Buscar

AULA 10

Prévia do material em texto

AULA 10 – O PROCESSO DE INCLUSÃO SOCIAL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS
Falando de deficiência
Falar da deficiência no Brasil é buscar em nossa memória as várias intercorrências que por ventura levaram às várias agressões que chegaram até a morte.
Vamos lembrar a mancha das guerras, da desnutrição, da falta de educação, das dificuldades em implantar serviços dignos de atenção primária, visando à prevenção de ocorrências.
Lembraremos ainda a atenção secundária no atendimento propriamente dito, e a terciária, quando tudo parece mais difícil.
Políticas públicas
Percebe-se uma relação de “culpa” entre o opressor e o oprimido. A história continua, mas não falamos mais da frente de batalha. 
Referimo-nos a outras batalhas, muito duras, que geram caos bem maiores e intermitentes. Estas são veladas e, por isso, muito perigosas. Veja um exemplo dessa política pública falha, da qual estamos falando.
São políticas públicas nas diversas áreas da sociedade, que deveriam ser aplicadas a toda e qualquer pessoa.
Vivemos em uma sociedade desde sempre excludente. 
Foram criados métodos avaliativos e normativos, com o objetivo de tecer parâmetros de tratamento, porém na verdade o desejo implícito era a exclusão.
FATOS HISTÓRICOS RELACIONADOS À DEFICIÊNCIA
1881 - Em 1881, discute-se na Suíça que a criança deficiente não deveria ser excluída da escola;
1945 - É criada a Sociedade Pestalozzi no Brasil, além da APAE e da ABBR no Rio de Janeiro;
Década de 50 - Aumento de entidades assistenciais;
Década de 60 - Surgimento da reabilitação no Brasil, com uma visão integradora;
1994 - Declaração de Salamanca.
Sobre a nomenclatura
Luiz Alberto David Araujo, no livro A proteção constitucional das pessoas portadoras de deficiência, afirma sobre a denominação:
Excepcional: termo utilizado na Emenda Constitucional de 1969. Tem o conteúdo restritivo, posto que não se apresenta adequado para designar determinadas pessoas portadoras de deficiência;
Deficiente: esta designação fica ligada à ideia da própria deficiência, sem considerar a pessoa;
Pessoa portadora de deficiência: atualmente a expressão mais aceita, pois centra a questão na pessoa, e não na deficiência.
Percebe-se que ainda há uma tentativa de buscar uma nomenclatura que não seja reducionista. 
Porém, o que define a pessoa portadora de deficiência não é a dificuldade mental ou a falta de um membro do corpo, mas sim a dificuldade de relacionar-se na sociedade.
Segundo o consultor da ONU Romeu Sassaki, o termo mais apropriado ao tema é: pessoas com deficiência pois este termo não camufla a deficiência, apresenta dignidade ao tema, mostra a realidade, valoriza as diferenças e as necessidades da deficiência. Estas são discussões mais atuais.
Mudança de paradigmas
Percebe-se que, para falar de inclusão, precisamos falar de mudança de paradigmas, mudanças estas da vida individual de cada pessoa que não consegue tratar o deficiente como igual.
O pensamento tradicional incute uma ideia de cura e de doença. 
Com este pensamento, muitas instituições de reabilitação cresceram apenas no quantitativo de sua clientela específica.
Assim, reabilitação e doença andam juntas em seus conceitos retrógrados, ainda muito distantes da inclusão.
Estudo sobre deficiência e inclusão
Maria Salete Fábio, em seu estudo histórico sobre a deficiência, pontua:
“A inclusão social não é um processo que envolva somente um lado, mas sim um processo bidirecional, que envolve ações junto à pessoa com necessidades educacionais especiais e ações junto à sociedade”.
O Artigo 4º do Decreto no 3.298, de 20 de dezembro de 1999, passa a vigorar com as seguintes alterações:
I - Deficiência física - alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções;
II - Deficiência auditiva - perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz;
III - Deficiência visual - cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores.
O que significa integrar?
Integrar a pessoa deficiente significaria colocá-la no mundo da pretensa normalidade?
Em vez de ajudá-lo, a tentativa por si só poderia promover seu afastamento do mundo. 
Estes são os objetivos excludentes da sociedade.
Já a inclusão faz-nos pensar na importância que se dá à necessidade de aprendermos a receber e cuidar do outro, buscando soluções.
Para qualquer ação em prol da deficiência, devemos apresentar soluções que possibilitem a integralização de todos os sentidos. 
Estar incluído é sentir-se bem em qualquer lugar, seja na escola, seja na sociedade.
Políticas públicas para a pessoa deficiente
Aqueles sujeitos relegados à própria sorte necessitam de leis específicas.
Para falarmos de qualquer sujeito da história, devemos pensar na possibilidade de falar das leis de assistência, da saúde, da educação, entre outros.
Politicamente falando, temos a CORDE, que visa melhor assistir a qualquer pessoa com deficiência.
Aos pensarmos na articulação de políticas públicas para a pessoa deficiente, entendendo o homem como um ser total, e ainda este como participante da polis, da cidade, devemos pensar na necessidade da transformação das ações existentes que venham possibilitar o acesso à saúde, à educação e à moradia, como preconiza a própria Constituição Federal de 1988.
		1.
		Um programa de acessibilidade só se torna capaz quando se organiza de modo a garantir o ir e vir da PCD. Considerando esta definição, marque a resposta correta:
		Quest.: 1
	
	
	
	 
	Acessibilidade se refere ao desenvolvimento sadio da personalidade com vistas a dignidade
	
	
	Acessibilidade se restringe aos espaços comuns destinado a encontros sociais
	
	
	Acessibilidade se restringe aos espaços onde se tem tratamentos de reabilitação específicos
	
	
	Acessibilidade se restringe aos espaços físicos
	
	 
	Acessibilidade se restringe aos que garantam a circulação
	
	
	
		2.
		Na Década de 60, surge no Brasil o trabalho de reabilitação com PCD cuja a visão:
		Quest.: 2
	
	
	
	
	Relacional
	
	
	Inclusiva
	
	 
	Integradora
	
	
	Exclusiva
	
	
	Psicomotora
	
	
	
		3.
		Diz respeito a uma anomalia de estrutura ou a uma anomalia de aparência do corpo humano e do funcionamento de um órgão ou sistema, independentemente de sua causa, tratando-se, em princípio, de uma perturbação de tipo orgânico. Estamos nos referindo ao conceito de:
		Quest.: 3
	
	
	
	
	Handicap
	
	
	Incapacidade
	
	
	Retardo
	
	 
	Distúrbio
	
	 
	Deficiência

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes