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Direito Constitucional- Organização do Estado

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Direito Constitucional III
1ºparte
Organização do Estado
Administração Político Administrativa
Separação dos Poderes
2º parte
Direitos Sociais
Nacionalidade
Direitos Políticos
Organização do Estado
Noções preliminares
Estado: é uma sociedade política, que possui certas características que a diferencia de outras sociedades; elementos essenciais:
Povo: elemento humano; conceito jurídico-político, pois entre o Estado e o Povo existe um vínculo jurídico e político; População: conceito numérico de pessoas que estão no território, não necessariamente o seu Povo; Nação: conceito sociológico, que abrange as pessoas que possuem um vínculo histórico-cultural comum;
Território: elemento material; conceito jurídico, não geográfico; aeronaves, por ex., são consideradas território nacional; Sedes Diplomáticas: não são consideradas parte do território nacional brasileiro as suas sedes em países estrangeiros, apenas possuem algumas prerrogativas especiais no país estrangeiro; obs.: exceção no conceito de território é a extraterritorialidade de leis de direito da concorrência, que podem interferir em questões de países estrangeiros em uma fusão de multinacional, por exemplo;
Soberania: elemento formal; “autodeterminação plena, não condicionada a outro poder, externo ou interno” (Dallari)
Formas de Estado: forma como se estrutura o Estado;
Simples ou Unitário: quando há um poder político centrado no próprio Estado;
Centralizado: poder central propriamente dito; poucos Estados se enquadram nesta modalidade; ex.: Uruguai;
Descentralizado: delega algumas competências administrativas para certas províncias, por exemplo; todas as normas se submetem a um mesmo poder político; ex.: Itália e França;
Composto ou Complexo
União Pessoal: 2 Estados e 1 Monarca; existiu apenas uma vez na história, com o rei Felipe II, que era o herdeiro dos tronos da Espanha e Portugal;
União Real: 2 Estados (ambos possuindo soberania no âmbito interno) e 1 no âmbito internacional;
Confederação: união de Estados a partir de objetivos específicos; criada a partir de Tratado Internacional;
Federação: 2 ou mais entes; cada ente possui autonomia política, porém, a soberania é transferida para o Estado Federal; ex.: Brasil; República Federativa do Brasil é o Estado brasileiro, que possui a Soberania; os entes, no caso brasileiro, são a União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios;
	Federação
	Confederação: segundo José Afonso da Silva a confederação é um caminho lógico para se formar uma Federação
	Estados Federais Autônomos
	Estados Confederados Soberanos
	Pacto Federativo – através de uma Constituição
	Pacto Confederativo – através de Tratado Internacional
	Não existe direito de secessão (o Estado não pode ser dividido)
	Existe direito de secessão
Forma de Governo: forma como se organiza a Chefia de Estado;
* Estado: exercício do poder de soberania de forma coercitiva sobre os entes;
* Governo: forma de exercício do poder de soberania;
Monarquia: governo de 1 só;
Vitaliciedade;
Hereditariedade;
Irresponsabilidade: o Rei não responde por seus atos.
República: do latim “res pública”: coisa do povo; “É o justo governo de famílias em torno daquilo que lhes é comum, com soberania” Jean Bodin; a titularidade do poder é do povo; o exercício do poder é transferido para o representante do povo;
Temporário;
Eleito;
Responsabilidade: os governantes devem responder pelos seus atos.
Sistemas de Governo: forma como os poderes do Estado se relacionarão;
Chefe de Estado: representa o Estado internacionalmente;
Chefe de Governo: responsável pelas políticas públicas internas.
Presidencialismo
Unipessoalidade da Chefia do Executivo (Chefe de Estado e de Governo);
Legitimidade popular do presidente, que é escolhido por eleição; exceção: art. 81, CF;
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.
§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
Mandato por período certo, salvo na hipótese de crimes de responsabilidade (impeachment);
Independência entre Executivo e Legislativo: o Poder Executivo não depende do Poder Legislativo para governar; independência relativa, já que o apoio político é fundamental para o melhor governo.
Parlamentarismo
Separação entre Chefe de Estado e Chefe de Governo;
Chefe de Estado na Monarquia Parlamentarista: Rei;
Chefe de Estado na República Parlamentar: Presidente;
Chefe de Governo: sempre o 1º Ministro;
Legitimidade popular indireta do Executivo; o 1º Ministro é nomeado pelo Chefe de Estado com Confiança do Parlamento (representantes eleitos pelo povo);
Interdependência do Executivo e do Legislativo: o 1º Ministro pode ser exonerado do cargo na hipótese de perda da “Confiança” do Parlamento, não possuindo mandato certo;
* É possível alterar o Sistema de Governo? Não, pois o direito do Voto Direto é cláusula Pétrea, apesar de não o ser o Sistema de Governo; sendo assim, não seria possível modificar o Sistema de Governo para o Parlamentarista, já que neste sistema o povo não elege o Chefe de Governo de forma direta (art. 60, § 4º, II)
* Brasil: Federativa; Republicana de Governo; Presidencialista.
Regimes Políticos de Governo
Democráticos: regime onde há separação dos poderes; há pluralismo político; o regime de governo do Brasil é semidireto;
Direta: quem decide é o povo, diretamente;
Indireta / representativa: só através de representantes;
Semidireta (art. 1º, § Único, CF)
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Autocráticos: regimes totalitários; governo de uma pessoa; partido único; ausência de controle, já que existe apenas 1 partido.
Federação
Histórico:
EUA, 1787:
Proclamação;
Independência das 13 colônias: cada uma das 13 colônias era um Estado independente;
Confederação: união das 13 colônias, visando à defesa da colonização inglesa; realizada a partir de um Tratado Internacional; não havia relação de dependência entre as colônias; havia o direito de secessão;
Federação: movimento centrípeto (de fora para dentro); os EUA eram Estados Soberanos e deixaram de ser soberanos para se tornarem um único Estado; já o Brasil era um Estado Unitário, o Brasil Império, formando-se depois a Federação;
Conceito: aliança entre Estados para a formação de um Estado único, em que as unidades federativas preservam Autonomia Política, enquanto a Soberania é transferida para o Estado Federal.
Caracterização da Federação:
Descentralização política: transmissão de competências a partir de uma Constituição;
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
Repartição de competências e receitas;
 Art. 21. Compete à União:
 Art. 30. Compete aos Municípios:
 Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:
 Art. 158. Pertencem aos Municípios:
Soberania do Ente Federal;
Bicameralismo político da União: o Senado é quem representa os Estados Federados, em respeito ao pacto federativo; não há hierarquia entre os entes federados;
 Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Auto-organização dos Estados-membros: Poder Constituinte Derivado (poder de alterar a CF através de Emenda Constitucional); Poder Constituinte Decorrente (capacidade dos Estados-membros elaborarem suas próprias Constituições);
Manutenção da Federação:
Rigidez constitucional: a CF precisa de um processo solene para ser alterada;
Inexistência do Direito de secessão: os Estados-membros não podem sedesmembrar do Ente Federal;
Intervenção é cláusula pétrea: limitação material ao Poder Constituinte Derivado;
Art. 60 § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
 I - a forma federativa de Estado;
 II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
 III - a separação dos Poderes;
 IV - os direitos e garantias individuais.
Controle de constitucionalidade pelo poder judiciário (STF: guardião da CF, já que trata apenas de matérias constitucionais);
Intervenção: um dos princípios da Federação é a não intervenção; por outro lado, nos casos previstos na CF, há possibilidade de intervenção;
Federal (União): pode intervir nos Estados, no Distrito Federal e nos Territórios (pode a União intervir nos municípios dos Territórios);
Estadual: os Estados podem intervir nos municípios.
Atributos das Unidades Federadas:
Auto-organização: cada Estado-membro elabora sua própria Constituição;
Autogoverno: os representantes de cada governo de Estado-membro ou de Municípios não são subordinados à União; cada ente da federação pode se autogovernar;
Auto-administração: há repartição de competências internamente nos diferentes entes da federação, sendo cada ente autônomo nesta organização;
Autonomia financeira;
* ao conjunto acima se chega na Autonomia Política; deixando de existir um dos atributos, não há Autonomia Política.
Territórios: autarquia instituída pela União por Lei Complementar (trata-se de mera descentralização administrativa; distribuição de competências); o Território não possui Autonomia; os municípios dos Territórios são Autônomos; ex.: Roraima e Amapá;
Art. 18 § 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.
 § 1º - Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV deste Título.
 § 2º - As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União.
 § 3º - Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.
Regiões Metropolitanas / Aglomerações: prerrogativa dos Estados-membros; finalidade: funções públicas; regiões metropolitanas não possuem autonomia;
Art. 25. § 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
Regiões em Desenvolvimento: para efeitos administrativos; “Forma especial de organização administrativa do território” (José Afonso da Silva); ex.: Sudam, Sudene, estas regiões foram excluídas do mundo jurídico, de forma equivocada, por Medida Provisória; só a União; finalidade: desenvolvimento e redução de desigualdades; Regiões em Desenvolvimento não possuem autonomia;
 Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais.
 § 1º - Lei complementar disporá sobre:
 I - as condições para integração de regiões em desenvolvimento;
 II - a composição dos organismos regionais que executarão, na forma da lei, os planos regionais, integrantes dos planos nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente com estes. 
 § 2º - Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma da lei:
 I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de responsabilidade do Poder Público;
 II - juros favorecidos para financiamento de atividades prioritárias;
 III - isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas;
 IV - prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de água represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas.
 § 3º - Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a União incentivará a recuperação de terras áridas e cooperará com os pequenos e médios proprietários rurais para o estabelecimento, em suas glebas, de fontes de água e de pequena irrigação.
Distrito Federal: a partir de 1988 deixou de ser a sede da República Federativa do Brasil, tornando-se Ente da Federação; a sede da RFB passou a ser Brasília; o DF exerce competências Estaduais e Municipais; “autonomia parcialmente tutelada” (José Afonso da Silva);
Art. 32. § 1º - Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.
 Art. 21. Compete à União: [...] *** atenção: o DF não possui certas competências naturais de um Estado-membro; apesar disso, é considerado como ente Autônomo;
 XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;
 XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
 Art. 22. Compete privativamente (quando é “privativamente”, pode delegar) à União legislar sobre: [...]
 XVII - organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa destes;
Art. 32 § 4º - Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar.
Municípios: entidade política de 3º Grau; Hely Lopes Meireles (para Hely, sem o município a Federação não é completa) X José Afonso da Silva (para JAS, município não pode ser considerado ente da Federação, já que seu território é pertencente ao Estado-membro); nossa Federação é chamada de Federação de Triplo Grau (União, Estados e Municípios), uma vez acolhida a tese de Hely; obs.: o Poder Legislativo dos Estados nunca pode ser bicameral, deve ser representado unicamente pela Assembléia Legislativa;
 Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.
 § 1º - Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.
 § 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
 § 3º - Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.
 § 4º - A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.
Vedações Constitucionais: em atenção ao Princípio da Laicidade: Estado leigo, laico e não confessional; recusa de fé aos documentos públicos entreas unidades; criar distinções ou preferências entre brasileiros;
 Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
 I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
 II - recusar fé aos documentos públicos; presumem-se verdadeiros;
 III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
Idioma Oficial: Língua Portuguesa; para os Indígenas é permitido o uso de suas línguas e métodos de aprendizagem;
Símbolos: Bandeira, Hino, Armas e Selo Nacional;
Cores: verde e amarelo, podendo estas cores ser combinadas com as cores azul e branco, conforme lei 5700/1971;
Fundamentos da RFB: os fundamentos que são inerentes ao Estado;
 Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
 I - a soberania;
 II - a cidadania
 III - a dignidade da pessoa humana;
 IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
 V - o pluralismo político.
 Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Objetivos Fundamentais: são normas programáticas;
 Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
 I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
 II - garantir o desenvolvimento nacional;
 III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
 IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Princípios da RFB: 
 Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
 I - independência nacional;
 II - prevalência dos direitos humanos;
 III - autodeterminação dos povos; respeito à soberania dos outros Estados;
 IV - não-intervenção; em respeito ao Pacto Federativo;
 V - igualdade entre os Estados;
 VI - defesa da paz;
 VII - solução pacífica dos conflitos;
 VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
 IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
 X - concessão de asilo político.
 Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
Repartição Constitucional de Competências
Conceito de Competência: “faculdade juridicamente atribuída a uma entidade” (José Afonso da Silva); as competências servem como limitação do exercício do poder do Estado; ex.: poder de tributar; noção central da Federação;
Princípio Norteador: “predominância do interesse”;
União: disciplina regras de caráter geral, nacional; normas que são impostas a todos os entes da Federação; obs.: Lei Nacional vincula todos os Entes da Federação; Lei Federal vincula apenas o Ente União; nem sempre estes critérios funcionam de forma absoluta; obs.: Amazônia, que transcende à delimitação de um Estado-membro, que deve ter Lei Federal para disciplinar;
Estados: disciplinam regras de caráter regional;
Municípios: disciplinam regras de caráter local;
Critérios:
Horizontal: competências exclusivas ou privativas – campos específicos;
Vertical: vários entes legislando sobre as mesmas matérias; competências para diversas entidades; ex.: comum, concorrente e suplementares;
Classificação: classificação de José Afonso da Silva;
Quanto à natureza:
Material ou administrativa (trata de atos de gestão)
Exclusiva: ex.: água, que somente a União pode legislar sobre;
Art. 21. Compete à União: [...]
Art. 30. Compete aos Municípios: [...]
 III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; [...]
 IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.
Comum, cumulativa ou paralela: todos os entes da federação administram;
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
Legislativa
Exclusiva: só o ente determinado poderá legislar;
 Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
 § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
 § 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
Privativa: só um ente poderá legislar, porém, poderá delegar esta competência através de Lei Complementar para outros entes suplementarem apenas sobre normas específicas;
 Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: [...]
Concorrente: os Municípios não operam; somente União, Estados e Distrito Federal;
 Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: [...]
Suplementar: União – gerais; Estados – específicos;
Art. 24. [...] § 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
Quanto à Forma:
Enumerada ou expressa
Art. 21. Compete à União: [...]
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: [...]
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: [...]
Reservada ou remanescente (material ou legislativa); o que for remanescente será competência dos Estados; competência residual é da União;
Art. 154. A União poderá instituir:
 I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; [...]
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
 I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
 II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
 III - propriedade de veículos automotores.
Implícitas / resultantes / inerentes: ex.: CF em determinado tempo não previa norma sobre expulsão de estrangeiro; o STF determinou que o Ente competente é a União;
 Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.
 § 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
 § 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores.
Quanto à Extensão
Exclusiva: se estende apenas para o ente específico; não é passível de delegação e nem de competência suplementar;
Privativa: é passível de delegação e de competência suplementar; exceção: arts. 51 e 52 que são de competência Exclusiva e no texto constitucional está Privativa;
Comum: apenas possível em competência Material;
Art. 23. [...] Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento edo bem-estar em âmbito nacional.
Concorrente: apenas possível em competência Legislativa; União: geral; Estados: suplementar, dentro de suas especificidades;
Suplementar: a União expede normas gerais e os Estados complementam tais normas com suas especificidades; se não existe norma geral, pode o Estado exercer a capacidade legislativa plena, sendo esta Supletiva (diferente de Suplementar); na hipótese de legislação federal superveniente, a norma criada pelo Estado terá sua eficácia suspensa;
Art. 24. [...] § 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
Quanto à Origem
Originárias: competência prevista no texto constitucional;
Delegadas: somente se for competência Privativa, que pode ser delegada;
Intervenção
DA INTERVENÇÃO
 Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: [...]
Fundamento da Federação: autonomia;
Intervenção: negação da autonomia;
Conceito de Intervenção: “é a interferência de uma entidade federativa em outra, a invasão da esfera de competências constitucionais aos Estados e Municípios” José Afonso da Silva; é um dos requisitos de manutenção da Federação;
Regra Geral: Não Intervenção; trata-se de Medida Excepcional; são situações Taxativas (numerus clausus); é Medida Temporária; Limitações Negativas (não haverá intervenção, exceto nas situações determinadas na CF);
Espécies:
Federal: União intervém nos Estados-membros, Distrito Federal ou Municípios integrantes dos Territórios;
Estadual: o Estado-membro intervém nos seus Municípios; 
Pressupostos de Fundo ou Materiais: “situações críticas que põem em risco a segurança do Estado, o equilíbrio federativo, as finanças estaduais e a estabilidade da ordem constitucional” José Afonso da Silva;
Classificação:
Defesa do Estado:
 I - manter a integridade nacional; 
 II - repelir invasão estrangeira /////;
Defesa do Princípio Federativo:
 II - repelir invasão ///// de uma unidade da Federação em outra
 III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
 IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
Defesa das Finanças Estaduais:
Dívida Fundada (lei 101/2000): o montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da federação, assumidas em virtude de lei, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses;
 V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: 
 a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
 b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei (lei 63/1990);
Defesa da Ordem Constitucional:
 VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; 
 VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais (princípios constitucionais sensíveis): 
 a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
 b) direitos da pessoa humana;
 c) autonomia municipal;
 d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
 e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Competência: quem pode decretar a intervenção é o Chefe do Executivo (Federal ou Estadual);
Espontânea ou Discricionária: I, II, III, V (“a” e “b”): o Chefe do Executivo, de ofício, decreta a intervenção;
Provocada:
 Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: 
 I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário;
 II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral; 
 III de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal.
Por solicitação – é um ato Discricionário; nas hipóteses do art. 34, IV, o Poder Executivo ou o Poder Legislativo poderão solicitar ao Chefe do Executivo que decrete a intervenção; o Chefe do Executivo pode ou não decretá-la;
Por requisição – é um ato Vinculado; o decreto deve ser editado pelo Chefe do Executivo; o STF requisita quando há coação contra o Poder Judiciário. O STF, STJ ou TSE requisitam quando há descumprimento de ordem ou decisão judicial; nesta hipótese, o requerimento parte do Presidente do TJ ou TRF, da Parte Interessada ou de Representação do Procurador Geral da República;
Pressupostos Formais:
Na Intervenção Espontânea ou Provocada por Solicitação:
Decreto: deverá conter a amplitude da intervenção, o seu prazo e suas condições;
Controle Político: dentro de 24 horas o Congresso Nacional ou a Assembléia Legislativa deverá se reunir para tomar a decisão de continuidade ou não da intervenção;
Na intervenção Provocada por Requisição:
Decreto: apenas preverá a suspensão do ato até que a situação se normalize;
Controle Político: não há necessidade de reunião do Congresso ou Assembléia;
Administração político-administrativa
União Federal: voltada para os interesses de todo o Estado Brasileiro;
Dupla face da União:
Entidade federativa: um dos entes da Federação;
Órgão de representação da RFB;
* União é Pessoa Jurídica de Direito Público Interno, entidade da Federação;
* RFB é Pessoa Jurídica de Direito Público Externo, que possui soberania;
Bens da União: Art. 20. São bens da União: [...] rol exemplificativo;
Competências da União Federal
Exclusiva (só a União pode exercê-la, manifestando-se como Órgão de Representação da RFB): Art. 21. Compete à União:
Privativa (só a União, mas pode delegar através de Lei Complementar): Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
Comum: Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
Concorrente (quando a União faz normas Gerais e os Estados as suplementam): Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
Classificação das Competências da União Federal quanto ao conteúdo
Internacionais: União enquanto órgão representativo da RFB;
Políticas (em casos extraordinários): Estado de Defesa e Estado de Sítio: a União como órgão representativo da RFB; Intervenção: União como Entidade Federativa;
Financeiras e monetárias: art. 21, VII e VIII; fatos de identificação nacional;
Administrativa ou material: art. 21, VI, XIII e XVI; competência para realizar atos de gestão;
Legislativa: arts. 22 a 24; competência para legislar sobre alguma matéria;
Urbanística: políticas de ocupação do território nacional (art. 21, IX, XX, XXI);
Econômica: planos nacionais e regionais de desenvolvimento econômico (art. 21, IX, parte final; garimpagem XXV);
Prestação de serviços públicos: art. 29, X a XII e XIII; correios e telecomunicações; sobre Internet não há previsão constitucional de competência;
Sociais: defesa de calamidades públicas (secas e inundações);
Estados-Membros
Autonomia (Poder Constituinte Derivado Decorrente): auto-organização dentro de uma esfera de competência determinada pela CF; art. 25; materializa-se na capacidade de o Estado elaborar sua própria Constituição Estadual;
Limitações do Poder Constituinte Derivado Decorrente:
Princípio da Simetria: observância de aspectos fundamentais presentes na Constituição Federal;
Observância dos Princípios Sensíveis: art. 34, VII– cabe intervenção quando o estado viola algum princípio sensível;
Princípios constitucionalmente estabelecidos: expressos ou não:
Mandatórios: art. 18, § 4º;
Vedatórios: art. 19.
* toda e qualquer limitação à autonomia dos Estados deve ser interpretada de forma Restritiva, não Ampliativa;
Autogoverno: capacidade de organização dos poderes e escolha de representantes; deve respeito à tripartição dos poderes e ao regime presidencialista;
Poder Executivo: exercido pelo governador do estado;
Poder Legislativo: Unicameral, através da Assembléia Legislativa
Poder Judiciário: TJ e juízes de 1º grau;
Auto-administração: capacidade de o estado prestar serviços próprios pelos servidores estaduais;
Autolegislação: art. 25, CF: capacidade de o estado elaborar leis estaduais;
Competências:
Exclusiva: art. 18, § 4º, e 25, §§ 2º e 3º; 
Comum;
Concorrente;
Suplementar;
Reservada ou Remanescente: tudo que não for da União ou dos Municípios será de competência do Estado;
Municípios
Auto-organização: capacidade de o município legislar sobre interesses locais através da Lei Orgânica Municipal; “espécie de Constituição Municipal” (José Afonso da Silva); não decorre do Poder Constituinte, daí o motivo de não ser denominada de Constituição;
Autolegislação: Leis Municipais
Competências: exclusiva; comum; suplementar;
Auto-administração: capacidade de o município prestar serviços próprios através de seus servidores municipais;
Autogoverno: Poder Executivo Municipal e Poder Legislativo Municipal;
Distrito Federal: ora se apresenta como Município, ora como Estado;
Entidade Federativa: possui autonomia;
Auto-organização: Lei Orgânica;
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. 
 § 1º - Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.
Autolegislação: leis distritais; competências Estadual e Municipal;
Autogoverno: Poder Executivo Distrital do Governador; Poder Legislativo Distrital formado pela Câmara Distrital; Poder Judiciário Distrital: Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios e Juízes de 1º Grau; * a autonomia do DF é parcialmente tutelada, já que é competência da União organizar e manter o Poder Judiciário Distrital;
Auto-administração: servidores distritais;
Da Organização dos Poderes
Tripartição dos Poderes:
Antiguidade / Idade Média: caracterizada pelo sistema feudal; surgimento do Estado em 1492;
Idade Moderna: queda dos sistemas feudais e concentração do poder no monarca; o Estado é caracterizado como absolutista;
Idade Contemporânea: Estado Social; Max Weber: penta-partição; Hans Kelsen: hexa-partição; John Locke: bi-partição; Montesquieu: tripartição; Benjamin Constant: tetrapartição;
Função do Estado:
Moderadora:
Representação dos interesses comuns;
Arbitragem: poder de resolver conflitos políticos e jurídicos dentro da Entidade (exercido pelo Presidente);
Governativa: tomar decisões a respeito dos interesses comuns;
Administrativa: executar as decisões tomadas;
Judicial: dirimir conflitos subjetivos entre sujeitos de direito;
Legislativa: função de elaborar normas para reger o Estado;
1ª Etapa: Estado Burocrático: feudalismo/absolutismo;
Concentração dos poderes no monarca, com conseqüentes abusos de poder e arbitrariedades;
O povo, à medida que conquista poder financeiro, a partir da burguesia, começa a se rebelar contra as arbitrariedades do monarca, o que resulta em perda do poder deste;
Transição do Estado Burocrático para o Estado Liberal, caracterizada pela Separação de Poderes e pela Declaração de Garantias e Direitos Individuais;
2ª Etapa: Estado Liberal; 1689 Bill Of Rights, que retira do monarca algumas de suas funções;
1ª Fase: bi-partição: apresentada por John Locke em relação ao Parlamento Inglês;
Monarca: moderador, governo, administrativo, judiciário (representava a vontade do monarca, não necessariamente conforme o justo);
Câmara dos Nobres e Câmara dos Comuns (povo): assumem o poder legislativo;
* em 1945
2ª Fase: tri-partição: apresentada pelo Barão de Montesquieu (O Espírito das Leis) em relação ao Parlamento Inglês;
1701: ato do estabelecimento, que declara a vitaliciedade dos juízes;
Law Lordes (juízes): nobres especializados, que detinham o conhecimento das leis;
Monarca: moderador, governo, administrativo;
Câmara dos Nobres e Câmara dos Comuns: legislativo;
Função Judiciária: passou a ser exercida pelos Law Lordes;
Para Montesquieu: Poder Executivo (governo e administrativo) é representado pelo monarca; o Poder Legislativo pelos Nobres e Comuns; o Poder Judiciário pelos Law Lordes;
Erros da Fórmula de Montesquieu: Ausência da Função Moderadora; Poderes Totalmente Independentes.
Constituição Americana 1787: inspirada pela Teoria de Montesquieu, corrigindo os erros de sua “Fórmula”;
Substituição do Monarca pelo Presidente, que exerce as funções: Moderadora, Governo e Administrativa;
Senado em substituição à Câmara dos Nobres; Representantes em substituição à Câmara dos Comuns;
Checks And Balances: freios e contrapesos, já que os poderes exercem funções Típicas e Atípicas;
*** FALTA
Poder Legislativo
Funções típicas:
Leis – produção jurídica primária (tudo que é novo no ordenamento jurídico); Portaria ou Resoluções, por exemplo, apenas regulamentam matérias existentes em leis, não inovando o ordenamento jurídico;
Fiscalização financeira e administrativa do Executivo; controle externo do Executivo;
 Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: [...]
 X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta;
Estrutura do Poder Legislativo:
Poder Legislativo Federal
 Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Congresso Nacional: formado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal; Sistema Bicameral: não há predominância de uma casa sobre a outra; existem diferenças em respeito à iniciativa de leis; o Senado é, em regra, uma Câmara Revisora;
Câmara dos Deputados: é um órgão representativo do povo; os membros são eleitos nos estados, territórios e DF; são eleitos para 1 legislatura, com mandato de 4 anos;
Crítica: é mesmo proporcional? Pelo fato de existir o número mínimo de 8 e máximo de 70 deputados, pode ser que a quantidade de deputados não seja tão proporcional à população do Estado em relação a outros Estados;
Sistema proporcional: varia de acordo com a população dos Estados, DF e Territórios, conforme Lei Complementar expedida 1 ano antes do pleito eleitoral;
número de votos válidos dividido pelo número de cadeiras da Câmara = quociente eleitoral; quociente eleitoral é igual ao número de votos mínimos de um partido para ganhar 1 cadeira;
número de cadeiras do partido = quociente partidário (número de votos recebidos pelo partido) dividido pelo quociente eleitoral;
número de votos no partido: votos na legenda e nos candidatos da legenda;
 Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
 § 1º - O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados.
 § 2º - Cada Território elegerá quatro Deputados.
Art. 14. [...]
 § 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
 I - a nacionalidadebrasileira; nato ou naturalizado; para exercer a Presidência da Câmara deve ser Brasileiro Nato;
 II - o pleno exercício dos direitos políticos; capacidade política passiva; capacidade de ser votado;
 III - o alistamento eleitoral; capacidade política ativa; capacidade de votar;
 IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
 V - a filiação partidária; 
 VI - a idade mínima de:
 a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
 b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
 c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
 d) dezoito anos para Vereador.
 § 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
Senado Federal
Representa os Estados e o Distrito Federal; Territórios não possuem direito de eleger Senadores, já que não possuem Autonomia Política;
Sistema Majoritário Simples: número de votos;
Mandato: para 2 legislaturas; 8 anos;
Crítica: representa os Estados? A forma de eleição é muito semelhante à dos Deputados, culminando em resultados políticos semelhantes, não necessariamente os interesses dos Estados;
É chamado: Câmara Revisora (a maioria das iniciativas de lei parte da Câmara dos Deputados); Câmara de Equilíbrio (o Senado diz se os Estados têm interesse de que o Projeto de Lei proveniente da Câmara dos Deputados seja efetivado em lei);
* quando o Projeto de Lei é originado do Senado, a Câmara Revisora é a Câmara dos Deputados;
Quórum:
Maioria simples: maioria dos presentes; Lei Ordinária;
Maioria absoluta: metade + 1 dos membros; Lei Complementar;
Maioria qualificada: 3/5 dos membros; Emendas Constitucionais;
 Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário.
 § 1º - Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.
 § 2º - A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços.
 § 3º - Cada Senador será eleito com dois suplentes.
Poder Legislativo Estadual
Sistema Unicameral: formado pela Assembléia Legislativa, composta pelos Deputados Estaduais, que possuem mandato para 4 anos (1 legislatura);
Número de Deputados: art. 27, caput;
 Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.
 § 1º - Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.
 § 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. 
 § 3º - Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.
 § 4º - A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.
Poder Legislativo Municipal
Sistema Unicameral, formado pela Câmara dos Vereadores, composta de Vereadores;
Número de Vereadores: proporcional ao número de habitantes, conforme art. 29, IV;
Territórios: terão Câmara Territorial;
Art. 33 [...] § 3º - Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.
Poder Legislativo Federal
Das Reuniões (Sessões Legislativas: período anual em que os Deputados e Senadores estão deliberando)
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
Sessão Legislativa Ordinária: composta pelos 2 períodos legislativos do art. 57;
Legislatura: 4 Sessões Legislativas;
Recesso parlamentar: era de 90 dias e foi diminuído para 55 dias através da EC 50/2006;
Sessão Legislativa Extraordinária: convocada em situações extremas (Estado de Defesa, Estado de Sítio, Intervenção Federal) durante o Recesso Parlamentar;
Sessão Conjunta
Art. 57 [...] § 3º - Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para:
 I - inaugurar a sessão legislativa;
 II - elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas;
 III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República;
 IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar.
Sessão Preparatória: a cada 2 anos, para posse dos novos membros e eleição das mesas;
Atribuições do Congresso Nacional
Legislativa: art. 48, CF, rol exemplificativo; matérias de competência da União;
Fiscalização e controle dos atos do Poder Executivo, auxiliado pelo Tribunal de Contas; CPI; art. 58, § 3º;
Julgamento de Crimes de Responsabilidade: pelo Senado;
Constituintes: Poder Constituinte Reformador; art. 60;
Deliberativas: arts. 49, 51 e 52, CF; a partir de Decretos Legislativos ou Resoluções; são de Competência Exclusiva do Congresso, não dependendo de sanção ou veto do Presidente;
Mesas
Órgãos diretivos:
Mesa da Câmara;
Mesa do Senado;
Mesa do Congresso Nacional: o Presidente é o Presidente do Senado; o Vice é o Presidente da Câmara; as demais autoridades serão alternadamente da Câmara e do Senado;
Funções:
Definição de Pautas;
Punição de Parlamentares;
Representação Proporcional;
Comissões: deliberam sobre questões específicas;
Comissões Permanentes ou Comissões Em Razão da Matéria ou Comissões Temáticas: podem estar previstas em Leis ou no Regulamento Interno do Congresso Nacional; estas comissões, mesmo com o encerramento do mandato, não são extintas; ex.: CCJ, Comissão de Saúde, Comissão de Orçamento;
Comissões Temporárias ou Especiais: com o encerramento do mandato são extintas, mesmo que não tenham alcançado o seu fim;
Comissões Mistas: Deputados + Senadores; ex.: art. 166, § 1º, sobre orçamento;
Comissão Representativa: durante o período de Recesso Parlamentar é nomeado uma espécie de plantão parlamentar, que deliberará sobre determinado tema; as competências desta Comissão Representativa são dispostas no regimento interno do Congresso Nacional;
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
Criação: pode ser criada pelo Senado ou pela Câmara ou por Ambos; no mínimo 1/3 dos membros da casa deve votar pela iniciativa da CPI; é possível criar uma CPI a partir de uma Minoria Parlamentar; posição do STF: o direito de criar uma comissão é um direito subjetivo das minorias;
Prazo: toda CPI é temporária;
Poderes: o papel é investigatório, em semelhança ao Inquérito Policial; a CPI não pode acusar;
Os de Investigação das autoridades judiciais: pode ouvir testemunhas com condução coercitiva; as testemunhas devem prestar compromisso de dizer a verdade, porém, o investigado (ou pessoas próximas deste) tem o direito a não autoincriminação, segundo entendimento do STF;
Quebra de sigilo: bancário, episcopal (correspondência), fiscal, telefônico (dados das ligações telefônicas pode; grampear comunicação não pode);
Não pode: segundo o Princípio da Reserva Constitucional de Jurisdição, alguns atos são de exclusividade do Poder Judiciário: exs.: prisão em flagrante; sigilode comunicações telefônicas (art. 5º, XII); busca domiciliar (art. 5º, XI); sigilo judicial; medidas assecuratórias (medidas preventivas para a boa solução do processo, ex.: impedir que o acusado saia do País);
Lei Complementar 105/2001: determina que não precisa de intervenção do Poder Judiciário para que as instituições financeiras enviem dados sobre algum investigado para a CPI;
Controle Judicial: todo e qualquer ato das comissões pode e deve ser submetido ao Poder Judiciário; a CPI funciona como longa manus do Poder Legislativo no exercício da função de fiscalização;
Conclusões: são encaminhadas, de forma motivada, para o Ministério Público ou AGU, que promoverá a acusação;
§ 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
Estatuto dos Congressistas (art. 53 a 56, CF): garantias dos congressistas em função da atividade parlamentar;
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
Estas garantias reforçam a democracia, já que o parlamentar pode exercer livremente sua função;
Prerrogativas: regras fixadas pela EC 35/2001; não são prerrogativas da pessoa e sim da função exercida pela pessoa;
Imunidade material, real ou substantiva (previstas no art. 53): os parlamentares são invioláveis civil e penalmente por opiniões, palavras e votos proferidos em razão da função parlamentar; STF: deve haver laço de implicação recíproca entre o ato e o mandatário (os atos devem se configurar dentro da função parlamentar); não há crime, a conduta é descaracterizada do tipo penal; ex.: calúnias sofridas por alguma vítima de informação errada pronunciada por algum parlamentar não configuram crime, não dando o direito à vítima de angariar potenciais danos morais, nem mesmo civilmente;
Imunidade processual formal ou adjetiva (art. 53, § 2º a 5º): há crime, tratando-se de crimes comuns;
Regras sobre a prisão:
Termo inicial: desde a data da Diplomação o parlamentar terá imunidade, tendo direito ao Foro Privilegiado; se o crime for cometido antes da Diplomação, seu processo terá Rito Ordinário;
Regra geral: não podem ser presos (prisão penal ou civil), conforme art. 5º, LXVII; exceção: flagrante de crime inafiançável;
Cometendo um crime (flagrante delito de crime inafiançável), os autos devem ser encaminhados para a Casa onde o parlamentar atua; os integrantes da Casa decidem por maioria se o Parlamentar continua preso ou sai da prisão; EC 35/2001;
STF: para que o Parlamentar seja preso, há necessidade de decisão transitada em julgado, em qualquer crime cometido;
Regras sobre o processo:
Crime após a Diplomação: antes da EC: licença da Casa respectiva para instauração do processo; depois da EC: não precisa;
Denúncia: somente o STF tem competência para julgar o Parlamentar; recebendo a denúncia, o STF comunica a Casa do Parlamentar, que pode fazer o pedido de sustação do processo até o trânsito em julgado da decisão; a Mesa da Casa decide por maioria de votos se pede ou não a sustação; havendo o pedido, não corre o prazo prescricional do crime;
Se o crime foi cometido em Concurso de Agentes (um Parlamentar e um cidadão comum)? Há o desmembramento do processo, sendo o STF competente para julgar o Parlamentar e a Justiça Comum competente para julgar o cidadão comum, conforme art. 80 do CPP;
Prerrogativa de Foro: STF é competente para julgar os Parlamentares, por prerrogativa de função; como fica esta prerrogativa com o fim do mandato: 25/08/99 Súmula 394 do STF: prorroga-se ainda que tenha acabado o mandato; a questão de ordem 687/SP cancelou a súmula 394; a Lei 10628/2002 voltou a criar a prorrogação de competência de foro do STF; a ADI 2860 declarou a inconstitucionalidade da Lei 10628/2002; * desta forma, o STF não pode mais julgar o delito, remetendo os autos para a justiça comum;
Renúncia do cargo: caso do Deputado Ronaldo Cunha Lima (homicídio qualificado tentado); antes do julgamento pelo STF o Parlamentar renunciou ao mandato;
Antes da Diplomação? Não há imunidade, apenas foro privilegiado; o processo deve ser transferido para o STF (transferência de competência);
Parlamentares Estaduais: o Foro competente para julgamento é o TJ;
Parlamentares Municipais: só possuem imunidade material, não tendo imunidade processual; os Vereadores são julgados pela Justiça Comum;
Pergunta: as imunidades são renunciáveis? As Imunidades não são renunciáveis, por não ser um direito da pessoa do Parlamentar e sim da Função Parlamentar;
Pergunta: as imunidades se estendem aos suplentes? As imunidades não se estendem aos suplentes de Parlamentares, uma vez que estes não recebem a Diplomação, configurando esta o termo inicial para a aquisição deste direito.
Processo Legislativo: a partir do art. 59, CF; forma como o texto legal deve ser criado; se esta forma não é obedecida, ocorre a Inconstitucionalidade do texto pelo vício formal;
Fases:
Iniciativa: deliberação parlamentar (discussão e votação); há que se observar quais são os sujeitos que podem dar início ao Processo Legislativo;
Constitutiva: deliberação executiva (sanção e veto)
Complementar: promulgação e publicação
Iniciativa:
Regra geral: Princípio da Iniciativa Concorrente entre os diversos sujeitos que podem dar o início ao Processo Legislativo; todos os sujeitos do art. 61 podem dar início ao Processo Legislativo;
 Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
Exceções ao Princípio da Iniciativa Concorrente: sujeitos específicos para darem o início ao Processo Legislativo em determinados casos;
Presidente: art. 61, § 1º;
Judiciário: art. 96, II;
Câmara e Senado: arts. 51 e 52;
Competência Popular para o Processo Legislativo: democracia participativa (prevista no art. 14); ex.: Projeto de Lei Glória Perez 8.930/1994 teve iniciativa popular e foi dada continuidade pelo Poder Executivo;
 Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
[...] III - iniciativa popular.
Projeto de Lei é encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para passar por um crivo de constitucionalidade; as Comissões Especiais também recebem o Projeto de Lei para verificarem sua adequação;
Constitutiva:
Deliberação Parlamentar: art. 65;
 Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.
 Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora.
Discussão nas 2 casas; em regra, inicia-se o Processo Legislativo pela Câmara dos Deputados, sendo o Senado a Casa Revisora; quando a Casa Inicial é o Senado, a Câmara assumirá o papel de Casa Revisora;
Votação:
Câmara: pode aprovar ou arquivar o Projeto de Lei;
Senado: pode aprovar com emenda; pode aprovar sem emenda; pode arquivar;
Se tiver emenda, retorna à Casa Inicial para ser submetida à nova votação; a Casa Inicial pode manter a emenda ou derrubá-la por maioria absoluta;
Quórum:
Leis Ordinárias: maioria simples;
Lei Complementar: maioria absoluta;
Emenda Constitucional: art. 60, § 2º;
Deliberação executiva:art. 66; atos legislativos do presidente (função atípica); sanciona ou veta Projetos; neste momento ainda não existe Lei; art. 48, CF;
 Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.
 § 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto.
Sanção: pode ser expressa: quando o Presidente assina a Sanção; pode ser tácita: se não assina em 15 dias, considera-se a lei sancionada; a Sanção é irretratável;
Veto:
Deve ser Expresso e em até 15 dias;
Deve ser Motivado: apenas pode ser alegada como motivo para o Veto a Inconstitucionalidade da Lei ou Violação ao Interesse Público;
Deve ser Supressivo: não pode adicionar texto, apenas suprimir;
Pode ser Total (veta o Projeto inteiro) ou Parcial (veta artigos, parágrafos ou alíneas; não podem ser vetadas Palavras);
É Superável ou Relativo: é possível a derrubada do veto, em reunião conjunta das 2 Casas Legislativas, até 30 dias depois do Veto, por voto de maioria absoluta;
Derrubado o veto, a Lei Já Existe;
Complementar: atos executivos;
Promulgação (promulga Lei): é o ato de dar ciência da Lei para os administrados; atesta a validade da Lei; é de Competência do Presidente da República; deve ser promulgado até 48 horas após Sanção ou Veto; se não cumprir este prazo, o Presidente do Senado a promulga ou o Vice-presidente do Senado o faz;
Publicação: Eficácia; deve ser publicada no Diário Oficial da União; prazo para vigência: vacatio legis: se não tem prazo no texto legal, a regra é de 45 dias após a publicação; para Estados Estrangeiros que reconheçam a validade das nossas normas: 3 meses; para questões tributárias: princípios da noventena e da anterioridade da lei;
Pedido de urgência: pode ser exercido pelo Presidente da República nos Projetos de sua iniciativa; as Casas Legislativas tem o prazo máximo de 100 dias para aprovar o texto legal (45 dias para Casa Inicial; 45 dias para Casa Revisora; 10 dias para votação de potenciais emendas ao Projeto realizadas pela Casa Revisora); se a urgência do Projeto de Lei não puder esperar os 100 dias, autoriza-se a edição de Medida Provisória;
2º BIMESTRE
Poder Executivo
Exerce três funções: função moderadora (tudo que representa a RFB no âmbito externo; ex.: chefia suprema das forças armadas em caso de guerra); função governativa (tomar decisões que atendam ao interesse público); função administrativa (implementar as decisões tomadas, o que é representado a partir dos serviços públicos);
Formas do poder executivo pelo mundo (de acordo com o Sistema de Governo):
Monocrático: o poder é centrado nas mãos de apenas um governante (rei ou presidente);
Colegial: o poder é exercido em colégio (existiu apenas uma vez na história, na Roma antiga);
Diretorial: o poder é exercido a partir de um comitê; presente na Suíça;
Dual: o poder é exercido por duas pessoas, o Presidente e o 1º Ministro (República Parlamentarista) ou o Rei e o 1º Ministro (Monarquia Parlamentarista); presente no Sistema Parlamentarista de Governo;
Sistemas de Governo:
Presidencialismo: unipessoalidade do exercício da Chefia de Governo e de Estado na pessoa do Presidente; possui legitimidade popular direta (o Presidente é o que o povo escolheu); mandato por período certo; independência do Poder Legislativo;
Parlamentarismo: divisão do exercício da Chefia de Governo (1º Ministro) e de Estado (Presidente ou Monarca); legitimidade popular indireta (o 1º Ministro não é escolhido diretamente pelo povo, é escolhido pelo Parlamento); dependência do Poder Legislativo (pode perder a “Confiança do Parlamento”);
Adotado pelo Brasil: Sistema de Governo Presidencialista em que a forma como o poder executivo é exercido é Monocrática;
Esferas do Poder Executivo:
Federal, representada pelo Presidente, auxiliado pelos seus Ministros de Estado (art. 76, CF);
Estadual, representado pelo Governador, auxiliado pelos seus Secretários de Estado;
Municipal, representada pelo Prefeito, auxiliado pelos seus Secretários;
Territórios: representada pelo Governador, que é nomeado pelo Presidente da República;
Presidente da República: condições de elegibilidade:
Ser brasileiro nato (art. 12, § 3º, I, CF);
As condições previstas no art. 14, § 3º, CF;
Ser alfabetizado;
Ter a idade mínima de 35 anos;
Não ser parente em linha reta ou colateral até o 2º grau do atual Presidente;
O Presidente e o Vice-presidente devem ser do mesmo partido ou coligação política;
Processo Eleitoral:
É realizado pelo Poder Judiciário, através da Justiça Eleitoral;
As eleições ocorrem no primeiro domingo do mês do outubro em 1º turno e no último domingo deste mês em 2º turno (art. 77; interpretação do STF);
Em caso de empate na segunda colocação para disputar o 2º turno, terá preferência o candidato mais velho;
Em caso de morte, desistência ou impedimento legal do candidato, convocar-se-á o remanescente de maior votação;
Mandato de 4 anos, permitida uma reeleição;
Posse em Sessão conjunta no dia 1º de janeiro do ano seguinte às eleições;
Se o Presidente ou Vice-presidente não assumir o cargo até 10 dias após a posse, salvo por motivo de força maior, o cargo será declarado vago; neste caso são realizadas novas eleições;
O Vice-presidente pode substituir (caráter temporário, relacionado com o impedimento do Presidente) ou suceder (caráter definitivo) o Presidente;
Substitutos eventuais: Presidente da Câmara, Presidente do Senado; Presidente do STF;
Quando houver vacância dos cargos de Presidente e Vice-presidente nos 2 primeiros anos do mandato, o Poder Judiciário realizará novas eleições no prazo de 90 dias da última vaga; quando a vacância for nos 2 últimos anos de mandato, a eleição será feita pelo Congresso Nacional no prazo de 30 dias da última vaga; em ambos os casos, o novo Presidente apenas exercerá o cargo pelos 2 anos de mandato restantes;
Atribuições do Presidente da República: art. 84, CF (rol exemplificativo);
Ministros de Estado: são indicados pelo Presidente da República; podem ser exonerados ad nutum pelo Presidente da República;
Hipóteses de Perda do Mandato do Presidente da República:
Cassação do Mandato: por crime de responsabilidade (julgado pelo Senado) ou condenação criminal por crime comum (julgado pelo STF);
Extinção do Mandato: por morte, renúncia ou suspensão dos direitos políticos;
Vacância: se o Presidente não assumir o cargo até 10 dias após a posse, salvo força maior; se o Presidente se ausentar do país por mais de 15 dias sem licença do Congresso Nacional;
Conselho da República: nas situações previstas no art. 90, CF, o Presidente da República deve, obrigatoriamente, convocá-lo; o Conselho apenas opina; as decisões são tomadas pelo Presidente da República, não vinculadas às opiniões do Conselho;
 Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele participam: 
 I - o Vice-Presidente da República;
 II - o Presidente da Câmara dos Deputados;
 III - o Presidente do Senado Federal;
 IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;
 V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
 VI - o Ministro da Justiça;
 VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.
 Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre:
 I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;
 II - as questões relevantespara a estabilidade das instituições democráticas.
 § 1º - O Presidente da República poderá convocar Ministro de Estado para participar da reunião do Conselho, quando constar da pauta questão relacionada com o respectivo Ministério.
 § 2º - A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho da República.
Conselho de Defesa Nacional: opina nos casos do art. 91, § 1º, CF; tais opiniões não obrigam ao Presidente;
 Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele participam como membros natos: 
 I - o Vice-Presidente da República;
 II - o Presidente da Câmara dos Deputados;
 III - o Presidente do Senado Federal;
 IV - o Ministro da Justiça;
 V - o Ministro de Estado da Defesa;
 VI - o Ministro das Relações Exteriores;
 VII - o Ministro do Planejamento.
 VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
 § 1º - Compete ao Conselho de Defesa Nacional:
 I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta Constituição;
 II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal;
 III - propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo;
 IV - estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a independência nacional e a defesa do Estado democrático.
 § 2º - A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional.
Processo Crime Contra o Presidente da República nos Crimes de Responsabilidade:
Crimes de Responsabilidade são infrações político-administrativas, apenas possíveis aos detentores de importantes cargos da Administração Pública; Lei de Improbidade Administrativa: 1079/1950;
A competência para legislar sobre os Crimes de Responsabilidade é privativa da União, conforme entendimento do STF;
Ocorre o Crime de Responsabilidade quando o Presidente deixa de exercer sua competência ou quando a exerce com excesso de poder (quando viola os princípios contidos no art. 37, CF: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência); também são crimes de responsabilidade do Presidente os previstos no art. 85, CF;
 Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
 I - a existência da União;
 II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
 III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
 IV - a segurança interna do País;
 V - a probidade na administração;
 VI - a lei orçamentária;
 VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
 Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.
Juízo de admissibilidade: quando ocorre alguma denúncia contra o Presidente da República, a Câmara dos Deputados votará de admite ou não a acusação, conforme previsto no art. 86, CF; o procedimento para a apuração de denúncia se inicia na Câmara, mas o processo de julgamento (impeachment) será iniciado pelo Senado;
 Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
 § 1º - O Presidente ficará suspenso de suas funções:
 I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;
 II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal. 
 § 2º - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
 § 3º - Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão.
 § 4º - O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.
Após o juízo de admissibilidade feito pela Câmara, o Senado não pode deixar de receber a denúncia ou deixar de instaurar o processo;
O Senado recebe da Câmara e instaura o processo de impeachment em sessão conjunta presidida pelo Presidente do STF (que dá caráter jurídico ao processo);
A condenação ao Presidente é obtida por maioria qualificada (2/3 dos votos); ocorrendo a condenação, o Presidente perde o mandato e os direitos políticos pelo período de 8 anos; ambas as penas são principais, não sendo acessórias uma da outra;
Sobre a decisão do Senado no processo de impeachment não caberá recurso, já que possui natureza política e não jurídica; trata-se de um ato do Poder Legislativo, em que não há o duplo grau de jurisdição;
Os Ministros de Estado, no caso de cometimento de crimes de responsabilidade, serão julgados pelo STF; somente serão julgados pelo Senado no caso de conexão com o crime cometido pelo Presidente da República;
Processo Crime Contra o Presidente da República nos Crimes Comuns:
Quando o crime não está relacionado ao exercício de sua função, o Presidente não poderá ser processado durante o seu mandato; a isso se denomina “irresponsabilidade penal ou imunidade presidencial”; não importa se o crime foi cometido antes ou durante o mandato; o Presidente não pode ser processado por crimes que não decorram da função presidencial; o processo ficará suspenso, sem contar o prazo prescricional, até que ocorra o encerramento do mandato;
Se o Presidente comete algum ilícito civil (ex.: deixou de pagar imposto), não possui imunidade, podendo correr o processo de forma regular; não há imunidade civil, administrativa, ambiental ou tributária a favor do Presidente;
Segundo entendimento do STF, apenas o Presidente da República possui estas imunidades, não se estendendo aos governadores ou prefeitos; são imunidades presidenciais;
Procedimento: igual ao do crime de responsabilidade, porém, a partir de denúncia do Procurador Geral da República nos casos de Ação Penal Pública e pelo ofendido nos casos de Queixa;
Admissibilidade: igual ao do crime de responsabilidade, porém, encaminhando a denúncia para o STF, que julgará o processo de forma normal, sendo sujeito o Presidente às sanções previstas no tipo penal pelo qual está sendo processado;
A perda ou suspensão do cargo é uma pena consequente por conta de condenação transitada em julgado, que leva à suspensão dos direitos políticos (condição de elegibilidade), sendo este o motivo da perda do seu cargo;
Natureza da decisão: é uma decisão jurisdicional, tomada pelo STF em um processo penal comum;
Poder Judiciário
Funções: Jurisdicional (dizer o direito no caso concreto); solução de conflitos, preponderantemente através da Lei; solução com definitividade (faz coisa julgada); a jurisdição é una, o que se divide é a competência, por uma questão organizacional;
Princípios básicos:
Inafastabilidade do Poder Judiciário; art. 5º, XXXV; com a evolução social a autotutela foi substituída pelo direito de ação (transferência para o Estado do poder de resolver conflitos entre particulares);
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
Inércia: o Poder Judiciário é inerte, carecendo que o interessado o acione para solucionar o seu conflito; este princípio é relativizadohoje, como no caso de prescrição, que pode ser decretada de ofício pelo juiz;
Imparcialidade;
Devido Processo Legal: a função jurisdicional será exercida através de um processo, de acordo com certas formalidades; também tem como função a proteção dos direitos e liberdades individuais, como por exemplo a garantia da ampla defesa e do contraditório;
Órgãos do Poder Judiciário: art. 92, CF;
* Justiça Desportiva não é órgão do Poder Judiciário; existe divergência em sua definição, alguns a definindo como autarquia e outros a definindo como associação; casos da justiça desportiva devem seguir até a sua última instância para que se possa entrar com a ação na justiça comum;
Denominação dos cargos do Poder Judiciário:
1ª Instância: juízes;
2ª Instância: desembargadores;
Órgãos Superiores: ministros;
Hierarquia: não há hierarquia entre os membros do Poder Judiciário, ainda que o órgão superior possa reformar a decisão de uma instância superior (a isso se denomina duplo grau de jurisdição);
Poder Judiciário Municipal: não há;
Garantias dos membros do Poder Judiciário:
Vitaliciedade;
Irredutibilidade (formal) dos subsídios;
Inamovibilidade: o juiz não pode ser retirado do seu local de jurisdição, a não ser por motivo de interesse público, de forma fundamentada, com aprovação da maioria absoluta dos membros do respectivo tribunal ou do CNJ;
 Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: 
 I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; 
 II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII; 
 III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
Proibições: art. 95, § Único; trazidas pela EC 45/2004 – Reforma do Poder Judiciário;
Art. 95 Parágrafo único. Aos juízes é vedado: 
 I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; 
 II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; 
 III - dedicar-se à atividade político-partidária. 
 IV receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
 V exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
Carreira da magistratura:
Concurso público, com os seguintes requisitos: ser bacharel em Direito; ter 3 anos de atividade jurídica passível de comprovação;
Há participação da OAB na realização do concurso;
Fases: Aprovação (não gera direito à nomeação); Nomeação; Posse (a partir da posse já há direito à inamovibilidade e à irredutibilidade de subsídio); somente após 2 anos de estágio probatório se alcança a vitaliciedade;
Promoção: entrância inicial; entrância intermediária; entrância final (mais de 170 mil habitantes; há justiça especializada); critérios para promoção – art. 93, II: merecimento e antiguidade, alternadamente; acesso aos tribunais: também por critérios de merecimento e antiguidade, alternadamente;
Quinto Constitucional: os tribunais TJ/TRF/TST são compostos, além de juízes togados, por advogados e membros do MP, na proporção de 1/5 dos membros;
O conselho respectivo elabora uma lista sêxtupla; o Tribunal reduz a lista para tríplice; o Chefe do Executivo escolherá quem será o novo membro do órgão;
Requisitos: 10 anos de carreira para os membros do MP e advogados; para o advogado: notório saber jurídico e reputação ilibada;
Supremo Tribunal Federal – STF – arts. 101 até 103;
Função: guarda da Constituição Federal;
Competência: questões constitucionais;
Originária: casos em que o processo se inicia diretamente no STF (ex.: julgamento do Presidente da República em crimes comuns);
Recursal: Recurso Extraordinário; Recurso Ordinário;
Composição: 11 ministros; requisitos: ter entre 35 anos e 65 anos de idade para iniciar como ministro, ter notório saber jurídico, ser brasileiro nato; ser indicado e nomeado pelo Presidente da República;
Ministros do STF podem responder por Crimes de responsabilidade;
Súmulas: pacificação de entendimento;
Súmula Vinculante: súmula que vincula todas as esferas do poder público (Executivo e Judiciário), menos o Legislativo; se algum órgão decide algo de forma contrária a alguma súmula vinculante, entra-se com Reclamação junto ao STF contra a decisão;
Conselho Nacional de Justiça – CNJ
Possui natureza administrativa (apesar de compor a estrutura do Poder Judiciário, não possui natureza jurisdicional); exerce o controle da atuação administrativa e financeira; controle externo do Poder Judiciário (ADI 3367; reconhecida a constitucionalidade do CNJ)
Superior Tribunal de Justiça – STJ
Função: guardião da Legislação Federal infraconstitucional;
Competência:
Originária: casos em que o processo se inicia diretamente no STJ (ex.: julgamento dos Governadores em crimes comuns);
Recursal: Especial; Ordinário;
Composição: 33 ministros; 1/3 de Desembargadores do TRF; 1/3 de Desembargadores dos TJs; 1/6 de Advogados; 1/6 de Membros do Ministério Público; * os ministros do STJ podem ser brasileiros natos ou naturalizados;
Ministros do STJ não respondem por crime de responsabilidade;
Justiça Federal
Julga processo em que há interesse da União (empresas públicas e autarquias);
A Justiça Federal é dividida em Regiões; ex.: TRF4, que reúne os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná; cada estado é chamado de Sessão Judiciária; cada vara é chamada de Circunscrição Judiciária;
Justiça Especializada
Segundo a matéria, ocorre a especialização da justiça; no Poder Judiciário brasileiro são especializadas as justiças do Trabalho, Eleitoral e Militar;
Funções essenciais da justiça: Ministério Público, Defensoria Pública e Advocacia Privada;
Ministério Público
Função: prevista no art. 127, CF;
 Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica (guardião da lei; se move de ofício), do regime democrático (fiscal do processo eleitoral) e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
Estrutura:
MPU: representado pelo Procurador Geral da República; formado pelo MPF, MPT, MPDF e Territórios e MPM;
MP dos Estados: representado pelo Procurador Geral de Justiça;
Garantias dos membros: vitaliciedade (após 2 anos de exercício); inamovibilidade; irredutibilidade dos vencimentos;
Conselho Nacional do Ministério Público – CNMP: órgão que executa o controle externo da atuação administrativa e financeira do MP;
Advocacia Pública:
defende o governo em litigâncias judiciais e extrajudiciais;
a Advocacia Geral da União (AGU) é o principal órgão da advocacia pública; o chefe da AGU é o Advogado Geral da União;
as autarquias são defendidas pelos Procuradores Federais (INSS, ANP, etc.);
a Fazenda Nacional é defendida pelos Procuradores da Fazenda Nacional nas questões tributárias;
a Advocacia Pública dos Estados é representada pela Procuradoria dos Estados, chefiada pelo Procurador Geral do Estado (não confundir com o PGJ do MP dos Estados);
os membros da advocacia pública passam a ter estabilidade após 3 anos de estágio probatório;
 Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.
Advocacia Privada: única função privada prevista na CF; entende-se que

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