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APOSTILA_CONT ADMINISTRAÇÃO 2013_B

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CONTABILIDADE PARA ADMINISTRAÇÃO
Professor: Mestre Maurício de Oliveira
FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS/CENTRO DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
SUMÁRIO
1CAPÍTULO 1.- INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE	.............................................................................�
11.1.- PRELIMINARES:	�
11.1.1.- Objeto da Contabilidade:	�
11.1.2.- Objetivo (Finalidade) da Contabilidade:	�
11.2.- A EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE:	�
11.3.- DEFINIÇÕES DE CONTABILIDADE:	�
51.4.- FUNÇÕES DA CONTABILIDADE:	�
51.5.- ÁREA DE ATUAÇÃO CONTÁBIL:	�
51.5.1.- Geral:	�
51.5.2.- Específica:	�
51.6.- OS USUÁRIOS DA CONTABILIDADE:	�
61.6.1.- Usuários Internos:	�
61.6.2.- Usuários Externos:	�
1.7.- 6EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO:	�
7CAPÍTULO 2.– DAS PESSOAS	�
72.1. – DAS PESSOAS FÍSICAS:	�
72.2. – DAS PESSOAS JURÍDICAS:	�
 72.2.1.- Espécies de Pessoas Jurídicas:	�
 92.2.2.- Sociedades Limitadas e Sociedades Anônimas:	�
102.3.- BREVES COMENTÁRIOS SOBRE OUTROS TIPOS DE ENTES JURÍDICOS:	�
102.3.1.- Fundações (art. 62 e seguintes, CC):	�
102.4.- ASSOCIAÇÕES:	�
112.5.- EXTINÇÃO DA PESSOA JURÍDICA:	�
112.5.1.- Formas de dissolução:	�
12CAPÍTULO 3.- A CONTABILIDADE APLICADA	�
123.1.- INTRODUÇÃO:	�
123.2.- CONTABILIDADE PÚBLICA:	�
123.3.- CONTABILIDADE PRIVADA:	�
123.3.1.- Contabilidade Civil:	�
123.3.2.- Contabilidade Comercial:	�
13CAPÍTULO 4.- OS FUNDAMENTOS CIENTÍFICOS DA CONTABILIDADE	�
134.1.- INTRODUÇÃO:	�
134.2.- POSTULADOS DA CONTABILIDADE:	�
 134.2.1.-O Postulado da Entidade:	�
134.2.2.- O Postulado da Continuidade:	�
134.3.- PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE:	�
134.3.1.- O Princípio do Registro pelo Valor Original ou Custo Histórico como Base de Valor:	�
144.3.2.- Princípio da Realização da Receita:	�
144.3.3.- Princípio da Confrontação da Despesa:	�
144.3.4.- Princípio do Denominador Comum Monetário:	�
144.3.5.- O Princípio da Competência (envolve receitas e despesas):	�
144.3.6.- O Princípio da Atualização Monetária:	�
144.4.- CONVENÇÕES CONTÁBEIS	�
144.4.1.- O Princípio da Prudência ou Conservadorismo	�
154.4.2.- Convenção da Objetividade:	�
154.4.3.- Convenção da Materialidade:	�
154.4.4.- Convenção da Consistência:	�
16CAPÍTULO 5.- PLANO DE CONTAS	�
165.1.- CONCEITO DE PLANO DE CONTAS:	�
165.2.- OBJETIVO DE UM PLANO DE CONTAS:	�
165.3.- CONTA CONTÁBIL:	�
165.4.- FORMALIDADES DO REGISTRO CONTÁBIL:	�
175.5.- MODELO DE PLANO DE CONTAS:	�
19DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO – D.R.E.	�
19CONTAS DE RESULTADO	�
19RESUMO CONCEITUAL	�
21DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO	�
21PLANO DE CONTAS – COMPLETO	�
23CAPÍTULO 6.- DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS	�
236.1.- DEMONSTRAÇÕES OBRIGATÓRIAS PARA EFEITOS TRIBUTÁRIOS:	�
236.2.- DEMONSTRAÇÕES OBRIGATÓRIAS PARA EFEITOS TRIBUTÁRIOS E COMERCIAIS:	�
236.2.1.- Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)	�
246.2.2.- Demonstração do Valor Adicionado (DVA):	�
256.2.3.- Notas Explicativas (NE’s), e outros quadros analíticos necessários para esclarecimento da situação patrimonial e do resultado do exercício.	�
26MODELO DE NOTAS EXPLICATIVAS(INCOMPLETO):	�
276.3.- OUTRAS OBRIGAÇÕES PREVISTAS NAS LEIS COMERCIAIS:	�
276.3.1.- Consolidação das Demonstrações Financeiras:	�
276.3.2.- Relatório da Administração:	�
276.3.3.- Parecer dos Auditores Independentes:	�
28MODELO DE RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES:	�
29CAPÍTULO 7.- ESCRITURAÇÃO DOS SISTEMAS CONTÁBEIS	�
297.1.- OS LIVROS UTILIZADOS NA CONTABILIDADE:	�
7.2.- O DIÁRIO:...............................................................................................................................................29
307.3.- O MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS:	�
307.3.1.- Débitos	�
307.3.2.- Créditos	�
307.4.- FLUXO DE RECURSOS:	�
307.4.1.- Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido:	�
307.4.2.- Contas de Resultado (Demonstração do Resultado do Exercício):	�
317.5.- RAZONETES:	�
317.5.1.- Exercícios de Fixação:	�
327.5.2.- Mais informações sobre Razonetes:	�
7.6.- BALANCETES........................................................................................................................................33
7.7.- 3EXERCÍCIO PRÁTICO:	3�
CAPÍTULO 8.- PATRIMÔNIO(*)	40
8.1.– CONCEITO:	40
8.2.- BENS:	40
8.3.- DIREITOS:	40
8.4.- OBRIGAÇÕES:	40
8.5.- PATRIMÔNIO LÍQUIDO:	40
408.6.- BALANÇO PATRIMONIAL (EXERCÍCIO DE INTRODUÇÃO):	�
8.7.- DIFERENCIAÇÃO ENTRE CAPITAL E PATRIMÔNIO	42
418.7.1.- ORIGENS x APLICAÇÕES	�
418.7.2.- PRINCIPAL ORIGEM DE RECURSOS	�
8.8.- REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS ESTADOS PATRIMONIAIS	42
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO:	42
8.8.1.- OBSERVAÇÕES SOBRE A CONTA DE ESTOQUES:	42
8.8.1.- Métodos de Avaliação de Estoques:	42
468.8.2.- Modelo de Ficha para Controle de Estoques:	�
8.8.3.- Modelo de Ficha de Controle de Estoques............................................................................................46
468.9.- EXERCÍCIOS SOBRE FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO E SUAS VARIAÇÕES:	�
8.10.- EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO:	48
CAPÍTULO 9.- 55 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO:	�
63CAPÍTULO 10.- APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO	�
6310.1. APURAÇÃO DO RESULTADO DA CONTA MERCADORIAS	�
6410.2.- ATIVIDADES DO CAPITULO 10	�
6510.2.1.- Exercício:	�
610.2.2.- EXERCÍCIO:	�5
610.2.3.- EXERCÍCIO:	�5
610.2.4.- EXERCÍCIO:	�6
610.2.5.- EXERCÍCIO:	�6
610.2.6.- EXERCÍCIO	�7
69CAPÍTULO 11.- OPERAÇÃO DE FOLHA DE PAGAMENTO	�
11.1.- ATIVIDADES – CAPÍTULO 10	70
74BIBLIOGRAFIA	�
�
CAPÍTULO 1.- INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE
1.1.- PRELIMINARES: 
A Contabilidade é uma das mais antigas ciências estudadas pelo ser humano e sempre foi utilizada como instrumento de aplicação prática. Não surgiu de conceitos filosóficos ou por força de legislação fiscal ou societária.
Na realidade, a Contabilidade surgiu da necessidade prática dos gestores do patrimônio das entidades, geralmente seus proprietários, naturalmente preocupados em ter um instrumento que lhes permitisse, entre outros benefícios:
conhecer e controlar os ativos (bens e direitos) e passivos (obrigações);
conhecer os resultados operacionais e não operacionais (lucros ou prejuízos);
obter informações sobre o produtos e serviços mais rentáveis;
fixar custos e preços dos produtos para venda ou revenda; 
analisar a evolução do seu patrimônio (positivo ou negativo).
Por isso atualmente são elaborados diversos demonstrativos que geralmente acompanham a publicação dos balanços patrimoniais das pessoas jurídicas, principalmente nos casos das sociedades anônimas de capital aberto.
A importância da Contabilidade se verifica até no dia-a-dia dos cidadãos. Todo trabalhador ou aposentado, ao fazer suas contas para saber se o salário ou provento que vai receber será suficiente para pagar suas contas, está fazendo a sua Contabilidade.
Por isso, é impossível que micro, pequenas e médias empresas consigam sobreviver sem Contabilidade.
1.1.1.- Objeto da Contabilidade:
O objeto da Contabilidade é o PATRIMÔNIO das entidades econômico-administrativas.
1.1.2.- Objetivo (Finalidade) da Contabilidade:
1.1.1.2.- Principais:
a).- Determinação do resultado (lucro ou prejuízo);
b).- Controle do patrimônio.
1.1.1.3.- Complementares:
a).- Organizar, classificar e registrar todos os eventos/fatos ocorridos nas atividades da empresa;
b).- Permitir o controle administrativo e o fornecimento informações precisas e atuais para os diversos usuários;
c).- Medir e informar periodicamente a evolução do patrimônio da entidade;
d).- Medir e informar regularmente o resultado econômico(lucro ou prejuízo) das atividades, em determinado período;
e).- Controlar os bens, direitos e obrigações da entidade;
f).- emitir, periodicamente, as demonstrações contábeis para uso dos diversos responsáveis ou usuários.
1.2.- A EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE:
A Contadora Daniela Miranda, com base em pesquisas bibliográficas, cita os seguintes períodos evolutivos da Contabilidade:
PRÉ-HISTÓRIA: de 8.000 a.C até 1.202 d.C. – período do empirismo e do conhecimentosuperficial: experiências e práticas vividas pelas civilizações do mundo antigo, destacando-se os estudos dos sumérios, babilônios, egípcios, chineses e romanos;
IDADE MÉDIA: de 1.202 d.C . até 1.494 – período da sistematização dos registros: em razão da obra “Leibe Abaci”, de Leonardo Fibonacci;
IDADE MODERNA: DE 1.494 até século XVIII – período que se tornou um marco na evolução contábil, em razão da publicação da obra “Summa de Arithmética, Geometria, Proportioni e Proporcionalita”, no capítulo “Tratatus Particularis de Computis ET Scripturis” (Tratado Particular de Conta e Escrituração), do frei e matemático Luca Paccioli, em Veneza, onde este discorreu sobre o método das partidas dobradas;
IDADE CONTEMPORÂNEA: do século XVIII até os dias de hoje – período científico da Contabilidade, quando esta deixou de ser mera “arte” para se tornar “ciência”. A partir daí surgiram várias doutrinas contábeis.
1.3.- DEFINIÇÕES DE CONTABILIDADE:
a).- “A Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio, objetivando representá-lo graficamente, evidenciar suas variações, estabelecer normas para sua interpretação, análise e auditagem e servir como instrumento básico para a tomada de decisões de todos os setores direta e indiretamente envolvidos com a empresa” (prof. Hilário Franco).
b).- “A Contabilidade é a ciência que estuda e pratica, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza econômica” (prof. Hilário Franco).
c).- “A Contabilidade é uma ciência que permite, através de suas técnicas, manter um controle permanente do patrimônio da empresa” (Prof. Osni Moura Ribeiro).
d).- “Podemos definir Contabilidade como o sistema de informação que controla o patrimônio de uma entidade” (Prof. Clóvis Luís Padoveze).
e).- “A ciência que estuda o patrimônio de uma entidade, registrando as variações por ele sofridas, apurando resultados e prestando informações aos usuários da informação contábil (Equipe dos Professores da FEA/USP).
1.4.- FUNÇÕES DA CONTABILIDADE:
Ainda a Contadora Daniela Miranda nos cita as seguintes funções da Contabilidade:
REGISTRAR todos os fatos que ocorrem e podem ser representados em valor monetário;
ORGANIZAR um sistema de controle adequado à empresa;
DEMONSTRAR com base nos registros realizados e expor periodicamente, por meio de demonstrativos, a situação econômica, patrimonial e financeira da empresa;
ANALISAR os demonstrativos com a finalidade de apuração dos resultados obtidos pela empresa;
ACOMPANHAR a execução dos planos econômicos da empresa, prevendo os pagamentos a serem realizados, as quantias a serem recebidas de terceiros e alertando para eventuais problemas.
1.5.- ÁREA DE ATUAÇÃO CONTÁBIL:
1.5.1.- Geral:
FISCAL: auxilia na elaboração de informações para os órgãos fiscalizadores, do qual depende todo o planejamento tributário da entidade;
PÚBLICA: principal instrumento de controle e fiscalização que o Governo possui. Sua legislação (lei nº.4.320/64 e Lei de Responsabilidade Fiscal) estatui normas gerais de direito financeiro para a elaboração e controle dos orçamentos e balanços públicos;
GERENCIAL: auxilia a Administração na otimização dos recursos disponíveis na entidade, através de um controle adequado do patrimônio;
FINANCEIRA: elabora e consolida as demonstrações contábeis para disponibilizar informações aos usuários externos;
AUDITORIA: compreende o exame de documentos, livros e registros, inspeções e obtenção de informações, internas e externas, relacionadas com o controle do patrimônio, objetivando mensurar a exatidão destes registros e das demonstrações contábeis deles decorrentes;
PERÍCIA CONTÁBIL: elabora laudos em processos judiciais ou extrajudiciais sobre organizações com problemas financeiros causados por erros administrativos.
1.5.2.- Específica:
ANÁLISE ECONÔMICA E FINANCEIRA DE PROJETOS: elabora análises, através dos relatórios contábeis, que devem demonstrar a exata situação patrimonial de uma entidade;
AMBIENTAL: informa o impacto do funcionamento da entidade no meio ambiente, avaliando os possíveis riscos que suas atividades podem causar na qualidade de vida local e regional;
ATUARIAL: especializada na Contabilidade de empresas de previdência privada e em fundos de pensão;
SOCIAL: informa sobre a influência do funcionamento da entidade na sociedade, sua contribuição na agregação de valores e riquezas, além dos custos sociais;
AGRONEGÓCIO: atua em empresas com atividade agrícola de beneficiamento local dos recursos agropecuários produzidos.
1.6.- OS USUÁRIOS DA CONTABILIDADE:
Os relatórios preparados pela empresa podem, além de abranger quaisquer áreas de informação (fluxo financeiro, disponibilidades, contas a pagar, contas a receber, aplicações financeiras, compra e venda de mercadorias no dia-a-dia, gastos gerais de funcionamento=despesas e investimentos), ser preparados diariamente ou em curtos períodos de tempo (semana, quinzena, mês, trimestre, etc.), de acordo com as necessidades administrativas da alta Administração.
Os usuários são as pessoas que se utilizam da Contabilidade, que se interessam pela situação da empresa e buscam nos instrumentos contábeis as suas respostas. Podem ser divididos em:
Usuários internos; e
Usuarios externos.
1.6.1.- Usuários Internos: 
são todas as pessoas ou grupos de pessoas relacionadas com a empresa e que têm facilidade de acesso às informações contábeis, tais como:
Gerentes ou Administradores: para a tomada de decisões;
Funcionários: com interesse em pleitear melhorias;
Diretoria: para a execução de planejamentos organizacionais.
1.6.2.- Usuários Externos: 
são todas as pessoas ou grupos de pessoas sem facilidade de acesso direto às informações, mas que as recebem de publicações das demonstrações contábeis pela entidade, tais como:
Bancos: interessados nas demonstrações financeiras com o fim de analisar a concessão de financiamentos e medir a capacidade de retorno do capital emprestado;
Concorrentes: interessados em conhecer a situação da empresa para poder atuar no mercado;
Governo: que necessita obter informações sobre as receitas e despesas para poder atuar sobre o resultado operacional no que concerne a sua parcela de tributação e planejamento macroeconômico;
Fornecedores: interessados em conhecer a situação da entidade para poder continuar ou não as transações comerciais com a entidade, além de medir a garantia de recebimento futuro;
Clientes: interessados em medir a integridade da entidade e a garantia de que seu pedido será atendido nas suas especificações e no tempo acordado.
1.7.- EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO:
1.- Identifique a alternativa correta:
O objeto da Contabilidade é;
a.( ) o Balanço Patrimonial;
b.( ) a escrituração;
c.( ) o patrimônio;
d.( ) registrar os fatos administrativos.
2.- O objetivo da Contabilidade é:
a.( ) o estudo e o controle do patrimônio e de suas variações visando ao fornecimento de informações que sejam úteis para a tomada de decisões econômicas;
b.( ) o patrimônio;
c.( ) a entidade;
d.( ) fornecer informações sobre o patrimônio das entidades.
3.- (TTN/94) “O Patrimônio, que a contabilidade estuda e controla, registrando todas as ocorrências nele verificadas”.
“Estudar e controlar o patrimônio, para fornecer informações sobre sua composição e variações, bem como sobre o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial”.
As proposições acima indicam, respectivamente:
( ) o objeto e a finalidade da contabilidade;
( ) a finalidade e o conceito da contabilidade;
( ) o campo de aplicação e o objeto da contabilidade;
( ) o campo de aplicação e o conceito de contabilidade;
( ) a finalidade e as técnicas contábeisda contabilidade.
4.- (TFC/93):
Escrituração;
Atos administrativos;
Demonstrações contábeis;
Auditoria;
Análise de balanços;
Mecanismo do débito e do crédito;
Equação fundamental do patrimônio;
Princípios contábeis
Indique quantas técnicas contábeis constam dos itens acima:
a.( ) duas b.( ) quatro c.( ) três d.( ) cinco e.( ) seis
CAPÍTULO 2.– DAS PESSOAS
Existem dois tipos de pessoas, sendo PESSOAS FÍSICAS OU NATURAIS e PESSOAS JURÍDICAS.
2.1. – DAS PESSOAS FÍSICAS:
Pessoa física é a pessoa natural, homem ou mulher.
Toda pessoa natural ou física é capaz de direitos e deveres na ordem civil. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida.
São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
 I - os menores de dezesseis anos;
 II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;
 III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
A incapacidade cessará para os menores:
 I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
 II - pelo casamento;
 III - pelo exercício de emprego público efetivo;
 IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
 V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
A existência da pessoa natural termina com a morte;
2.2. – DAS PESSOAS JURÍDICAS:
Pessoa jurídica é uma entidade jurídica resultante de um agrupamento de pessoas naturais ou outras pessoas jurídicas que visa a fins de utilidade pública (pessoas jurídicas de direito público) ou privada (pessoas jurídicas de direito privado) e é completamente distinta dos indivíduos que a compõem. É chamada de jurídica porque nasce através de um contrato social, nos casos de sociedades limitadas ou através de um estatuto social, nos casos das sociedades anônimas de capital aberto ou fechado.
2.2.1.- Espécies de Pessoas Jurídicas:
As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.
2.2.1.1.- Pessoas Jurídicas de Direito Público:
São pessoas jurídicas de direito público interno:
 I - a União;
 II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
 III - os Municípios;
 IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
 V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.
2.2.1.2.- Espécies de Pessoa Jurídica de Direito Privado:
O Código Civil diz no seu art. 44 (redação original): “são pessoas jurídicas de direito privado: associações, sociedades e fundações.”
O Código Civil dizia isso, no art. 44. Só que o art. 2.031 dizia, na sua redação original, que os empresários, associações e fundações teriam um prazo de um ano para se adaptarem ao novo Código Civil. Foi um desespero isso. Se não se adaptassem, passariam a funcionar como sociedade irregular. Esse artigo 2.031 desesperou todo mundo. Quando o Código Civil entra em vigor, dentro da categoria das associações, duas classes muito fortes se insurgiram: as organizações religiosas e os partidos políticos. Foram até o legislador e disseram que não aceitavam se adaptar daquele jeito ao NCC. O legislador, então, modificou o art. 44 que passou a dizer o seguinte:
“Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I – as associações; 
II – as sociedades; 
III – as fundações. 
IV – as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825/03) 
V – os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825/03)
VI – as empresas individuais de responsabilidade limitada (Incluído pela Lei 12.441/2011)”.
O legislador retirou do seio da associação a organização religiosa e os partidos políticos que são associações. Mas por que o legislador fez isso? Ele retirou do conceito de associação a organização religiosa e o partido político para permitir com isso a modificação do art. 2.031. No momento que fez essa retirada, permitiu mudar também o art. 2.031 que diz que as pessoas jurídicas, associações, sociedades, fundações e empresários, devem se adaptar ao novo código, salvo, organizações religiosas e partidos políticos. As outras organizações (ONGs, associações de bairro, etc.) vão ter que se adaptar. A razão de o legislador haver desdobrado ao art. 44, foi permitir excluir do prazo de adaptação as igrejas e os partidos políticos.
“O art. 44, do Código Civil, fora desdobrado acrescentando-se as organizações religiosas e os partidos políticos, para permitir em sequência, a alteração do art. 2.031, eximindo estas entidades de se adaptarem ao NCC.”
Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.
O registro da Pessoa Jurídica declarará:
 I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver;
 II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;
 III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;
 IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;
 V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;
 VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso.
Decai em três anos o direito de anular as decisões acima, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude.
2.2.1.2.1.– Sociedade Comercial, Sociedade Empresária, Sociedade Civil, Sociedade Simples, Comerciante e Empresário (art. 981 e seguintes, N.C.C.).
A sociedade, espécie de pessoa jurídica de direito privado, é dotada de personalidade jurídica própria e instituída por meio de contrato social com propósito de exercer atividade econômica e partilhar lucro.
A sociedade tem finalidade econômica e não é constituída por meio de estatuto, mas sim de contrato social.
OBS.: é juridicamente possível sociedade entre cônjuges? Nos termos do art. 977, CC, a contratação de sociedade entre cônjuges só é possível se não forem casados em comunhão universal ou separação obrigatória de bens.
Às pessoas que constituíram sociedade anteriormente à entrada em vigor do CC/2002, a proibição do artigo 977 não é aplicada, em respeito ao princípio do ato jurídico perfeito (Parecer Jurídico de DNRC/COJUR 125/2003[3]).
Com o novo Código Civil, as sociedades civil e mercantil foram substituídas pelas sociedades simples e empresária (art. 982). Sociedades empresárias são aquelas que visam a uma finalidade lucrativa, mediante exercício de atividade empresária (art. 966, CC: atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços). Sociedades simples são as que visam, também, a um fim econômico, mediante exercício de atividade não empresária, como os grandes escritórios de advocacia, as sociedades imobiliárias e as cooperativas.
Nos termos do art. 982, CC, uma sociedade, para ser empresária, deverá conjugar um requisito material(exercício de atividade empresarial) e um requisito formal (registro na Junta Comercial). A ausência de qualquer desses requisitos, em geral, torna a sociedade simples.
A sociedade empresária, face típica do capitalismo, notabiliza-se pela impessoalidade: os seus sócios podem atuar como meros articuladores de fatores de produção (capital, trabalho, matéria-prima e tecnologia). Estão sujeitas à lei falimentar e o registro deverá ser feito na Junta Comercial. As sociedades simples, por sua vez, tem por nota a pessoalidade: os seus sócios realizam ou supervisionam pessoalmente a atividade desenvolvida. Por isso, em geral, são prestadoras de serviços técnicos ou científicos (caso da sociedade de advogados). Não estão sujeitas à falência e, em geral, são registradas no CRPJ.
OBS.: o parágrafo único do art. 982 estabelece que toda sociedade anônima é empresária e toda cooperativa é simples. (AgRg Resp 801/SP)
Com a Lei 12.441/2011, surgiu a nova previsão das empresas individuais de responsabilidade limitada (EIRELI), conforme arts. 44, VI e 980-A, CC. Contudo, segundo Flávio Tartuce, tais entidades não constituem sociedades na sua formação, pelo fato de serem constituídas apenas por uma pessoa. O tratamento como sociedade limitada refere-se apenas aos seus efeitos, e não quanto à estrutura, sendo, assim, uma nova categoria sui generis.
Apresenta-se abaixo quadro resumo das Sociedades, extraído de Iudícibus (2007:11).
	QUADRO RESUMO DAS SOCIEDADES
	SOCIEDADES PELO NCC
	TIPOS
	DETALHES
	NÃO PERSONIFICADAS:
(não inscritos: constituídas de for
ma oral e documental, porém não registrada).
	SOCIEDADE COMUM:
(sociedade de fato, sem registro).
	No que for compatível, em ambos, aplicam-se as disposições da SOCIEDADE SIMPLES.
	Os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações. Também conhecida como Sociedade Irregular.
	
	SOCIEDADE EM CONTA
DE PARTICIPAÇÃO
	
	Um dos sócios é Ostensivo (empreendedor, dirige o negócio e assume todas as responsabilidades). Outros sócios são Participantes, apenas Investidores.
	PERSONIFICADAS:
(legalmente constituídas e registradas no órgão competente, passando a ser denominadas Pessoas Jurídicas.
	EMPRESÁRIA: atividade própria de empresário com registro na Junta Comercial.
	- SOC. EM NOME COLETIVO
- SOC. COMANDITA SIMPLES
- SOCIEDADE LIMITADA
- SOCIEDADE POR AÇÕES(SA
- SOC. COMANDITA AÇÕES
	
	SIMPLES: atividade de não empresário com registro no Cartório Civil.
	- SOCIEDADE SIMPLES “PURA” ou SOC. EM NOME COLETIVO
- SOC. EM COMANDITA SIMPLES
- SOCIEDADE LIMITADA
- COOPERATIVA
	
	COOPERATIVAS: legislação especial e NCC.
	- RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS LIMITADA
- RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS ILIMITADA
2.2.1.2.1.- Da Sociedade em Nome Coletivo:
 Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais.
2.2.1.2.2.- Da Sociedade em Comandita Simples:
Na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de duas categorias: os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota.
2.2.1.2.3.- Da Sociedade Limitada:
Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.
2.2.1.2.4.- Da Sociedade Anônima:
Na sociedade anônima ou companhia de capital aberto, o capital divide-se em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir. Neste tipo de sociedade o capital também pode ser fechado, ou seja, não negociado em Bolsa de Valores.
2.2.1.2.5.- Da Sociedade em Comandita por Ações:
A sociedade em comandita por ações tem o capital dividido em ações, regendo-se pelas normas relativas à sociedade anônima, sem prejuízo das modificações constantes deste Capítulo, e opera sob firma ou denominação. Somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade, sendo que se houver mais de um diretor, serão solidariamente responsáveis, depois de esgotados os bens sociais.
2.2.1.2.6.- Da Sociedade Cooperativa:
A sociedade cooperativa é regida pelo NCC e por legislação especial. (Lei 5.764/71). Na sociedade cooperativa, a responsabilidade dos sócios pode ser limitada ou ilimitada.
2.2.2. – Sociedades Limitadas e Sociedades Anônimas:
Apesar das diversas formas de sociedades listadas acima, os tipos de sociedades mais comuns são as Sociedades Limitadas e as Sociedades Anônimas.
As sociedades limitadas são assim chamadas porque os sócios respondem pelas obrigações da empresa até o valor do seu capital social (valor que os sócios investiram na formação da empresa), exceto pelo fato de ficar constatado algum crime como fraudes, por exemplo. A sociedade limitada tem seu capital social dividido em quotas de capital que os sócios adquirem. Conforme artigo 1.052 do Código Civil (lei 10.406/2002), na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.
As sociedades anônimas têm seu capital social dividido em ações e são de duas espécies, a companhia aberta e a companhia fechada.
A sociedade anônima de capital fechado não tem suas ações negociadas em Bolsas de Valores, ou seja, é a companhia que obtém recursos entre os próprios acionistas ou terceiros subscritores.
A sociedade anônima de capital aberto tem suas ações negociadas em Bolsas de Valores, ou seja, é a companhia que procura captar recursos junto ao público através da emissão de ações.
2.3.- BREVES COMENTÁRIOS SOBRE OUTROS TIPOS DE ENTES JURÍDICOS: 
2.3.1.- Fundações (art. 62 e seguintes, CC):
As fundações (de direito privado) resultam não da união de indivíduos, mas da AFETAÇÃO DE PATRIMÔNIO, por testamento ou escritura pública, que o instituidor faz para realizar finalidade ideal (art. 62, CC). As fundações, assim, são bens arrecadados e personificados, em atenção a um determinado fim, que por uma ficção legal lhe dá unidade parcial.
Uma fundação jamais pode ter finalidade lucrativa.
A fundação somente pode ser constituída para finalidade moral, assistencial, religiosa, cultural ou de assistência.
OBS.: as ONG’s somente podem se constituir como associações ou fundações e, para atuarem em parceria com o Poder Público, devem se qualificar como organização da sociedade civil de interesse público (Lei 9.790/99).
Para a criação das fundações, pressupõem-se a existência dos seguintes elementos:
a) afetação de bens livres;
b) especificação dos fins;
c) previsão do modo de administrá-las;
d) elaboração de estatutos com base em seus objetivos e submetidos à apreciação do Ministério Público que os fiscalizará.
As fundações surgem com o registro de seus estatutos no RCPJ.
Elas devem ter fins nobres, distantes dos fins de lucro próprio das sociedades. Na I Jornada de Direito civil foi criado o Enunciado 09 (O art. 62, parágrafo único, deve ser interpretado de modo a excluir apenas as fundações com fins lucrativos).
Pelo seu interesse social, há necessidade de os administradores prestarem contas ao Ministério Público. Nas fundações não existem sócios propriamente ditos, pois o conjunto é de bens e não de pessoas. As fundações são sempre supervisionadas pelo MP, que atua como fiscal da lei.
2.3.1.1.- Requisitos para a constituição de uma Fundação:
a) A afetação ou o destacamento de bens livres do instituidor 
b) A sua instituição só poderá ser feita por escritura pública ou testamento
c) A elaboração do estatuto da Fundação – ato normativo da Fundação. O estatuto da fundação poderá ser elaborado, nos termos do art. 65, CC, pelo próprio instituidor, por terceiro a quem delegue fiduciariamenteo encargo ou subsidiariamente pelo Ministério Público.
d) Aprovação do estatuto – em geral, quando for elaborado pelo próprio instituidor ou por terceiro, a aprovação será feita pelo Ministério Público. Mas, se o próprio MP elaborou, a esquisita norma do art. 1.201, CPC, estabelece que a aprovação do estatuto será feita pelo juiz.
e) Finalmente, para se considerar constituída, o seu estatuto deverá ser devidamente registrado no CRPJ (Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas).
2.3.1.2.- O Papel do Ministério Público
O MP tem, por expressa norma legal (art. 66, CC), a precípua função fiscalizatória das fundações de direito privado.
Por regra, a atuação fiscalizatória cabe ao MP estadual, exceção feita em dois casos:
a) para as fundações que funcionarem no DF ou em Território, caberia a atuação do MPF. OBS.: vale observar que o §1º, do art. 66, do CC, fora objeto de uma ADI (2794), já julgada, para permitir a correta interpretação conforme a Constituição, no sentido de que fundação situada no DF deve ser fiscalizada pelo próprio Ministério Público do DF e não pela Procuradoria da República (MPF). Assim, em suma, a norma não tem mais aplicação na realidade jurídica.
b) para as fundações que funcionarem em várias unidades da Federação ao mesmo tempo, ou que estenderem sua atividade por mais de um Estado ou Território, cabe a intervenção conjunta do MP em todos os estados envolvidos.
A alteração das normas estatutárias da fundação somente é possível mediante a deliberação de dois terços das pessoas responsáveis pela sua gerência, desde que tal alteração não contrarie ou desvirtue a sua finalidade e que seja aprovada pelo MP. Não cabe qualquer decisão ao MP, devendo as nulidades ser apreciadas pelo Judiciário.
Tornando-se ilícita, impossível, imoral a finalidade de uma fundação, ou esta não atender às finalidades sociais a que se destina, poderá ocorrer a sua dissolução administrativa, também efetivada pelo MP. Em casos assim, os bens devem ser destinados para outra fundação que desempenhe atividade semelhante, salvo previsão de regra em contrário quanto ao destino dos bens no seu estatuto social.
Os artigos 67 e 68 cuidam da alteração do estatuto de uma Fundação, e o art. 69 do destino do patrimônio de uma Fundação que acaba.
2.4.- ASSOCIAÇÕES:
As associações, pessoas jurídicas de direito privado, são formadas pela união de indivíduos com propósito de realizarem fins não econômicos. A associação tem por ato normativo, nos termos do art. 54, o seu estatuto, que deverá ser registrado no CRPJ.
Não há, entre associados, direitos e obrigações recíprocos, eis que não há intuito de lucro.
OBS.: vale lembrar que, em uma associação, poderá haver categorias diferentes de associados, mas associados de uma mesma categoria não poderão ser discriminados entre si. A assembleia geral tem a sua competência estabelecida no art. 59, CC.
OBS.: regra geral, nos termos do art. 61, CC, dissolvida uma associação, o seu patrimônio remanescente deverá ser atribuído a entidades de fins não econômicos, designadas no estatuto, ou, omisso este, a instituição municipal, estadual ou federal de fins iguais ou semelhantes.
Não se pode confundir associações com as sociedades. Quando não há fim lucrativo no conjunto de pessoas constituído, tem-se a associação. Ao contrário, as sociedades visam sempre a um fim econômico ou lucrativo, que deve ser repartido entre os sócios. Também não se pode confundir as associações com as fundações. Enquanto as primeiras são formadas por um conjunto de pessoas (corporações), as fundações são conjuntos de bens.
De acordo com o art. 59, compete privativamente à assembleia-geral destituir os administradores e alterar os estatutos. Para a prática desses atos, exige-se deliberação da assembleia especialmente convocada para este fim, cujo quorum será estabelecido no estatuto, bem como os critérios para eleição dos administradores. Não há mais a exigência de convocação da assembleia-geral para discutir questões atinentes à pessoa jurídica que não constam no art. 59.
Caso seja dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais transferidas a terceiros, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto. Sendo omisso o estatuto, por deliberação dos associados, o remanescente poderá ser destinado à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes. A jurisprudência já entendeu que a norma é de ordem pública, de modo que é nula a previsão do estatuto que determina que, em casos de dissolução, os bens serão partilhados entre os próprios interessados.
2.5.- EXTINÇÃO DA PESSOA JURÍDICA:
2.5.1.- Formas de dissolução:
a) Convencional – é aquela em que os próprios sócios ou administradores deliberam a extinção da pessoa jurídica. É mais comum para as sociedades. É feita através de distrato.
b) Administrativa – esta dissolução resulta da cassação da autorização específica de constituição e funcionamento da pessoa jurídica.
c) Judicial – é aquela que se opera por meio de sentença, a exemplo do que se dá no procedimento de falência.
OBS.: entidades não sujeitas à falência podem ter a sua dissolução judicial regulada pelo art. 1.218, VII, CPC, que remete ao rito do CPC de 1939.
Recentemente, julgando o REsp 976.522, o STJ também aplicou o CPC de 1939 para decidir sobre divisão de bem com múltiplas penhoras.
A existência das corporações (sociedades e associações) termina: a) pela dissolução deliberada de seus membros, por unanimidade e mediante distrato; b) quando for determinado por lei; c) no caso de termo extintivo ou decurso de prazo; d) por dissolução parcial, havendo falta de pluralidade de sócios; e) em decorrência de ato governamental; f) por dissolução judicial.
No caso das fundações, tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do MP, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante.
CAPÍTULO 3.- A CONTABILIDADE APLICADA
3.1.- INTRODUÇÃO:
A entidade econômico-administrativa é o patrimônio de propriedade pública ou privada, que tem como elementos indispensáveis: o trabalho, a administração e o patrimônio e tem finalidades: sociais, econômicas e sócio-econômicas:
SOCIAIS: aquelas que possuem a riqueza como meio para atingir seus fins. Exemplo: associações beneficentes, educacionais, esportivas, culturais e religiosas;
ECONÔMICAS: são as que têm a riqueza como meio e fim e têm como objetivo aumentar seu patrimônio, obtendo lucro. Exemplo: empresas comerciais/mercantis, industriais e prestadoras de serviços;
SÓCIO-ECONÔMICAS: possuem a riqueza como meio e fim, porém o aumento do patrimônio que possuem serve para beneficiar toda a comunidade. Exemplo: institutos de aposentadorias e pensões, fundações.
A Contabilidade divide-se em duas grandes ramificações:
Pública; e
Privada (particular).
3.2.- CONTABILIDADE PÚBLICA:
Ocupa-se com o estudo e o registro dos fatos administrativos das pessoas de direito público e da representação gráfica de seus patrimônios, visando três sistemas distintos: orçamentário, financeiro e patrimonial, para alcançar seus objetivos, ramificando-se conforme a sua área de abrangência em federal, estadual e municipal.
Também se desdobram em outras entidades, tais como:
Autarquias;
Sociedades de economia mista (privadas);
Fundações (públicas);
Empresas públicas.
3.3.- CONTABILIDADE PRIVADA:
Ocupa-se do estudo e registro dos fatos administrativos das pessoas de direito privado (Código de Processo Civil), tanto as físicas quanto as jurídicas, além da representação gráfica de seus patrimônios, dividindo-se em civil ou comercial.3.3.1.- Contabilidade Civil:
É exercida pelas pessoas que não têm como objetivo final o lucro, mas sim o instituto da sobrevivência ou bem-estar social. Divide-se em:
Contabilidade Doméstica: exercida pelas pessoas físicas em geral, individualmente ou em grupo;
Contabilidade Social: usada pelas pessoas que têm como objetivo final o bem-estar social da comunidade, tais como: clubes, associações de caridade, sindicatos, igrejas, etc.
3.3.2.- Contabilidade Comercial: 
É exercida pelas pessoas que exploram atividades que objetivam o lucro. Divide-se em:
Contabilidade Mercantil: usada por pessoas com objetivo social de compra e venda direta de mercadorias. Exemplo: supermercados, sapataria, açougues.
Contabilidade Industrial: usada por pessoas que têm como objetivo social a produção de bens de capitais ou de consumo, através do beneficiamento ou da transformação de matérias-primas, do plantio, da criação ou extração de riquezas. Exemplo: indústria de móveis, pecuária, agricultura, etc.
Contabilidade de Serviços: usada pelas pessoas que têm como objetivo social a prestação de serviços. Exemplo: estabelecimentos de ensino, telecomunicações, clínicas médicas, etc.
CAPÍTULO 4.- OS FUNDAMENTOS CIENTÍFICOS DA CONTABILIDADE
4.1.- INTRODUÇÃO:
Conforme a Resolução CFC nº 750, de 31/12/93, os Princípios Fundamentais de Contabilidade são:
	I – da ENTIDADE;
	II – da CONTINUIDADE;
	III – da OPORTUNIDADE;
	IV – do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
	V – da COMPETÊNCIA; e
	VI – da PRUDÊNCIA.
Já a CVM (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS), tem por objetivo fiscalizar, regulamentar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil. Isto posto, garante o funcionamento eficiente do mercado de ações e a proteção aos títulos de valores mobiliários e aos seus investidores, dentre algumas atribuições. Para a CVM, portanto, temos os seguintes princípios:
I – da ENTIDADE;
II – da CONTINUIDADE;
III – do CONFRONTO DAS DESPESAS COM AS RECEITAS E COM OS PERÍODOS CONTÁBEIS;
IV – da OBJETIVIDADE;
V – da MATERIALIDADE;
VI – da CONSISTÊNCIA;
VII – do CONSERVADORISMO.
4.2.- POSTULADOS DA CONTABILIDADE:
(POSTULADOS = constituem-se numa proposição ou observação de certa realidade não sujeita à verificação e numa lei maior da Contabilidade, definindo o ambiente econômico, social e político no qual esta deve atuar, o seu objeto de estudo e a sua existência no tempo).
4.2.1.- O Postulado da Entidade:
Define que o objeto da contabilidade é o patrimônio da empresa. Dessa forma, a constituição de uma pessoa jurídica (empresa) cria um ente que, de maneira nenhuma, deve ser confundido com as pessoas – sócios. Tal postulado abrange as seguintes dimensões:
JURÍDICA, pois a entidade (empresa) tem patrimônio distinto do patrimônio dos sócios;
ECONÔMICA, já que possui um objeto (patrimônio) que precisa ser acompanhado e analisado pela contabilidade;
ORGANIZACIONAL, visto que não há como dissociar do patrimônio empresarial o aspecto humano. Afinal, são as pessoas que, em maior ou menor grau, realizam ações que interferem na dinâmica patrimonial da organização;
SOCIAL, pois a organização faz parte da sociedade e com ela interage.
4.2.2.- O Postulado da Continuidade:
Segundo este postulado, a empresa é um organismo vivo e está sempre em movimento. Assim, exercerá sua missão por prazo indeterminado, ou até que surjam fortes e definitivas evidências contrárias. Nesse sentido, os princípios contábeis não se aplicam àquela empresa que não tenha garantia de sua continuidade. Algumas condições:
A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem como sua vida definida ou provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas;
A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da ENTIDADE, tem prazo determinado, previsto ou previsível;
A observância do Princípio da CONTINUIDADE é indispensável à correta aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA, por efeito de se relacionar diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, e de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado;
4.3.- PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE:
(PRINCÍPIOS = originam-se da necessidade do estabelecimento de um conjunto de conceitos, princípios e procedimentos que não somente sejam utilizados como elementos disciplinadores do comportamento do profissional no exercício da Contabilidade, seja para a escrituração dos fatos e transações, seja na elaboração de demonstrações, mas que permitam aos demais usuários fixar padrões de comparabilidade e credibilidade, em função do conhecimento dos critérios adotados na elaboração dessas demonstrações).
4.3.1.- O Princípio do Registro pelo Valor Original ou Custo Histórico como Base de Valor:
Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior,expressos a valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE.
Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta:
 I – a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes externos ou da imposição destes;
 II – uma vez integrados no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão somente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais;
 III – o valor original será mantido enquanto o componente permanecer como parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste;
 IV – os Princípios da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA e do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL são compatíveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e mantém atualizado o valor de entrada;
 V – o uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes patrimoniais constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos.
4.3.2.- Princípio da Realização da Receita:
Estabelece que a receita será realizada no momento em que produtos ou serviços são transferidos ao cliente e não o ponto em que o dinheiro é recebido por esta transferência.
4.3.3.- Princípio da Confrontação da Despesa:
Tem como característica o fato de que as despesas deverão ser reconhecidas e atribuídas aos períodos contábeis de acordo com a ocorrência de fatos geradores específicos e não pela entrada ou saída de caixa.
4.3.4.- Princípio do Denominador Comum Monetário:
As demonstrações contábeis devem ser expressas na moeda oficial do país de poder aquisitivo da data do último balanço patrimonial.
4.3.5.- O Princípio da Competência (envolve receitas e despesas):
As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.
O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou diminuição no Patrimônio Líquido, estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, resultantes da observância do Princípio da OPORTUNIDADE.
O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, é conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração.
As receitas consideram-se realizadas:
I – nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo,quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE,quer pela fruição de serviços por esta prestados;
II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquerque seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior;
III – pela geração natural de novos ativos independentemente de intervenção de terceiros;
IV – no recebimento efetivo de doações e subvenções.
Consideram-se incorridas as despesas:
I – quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para terceiro;
II – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo.
III – pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.
4.3.6.- O Princípio da Atualização Monetária:
Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.
4.4.- CONVENÇÕES CONTÁBEIS
(CONVENÇÕES = as convenções são mais objetivas e têm a função de indicar a conduta adequada que deve ser observada no exercício profissional da Contabilidade).
4.4.1.- O Princípio da Prudência ou Conservadorismo:
O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido.
O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade.
Observado o disposto no art. 7º, o Princípio da PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável à correta aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA.
A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase quando, para definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem incertezas de grau variável.
4.4.2.- Convenção da Objetividade:
O contador escolhe um procedimento mais objetivo para descrever as informações contábeis. Ele deve sempre ser objetivo, imparcial e impessoal (neutro) nos informes contábeis.
4.4.3.- Convenção da Materialidade:
A informações contábil deve ser relevante, justa e adequada e o profissional deve considerar a relação custo x benefício da informação que será gerada, evitando perda de recursos e de tempo da entidade. 
4.4.4.- Convenção da Consistência:
Um informe contábil deve ser consistente, ou seja, não mudar constantemente para possibilitar a comparação dos relatórios com o passar dos anos e das tendências e sua interpretação e análise pelos diversos usuários. Também devem ser padronizados (uniformidade).
Estrutura dos Princípios Fundamentais de Contabilidade
	PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE
	POSTULADOS
	PRINCÍPIOS PROPRIAMENTE DITOS
	CONVENÇÕES
	Entidade
	Custo como base de valor
	Objetividade
	Continuidade
	Competência ou Realização da receita e Confrontação da despesa
	Conservadorismo
	
	Denominador comum monetário
	Materialidade
	
	Atualização monetária
	consistência
CAPÍTULO 5.- PLANO DE CONTAS
5.1.- CONCEITO DE PLANO DE CONTAS:
É a estrutura da escrituração contábil, formada por um conjunto de contas previamente estabelecido, que permite obter as informações necessária à elaboração de relatórios gerenciais e demonstrações contábeis, conforme as características gerais da entidade, possibilitando a padronização dos procedimentos contábeis
5.2.- OBJETIVO DE UM PLANO DE CONTAS:
O plano de contas de uma entidade tem como objetivo atender, de maneira uniforme e sistematizada, ao registro contábil dos atos e fatos praticados pela entidade. Desta forma, proporciona maior flexibilidade no gerenciamento e consolidação dos dados e alcança as necessidades de informações dos usuários. Sua entrada de informações deve ser flexível de modo a atender aos normativos, gerar informações necessárias à elaboração de relatórios e demonstrativos e facilitar a tomada de decisões e a prestação de contas.
5.3.- CONTA CONTÁBIL:
Conta é a expressão qualitativa e quantitativa de fatos de mesma natureza, evidenciando a composição, variação e estado do patrimônio, bem como de bens, direitos, obrigações e situações nele compreendidas, mas que, direta ou indiretamente, possam vir a afetá-lo.
As contas são agrupadas segundo suas funções, possibilitando:
a).- identificar, classificar e efetuar a escrituração contábil, pelo MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS, dos atos e fatos de gestão, de maneira uniforme e sistematizada;
b).- Determinar os custos das operações da entidade;
c).- Elaborar os Balanços Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício, a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados ou a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e a Demonstração do Valor Adicionado;
d).- Conhecer a composição e situação do patrimônio analisado, por meio da evidenciação de todos os ativos e passivos;
e).- Analisar e interpretar os resultados econômicos e financeiros;
f).- Individualizar os devedores e credores, com a especificação necessária ao controle contábil do direito ou obrigação; e
g).- Controlar contabilmente os atos potenciais oriundos de contratos, convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres.
5.4.- FORMALIDADES DO REGISTRO CONTÁBIL:
As entidades devem manter procedimentos uniformes de registros contábeis, por meio de processo manual, mecanizado ou eletrônico, em rigorosa ordem cronológica, como suporte às informações.
São características da informação contábil:
a).- COMPARABILIDADE – os registros e informações contábeis devem possibilitar a análise da situação patrimonial das entidades, ao longo do tempo e estatisticamente, bem como a identificação de semelhanças e diferenças dessa situação patrimonial com a de outras entidades;
b).- COMPREENSIBILIDADE – as informações apresentadas nas demonstrações contábeis devem ser entendidas pelos usuários. Para esse fim, presume-se que estes já tenham conhecimento do ambiente de atuação das entidades. Todavia, as informações relevantes sobre temas complexos não devem ser excluídas das demonstrações contábeis, mesmo sob o pretexto de que são de difícil compreensão pelos usuários;
c).- CONFIABILIDADE – o registro e a informação contábil devem reunir requisitos de verdade e de validade que possibilitem segurança e credibilidade aos usuários no processo de tomada de decisão;
d).- FIDEDIGNIDADE – os registros contábeis realizados e as informações apresentadas devem representar fielmente o fenômeno contábil que lhes deu origem;
e).- INTEGRIDADE – os registros contábeis e as informações apresentadas devem reconhecer os fenômenos patrimoniais em sua totalidade, não podendo ser omitidas quaisquer partes do fato gerador;
f).- IMPARCIALIDADE – os registros contábeis devem ser realizados e as informações devem ser apresentadas de modo a não privilegiar interesses específicos e particulares de agentes e/ou entidades;
g).- OBJETIVIDADE – o registro deve representar a realidade dos fenômenos patrimoniais em razão de critérios técnicos contábeis preestabelecidos em normas ou com base em procedimentos adequados, sem que incidam preferências individuais que provoquem distorções na informação produzida;
h).- REPRESENTATIVIDADE – os registros contábeis e as informações apresentadas devem conter todos os aspectos relevantes;
i).- TEMPESTIVIDADE – os fenômenos patrimoniais devem ser registrados no momento de sua ocorrência e divulgados em tempo hábil para os usuários;
j).- UNIFORMIDADE – os registros contábeis e as informações devem observar critérios padronizados e contínuos de identificação, classificação, mensuração, avaliação e evidenciação, de modo que fiquem compatíveis, mesmo que geradas por diferentes entidades. Esse atributo permite a interpretação e a análise das informações, levando-se em consideração a possibilidadede se comparar a situação econômico-financeira de uma entidade do setor público em distintas épocas de sua atividade;
k).- UTILIDADE – os registros contábeis e as informações apresentadas devem atender às necessidades específicas dos diversos usuários;
l).- VERIFICABILIDADE – os registros contábeis realizados e as informações apresentadas devem possibilitar o reconhecimento das suas respectivas validades;
m).- VISIBILIDADE – os registros e as informações contábeis devem ser disponibilizados para a sociedade e expressar, com transparência, o resultado da gestão e a situação patrimonial da entidade.
5.5.- ELEMENTOS ESSENCIAIS DO REGISTRO CONTÁBIL:
São elementos essenciais:
a).- a data da ocorrência da transação;
b).- a(s) conta(s) debitada(s);
c).- a(s) conta(s) creditada(s)
d).- o(s) valor(es) da transação;
e).- o histórico da operação (resumo sucinto da transação).
5.6.- MODELO DE PLANO DE CONTAS:
BALANÇO PATRIMONIAL
RESUMO CONCEITUAL 
	
	
	ATIVO
	PASSIVO
	Aplicações=Investimentos
	Origens=Financiamentos
	CIRCULANTE
Engloba os valores disponíveis e os realizáveis no exercício seguinte. São todos os valores representados por moeda ou que serão convertidos em moeda dentro do prazo de um ano(até um ano da data do balanço).
	CIRCULANTE
 Dívidas (obrigações) que devem ser resgatadas no exercício subseqüente ao do encerramento do balanço (até um ano da data do balanço).
	NÃO CIRCULANTE
	REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Relacionam-se a valores realizáveis em prazo superiores a 12 meses (após o término do exercício seguinte ao do balanço anterior), assim como os valores cujo prazo de realização seja considerado duvidoso ou incerto.
	EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Relacionam-se nessa conta obrigações exigíveis que serão liquidadas com prazo superior a um ano (após 12 meses da data do balanço) – dívidas a longo prazo.
	PERMANENTE 
INVESTIMENTOS
Aplicações permanentes em outras empresas e em bens destinados a produzir renda.
IMOBILIZADO
Aplicações em valores tangíveis necessários à manutenção da atividade. A alienação de qualquer um desses valores (sem reposição imediata) prejudicaria ou até paralisaria a atividade normal da empresa.
INTANGÍVEL
Aplicações em valores imateriais, incorpóreos, intangíveis, também necessários à manutenção da atividade. Da mesma forma que no Imobilizado(tangível), a alienação de qualquer desses valores prejudicaria ou até paralisaria a atividade normal da empresa.
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Recursos próprios da empresa, trazidos pelos sócios (Capital) ou gerados pelas operações sociais (lucros acumulados e reservas).
CAPITAL REALIZADO
Capital Social
(-) Capital a Integralizar/Realizar
RESERVAS
RESERVAS DE CAPITAL: ganhos patrimoniais não relacionados com os valores integrantes do Ativo e que, por isso, não podem ser computados na apuração do resultado
AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL: contrapartida de novas avaliações de bens do Ativo.
RESERVAS DE LUCROS: recursos transferidos dos resultados positivos acumulados.
(-) PREJUÍZOS ACUMULADOS: resultados líquidos de vários exercícios.
(-) AÇÕES EM TESOURARIA: aquisição, pela empresa, no mercado acionário, de suas próprias ações.
 
CONTAS PATRIMONIAIS
	ATIVO
	PASSIVO
	Bens(entradas=investimentos) (+)
Direitos(-entradas=investimentos) (+)
(contas de natureza devedora)
	Obrigações(saídas=financiamentos (-))
Patrim. Líquido(saídas=financ.) (+ ou -)
(contas de natureza credora)
BALANÇO PATRIMONIAL
PLANO DE CONTAS - COMPLETO
	1.- ATIVO
	2.- PASSIVO
	1.1.- ATIVO CIRCULANTE
1.1.1.- DISPONIBILIDADES
1.1.1.1.- Caixa
1.1.1.2.- Bancos conta movimento
1.1.1.3.- Aplicações de Liquidez Imediata
1.1.2.- INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS de CURTO PRAZO
1.1.2.1.- Ações de outras empresas
1.1.2.2.- Aplicações Financeiras
1.1.2.3.- Depósitos a Prazo Fixo
1.1.3.- ESTOQUES
1.1.3.1.- Estoques de Matérias-Primas
1.1.3.2.- Estoques de Mercadorias
1.1.3.3.- Estoque de Material de Embalagem
1.1.3.4.- (-) Provisão para Perdas de Estoques
1.1.4.- CRÉDITOS
1.1.4.1.- Duplicatas a Receber
1.1.4.2.- (-) Duplicatas Descontadas
1.1.4.3.- (-) Provisão Créditos Liquidação Duvidosa
1.1.4.4.- Contas/Títulos a Receber
1.1.5.- IMPOSTOS
1.1.5.1.- Impostos a Recuperar (ICMS/IPI/IRRF)
1.1.6.- DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE
1.1.6.1.- Prêmios de Seguro a Apropriar (ou a vencer)
1.1.6.2.- Juros Passivos a Apropriar (ou a vencer)
1.1.6.3.- Aluguéis Passivos a Apropriar (ou a vencer)
NÃO CIRCULANTE
1.2.- ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
1.2.1.- CRÉDITOS
1.2.1.1.- Duplicatas a Receber
1.2.1.2.- Outros Créditos
1.2.1.3.- Promissórias a Vencer
1.2.2.- OUTROS CRÉDITOS
1.2.2.1.- Adiantamentos a Diretores e Acionistas
1.2.2.2.- Empréstimos a Sociedades Coligadas
1.2.3.- INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS L. PRAZO
1.2.3.1.- Letras Imobiliárias
1.2.3.2.- Depósitos a Prazo Fixo
1.3.- ATIVO PERMANENTE
1.3.1.- INVESTIMENTOS
1.3.1.1.- Participações em Empresas Coligadas
1.3.1.2.- Participações em Empresas Controladas
1.3.1.3.- (-) Provisão Perdas Realização Investimentos
1.3.1.4.- Imóveis de Renda
1.3.1.5.- (-) Depreciação Acumulada
1.3.2.- ATIVO IMOBILIZADO
1.3.2.1.- Computadores e Periféricos
1.3.2.2.- Imóveis
1.3.2.3.- Instalações
1.3.2.4.- Móveis e Utensílios
1.3.2.5.- Máquinas e Equipamentos
1.3.2.6.- Veículos
1.3.2.7.- (-) Depreciação Acumulada
1.3.2.8.- Benfeitorias em Imóveis de Terceiros
1.3.2.12.- (-) Amortização Acumulada
1.3.3.- ATIVO INTANGÍVEL
1.3.3.1.- Marcas e Patentes
1.3.3.2.- Ponto Comercial: Fundo de Comércio ou Goodwill
1.3.3.3.- Direitos de Uso
1.3.3.4.- Despesas Pesquisas e Desenvolvimento
1.3.3.5.- (-) Amortização Acumulada
1.3.3.6.- Direitos de Exploração (mineral ou florestal)
1.3.3.7.- (-) Exaustão Acumulada
	2.1.- PASSIVO CIRCULANTE
2.1.1.- OBRIGAÇÕES A FORNECEDORES
2.1.1.1.- Duplicatas a Pagar
2.1.1.2.- Fornecedores
2.1.2.-OBRIGAÇÕES FISCAIS
2.1.2.1.- IPI a recolher
2.1.2.2.- ICMS a recolher
2.1.2.3.- IRRF a recolher
2.1.2.4.- PIS a recolher
2.1.2.5.- Provisão para IRPJ0
2.1.2.6.- Provisão para CSSLL
2.1.3.- OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS0
2.1.3.1.- INSS a Recolher
2.1.3.2.- 13º Salários a Pagar
2.1.3.3.- Férias a Pagar
2.1.3.4.- FGTS a recolher
2.1.3.5.- Salários a Pagar
2.1.4.- OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS 
2.1.4.1.- Empréstimos a Pagar
2.1.4.2.- Financiamentos a Pagar
2.1.4.3.- Promissórias a Pagar
2.1.5.- OUTRAS OBRIGAÇÕES
2.1.4.1.- Participações a Pagar
2.1.4.2.- Dividendos a Pagar
2.1.4.3.- Contas a Pagar
NÃO CIRCULANTE
2.2.- PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
2.2.1.- OBRIGAÇÕES COM FORNECEDORES
2.2.1.1.- Duplicatas a Pagar
2.2.2.- OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS
2.2.2.1.- Financiamentos a Pagar
2.2.2.2.- Debêntures
2.3.- PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2.3.1.- CAPITAL SOCIAL
2.3.1.1.- Capital Subscrito
2.3.1.2.- (-) Capital a Realizar
2.3.2.- RESERVAS DE CAPITAL
2.3.2.1.- Reserva de Ágio de Ações
2.3.2.2.- Reservas de Alienação de Debêntures
2.3.2.3.- Reservas de Doações e Subvenções Invest.
2.3.3.- RESERVAS DE REAVALIAÇÃO
2.3.3.1.- Reservas de Reavaliação do Imobilizado
2.3.3.2.- Reservas de Reavaliação de Investimentos
2.3.3.3.- Reservas de Reavaliação de Estoques
2.3.4.- RESERVAS DE LUCROS
2.3.4.1.- Reserva Legal
2.3.4.2.- Reservas Estatutárias
2.3.4.3.- Reservas para Contingências
2.3.4.4.- Reservas para Investimentos
2.3.4.5.- Reservas de Lucros a Realizar
2.3.5.- (-) PREJUÍZOS ACUMULADOS
2.3.5.2.- (-) Prejuízos Acumulados
2.3.6.- (-) AÇÕES EM TESOURARIA
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO – D.R.E.
CONTAS DE RESULTADO
RESUMO CONCEITUAL
(+) 3.1.- RECEITA BRUTA OPERACIONAL:
A RECEITA BRUTA corresponde ao valor bruto do faturamento das vendas e/ou dos serviços, ou seja, a somatória de todas asnotas fiscais emitidas no período.
(-) 3.2.- DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL BRUTA:
Apesar de constarem no total do faturamento, não podem ser considerados reCceitas efetivas:
CANCELAMENTOS de receitas, por devoluções, quebras ou avarias na mercadoria vendida, pela não-efetivação ou má qualidade na prestação de serviços;
ABATIMENTOS concedidos por defeitos, quebras, avarias ou devolução parcial da mercadoria ou qualquer irregularidade na prestação de serviços;
IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE VENDAS E SERVIÇOS: qualquer imposto contido no valor da receita bruta, como IPI, ICMS, CONTRIBUIÇÃO SOCIAL, etc.
(+) 3.1 (-) 3.2 = RECEITA LÍQUIDA OPERACIONAL
(-) 3.3.- CUSTO DA RECEITA LÍQUIDA;
CUSTO DA MERCADORIA PARA REVENDA:
Valor de aquisição da mercadoria;
Seguros e transporte até local de venda;
Tributos devidos na aquisição ou importação.
CUSTO DE PRODUÇÃO DOS BENS OU SERVIÇOS VENDIDOS:
Custo de aquisição de insumos (matérias-primas e quaisquer outros bens ou serviços de terceiros absorvidos no processo de produção);
Despesas diretas:
Custo de pessoal aplicado na produção;
Custos de locação, manutenção e reparos e os encargos de depreciação dos bens aplicados na produção;
Encargos de exaustão e amortização diretamente relacionados com os recursos produtivos.
(+) 3.1 (-)[ 3.2+3.3] = LUCRO BRUTO OPERACIONAL
(-) 3.4.- DESPESAS OPERACIONAIS:
Envolvem todas as despesas não enquadradas no custo das mercadorias ou serviços, mas igualmente imprescindíveis para a manutenção das atividades da empresa. Como não estão diretamente vinculadas ao processo de produção, são chamadas, nas empresas, de DESPESAS INDIRETAS. Dividem-se em:
DESPESAS MERCANTIS/COMERCIAIS:
Salários e comissões de vendedores;
Gastos com publicidade e pesquisa de mercado;
Brindes e amostras.
DESPESAS ADMINISTRATIVAS;
Ordenados (do pessoal do escritório);
Honorários dos diretores;
Material para expediente;
Aluguel de imóveis (uso não industrial);
Pró-labore dos sócios;
Depreciação (dos bens de uso do escritório).
DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS:
(exclui-se o valor das receitas financeiras)
Juros passivos;
Comissões e taxas bancárias;
Deságio na colocação de debêntures;
Variações monetárias líquidas- contrapartida de variações monetárias de obrigações e as perdas cambiais e monetárias na realização de créditos, excluídas das receitas da mesma natureza.
DESPESAS TRIBUTÁRIAS:
Taxas e impostos não incluídos como “deduções da receita bruta”. Exclui-se, também, o imposto de renda, que não é considerado despesa operacional, mas sim “participação” do Governo nos lucros da empresa.
Obs.: Depreciações e Amortizações: 
Aplicadas sobre os valores não utilizados diretamente no processo de produção: 
Depreciação dos móveis, máquinas, veículos e instalações;
Amortização de despesas do ativo diferido e de bens de uso intangíveis.
A provisão para exaustão, pela sua própria natureza, deve ser sempre considerada “custo da receita líquida”.
Outras provisões:
Para créditos de liquidação duvidosa (devedores duvidosos);
Para ajuste de estoques;
Para ajuste de títulos e valores mobiliários.
(+) OUTRAS RECEITAS FINANCEIRAS:
Receitas derivadas das atividades acessórias da empresa: aplicações financeiras, participações em outras empresas, aluguéis de bens, etc.;
Receitas financeiras líquidas (excesso das receitas sobre as despesas financeiras;
Variações monetárias líquidas;
Resultado (positivo) da equivalência patrimonial;
Dividendos, bonificações, etc.
Aluguéis recebidos;
Reversão de provisões não utilizadas.
(+) 3.1 (-) [3.2+3.3+3.4] = LUCRO LÍQUIDO OPERACIONAL
(+) ou (-) 3.5.- RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS:
São os ganhos ou perdas vinculados à alienação (venda, doação ou baixa) de valores do Ativo Permanente.
Duas condições são necessárias para que o resultado seja considerado EXTRA-OPERACIONAL (Não Operacional):
a).- que o valor que provocou a renda ou a despesa esteja classificado no ATIVO PERMANENTE;
b).- que o ganho ou perda seja gerado pela ALIENAÇÃO(venda, doação ou baixa) desse valor.
(+) 3.5.1.- RECEITAS NÃO OPERACIONAIS:
Lucro na venda de bens do Imobilizado:
Lucro na realização de investimentos;
Amortização de deságios sobre investimentos;
Reversão da provisão para perdas em investimentos.
(-) 3.5.2.- DESPESAS NÃO OPERACIONAIS:
Prejuízo na venda de bens do Imobilizado (bens de uso);
Prejuízo na venda de investimentos;
Baixa de bens do Imobilizado (ainda não totalmente depreciados);
Doação de valores do Ativo Permanente;
Amortização de ágios sobre investimentos;
Provisão para perdas em Investimentos.
(+) 3.1 (-) [3.2+3.3+/(-)3.4] = LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (IRPJ) e 
3.5.- CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE LUCRO LÍQUIDO (CSSLL):
Corresponde ao lucro líquido do exercício, antes da dedução da participação de terceiros no resultado. 
(-) Provisão para IRPJ;
(-) Provisão para CSSLL.
3.6.- PARTICIPAÇÕES DE TERCEIROS:
(-) Administradores ou Diretores;
(-) Empregados:
Participação direta: recebimento de participação em dinheiro ou crédito em conta;
Participação indireta: contribuição espontânea da empresa para formação de fundos assistenciais e previdenciários e apoio financeiro às atividades culturais, sociais, recreativas e esportivas dos empregados e respectivos familiares;
Portadores de debêntures e de partes beneficiárias.
(+) 3.1 (-) [3.2+3.3+3.4]+/-3.5(-)3.6(-) = LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
O Lucro líquido do exercício corresponde ao resultado final (positivo) do período, ou seja, àquela parcela que fica à disposição dos sócios para ser retirada ou reinvestida.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
PLANO DE CONTAS – COMPLETO
	Despesas-entradas=investimentos (-)
(contas de natureza devedora)
	Receitas-saídas=financiamentos (+)
(contas de natureza credora)
	3.1.- RECEITA OPERACIONAL BRUTA
+ Vendas de Produtos Acabados
+ Vendas de Mercadorias
+ Receita de Serviços Prestados
3.2.- DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL BRUTA
(-) Impostos Faturados: 
 (-) IPI sobre vendas
 
(-) ICMS sobre vendas
 (-) PIS sobre faturamento
 (-) COFINS sobre faturamento
(-) Descontos Incondicionais Concedidos
(-) Abatimentos Concedidos 
(-) Devolução de Mercadorias 
3.1. (-) 3.2. = RECEITA LÍQUIDA OPERACIONAL
3.3.- CUSTOS DE PRODUÇÃO/FABRICAÇÃO-COMERCIAIS-SERVIÇOS:
(-) Custos de Produtos Vendidos (Indústria)
 (-) Salários e Encargos
 (-) Pró-Labore e Honorários da Diretoria
 (-) Matéria-Prima e Insumos
 (-) Componentes
 (-) Custos Indiretos de Produção/Fabricação
 (-) Depreciação e Amortização
(-) Custos de Mercadorias Vendidas (Comércio)
(-) Custos de Serviços Prestados (Serviços)
3.1 (-) { 3.2 + 3.3 } = LUCRO BRUTO OPERACIONAL 
3.4.- DESPESAS OPERACIONAIS
(-) Despesas Comerciais
 (-) Salários e encargos
 (-) Pró-Labore e Honorários da Diretoria
 (-) Propaganda e Marketing
 (-) Despesas de aluguéis
 (-) Comissões de Vendedores
 (-) Material de expediente/limpeza
 (-) Outras Despesas Comerciais
(-) Despesas Administrativas
 (-) Salários e Encargos
 (-) Pró-Labore e Honorários da Diretoria
 (-) Despesas de Aluguéis
 (-) Material de expediente/limpeza 
 (-) Despesas legais e judiciais
 (-) Depreciação e Amortização
 (-) Despesas com Serviços de Terceiros
 (-) Despesas de Viagens
 (-) Outras Despesas Administrativas 
(-) Despesas Financeiras
 (-) Despesas com juros
 (-) Descontos Concedidos
 (-) Comissões e despesas bancárias
(-) Despesas Tributárias(-) IPTU
 (-) Taxas e emolumentos
+ Outras Receitas Operacionais:
 + Descontos Obtidos 
 + Receitas de Aplicações Financeiras 
 + Juros Recebidos = Juros Ativos
 + Aluguéis Recebidos = Aluguéis Ativos
 + Variações Monetárias Ativas
 + Dividendos Recebidos = Receitas de Participações Societárias
 + Variações Cambiais Ativas 
3.1 (-) { 3.2 + 3.3 + 3.4} = LUCRO LÍQUIDO OPERACIONAL
3.5.- RECEITAS E DESPESAS NÃO OPERACIONAIS :
+ Ganhos em Transações do Ativo Permanente 
(-) Perdas em Transações do Ativo Permanente 
3.1 (-) {3.2 + 3.3 + 3.4} +/(-) 3.5 = LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PROVISÕES PARA IRPJ E CSSLL:
3.6.- PROVISÕES:
(-) Provisão para IRPJ
(-) Provisão para CSSLL
3.1 (-) {3.2 + 3.3 + 3.4 +/(-) 3.5 + 3.6} = LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES
3.7.- PARTICIPAÇÕES:
(-) Participações aos Debenturistas
(-) Participações aos Empregados
(-) Participações aos Administradores
(-) Participações Partes Beneficiárias
(-) Contribuições para Instituições ou Fundos de Assistência ou Previdência de Empregados
3.1 (-) {3.2 +3.3 + 3.4 +/(-) 3.5 + 3.6 + 3.7} = LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS DESTINAÇÕES DOS RESULTADOS DO EXERCÍCIO:
 3.8.- DESTINAÇÕES A RESERVAS:
(-) Reservas de Capital
(-) Reservas de Reavaliação
(-) Reservas de Lucros
 (-) Reserva Legal
 (-) Reservas Estatutárias
 (-) Reservas para Contingências
 (-) Reservas para Investimentos
3.1 (-) {3.2 +3.3 + 3.4 +/(-) 3.5 + 3.6 + 3.7 + 3.8} = LUCRO LÍQUIDO ANTES DfiAS DESTINAÇÕES A DIVIDENDOS
3.9.- DESTINAÇÕES A DIVIDENDOS:
(-) Dividendos Obrigatórios
3.1 (-) {3.2 + 3.3 + 3.4 +/(-) 3.5 + 3.6 + 3.7 + 3.8 + 3.9} = LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
	= LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO DO CAPITAL
CAPÍTULO 6.- DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Conceito: as demonstrações contábeis consistem num conjunto de demonstrativos, previstos em lei ou consagrados pela prática, normalmente elaborados ao final do exercício social.
6.1.- DEMONSTRAÇÕES OBRIGATÓRIAS PARA EFEITOS TRIBUTÁRIOS:
Conforme já mencionado, todas as pessoas jurídicas estão obrigadas a elaborar, ao final de cada período de incidência do IRPJ (trimestral ou anual), com observância das leis comerciais (lei nº 6.404/76; lei nº 11.638/07; 11.941/09, as seguintes demonstrações contábeis:
a).- Balanço Patrimonial (BP), (modelo já apresentado acima);
b).- Demonstração do Resultado do Exercício (modelo já apresentado acima); e
c).- Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA); ou Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido.
Objetivo: 
Demonstrar as variações ocorridas em cada uma das contas integrantes do Patrimônio Líquido. Nessas condições, terá de englobar, inevitavelmente, a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, tornando-a, pois, dispensável. 
 
Facultativa ou Obrigatória?
Essa demonstração só é obrigatória para as companhias abertas. Se elaborada, dispensará a apresentação da DMLP.
Estrutura:
Demonstração Mutações do Patrimônio Líquido – Modelo
	MUTAÇÕES
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	CAPI
TAL
	RESERVA
CAPITAL
	AJUSTE
AVAL. PATRIM.
	RESERVA
LUCROS
	LUCRO
PREJ.
ACUM.
	AÇÕES
TESOU
RARIA
	TO
TAL
	
	R$
	R$
	R$
	R$
	R$
	R$
	R$
	SALDO ANTERIOR
	
	
	
	
	
	
	
	Ajustes exercícios anteriores
	
	
	
	
	( +/- )
	( +/- )
	(+/-)
	Integralização do capital
	( + )
	
	
	
	
	
	( + )
	Transf. de reservas capital
	( + )
	( - )
	( - )
	( - )
	
	
	
	Entradas de reservas capital
	
	( + )
	
	
	
	
	( + )
	Novas reservas de avaliações
	
	
	( + )
	
	
	
	( + )
	Resultado do exercício
	
	
	
	
	( + / - )
	
	( +/-)
	Transf. lucros para capital
	( + )
	
	
	
	( - )
	
	
	Transf. lucros para reservas
	
	
	
	( + )
	( - )
	
	
	Reversão de reservas lucros
	
	
	
	( - )
	( + )
	
	
	Destinação lucros/dividendos
	
	
	
	
	( - )
	
	( - )
	SALDO FINAL
	R$
	R$
	R$
	R$
	R$
	R$
	R$
6.2.- DEMONSTRAÇÕES OBRIGATÓRIAS PARA EFEITOS TRIBUTÁRIOS E COMERCIAIS:
Além das Demonstrações Financeiras exigidas pela legislação tributária, a lei comercial ainda obriga as companhias em geral (as que estão submetidas à Lei das S/A’s), a elaboração das seguintes demonstrações:
6.2.1.- Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)
Exceto as companhias fechadas com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais);
Conceito:
Denomina-se fluxo de caixa de uma organização ao conjunto de ingressos e desembolsos de numerário ao longo e um período determinado. O fluxo de caixa consiste na representação dinâmica da situação financeira de uma empresa, considerando todas as fontes de recursos e todas as aplicações em itens do ativo. Sinteticamente, o fluxo de caixa é o instrumento de programação financeira, que corresponde às estimativas de entradas e saídas de caixa em certo período de tempo. Esse instrumento possibilita: planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos financeiros da empresa.
Objetivos:
O objetivo do fluxo de caixa é dar uma visão das atividades desenvolvidas, bem como as operações financeiras que são realizadas diariamente, no grupo do ativo circulante, dentro das disponibilidades, e que representam o grau de liquidez da empresa. A otimização dos fluxos de caixa reduz, automaticamente, a necessidade de capital de giro, sendo, portanto, interesse daempresa buscar essa otimização.
As operações para produzir e comercializar os produtos/serviços exigem recursos. Esses recursos exigem contrapartidas financeiras, ou seja, pagamentos em dinheiro. A diferençaentre os valores recebidos pelas vendas dos produtos/serviços e os valores pagos pelos recursos utilizados forma a geração operacional de caixa de uma empresa. O fluxo financeiro ou fluxo de caixa de uma empresa é a movimentação da geração operacional de caixa, acrescido das movimentações financeiras de investimento e financiamento.
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) é um relatório que complementa as análises obtidas a partir do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). A DFC pode ser apresentada de duas formas: a) Método Direto e b) Método Indireto.
O método direto é a forma de apresentação da DFC que resgata exatamente os valores movimentados no controle do caixa. No método indireto, parte-se do lucro líquido o exercício (apresentado na DRE) e a ele são feitas adições e exclusões. Apresenta-se, a seguir, modelo do método direto, de acordo com o CPC 03 e Resolução CFC 1.296/10:
MÉTODO DIRETO 
	A.- ATIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimento de Vendas
Pagamento de compras
Pagamento de despesas
Dividendos recebidos
	R$_________
R$
R$
R$
R$
	B.- ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
Recebimento de débito de coligadas
Aumento de depósitos judiciais
Compras de ações de coligadas
Compra de imóveis
Venda de móveis e utensílios
Compra de veículos
	R$_________
R$
R$
R$
R$
R$
R$
	C.- ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO 
Títulos descontados
Pagamento de financiamentos
Pagamento de dividendos de 2008
Pagamento de créditos de sócios
Lucros a apropriar (antecipados)
Integralização de capital em dinheiro
Doações recebidas
Pagamento de despesas financeiras
	R$_________
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
	Saldo de “Caixa” início do período (01/01/2009)
Aumento líquido no período (A+B+C)
= SALDO “CAIXA” FINAL PERÍODO (31/12/2009)
	R$_________
R$_________
R$_________
6.2.2.- Demonstração do Valor Adicionado (DVA): 
(de elaboração obrigatória somente para as companhias abertas) 
Conceito:
Valor adicionado representa a riqueza criada pela empresa, de forma geral medida pela diferença entre o valor das vendas e os insumos adquiridos de terceiros. Inclui também

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