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Estágio II estrutura do Projeto de Pesquisa Impermeabilização FINAL

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR
ESCOLA DE ENGENHARIA
	FERNANDO GABRIEL NASCIMENTO
PATOLOGIAS CAUSADAS POR INFILTRAÇÕES DEVIDO À FALHA OU AUSÊNCIA DE IMPERMEABILIZAÇÃO NA GARAGEM DO CONDOMINIO ORLANDO ARAÚJO
 Salvador
2018
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FERNANDO GABRIEL NASCIMENTO
PATOLOGIAS CAUSADAS POR INFILTRAÇÕES DEVIDO À FALHA OU AUSÊNCIA DE IMPERMEABILIZAÇÃO NA GARAGEM DO CONDOMINIO ORLANDO ARAÚJO
Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de graduação em Engenharia Civil, Universidade Católica do Salvador, Escola de Engenharia, como requisito parcial para aprovação na disciplina Estágio Supervisionado II.
 Orientador: Prof. Gustavo André Cabral.
 Salvador
2018
Estrutura do Projeto de Pesquisa
INTRODUÇÃO 
Lonzetti (2010), afirma que o termo "patologia" é derivado do grego (pathos - doença, e logia - ciência, estudo) e significa "estudo da doença". As patologias que surgem a partir do aumento de umidade estão em grande número presentes nas obras civil, e que, os gastos são muito maiores para implantação dos sistemas de impermeabilização depois dos danos formados.
A ABNT NBR 9575:2010 (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2010), estabelece as exigências e recomendações relativas à execução de impermeabilização para que sejam atendidas as condições mínimas de proteção de edificações contra a passagem de fluidos, bem como a salubridade, segurança e conforto do usuário, de forma a ser garantida a estanqueidade das partes construtivas que a requeiram, atendendo.
De acordo com Helene e Ribeiro (2007), a água ácida ou a água com concentração alta de cloretos e sulfatos, ao adentrar-se nos poros capilares do concreto, dissolve o hidróxido de cálcio da pasta de cimento que pode, posteriormente, reagir com o dióxido de carbono do ar formando o carbonato de cálcio (CaCO3), este sal ao ser carreado pela água deposita-se na superfície da camada de revestimento, formando uma mancha branca ou estalactites, dando uma estética indesejável à construção.
Partindo do que é observado nos comentários de VERÇOZA (1991) e KLEIN (1999), levando em consideração o aumento de patologias de uma edificação que surgem em função de problemas de impermeabilização a presente pesquisa reúne vários exemplos coletados no intuito de responder ao problema da pesquisa: - Existe uma má qualidade da mão de obra e será que quem executa obras a realiza com excesso de economia nos materiais essenciais elevando os problemas de estanqueidade d’água e deterioração das estruturas?
O objetivo deste trabalho visará analisar as manifestações patológicas provocadas pela infiltração de água, devido à ausência ou falha na impermeabilização em estruturas de concreto armado.
Neste trabalho serão estudados os tipos de impermeabilização mais comuns em construções, verificar os produtos mais indicados em cada elemento construtivo e suas vantagens versus desvantagens. 
Apesar da recente evolução no modo de se construir, algumas partes incluídas nos projetos ainda são difíceis de serem encaixadas no escopo de determinados projetos. Como exemplo há impermeabilização, que segundo a ABNT NBR 9575:2010 (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2010), é o produto resultante de um conjunto de elementos construtivos que tem por objetivo proteger as construções contra a percolação de fluidos, de vapores e da umidade.
Este trabalho irá identificar os principais erros cometidos em obras de impermeabilização em coberturas transitáveis, identificar as consequências danosas para a estrutura de um edifício, saúde física dos seus habitantes (moradores) e apresentar para a sociedade com base nas normas regulamentadoras vigentes a solução para este problema especifico.
 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
A estanqueidade à água é um item que visa basicamente garantir a não penetração de água através dos elementos da edificação para que a habitação tenha um bom desempenho. A impermeabilização, conforme Trauzzola (1998) é considerada uma barreira física, com a finalidade de evitar a percolação da água indesejável, ou de dirigi-la para os pontos de escoamento fora da área que se deseja proteger. 
Para que se compreenda melhor a importância da impermeabilização em laje de cobertura, Moraes (2002) observa que se faz necessário um rápido comentário a respeito desta parte da edificação, tendo em vista a possibilidade de uso das áreas externas das coberturas planas, as lajes são áreas muito sensíveis às condições ambientais de insolação direta, agentes polientes agressivos, deformações devido a cargas de serviço, recalque de fundações e pelo próprio transito de pessoas. Portanto, devem receber atenção especial quando da concepção de seus projetos arquitetônicos, projetos complementares e projetos de impermeabilização.
De uma forma geral, o custo com o sistema de impermeabilização de uma construção gira em torno de 1% a 3% do custo total da obra (PIRONDI, 1988). Porém, os custos de manutenção e recuperação desse sistema estão na ordem de 5% a 10% BERNADES (1998), isto levando em conta somente os serviços de reexecução da impermeabilização e não os custos das consequências, como depreciação do imóvel e transtorno no cotidiano do edifício já habitado. Portanto, é possível realizar uma boa impermeabilização com critérios técnicos, sem onerar os custos da construção e também evitando prejuízos em reparos.
Cascudo (1997), ressalta que a presença de eflorescências e a ocorrência do fenômeno de lixiviação do concreto são manifestações patológicas que juntamente com as manchas de umidade evidenciam o problema da não estanqueidade de áreas com ou sem impermeabilização. Há um percentual significativo de construções que apresentam manifestações patológicas, cujo aspecto visual é a presença de manchas esbranquiçadas na superfície inferior das lajes de concreto, caracterizadas pela existência de um pó branco. No caso específico da lixiviação, ocorre um depósito acentuado desses produtos, que se acumulava na forma de “estalactites”. A preocupação neste caso, da ação da água sob pressão transpondo o elemento de concreto, é a remoção de íons alcalinos, além do hidróxido de cálcio, o que implica em redução do pH do concreto. Isto leva à despassivação das armaduras, criando condições favoráveis para o início do processo de corrosão.
A presença de água pode causar degradação dos materiais e as consequências decorrentes das falhas nos sistemas de impermeabilização podem interferir desde a durabilidade do edifício à qualidade de vida do proprietário. Vicentini (1997) discrimina estas consequências como: danos à construção – desgaste da construção; danos à estrutura; danos funcionais com a impossibilidade de uso, parcial ou total do imóvel ou dificuldade em sua utilização; danos à saúde – o ambiente insalubre devido à umidade desenvolve doenças bronco-respiratórias, reumáticas, alérgicas, etc; danos aos bens internos do imóvel, descrédito ao segmento da impermeabilização, desgastes entre cliente final/construtora/aplicadores, ações na justiça, alem dos grandes gastos para reparos totais e desvalorização do imóvel. 
A corrosão de armaduras se dá pela formação de uma pilha eletroquímica no interior do concreto armado, desenvolvendo-se assim um cátodo e um ânodo numa barra de aço, sendo oxidado na parte anódica e reduzido na parte catódica. Vários fatores são necessários para que haja a corrosão de armaduras e um destes é a água, porque esta é essencial para que ocorra a reação catódica de redução do oxigênio, e porque influi na resistividade do concreto e na permeabilidade ao oxigênio (FIGUEIREDO E MEIRA, 2013).
O acúmulo de fungos nas camadas de revestimento, seja ele dos mais variados tipos, geram colônias que se alimentam de materiais orgânicos. Os locais ideais para a sua proliferação são áreas que apresentamumidade por condensação e que não haja água corrente (PITAN, 2013).
Segundo a NBR 9575 (ABNT, 2010), a impermeabilização visa garantir a estanqueidade da estrutura, preservando os elementos e componentes construtivos contra agentes agressivos. A impermeabilização é uma técnica adotada com o objetivo de selar, colmatar ou vedar materiais porosos e suas falhas, como é o caso de superfícies de vedação ou estruturas, como pisos e paredes. Tais poros podem ter origem tanto por questões de projeto e execução quanto pela distribuição de esforços estruturais causados na utilização, além da própria mecânica dos materiais em contato entre si.
A impermeabilização pode ser compreendida como um conjunto de medidas e tecnologias capazes de garantir a proteção das edificações contra a passagem de fluidos de forma indesejável. Trata-se, portanto, de um estágio essencial na condução de um projeto visando manter a obra conservada e menos vulnerável a problemas advindos de agentes agressivos ligados às intempéries, principalmente a água proveniente de vazamentos de calhas e tubulações (BAUER, 2014).
O custo médio de impermeabilização, conforme Lima (2012) é de 1,06% do custo total do projeto de construção civil, podendo variar de 5 a 10%, quando não for adequadamente prevista ou apresentar defeitos, exigindo intervenção prematura com obras de manutenção.
O excesso de umidade indesejada em diversos locais das edificações pode favorecer o surgimento de patologias, implicando na necessidade de gastos relativamente superiores aos 
verificados, caso tivesse sido elaborado e executado previamente um sistema de impermeabilização. Além disso, podem surgir problemas adicionais como degradação de estrutura, corrosão de armaduras, goteiras, estragos de pintura e revestimentos, descolamento de azulejos, aparecimento de manchas de bolor com favorecimento de proliferação de fungos e bactérias, de modo a afetar a qualidade de vida e saúde dos clientes que ocupam a edificação (VERÇOZA, 1991).
A maioria das manifestações patológicas em edificações tem relação direta com a presença inadequada e frequente de umidade em determinados locais (paredes, lajes, tetos, fachadas, pisos e outros), provocando problemas diversos como manchas, formação de bolor ou mofo, trincas, fissuras e outros. Isso influencia negativamente a estética, reduz a vida útil e atua na depreciação do valor comercial dos edifícios, provocando desconforto e redução da qualidade de vida de seus ocupantes. Os fatores que atuam provocando as patologias são: idade da construção, as intempéries, qualidade dos projetos e materiais utilizados, as técnicas construtivas aplicadas, má utilização pelos usuários e o nível de controle empregado durante a execução da obra (PARISI JONOV; NASCIMENTO; PAULO E SILVA, 2013).
O surgimento de umidade excessiva e indesejável em partes da edificação é considerado por Perez (1985) como um agente gerador de desconforto, com potencial de degradação rápida de materiais e de solução onerosa, sendo um dos problemas mais difíceis de serem corrigidos dentro de uma construção civil. Por isso, todos os esforços devem ser feitos para atuar de forma preventiva, adotando medidas que possam contribuir de forma efetiva na impermeabilização, evitando o surgimento das patologias normalmente associadas.
As patologias de edificações são classificadas de diferentes formas. Santos (2014) apresenta uma classificação segundo suas causas: de estruturas, das alvenarias, dos acabamentos, das pinturas e da umidade. E de acordo com Bauer (2014), a ausência ou má execução de impermeabilização em edificações com problemas de umidade indesejada pode permitir o surgimento das seguintes patologias: manchas, bolor ou mofo, goteiras, eflorescência, criptoeflorescência, gelividade, deteriorização e ferrugem. E, Storte (2011), considera que essas manifestações patológicas podem ser divididas em dois grupos: a) patologias provocadas pela 
infiltração d’água, devido à ausência ou falha de impermeabilização; b) patologias originárias do processo construtivo que geram danos ao sistema impermeabilizante adotado.
O projeto de impermeabilização de uma edificação deve ser dividido em duas partes: a básica e a executiva. O projeto básico deve reunir o máximo de informações que permitam a adequada impermeabilização da edificação (multifamiliar, comercial, mista, industrial e outras), prevenindo-a da umidade indesejada e de suas consequências e patologias. O projeto executivo consta das informações reunidas no básico, acrescidas de especificações detalhadas de todos os sistemas de impermeabilização a serem utilizados na construção. Para facilitar as operações e evitar problemas estéticos e técnicos, o projeto executivo deve considerar os demais projetos normalmente realizados para cada tipo de edificação (arquitetônico, hidráulico-sanitário, elétrico, gás e outros) (PARISI JONOV; NASCIMENTO; PAULO E SILVA, 2013).
O projeto deve ser feito com base na análise das características específicas de cada parte da obra a ser impermeabilizada, oferecendo uma solução metodológica detalhada com base nas normas próprias de modo a garantir: resistência aos fluidos e a cargas que atuam sobre a impermeabilização, aos movimentos tanto de dilatação quanto de retração devido à dinâmica da estrutura dos materiais utilizados e ao desgaste oriundo do tempo e das intempéries. Diante dessa complexidade de fatores condicionantes, é relevante compreender que os métodos e materiais a serem utilizados na impermeabilização, possam variar em diferentes partes de uma mesma edificação (BORGES, 2009).
Os produtos e soluções impermeabilizantes podem ser usados em diversos locais da construção, na parte estrutural e na vedação, sendo fundamentais nas áreas mais sujeitas a contatos com umidade e, por isso, mais propensos ao surgimento de patologias. A multiplicidade de materiais e tecnologias oferecidos atualmente pelo mercado para atender a esse objetivo, pode ser dividida em dois grupos: as flexíveis e as rígidas. A escolha de cada grupo vai depender da análise criteriosa das características de instabilidade, de exposição a cargas e às intempéries de cada local. (SALGADO, 2014).
A impermeabilização flexível pode ser executada usando uma diversidade de produtos disponíveis no mercado, geralmente na forma de mantas asfálticas, PEAD (polietieleno de alta 
densidade), PVC (polivinil acrílico), EPDM (etileno propileno dieno monômero), TPO (termoplástico poliéster) e membranas elásticas protetoras (asfálticas, poliuretano, poliureia, borracha líquida, resinas acrílicas e outras), que podem ser pré-fabricadas ou moldadas no local da obra, sendo aplicadas a quente ou frio, de modo a se incorporar ou não à estrutura, porém garantindo a estanqueidade da umidade mesmo com movimentos ou cargas recebidas. Essa elasticidade dos produtos permite que sejam usados em áreas sujeitas a movimentações, vibrações, insolações, variações térmicas e de umidade (dilatações e contrações). Por isso, são recomendadas para impermeabilizações em lajes térreas e de cobertura, banheiros, cozinhas, terraços e reservatórios elevados (HUSSEIN, 2013).
Diante das inúmeras opções de produtos e do conhecimento detalhado das características e exigências específicas de cada parte da edificação, é fundamental também considerar as especificações e orientações oferecidas pelos fabricantes dos materiais impermeabilizantes. Por isso, o rótulo que acompanham as embalagens devem detalhar ao máximo os seguintes aspectos: denominação técnica e comercial, classificação (rígida ou flexível), caracterização do consumo, peso líquido, data de fabricação e de validade, condições e prazo máximo de armazenamento. Além disso, devem ser buscadas referências sobre a qualidade do produto, a viabilidade e custo/benefício do material e da metodologia escolhida (HUSSEIN, 2013).
A mão de obra que será utilizada para executar o projeto de impermeabilização deve ser especializada, de modo a atender as obrigatoriedades básicas (documentação, projeto de impermeabilização,especificação dos serviços, produtos e a metodologia a ser usada) e específicas (detalhamento de argamassas para cobrir cavidades do local, tratamento de trincas e fissuras, umidade do substrato, arredondamento de cantos, limpeza de superfícies, escoamento de água, resistência de estrutura e compatibilidade, acabamentos de ralos e rodapés e proteção do local da ação do clima). A observação desses aspectos é importante para se evitar que os defeitos e falhas de impermeabilização ocorram por desqualificação do executante e não por baixa qualidade do produto utilizado. Auxilia muito nesse sentido a atenção para a clareza e fácil entendimento pelos executores do projeto da impermeabilização da edificação (SOUZA, 2008).
3 METODOLOGIA 
3.1 CARACTERÍSTICAS DA EDIFICAÇÃO
O projeto de pesquisa será desenvolvido no Condomínio Orlando Araújo, construído e entregue no ano de 1988, localizado na Rua Luiz de Camões, Nº 111, Matatu de Brotas, Salvador/Ba, compreendida na latitude 12º29’17’’S e longitude 38º29’36’’W, a uma altura em relação ao nível do mar de 59 metros, conforme apresentado na Figura 1. O clima de Salvador/Bahia é tropical, mesmo o mês mais seco ainda assim apresenta um elevado índice de pluviosidade. De acordo com a Köppen e Geiger na cidade não há um inverno definido, ocorrendo precipitação significativa em todos os meses do ano. Salvador tem uma temperatura média de 25.2 °C. 1781 mm é o valor da pluviosidade média anual.
Figura 1: Fachada do Condomínio Orlando Araújo.
 Fonte: Google 2016.
3.2 SITUAÇÕES ATUAIS DA EDIFICAÇÃO
A atividade impermeabilização é entendida de forma simplória, como a adoção de técnicas e metas com o objetivo de formar uma barreira química ou física, contra a passagem da água. No entanto, a impermeabilização tem uma função muito mais importante, que é a de proteger as estruturas de concreto, contra a agressão provocada pela água, visto elas serem suscetíveis a esta degradação. 
Conforme a figura 2, atualmente a garagem externa e a laje de cobertura das garagens do pavimento inferior apresentam patologias em toda área, como por exemplo, trincas, fissuras e ausência de rejuntamento em todo o revestimento cerâmico, permitindo a percolação d’água pela estrutura, devido à falha ou ausência do sistema de impermeabilização, seguindo as normas definidas pela ABNT NBR 9575:2013 (Impermeabilização – Seleção e Projeto) e a NBR 9574:2008 (Execução de Impermeabilização) que estabelecem as exigências e recomendações relativas à seleção e projeto de impermeabilização.
Figura 2: Garagem externa e laje de cobertura da garagem inferior do Condomínio Orlando Araújo.
Fonte: Autoria própria (2018). 
Através do estudo na edificação, percebeu-se a presença de mofo ou bolor, lixiviação intensa com a presença de estalactites, corrosão de armaduras com desplacamento do concreto de cobrimento e eflorescência (Figura 3), sendo todas essas anomalias originadas pela falta ou falha de um sistema de impermeabilização. Durante as inspeções na edificação, também foram encontradas fissuras em lajes facilitando a infiltração da água nas estruturas.
Dentre os inúmeros problemas patológicos das estruturas de concreto, as trincas/fissuras são particularmente importantes (Figura 4), pois, é um aviso de um eventual problema estrutural ou de estado perigoso e comprometimento da estanqueidade da edificação.
Figura 3: Formação de eflorescência que são depósitos salinos na superfície do concreto. Como resultado da sua exposição à água de infiltrações. Há casos em que seus sais constituintes podem ser agressivos e causar degradação profunda. A modificação no aspecto visual é intensa onde há um contraste de cor entre os sais e o substrato sobre as quais se deposita. Como exemplo, a formação branca de carbonato de cálcio ou estalactites sobre o concreto cinza. 
Fonte: Autoria própria (2018). 
Figura 4: Trincas/fissuras na laje que comprometem a estanqueidade da área.
Fonte: Autoria própria (2018). 
Figura 5: Aceleração da corrosão das armaduras com desplacamento do concreto de cobrimento em função da umidade causada por infiltrações d’água.
Fonte: Autoria própria (2018). 
3.3 MATERIAIS A SEREM UTILIZADOS
Os procedimentos de impermeabilização são fundamentais para proteger um sistema construtivo contra a ação da água e seus efeitos. A superfície ou elemento a ser protegido, requerem a utilização dos seguintes materiais:
Emulsão Asfáltica
- Um monocomponente, é aplicado a frio e requer proteção mecânica. Ideal para terraços, áreas frias e lajes.
Manta Asfáltica
- Contém asfalto modificado com polímeros e é armada com estruturante. Ideal para lajes planas ou inclinadas e áreas frias.
Hidrorrepelente
- Contém asfalto modificado com polímeros e é armada com estruturante. Ideal para lajes planas ou inclinadas e áreas frias.
Hidrofugante
- Material que repele a água e pode ser aplicado diretamente em superfícies minerais. Ideal para concreto aparente.
Emulsão Acrílica
- Tem base acrílica com elastômero, elementos que formam uma membrana líquida. 
Calafetador
- Bastante utilizado na vedação de caixilhos e elementos em geral. Ideal para o preenchimento de juntas internas e externas, horizontais e verticais.
Argamassa Polimérica
- Contém cimento, agregados, aditivos e polímeros que formam um revestimento.
Primer manta líquida
Camada separadora em filme de polietileno ou papel Kraft
Aditivos Impermeabilizantes (Redutor de Permeabilidade e Adesivo para Chapisco)
Produto anticorossivo para Armaduras a base de zinco
3.4 MÉTODO
A Impermeabilização de lajes é o procedimento utilizado para interceptar o fluxo de água de uma superfície e encaminhá-lo para os dispositivos que irão realizar o seu devido descarte, neste caso, o método que deverá ser seguido é:
Passo 1: Demolição mecânica/manual e descarte de todo revestimento cerâmico existente, contra-piso e eventual sistema de impermeabilização vencido.
Passo 2:  Regularização da base com inclinação > 1% para os ralos de drenagem;
Passo 3:  A superfície a ser impermeabilizada deve estar limpa e deve ser retirado qualquer material que esteja obstruindo a superfície.
Passo 4: Após a limpeza da superfície, aplicar uma demão de pintura impermeabilizante (primer) para garantir uma maior aderência. Fazer a aplicação com o auxílio de vassoura de pelo e esperar secar por cerca de 3 a 4 horas se a área não estiver encharcada. Se sim, esperar secar completamente.
Passo 5: Esticar a manta asfáltica sobre a superfícies para cortá-la no tamanho exato da área a ser impermeabilizada. Enrolar a manta novamente e iniciar o processo de aplicação da mesma. Deve-se desenrolar e aquecer o plástico com o maçarico para uma melhor aderência da manta a superfície.
Passo 6: Para a impermeabilização e acabamento dos ralos deve-se cortar um pedaço de manta de 30 x 30cm, colocar sobre os ralos, cortar o material em forma de “x” no vão do ralo e virar as pontas para dentro. Após a aplicação da manta na superfície inteira, fazer outro corte na manta em forma de “x”, dobrando as pontas de manta em direção ao interior do ralo. Dessa forma, nos vãos de escoamento, a manta se estabilizará com uma dupla camada.
Passo 7: Nas paredes, aplicar a manta até 40cm de distancia do solo, deixando o acabamento entre o piso e as paredes abaulado, para melhor adesão do material ao piso.
Passo 8: Executar sobreposição de 10cm de uma manta sobre a outra.
Passo 9: Para executar o acabamento da manta onde há transição de uma área impermeabilizada com uma outra que não será revestida pelo material descrito, deve-se esquentar as extremidades da manta asfáltica com auxílio do maçarico e moldá-las com uma colher de pedreiro.
Passo 10: Realizar teste de estanqueidade tampando-se todos os ralos e deixando-se uma camada de água de aproximadamente 5 cm por toda a superfície impermeabilizada por 72 horas.
Passo 11: Conferir se a laje inferior a que está sendo impermeabilizada, com especial atençãoa saída dos ralos, verificando se houve algum vazamento. Se houve vazamento, é necessário fazer uma nova aplicação, desde o primeiro passo.
Passo 12: Executar a proteção mecânica no piso impermealizado espalhando uma camada de aproximadamente 2cm de argamassa de areai e cimento (traco 1:3) com o auxílio de régua.
Passo 13: Nos cantos das paredes, deve-se aplicar chapisco colante com a desempenadeira dentada.
Passo 14: Realizar a recuperação estrutural das vigas e colunas com produto anti-corossivo apropriado e recobrimento com argamassa.
Passo 15: Pintura da garagem para melhorar o aspecto visual da garagem e proporcionar conforto estético do ambiente aos moradores.
REFERÊNCIAS
ABNT NBR 9575: Seleção e projeto de impermeabilização. Rio de Janeiro, 2010.
ABNT NBR 9574: Execução de Impermeabilização. Rio de Janeiro, 2008.
BAUER, L. A. F. Materiais de construção 2. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014.
BERNADES, Cláudio et. al. Qualidade e o custo das não-conformidades em obras de construção civil. 1. ed. São Paulo, PINI, 1998.
BORGES, A. C. Práticas das pequenas construções. 9. ed. São Paulo: Blucher, 2009. 
IBAPE–Nacional. Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia - Norma de Inspeção Predial, 2012.
KLEIN, D. L. Apostila do Curso de Patologia das Construções. Porto Alegre, 1999 - 10° Congresso Brasileiro de Engenharia de Avaliações e Perícias.
LIMA, J. L. A. Processo integrado de projeto, aquisição e execução de sistemas de impermeabilização em edifícios residenciais: diagnóstico e proposição de melhorias de gestão. Salvador, 2012. Dissertação (Mestrado Profissional em Gestão e Tecnologia Industrial) 
LONZETTI, F. B. Impermeabilizações em Subsolos de Edificações Residenciais e Comerciais. 2010. 59 f. Trabalho de Diplomação (Graduação em Engenharia Civil) – Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010.
PARISI JONOV, C. M.; NASCIMENTO, N. O.; PAULO E SILVA, A. Avaliação de danos às edificações causados por inundações e obtenção dos custos de recuperação. Ambiente construído, Porto Alegre, v.13, n.1, p.75-94, jan./mar. 2013. 
PEREIRA, Caio. Impermeabilização de lajes: Como fazer passo a passo. Escola Engenharia, 2017. Disponível em: https://www.escolaengenharia.com.br/impermeabilizacao-de-lajes/. Acesso em: 23 de Maio de 2018.
PEREZ, A. R. Umidade nas edificações: recomendações para a prevenção de penetração de água pelas fachadas. Tecnologia de Edificações, São Paulo. Pini, IPT – Instituto de Pesquisas 
Tecnológicas do Estado de São Paulo, Coletânea de trabalhos da Divisão de Edificações do IPT. 1985. p.571-578. 
PINTAN. M. N. Manifestações Patológicas e Estudos da Corrosão Presente em Pontes do Recife. Dissertação de mestrado – Programa de Pós-Graduação Engenharia Civil, Universidade de Pernambuco, 2013.
PIRONDI, Zeno. Manual prático da impermeabilização e de isolação térmica; Contribuição à execução do projeto de impermeabilização, conforme norma da ABNT-NBR 9575. 2. ed. São Paulo, PINI, 1988.
Programa de Pós-Graduação em Gestão e Tecnologia Industrial, Faculdade Cimatec, Salvador, 2012.
RIBEIRO, D. V.; HELENE, P. Corrosão em Estruturas de Concreto Armado. “Teoria, Controle e Métodos de Análise”. Rio de Janeiro: Editora CAMPUS, 2014. 1 ed.
SALGADO, J. C. P. Técnicas e práticas construtivas para edificação. 3. ed. São Paulo: Érica, 2014. 
SANTOS, S. S. Patologia das construções. Revista especialize online IPOG, Goiânia, 7.ed., v.1, n.7, p.1-14, julho 2014. 
SOUZA, M. F. Patologias ocasionadas pela umidade nas edificações. 65f. Dissertação (Especialização em Engenharia Civil). Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2008.
VERÇOZA, E. J. Patologia das Edificações. Porto Alegre, Editora Sagra, 1991. 172p.
VICENTINI, Wilson Roberto. As soluções para os problemas de impermeabilização. In: 10º Simposio Brasileiro de Impermeabilização – A impermeabilização e o usuário, 1997, São Paulo, Brasil.
ANEXO 1
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