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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA Oscilações Amortecidas e Forçadas no Sistema Massa-Mola ALUNOS: Claudia de Aquino Silva Israel Reinande F. C. Brito Letícia Sousa Costa Natanael Rodrigues Stephanie Kamarry Alves de Sousa DISCIPLINA: Laboratório de Física C TURMA: T05 PROFESSOR: José Joatan Rodrigues Júnior Aracaju - SE 11/ 2014 2 Sumário 1 Introdução .................................................................................................................................. 3 1.1 Objetivos ............................................................................................................................. 6 1.1.1 Objetivo Geral .............................................................................................................. 6 1.1.2 Objetivos Específicos .................................................................................................... 6 2 Materiais e Métodos .................................................................................................................. 7 2.1 Materiais ............................................................................................................................. 7 2.2 Métodos .............................................................................................................................. 8 2.2.1 Oscilações Livres: Frequência Própria de Oscilação e Coeficiente de Amortecimento. .................................................................................................................... 8 2.2.1 Oscilações Forçadas: Ressonância................................................................................ 9 3 Resultados e Discussões ........................................................................................................... 10 3.1 1ª Parte - Oscilações Livres: Frequência Própria de Oscilação e Coeficiente de Amortecimento ....................................................................................................................... 10 3.2 2ª Parte - Oscilações Forçadas: Ressonância ................................................................... 12 6 Considerações Finais ................................................................................................................ 14 Referências .................................................................................................................................. 15 3 1 Introdução Na natureza, o movimento dos átomos e moléculas em uma rede que constitui um corpo sólido, o movimento de rotação e translação da Terra e o movimento dos satélites são alguns dos movimentos descritos pelo MOVIMENTO HARMÔNICO (MH), que corresponde a movimentos que se repetem em intervalos de tempo constante em torno de uma posição central. O MH também pode ser descrito como o movimento de oscilação mais elementar, e pode ser observado em qualquer sistema em equilíbrio estável que subitamente tem essa situação modificada, passando a executar um movimento periódico, cíclico ou oscilatório. Quando uma partícula descreve um movimento periódico sempre com mesma trajetória, dizemos que ela possui um MOVIMENTO OSCILATÓRIO ou MOVIMENTO VIBRATÓRIO. Devido à presença constante do atrito, os corpos geralmente não oscilam entre as posições limites fixas, ocorrendo a perda de energia e posteriormente o cessamento da oscilação. Os movimentos dessa natureza são chamados de MOVIMENTOS AMORTECIDOS, que são oscilações na qual as amplitudes sofrem uma redução de acordo com uma curva exponencial. Nestas oscilações a frequência do movimento é mantida constante e há a transformação da energia mecânica em energia térmica pela ação do atrito. Figura 1: Sistema massa-mola 4 Num sistema massa-mola, caracterizado pelo MOVIMENTO HARMONICO SIMPLES (MHS) – cuja posição é uma função senoidal do tempo e o movimento da partícula esta sujeita a uma força proporcional ao deslocamento–, quando um corpo de massa m é suspenso por uma mola de constante elástica K, as forças atuantes sobre este corpo serão a força peso (�)����� e a força de restituição elástica da mola ( �),������ que obedecerá a lei de Hooke, sendo dada por: ���� = −�� ����� = �� Para oscilações cujo atrito seja muito pequeno ou nulo, aplicando-se a 2º Lei de Newton, temos a força resultante que será: ����� = ��� + �� = �� A solução desta equação diferencial nos dará: ���) = � cos��� � + �) + ��� Onde: � = amplitude do movimento oscilatório �� = frequência angular do movimento Nos movimentos amortecidos, onde o atrito é diferente de zero, a força de atrito para o sistema massa-mola é descrita pela Lei de Stokes-Einstein e será proporcional a velocidade dada pela força de atrito. A equação da força resultante será, portanto dada por: � ���� = ��� + �� + ���� �! �������������� = ��� − "� − #�$ )%� Onde, λ é coeficiente de atrito viscoso e o sinal negativo indica que a força de atrito é sempre contraria ao movimento. Aplicando-se a 2º Lei de Newton e resolvendo a equação diferencial anterior, temos: ���) = & '(� cos��� + �) + �! 5 Figura 2: Movimento harmônico amortecido. Para manter o movimento periódico amortecido, é necessária a aplicação de uma força externa ao corpo, portanto, tal movimento será denominado de MOVIMENTO FORÇADO. Um exemplo de tal movimento são os mecanismos oscilantes dos relógios, onde através de forças produzidas por uma corda ou por um sistema elétrico é possível manter as oscilações. Temos agora, portanto duas frequências angulares com que tratar: (1) a frequência angular natural do sistema, que é a frequência angular na qual ele iria oscilar se fosse deslocado e depois deixado oscilar livremente e (2) a frequência angular da força externa. Neste caso, a força resultante será dada por: ��� = �)� = ��� %� = *�� − �� − #�$ + ���)+%� Resolvendo-se a equação diferencial, a equação geral será: ���) = �, ��) + �-��) = � . / *�0� − 1+ + & '(� cos��� + �) + ��� Onde, o termo xh(t) representa uma oscilação amortecida que após algum tempo vai para zero. O movimento estacionário da massa m será governado somente pela força F(t). A amplitude dependerá da frequência, logo, a amplitude da velocidade será dada por: A amplitude da velocidade v0 varia com wf e atinge o valor máximo quando o denominador da equação anterior for mínimo e, este será mínimo quando wf = w0, ou seja, a amplitude da velocidade será máxima quando a frequência da força aplicada coincidir com a frequência natural, formando um pico, caracterizando o fenômeno conhecido como RESSONÂNCIA. 6 Figura 3 A ressonância de um sistema mecânico pode ser destrutiva. Em projetos da aviação e de engenharia este conceito é fundamental. Um grande exemplo do efeito de ressonância é a ponte de tacoma. 1.1 Objetivos 1.1.1 Objetivo Geral Este laboratório teve como objetivo geral a visualização e verificação dos fenômenos de oscilações, simples e forçadas, no sistema massa mola. 1.1.2 Objetivos Específicos São objetivos específicos deste trabalho: • Determinar a frequência de oscilação do sistema amortecido, com atrito, (2) e do sistema ideal (2�); • Determinar o coeficiente de amortecimento de um sistema massa-mola; • Obter e analisar a curva de ressonância do sistema massa-mola; • Determinar a frequência de ressonância; • Compararo valor das grandezas obtidas através dos dois experimentos realizado a fim de mostrar que a frequência de ressonância é a frequência própria de oscilação 2� do sistema massa-mola ideal (sem atrito); 7 2 Materiais e Métodos Neste capítulo serão apresentados os materiais utilizados nos experimentos e o procedimento de execução dos mesmos. 2.1 Materiais Foram utilizados para realização do experimento os seguintes materiais: • Mola; • Porta Peso; • Pêndulo; • Massas aferidas; • Câmera filmadora; • Trena; • Suporte diversos; • Programar Tracker e SciDavis; • Balança de Precisão. O arranjo dos materiais consistia de um aparato com massas pré-definidas, conectado a uma mola A outra extremidade da mola é conectada a uma haste de sustentação de acrílico. Para facilitar o processamento das imagens no software, foi utilizado um anteparo preto. Além disso, na segunda etapa do experimento foi necessário utilizar um pêndulo na haste de sustentação para oscilar. 8 2.2 Métodos Nesta seção serão apresentados os procedimentos experimentais para cada etapa desse laboratório. 2.2.1 Oscilações Livres: Frequência Própria de Oscilação e Coeficiente de Amortecimento. Inicialmente, foi determinada massa total do conjunto e sua respectiva incerteza com o auxílio de uma balança de precisão. Em seguida, utilizou-se a trena para medir a largura da faixa amarela que se encontrava fixada na haste que ligava a mola ao peso, esta distância serve de referência para análise do movimento do sistema massa-mola no software Tracker. Utilizando-se de um sistema massa-mola devidamente montado com uma determinada mola e massa escolhida, deslocamos a massa da posição de equilíbrio e observamos o movimento realizado pelo mesmo. Com o uso de uma câmera filmadora, devidamente apoiado por uma haste, foi efetuada a filmagem do movimento da massa de maneira a ser possível o registro do desenho marcado sobre a massa suspensa pela mola para posterior análise por software. Esse procedimento foi repetido para diversas oscilações de forma que o amortecimento seja visível na redução da amplitude de oscilação. Por fim, foi feita uma análise do vídeo através do Tracker para obter a variação da posição com o tempo como mostrado na figura x. Figura 4: Análise de pontos no Tracker. 9 A parti dos dados obtidos no Tracker e utilizando o SciDavis foi possível encontrar os valores de frequência própria de oscilações e coeficiente de amortecimento através da modelagem do sistema. 2.2.1 Oscilações Forçadas: Ressonância Mantendo a mesma configuração para o sistema massa mola anteriormente realizado, porém, acrescentando um pêndulo na haste de sustentação, foi feita a variação do comprimento do pêndulo e verificada a oscilação do sistema massa-mola a fim de escolher o comprimento que correspondia a maior amplitude de oscilação da massa suspensa pela mola. O comprimento 3 escolhido foi de 22,5 cm. Após a escolha do comprimento de pêndulo que reproduzia a maior amplitude de oscilação, foi feita a filmagem do movimento, em seguida, foi repetido esse procedimento para outros 10 comprimentos em torno do valor de 22,5 cm. A variação escolhida foi de 1cm. Por fim, todos os vídeos foram transferidos para o computador e analisados através do software Tracker. 10 3 Resultados e Discussões Neste capítulo serão detalhados os resultados obtidos e serão feitas as discussões no que concerne a análise geral. 3.1 1ª Parte - Oscilações Livres: Frequência Própria de Oscilação e Coeficiente de Amortecimento Para a determinação da frequência própria de oscilação 2� e do coeficiente de amortecimento 4, foi obtido a tabela da posição (x) da massa suspensa em função do tempo(t) a partir do vídeo da 1ª parte e com o auxílio do software Tracker. No total foram adquiridos 238 pontos, por isso, não serão apresentados no relatório. A tabela 01 apresenta as incertezas do tempo e da posição obtidas através do Tracker. Tabela 01 – Incerteza do Tempo e Posição. Incerteza do Tempo (s) Incerteza da Posição (m) 0,033 0,024 A seguir é apresentado gráfico da posição pelo tempo, obtido com o auxílio do SciDAVis. Figura 5: Gráfico de Tempo x Posição dos dados do primeiro experimento 11 A partir do gráfico anterior foi possível ajustar uma equação similar a equação x. ���) = & '(� cos�2� + �) + �� Os parâmetros de ajuste foram a amplitude inicial do movimento B, a fase inicial �, a posição de equilíbrio �� = �� �5 , e as duas constantes de interesse 2 e 4. O modelo obtido é mostrado na figura x. Figura 6: Modelagem dos pontos através do SciDavis. Vale resaltar, que como esperado, o gráfico corresponde a uma senóide amortecida por duas exponenciais opostas, o que é característico de um sistema massa- mola amortecido. Assim, a partir do modelo foram obtidos os seguintes valores: & = 0,0796885615521447 +/- 0,0502382672167437 2 = 7,09766623544667 +/- 0,164076646681828 4 = 0,0849571904327318 +/- 0,166111016378109 � = -46,7995447493175 +/- 0,619308623443491 Efetuando o cálculo manualmente, sem o auxílio do software, apenas aplicando os valores já encontrados na equação temos que a constante elástica da mola é dada por: � = ��Δ� = 0,234 × 9,780 0,21 = 10,91 @/� 12 Para encontrar a frequência de oscilação: 2� = B�� = 6,82 D)E/. Percebemos então, que a frequência de oscilação calculada (6,82 D)E/.) e a obtida através do modelo (7,09 D)E/.) são bem próximas, evidenciando o bom resultado do experimento. 3.2 2ª Parte - Oscilações Forçadas: Ressonância A segunda etapa desse laboratório consistia em analisar o fenômeno de ressonância em oscilações forçadas. Para isso, primeiro foi montada uma tabela que relaciona o comprimento do pêndulo com a máxima amplitude de oscilação após o sistema entrar em estado estacionário. Além disso, foi acrescentada na tabela a frequência (20) correspondente a cada comprimento (3), calculada através da equação a seguir: 20 = B� 35 Por fim, foi calculada a amplitude da velocidade através da equação: F!�20) = 20��20) A tabela final é apresentada a seguir Comprimento (cm) Amplitude (cm) 20 (rad/s) F! 17,5 0,229 0,748 0,171 18,5 0,321 0,727 0,233 19,5 0,337 0,708 0,239 20,5 0,411 0,691 0,284 21,5 0,428 0,674 0,289 22,5 0,379 0,659 0,250 23,5 0,407 0,645 0,263 24,5 0,376 0,632 0,238 25,5 0,298 0,619 0,185 26,5 0,289 0,608 0,176 27,5 0,178 0,596 0,107 13 Com ajuda do scidavis foi possível obter o gráfico a seguir. Como podemos observa o gráfico se assemelha bastante ao gráfico de uma curva de ressonância, porém, não foi possível efetuar a modelagem do sistema devido a problemas com o software SciDavis. 14 4 Considerações Finais Podemos concluir que o laboratório ocorreu como esperado, sendo possível observar na primeira parte do experimento a ação da exponencial complexa no amortecimento de um sistema massa-mola e através de softwares de modelagem foi possível encontrar a frequência fundamental e a constante da mola. Na segunda etapa desse laboratório foi obtidos bons resultados, porém, devido a pouca experiência dos alunos com o uso do SciDavis para modelagem desse tipo de dados não foi possível efetuar o levantamento das variáveis do modelo. Por fim, vale resaltar que esse laboratório foi de grande valor para todos os envolvidos, observando na realidade como são as influências dos efeitos físicos estudados em sala de aula. 15 ReferênciasMecânica e Ondas – Trabalho de Laboratório – Movimento Oscilatório Num Sistema Massa Mola por desconhecido. < https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/downloadFile/3779572266357/MO-MovOsc_V4.pdf>. Acessado em 09/11/2014. Última atualização desconhecida).
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