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RESENHA - Cap.2 fundamentos psicodiagnosticos

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RESENHA
Livro: Psicodiagnóstico – V – Jurema Alcides Cunha
Cap. 2 – Fundamentos do Psicodiagnóstico.
	Os psicodiagnósticos são uma avaliação psicológica, feita com propósitos clínicos, portanto, não abrange todos só modelos de avaliação psicológica de diferenças individuais. É um processo que visa a identificar forças e fraquezas no funcionamento psicológico, com um foco na existência ou não de psicopatologia.
	Derivado da psicologia clinica, em 1896, foi criada sob a tradição da psicologia acadêmica e da tradição médica. Essa associação (tradição médica à psicologia clínica) fora fundamental para a identidade do profissional clínico, de um lado oferecendo modelos de identificação e por outro acentuando as dificuldades nas relações interprofissionais. Cattell (primeiras provas, testes mentais), Galton (estudo, diferenças individuais) e Binet (exames psicológicos – avaliação pedagógica) está atribuído a paternidade do psicodiagnóstico.
	É importante estabelecer a diferença que existe entre o psicometrista e o psicólogo clinico. O primeiro tende a valorizar os aspectos técnicos da testagem, enquanto, no psicodiagnóstico, há a utilização de testes e de outras estratégias, para avaliar um sujeito de forma sistemática, científica, orientada para o resolução de problemas.
CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO
Definição
	Processo cientifico limitado no tempo, pois demanda de tempo, não pode ser algo imediato e na conversa inicial existe o contrato inicial com o cliente/paciente fixando o número aproximado de sessões da qual será feita o psicodiagnóstico.
	Utiliza técnicas e testes psicológicos individuais ou não, seja para entender problemas através da ótica de alguma abordagem, identificar e avaliar aspectos específicos e possivelmente classificar, prevendo seu desenvolvimento (curso tomado) assim comunicando os resultados e propondo soluções caso necessário.
	O psicodiagnóstico é considerado um processo cientifico pois tem por base, um levantamento de hipótese, e através de passos predeterminados e com objetivos específicos pode-se confirmar ou não tais hipóteses.
	Seu plano de avaliação tem base nas perguntas ou hipóteses iniciais, definindo os instrumentos e técnicas utilizadas para tal. Portanto é crucial que o psicólogo saiba como usar os instrumentos e já tenha um proposito especifico referente à hipótese. Uma vez adquirida as informações, inter-relaciona com os históricos do indivíduo, determinando o nível da interferência que o psicólogo fará.
Objetivos
	Os psicodiagnósticos pode ter um ou vários objetivos, isso depende dos motivos alegados ou reais do encaminhamento. Isto está relacionado com as necessidades da fonte de solicitação.
	Os objetivos variam de acordo com a complexidade das questões propostas.
Objetivos de uma avaliação psicológica clinica
Classificação simples – O exame compara a amostra do comportamento do examinando com os resultados de outros sujeitos da população geral ou de grupos específicos, com condições demográficas equivalentes; esses resultados são fornecidos em dados quantitativos, classificados sumariamente, como em uma avaliação de nível intelectual. - 
Descrição – Ultrapassa a classificação simples, interpretando diferenças de escores, identificando forças e fraquezas e descrevendo o desempenho do paciente, como em uma avaliação de déficits neuropsicológicos. – junta os dados qualitativos aos quantitativos (WISC)
Classificação nosológica (classificação de doença) – Hipóteses iniciais são testadas, tomando como referência critérios diagnósticos. – classificação CID - X
Diagnóstico diferencial – São investigadas irregularidades ou inconsistências do quadro sintomático, para diferenciar alternativas diagnósticas, níveis de funcionamento ou a natureza da patologia. - 
Avaliação compreensiva – É determinado o nível de funcionamento da personalidade, são examinadas funções do ego, em especial a de insight, condições do sistema de defesas, para facilitar a indicação de recursos terapêuticos e prever a possível respostas aos mesmos. – analisar forças e fraquezas do ego, quais defesas ele usa. Entender como é o funcionamento do individuo.
Entendimento dinâmico – Ultrapassa o objetivo anterior, por pressupor um nível mais elevado de inferência clínica, havendo uma integração de dados com base teórica. Permite chegar a explicações de aspectos comportamentais nem sempre acessíveis na entrevista, à antecipação de fontes de dificuldades na terapia e à definição de focos terapêuticos, etc. – complementa o compreensivo, como ele utiliza seus recursos, como é a dinâmica, o funcionamento do individuo.
Prevenção – Procura identificar problemas precocemente, avaliar riscos, fazer uma estimativa de forças e fraquezas do ego, de sua capacidade para enfrentar situações novas, difíceis, estressantes. - 
Prognóstico – Determina o curso provável do caso. – esclarece o que acontecerá com o caso, e pode ser revertido caso haja uma intervenção.
Perícia forense – Fornece subsídios para questões relacionadas com “insanidade”, competência para o exercício das funções de cidadão, avaliação de incapacidades ou patologias que podem se associar com infrações da lei, etc.
Responsabilidade
	O diagnostico psicológico pode ser realizado:
Por psicólogo, psiquiatra, com vários objetivos (exceto classificação simples) contanto que utiliza-se modelo médico, no exame de funções, identificação de patologias, sem o uso de testes e técnicas restritas ao psicólogo clinico
Pelo psicólogo clinico exclusivamente, para a consecução de qualquer ou vários dos objetivos.
Por equipe, multiprofissional (psicólogo, psiquiatra, assistente social e outros) para alcançar os objetivos citados, e outros se necessário, desde que cada profissional utilize seu modelo próprio em avaliação de forma mais complexa e inclusiva, utilizando de dados interdependentes.
Na realidade, a atribuição da responsabilidade pelo diagnostico tinha base em uma avaliação sintetizada com expectativa de um tratamento necessário. Mas essa posição está mudando devido ao exame que o caso individual requer.
	Os casos mais explícitos são de responsabilidade do psicólogo, que por sua vez depende de sua atuação profissional, sua qualidade e desempenho.
OPERACIONALIZAÇÃO
	Em termos de operacionalização, devem ser considerados os comportamentos específicos do psicólogo e os passos para a realização do diagnóstico com um modelo psicológico de natureza clina.
Comportamentos Específicos
	Os comportamentos específicos do psicólogo podem ser assim relacionados, embora possam variar na sua especificidade e na sua seriação, conforme os objetivos do psicodiagnóstico:
Determinar motivos do encaminhamento, queixas e outros problemas iniciais;
Levantar dados de natureza psicológica, social, médica, profissional e/ou escolar, etc. sobre o sujeito e pessoas significativas, solicitando eventualmente informações de fontes complementares;
Colher dados sobre a história clínica e história pessoal, procurando reconhecer denominadores comuns com a situação atual, do ponto de vista psicopatológico e dinâmico;
Realizar o exame do estado mental do paciente (exame subjetivo), eventualmente complementado por outras fontes (exame objetivo);
Levantar hipóteses iniciais e definir os objetivos do exame;
Estabelecer um plano de avaliação;
Estabelecer um contrato de trabalho com o sujeito ou responsável;
Administrar testes e outros instrumentos psicológicos.
Levantar dados quantitativos e qualitativos;
Selecionar, organizar e integrar todos os dados significativos para os objetivos do exame, conforme o nível de inferência previsto, com os dados da história e características das circunstâncias atuais de vida do examinando;
Comunicar resultados (entrevista devolutiva, relatório, laudo, parecer e outros informes), propondo soluções, se for o caso, em benefício do examinando;
Encerrar o processo.
Passos do diagnóstico (modelo psicológico de natureza clínica)
	De forma bastante resumida, os passos do diagnóstico, utilizando um modelo psicológico de naturezaclínica, são os seguintes:
Levantamento de perguntas relacionadas com os motivos da consulta e definição das hipóteses iniciais e dos objetivos do exame;
Planejamento, seleção e utilização de instrumentos de exame psicológico;
Levantamento quantitativo e qualitativo dos dados;
Integração de dados e informações e formulação de inferências pela integração dos dados, tendo como pontos de referência as hipóteses iniciais e os objetivos do exame;
Comunicação de resultados, orientação sobre o caso e encerramento do processo.

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