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SOCIEDADE, DIREITO E CONTROLE SOCIAL

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Bacharelado em Direito 2013.1
NARLA RAYSA RODRIGUES ARAÚJO
SOCIEDADE, DIREITO E CONTROLE SOCIAL
Guanambi/BA
02.10.2013
Bacharelado em Direito 2013.1
NARLA RAYSA RODRIGUES ARAÚJO
SOCIEDADE, DIREITO E CONTROLE SOCIAL
Trabalho apresentado à Faculdade de Guanambi como requisito parcial de avaliação da Disciplina Introdução do Estudo ao Direito – IED.
Orientador: Raphael Almeida.
	
Guanambi/BA
		2013
Resumo
O presente trabalho aborda a importância do papel do Direito representado como um agrupamento de normas e costumes racionais com a finalidade de regular o comportamento humano em sociedade, todavia, não se baseia apenas nisso. Demonstra a tentativa da sociedade em assegurar uma determinada ordem social, utilizando como instrumentos de controle as normas de regulamentação, essas tidas como essenciais para promover a eficácia do controle social.
O direito não existiria por si só. Ele existe no meio social e em função da sociedade, o seu papel é estabelecer regras necessárias e obrigatórias para assegurar o equilíbrio de uma sociedade. É ele quem organiza e possibilita o convívio entre os indivíduos e, quando necessário, utiliza-se de elementos coercitivos para impor suas regras. É por isso que o direito indaga a existência de um poder hegemônico que estabelece condutas lícitas e evita o caos ao impor uma ordem social.
Refere que: “O Direito, criação humana, é um destes instrumentos, cujo principal objetivo é viabilizar a existência em sociedade, trazendo paz, segurança e justiça”. (p. 1/6; Resumo).
 
A Sociabilidade Humana
Por mais individualista que seja o ser humano, o homem é um ser em evolução e sua tendência natural é sair do egocentrismo. O homem tem a necessidade de pertencer a um determinado grupo social, seja a família, a escola, o trabalho e tantos outros.
A vida dos membros da sociedade e os bens básicos necessários para o sustento da vida devem estar sujeitos às regras mínimas do direito natural que promovem a sociabilidade, que são nada mais que respeitar os direitos alheios.
Os homens possuem, naturalmente, um desejo de sociedade que os impele a buscar a vida em sociedade. Essa sociedade é caracterizada pela tranquilidade e, principalmente, pela existência de uma ordem ditada pela reta razão.
De acordo com Thomas Hobbes (1588 – 1679) em suas obras relacionadas ao estudo do homem enquanto um corpo como qualquer outro que se encontra no universo e estudar o homem enquanto cidadão (De Corpore; De Homine; De cive). A liberdade para ele é a ausência de oposição. Quando o corpo não é impedido de ter o seu movimento. E como ele pode trazer isso para a vida em sociedade. O homem no estado de natureza, sem o estado capaz de organiza-los, eles estariam em conflito. A necessidade do estado está aí, em organizar essa vida em sociedade para permitir a liberdade do cidadão. O homem em seu estado natural era mesquinho, ambicioso, instintivo e egoísta. E o direito sobre a sociedade tem a função de organizar a desordem. Diante disso, abrimos mão de nossa “liberdade” em nome de um contrato social, para viver em um regime de organização. Só que para isso tem que existir um sistema forte, centralizado.
Platão (428 – 348 a.C.) Discorre a extensão social como algo temporário. Considera o ser, um ser sublime. Contemplam-se por conta própria, independentemente das outras. Só que por alguma razão não explicada, as almas “perderam a sua condição original de espiritualidade”, com isso, vieram para terra em busca de uma purificação, sendo “obrigadas” a permanecerem em um corpo (matéria). O espirito em si, não necessita de viver em sociedade, porém, o corpo físico, não possui liberdade e necessita suprir algumas necessidades, se interagir em meio social. Entretanto é algo temporário.
Contudo Aristóteles (384 – 322 a.C.) se opõe, defendendo que essencialmente a alma é interligada ao corpo e que possui suas carências diante da sociedade, tendo que supri-las. “Ou é um Deus ou mesmo um animal” (de sua obra: A política).
Santo Tomás de Aquino (1225 – 1274) tinha a mesma linha de raciocínio de Aristóteles, porém, visava mais para o campo espiritual. E uma possível vida fora da sociedade. Que seria através de um náufrago; por uma anomalia; e um isolamento em função de um “aperfeiçoamento espiritual”.
Aos olhos de Hobbes, todo homem deseja o que é melhor para si mesmo, os tornando assim, maus e antissociais. É o sentimento de medo que o impulsiona a sociedade. Devido a esse medo, eles se agrupam para se protegerem e sendo assim, firmando contratos sociais para melhor convívio e transferindo poderes para ordem e segurança destes.
Rousseau entra com a hipótese de que o homem manteve-se saudável fisicamente e dotado de integridade moral enquanto permaneceu vivendo de forma isolada. E afirma que o homem quanto mais se junta, mais se corrompe. “De todos os animais, o homem é o que menos pode viver em rebanho”.
Entende-se então pela sociedade, que os seres humanos, por mais que se acham autossuficientes, necessitam de seus semelhantes para sobreviver, criar formas de expressão cultural, comunicar-se, perpetuar a espécie e obter realização plena como indivíduos. O que forma o caráter humano nos indivíduos da espécie humana é a convivência em grupo. E é justamente a sociabilidade que capacita naturalmente o ser humano para a convivência em sociedade, desenvolvendo-se pelo meio da socialização.
Enfim, tudo o que envolve a sociabilidade e a socialização depende da identificação e da predisposição de cada indivíduo, sendo da natureza humana a necessidade de estar e participar de um grupo social.
Sociedade e Interação
Dentro das regras da sociedade nenhuma se implica em obrigação de ajudar os outros, mas apenas o mínimo necessário para que esta sociedade exista, pois é difícil imaginar uma sociedade em que as regras mínimas necessárias para assegurar o básico para vida não existam. Mesmo o homem guiado apenas pelo interesse egoísta deve aceitar certas regras válidas para conviver em sociedade e efetivar seus próprios interesses. Nesta perspectiva, a obrigação de respeitar os direitos alheios, regra mínima requerida para a vida em sociedade, pode ser entendida em termos de auto interesse. Também qualquer forma de generosidade necessária para se estabelecer a sociabilidade pode ser entendida em termos de auto interesse.
Exige o processo de adaptação social, antes do processo de interação social, que os institutos jurídicos são inventos humanos que, como processo de adaptação social, são necessários para a conservação ou conquista de valores como a paz, ordem e bem comum.
 Paulo Nader diz, “o Direito é um engenho a mercê da sociedade e deve ter a sua direção de acordo com os rumos sociais”.
 A sociedade cria o direito e, ao mesmo tempo, se sujeita aos seus efeitos, impondo, em primeiro plano uma compreensão e, posteriormente, uma acomodação de atitudes para a vida social.
Já no âmbito de interação, pode se citar a cooperação que em partes acaba sendo favorecida ou melhorada pelo direito. A competição, dentro de todos os grupos sociais há competição se não por todos, pela maioria, até pelo fato de tentar se proteger.
Estabelecem conexões conforme as necessidades do grupo. Natural uma vez que todos os processos biológicos e sociais se organizam em uma lógica entrelaçada, assumindo-se como uma pessoa que se comunica com outras e que, com estas, estabelece relações conforme seu interesse.
Diante, destaca-se sobremaneira a obrigação de cumprir os contratos, pois é a fonte de todas as obrigações jurídicas estabelecidas entre os homens. Movidos pelo seu desejo de sociedade, os homens convivem juntos estabelecendo ligações nos seus relacionamentos através de pactos e convenções que orientam uma sociedade melhor. A prática habitual de pactos na interação entre os homens constrói, simultaneamente, a sociedade e o direito.
Instrumentos de controlesocial
De forma geral é empregada para designar os mecanismos que estabelecem a ordem social disciplinando a sociedade e submetendo os indivíduos a determinados padrões sociais e princípios morais. Que vem a ser, conjunto de métodos pelos quais a sociedade influencia o comportamento humano, tendo em vista manter determinada ordem.
O Direito é, sem dúvida, um deles, mas não o único. A Moral, a Religião e a Etiqueta são também processos normativos que acabam por atingir esse fim.
A Religião tinha domínio absoluto sobre o homem. O Direito nada mais era do que expressão da vontade. O objetivo da Religião é o de integrar o homem com a divindade. Cuidar do mundo espiritual. Sua preocupação fundamental é a de orientar os homens na busca e conquista da felicidade eterna. Já o objetivo do Direito é o bem comum da sociedade. Preocupa-se com a Justiça e tem um elemento básico que é a coação.
A convergência entre os dois setores é sem dúvidas alguma "a vivência do bem". Os dois buscam o bem, o direito com a justiça e a religião analisando e cobrando os deveres dos homens como seres divinos.
A Moral são normas que orientam as consciências humanas em suas atitudes. Preocupa-se com o bem, no sentido de realização e interesse do próximo, a moral social é a moral que rege uma sociedade. É o que diz respeito à consciência coletiva. É um conjunto de costumes e condutas de determinada sociedade.
A relação fundamental entre o mundo ético e o mundo jurídico é a que existe entre o primeiro princípio de moralidade e a sua explicitação, o seu desenvolvimento. Não apenas no que toca ao seu bem individual, mas ao bem do outro, do sócio, do membro da sociedade. Por tanto, consiste nas noções sobre o bem. Ao acreditar em algo, uma pessoa irá cumprir sem inclinação alguma. Vai seguir todos os mandamentos que lhes forem impostos. É uma moral heterônoma.
O direito como instrumento de controle social
	
Supondo que se identifiquem os valores efetivamente buscados por determinada sociedade, logo se detecta que existe um risco: as pessoas podem se comportar de um modo que não os realize. A fim de evitar comportamentos indesejáveis ou até de corrigi-los, as sociedades desenvolvem mecanismos de controle social.
Surgem instrumentos que permitem à sociedade padronizar, de antemão, os comportamentos desejáveis, geralmente por meio de regras (normas). Os instrumentos mais comuns são: religião, moral, costumes e direito.
Chegamos, assim, ao direito. Consiste em um instrumento de controle social que se destaca dos demais, pois procura dirigir as condutas de forma a concretizarem determinados valores por meio de um conjunto de normas precisa e bem estruturado, tornando-se um mecanismo que gera maior segurança e certeza para as pessoas.
Recorrendo às normas jurídicas, os membros de uma sociedade sabem exatamente qual o comportamento que devem adotar para a concretização dos valores sociais.
Conclui-se então, que o raciocínio lógico de que a sociedade existe porque o homem é um ser que necessita de satisfações, tanto pessoais quantos profissionais.
O homem se viu sendo obrigado a cumprir certas regras de convivência, para melhor convívio com o seu semelhante, mesmo assim não deixando de ser egoísta e antissocial.
As sociedades reguladas pelo direito mudaram ao longo da história. Conforme a evolução das sociedades, novos tipos de relações sociais e de conflitos foram criados, obrigando o direito a acompanhar as mudanças e a responder às novas questões que lhe eram propostas.

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