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Atenção Primária à Saúde - Resumo A1

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Resumo de Atenção Primária Saúde - A1 
Lucas Silva 2/2018 
1.0 Atenção primária no Brasil 
- No início se voltava para uma política de 
saneamento destinado ao espaço de 
circulação de mercadorias e a erradicação 
ou controle das doenças que poderiam 
afetar a exportação no RJ e Santos. A essa 
política deu-se o nome de Sanitarismo 
Campanhista (Ações pontuais)
- Em 1904 foi instituída a vacinação anti-
varíola sendo obrigatória por lei, gerando 
insatisfação e posteriormente a Revolta da 
vacina (modelo fiscal e policial)
- Anos 20 
 - Saúde e saneamento como 
responsabilidade do estado
 - Criação de departamento Nacional da 
saúde pública (DNSP) com propósito de 
introduzir na rotina ações de saúde a 
propaganda e a educação sanitária.
 - Criação da CAPS (caixa de 
aposentadoria e pensões) que era controlada 
por empresas.
- Anos 30 
 - Criação do IAPS (instituto de 
aposentadoria e pensões) que era 
supervisionado pelo ministério do trabalho, 
indústria e comércio.
- Anos 40 
 - Predomina no campo de saúde e 
desenvolvimento
 - Primeira abordagem: combater as 
doenças e condição para superação do 
subdesenvolvimento 
 - Segunda abordagem: Entendia que 
embora o controle das doenças fosse 
necessário era o desenvolvimento crônico e 
social que melhoraria a saúde da população.
- Anos 40/50 
 - Há uma nítida separação entre a saúde 
pública e a assistência médica.
 - Passar haver uma pressão da 
população para melhorar essa assistência, 
além daqueles que eram excluídos.
 - Saúde pública de base universalizante, 
que pudesse contemplar todos, ficou 
preterida.
 - Anos 60 
 - Serviços prestados pelas IAPs excluíam 
muitos trabalhadores formais, rurais e o setor 
interurbano. 
 - Excludência + Deficiência dos serviço 
de saúde prestados
 - Golpe de 64 
 - Isso tudo levou a criação do INPS 
(Instituto Nacional de Previdência Social) 
 - O INPS passa a não comportar 
demanda gerando uma crise, havendo 
necessidade de ampliação e contratação da 
rede privada.
 - Não havendo rede privada suficiente 
para suprir necessidade. Tentam ampliação 
da rede hospitalar com injeção de recursos 
públicos. 
 - Inicia-se o processo de decadência 
onde há falência do INPS por vários fatores:
 - Fraude contra o INPS
 - Obras Faraônicas 
 - Mais pessoas se aposentando 
- A solução do Governo foi criar o INAMPS 
(Instituto Nacional de Assistência Médica 
Previdência Social)
 - Criando tetos para pagamento de 
serviços médicos prestados (cotas)
 - Houve fraude novamente
1.1 Reforma Sanitária 
- Problemas correntes na época: 
 a) acesso restrito a saúde 
 b) ênfase na cura
 c) regime ditatorial 
 d) centralização da saúde - ministérios 
 - Com isso houve mobilização da 
sociedade por mudanças no sistema de 
saúde -> entra em cena a Reforma Sanitária 
- Com as seguintes propostas: 
 I) Universalizar o direito a saúde (direito 
de todos) 
 II) Integrar as ações curativas e 
preventivas 
 III) Promover medidas preventivas 
 IV) Descentralização administrativa (tirar o 
governo o poder e dar cada órgão sua 
autonomia)
 V) Promover a participação e controle 
social.
 - Foram os primeiros passos para 
criação do SUS
- Final da década de 70 o modelo médico 
assistencial privatista.
- 1986 - Tivemos “Ações Integradas de 
Saúde” (AIS) com os seguintes objetivos:
 - Universalização, integralização e 
racionalização dos serviços públicos de 
saúde 
 - Expansão da rede APS
* PROVA -> Março de 1986 tivemos VIII 
conferência nacional de saúde com o 
seguinte lema: Saúde, Direito de Todos, 
Dever do Estado.
 - Reforçando as propostas de 
universalização, unificação do sistema, 
integralidade das ações, descentralização e 
participação popular.
 - Objetivo final: Criação do SUS
Página � de �1 19
- 1987 
 - Criação do SUDS (Sistema único 
descentralizado de saúde) 
 - Substituição das AIS
 - Retirar o poder centralizador do 
Governo Federal 
 - Sendo a última etapa antes da 
criação do SUS 1988. 
- Anos 80/90 
 - Criação do SUS 1988
 - Nova formulação política-
organizacional para o reordenamento dos 
serviços e ações de saúde estabelecidas pela 
constituição de 1988.
 - Uma de suas diretrizes é a 
descentralização. As unidades de APS 
passariam a gestão dos municípios.
 - Municípios passam a gerenciar 
suas unidades de atenção primária.
 - Desenvolviam experiências de 
modelos de cuidados primários em várias 
partes do país.
 - 1993 o presidente Itamar Franco criou o 
Programa Saúde da Família (PSF) 
 
* PROVA -> Princípios do SUS 
- Universalidade, Equidade e Integralidade 
 - Com participação popular 
 - Regionalização/Hierarquização 
 - Descentralização e comando único
 A) Éticos/Doutrinários 
 I) Universalidade - É a garantia de 
atenção a saúde por parte do sistema a todo 
e qualquer cidadão
 II) Integralidade - O homem é um ser 
integral e deverá e deverá ser atendido com 
esta visão integral por um sistema de saúde 
também integral, voltado a promover, proteger 
e recuperar sua saúde.
 III) Equidade- Situações diferentes 
merecem abordagem diferentes. 
B) Operacionais/ Organizacionais 
 1) Descentralização: redistribuição das 
responsabilidades (municípios, estado, união) 
com maior responsabilidade aos municípios
 2) Regionalização: Serviços dispostos 
numa área geográfica delimitada e com 
definição da população a ser atendida. 
 3) Hierarquização: Os serviços devem 
ser organizados em níveis de complexidade 
tecnológica crescente.
 4) Participação Social: A população 
participará do processo de formulação das 
políticas de saúde e do controle de sua 
execução, em todos os níveis, desde o federal 
até o local.
 5) Resolubilidade: Serviço tem que 
estar capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo 
até o nível da sua competência
 6) Complementaridade do setor 
privado: quando o setor público não for 
suficiente é necessária a contratação de 
serviços privados
- 1991 
 - Implantação do Programa de agentes 
comunitários de saúde (PACS) que foi 
antecessor do (PSF).
 - Norte, Nordeste e em áreas rurais e 
periurbanas.
 - Atendia as demandas de combate de 
endemias
 - Teve caráter emergencial e visou a 
dar suporte assistencial onde não tinha 
intervenção médica
 - Diminuiu a mortalidade infantil 
brasileira
 - Era responsável por: 
 a) Cadastramento da população 
 b) Diagnóstico comunitário 
 c) Identificação de áreas de risco
 d) Promoção das ações de 
proteção a saúde das crianças e mulheres.
-1994 
 - Criação do Programa Saúde da Família 
(PSF) com enfoque na família e não mais só 
no indivíduo.
 - Tinha como objetivo: contribuir para a 
reorientação do modelo assistencial a partir 
da atenção básica, em conformidade com os 
princípios do SUS, imprimindo uma nova 
dinâmica de atuação nas unidades básicas de 
saúde, com a definição de responsabilidade 
entre os serviços de saúde e a população. 
* PROVA 1.2 Participação Popular na APS 
 - Participação popular compreender as 
múltiplas ações que diferentes forças sociais 
desenvolvem para influenciar: 
 - Formulação;
 - Execução;- Fiscalização e
 - Avaliação das políticas públicas e/ou 
dos serviços básicos na área social. 
- A participação popular encontra respaldo 
moral desde a declaração universal dos 
direitos humanos (1948) 
- A constituição brasileira de 1988 sancionou 
a descentralização da tomada de decisões e 
estabeleceu mecanismos para a participação 
dos cidadãos na formulação, na 
administração e no monitoramento de 
políticas sociais. 
Página � de �2 19
- Em 1990 foram criado os conselhos 
permanentes de saúde e as conferências de 
saúde nos níveis federal, estadual e municipal 
com a representação paritária dos 
representantes dos usuários e com a 
periodicidade máxima de 4 anos 
 - Paridade/Paritário 
 - 50% Usuários 
 - 25% trabalhadores 
 - 25% gestores 
- A institucionalização da participação popular 
se tornou realidade com a norma operacional 
básica de 1996, que determinou que a criação 
e a regulamentação dos conselhos de saúde 
fossem pré requisitos para o repasse de 
recursos financeiros para as secretarias 
municipais e estaduais de saúde. 
- Conselhos de Saude: 

 - Lei 8142/1990 criação de conferências 
e conselhos de saúde 
 - Ordem do topo a base da pirâmide:

 1) topo: CNS
 2) Conselhos estaduais de saúde
 3) Conselhos municipais de saúde 
 4) Conselhos distritais de saúde
 5) base: Conselhos locais de saúde
2.0 Estratégia de Saúde da Família 
- O médico da família aparece na Roma 
antiga como agente de atenção a saúde até 
o séc XX onde foi extinto. 
- 1948 na Inglaterra o médico da família 
reaparece mas com enfoque clínico 
(assistencial curativo) 
- 1973 no Canadá foi lançado um informe:: 
“novas perspectivas de saúde para os 
canadenses.
- Vieram reforços: 
 - Mudanças começaram em 1978 na 
reunião da OMS em ALMA ATA: “Saúde 
para todos em 2000”; 
 - 1986 CARTA OTTAWA: Mudanças 
no conceito de saúde (no pensamento 
ausência de doença) Onde saúde não é 
apenas ausência de doença. É muito mais 
que isso: paz, lazer, educação, alimentação, 
ecossistema social, recursos sustentáveis, 
justiça social, equidade.
- Esses reforços contribuíram para a 
mudança da medicina curativa para uma 
medicina voltada para a prevenção e 
promoção a saúde
 - Evitar que o homem sadio adoeça 
 - Que as doenças sejam diagnosticadas 
em tempo hábil de serem controladas 
 - Que o doente não se complique, 
invalide ou morra precocemente
2.1 Atenção. De Saúde da Família 
***PROVA 
- A ASF inclui as ações de prevenção 
primária, secundária e terciária das pessoas 
no contexto da comunidade, efetuada por 
uma equipe básica e outros serviços de 
saúde, de forma continuada e com a 
participação da própria população e outros 
setores da sociedade.
 1) Prevenção Primária 
 - Propaganda de saúde 
 - São ações dirigidas para possibilitar 
que o homem melhore sua saúde e se 
mantenha sadio, inclui a promoção e 
educação em saúde pública e prevenção 
específica, ambas com projeção social e 
massiva. Ex: Imunização, grupo com palestras 
e etc. 
 2) Prevenção 
 - Se realiza mediante o diagnóstico 
precoce das doenças, ainda sem 
manifestação clínica e iniciando o tratamento 
rapidamente, de modo oportuno, que poderá 
propiciar a cura da enfermidade. Ex: exame 
citopatológico do colo do útero, toque retal 
em CA de próstata, exame bucal, detecção 
de HAS e outros.
 - Diagnóstico precoce e 
tratamento, limitação da invalidez
 3) PrevençãoTerciária 
 - São ações realizadas no homem 
doente, através de cura e tratamento 
adequado e com qualidade para evitar 
complicações, morte precoce, invalidez e 
previnir que a infecção passe outro estado 
mais grave, bem como por ações de 
reabilitação nos casos de invalidez para 
restituir ao paciente a vida em sociedade e no 
trabalho. Ex: fisioterapia
 - Reabilitação 
 4) Promoção 
 - Conjunto de ações da sociedade, 
dos serviços de saúde, da autoridade 
sanitária, e de outros setores sociais e 
produtivos, encaminhadas ao 
desenvolvimento de melhores condições de 
saúde individual e coletiva. 
2.2 Programa Saúde da Família 
- Modelo de atenção que pretende melhorar 
as condições de vida, e portanto, de saúde 
da população, mediante atividades e ações 
de promoção, prevenção, cura e 
reabilitação.
- É baseado nas caracterizas e problemas de 
cada localidade pra atender a saúde do 
indivíduo e de família dentro do contexto da 
comunidade durante o processo de saúde 
doença; 
Página � de �3 19
2.3 Estratégia de Saúde da Família 
***PROVA 
- Surgiu inicialmente como PSF final 1993 e 
início de 94.
- Observou-se a superposição de 
abordagem, passando de um enfoque 
seletivo restrito a uma estratégia 
abrangente de mudança do modelo 
assistencial.
- Em 2011: 
 - Presente em 90% dos municípios 
brasileiro;
 - Mais de 32mil equipes de saúde da 
família;
- A equipe multiprofissional inclui:
 A) 1 médico generalista ou de família;
 B) 1 enfermeiro;
 C) 1 auxiliar de enfermagem;
 D) 4 a 6 agentes comunitários de saúde.
 - Atenção integral e contínua a saúde de 
cerca de 600 a 1000 famílias (+/- 3000 a 4000 
pessoas) residentes em um território rural ou 
urbano, com limites geográficos bem 
definidos; 
 - Equipe de Saúde Bucal: odontólogo, 
um auxiliar de consultório dentário, técnico de 
higiene dental.
- A saúde como qualidade de vida e não 
como doença;
- A ESF mantém coerência com princípios 
organizativos do SUS: acessibilidade, 
resolubilidade, regionalização, 
descentralização, hierarquização e 
participação popular: 
 - Resolver até 90% das demandas; 
 - Capacidade racionalizados para 
ações de tecnologias duras; 
 - Coordenação do cuidado;
- Características da ESF: 
 A) Prioriza promoção da saúde e 
integralidade da atenção (promoção, 
prevenção, cura e reabilitação);
 B) O coletivo é um foco de atenção; 
 C) Primeiro contato com o sistema de 
saúde, proporcionando um acesso aberto, 
ilimitado a seus pacientes e lidando com 
todos os problemas de saúde independente 
de idade, gênero ou qualquer outra 
característica da pessoa;
 D) Predomínio de uma equipe 
multidisciplinar; 
 E) Modelo em pleno processo de ação
- 13 passos para organização de uma 
equipe de saúde da família: 
 I) Definição e descrição do território de 
abrangência; 
 II) Adscrição de clientela; 
 III) Diagnóstico de saúde da 
comunidade;
 IV) Organização de demanda;
 V) Trabalho em equipe multiprofissional 
 VI) Enfoque da atenção a saúde da 
família e da comunidade
 VII) Estímulo a participação e controle 
social
 VIII) Organização de ações de promoção 
da saúde 
 IX) Resgate da medicina popular
 X) Organização de um espaço de co-
gestão coletiva na equipe,
 XI) Identificação dos serviços de 
referência no nível secundário e terciário
 XII) Monitoramento da situação de saúde 
no seu território de abrangência
 XIII) Educação permanente em saúde
- Atribuições comuns a todos os membros 
da equipe 
 - Participar do processo de 
territorialização e mapeamento da área de 
atuação-riscos;
 - Cuidado em saúde da população 
adscrita; ações de atenção integral; ações 
intersetorias; 
 - Integralidade da atenção: promoção-
prevenção cura reabilitação- Busca ativa notificações
 - Humanização: escuta qualificada/
vínculo
 - Responsabilização pela população 
adscrita/coordenação do cuidado
 - Planejamento/avaliação das ações
 - Mobilização e participação da 
comunidade
 - Qualidade do registro do SIS
 - Participar do processo de educação 
permanente 
- Atribuições específicas do ACS 
 - Integração Equipe e comunidade
 - Adscrição de famílias 
 - Orientação
 - Visitas domiciliares
- Atribuições específicas de enfermeiro 
 - Realizar consultas de enfermagem 
 - Executar as ações de assistência integral 
em todas as fases do ciclo da vida 
 - Planejar, gerenciar, coordenar, executar e 
avaliar unidade de saúde da família
- Atribuições específicas do médico 
 - Assistência integral aos indivíduos e suas 
famílias (0 a …anos)
 - Gerenciamento de insumos
 - Indicação de internação hospitalar 
 - Encaminhar para os serviços de atenção 
secundária e terciária
 - Educação permanentes dos membros de 
equipe 
 - Verificar e atestar óbito
Página � de �4 19
- Benefícios da ESF no Brasil 
 - Repercussões positivas nos indicadores 
de saúde
 - Redução da desnutrição e anemia 
ferroaria em crianças
 - Redução da mortalidade infantil 
 - Aumento da cobertura do pré natal
 - Equidade no acesso ao nível primário da 
atenção 
 - Melhoria na cobertura vacinal 
 - Redução na internações por condições 
sensíveis a atenção ambulatorial 
 - Melhoria nas notificações de estatísticas 
virais
- Considerações sobre a ESF no Brasil 
 - A ESF encerra em sua concepção 
mudanças na dimensão organizacional do 
modelo assistencial ao:
 - Constituir a equipe de saúde da 
família, multiprofissional e responsável pela 
atenção a saúde da população de um 
determinado território.
- Estabelecer o cadastramento das famílias 
para acompanhamento na unidade de 
saúde da família, entendida como porta de 
entrada no sistema local e o primeiro nível 
de atenção nas redes de serviço.
- Definir o generalista como profissional 
médico de atenção básica
- Instituir novos profissionais, ACS, voltados 
para a atuação comunitária, ampliando 
assim a atuação da equipe sobre os 
determinantes mais gerais do processo 
saúde enfermidade
- Pretende-se que a Unidade de saúde da 
família constitua a porta de entrada 
preferencial ao sistema de saúde local e o 
primeiro nível de atenção resolutivo, 
integrado a rede de serviços mais 
complexos. 
2.4 Evolução histórica do SUS e a ESF 
- Conferência de Alma-Ata (12/9/78)
- Reforma Sanitária Brasileira
- SUS
- Lei Orgânica a Saúde
 - Lei 8080/90: Descentralização 
político-administrativa 
 - Lei 8142/90: Participação comunitária 
e transferências intergovernamentais de 
recursos financeiros
- Normas para a Política Nacional de 
Atenção Básica (portaria 648/28 Março 
2006)
 - Novo pacto entre as esferas do 
governo; 
 - Desfragmentação do financiamento; 
 - Trabalhar a gestão pública através do 
pacto de indicadores da atenção básica
 - Reconhece a Saúde da família como 
modelo substitutivo e de reorganização de 
atenção básica. 
- Obs.: foi revogada pela portaria 2488/
outubro de 2011
3.0 Princípios da Medicina de Família 
- Médico de família e comunidade 
 - Coordenador do cuidado das pessoas 
que atende 
 - Nível primário de atenção 
 - Demais níveis de cuidado
 - Obrigações e objetivos 
 - Identificar e resolver os problemas de 
saúde de cada pessoa individualmente 
 - Prestar cuidado médico efetivo para 
a comunidade como um todo
 - 1981 passou a ser reconhecida como 
especialidade e 2001 passou a receber a 
denominação de medicina de família e 
comunidade reconhecida pela CNRM Pelo 
conselho federal de medicina (CFM). 
3.1 Conceito 
- É definida como especialidade que presta 
assistência a saúde de forma continuada, 
integral e abrangente para as pessoas, 
suas famílias e a comunidade.
- Abrange todas as idade, ambos os sexos, 
cada sistema orgânico e cada doença 
- Trabalha como sinais, sintomas e 
problemas de saúde
- Proporciona o contato das pessoas com o 
médico, mesmo antes que exista uma 
situação de doença ou dois que esta de 
resolva 
- Tem como característica especial o acesso 
do médico ao domicílio das pessoas.
3.2 Princípios 
- Os princípios da medicina de família devem 
ser utilizados como ferramentas para a 
prática e a formação, fazendo com que o 
médico de família, em sua atuação, 
preserve suas características da 
especialidade.
 *** IMPORTANTE 
 I) O profissional de saúde da família é 
hábil 
 II) A saúde da família é uma disciplina 
baseada na comunidade 
 III) O profissional de saúde da família é 
fonte de recursos para uma população 
definida 
 IV) A relação equipe paciente é alvo 
central na saúde da família 
Página � de �5 19
- O segundo princípio citado acima é de 
suma importância ***PROVA 
A) O Segundo princípio: A saúde da família 
é uma disciplina baseada na 
comunidade 
- O médico e família e comunidade deve 
apresentar habilidade para responder e 
adaptar-se as mudanças de situação e a 
diversidade de situações clínicas de acordo 
com as necessidades das pessoas e 
utilizando-se dos recursos disponíveis, 
assim como utilizar-se da rede de serviços 
secundários e terciários com critério.
- Cuidado do paciente em diferente 
contextos (casa, trabalho, hospitais)
- Deve conhecer bem a ecologia da saúde da 
população, dominando com habilidade os 
problemas mais frequentes, faz parte de 
uma rede de serviços (UBS, especialistas e 
outros recursos)
- Cuidado do paciente em diferente 
contextos (casa, UBS, trabalho, hospitais) 
 - As condições de saúde da população 
de abrangência, seja em seus aspectos de 
saúde mais frequentes, condições do meio 
ambiente ou no contexto do local de trabalho, 
influenciam a demanda que procura o médico 
de família
 - Podem ser feitas intervenções 
preventivas com base em indivíduos 
(estratégias clínicas) ou com base em 
comunidades ou populações (estratégias 
comunitárias)
 - Acompanhamento após contra-
referência (internação)
 - Devido ao conhecimento pessoal que 
tem dos doentes e famílias, o médico de 
família poderá identificar riscos para a saúde 
que não seriam detectados por outro 
observador, já que tem a possibilidade de ver 
o paciente frequentemente (mínimo de 4 
vezes ao ano). Fazer visita em seus domicílios
 - Posição incomparável para praticar 
prevenção. A equipe vê seus doentes 
frequentemente e os motivos de consulta 
muitas vezes são auto limitados em pessoas 
saudáveis
 - Excelente oportunidade de fazer 
educação em saúde e detectar doenças na 
fase pré-sintomática
- Deve conhecer bem a ecologia da saúde da 
população, dominando com habilidade os 
problemas mais frequentes
 - A prática do médico de família é 
influenciada significativamente por fatores da 
comunidade onde ele atua, o que determina 
que deva ser capaz de responder as 
necessidades das pessoas corresponder as 
mudanças nessas necessidades, adaptando-
se rapidamente as alterações na situação de 
saúde e encaminhá-las para recursos 
apropriados as suas condições clínicas.
4.0 Ferramentas da prática do médico de 
atenção primária - Consulta de Abordagem 
Centrada na Pessoa 
I) Consulta - Método clínico centrado na 
pessoa 
-Fenômeno complexo: relacionamento entre 
duas pessoas que estão se conhecendo, 
muitas vezes pela primeira vez, cada uma 
com suas expectativas. 
- É ummomento único para estabelecer o 
diagnóstico e o manejo dos problemas de 
saúde 
- Deve-se aproveitar a conduta para 
conhecer o paciente e entendê-lo como um 
todo, como um ser humano singular
- Consulta ideal é aquela que resulta no 
desfecho desejado para todos os 
envolvidos
- Engloba e sistematiza os diversos aspectos 
positivos das diferentes formas de 
abordagem aos problemas de saúde (criar 
vínculos) 
- Assegura que as atitudes dos médicos 
serão na busca do melhor cuidado a 
pessoa que está consultando permitindo 
dessa forma que se chegue a consulta ideal
- Permite estabelecer uma relação de 
confiança entre o médico e o paciente, com 
troca de conhecimentos, fundamentada em 
uma parceria importante para se construir o 
cuidado mediante ações dentro e fora do 
consultório, com um desfecho desfecho 
desejado para o paciente e o médico, 
atendendo ambas expetativas.
- Abertura -> habilidades de construção do 
relacionamento -> Fechamento
II) Tarefas da Consulta
- Tarefas que devem fazer parte de qualquer 
consulta que se queira integral e coerente
 1) Definir o motivo da consulta. Isso 
abrange o tipo, a evolução e a etiologia dos 
problemas, as ideias do paciente em relação a 
ele, as preocupações, as expectativas, e por 
fim, os efeitos que esses problemas estão 
causando os pacientes
 2) Considerar outros problemas, como 
queixas crônicas ou fatores de risco 
associados, diretamente ou não ao problema 
principal
 3) Atingir um entendimento 
compartilhado dos problemas com o 
paciente. Momento de troca de informação 
(médico com conhecimento científico, 
paciente com suas crenças)
Página � de �6 19
 4) Escolher, junto com o paciente, as 
condutas mais adequadas para os problemas 
identificados. Compactuar com o paciente. 
 5) Envolver o paciente no manejo de seus 
problemas encorajando-o a ter 
responsabilidade sobre ele, principalmente 
nos problemas crônicos (HAS e DM)
 6) Estabelecer ou mantes uma relação 
médico-paciente que permite desempenhar 
as tarefas acima com sucesso.
- É fundamental envolver tanto quanto 
possível o paciente - e, se o apropriado, 
seus familiares no seu cuidado de saúde, 
tornando-o corresponsável por todo o 
tratamento. As vezes o idoso não é capaz 
de pegar as informações. 
- Etapas:

 I) Abertura da consulta
 II) Exploração dos problemas
 III) Exame físico
 IV) Explicação e planejamento
 V) Fechamento da consulta 
4.1 Abertura da Consulta 
- Preparando a sessão 
- Estabelecendo “rapport"
- Identificando as razões da consulta
 A) Preparando a sessão 
 - Atender necessidades pessoais/
fisiológicas
 - Desligar-se da última consulta 
 - Disposição do ambiente 
 - Postura/Interrupções 
 - Registro de dados 
 (ter empatia) 
 - Significa ter a capacidade psicológica 
para sentir o que sentiria uma pessoa caso ela 
estivesse na mesma situação vivenciada por 
ela. Consiste em tentar compreender 
sentimentos e emoções. Procurando 
experimentar de forma objetiva e racional o 
que se sente o outro indivíduo. 
 B) Estabelecendo Rapport 
 - Cumprimento e apresentações 
 - Compreensão Empática 
 - O que vemos 
 - Manifestações intencionais
 - Pistas não verbais
 - Manifestações não-intencionais
 - Escuta atenta
 - Significados 
 I) previne a elaboração 
prematura de hipóteses
 II) Reduz o aparecimento de 
queixas tardias
 III) Facilita a captação de pistas 
verbais e não verbais
 
 - Habilidades
 I) Linguagem não verbal 
 a) Contato visual 
 - Excesso - ansiedade
 - Pouco - desinteresse 
 b) Expressão facial 
 - Podem ser 
estimuladoras ou inibitórias 
 c) Gestos 
 - Acenos de cabeça
 - Gesticulação 
adequadas das mãos
 d) Silêncio 
 - Processando algo
 - Sente dificuldade de 
continuar falando 
 - Não sabem mais o que 
dizer
 e) Postura corporal 
 - Postura relaxada e 
receptiva, comunicação calma e estabilidade 
passa confiança
 II) Facilitadores/encorajados 
 - Sinais verbais que 
demonstram que o profissional está em 
sintonia com o paciente.
 - Repetição de uma ou mais 
palavras chaves ou última frase do paciente
 - Resumo do que relatou 
 - Uso de expressões 
 III) Reflexão de sentimentos 
 a) Funções
 - Demonstrar 
compreensão e empatia
 - Direcionar a entrevista 
 b) Aspectos técnicos 
 - O sentimento deve ser 
categorizado 
 - Raízes de frases: “você 
parece se sentir”
 - O sentimento refletido 
deve ter a intensidade adequada 
 c) Observações sobre a 
experiência e comportamento 
 - “você deve ter ficado 
muito assustada quando isso aconteceu”
 -“você não parece muito 
feliz por ter que fazer isso.''
 IV) Habilidade empática 
 a) Auto revelação pelo 
médico 
 - “Eu fico triste por ouvir 
isso”
 -“Eu também me sentiria 
muito confuso diante de uma situação como 
essa" 
 
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 b) Matching 
 - Você propositalmente 
ajusta seu próprio comportamento de forma a 
torná-lo semelhante aqueles aspectos do 
paciente que você particularmente notou.
 - Você assemelha sua voz, 
seus gestos e sua postura de uma maneira tal 
que uma terceira pessoa observando o par 
médico-paciente ficaria surpreso pelos 
similaridade.
 - Se colocar na postura dele.
 C) Identificando as razões da consulta 
 - A pergunta de abertura
 - Escutar atentamente as 
manifestações 
 - Screening e registro das 
informações: realizar screen e anotar os 
problemas, destacar o principal e abordar os 
demais problemas em consultas 
subsequentes.
 - SCREENING esforço deliberado 
para descobrir todos os problemas do 
paciente antes de começar a exploração ativa 
de um deles (aproveitar as pistas não verbais). 
Envolve checar repetidamente com perguntas 
abertas e existência de outras preocupações 
ou problemas que o paciente queria discutir 
(algo mais?).
 - Perguntas de abertura: 

 I) Qual o problema?
 II) Como vai você?
 III) Como estão as coisas?
 IV) Em que posso lhe ajudar?
 - Duas formas de consulta 
tradicional e centrada no paciente: 
 A) Tradicional:
 - Pergunta de abertura
 - Suposição de identificação do 
problema
 - Realização da exploração do 
problema
 B) Centrada no paciente:
 - Pergunta de abertura- Escuta atenta
 - Screening 
 - Confirmação 
4.2 Exploração dos problemas 
- Exploração dos problemas do paciente na 
perspectiva biomédica e na perspectiva do 
paciente.
 I) Perspectiva Biomédica (doença)
 - Sequência de eventos 
 - Análise de sintomas 
 - Revisão de sistemas
 
 II) Perspectiva do Paciente (enfermidade)
 - Ideias e crenças 
 - Preocupações
 - Expectativas 
 - Impactos na vida 
 - Sentimentos 
A) Estruturando a Consulta 
- Informação contextual 
- História médica pessoal, familiar, pessoal e 
social.
- Estruturar a consulta
- Fazer uma organização visível/observável 
- Sequência lógica
- Prestar atenção no tempo e nas 
necessidades do médico também - 
perguntas fechadas/abertas
- Não perder o foco
 B) Construindo Relação 
- Manter comportamento não verbal 
apropriado
- Manter rapport (empatia)
- Envolver o paciente (compartilhar 
pensamento)
- Pedir permissões no exame físico
- Reconhecer opiniões, não julgar
C) Estabelecendo Agenda 
- Saber por qual queixa começar sem 
embaraçar assuntos. 
4.2.A Habilidades que podem ser usadas 
na exploração de problemas 
I) Habilidades de escuta atenta 
 - Linguagem não verbal 
 - Facilitadores
II) Habilidades de direcionamento e 
estruturação da entrevista 
 - Perguntas abertas
 - Perguntas fechadas
 - Sumarização
 - Signposting
III) Habilidades empáticas 
 - Reflexão de sentimentos 
 - Legitimação
 - Matching 
4.2.B Habilidades de direcionamento e 
estruturação da entrevista 
- Sumarização 
 - Ato deliberado de fazer um sumário verbal 
explícito para o paciente das informações 
coletadas até então 
 - Usado periodicamente ao longo da 
entrevista 
 - Demonstra que o médico escutou com 
atenção e interesse 
 - Permitir ao paciente chegar a 
compreensão e os pensamentos do médico e 
confirmá-los ou corrigi-los
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- Signposting (sinalização de transição - 
mudança) 
- Quando usar: 
 - Abertura - fase de exploração de 
problemas 
 - Perguntas aberturas - perguntas 
fechadas
 - Questões específicas sobre ideias, 
preocupações e expectativas do paciente
 - Diferentes partes da história 
 - Exame físico 
 - Explicação 
4.2.C Competências adicionais para 
entender as perspectivas do paciente 
- O médico deve avaliar ativamente e 
explorar adequadamente 
 - Ideias do paciente: as crenças são a 
causa?
 - Preocupação do paciente: 
considerando cada problema
 - Expectativa do paciente: o que o 
paciente espera de cada problema
 - Efeitos: como cada problema afeta a 
vida do paciente
4.2.D Ruídos na compreensão das 
informações médicas 
- Paciente frequentemente não entendem 
seus médicos e só conseguem identificar 
50% da informação crítica fornecida 
- 22% a 72% dos pacientes não seguem as 
recomendações dos médicos 
- 50% dos pacientes não tomam ou tomam 
incorretamente os medicamentos prescritos 
- Os médicos superestimam o tempo que 
usam para explicação e planejamento em 
até 900% 
4.3 Explicação e Planejamento 
- Objetivos: 
 - Prover o tipo e a quantidade de 
informação adequados para cada paciente
 - Envolver o paciente no nível que ele 
deseja 
 - Fazer uso apropriado de tranquilização 
 - Negociar um plano de tratamento 
 - Ajudar o paciente a compreender o 
nexo entre emoções e sintomas físicos
 - Negociar mudanças comportamentais 
e tratamento compartilhado
- Tarefas:
 - Avaliar necessidades individuais de 
informação
 - Usar uma abordagem interativa para 
assegurar a compreensão compartilhada 
 - Relacionar explicações com a 
estrutura de referência do paciente 
- Conteúdo: 
 - Diagnóstico diferencial - hipóteses
 - Plano de tratamento 
 - Plano de ação negociado
- Habilidades: 
 I) Chunks & Checks
 II) Categorização explícita ou signposting
 III) Repetição e Reiteração pelo paciente 
 IV) Organização da explicação 
 V) Uso de sumarização 
 VI) Captação de pistas verbais e não 
verbais
 VII) Linguagem facilmente compreendida 
4.4 Fechamento da Consulta ***PROVA 
 - Objetivos:
 - Confirmar o plano de cuidados 
 - Clarificar os próximos passos
 - Estabelecer plano de contingência 
 - Maximizar a aderência 
 - Prevenção de surgimento de novos 
problemas:
 - Uso de signpostings para orientar o 
paciente durante a consulta 
 - Esforço do médico para trazer a tona 
as crenças do paciente e responder as suas 
necessidades 
 - Perguntar o paciente sobre a extensão 
do que ele deseja 
- Comportamentos associados com 
fechamentos ineficientes 
 - Uso de perguntas abertas 
 - Demonstração de emoções/surpresas 
pelo médico
- Habilidades 

 - Sumarização final: 
 - Perguntar ao paciente que outras 
informações poderiam ser úteis (etiologia, 
prognóstico) 
 - Dar explicação no tempo 
apropriado: evitar dar conselhos, informações 
ou tranquilização prematuramente. 
 - Usar métodos visuais de conduzir a 
informação: diagramas, modelos, informações 
e instruções escritas. 
- Planejando: compartilhar a tomada de 
decisão 
 - Compartilhar o próprio pensamento: 
ideias, processo de pensamento e dilemas.
 - Envolver o paciente: 
 - Oferecer sugestões e escolhas ao 
invés de diretriz 
 - Encorajar o paciente a contribuir 
com suas próprias ideias, sugestões 
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- Fechando a sessão 
 - Planejar para o futuro 
 - Assegurar apropriado ponto de 
fechamento (previnir a síndrome da maçaneta 
= Doutor, uma coisinha mais) 
 - Se negociar mutuamente um plano de 
ação 
 - Discutir investigações e procedimentos
5.0 Abordagem Familiar 
- A medicina familiar não separa a doença 
da pessoa, nem a pessoa do seu ambiente. 
Reconhece que a saúde e a doença estão 
relacionadas com a personalidade, o modo 
de vida, o meio ambiente físico e as 
relações humanas. 
- Ferramentas da abordagem familiar 
 I) Ciclo de vida
 II) Genograma
 III) Ecomapa 
 IV) FIRO 
 V) Practice 
I) Ciclo de vida ***PROVA (o que você 
entende como?) 
 - O ciclo de vida é uma ferramenta que 
divide a história da família em estágios de 
desenvolvimento previsíveis. Cada estágio 
apresenta Tarefas específicas e crises 
associadas a execução ou não de tais tarefas 
 -Estágios do ciclo de vida 
 1) Sair de casa,
 2) Compromisso com o parceiro, 
aprendendo a viver junto,
 3) Chegando o primeiro filho, 
 4) Família com filhos pequenos,
 5) Família com filhos adolescentes 
 6) A saída dos filhos, ninho vazio
 7) Aposentadoria 
 8) Velhice
 - Explicando cada um: 
 1) Sair de casa: 
 - Estabelecer independência pessoal 
(autonomia financeira)
 - Iniciar processo de separação 
emocional de seus pais
 - Pode causar transtornos emocionais
 - Cefaleia tensional, Insônia 
2) Compromisso com o parceiro, 
aprendendo a viver junto 
 - Estabelecer uma relação intima com o 
outro
 - Maior separação emocional com seus 
pais
 - Dividir os vários papéis do casal de 
modo equilibrado- Período no qual o casal vive mais 
distanciado de suas famílias, negociando as 
relações com seus pais e com seus velhos e 
novos amigos.
 - Conhecimento recíproco e a 
construção de regras próprias de 
funcionamento que guardam semelhanças, 
mas podem ser diferentes daquelas das 
família de origem. 
 - Fase em que um dos cônjuges pode 
procurar o serviço de saúde com queixas 
orgânicas que podem ser a explicação da 
dificuldade de adaptação .
3) Chegando o primeiro filho 
 - Abrindo a família para inclusão de um 
novo membro 
 - Dividir o papel dos pais
 - Problemas que motivam as pessoas a 
procurarem os serviços de saúde nessa fase: 
dificuldade de amamentação, choro intenso 
do bebê, cólicas, transtornos do sono
 - O médico deve ficar atento para que 
possa avaliar se as consultas frequentes do 
casal são uma maneira de externar conflitos 
desse período de transição de casal para 
família. 
4) Família com filhos pequenos 
 - Saber lidar com o aumento das 
exigências, ou seja, com a chegada de novos 
membros da família as exigências se 
multiplicam de forma geométrica. 
 - Abrir contato cada vez mais íntimo com 
a sociedade, por meio de creches, maternais 
e de escola de ensino fundamental (a medida 
que os filhos crescem) 
5) Família com filhos adolescentes 
 - Aumentar a flexibilidade para mudar 
algumas regras, tomando a fronteira dos pais 
mais permeável ao exterior permitindo ao 
adolescente exercer sua recém construída 
autonomia dentro da família 
 - Reforçar a relação conjugal e profissional 
 - Se não tiver uma família estruturada é 
difícil manter o vínculo devido a hiperatividade 
do adolescente (rebeldia)
6) A saída dos filhos - Ninho vazio 
- Aceitando a multiplicidade de saídas e 
entradas na família 
- Ajuste ao fim do papel dos pais
- Como se os pais quebrassem um elo 
- Geram alterações somáticas em todos 
7) Aposentadoria 
- Ajuste ao fim do salário regular
- Desenvolvimento de novas relações com 
filhos, netos e com cônjuge
 - Queda do salário
8) A velhice 
- Lidando com a perda de habilidades e 
maior dependência dos outros
- Lidando com a perda de amigos, familiares 
e eventualmente do cônjuge 
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5.1 Genograma 
 - Uma vez adotado no modelo baseado na 
saúde de família é necessário adotar um 
método clínico para coletar, armazenar e 
pesquisar informações, além de um processo 
de trabalho para processá-la, entendê-la e 
torná-la útil em nossa prática
 - É uma ferramenta que atende a tais 
expectativas, de forma simples e objetiva, 
além de proporcionar um acesso fácil a 
informação para todos os membros da equipe 
 - A cada serviço cabe normatizar com seus 
próprios símbolos, que devem ser 
devidamente legendados
 - Trata-se de uma forma esquemática 
(gráfica) o desenho familiar ou árvore familiar, 
é através desse instrumento que podemos 
obter uma visão geral da estrutura familiar
 - Observa o quadro familiar, tendo uma 
visão dos problemas potenciais que podem 
intervir na vida do indivíduo ou familiar, nos 
processos de saúde e doença
 - Consegue-se obter dados tais como: 
idade, fatores de risco, mortes, aspectos, 
genéticos permitindo assim um diagnóstico 
familiar preciso. 
 - Representação esquemática de 
parâmetros individuais e familiares
 - Representa três gerações de 
descendência 
 - Identifica as relações dentro do sistema 
multigeracional da família
 - Na construção do hemograma é de suma 
importância a escuta empática
 - É referido como pedigree da família
- Finalidades: 
 I) Traçar perfis, descobrir tendências e a 
existência de padrões de repetição familiares, 
 II) Ter uma visualização ampla, porém 
objetiva, da saúde da família 
 III) Observar as relações causais de 
diversos fatores a sinais, sintomas, patologias 
ou qualquer desarranjo familiar.
 IV) Relacionar aos fatores datas e 
problemas comportamentais e sociais
 V) Possibilita, portanto, um maior 
entendimento e encaminhamento dos 
diagnósticos familiares 
 VI) Em casos especiais deve-se ampliar o 
genograma, investigando gerações mais 
distantes da família estudada.
- Conteúdo: 
 - Informações básicas:
 - Nome
 - Datas
 - Nascimento
 - Casamento
 - Morte
 - Diagnóstico
 - Informações complexas:
 - Triangulações 
 - Genética 
 - Padrões de comportamento
 - Relacionamento
- Tipos de genograma 
 - Genograma objetivo - 5 minutos
 - Genograma completo - 1 hora
 - Regras para construção 
 - Estudar gerações pelo menos
 - Seguir um padrão de símbolos 
 - Registrar alguns dados básico
5.2 Ecomapa 
- Identifica as relações e ligações da família 
com o meio onde habita
- O ecomapa não é mais do que uma 
representação gráfica das ligações de uma 
família as pessoas estruturadas sociais do 
meio em habita, desenhando, poderíamos 
assim dizer, o seu sistema ecológico.
- Identifica os padrões organizacionais da 
família e a natureza das suas relações com 
o meio mostrando nos o equilíbrio entre as 
necessidades e os recursos da família.
- No centro o indivíduo ou família e ao redor 
do circulo 
 - Trabalho, Animal estimação, Família 
extensa, Igreja, Escola, Centro de Saúde, 
Amigos, Grupos recreativos e etc. 
- Finalidade 
 - Resumir e representar muita informação 
importante sobre a família e o seu meio num 
formato gráfico fácil de ver e compreender 
por qualquer um dos intervenientes no 
processo
 - Construir/melhorar a relação dos técnicos 
com a família
 - Menor resistência dos elementos da 
família em partilhar com os técnicos dados 
informativos 
 - Ilustrar a natureza e o impacto das 
relações da família com o meio, permitindo 
verificar se são fonte de suporte ou não 
suporte.
 - Uma melhor compreensão das situações 
geradoras de serres e dos recursos 
disponíveis 
 - Observar o progresso e resultado das 
medidas de intervenção, quer sobre a família, 
quer sobre o meio.
- Que áreas devem ser incluídas no 
ecomapa: 

 - A vizinhança 
 - Educação
 - Trabalho
 - Grupos sociais 
 - Relações pessoais 
 - Outras
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5.3 FIRO 
- O modelo F.I.R.O foi desenvolvido para o 
trabalho com dinâmica de grupo em 1958 e 
posteriormente adaptado ao trabalho com 
famílias
 - Encontro de casais (exemplo) 
- O nome da ferramenta deriva das iniciais de
 - F - fundamental
 - I - Interpersonal
 - R- Relatos
 - O- Orientação 
- É um instrumento de estudo e avaliação da 
família, seus relacionamentos e estrutura 
 - Analisa 3 conceitos básicos:
 I) Inclusão
 II) Controle
 III) Intimidade 
I) Inclusão: 
 - Inclusão em uma família se refere as 
interações que estão relacionadas a ligação, 
organização e identificação com outros 
membros da família
 - Pode ser dividido em:
 A) Estrutura:
 - Refere-se aos padrões repetitivos de 
interação que se tornam rotina. Isto captura a 
organização das famílias, incluindo papéis e 
laços entre gerações
 B) Conectividade:
 - Refere-se aos laços de interação 
entre os membros da família. Isto captura 
elementos de comprometimento, educação e 
sentimentos de pertencer
 C) Modos de compartilhar:
 - Refere-se as associações 
interativas com o senso especial de 
identidade da família como um grupo. Isto 
envolve noções tais comorituais e valores 
familiares. 
II) Controle: 
 - Na família “controle"se refere a influência e 
poder exercido por diferentes membros da 
família

 - Temos 3 tipos:
 A) Dominante 
 B) Reativo 
 C) Colaborativo 
III) Intimidade 
 - Intimidade refere-se as interações 
pessoais que envolvem troca com alto grau 
de franqueza, expressão emocional e 
vulnerabilidade mútua entre os membros da 
família. 
- Conclusão: 
 - De uma forma simplificada e prática 
podemos estudar as proposições do F.I.R.O, 
com as seguintes perguntas:
 A) Inclusão: 
 -“Quem está dentro e quem está 
fora?”
 B) Controle:
 -“Quem está em cima e quem está em 
baixo?” (domínio da situação?)
 C) Intimidade:
 -“Quem está perto e quem está 
longe?”
5.4 PRACTICE 
 - O acróstico ajuda os clínicos na 
estruturação de seu atendimento as famílias
- Cada item do acróstico deve ser 
preenchido de forma objetiva (1 a 3 linhas)
- Conceito: 
 A) É uma diretriz para avaliação do 
funcionamento de uma família 
 B) É uma ferramenta para o estudo de um 
problema de uma família 
 C) É um acróstico 
 D) É uma forma de sumarizar vários 
achados da estrutura e funcionamento da 
família 
- Objetivo: 
 1) Registrar uma conferência familiar
 2) Avaliar o funcionamento da família de 
um paciente específico 
 3) Fornecer informações sobre a 
organização familiar e o posicionamento da 
família diante dos problemas enfrentados, 
possibilitando o manejo daquele caso 
específico 
 4) Focar o problema, permitindo uma 
aproximação esquematizada para trabalhar 
- Estudar o problema de uma família com o 
PRACTICE pode ajudar o profissional de 
saúde de família a organizar de uma forma 
objetiva seus achados e planejar melhor 
suas intervenções. 
- Significado de cada letra (traduzido): 
 - P - problema apresentado
 - R - Papéis e estrutura
 - A - Afeto 
 - C - Comunicação 
 - T - Tempo no ciclo vida 
 - I - Doença na família
 - C - Enfrentando o estresse
 - E- Ecologia 
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6.0 Abordagem comunitária: Diagnóstico 
de Saúde da comunidade 
- Contextualizando: 
 I) Universalidade - Acesso para todos
 II) Integralidade - Cuidar de todos os 
aspectos
 III) Equidade - Acolher os diferentes e 
atender suas necessidades
- Nesse contexto, a atenção básica tem um 
papel de organizar e orientar o cuidado, 
sendo a base desse sistema único de 
saúde que busca uma saúde mais 
acessível, de qualidade, e que é um direito 
constitucional em busca de uma realidade 
social menos desigual no Brasil. 
- A estratégia de saúde da família tem papel 
fundamental nesse processo e nós, 
profissionais, precisamos perceber a nossa 
atuação como determinantes para melhorar 
ou piorar a situação de vida de quem 
cuidamos. 
- Como concretizar um processo de 
trabalho orientado por esses princípios 
 - As políticas, princípios e diretriz do SUS 
não definem a operacionalização pratica das 
leis ( não há apoio do governo). 
 - Há direcionamento, mas a gestão local é 
imprescindível para que se responda as reais 
necessidades e características da 
comunidade atendida e da equipe de saúde e 
serviços disponíveis 
 - Planejamento é importante para organizar 
o processo de trabalho e priorizar as ações a 
serem implementadas. 
- O que é planejar? 
 - Planejar consiste basicamente em decidir 
com antecedência o que será feito para 
mudar condições insatisfatórias no presente 
ou evitar que condições adequadas venham a 
deteriorar-se no futuro. 
 - É uma atividade própria do ser humano. 
Pensar em objetos futuros e definir estratégias 
para alcançá-los orientam a atuação do 
homem em torno dos espaços. Ex: planejar 
uma viagem. 
 - Pensar no futuro, estabelecer objetivos e 
encontrar os meios para alcançá-los é uma 
das características que diferenciam os 
homens dos demais seres vivos 
 - Planejar é pensar antes de agir.
- Onde queremos chegar com isso? 
 - Para iniciar o planejamento de uma 
ação, é preciso saber onde queremos chegar 
e qual nosso objetivo.
 - Para isso, conhecer o território no qual 
atuamos é essencial e imprescindível. 
6.1 Importâncias das etapas do 
planejamento 
 A) O diagnóstico comunitário é uma das 
etapas estratégicas do planejamento das 
ações de saúde
 B) Sua preocupação está em responder as 
reais necessidades dos usuários como oferta 
de ações e serviços condizentes e 
significativos
 C) Isso é possível a partir do diálogo, vínculo 
e compartilhamento de saberes entre a 
comunidade e os profissionais
 
6.2 Planejamento Estratégico Situacional 
- Contempla um conjunto de método a 
serem utilizados nos diversos momentos do 
processo de planejamento, quais sejam: 

 I) *** O explicativo (apenas o que será 
abordado nessa aula)
 II) O normativo;
 III) O estratégico;
 IV) O tático-operacional
 I) Momento Expicativo 
- São os momentos em que se analisa a 
realidade presente e o hiato que existe 
entre o agora e o futuro desejado. 
- Nele se desenvolve a complexa tarefa de 
identificar e selecionar problemas, explicar 
com profundidade as causas de cada um e 
o conjunto dos mesmos. 
- Trata-se de marcar a situação inicial do 
plano.
- É o momento importante que deve contar 
com a participação ampla de todos os 
atores envolvidos para análise dos 
problemas que os afetam.
- De que estamos falando? 
 A) De uma avaliação global do estado 
de saúde da comunidade toda quanto ao seu 
ambiente social, físico e biológico.
 B) De determinar problemas e 
estabelecer prioridades para o planejamento e 
o desenvolvimento de programas de 
assistência a comunidade
 C) De um processo diagnóstico dinâmico 
e de uma experiência de aprendizado 
contínuo para profissionais e comunidade
 D) De ações que requerem a participação 
de todos e o trabalho compartilhado
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- Como reconhecer as necessidade de 
saúde da comunidade? 
 - A realização de um diagnóstico em um 
determinado território visa conhecê-lo em 
profundidade, de maneira a problematizar as 
principais dimensões da sua realidade social.
 - Entender a concepção de saúde e 
doença da equipe:
 - Saúde como direito? Constituição 
88, lei n.8080
 - Saúde integral? Processo 
dinâmico, fruto de determinação social 
 - Conhecer e valorizar a realidade da 
comunidade/território:
 - Porque as pessoas adoecem? 
Derminantes: a organização social afeta as 
causas da doença
 - Origem por determinantes de 
saúde:
 A) meio socioeconômico, cultural 
e estilo de vida: educação, ocupação, 
alimentação, renda, etc.
 B) Físico (ambiente): condições 
geográfica, água, habitação, saneamento
 C) Fatores biogenéticos: idade, 
sexo, herança genética, exposição a agentes 
etiológicos,
 D) Prestação de serviços de 
saúde: acesso aos serviços, medicamentos, 
excelência, ambulatórios, hospitais, UTI`s, etc.
- Esse reconhecimento deve ser obtido pelos 
profissionais da equipe de atenção básica, 
pelo integrantes do NASF e pela população 
local.
- A equipe deve definir os limites geográficos 
e a população referente a esse espaço
- Deverá também perceber a dinâmica social, 
cultural e dos serviços instalou no local.
- Nossa formação está relacionada a 
explicação do processo saúde-doença por 
fatores biológicos ou fatores ambientais ou 
fatores sociais Tais fatores, porém,estão 
conectados. 
 - Modelo de Dahlgren e Whitehead: 

 Influência em camadas: 
 
- Integralidade: 
 � 
 - Vermelho: Determinante social
 - Alaranjado: Condicionante Ambiental
 - Amarelo: Desencadeador Etiológico 
 
6.2 Exemplo de Integralidade 
- Uma pessoa que tem contato com o bacilo 
da tuberculose em ambiente propício, 
adoece ou não dependendo de suas 
condições socioeconômicas: 
suscetibilidade ou não.
 - Nossa ações não podem focar só no 
agente etiológico: recuperação e reabilitação
 - Precisamos olhar mais para o 
ambiente: prevenção
 - E olhar mais para as características 
sociais: promoção da saúde. (Prevenção e 
promoção é essencial) 
6.3 Repensar como funcionamos 
- Nossos serviços de saúde ainda são 
fortemente orientados pela doença, para a 
cu ra e não pa ra o cu idado . Não 
trabalhamos na lógica da longitudinalidade 
- Nossas ações são: 
 - Prioritariamente curativas
 - De forma secundária preventivas
 - Talvez educativas
- São ações que focam em indivíduos e não 
em grupos e população
- As ações são descontinuadas e não 
integradas entre serviços
6.4 Implementação do diagnóstico 
comunitário 
- O diagnóstico permite olhar para a 
realidade local e: 

 A) Identificar e analisar problemas
 B) Estabelecer prioridade
 C) Observar fatores que limitam o 
desenvolvimento das atividades: 
necessidades e recursos
 D) Instituir diretrizes para definir ações a 
serem implementadas 
 E) Tornar clara a realidade da instituição 
de forma a possibilitar que o planejamento 
seja adequado - seja horizontal
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- Feito pela comunidade com a equipe - 
trabalho coletivo: 
 A) Só será reconhecido se a 
comunidade se enxergar nele
 B) As prioridades para a equipe nem 
sempre são as mesmas para a comunidade. 
- Ressaltando então: 
 I) Participação popular

 II) Abordagem intersetorial
 III) Descentralização da política de saúde
 * Os ACS’s São centrais no processo e 
fazem a ponte entre a equipe e a comunidade.
6.5 Etapas do Diagnóstico Comunitário 
***PROVA 
- De forma ampla: 
 1) Definir o objetivo 
 2) Listar informações ou dados a 
coletar possíveis de mensurar 
 3) Definir dados 
 4) Coletar dados 
 5) Analisar e Interpretar os dados 
 6) Estabelecer prioridades 
- Vamos lá: 
 1) Definir o objetivo: 
 - Como desejamos ser?
 - Como queremos a situação de vida e 
saúde das pessoas?
 - Quais serviços desejamos?
 - Onde queremos chegar?
 2) Listar informações ou dados a coletar 
possíveis de mensurar: 
 - A equipe deve realizar, de preferência 
com os ACS’s e lideranças da comunidade, 
uma visita a diversas áreas do bairro, 
buscando conhecer com mais detalhada a 
área de abrangência da unidade de saúde sob 
responsabilidade e identificar as: 
 - Características urbanísticas e 
sociais: 
 A) Fluxo da população nas ruas, 
os transportes, as barreiras geográficas que 
dificultam o acesso da população a unidade e 
a circulação no bairro
 B) Características das moradias 
e de seu entorno 
 C) Condições de saneamento 
básico: infra estrutura urbanística-
característica da ocupação do espaço 
urbano, como ruas, calçadas, praças, espaço 
de lazer, paisagismo. Para desenvolver sem 
vida.
 D) Condições do meio, como 
desmatamento ou poluição 
 
 E) Principais equipamentos sociais, 
como escolas, creches, centros comunitários, 
clubes, igrejas e outros serviços que a 
população utiliza para desenvolver sua vida 
no território 
 F) Áreas de situação de risco que 
pode ser de várias ordens 
 
- É necessário ainda a sistematização de um 
conjunto de indicadores demográficos, 
socioeconômicos e epidemiológicos: 
 I) Indicadores demográficos: total da 
população na área e sua distribuição por 
sexo, faixa etária. 
 II) Indicadores socioeconômicos: 
condições de moradia, educação, renda 
familiar, trabalho, lazer e segurança.
 III) Indicadores do nível de saúde: 
natalidade, mortalidade, morbidade (doença 
de notificação compulsória), cobertura 
vacinal, condições de saneamento básico e 
meio ambiente.
 IV) Outras informações: Marcadores do 
SIAB, indicadores de ofertas de serviços de 
saúde (rede pública e privada) na área de 
abrangência. 
3) Definir Dados 
 - Fonte de dados
 - Forma para coletar 
 - Elaboração de instrumentos se necessário 
(questionários, entrevistas e tabelas) 
4) Coletar dados 
 - Buscar os dados para buscar as 
informações relevantes 
 - Nem todo o sistema foi informatizado 
ainda. 
5) Analisar e interpretar os dados 
- A partir de caracterização da população e 
do território em que está inserida essa 
população é necessário estabelecer um 
processo de reflexão e discussão coletiva 
em torno das informações existentes 
aproveitando a experiência acumulada de 
todos os envolvidos (gestores, técnicos, 
profissionais de saúde, comunidade ) para 
identificação dos problemas.
 A) Reflexão sobre os dados para 
transformá-los em informações úteis
 B) Listagem dos problemas, 
necessidades e recursos
 C) Identificação dos grupos de riscos
 D) Fatores sociais (recursos que a 
comunidade tem para implementar as ações: 
talentos, horta, áreas de lazer, etc)
 E) Como as pessoas aprendem (tradição 
e na escola)
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6) Estabelecendo Prioridades 
- A identificação e priorização de problemas 
deve ser de construção coletiva envolvendo 
uma ampla gama de atores sociais.
 - Interessados em mudar uma data 
realidade ou identificados com o mesmo 
objetivo.
- São referentes as necessidades e as 
demandas de saúde e doença da 
população e são referentes a organização e 
ao funcionamento dos serviços. 
- Que tipos de problemas são importantes 
para a comunidade?
- Quais problemas são esses?
- São só de saúde?
 A) Do que se trata (o que?) 

 - Mortalidade infantil (exemplo)
 B) Tamanho

 - Quanto
 C) População atingida (quem?)
 - Crianças menores de um ano
 D) Localização (onde?)
 - Bairro X, estado Y
 E) Dimensão temporal (quando?)
 - ano de 2017 
- Critérios de priorização 
 - Devido a grande quantidade de 
problemas identificados, muitas vezes o 
diagnóstico torna-se muito detalhado, não 
permitindo a definição de estratégias de 
intervenção, portanto , para que o processo 
de planejamento não se restrinja ao 
diagnóstico, é fundamental estabelecer uma 
ordem de prioridades para resolução de 
alguns problemas. 
 - Alguns questionamentos devem ser 
feitos: 
 - O problema é frequente? 
 - Ele é considerado importante pelos 
atores participantes do processo? 
 - Existem conhecimentos e recursos 
disponíveis para que a equipe de saúde possa 
enfrenta-lo 
- Existem critérios SUBJETIVOS e 
OBJETIVOS 
 A) Os critérios Objetivos de priorização de 
problema: 
 I) Magnitude: É o relacionado com o 
tamanho do problema. Quantas pessoas são 
atingidas e com qual frequência?
 II) Transcedência: Refere-se a 
importância do problema. Quanto mais gente 
se interessa, maior transcendência e 
importância tem o problema.
 III) Interesse em solucionar o 
problema: Importância política, cultural e 
técnicaque é dada ao problema. 
Interdependência de atores. 
 
 IV) Vulnerabilidade: é o grau de fragilidade 
que um problema tem quando se 
desenvolvem as intervenções possíveis com a 
tecnologia disponível. Quanto mais fácil é a 
possibilidade de um problema ser resolvido 
ou diminuído por meio de uma intervenção, 
mais vulnerável ele é: 
 V) Factibilidade: Disponibilidade de 
recursos para resolver o problema: materiais, 
humanos, físicos, financeiros e políticos 
 VI) Urgência: Definida pela gravidade de 
suas consequências e riscos para os 
envolvidos: prazo para enfrentar os problemas
7) Organizar as ações a serem 
desenvolvidas 
- Documentar os problemas prioritários e 
começar a trabalhar com as ações, 
planejando a sua execução 
- Construir matrizes de intervenção e listar 
responsáveis e prazos
 - Matriz de intervenção 
7.0 Gestão Clínica 
- Organização dos serviços de atenção 
primária
- Os sistemas de serviços de saúde tem 
como objetivo promover a saúde e 
responder as necessidades do indivíduo 
como ser integral
- Os profissionais e serviços devem buscar 
uma organização com base na satisfação 
das necessidades da saúde da população
- Para um bom funcionamento da clínica é 
importante conhecer a demanda
- A agenda deve ajudar na organização de 
demanda e não diminuí-la ou limitá-la 
- A organização dos serviços de saúde 
baseiam-se em: 
 A) Modelos de atenção
 B) Estruturas das equipes
 C) Área Adscrita
 D) Fatores que influenciam a utilização da 
unidade de saúde 
 E) Conhecendo e organizando a demanda
 F) Organização da agenda
 G) Habilidades para serem utilizadas na 
gestão da clínica
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7.1 Modelo de Atenção ***PROVA 
- Os modelos de atenção em que está 
estruturado o sistema de saúde influenciam 
a gestão da clínica de diversas formas: 
 - Diretamente, pois se referem a modos 
de pensar e organizar os sistemas e serviços 
de saúde, a partir de opções técnico-políticos
 - Fortemente o modo como os indivíduos 
e coletivos serão concretamente cuidados no 
cotidiano 
 - Na organização do funcionamento de 
redes de atenção, articulando, de forma 
singular, as relações entre os componentes de 
rede e as intervenções sanitárias
- Já é sabido que atenção primária é uma 
forma de organização dos serviços de 
saúde e uma estratégia para integrar todos 
os aspectos desses serviços, a partir da 
perspectiva de uma população.
- No Brasil a atenção primária é um modelo 
bem diversificado e isso vai influenciar 
muito como os indivíduos terão suas 
necessidades atendidas.
- Tipos de modelo de atenção: 
 A) Programa vertical: (ex: campanhas de 
vacinação, dengue, cólera). Inserido dentro da 
APS. 
 B) Unidade básicas tradicionais: Cuja 
porta de entrada se dá com o clínico geral, 
pediatria, ginecologista. Onde é atendida 
exclusivamente a demanda espontânea. 
Entendem o trabalho na unidade como 
apenas vigilância (puericultura, pré natal, 
prevenção de câncer de mama, câncer de 
colo de útero). Não há acompanhamento e 
nem atendimento longitudinal.
 C) Saúde suplementar: (privada) que tem 
baixo escore geral de APS pois o cuidado é 
bastante fragmentado e sem coordenação.
 D) Unidades de assistência médica 
ambulatorial (AMA): Ambulatórios de 
hanseníase, tuberculose, HIV
 E) Modelo atenção as condições crônicas: 
Hiperdia, acispes 
 F) Unidades de estratégia de saúde da 
família (ESF) 
 G) Unidades de Pronto Atendimento 
(UPAS) 
 - Estruturas de complexidade 
intermediária entre unidades básicas de 
saúde e as portas de entradas de urgências 
hospitalares.
 - Acolhem e classificam o risco, 
priorizando os atendimentos de maior 
urgência 
 - Não estabelecem articulação com a rede 
de atenção básica
 - É considerada um modelo competitivo 
para a saúde de família
 - Corresponde ao modelo tradicional: 
sintoma-receita (medicação sintomática)
 - Não atende a qualquer outro atributo 
da APS (criação de vínculo, longitudinalidade, 
coordenação da atenção, integralidade, 
territorialidade ou orientação comunitária).
- É fundamental existirem não somente 
serviços de saúde em quantidades 
adequadas, mas também que esses 
serviços estejam articulados de maneira 
complementar e não competitiva, na 
perspectiva de redes de atenção, que 
sejam capazes de responder as 
necessidades de todos e de cada um, de 
maneira singular, integral e compartilhada. 
Porém nem sempre consegue isso.
- Considerações 
 I) A integração dos serviços de atenção 
básica a rede assistencial e a garantia do 
acesso a atenção especializada com 
estabelecimento de referência e contra 
referência são fatores decisivos para o 
exercício pelas equipes de AP de 
coordenação dos cuidados.
 II) A AP de alta qualidade deve conseguir dar 
resposta a todas as demandas inclusive a 
prioritária, mas devido a excessiva 
programação de agenda impossibilita o 
acesso dos pacientes em momentos que eles 
necessitam de atendimento gerando uma 
atenção primária de baixa qualidade 
III) Além de ser uma das principais porta de 
entrada do sistema de saúde, tem que se 
constituir numa porta aberta capaz de dar 
respostas positivas aos usuários, não 
podendo se tornar simplesmente um lugar 
burocrático e obrigatório de passagem para 
outros tipos de serviços
7.2 Estrutura das Equipes
- Pode-se observar alguns tipos de equipe 
dentro do universo da saúde 
 - Equipes da atenção básica
 - Equipes Multiprofissionais
 - Equipes Funcionais: trabalhar em rede 
colaborativa na qual cada integrante exerce o 
máximo de seu potencial 
-> Dando destaque as ‘Equipes de atenção 
Básica’ 
- Características da equipe de atenção básica 
 - Possibilidade de se vincular
 - Se responsabilizar 
 - Atuar na realização de ações coletivas de 
promoção, prevenção no território, cuidado 
individual e familiar. 
 - Gestão de projeto
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- Os seus membros tem que estar abertos 
para perceber as peculiaridades de cada 
situação que se apresenta, buscando 
gerenciar os tipos de recursos que ajudem 
a:
 A) Aliviar sofrimento
 B) Melhorar e prolongar a vida
 C) Favorecer a criação de vínculos 
positivos 
 D) Diminuir o isolamento 
 E) Diminuir o abandono 
 * Favorece o vínculo, e o paciente não fica 
pipocando e sobrecarregando o sistema.
- Faz sentido então, que as equipes possam 
por exemplo: 
 I) Realizar ações de promoção da 
saúde para combater o lixo acumulado 
inapropriado (que ofereça risco a saúde)
 II) Inserir pessoas de baixa renda em 
programas sociais
 III) Fazer a notificação de um acidente de 
trabalho 
 IV) Cuidar dos hipertensos e diabéticos
 V) Pedir ajuda ao NASF e CAPS
- Tensão pressão assistencial+programa 
vertical=priorização de grupos 
populacionais (hipertensos, diabéticos, 
crianças, gestantes, tuberculosos, 
hanseníase)
- Atenção primária de alta qualidade deve 
conseguir dar resposta a todas as 
demandas inclusive aos prioritários.
- Excessiva programação da agenda: 
impossibilita o acesso dos paciente nos 
momentos em que eles necessitam de 
atendimento = atenção primária de baixa 
qualidade
7.3 Área Adscrita 
- Região geográfica definida por equipe 
- Território abordado 
- Vantagens: 
 A) Facilita cobertura populacional
 B) Equipe de referência 
- Desvantagens: 
 A) Prejudica a longitudinalidade quando o 
morador daquela região muda para outra 
tendo que mudar de equipe
 B) Não permite a flexibilidade de ser 
atendido por quem tem maiorafinidade
 C) Governo abdica da responsabilidade de 
colocar uma proporção adequada de 
profissionais por população (Brasil: 1 médico 
para 4000 pessoas; Europa 1 médico para 
2000 pessoas) causando tensionamento 
constante por consultas médicas (principal 
pressão assistencial)
7.4 Fatores que influenciam a utilização da 
unidade de saúde 
- Fatores do Usuário 
 - Fatores que criam necessidades: doença 
crônica, situações de sofrimento, 
compreensão subjetiva do estado de saúde, 
estado funcional.
 - Fatores predisponentes: idade, sexo, 
etnia, desempregado, nível educacional e 
socioeconômico, viuvez, divórcio, déficit de 
apoios social, disfunção familiar, educação 
sanitária 
 - Fatores facilitadores: tempo para 
conseguir consulta agendada/tempo sala de 
espera: distância da unidade de saúde, 
disponibilidade e organização do serviço, 
relação médico/pessoa, forma de pagamento
- Fatores do Profissional:
 - Formação, demanda, custos, recebimento 
honorários, idade, experiência
- Fatores da Organização
 - Acessibilidade, disponibilidade, 
copagamento, incentivos econômicos, 
tamanho da área de abrangência, equipe, 
relatórios, programas de saúde, burocracia, 
relação com setor secundário, agenda e 
sistemas de marcação. 
7.5 Conhecendo e organizando a demanda 
- Consultar/Habitantes/Ano
- Valor internacional: 3 a 4 consultas
- Brasil: 1,4
- Conceitos para entender:
 - Pressão assistencial=Número de visitas 
em um período/número de dias trabalhados 
em um mesmo período
 - Frequentação=Número de visitas em 
um período/número de habitantes
7.6 Organização da Agenda 
- Objetivo: Resolver a demanda da forma 
mais rápida e custo-efetiva possível 
respeitando os atributos nucleares da APS 
acesso, integralidade, longitudinalidade e 
coordenação - Atenção Primária de 
qualidade
- Abordagem populacional x individual 
- Avaliação de riscos individuais (o indivíduo 
é um potencial de risco) 
- A agenda e consulta agenda não serve para 
diminuir a demanda e sim para organizá-la: 
não pode ser um fator de represamento de 
demanda
- Demanda espontânea X programada 
- Consultas de controle: não realmente 
necessárias?
- Atenção primária X prevenção primária e 
secundária (leavell e clark)
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7.7 Habilidades para serem utilizadas na 
gestão clínica 
 A) Gestão do Tempo 
 - 10 a 15 minutos (?) 
 - Tempo é relativo
 - Quanto mais tempo o profissional 
permanece na mesma unidade mais 
consegue manejar o tempo de consulta.
 - Quanto mais tempo a unidade 
permanece com a mesma organização e 
gestão da agenda maior a satisfação das 
pessoas.
 B) Demora Permitida 
 - Utilização do tempo como instrumento 
de trabalho, desde que não seja uma urgência 
e o paciente não corra riscos.
 C) Observação Atenta 
 - Estipula-se um tempo de observação e 
terminado o tempo o paciente deve procurar a 
unidade de saúde caso contrário a unidade 
deve procurá-lo.
 Boa Prova :) 



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