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* Insuficiência Renal Aguda Prof. Cintia Fassarella * Sinais Clínicos de Doença Renal Hipertensão Arterial Edema Hematúria Macroscópica Alteração de volume urinário * Insuficiência Renal Aguda (IRA) Definição Redução abrupta da função renal, caracterizado por uma diminuição da filtração glomerular, resultando na retenção de uréia nitrogenada e de creatinina no sangue, e diminuição da diurese (oligúria ou mais raramente, anúria). * Insuficiência Renal Aguda Síndrome que se caracteriza pela perda aguda (< 2 meses) da função renal de filtração. Em geral ocorre em indivíduos com função de filtração previamente normal Pode acometer pacientes com prévia insuficiência renal crônica (IRC agudizada- insulto renal agudo) * Insuficiência Renal Aguda Mais comum em pacientes hospitalizados Alta mortalidade (50%) Pode ser causa de IRC * Insuficiência Renal Aguda UREMIA: Edema generalizado: resultante da retenção de água e Na+; Acidose metabólica: resultante da deficiência dos rins em excretar produtos ácidos normais; Concentrações elevadas de Nitrogênio não proteico (uréia, creatinina e ácido úrico): resultante da deficiência do organismo em excretar os produtos metabólicos residuais. * Fases da IRA Fase inicial: começa com agressão inicial; o rim começa a perder a capacidade de excreção de compostos nitrogenados. * Fases da IRA Fase oligúrica Aumento na concentração sérica de uréia, creatinina e potássio. Diminuição da produção de urina (<500ml/dia) volume insuficiente p/ excretar solutos da urina. EAS hemácias, leucócitos, céls epiteliais ou cilindros, proteinúria Balanço de água Normalmente as perdas de água atingem 0,5 a 0,6 ml/ Kg /h no adulto = 850 ml/dia Reposição de água no paciente oligúrico: 400 ml/dia + volume da diurese * Fases da IRA Fase diurética Rápida elevação no volume urinário incapacidade dos túbulos regenerados em absorver sal e água. A uréia e creatinina plasmática ainda estão * Fases da IRA Fase de recuperação Sinaliza a melhoria da função renal - diurese normal, redução gradual de uréia e creatinina plasmática. pode levar de 3 a 12 meses. * Insuficiência Renal Aguda Classificação: Pode ser classificada de acordo com a sua etiologia em: Pré-renal Insuficiência renal intrínseca Pós-renal * Insuficiência Renal Aguda IRA Pré-renal Resulta de uma hipoperfusão renal devido a uma diminuição do volume intravascular efetivo. É o tipo mais comum de IRA. É reversível se corrigida a causa. * IRA Pré - Renal Pode resultar de: Desidratação Vasodilatação periférica Baixo débito cardíaco * IRA Pré - Renal Causas de hipovolemia Perda de fluidos orgânicos: Vômitos, diarreia, drenagens, laxantes Poliúria Febre Perda de fluidos para o terceiro espaço Reposição insuficiente: Jejum prolongado Prescrição insuficiente de fluidos IV * IRA Pré - Renal Causas de hipovolemia Sepse Hemorragias Queimaduras Traumatismos e cirurgias Choques (anestésico, anafilático) Obstrução intestinal Pancreatite Derrames intracavitários: ascite e hidrotórax * IRA Pré - Renal Hipovolemia – exame físico: Perda súbita de peso Redução no turgor da pele Redução na umidade de mucosas e conjuntivas Redução do volume urinário Redução no fluxo capilar da pele – vasoconstrição (palidez) hipotermia Hipotensão postural Redução do sensório ou confusão mental * IRA Pré - Renal Parâmetros Hemodinâmicos Taquicardia Queda da PA e da PVC Redução da Sat O2 e do DC * IRA Pré - Renal O rim retém Na+ avidamente, resultando numa baixa excreção de sódio na urina Oligúria A hipoperfusão prolongada pode levar a uma necrose tubular aguda resultando em uma perda de sódio urinário aumentada. Pacientes mais suscetíveis CTI * IRA Pré - Renal Medidas Profiláticas: Manutenção dos parâmetros de hidratação Controle da PA e do uso de drogas nefrotóxicas Evitar radiocontraste nestes pacientes Utilizar alopurinol (é um inibidor seletivo das etapas terminais da biossíntese de ácido úrico) antes de quimioterapia intensamente citolítica. Repor a volemia antes de procedimentos cirúrgicos. * Insuficiência Renal Intrínseca Resulta de uma variedade de lesões aos vasos sangüíneos renais, glomerulares tubulares, ou intersticiais. Classificada de acordo com o local afetado: Túbulos Interstício Glomérulos * Insuficiência Renal Intrínseca Causas: Reações imunológicas Toxicidade Iatrogênica Doença sistêmica Doença renal primária * Insuficiência Renal Intrínseca Necrose tubular aguda: isquemia prolongada agentes nefrotóxicos - metais pesados, aminoglicosídeos, contrastes radiológicos Lesão arteriolar: hipertensão arterial acelerada Vasculite doenças microangiopáticas (síndrome hemolítico- urêmica, púrpura trombocitopênica) * Insuficiência Renal Intrínseca Glomerulonefrite Nefrite intersticial: induzida por reação alérgica a drogas Doenças auto-imunes – lúpus eritematoso Depósitos intra-renais (ex: ac.úrico) Embolização por colesterol (ex: pós-angioplastia) * Insuficiência Pós - Renal Resulta de uma obstrução do trato urinário alto ou baixo. Principais Causas: * * * Procedimentos Diagnósticos / Achados Laboratoriais na IRA: Clearance de creatinina: Fornece uma aproximação da taxa de filtração glomerular. VN : > 90 a 120 ml/min Coletar toda a urina em um período de 24 h; colher uma amostra de sangue dentro desse período. * EAS - elementos anormais e sedimentoscopia: Densidade urinária - VN = 1010 a 1025 (baixa < 1001; alta > 1040) pH normal: varia entre 5 e 6 - (ácida) Volume – 1.500 a 2.000 ml nas 24 h Diurese: 1ml / kg / h Procedimentos Diagnósticos / Achados Laboratoriais na IRA: * EAS - elementos anormais e sedimentoscopia: Procedimentos Diagnósticos / Achados Laboratoriais na IRA: * Análises sanguíneas: Creatinina sérica - VN = 1,0 a 1,5 mg/dl Uréia - VN = 31mg / dl (13 a 68 mg/dl) pH (sangue arterial) - VN = 7,35 a 7,45 HCO3 – VN = 24 mEq/l Procedimentos Diagnósticos / Achados Laboratoriais na IRA: * Exames de Imagem: Ultrassonografia (US) renal Angiografia renal Tomografia computadorizada Ressonância magnética Procedimentos Diagnósticos / Achados Laboratoriais na IRA: * PAPEL DO ENFERMEIRO NA IRA Controle do volume: Balanço hídrico Atentar para edema de MMII ou região sacra, dispnéia, ortopnéia Hipercalemia: Hemodiálise, gluconato de cálcio, furosemida, solução de glico-insulina, sorcal, bicarbonato de sódio Monitorização – ECG com onda P apiculada, seguido do alargamento do QRS e PR. As alterações surgem com K = 6 a 7 mEq/l. O paciente pode evoluir para fibrilação ventricular e morte. * PAPEL DO ENFERMEIRO NA IRA Acidose Metabólica: Atenção: bicarbonato = retenção de líquido Hemodiálise Uremia: Sintomas: náuseas, vômitos, risco aumentado de sangramento, irritabilidade, confusão. * PAPEL DO ENFERMEIRO NA IRA Aspectos nutricionais: Paciente em CTI ↑ Catabolismo Desnutrição proteico-calórica elevada mortalidade Suporte nutricional – nutrição enteral / parenteral Controle do peso Controle da glicemia Balanço hidroeletrolítico * FIM
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