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A psicofisiologia é uma disciplina que representa a junção de todas as abordagens no estudo das bases biológicas do comportamento. Foram diversas as disciplinas – Biologia, Anatomia, Fisiologia, Química e Psicologia – que contribuíram para o desenvolvimento da psicofisiologia como ciência.
A psicofiosiologia afirma-se como o estudo das correlações entre as acções ou comportamentos e os órgãos do corpo, uma vez que para compreendermos o funcionamento do nosso organismo teremos que ter em conta todas as interdependências com o ambiente, assim como os subsistemas que integra (sistema nervoso, endócrino, órgãos sensoriais, etc.). Para além disso, a psicofisiologia dá ênfase ao estudo da estrutura e funções cerebrais.
O estudo da psicofisiologia e as suas questões são, no fundo, as questões da psicologia. Como experimentamos as sensações e percebemos o mundo? Como pensamos? Porque dormimos? O que é o sonho? São interrogações destas que se colocam relativamente aos mecanismos e às causas do nosso comportamento e experiência.
 
Numa perspectiva histórica, enquanto a psicologia se desenvolveu como uma ciência independente e experimental do comportamento e da experiência, o estudo das propriedades do cérebro prosseguia em campos como a fisiologia, a anatomia e a química.
Desde sempre a importância da estrutura biológica do nosso comportamento explica e justifica as relações interdisciplinares entre a fisiologia e a psicologia. É da intersecção destas duas áreas ou vertentes do saber que surge a psicofisiologia para esclarecer os fundamentos biológicos do comportamento. Ao perspectivarmos o comportamento humano, temos que considerar o homem em relação com a sua história evolutiva, e neste campo é Darwin, que em 1859, propõe uma teoria da evolução, a qual tenta explicar os mecanismos responsáveis pela adaptação ao meio. A teoria da evolução estabeleceu que todos os organismos vivos descendem de um número mais pequeno de organismos. A selecção natural actua sobre o sucesso reprodutivo das populações e assegura que as características vantajosas permaneçam nas gerações seguintes. Deste modo, a evolução pode ser encarada como o resultado da selecção natural actuando sobre características geneticamente predeterminadas. A mutação e variação do material genético constituem a base da evolução. Estes aspectos permitem a diversidade dos indivíduos no interior de uma espécie, o que é essencial para respostas diferenciais às pressões do meio. Na evolução do homem a partir dos seus antepassados mais recentes, os factores decisivos foram o desenvolvimento do bipedismo efectivo, libertando as mãos para outros fins e o desenvolvimento de um cérebro capaz de conceber o emprego de utensílios.
Ao estudar o comportamento do homem é importante recordar que este é um organismo biológico, geneticamente determinado, no entanto, as influências do meionunca devem ser postas de parte. Aliás, o homem é muitas vezes concebido como uma interacção complexa entre as influências do meio e as estruturas biológicas – as aptidões e limitações biológicas geneticamente determinadas.
Um outro ponto importante é o facto de a etiologia influenciar a psicofisiologia. A etiologia refere-se a um ramo da biologia que estuda o comportamento ocorrente em condições naturais, ou seja, o estudo dos padrões do comportamento dos animais no seu meio natural.
Na sequência de estudos realizados pelos investigadores europeus Konrad Lorenz (1903-1989) e Niko Tinbergen (1907-1988), os etólogos analisaram inúmeros padrões comportamentais que são característicos de uma espécie particular e que parecem ser fundamentalmente inatos e próprios da espécie. Muitos destes padrões comportamentais são sociais, determinam a forma pela qual os indivíduos interagem com os da mesma espécie.

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