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Hermenêutica Jurídica e Interpretação III

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Hermenêutica Jurídica e Interpretação
A interpretação é a atividade que envolve a busca do sentido de um determinado texto, a hermenêutica é uma espécie de conhecimento, é a teoria sobre a interpretação.
Montoro afirmava que Interpretar “é fixar o verdadeiro sentido e o alcance, de uma norma jurídica”. 
Lembre-se: Não é tecnicamente 	correto falar da “hermenêutica” de um artigo, pois essa palavra refere-se a teoria da interpretação que se aplica ao direito como um todo, não fazendo sentido pensar em uma hermenêutica para cada norma.
 HERMENÊUTICA
► É ciência;
► Atividade ulterior a aplicação;
► Existem independente de seu uso;
► Caráter teórico-jurídico ou abstrato;
► Processos aplicáveis para determinar o sentido e o alcance das e expressões do Direito;
► Refletir e criar as formas pelas quais serão feitas as interpretações
INTERPRETAÇÃO
 ● É uma arte - operação 
● É pragmática – necessita do caso concreto;
● Aplicação ao caso concreto de enunciados já estabelecidos;
● Explicar, esclarece, dar o verdadeiro significado do vocábulo;
● Extrair da norma tudo o que nela se contém;
● Revelar o seu sentido apropriado para a vida real.
ENFIM, A INTERPRETAÇÃO JURÍDICA CONSISTE NA APLICAÇÃO DOS ENSINAMENTOS DA HERMENÊUTICA. A PRIMEIRA FORNECE AS TÉCNICAS, OS INSTRUMENTOS, OS MEIOS ADEQUADOS (TEÓRICA) À BOA REALIZAÇÃO DA SEGUNDA (PRÁTICA). SERGIO GOMES ASSINALA QUE UMA NÃO SE CONFUNDE COM A OUTRA, TODAVIA, A HERMENÊUTICA NÃO PODE PERDER A INTERPRETAÇÃO DE VISTA, SOB PENA DE PERDER O SENTIDO, DISTINGUIR UMA DA OUTRA NÃO IMPLICA EM SEPARÁ-LAS.
 Interpretação e Aplicação do Direito
Interpretar significa determinar o conteúdo de uma regra, aplicar significa enquadrar um fato em uma norma, explicitando as consequências que essa norma lhe atribui.
A aplicação do Direito é a cristalização completa e final do processo hermenêutico, a formalização do processo de adequação entre a norma genérica e o caso concreto, manifestando-se na forma de pareceres, monografias, bem como decisões judiciais (sentenças, despachos...) e/ou administrativas. 
● Lembre-se: Interpretação é uma atividade que logicamente precede a aplicação, inicialmente descobre-se o significado de um texto, para depois aplicá-lo a um caso específico, extraindo das normas jurídicas as consequências normativas cabíveis em uma determinada situação.
INTÉRPRETE
Legislador
O SIGNIFICADO DO ATO DE INTERPRETAR NA PERSPECTIVA JURÍDICA (Esquema)
 OBJETO
ENUNCIADO
NORMA
HERMENÊUTICA
CASO CONCRETO
APLICAÇÃO DO DIREITO
SOCIEDADE
DIRETRIZES PARA UMA INTEPRETAÇÃO ESTRUTURAL DOS MODELOS JURÍDICOS
A interpretação das normas jurídicas tem sempre caráter unitário (unidade do processo hermenêutico);
Toda interpretação jurídica é de natureza axiológica (natureza axiológica do ato interpretativo);
Toda interpretação jurídica dá-se num contexto, isto é, em função da estrutura global do ordenamento (natureza integrada do ato interpretativo);
● Nenhuma interpretação jurídica pode extrapolar da estrutura objetiva resultante da significação unitária e congruente dos modelos jurídicos positivos (L.O.);
DIRETRIZES PARA UMA INTEPRETAÇÃO ESTRUTURAL DOS MODELOS JURÍDICOS (Cont.)
Toda interpretação é condicionada pelas mutações históricas dos sistema, englobando a intencionalidade do legislador, as exigências fáticas e axiológicas (natureza histórico-concreta do ato interpretativo);
● A interpretação jurídica tem como pressuposto a exigência de modelos racionais [lógicos](natureza racional do processo interpretativo) ;
● A interpretação deve desenvolver-se por exigências de razão histórica entendida como razão problemática (problematicismo e razoabilidade do processo hermenêutico) ;
● A interpretação deve destinar-se a preservar o modelo jurídico sempre que for possível a conciliação com as normas superiores ( n. econômica); 
Dupla perspectiva da hermenêutica Jurídica
► Descritiva: privilegia a explicação do que é interpretar e desenvolve uma ontologia da interpretação. Sua finalidade é esclarecer a estrutura e o funcionamento do discurso interpretativo. 
► Prescritiva: privilegia a orientação dos intérpretes desenvolvendo uma metodologia da interpretação. Seu objetivo é estabelecer bases sólidas para compreendermos o sentido da atividade interpretativa e os modos pelos quais construímos a realidade a partir de nossas percepções. 
A CENTRALIDADE DA INTERPRETAÇÃO NO DISCURSO JURÍDICO
I - DISCURSO PRÁTICO-JURÍDICO: a interpretação torna-se presente para determinar os significados dos textos legais(normas, decisões, instruções doutrinárias), também influencia a qualificação dos direitos e suas respectivas normas. 
II - DISCURSO TEÓRICO-JURÍDICO: vinculado ao nível da dogmática jurídica , utiliza a interpretação doutrinária com frequência para sistematizar o direito em vigor e para construir conceitos jurídicos.
III - DISCURSO LEGISLATIVO: expressa-se a interpretação quando o legislador deve verificar o significado de um texto legal já existente em compatibilidade com o texto a ser promulgado, levando-se em consideração as diversas possibilidades que podem surgir.
A Importância da Atividade Interpretativa
“A ordem jurídica, enquanto ordem jurídica, só se põe presente e atual no mundo da vida através da luz temporalizada da hermenêutica. São os intérpretes que fazem o sistema sistematizar e, por conseguinte, o significado significar. A hermenêutica confunde-se, pois, com o Direito, haja vista que é ela, e apenas ela, que certifica o que é o sistema jurídico diante do caso concreto”. (Pasqualini)
De fato, a interpretação do Direito não se dá meramente pela captação dos termos das normas jurídicas mas, sim, a partir de um fato específico extraído da dinâmica social.
Como interpretar uma determinada questão posta relativamente ao âmbito jurídico, chegando a um resultado justo ou minimamente injusto para as partes envolvidas?
● Considerando: 
I - A relação dos aspectos sociológicos com os aspectos jurídicos;
II - O contexto histórico-social do processo interpretativo;
III - Revigoramento das questões de ordem técnica;
IV - O Direito como sistema normativo e regulador. 
Interpretação e norma.
A concretização da norma é feita mediante a construção interpretativa que formula a partir da e em direção à compreensão. Assim, define-se interpretação como a ação mediadora que procura
compreender aquilo que foi dito ou escrito por outrem.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
AZEVEDO, Plauto Faraco. Crítica à dogmática e hermenêutica jurídica. Porto Alegre: Sergio Fabris Editor, 1989.
BLEICHER, Josef. Hermenêutica Contemporânea. Lisboa: Edições 70.
CAMARGO, Margarida Maria Lacombe. Hermenêutica e Argumentação: uma contribuição ao Estado de Direito. Rio de Janeiro: Renovar, 2001.
ALEXANDRE, Araújo Costa. Introdução ao Direito. Uma perspectiva zetética das ciências jurídicas. Porto Alegre: Fabris, 2001.
COSTA, Dilvanir José da. Curso de Hermenêutica Jurídica. Rio de Janeiro: Forense, 2005.
DILVANIR, José da Costa. Curso de Hermenêutica Jurídica. Doutrina e Jurisprudência. Rio de Janeiro: Forense, 2005.
FALCÃO, Raimundo Bezerra. Hermenêutica. São Paulo: Malheiros, 1997.
FERRAZ JÚNIOR, Tércio Sampaio. Introdução ao Estudo do Direito: técnica, decisão, dominação. São Paulo: Atlas, 1994.
FRIEDE, Reis. Ciência do Direito, Norma, Interpretação e Hermenêutica Jurídica. Rio de Janeiro: Forense, 2004.
MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e aplicação do Direito. Rio de Janeiro: Forense, 1997.
STRECK, Lenio Luiz. Hermenêutica jurídica e(m) crise: uma Exploração Hermenêutica da Constituição do Direito. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2000.

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