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FUNÇÕES PSÍQUICAS E SUAS ALTERAÇÕES

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FUNÇÕES PSÍQUICAS ELEMENTARES E SUAS 
ALTERAÇÕES 
Devemos observar que as distintas áreas ou
funções psíquicas não são autônomas, separadas
umas das outras. “(...) Não existem funções
psíquicas isoladas e alterações psicopatológicas
compartimentalizadas desta ou daquela função. É
sempre a pessoa na sua totalidade que adoece.”
“Funções perturbadas fazer pressentir
transtornos subjacentes (...)”.
FUNÇÕES MAIS AFETADAS NOS
TRANSTORNOS PSICORGÂNICOS
Os quadros psicorgânicos são aqueles cuja sintomatologia
psíquica é de origem fundamentalmente orgânica, tais como
em traumatismos e doenças vasculares, tóxicas, infecciosas,
metabólicas, neoplásicas, degenerativas, imunológicas, etc.
Correspondem às chamadas psicossíndromes cerebrais
orgânicas ou reações psicóticas exógenas agudas e crônicas.
• CONSCIÊNCIA 
•ATENÇÃO (TAMBÉM NOS QUADROS AFETIVOS)
•ORIENTAÇÃO
•MEMÓRIA
•INTELIGÊNCIA
•LINGUAGEM (TAMBÉM NAS PSICOSES)
FUNÇÕES MAIS AFETADAS NOS TRANSTORNOS 
AFETIVOS, NEURÓTICOS E DE PERSONALIDADE
AFETIVIDADE
VONTADE
PSICOMOTRICIDADE
PERSONALIDADE
FUNÇÕES MAIS AFETADAS NOS 
TRANSTORNOS PSICÓTICOS
SENSOPERCEPÇÃO
PENSAMENTO
VIVÊNCIA DO TEMPO E DO 
ESPAÇO
JUÍZO DE REALIDADE
VIVÊNCIA DO EU
ALTERAÇÕES DA CONSCIÊNCIA
Definições de consciência
 O estado de consciência representa o todo momentâneo das
atividades mentais ou o conjunto dos rendimentos psíquicos num
dado instante, de acordo com Jaspers
 Definição neuropsicológica: estado vigil.
 Definição psicológica: dimensão subjetiva da atividade psíquica que se 
volta para a realidade.
 Definição ético-filosófica: Capacidade de tomar ciência dos deveres 
éticos e assumir responsabilidades, os direitos e deveres concernentes a essa 
ética.
ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS DA CONSCIÊNCIA 
(REBAIXAMENTO DE SEU NÍVEL)
 1.Obnubilação (turvação da consciência)– rebaixamento
em grau leve e moderado, de difícil diagnóstico.
 2. Sopor – estado marcante de turvação, com incapacidade 
de ações espontâneas.
 3. Coma – Grau mais profundo de rebaixamento, sem 
qualquer atividade voluntária consciente.
SÍNDROMES PSICOPATOLÓGICAS ASSOCIADAS AO 
REBAIXAMENTO DA CONSCIÊNCIA: 
A) DELIRIUM: rebaixamento leve a moderado do nível de consciência, acompanhado de
desorientação temporo-espacial, dificuldade em concentrar-se, perplexidade, ansiedade
em graus variados, agitação ou lentificação psicomotora, ilusões e/ou alucinações,
quase sempre visuais (diferente de DELÍRIO, alteração do juízo de realidade).
B) ESTADO ONÍRICO: estado semelhante a um sonho muito vívido, com atividade
alucinatória visual intensa e grande carga emocional. Comum nas psicoses tóxicas,
síndromes de abstinência e quadros febris tóxico-infecciosos.
C) AMÊNCIA: quadros mais ou menos intensos de confusão mental, com excitação
psicomotora, incoerência do pensamento, perplexidade e sintomas alucinatórios
oniróides.Atualmente tais quadros são chamados de delirium.
D) SÍNDROME DO CATIVEIRO: paciente aparentemente não responsivo, em virtude
de lesões em determinadas áreas do cérebro.
ALTERAÇÕES QUALITATIVAS DA CONSCIÊNCIA 
(relacionadas à alteração parcial ou focal do campo)
A) ESTADOS CREPUSCULARES: estreitamento transitório do campo da consciência que
surge e desaparece abruptamente, com preservação da atividade psicomotora global
mais ou menos coordenada, podendo durar horas ou algumas semanas.
B) DISSOCIAÇÃO DA CONSCIÊNCIA: perda da unidade psíquica comum a partir da
divisão ou fragmentação do campo da consciência.
C) TRANSE: estado de dissociação que se assemelha a um sonho acordado e dele difere
pela presença de atividade motora automática e estereotipada. Ocorre geralmente em
contextos religioso-culturais. Diferente do transe histérico.
D) ESTADO HIPNÓTICO: estado de consciência reduzida e estreitada e de atenção
concentrada, que pode ser induzido por outrem. Não há nada de místico ou paranormal no
hipnotismo.
FUNÇÃO PSÍQUICA ATENÇÃO
A atenção é uma função psíquica estreitamente relacionada com o estado de consciência,
consistindo num dos principais elementos de observação clínica para determinação do
nível desta.
Podemos decompô-la em dois aspectos básicos, complementares:
a) Vigilância: estado de alerta para os estímulos vindos do meio ambiente ou do próprio
organismo. Ex.: interrupção da leitura em função do soar de uma campainha.
b) Tenacidade: concentração da atenção ou ao foco da consciência. Demonstra-se nos
aspectos cognitivos da atenção. Ex.: não interrompemos a leitura em função de um
estímulo externo ou interno por estarmos absortos no que fazemos (sequer ouvimos a
campainha).
FUNÇÃO PSÍQUICA ATENÇÃO
 Na psicologia contemporânea da atenção atualmente, subdivide-se a 
atenção em quatro aspectos básicos:
 1. Capacidade e foco de atenção,
 2. Atenção seletiva,
 3. Seleção de resposta e controle executivo.
 4. Atenção constante ou sustentada (sustained attention) (COHEN; 
SALLOWAY;ZAWACKI, 2006 apud DALGALARRONDO, 2008)
FUNÇÃO PSÍQUICA ATENÇÃO
 Transtornos do humor (depressão e transtorno bipolar), transtorno obsessivo-compulsivo
(TOC), esquizofrenia e transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) são os 
que mais apresentam alterações da atenção.
 Nos quadros depressivos, geralmente há diminuição geral da atenção. Em alguns casos 
graves, ocorre a fixação da atenção em certos temas depressivos (hipertenacidade), com 
rigidez e alguma diminuição da capacidade de mudar o foco da atenção (hipovigilância). 
Isso acontece pelo fato de o indivíduo estar em depressão grave, muitas vezes voltado 
totalmente para si, concentrado em conteúdos de fracasso, doença, culpa, pecado, ruína, 
etc. Em pacientes deprimidos, o desempenho prejudicado em tarefas de atenção constante 
é, de modo geral, proporcional à gravidade do estado depressivo. A atenção seletiva 
sensorial é geralmente menos afetada.
(COHEN; SALLOWAY; ZAWACKI, 2006).
ALTERAÇÕES DA ATENÇÃO
1) HIPOPROSEXIA: Diminuição global da atenção, com perda básica da capacidade de
concentração, e fadigabilidade aumentada, dificultando a percepção de estímulos
ambientais e a compreensão.
2) APROSEXIA: Total abolição da capacidade de atenção, por mais fortes e variados que
sejam os estímulos.
3) HIPERPROSEXIA: Estado de atenção exacerbada, com surpreendente
infatigabilidade.
4) DISTRAÇÃO: sinal de superconcentração ativa da atenção sobre determinados
conteúdos ou objetos, com inibição de tudo o mais (hipertenacidade e hipovigilância).
5) DISTRAIBILIDADE: estado patológico onde existe a instabilidade marcante e
mobilidade acentuada da atenção voluntária, com dificuldade ou incapacidade para se
fixar ou se manter em qualquer coisa que implique esforço produtivo.
FUNÇÃO PSÍQUICA ORIENTAÇÃO
A orientação pode ser definida como “(…) a capacidade de situar-se
quanto a si mesmo e ao ambiente”, sendo sua avaliação um instrumento
para a verificação de perturbações da consciência (se está turva ou
levemente rebaixada, por exemplo).
A orientação pode ser:
 AUTOPSÍQUICA – orientação do indivíduo em relação a si mesmo
(nome, idade, profissão, etc).
 ALOPSÍQUICA – capacidade de orientar-se em relação ao mundo, em
termos de tempo (orientação temporal, que se caracteriza por ser mais
sofisticada e tardia no desenvolvimento do indivíduo) e espaço
(orientação espacial).
ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO
Geralmente a desorientação ocorre primeiro quanto ao tempo, só
depois influenciando na orientação quanto ao espaço e a si mesmo, na
medida em que o transtorno se agrava. Existem vários tipos de
desorientação:
A)Desorientação por redução do nível de consciência (ou Desorientação
torporosa ou confusa), ocorre pela turvação daconsciência e produz
alterações na atenção, na concentração e na capacidade de integração dos 
estímulos ambientais. Mais comum.
B) Desorientação por déficit de memória imediata e recente (ou 
Desorientação amnéstica), onde há dificuldades em fixar informações
ambientais básicas, com consequente perda de noção do fluir do tempo e 
do deslocamento no espaço (desorientação temporo-espacial).
ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO
C) Desorientação demencial, com perda da memória de fixação e
déficit cognitivo em vários aspectos.
D) Desorientação apática ou abúlica, provocada pelo desinteresse
profundo, geralmente nas depressões graves..
E) Desorientação por déficit intelectual (anteriormente chamada de 
desorientação oligofrênica).
F) Desorientação por dissociação.
G) Desorientação delirante.
H) Desorientação por desagregação.
I) Desorientação quanto à própria idade.
FUNÇÃO PSÍQUICA MEMÓRIA
A memória pode ser definida como a capacidade de registrar, manter
e evocar fatos já ocorridos, relacionando-se estreitamentente com o
nível de consciência, a atenção e o interesse afetivo. Serve de suporte
para a inteligência.
Podem ser identificados os seguintes tipos no campo do estudo da
memória biológica e humana:
 Genética.
 Imunológica
 Cognitiva (psicológica): composta pelas fases de a)percepção, registro e fixação;
b) retenção e conservação; c) reprodução e evocação.
 Cultural.
FUNÇÃO PSÍQUICA MEMÓRIA
A fixação depende de:
 nível de consciência e estado geral do organismo;
 Da atenção (global e concentrada);
 Da sensopercepção preservada;
 Do interesse e colorido emocional relacionado ao conteúdo, bem
como da vontade e afetividade;
 Do conhecimento anterior;
 Da capacidade de compreensão;
 Da organização temporal das repetições ;
 Dos canais sensoperceptivos envolvidos (quanto maior o número de
canais sensoriais, mais eficiente a fixação.
FUNÇÃO PSÍQUICA MEMÓRIA
A conservação (retenção) depende de:
 Repetição;
 Associação com outros elementos;
A evocação é a capacidade de recuperar e atualizar os dados fixados, enquanto o
esquecimento é a impossibilidade de evocar e recordar.
Pode-se dividir o processo temporal de aquisição e evocação dos elementos
mnêmicos em 3 fases:
1) Memória imediata ou de curtíssimo prazo (confunde-se com a atenção)
2) Memória recente ou de curto prazo (capacidade limitada)
3) Memória remota ou de longo prazo(capacidade ampla).
FUNÇÃO PSÍQUICA MEMÓRIA
O esquecimento é o oposto da evocação e se dá por 3
vias;
1) Normal, fisiológico - por desinteresse ou desuso;
2) Por repressão (Freud) – quando se trata de material
desagradável ou pouco importante;
3) Por recalque (Freud) – conteúdos mnêmicos
emocionalmente insuportáveis banidos da consciência.
FUNÇÃO PSÍQUICA MEMÓRIA
“Em relação ao processo temporal de aquisição e evocação de elementos 
mnêmicos, a neuropsicologia moderna divide a memória em quatro fases ou 
tipos (Izquierdo, 2002):
 1) Memória imediata ou de curtíssimo prazo (de poucos segundos
até 1 a 3 minutos).
 2) Memória recente ou de curto prazo (de poucos minutos até 3 a 6 
horas).
 3) Memória remota ou de longo prazo (de meses até muitos anos).
FUNÇÃO PSÍQUICA MEMÓRIA
“São quatro os principais tipos de memória que correspondem a estruturas 
cerebrais diversas. Esses tipos são, atualmente, as principais formas de 
memória de interesse à semiologia neurológica, psiquiátrica e 
neuropsicológica (Izquierdo, 2002; Budson;Price, 2005). São eles:
 1. Memória de trabalho
 2. Memória episódica
 3. Memória semântica
 4. Memória de procedimentos.” 
(DALGALARRONDO, 2008, p. 141)
ALTERAÇÕES DA MEMÓRIA
1) ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS:
 Hiperminésias
 Amnésias (ou hipomnésias) – perda da capacidade de fixar ou de manter e evocar
antigos conteúdos. Podem ser psicogênicas ou orgânicas.
 Amnésia anterógrada (perda das lembranças relativas ao período pós-trauma/dano
cerebral, bem como dificuldade para fixar elementos a partir da)í - De origem
neurológica, afetando a capacidade de fixação.
 Amnésia retrógrada - perda dos fatos ocorridos antes do início da doença.
2) ALTERAÇÕES QUALITATIVAS (PARAMNÉSIAS):
Deformações no processo de evocação dos conteúdos mnêmicos fixados.
ALTERAÇÕES DA MEMÓRIA
 Ilusões mnêmicas (acréscimo de elementos falsos a um núcleo
verdadeiro) - comuns na esquizofrenia, paranóia, histeria grave e
transtornos de personalidade.
 Alucinações mnêmicas (criações imaginativas com a aparência de
lembranças e que servem para a formação do delírio) – associadas à
esquizofrenia e outras psicoses funcionais.
 Fabulações - elementos da imaginação preenchem lacunas de memória
produzidas por déficit de fixação, não existindo intenção em mentir.
 Criptomnésias – falseamento da memória, onde as lembranças
aparecem como fatos novos. No Alzheimer, por exemplo.
ALTERAÇÕES DA MEMÓRIA
 Ecmnésia (ou visão panorâmica da vida) – recapitulação e
revivência intensa, abreviada e panorâmica da existência, de
modo alucinatório.
 Lembrança obsessiva ( ou “ideia fixa” ou “representação
prevalente”).
Os transtornos de reconhecimento podem ser divididos
em:
a) Agnosias – de origem essencialmente cerebral;
b) Associados a transtornos psiquiátricos – sem base orgânica
definida , geralmente classificados como falso reconhecimento ou
falso desconhecimento.
FUNÇÃO PSÍQUICA AFETIVIDADE
AFETIVIDADE é um termo genérico utilizado para designar várias
modalidades de vivências afetivas, como o humor, as emoções e os
sentimentos.
Todas as vivências humanas recebem cor, brilho e calor da dimensão
psíquica vida afetiva. A observação do estado afetivo também inclui as
repercussões fisiológicas mais evidentes ( rubor, sudorese, palidez, secura
da boca, dispneia, etc.).
Os cinco tipos básicos de vivências afetivas são:
1. Humor ou estado de ânimo – tônus afetivo
2. Emoções – reações afetivas agudas, acompanhadas de reações
somáticas.
3. Sentimentos – estados e configurações afetivas estáveis.
FUNÇÃO PSÍQUICA AFETIVIDADE
4. Afetos – qualidade e tônus emocional que acompanham uma
ideia, dando a elas “colorido”.
5. Paixões – estado afetivo intenso, que domina a atividade
psíquica como um todo.
FUNÇÃO PSÍQUICA AFETIVIDADE
SENTIMENTOS
ESFERA DA TRISTEZA 
(melancolia, saudade, tristeza, 
nostalgia, vergonha, culpa, aflição, 
remorso, autopiedade, 
autodepreciação, infelicidade, 
tédio, desesperança, sentimento de 
inferioridade, impotência).
ESFERA DA ALEGRIA 
(euforia, 
júbilo,contentamento, 
satisfação, confiança, 
gratificação, esperança, 
expectativa)
RELACIONADOS A 
ATRAÇÃO PELO 
OUTRO (amor, 
atração, tesão, estima, 
carinho, gratidão, 
amizade, apego, 
apreço, consideração, 
admiração)
ASSOCIADOS AO 
PERIGO (temor, 
receio, desamparo, 
abandono, rejeição)
DE TIPO NARCÍSICO 
(vaidade, orgulho, 
arrogância, 
onipotência, 
superioridade, impáfia, 
prepotência)
ESFERA DA 
AGRESSIVIDADE 
(raiva, revolta, rancor, 
ciúme, ódio, ira, 
inveja, vingança, 
repúdio, nojo, 
desprezo, etc.)
FUNÇÃO PSÍQUICA AFETIVIDADE
REAÇAO AFETIVA
A vida afetiva ocorre sempre em um contexto de relações do
eu com o mundo e com as pessoas, variando de um momento
para o outro na medida em que os eventos e as circunstâncias da
vida se sucedem.A afetividade caracteriza-se particularmente por
sua dimensão de reatividade. Neste sentido, temos duas
importantes dimensões de resposta ou reação afetiva do indivíduo:
1. Sintonização afetiva – capacidade de o IO ser influenciado
afetivamente por estímulos externos.
2. Irradiação afetiva – capacidade que o IO tem de transmitir, irradiar
ou contaminar os outros comseu estado afetivo momentâneo.
Na condição de rigidez afetiva estas duas dimensões ficam
comprometidas.
FUNÇÃO PSÍQUICA AFETIVIDADE
ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA 
AFETIVIDADE
1) ALTERAÇÕES DO HUMOR: os dois pólos básicos das
alterações de humor são o depressivo ou hipotímico
(sendo a hipotimia a base de toda síndrome depressiva) e o
maníaco ou hipertímico (humor patologicamente alterado
no sentido da exaltação e da alegria).
 Distimia – alteração básica do humor, tanto no sentido da
inibição quanto no da exaltação. Difere do transtorno distimia,
que é um transtorno depressivo leve, de acordo com o CID-10
e o DSM-IV.
FUNÇÃO PSÍQUICA AFETIVIDADE
 Humor triste e ideação suicída – frequentemente
relacionado com o humor depressivo, quando acompanhado de
desesperança e angústia.
 Disforia – distimia que se acompanha de uma tonalidade
afetiva desagradável, mal-humorada. Depressão disfórica ou
mania disfórica são quadros de depressão ou mania
acompanhados de um forte componente de irritação,
amargura, desgosto ou agressividade.
 Euforia ou alegria patológica – estado de alegria intensa e
desproporcional às circunstâncias; humor morbidamente
exagerado.
 Elação – alegria intensa com a expansão do eu, ou seja, uma
sensação subjetiva de grandeza e de poder.
FUNÇÃO PSÍQUICA AFETIVIDADE
 Puerilidade – alteração de humor que se caracteriza por seu
aspecto infantil, simplório, “regredido”, geralmente presente
nas hebifrenias, quadros histéricos, personalidades imaturas e
pessoas com déficit intelectual.
 Moria – alegria muito pueril, ingênua, “boba”, presente em
pessoas com lesões extensas dos lobos frontais, deficientes
mentais e quadros demenciais acentuados.
 Êxtase – experiência de beatitude, sensação de dissolução do
eu no todo, de compartilhamento íntimo do estado afetivo
interior com o mundo exterior. Frequentemente associado a
experiências religiosas ou místicas (perdendo o caráter
psicopatológico, neste contexto), ou presentes em condições
psicopatológicas da esquizofrenia, na mania ou transe
histérico.
FUNÇÃO PSÍQUICA AFETIVIDADE
 Irritabilidade patológica – hiper-reatividade
desagradável, hostil e, eventualmente, agressiva a
estímulos (mesmo leves) do meio exterior. Presente nos
quadros orgânicos, nas síndromes depressivas, nos quadros
maníacos, nas síndromes ansiosas e na esquizofrenia.
Existe a irritabilidade secundária, associada à
vivências psicóticas (delírios persecutórios, alucinações
ameaçadoras, etc.) ou neuróticas (conflitos inconscientes,
inseguranças, dificuldade em tomar decisões existenciais
importantes, etc.).
FUNÇÃO PSÍQUICA AFETIVIDADE
ANSIEDADE: Estado de humor desconfortável,uma
apreensão negativa em relação ao futuro, uma inquietação intensa
desagradável, que inclui manifestações somáticas e fisiológicas
(dispneia, taquicardia,, sudorese, parestesias, tremores, tontura,
etc.), bem como manifestações psíquicas (apreensão, inquietação
interna, desconforto mental, etc).
ANGÚSTIA: Sensação de aperto no peito e na garganta, de
compressão e sufocamento. Com conotação mais corporal e mais
relacionada ao passado.
Tipo de vivência mais “pesada”, do ponto de vista existencial.
MEDO: Refere-se a um objeto mais ou menos preciso (o
medo é sempre medo de algo).
FUNÇÃO PSÍQUICA AFETIVIDADE
2) ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E DOS
SENTIMENTOS
 Apatia – diminuição da excitabilidade emotiva e afetiva. O paciente
torna-se hiporreativo, isto é, para eles “tanto -faz –quanto- tanto- fez” para
tudo na vida. Próprio dos quadros depressivos.
 Hipomodulação do afeto – incapacidade de modular a resposta
afetiva de acordo com a situação existencial.
 Inadequação do afeto ou paratimia – reação totalmente
incongruente a situações existenciais ou a determinados conteúdos
ideativos.
 Pobreza de sentimentos e distanciamento afetivo – perda
progressiva e patológica das vivências afetivas, comum nas síndromes
psicorgânicas, nas demências e em algumas formas de esquizofrenia.
FUNÇÃO PSÍQUICA AFETIVIDADE
 Embotamento afetivo e devastação afetiva – Perda
profunda de todo tipo de vivência afetiva, observável pela
mímica, postura e atitude do paciente. Ocorre em alguns tipos
de esquizofrenia.
 Sentimento de falta de sentimento – vivência da
incapacidade de sentir emoções, experimentada de forma penosa
pelo paciente.
 Anedonia – incapacidade total ou parcial de obter e sentir
prazer com determinadas experiências e atividades da vida.
Sintoma central dos quadros depressivos, podendo ocorrer
também nos quadros esquizofrênicos crônicos, em transtornos de
personalidade e em formas graves de neuroses.
FUNÇÃO PSÍQUICA AFETIVIDADE
 Labilidade afetiva e incontinência afetiva – são estados nos quais
ocorrem mudanças súbitas e imotivadas de humor, sentimentos ou emoções. Na
incontinência, o IO não consegue conter de forma alguma as suas reações afetivas,
sendo suas respostas geralmente desproporcionais aos estímulos (mesmo aos
apropriados). Podem ocorrer nos quadros de depressão ou mania, em estados
graves de ansiedade e na esquizofrenia, ou mesmo em quadros psicorgânicos
(encefalites, tumores cerebrais, doenças degenerativas, etc.).
 Ambivalência afetiva – termo cunhado por Breuler para descrever
sentimentos opostos em relação ao mesmo estímulo ou objeto, que ocorrem de
modo absolutamente simultâneo, geralmente nos quadros esquizofrênicos.
 Neotimia – designação para sentimentos e experiências afetivas inteiramente
novas, vivenciada por pacientes em estado psicótico. Afetos estranhos e bizarros.
 Medo – não é uma emoção patológica, mas algo universal dos animais
superiores e do homem, caracterizado por progressiva insegurança e angústia,
impotência e invalidez crescentes, ante à impressão iminente de que sucederá algo
que queríamos evitar.
FUNÇÃO PSÍQUICA AFETIVIDADE
 Medo – não é uma emoção patológica, mas algo universal dos
animais superiores e do homem, caracterizado por progressiva
insegurança e angústia, impotência e invalidez crescentes, ante à
impressão iminente de que sucederá algo que queríamos evitar.
 Fobias – medos determinados psicopatologicamente,
desproporcionais e incompatíveis com as possibilidades de perigo real
oferecidas pelos desencadeantes, chamados de objetos ou situações
fobígenas. No IO fóbico o contato com os objetos ou situações
fobígenas desencadeia intensa crise de ansiedade. As fobias podem ser:
simples, social, agorafobia, claustrofobia.
 Pânico – reação de medo intenso, de pavor, relacionada geralmente
ao perigo imaginário de morte iminente, descontrole ou desintegração.
FUNÇÃO PSÍQUICA VONTADE
A vontade é uma dimensão complexa da vida mental,
relacionada intimamente à esfera instintiva e afetiva, assim como
à esfera intelectiva (avaliar, julgar, analisar, decidir) e ao conjunto
de valores, princípios, hábitos e normas socioculturais do IO.
O ato volitivo (ato de vontade) é traduzido pelas
expressões típicas do “eu quero” ou “eu não quero”, que
caracterizam a vontade humana. O ato volitivo se dá como um
processo, o chamado processo volitivo, no qual se distinguem
quatro etapas ou momentos fundamentais e geralmente
cronologicamente seguidos:
FUNÇÃO PSÍQUICA VONTADE
1. A fase de intenção ou propósito – na qual se esboçam as
tendências básicas do IO, suas inclinações e interesses.
2. A fase de deliberação – que diz respeito à ponderação
consciente. Momento de apreciação, consideração dos vários
aspectos e implicações de determinada decisão.
3. A fase de decisão propriamente dita – momento culminante
do processo volitivo, que demarca o começo da ação.
4. A fase da execução – fase final do processo volitivo.
O ato de vontade pautado por estas quatro etapas é
denominado ação voluntária.
FUNÇÃO PSÍQUICA VONTADE
ALTERAÇÕES DA VONTADE Hipobulia/abulia
“Pacientes com hipobulia/abulia apresentam diminuição ou até 
abolição da atividade volitiva. O indivíduo refere que não tem 
vontade para nada, sente-se muito desanimado, sem forças, 
sem “pique”. Geralmente, a hipobulia/abulia encontra-se 
associada à apatia (indiferença afetiva), à fadiga fácil, à 
dificuldade de decisão, tão típicas dos depressivos graves” 
(DALGALARRONDO, 2008, p.177).
FUNÇÃO PSÍQUICA VONTADE
ATO IMPULSIVO E ATO COMPULSIVO
O ato impulsivo representaria um “curto circuito” no processo
volitivo, ocorrendo a supressão (“um pulo”) nas etapas de intenção à
execução. Suas características:
 “1. É realizado sem fase prévia de intenção, deliberação e decisão.
 2. É realizado, de modo geral, de forma egossintônica. O indivíduo não 
percebe tal ato como inadequado, não tenta evitá-lo ou adiá-lo. O ato 
impulsivo freqüentemente não é contrário aos valores morais e desejos 
de quem o pratica.
 3. É geralmente associado a impulsos patológicos, de natureza 
inconsciente, ou à incapacidade de tolerância à frustração e necessária 
adaptação à realidade objetiva. Da mesma forma, o indivíduo 
dominado pelo ato impulsivo tende a desconsiderar os desejos e as 
necessidades das outras pessoas” (DALGALARRONDO, 2008, p.178).
FUNÇÃO PSÍQUICA VONTADE
ATO IMPULSIVO E ATO COMPULSIVO
 O ato compulsivo ou compulsão, caracteriza-se por ser 
“reconhecido” pelo indivíduo como “indesejável e 
inadequado, assim como pela tentativa de refreá-lo ou adiá-
lo. A compulsão é geralmente uma ação motora complexa 
que pode envolver desde atos compulsivos Relativamente 
simples, como coçar-se, picar-se, arranhar-se, até rituais 
compulsivos complexos, como tomar banho de forma 
repetida e muito ritualizada, lavar as mãos e secar-se de 
modo estereotipado, por inúmeras vezes seguidas, etc.” (op. 
cit., p. 178).
FUNÇÃO PSÍQUICA VONTADE
“Os atos e os rituais compulsivos apresentam as seguintes características:
 1. Há a vivência freqüente de desconforto subjetivo por parte do 
indivíduo que realiza o ato compulsivo.
 2. São egodistônicos, isto é, experienciados como indesejáveis, 
contrários aos valores morais e anseios de quem os sofre.
 3. Há a tentativa de resistir (ou pelo menos adiar) à realização do ato 
compulsivo.
 4. Há a sensação de alívio ao realizar o ato compulsivo, alívio que logo 
é substituído pelo retorno do desconforto subjetivo e pela urgência em 
realizar novamente o ato compulsivo.
 5. Ocorrem freqüentemente associados a idéias obsessivas muito 
desagradáveis, representando, muitas vezes, tentativas de neutralizar 
tais pensamentos”. (op.cit., p. 179).

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