (Sistema de Gestão de saúde e segurança ocu-
pacional). Porém, todas as técnicas e princípios seguirão intactos.
 
A complexidade, as extensões da documentação e dos recursos dependem do escopo que a organização 
definir, além do porte e da natureza das atividades organizacionais.
De uma forma bem prática, em vez de o auditor preparar um check list com base em uma norma, ele 
precisará preparar com base nas três normas de referência. Mas fique tranquilo que ainda falaremos 
bastante sobre isso, nas próximas unidades entenderemos melhor o conteúdo destas normas.
Agora, complemente seus estudos lendo os capítulos um, três, quatro e sete do livro Gestão da Qualidade 
na sua biblioteca virtual. E não deixe de fazer os exercícios, ok?
Espero você na próxima unidade. Até lá!
13
FINALIZAÇÃO 
Pronto! Chegamos ao final da nossa unidade da disciplina de Auditoria de Sistema de Gestão Integrada.
Estudamos nessa unidade os tipos de auditoria, aproveitamos para entender alguns conceitos importan-
tes que serão fundamentais para o andamento da nossa disciplina. 
Depois que você fez a leitura de todo o material no guia de estudo, links sugeridos, livro texto e leitura 
complementar (disponível na Biblioteca Virtual), não se esqueça de fazer as atividades disponíveis no 
ambiente virtual, afinal é muito importante fazer os exercícios para consolidar o aprendizado. Caso você 
tenha alguma dúvida, não deixe de entrar em contato com os tutores. 
Sucesso!

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